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NOTÍCIAS DO ENORME DIA 31/10

Started by Bruno3429, 31 de October de 2009, 07:18

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Bruno3429

Liderança da Liga joga-se esta noite no AXA

O Sporting de Braga recebe, esta noite, pelas 21h15, o Benfica, em jogo a contar para a 9.º jornada da Liga.
  Os comandados de Domingos Paciência, que ontem pediu aos árbitros para não se deixem enganar por «maus profissionais» que teatralizam quedas na área, quer ganhar para ascender à liderança isolada da Liga.

Diario Minho

Bruno3429

Jogo de alta tensão entre Sporting de Braga e Benfica

Sporting de Braga - Benfica. É o duelo que domina as atenções deste sábado. Em discussão está a liderança no campeonato e é certo que o Estádio Municipal de Braga vai registar casa cheia.

O jogo entre Sporting de Braga e Benfica tem início às 21.15. Será arbitrado por Jorge Sousa, do Porto.

A lista de convocados do Sporting de Braga é a seguinte: Eduardo, Kieszek, João Pereira, André Leone, Moisés, Rodriguez, Evaldo, Ney, Vandinho, Andrés Madrid, Mossoró, Alan, Hugo Viana, Matheus, Diogo Valente, Osvaldo, Adriano, Paulo César e Meyong.

A lista de convocados do Benfica é a seguinte:Quim e Júlio César;Maxi Pereira, Sidnei, Luisão, David Luiz e Shaffer; Javi Garcia, Ramires, Ruben Amorim, Di María, Pablo Aimar, Felipe Menezes e Fábio Coentrão; Nuno Gomes, Saviola, Cardozo, Keirrison e Weldon.

Antena Minho

Bruno3429

Domingos Paciência: "A pressão da derrota é superior no Benfica"

Domingos Paciência aposta em vencer e regressar ao comando isolado do campeonato. O técnico dos minhotos, na abordagem ao jogo, mudou o tom de voz quando confrontado com as incidências dos jogos Benfica-Nacional da Madeira e Rio Ave-Sporting de Braga, destacando que uma vitória em Vila do Conde transformava por completo o cenário em torno do desafio desta noite. Mesmo assim, para o timoneiro arsenalista, a pressão do binónimo vitória/derrota é superior nas águias, até porque "o Braga não se assumiu como candidato".


Maus profissionais

Domingos Paciência mostrou-se indignado com um facto que apelida de mau profissionalismo. "Admito o erro nos árbitros. Temos bons árbitros e admito o erro. Não vou dizer que este ou aquele é o melhor árbitro, porque respeito todos. Agora não aceito compensar um erro com outro erro.

Se o árbitro do Benfica-Nacional soube ao intervalo que aquele golo era irregular, não podia começar a segunda parte a marcar aquele penálti sobre o Aimar. Infelizmente o nosso futebol está c heio de maus profissionais que enganam e dificultam a vida os árbitros", assinalou.

"Em Vila do Conde perguntei ao Lucílio Baptista se era falta e ele disse-me que não. Agora já deve ter outra visão do lance entre o João Tomás e o Moisés. Aceitei o erro, mas não admito maus profissionais que enganem árbitros e se os meus jogadores fizessem isso ficavam muito chateado". "Falam de um lance do Moisés em Alvaldade, que admito que o árbitro marcasse penálti, mas não falam do lance do Carriço com o Meyong. O Meyong deve ter seguro contra todos os riscos".

Sobre qual é a melhor equipa do campeonato, Domingos Paciência fez uma análise tri-partida. "Se pensarmos em termos de rendimento vão encontar-se as melhores equipas do campeonato, mas não nos podemos esquecer do Futebol Clube do Porto, que apesar de exibições menos conseguidas tem momentos altos e será sempre uma equipa forte. Muitos golos ou poucos golos valem na mesma três pontos, mas se analisarmos a melhor equipa pelos golos essa é o Benfica".

Correio Minho

Bruno3429


Tirar a bola às águias
MIGUEL AMORIM

Domingos reconhece a força do Benfica, mas não se rende. Garante que o Braga jogará para ganhar, sem mudar o "chip" à sua equipa. Ter a bola e fazê-lo com satisfação, escondendo-a das águias, pode ser a solução.

O Benfica, "pelos golos", até recolhe, da parte do Domingos, o estatuto "de melhor equipa da Liga", todavia, este reconhecimento não é meio caminho andado para a perda de pontos. A vitória continua a ser o objectivo.

"Vamos jogar para ganhar. Os adeptos estão com a equipa. Não vamos mudar só porque o adversário é o Benfica", destacou, sem medo das goleadas impostas pelo clube da Luz.

"Este jogo só vale três pontos", atalhou, realçando a importância de manter a posse da bola. "Para fazer a transição, é necessário ter a bola. Há que fazê-lo como até aqui e com satisfação. O Benfica é uma equipa com mobilidade. Tem jogadores de grande qualidade. Com bola, são bastante perigosos", observou, reforçando ser imperioso não entregar o jogo às águias. Depois, pelo facto de o Benfica ser um candidato assumido ao título, algo que não sucede com o Braga, insistiu que a "pressão" está do lado dos visitantes e que "a derrota custará muito mais a digerir aos benfiquistas" do que aos bracarenses.

Sobre a sua relação com Jorge Jesus, confirmou o distanciamento entre ambos os técnicos. "É normal gostarmos mais de umas pessoas do que de outras. Cada um procura o sucesso" , explicou, sem nunca citar o nome do treinador do Benfica.

Relativamente ao sempre polémico tema da arbitragem, considerou que o futebol português "não tem maus árbitros", mas sim "maus profissionais que enganam os árbitros", numa alusão ao penálti falseado por Aimar, na última jornada, frente ao Nacional. "Eu aceito o erro, não aceito, e só peço que não corrijam, um erro com outro erro", sublinhou. Ainda acerca da arbitragem, lembrou o Rio Ave-Braga, adiantando que, "a ter ganho em Vila do Conde, e vencendo hoje o Benfica, o clube da Luz ficaria a cinco pontos e a história seria outra".


Triunfo na ementa do pica-no-chão
Braguinhas formam o movimento de apoio feminino. Hoje há aniversário, jantarada e confiança na vitória

MIGUEL AMORIM

Hoje é dia de pica-no-chão, mas também, e principalmente, de jogo do Braga. E logo com o Benfica. Quer isto dizer que As Braguinhas, movimento de apoio arsenalista, vai entrar em acção. São só mulheres, dos 8 aos 75 anos de idade. Homem não entra.

A noite promete ser de festa. As bracarenses esperam fazer dois em um. A primeira parte está garantida. É dia de aniversário da Deolinda, por isso, o pica-no-chão irá para a mesa até à hora de marchar para o estádio. O aguardado triunfo frente ao Benfica dará asas à segunda parte dos festejos, com vinho a acompanhar, ou não fossem estas Braguinhas verdadeiras e divertidas minhotas.

Tal como tem dito o presidente da Assembleia Geral do Braga, João Gomes Oliveira, também elas acreditam no título. "Isto, se nos deixarem lá chegar", adverte a líder Maria da Graça, bastante crítica relativamente à arbitragem e ao relevo dado pela Comunicação Social aos grandes, em desfavor dos outros clubes. "Não há Lucílio que corte a raiz à nossa força", acrescenta, desgostosa com a arbitragem do último Rio Ave-Braga.

Nesta visita do Benfica, pedem um jogo "limpinho". Quanto ao resto, estão certas da vitória, por 2-1. Alan e Mossoró serão os marcadores dos golos. Também por antecipação, avisam Jorge Jesus de que será recebido com assobios. No mínimo, com indiferença. O reencontro não se adivinha carinhoso. "Saiu e fez logo disparates, ao dizer mal do Braga. Para nós, está posto de lado. O Domingos tem surpreendido. Calou toda a gente, até quem tinha os lenços brancos preparados", diz a Glória, que não perde um treino do Braga e sofre com a paragem do campeonato, seja nas férias de Verão ou nas pausas para a selecção.

Este é um vazio partilhado pela Carina. Ambas são parte activa entre os 70 elementos das Braguinhas. Esta noite não vão faltar no apoio à equipa. Megafone não haverá, porque quem o usava "portou-se mal e foi expulsa". O bombo também fica em casa, embora sem explicação plausível, mas tudo o resto, cachecóis, camisolas e pompons, sairá do armário. O patrocinador, Toyo (pneus), agradece. Segundo Maria da Graça, um novo patrocínio já está apalavrado. Será o terceiro, em quatro anos de existência. Só falta mesmo derrotar o Benfica para completar o pica-no-chão, que promete ser memorável.

JN

Bruno3429

Domingos: "O Sp. Braga não luta pelo título"

O Sp. Braga foi líder isolado da Liga até à jornada passada, deixando-se igualar pelo Benfica no primeiro lugar. Hoje tudo pode continuar igual, com os encarnados na frente, ou então os arsenalistas podem reconquistar a liderança. Mesmo assim Domingos Paciência diz que os bracarenses não vão lutar pelo título.

"Neste momento são as duas melhores equipas da Liga, mas uma derrota fará pior ao Benfica porque o Sp. Braga não luta pelo título. O Benfica é que investiu milhões para ser campeão. Se o Benfica perder custará muito mais, se perdermos continuamos com a mesma confiança, atitude e espero que os adeptos continuem a confiar em nós", disse o técnico, que aceitou abordar a sua relação com o seu homólogo dos encarnados Jorge Jesus.

"Numa profissão temos colegas, ou melhor, pessoas que fazem a mesma profissão, mas uns são mais colegas que outros. Cada um defende os seus princípios e tenta ter sucesso. E depois há que saber lidar com o sucesso também", disse o treinador.

Quanto ao jogo propriamente dito, Domingos Paciência tem consciência da onda de euforia em redor da equipa do Benfica. Ainda assim, acredita que os seus jogadores poderão dar um boa resposta e vencer a partida.

"Temos consciência da euforia e da força do Benfica. Sabemos que vai ser difícil, mas um jogo tem 90 minutos. E se num dia as coisas correm bem, noutro podem não correr tão bem. Esperemos que o Sp. Braga consiga ser uma equipa o tempo todo", salientou Domingos Paciência.

O técnico comentou também as grandes penalidades que têm favorecido os encarnados até ao momento e foi peremptório na análise se foram ou não bem assinaladas.

"Nós não temos maus árbitros, temos maus profissionais. Se fosse um jogador meu a enganar um árbitro, ficava chateado. Nós temos bons árbitros, erram como todos. Aceito o erro, não aceito é que se assuma um erro e depois se compense com outro erro", disse.


Domingos contra Jorge Jesus: o duelo visto da cidade de Braga
RUI MARQUES SIMÕES

É o duelo do actual (Domingos) contra o último técnico (Jesus) dos minhotos. Um mais "recatado", outro mais "expressivo", ambos metódicos e empenhados: é esta a descrição que os homens que seguem de perto o Braga (jornalistas e velhas glórias) fazem, por entre elogios aos dois treinadores

Domingos e Jesus: o Sp. Braga é o ponto de união, o Sp. Braga os separa. Há quem equipare os dois técnicos pela qualidade, trabalho metódico e dedicação ao futebol. Mas idade, carreira, estilo de jogo e personalidade distinguem os dois treinadores, que se encontram esta noite, em Braga.

O Estádio Municipal de Braga é o palco do confronto entre dois estilos de treinadores. Domingos Paciência, de 40 anos, rendeu Jorge Jesus, de 55, no comando do clube minhoto, no início da época. E Jesus seguiu para o Benfica. Desde aí, os dois técnicos envolveram-se em picardias verbais sobre a boa ou má preparação do Braga esta temporada (ver texto secundário). E agora encontram-se na luta pelo primeiro lugar da Liga, com o Sporting de Braga a viver o seu melhor arranque de campeonato de sempre. É caso para perguntar: é de quem o mérito: Domingos Paciência ou Jorge Jesus?

"Domingos tem mérito, mas também há que valorizar os jogadores e o que já estava feito pelo treinador anterior", responde Barroso, um dos jogadores históricos do Sp. Braga, agora à procura do primeiro trabalho como treinador principal. O discurso é repetido por outros ex-jogadores minhotos, ouvidos pelo DN, como Artur Jorge e Paulo Jorge. O antigo defesa valoriza o actual técnico pela aposta em Mossoró e Paulo César na equipa titular. Enquanto isso, o central do APOEL elogia o"bom futebol das equipas de Domingos", mas considera que "a estrutura defensiva, previamente montada por Jesus, ajuda à segurança da equipa".

De facto, o Braga tem a melhor defesa da Liga (quatro golos sofridos). E a atenção dada à defesa, por Jesus, terá sido um dos bónus aproveitados por Domingos ao tomar conta do clube. Quem segue diariamente o "Arsenal minhoto", como os jornalistas Pedro Vieira da Silva, do Diário do Minho, e Miguel Machado, do Correio do Minho, aponta precisamente a preocupação de Jesus com o treino dos defesas como uma das características que diferenciam os dois técnicos - Domingos, antigo avançado, dará primazia ao ataque. De resto, até há muitas semelhanças. "São ambos muito metódicos e dedicados ao jogo", diz Pedro Vieira da Silva. "E mostram-se afáveis e sempre disponíveis para os adeptos e a comunicação social", completa Miguel Machado.

A distância está mais na personalidade. "Jesus é muito interventivo e exigente, sempre a exemplificar os processos; e Domingos, mais jovem, mostra-se mais próximo dos jogadores e às vezes até participa nas peladinhas", descreve Miguel Machado. Já Pedro Vieira da Silva fala de um Jorge Jesus "mais expressivo", por oposição a um Domingos Paciência "mais recatado" e dá a imagem: "Domingos vê as situações de longe e só intervem quando necessário; enquanto Jesus está lá no meio".

Depois, há as diferenças dentro de campo. Ao 4x4x2, com losango, de Jesus, Domingos opôs um 4x3x3, desdobrado em 4x2x3x1. Aí emerge Hugo Viana, referido por todos os nomes ouvidos pelo DN como uma das mais-valias do Sp. Braga 2009/10. "Ele parece mais recuado, mas lança o jogo para as alas, que servem o ataque" minhoto, explica Miguel Machado.

Porém, se o ex-Valência é o único reforço do onze habitual (em relalção à equipa mais utilizada por Jesus), há ainda menos utilizados de Jesus que ganharam o lugar - casos de Mossoró e Paulo César. De resto, completa Barroso, "o essencial mantém-se: a mentalidade é sempre para ganhar".

DN

Bruno3429

Choque de topo entre inimigos com pimenta para dar e vender
FILIPE PEDRAS

É o encontro mais aguardado da jornada, e não é coisa para menos. Hoje à noite, no Estádio AXA, está em causa a liderança isolada do campeonato - caso não haja repartição de pontos, uma das equipas desfaz a actual igualdade pontual -, mas é preciso recordar que esta é a primeira vez que Jorge Jesus irá repisar o relvado de uma casa onde deixou saudades. O agora técnico encarnado chega a Braga numa condição que nunca antes havia experimentado (a de líder) e até irá certamente reencontrar amigos ali deixados.

Mas nem só amizades o treinador irá encontrar; no outro banco estará sentado Domingos Paciência, ele que logo no Verão arrancou as hostilidades para com o timoneiro da Luz, dizendo que nem se lembrava de um clube "com cinco pubalgias". Estava lançada a crítica a herança alegadamente deixada por Jesus e, mais recentemente, o técnico arsenalista foi mais longe, insistindo que "alguns jogadores caem aos sopros". Da Catedral, o treinador vê um Braga forte sem surpresas, até porque, como diz, "daquele onze só o Hugo Viana não estava lá no ano passado".

Ingredientes que, por si só, já eram suficientes para dar sumo ao confronto desta noite, mas há mais. Afinal, o melhor ataque da Liga - e um dos mais demolidores a nível mundial - encontra hoje a defesa menos batida da competição (apenas quatro golos sofridos). Para além disso, os homens da casa venceram até agora todos os jogos em casa, enquanto o emblema da Luz também não sabe sequer o que é perder pontos fora de portas. É preciso não esquecer ainda que Jesus nunca conseguiu vencer Domingos, somando até agora uma derrota e quatro empates.


Braga - Benfica
21h15 horas

Sport tv 1 Estádio AXA

Árbitro

Jorge Sousa

[AF Porto]

Assistentes

José Ramalho e José Luís Melo


Treinador

Domingos Paciência

1 Eduardo GR

47 João Pereira LD

5 Moisés DC

4 André Leone DC

6 Evaldo LE

88 Vandinho MD

45 Hugo Viana MD

30 Alan AD

8 Mossoró MO

9 Paulo César AE

19 Meyong AV

-

31 Kieszek GR

2 Rodriguez DC

68 Ney LE

23 Andrés Madrid MD

7 Osvaldo AD

11 Diogo Valente AE

99 Matheus AE

81 Adriano AV



Treinador

Jorge Jesus

12 Quim GR

14 Maxi Pereira LD

4 Luisão DC

23 David Luiz DC

18 Fábio Coentrão LE

6 Javi García MD

8 Ramires MO

20 Di María MO

10 Aimar MO

30 Saviola AV

7 Cardozo AV

-

13 Júlio César GR

27 Sidnei DC

3 Shaffer LE

5 Rúben Amorim MD

24 Felipe Menezes MO

19 Weldon AV

21 Nuno Gomes AV

11 Keirrison AV


SÓ faltam três mil

A expectativa em torno do Braga-Benfica não impediu que sobrassem três mil bilhetes para vender no dia de hoje. Os preços dos ingressos variam entre os 60 e os 65 euros. Porém, está garantida uma casa (quase) cheia.


Quatro ex-bracarenses no actual plantel da águia

No actual plantel encarnado estão quatro elementos que já passaram pelo Braga: Quim, Luís Filipe, César Peixoto e... Jorge Jesus. Em Braga, apenas João Pereira ainda é recordado pela sua estadia de águia ao peito, mas existem outras curiosidades o embate de hoje. Hoje em dia arsenalista, Meyong já foi treinado pelo agora técnico benfiquista em dois clubes (Belenenses e Braga). Na mesma situação está igualmente Paulo César, que esteve às ordens de Jesus em Leiria e Braga.


De militar a internacional mais adorado pelos árbitros

Nascido para o futebol nas escolas do FC Porto, clube que representou por duas vezes na carreira de sénior, Armando, agora com 71 anos, foi o que se pode chamar o melhor amigo dos árbitros. O guarda-redes, suplente de Vítor Damas na Selecção Nacional, alcançou a proeza de cumprir 500 jogos sem ser castigado. "Os meus colegas pediam-me para discutir com o árbitro, mas eu respondia-lhes que não valia a pena, pois a decisão não ia ser mudada", recordou o ex-capitão bracarense, campeão em Angola, pelo Ferroviário de Molange (1963), quando foi chamado pelo exército português para combater na guerra do Ultramar. Aliás, este comportamento exemplar dentro do campo valeu-lhe mais tarde um livre-trânsito da FPF que lhe permite entrar em todos os estádios do País.


Ele tirou-lhes um título
BRUNO FILIPE MONTEIRO

Ano de 1965. Na altura, como nos dias que correm, o Benfica parecia imparável. Eusébio e companhia atropelavam adversários quase à mesma velocidade que o Benfica de Jorge Jesus, e ninguém, à excepção do Sporting, parecia capaz de lhes fazer frente. Puro engano. Nas últimas duas jornadas do campeonato, os encarnados deslocaram-se a Braga e não foram além de um empate sem golos, perdendo o título para o rival da Segunda Circular. A "culpa" foi de Armando, para muitos o melhor guarda-redes da história dos bracarenses. "Recordo com saudade esses tempos. Embora nada nos movesse contra o Benfica, a verdade é que lhe roubámos um título", lembrou, a O JOGO, o guardião, que nesse dia defendeu tudo o que havia para defender. Aliás, Armando voltou a fazer das suas na época seguinte (1966/67), eliminando Eusébio - de quem defendeu um penálti - e seus pares da Taça de Portugal, troféu que viria a vencer. Por isso, acredita que hoje os arsenalistas também podem travar a marcha triunfal das águias. "É um jogo em que cada equipa tem 50 por cento de hipóteses de ganhar. O Benfica tem a vantagem de ser mais poderoso, mas o Braga tem bons elementos e pode bater o pé", vaticinou este portuense, a quem há 12 anos foi diagnosticada uma doença que não lhe permite deslocar-se tantas vezes como desejaria ao Estádio AXA. "Fica muito longe, e também estou um pouco desiludido com o futebol", explicou, prometendo seguir o jogo via televisão.


Alan espera marcar para completar lista de vítimas

A cumprir uma época estranhamente eficaz na hora de atirar à baliza, Alan está somente a um golo de igualar um registo pouco vulgar no futebol português: marcar aos denominados três grandes em apenas uma temporada. Sporting (fora) e FC Porto (casa) foram as primeiras vítimas do brasileiro, que hoje espera completar esse rol, quando o Braga receber o Benfica num jogo crucial para a definição do primeiro classificado do campeonato após esta jornada. "Jogo sempre para marcar. Tive a felicidade de o fazer nesses jogos [contra Sporting e FC Porto] e, se marcar neste, também vou ficar muito contente", admitiu ontem o extremo depois de ter recebido o prémio de Melhor Jogador do mês de Setembro, entregue pelo Sindicato de Jogadores. Um galardão que foi discutido por vários jogadores dos arsenalistas - Mossoró acabou no terceiro lugar do pódio e Eduardo incluído entre os dez primeiros classificados -, o que, de resto, levou Alan a distribuir agradecimentos aos companheiros e não só. "A equipa toda está de parabéns, pois este é o fruto do nosso trabalho. Além disso, queria agradecer à minha esposa e o meu filho, que me deram forças para jogar desta maneira", rematou.


A figura do Braga
Hugo Viana
Olhos na Selecção


O Benfica é, como em muitos outros indicadores, a melhor equipa da Liga nas bolas paradas, e Hugo Viana representa a maior esperança arsenalista em matar o adversário com o próprio veneno. O médio-ofensivo participou em jogos desta natureza como mais ninguém emBraga, daí, talvez, a tamanha tranquilidade demostrada ao garantir que nada o assusta. Com três golos já apontados em três meses no Minho, o médio já igualou o somatório de registos dos últimos quatro anos! Carlos Queiroz sabe que a reabilitação é quase total e por isso já o pré-convocou para a Selecção. Melhor só quando Hugo voltar a vestir a camisola das Quinas. Um grande jogo esta noite seria sem dúvida um excelente empurrão para os seus intentos.


Autocarro da SAD outra vez penhorado

O autocarro que transporta a equipa de futebol do Braga está outra vez penhorado. A revelação foi feita a O JOGO pelo advogado do Vitorino de Piães, clube que reclama o pagamento de uma indemnização de 43 mil euros pela transferência de Vítor Hugo para os arsenalistas em 2008. "Soubemos da penhora no dia 10 de Outubro, logo o Braga também deve saber", referiu José Rebelo da Silva, versão que fonte oficial da SAD bracarense negou saber. De resto, a equipa deslocou-se para estágio no dito veículo. A verdade é que, se o caso não foi resolvido, este pode ser confiscado e, se o tribunal decidir, posteriormente leiloado


Arbitragem na mira

> Jorge Sousa
Jorge Jesus disse na época passada que o árbitro que agora vai dirigir o Braga-Benfica era o melhor do País. Domingos recusa. "Não digo isso, porque tenho respeito por todos", explicou. "Portugal tem bons árbitros, e erros há em todos os sítios", continuou.


> Maus profissionais
"Não temos maus árbitros, se calhar temos é maus profissionais", considerou o treinador, insistindo numa tecla repetida. "Os árbitros não se enganam. Quem os engana são os jogadores", reforçou.


> Perseguição
Domingos admitiu que Moisés pudesse ter feito penálti em Alvalade, na segunda jornada. Mas o Braga não está a ser beneficiado: "Caímos no goto como um dos mais beneficiados. Mas não são se analisam tão convenientemente outros lances. Nesse jogo, o Carriço atropelou o Meyong"


> Aimar
Sem especificar que era sobre ele que falava, não restaram dúvidas. "O que peço aos árbitros é que não corrijam erros com erros. No último jogo do Benfica, fiquei com essa sensação. Não validou um golo e depois marcou um penálti. Ficaria muito chateado se um jogador meu fizesse uma coisa daquelas", sublinhou.


Uns são mais colegas que outros"

A rivalidade entre Jesus e Domingos foi assumida. Não haverá um duelo particular, a não ser "como há contra qualquer outro na leitura de jogo e estratégia", mas é óbvio que o treinador do Braga não gosta do antecessor. "É normal gostarmos mais de umas pessoas do que de outras. Entre as que exercem a mesma profissão, umas são mais colegas do que outras", atirou. "Todos procuramos o sucesso, mas saber viver com ele é muito importante", prosseguiu, noutra indirecta.


Domingos Paciência
"O Benfica é a melhor equipa"

ANDRÉ MORAIS

Não deu parte de fraco, mas assumiu que não será surpresa o Braga deixar a liderança (ainda que partilhada) hoje à noite. Domingos Paciência foi muito claro em todos os assuntos que abordou. E a dúvida sobre quem é a melhor equipa do país ficou dissipada. "Se analisarmos em termos de quantidade e beleza de jogo, vão encontrar-se as duas melhores equipas do campeonato. O FC Porto é sempre muito forte. Mas o Benfica, pela quantidade de golos marcados e pela forma como os tem conseguido, é nesta altura a melhor equipa", clarificou, revelando um conhecimento total do adversário. Se algum jogador do Braga não esteve atento às prelecções do treinador, então ele repete: " É uma equipa de grande mobilidade. Tem jogadores de grande qualidade e muitos desequilíbrios. Quando não consegue, consegue as diagonais do Ramires e do Di María. Quando sente pressão, mete jogo no Cardozo. Quando há dificuldade, o Aimar e o Saviola vêm buscar jogo. Por vezes cria movimentos aleatórios, nem treinados."

Apesar de "reconhecer mérito a quem está bem e tem feito um belíssimo campeonato" e sabendo que o Benfica "está muito forte e confiante", Domingos promete "manter a identidade do Braga" e até oferece uma garantia. "Se se recordam, sempre que defrontei os grandes nunca abdiquei da minha forma de pensar o futebol que quero que as equipas pratiquem. Agora vai ser igual. Vamos atacar o jogo para ganhar, como qualquer outro", promete. E não há goleada que o demova. "Essas valem os mesmos três pontos", contrapôs.

Com o Benfica sempre debaixo de mira, Domingos voltou a ser claro, quando lhe perguntaram quem tem mais a perder com uma eventual derrota. "O Benfica", respondeu sem pestanejar. "O Braga não luta pelo título, quem investiu para ser campeão foi o Benfica. O Braga não gastou 25 ou 30 milhões para fazer uma equipa. Se eles perderem, custa muito mais. O Braga manterá a atitude e identidade, e os adeptos podem continuar a acreditar", dissecou já depois de ter dito que preferia estar a fazer outra antevisão. "Se ganharmos, o Benfica fica a cinco pontos de diferença. A pressão está do lado do Benfica", vincou. O que parecia ser um engano, foi repetido e a surpresa finalmente desfeita. "Sabem o que quero dizer? É o jogo de Vila do Conde. Se tivéssemos ganho, este jogo poderia ter sido outro", insistiu, ainda em alusão ao erro de Lucílio Baptista quando validou o golo de João Tomás. "O futebol é assim mesmo. Os erros acontecem. Estamos em igualdade pontual, e o Benfica vem mais motivado e confiante, pois vencendo fica líder isolado", encerrou.

O Jogo

JotaCC

Duelo de líderes com queda para o final do jogo

Sp. Braga não perde pontos em casa. Benfica não perde fora. Algum vai ter que ceder no embate da melhor defesa e do melhor ataque  

Se as tendências significarem alguma coisa, então dê especial atenção ao último quarto de hora do Sporting de Braga-Benfica desta noite. Nas oito jornadas anteriores, os dois líderes da Liga mostraram grande apetência para marcar na parte final dos jogos. Os bracarenses pontuaram muito à custa disso. Os lisboetas não precisaram tanto, porque distribuíram melhor os seus golos, que surgiram em mais de metade dos casos na sequência de lances de bola parada.

A equipa de Domingos Paciência deu muita utilidade aos seis golos que obteve na parte final dos jogos - todos a partir dos 80 minutos. Logo na ronda inaugural, a primeira das suas sete vitórias seguidas foi conseguida com um golo de Meyong aos 86", que acabou com a resistência da Académica (1-0). Foi uma de quatro vitórias conseguidas perto do fim. O camaronês foi igualmente o homem do remate decisivo contra o Sporting (1-2) e o Marítimo (1-2), este através de uma grande penalidade. Em Olhão, Alan fez de Meyong e festejou o único golo do encontro já no terceiro minuto dos descontos.

O Benfica também não se tem dado mal no último período das partidas, embora a sua capacidade goleadora tenha esbatido essa evidência. Nos dois primeiros jogos ganhou pontos ao cair do pano: na Luz, o suplente Weldon salvou a equipa da derrota com o Marítimo (1-1); na semana seguinte, em cima dos 90", Ramires ganhou os três pontos em Guimarães (0-1). Entretanto, as "águias" fizeram mais sete golos nos últimos 15 minutos das partidas, mas só um, o de Cardozo, de penálti, que valeu o triunfo em Leiria (1-2), foi verdadeiramente útil - 17 dos 22 pontos do clube já estavam encaminhados ao intervalo.

O Benfica, que é de longe o melhor ataque do campeonato, já fez 30 golos, 17 deles através de lances de bola parada - quatro de canto, sete de livre indirecto, um de livre directo e cinco de grande penalidade. A formação comandada por Jorge Jesus também tem um número considerável de golos de cabeça, 11 - ou, escrito de outra maneira, 36,7 por cento do total.

A análise aos remates de sucesso do Benfica permite perceber que é uma equipa inclinada para a esquerda (e que joga sem um verdadeiro extremo-direito): os seis cruzamentos - três de Coentrão, dois de César Peixoto e um de Di María - que terminaram em golo partiram todos do lado esquerdo.

Braga prefere bola corrida

Ao contrário do seu adversário de hoje, a maioria dos golos do Sp. Braga, uma de apenas três equipas capazes de virar um resultado nesta temporada, foram conseguidos em jogadas de bola corrida: foram dez dessa forma e apenas três de bola parada. A melhor defesa da Liga é a dos minhotos, que limitaram os adversários a quatro golos - o Benfica tem mais um golo sofrido.

Individualmente, a nível ofensivo, há vários jogadores dos dois clubes entre os destaques do campeonato. Meyong acumula três golos e uma assistência e o médio Hugo Viana também já marcou três vezes, mas é Alan, que normalmente se ocupa do lado direito do ataque, que apresenta melhores números. O brasileiro soma duas assistências e três golos, mais um do que conseguiu em toda a época passada.

Do lado do Benfica, além dos 11 golos (e duas assistências) de Cardozo, merecem realce as assistências de Fábio Coentrão (leva seis, apesar de só ter sido titular duas vezes) e Pablo Aimar (cinco).

PUBLICO

JotaCC


JotaCC

Braga recebe Benfica na luta pela liderança
   
Espera-se lotação esgotada no Estádio Axa para o embate desta noite entre Sporting de Braga e Benfica, onde se discute a liderança da Liga Sagres. Às 21h15, Jorge Sousa apita para o início da partida que opõe, à 9ª jornada, a melhor defesa e o melhor ataque do campeonato.

30 mil adeptos esgotaram ingressos para o Estádio Axa.

O encontro assinala o regresso de Jorge Jesus, técnico do Benfica, ao terreno do clube que comandou durante a época passada. Apesar da onda vitoriosa do clube da Luz, o timoneiro encarnado não desarma e promete um Benfica de "mangas arregaçadas" no relvado bracarense. No outro banco, Domingos Paciência ocupa posição de destaque. O jovem treinador do Braga é o responsável pelo melhor arranque de sempre da equipa minhota no campeonato, e promete que os seus jogadores irão "jogar para ganhar".

À partida para esta jornada, as duas equipas dividiam a liderança da Liga, com 22 pontos averbados. Ambas as formações podem aproveitar o deslize caseiro do FC Porto, que empatou a uma bola, ontem à noite, diante do Belenenses. Caso o jogo não termine empatado, o vencedor poderá deixar o tetra-campeão nacional a cinco pontos de distância.  

Depois de sete triunfos consecutivos, os comandados de Domingos perderam, na última jornada os primeiros pontos no campeonato em que são a defesa menos batida. Com apenas quatro golos sofridos em toda a prova, o técnico bracarense desvaloriza os últimos resultados dos encarnados: "As goleadas do Benfica valem só três pontos", afirma. O Benfica, por sua vez, conta por vitórias os últimos sete desafios realizados. E se, na Luz, os benfiquistas têm assistido a resultados dilatados, fora de portas o cenário é ligeiramente diferente. As vitórias tangenciais em Guimarães e Leiria e os desaires europeus em Poltava e Atenas permanecem, ainda, na memória encarnada.

Apesar de Domingos garantir que, "nesta altura, o Braga não luta pelo título", este poderá ser um bom teste à capacidade dos arsenalistas se manterem no cimo da tabela classificativa. O encontro, dirigido por Jorge Sousa, da Associação de Futebol do Porto, tem transmissão directa na Sporttv1, às 21h15.


Equipas prováveis:

SC Braga: Eduardo; João Pereira, Moisés, André Leone e Evaldo; Hugo Viana, Vandinho, Alan e Mossoró; Paulo César e Meyong

SLBenfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Ramires, Dí Maria e Aimar; Saviola e Cardozo

ComUM

JotaCC


JotaCC

Braga e Benfica procuram isolar-se no comando

Sporting de Braga e Benfica lutam hoje pela liderança isolada da Liga portuguesa de futebol, procurando capitalizar o deslize do tetracampeão FC Porto, em jogo da nona jornada da prova, que se disputa no estádio da equipa minhota.

As duas equipas estão empatadas no primeiro lugar, com vantagem para os lisboetas devido à melhor diferença entre golos marcados e sofridos, e moralizadas pelo empate 1-1 cedido na sexta-feira pelo FC Porto na recepção ao Belenenses, na abertura da ronda.

O confronto do Estádio 1.º de Maio encerra o aliciante de opor o melhor ataque do campeonato, pertencente ao Benfica, com 30 remates certeiros, à melhor defesa da prova, na posse dos "arsenalistas", com quatro golos sofridos em oito jogos.

O lateral argentino Shaffer, recuperado de lesão, é a principal novidade na lista de convocados dos "encarnados", enquanto do lado bracarense destacam-se os regressos do avançado Diogo Valente e do defesa Ney e a saída de Paulão.

- Sábado (31 Out):

Naval 1º de Maio - Leixões, 16:00

Sporting de Braga - Benfica, 21:15 (SportTV)

O JOGO

JotaCC

Sp. Braga-Benfica: um jogo de campeões

Os mesmos pontos, a mesma ambição. Hoje todos os caminhos vão dar a Braga, onde se defrontam os dois líderes da liga.

O FC Porto recebeu e empatou ontem com o Belenenses e o Sporting só amanhã entra em campo para defrontar o Marítimo mas é hoje à noite que acontece o jogo que por um par de horas vai transformar Braga na capital do futebol. E, porque não, de importância capital para a história deste campeonato. Motivos de interesse não faltam, a começar pelas curiosidades que dizem respeito aos dois treinadores.

Domingos foi orientar o Sp. Braga que Jorge Jesus deixou para assumir o comando do Benfica e uma série de comentários, de parte a parte, ajudou a criar um ambiente pouco amistoso em redor dos dois técnicos. Por outro lado, Domingos é líder desde o início da época, enquanto que Jesus nunca conseguiu em 20 anos de carreira estar sozinho no primeiro lugar. Ambos têm antes deste jogo 22 pontos e vamos ver no final do desafio, então, qual deles é mais líder. Atenção: das cinco vezes que se defrontaram enquanto técnicos de I Liga, Jesus não venceu Domingos: quatro empates e uma vitória para o segundo. Apenas cinco golos marcados.

É um Benfica de luxo aquele que hoje entra em campo. Já não é a melhor defesa do campeonato - tem cinco golos sofridos, mais um do que o rival bracarense - mas é de longe o melhor ataque: 30 golos, que fazem sombra aos 13 do Sp. Braga. Ambas as equipas têm um empate para estragar a série de vitórias, mas é curioso observar que o do Benfica foi cedido na Luz, frente ao Marítimo, e que o Sp. Braga quebrou apenas fora de portas, em Vila do Conde, na jornada passada.

A BOLA

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Sp. Braga vence (2-0) Benfica e volta a isolar-se na liderança

O Sporting de Braga recebeu e venceu o Benfica por 2-0 e é de novo líder isolado do campeonato. Hugo Viana e Paulo César apontaram os golos dos minhotos, num encontro marcado pela confusão à entrada do túnel após o apito para o intervalo e que resultou nas expulsões de Cardozo e Leone.

Recorde aqui as principais incidências da partida.

A jogar em casa, os minhotos assumiram as despesas do jogo e empurraram o Benfica para o seu meio-campo com iniciativas pelos flancos e com Alan a destacar-se, quer pela direita, quer pela esquerda.

Foi duma iniciativa do brasileiro pela direita que nasceu a falta – cometida por Fábio Coentrão – que deu origem ao golo do Sp. Braga. Hugo Viana bateu exemplarmente o livre, colocado no ângulo contrário, sem hipóteses de defesa para Quim.

O Benfica respondeu e Ramires (8m) e Di Maria (12m) falharam por pouco o empate, debatendo-se com defesas inspiradas de Eduardo.

Aos 27 minutos, golo anulado a Luisão, que cabeceou para o fundo das redes após livre batido por Aimar. O árbitro Jorge Sousa assinalou falta ofensiva dentro área, num lance que deixou muitas dúvidas.

No minuto seguinte, Saviola e Ramires não conseguiram desviar para a baliza um cruzamento arrancado por Di Maria na esquerda. Mossoró (38m) e Alan (41m) também beneficiaram de boas oportunidades para marcar, mas o primeiro atirou ao lado e o segundo permitiu a defesa de Quim.

A caminho do intervalo, Cardozo tentou servir Saviola, a bola desviou em Leone e quase traiu Eduardo, que conseguiu, em esforço, desviar para canto.

O tempo de descanso surgiu com muita confusão à entrada do túnel de acesso aos balneários. Cardozo e Leone acabaram por ser expulsos, pelo que as duas equipas regressaram para a segunda parte reduzidas a 10 unidades.

O Benfica foi à procura de virar o resultado e Di Maria (58m) quase conseguiu o empate mas voltou a esbarrar na inspiração de Eduardo. Depois Maxi Pereira (63m) e Keirrison (71m) remataram com perigo mas erraram o alvo.

Com os encarnados balanceados no ataque, o Sp. Braga acabou por conseguir o 2-0, mais uma vez com Alan na origem do lance. O brasileiro trabalhou bem na direita e deixou para Hugo Viana, este tocou de primeira para Matheus que assistiu Paulo César para o segundo golo, que acabou por sentenciar a partida. O Sp. Braga geriu bem a posse de bola até ao apito final, diante um Benfica já descrente em alcançar pelo menos um empate.

Os minhotos reassumem a liderança do campeonato e passam a ser a única equipa invicta no campeonato, ao passo que os encarnados sofrem a primeira derrota e ficam no segundo lugar com 22 pontos, mais dois que o FC Porto.

Ficha de jogo:

Estádio AXA, em Braga.

Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto).

SP. BRAGA: Eduardo; João Pereira, Moisés, André Leone e Evaldo; Vandinho, Hugo Viana (Madrid, 85m), Alan, Paulo César e Mossoró (Matheus, 58m); Meyong (Rodriguez, 46m).

Suplentes: Kieszek, Ney, Diogo Valente e Adriano.

Treinador: Domingos Paciência.

BENFICA: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia (Keirrison, 54m), Ramires, Di María e Aimar (Ruben Amorim, 81m); Saviola (Weldon, 81m) e Cardozo.

Suplentes: Júlio César, Sidnei, Felipe Menenzes, Nuno Gomes.

Treinador: Jorge Jesus.

Disciplina: Cartão amarelo para Fábio Coentrão (6m), Javi Garcia (30m), David Luiz (31m), João Pereira (31m). Saviola (41m), Paulo César (69m). Cartão vermelho para Leone (intervalo), Cardozo (intervalo).

Golos: 1-0, Hugo Viana (7m); 2-0, Paulo César (78m).

A BOLA

JotaCC

Hugo Viana: «Foi um golo importante»
MÉDIO DIZ QUE VANTAGEM AUMENTOU CONFIANÇA
   
Autor do golo, na marcação soberba de um livre, que abriu o caminho para a vitória do Sp. Braga diante do Benfica, Hugo Viana afirmou que a vantagem no marcador, ainda numa fase inicial do encontro, serviu para melhorar ainda mais os índices de confiança da equipa.

"Foi um golo importante. No início, queríamos segurar o processo ofensivo do Benfica e, com o golo, passámos a ganhar e isto deu-nos uma confiança ainda maior do que aquela com que entrámos no jogo", considerou o médio bracarense.

As possibilidades de a formação minhota continuar na corrida pelo título nacional foram abordadas com alguma prudência por Hugo Viana. "Tinha dito que nada me assustava no ataque do Benfica, uma equipa tem excelentes jogadores e tem tudo para ir em frente no campeonato e na UEFA. Mas provámos hoje que também temos uma palavra a dizer. Será difícil prosseguir nesta onda, mas prometemos que tudo faremos para mantê-la", sublinhou.

Um tema com ares de tabu para o centro-campista é um eventual regresso à Seleção Nacional. "Trabalho para o Braga. O meu dia-a-dia é para o Braga e não para a Seleção. Neste momento não quero pensar em coisas irreais", observou.



Domingos: «Cedo para assumirmos candidatura ao título»
TÉCNICO MANTÉM DISCURSO COMEDIDO
   
Apesar de satisfeito com a vitória e com o comportamento dos jogadores do Sp. Braga na vitória diante do Benfica, Domingos Paciência deixou claro que ainda é prematuro para assumir uma candidatura real ao título português.

"Temos consciência da posição que ocupamos no momento. Estar na liderança é sinal de muito trabalho e da grande humildade demonstrada pela equipa. Mas ainda é cedo para podermos assumir a candidatura ao título. Esta equipa tem um querer muito grande, aborda os jogos de forma séria, humilde e, por vezes, consegue fazer estar coisas [como vencer o Benfica]", afirmou o técnico bracarense à Sport TV1.

Numa primeira análise ao encontro, Domingos Paciência explicou que a sua equipa tinha a lição estudada para os momentos em que tinha ou não a posse de bola. "Tínhamos consciência das dificuldades. O Benfica é uma equipa forte, com grande mobilidade e muita qualidade, com internacionais por vários países. Mas disse aos jogadores que o adversário só joga aquilo que queremos. Sem a bola, procurámos limitar os espaços; com ela, tentámos sair para o jogo e foi assim que a equipa chegou aos 2-0. O segundo golo poderia ter acontecido na primeira parte, com o Alan e com o Mossoró. O Benfica chegou com alguma força naqueles lances de bola parada. No lance do golo anulado, o Cardozo, e não o Luisão, é que agarrou o Leone, para que ele não chegasse na bola", observou.


RECORD

JotaCC

Sp. Braga vence Benfica e isola-se na liderança

O Sporting de Braga venceu este sábado o Benfica por 2-0, com golos de Hugo Viana e Paulo César, num emocionante jogo de futebol, com polémica á mistura, e isolou-se na liderança do campeoanto, agora como unica equipa sem derrotas.

Foi um grande jogo no Estádio Municipal de Braga que ficou marcado pelo golo madrugador da equipa da casa, Hugo Viana (07), e por muita tensão entre os jogadores na saída para o intervalo que valeu a expulsção de um jogador de cada equipa, André Leone e Cardozo, por agressões no túnel.

O Sporting de Braga continua a não assumir-se como candidato ao titulo, mas segue isolado na frente e já venceu os "trés grandes".

O Benfica teve várias oportunidades por marcar, mas umas vezes por inopcia, outras por boas intervenções do guarda-redes internacional português, Eduardo, nunca conseguiu alvejar com exito a baliza adversária, facto inédito nesta ediçãoo da Liga.

Ambas as equipas repetiram os "onzes" da jornada anterior, sendo que foi a primeira vez que tal aconteceu no Benfica, destacando-se a continuidade da aposta em Fábio Coentrao no lado esquerdo da defesa.

O Sporting de Braga entrou melhor em jogo, mais pressionante e rápido sobre a bola e logo aos sete minutos chegou ao golo, um grande golo de Hugo Viana, na cobrança de um livre directo da direita, em jeito de canto mais curto, a levar a bola ao angulo superior mais distante.

A resposta do Benfica não tardou (09): Saviola comanda um rápido contra-ataque e serve Ramires que, já bem dentro da área, obrigou Eduardo a intervenção difícil.

O Benfica buscava o empate a todo o custo e aos 13 minutos Di Maria, com um remate cruzado, esteve perto, mas Eduardo voltou a salvar com uma grande defesa.

Aos 27 minutos, lance polemico na area minhota: livre de Aimar e Luisão introduz a bola dentro da baliza, mas instantes antes já Jorge Sousa tinha apitado uma falta de Cardozo sobre André Leone, suscitando muitos protestos dos jogadores e responsáveis benfiquistas.

Pouco depois (29), novo ataque "encarnado" a criar grandes desequilíbrios na defesa "arsenalista" com Ramires a não chegar por muito pouco a um centro de Di Maria.

O Benfica nao marcou e o Sporting de Braga voltou a equilibrar a contenda, sempre pela batuta de Hugo Viana, e criou duas boas oportunidades para aumentar a vantagem, primeiro por Mossoró (39) e depois por Alan (41), com Quim em evidencia.

O jogo seguia frenético e a saída para o intervalo ficou marcada pela enorme confussão entre os jogadores de ambas as equipas.

Após o reatamento, foi o Benfica, já sem Cardozo - melhor marcador do campeonato, com 11 golos -, a entrar mais forte, com Fábio Coentrão e Di Maria a semearem o pánico na area bracarense, mas sem sucesso.

O Braga reagiu muito bem ao assédio benfiquista, com muita serenidade a meio-campo, enquanto o Benfica dependia quase exclusivamente do empenho de Di Maria e desperdiçava mais uma oportunidade, por Keirrison (72).

Mas seria mesmo a equipa da casa a marcar o segundo, por Paulo César (78), após uma grande jogada de Matheus na direita, colocando em completa euforia os adeptos "arsenalistas".

Jogo no Estádio Municipal de Braga.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores:

1-0, Hugo Viana, 07 minutos.

2-0, Paulo César, 78.

Equipas:

Sporting de Braga: Eduardo, João Pereira, Moisés, André Leone, Evaldo, Vandinho, Hugo Viana (Madrid, 86), Mossoró (Matheus, 59), Alan, Paulo César e Meyong (Rodriguez, 46).
(Suplentes: Kieszek, Rodriguez, Madrid, Matheus, Diogo Valente, Osvaldo, Adriano).

Benfica: Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Fábio Coentrão, Javi Garcia (Keirrison, 55), Ramires, Di Maria, Aimar (Ruben Amorim, 82), Saviola (Weldon, 82) e Cardozo.
(Suplentes: Júlio César, Sidnei, Ruben Amorim, Filipe Menezes, Nuno Gomes, Weldon, Keirrison).

árbitro: Jorge Sousa (Porto).

Acçãoo disciplinar: cartãoo amarelo para Fábio Coentrão (06), Javi Garcia (31), David Luiz (31), João Pereira (31), Saviola (42), Paulo César (70). Cartão vermelho para Cardozo (intervalo) e André Leone (intervalo).

Assistência: 24 188 espectadores.

O JOGO

JotaCC

Sp. Braga-Benfica, 2-0 (crónica)
«Triplete» à moda do Minho frente a um Benfica em branco


O Sp. Braga completou um «triplete» à moda do Minho. Derrubou Sporting, F.C. Porto e Benfica para ocupar isolada e orgulhosamente o cume da Liga 2009/10. Temos candidato. Ainda há dúvidas? Hugo Viana deu o mote, Paulo César aplicou a estocada final (2-0). Jesus viu a sua equipa ficar em branco, pela primeira vez na competição.

Jorge Sousa cometeu erros, o Benfica tem maiores razões de queixa, sim senhor. Mas nem tudo se explica por aí. Jogo grande, enorme. Um ambiente à altura de um embate entre líderes. A melhor defesa da Liga, com apenas um golo sofrido no Estádio AXA, recebia o ataque mais temível, com trinta cartões de visita em apenas oito jornadas.

A Pedreira engalanou-se, rochas polidas e bancadas bem compostas (24.188 espectadores). O Sp. Braga arrecada mais de 400 mil euros de receita, provenientes de ingressos que chegavam aos 65 euros para o adepto comum. O espectáculo foi bom, muito bom até, mas não cheguemos a tanto.

Em casa mandam eles

Feitos os parênteses, eis o futebol. O Sp. Braga entrou em campo sem deixar o Benfica respirar, utilizando a melhor arma do inimigo contra uma equipa habituada a dominar desde o primeiro minuto. Cardozo escapou ao amarelo, Coentrão não. Falta, bola para Hugo Viana. Assim mesmo, a frio, aquele pé esquerdo fez a bola passar por cima de onze benfiquistas e entrar junto ao ângulo da baliza de Quim. Golo portentoso!

O Benfica entranhava a desvantagem mas tentava responder de imediato. Valeu Eduardo, desviando remates de Ramires e Di María. Nas bancadas, desacatos evitáveis, com uma tocha a cair em cima de adeptos do Sp. Braga, devido à má colocação dos seguidores do clube da Luz.

Casos para não variar

Ao minuto 28, o primeiro caso. Após livre de Aimar, ouve-se o apito de Jorge Sousa. Luisão acaba por marcar de cabeça, mas o árbitro tinha assinalado uma falta de Cardozo sobre Leone, momentos antes. Discutível a infracção, fica o registo de uma decisão tomada antes de surgir o desvio fatal para a baliza do Sp. Braga.

A partir daí, o caldo foi-se entornando. O Benfica reagia mal, Mossoró e Alan obrigavam Quim a duas defesas providenciais e Saviola via um amarelo por simular uma grande penalidade.

O intervalo chegou com uma péssima propaganda para o futebol.Tudo começou em Dí Maria, que ficou agastado com o facto de os elementos do banco do Sp. Braga queimarem tempo. Fez um mau lançamento, terminou a primeira parte e o argentino chutou a bola em direcção ao banco arsenalista, cuspindo de seguida. Lançou-se a confusão, com contornos imperceptíveis para os jornalistas colocados na bancada.

Dividir o mal pelas aldeias

Sp. Braga e Benfica regressaram ao rectângulo de jogo com uma disposição estranha. Aí, percebeu-se que Jorge Sousa expulsara Leone e Cardozo, na sequência dos desacatos generalizados, no túnel. Não seriam os mais exaltados, pelo que foi possível constatar, mas louve-se ao menos a firmeza, a tomada de decisões, em contraste com a habitual assobiadela para o lado, em situações do género.

Domingos Paciência trocou Meyong por Rodriguez, abdicando da referência atacante para repor o stock defensivo. O Benfica respondia com Keirrison, pouco depois. Pelo meio, um par de decisões contestáveis, por parte do árbitro da partida. João Pereira, por exemplo, escapou ao segundo amarelo em lance com Dí Maria. O argentino manteve a chama visitante, Keirrison falhou a oportunidade mais escandalosa mas o Sp. Braga foi estabilizando.

Ao minuto 78, a machada final. Jesus não mexera mais na equipa, estranhamente. Matheus recebe na área, cruza para Paulo César e este fuzila Quim. Moisés salva um golo do Benfica pouco depois. O Sp. Braga saiu do palco como entrou: comportando-se como um grande. «Follow the leader», ouviu-se no AXA


Sp. Braga também vence Benfica: e agora?
Minhotos recuperam liderança isolada


À nona jornada, o Sp. Braga tirou teimas frente ao Benfica. As duas equipas defrontaram-se em igualdade pontual, os arsenalistas venceram por 2-0 e voltam a isolar-se na frente.

Com apenas dois pontos perdidos em nove jogos, a equipa orientada por Domingos Paciência faz o pleno frente aos ditos «grandes». Venceu em Alvalade, ganhou ao F.C. Porto em casa e agora derrotou o Benfica em plena onda de euforia «encarnada», de goleada em goleada.

Comente o encontro de Braga, recheado de incidências, e fale também do ponto em que o jogo desta noite deixa a Liga, com quase um terço de campeonato jogado.



Domingos e Jesus em desacordo: candidatura e golo anulado
Sp. Braga-Benfica, 2-0 (reportagem)


Os treinadores de Sp. Braga, Domingos Paicência, e Benfica, Jorge Jesus, em declarações à Sport TV, após o encontro da 9ª jornada da liga portuguesa, que terminou numa vitória bracarense por 2-0:

Domingos Paciência, treinador do Sp. Braga

«Temos consciência da posição que ocupamos neste momento. Esta na liderança da Liga é sinal de muito trabalho e humildade. Ainda há muitos jogos para fazer, não podemos assumir candidatura nenhuma. Tenho uma equipa com um querer muito grande e que por vezes faz estas coisas.»

«Sabíamos das dificuldades que íamos ter, perante uma equipa forte, com grande mobilidade e com jogadores de grande qualidade. Mas disse aos jogadores: ¿Há uma boal e o adversário joga aquilo que queremos¿. A equipa chegou ao 2-0, como já podia ter chegado na primeira parte. Depois, nos lances em que o Benfica costuma ser forte, nas bolas paradas, não conseguiu chegar ao golo, porque o Cardozo agarrou o Leone, não é o Luisão que comete falta.»

Jorge Jesus, treinador do Benfica

«Jogámos contra um bom adversário, que já tinha ganho a outro concorrente ao título aqui, no caso o F.C. Porto. Era um jogo extremamente difícil. O facto de o Braga marcar primeiro teve influência tanto a nível táctico como emocional. O Benfica foi mais forte na última meia hora da primeira parte e foi à procura do empate. E conseguiu-o pelo Luisão, porque o golo é limpo, como já vi. Fomos para a segunda parte com uma expulsão para cada lado e acho que fiquei a perder mais, porque fiquei sem o Cardozo, um jogador que é referência na área. Na segunda parte, fomos à procura do 1-1, tivemos oportunidades para o fazer e o Braga acabou por chegar ao 2-0. Está tudo em aberto, o campeonato tem mais um candidato na luta pelo título. Já disse isso antes do começo. O Benfica jogou com convicção e crença. O jogo não nos correu bem, mas ainda há muito campeonato. Saímos na segunda posição, não é a que queremos, mas estamos na luta pelo titulo.»



Hugo Viana: o golo «importante» ao Benfica e a selecção
Sp. Braga-Benfica, 2-0 (reportagem)

Hugo Viana, autor do primeiro golo da vitória do Sp. Braga sobre o Benfica (2-0), na «flash interview» da SportTV:

«Foi um golo importante. Era muito importante conseguirmos segurar o processo ofensivo do Benfica. Estar a ganhar aos sete minutos deu-nos uma confiança ainda maior.»

(Disse que não temia o Benfica) «A questão era se a carga ofensiva do Benfica me assustava. O termo não é assustar. É uma equipa que tem excelentes jogadores, tudo para ir em frente na Liga e na UEFA, mas o Sp. Braga também. Será difícil continuar assim, mas posso prometer que tudo faremos para que o Braga esteja ao mais alto nível.»

(Sobre um possível regresso à selecção). Trabalho para o Sp. Braga. O meu dia a dia é para o Braga, não é para a selecção. Não quero falar em coisas que neste momento não são reais.»


Braga em ebulição: os presidentes, as claques e o túnel a arder
Sp. Braga-Benfica, 2-0 (reportagem)

Nem só de futebol viveu este Sp. Braga-Benfica. Fora do rectângulo as emoções estiveram especialmente agitadas. Da tribuna presidencial ao túnel de acesso aos balneários, passando ainda pelo sector onde estava colocada a claque da Luz.

Ao intervalo assistimos a cenas tristes. Tudo começou numa atitude de Di María, entendida como provocatória pelo banco do Sp. Braga. O argentino atirou uma bola em direcção dos suplentes minhotos, cuspiu para o chão e fez estremecer a paciência de Matheus.

O brasileiro do Braga correu em direcção do argentino, já à entrada do túnel, e a partir daí foi a confusão total. Murros, empurrões, gritos, descontrolo total. A polícia foi forçada a intervir e a muito custo lá conseguiu repor a normalidade. Na sequência dos desacatos, André Leone e Oscar Cardozo foram expulsos.

Tudo muito feio.

A fúria de Salvador e as gargalhadas de Vieira

Uns bons metros acima, na tribuna presidencial, António Salvador e Luís Filipe Vieira travaram também um duelo muito especial. Salvador gesticulou com fúria vezes várias, pediu um amarelo para Cardozo logo nos primeiros minutos e celebrou efusivamente os golos de Hugo Viana e de Paulo César. «Já está, já está!» gritou, de braços levantados, quando o brasileiro bateu Quim.

Vieira, a jogar em campo adverso, esteve mais contido. Ainda assim, deu uma sonora gargalhada e abanou a cabeça de reprovação quando o árbitro Jorge Sousa anulou um golo a Luisão. Depois, perante o desenrolar dos acontecimentos, teve de se encolher, a remoer a decepção.

Aquando a enorme confusão no regresso aos balneários, ambos se soergueram e tentaram perceber o que se passava, ainda que à distância.

As tochas da claque do Benfica em cima dos minhotos


Incompreensível. É esta a palavra que melhor se aplica à opção de colocar a claque do Benfica no patamar superior da bancada nascente. Ora, com adeptos do Sp. Braga imediatamente por baixo, numa zona facilmente atingível, não surpreendeu que a meio do primeiro tempo tivessem sido lançadas algumas tochas para essa zona.

Alguns pais, assustados, saíram do estádio com os filhos pela mão, perante a impotência das autoridades, que aguardaram apenas que os adeptos do Benfica tivessem uma crise de bom senso.


Sp. Braga-Benfica, 2-0 (destaques)
Viana, Mossoró e muito mais talento


Hugo Viana, a selecção espera-o
O futebol português resgatou do esquecimento um dos seus maiores talentos. No Sp. Braga, Hugo Viana readquiriu o prazer pelo jogo. O resto esteve lá sempre. A certeza no passe - curto ou longo - a leitura sempre correcta da partida, a colocação inteligente no rectângulo do jogo e, claro, o remate mortífero. O remate que abateu a águia, logo aos sete minutos. Uma execução soberba de um jogador que tem tudo para voltar rapidamente à Selecção Mundial.

Mossoró, técnica prodigiosa
Não é forte nem especialmente rápido, mas tem uma técnica prodigiosa. Perfeito na forma como recebe e entrega a bola, como lê e concebe cada acção. Aos 38 minutos surgiu isolado sobre a esquerda e rematou às malhas laterais da baliza do Benfica. Logo a seguir, numa tabela genial com Alan conseguiu isolar o brasileiro. Talvez tenha saído demasiado cedo na partida, embora se perceba a opção de Domingos pela velocidade de Matheus para os últimos 30 minutos. O ano passado teve um rendimento muito intermitente com Jorge Jesus, mas está visto que é, de facto, um dos melhores valores desta Liga. Faz lembrar Deco na forma como corre e trabalha a bola.

Di María, inspirado e provocador
O melhor do Benfica. Impressionante a forma como consegue ganhar alguns lances aparentemente impossíveis. Remate fantástico aos 13 minutos, a obrigar Eduardo a uma grande defesa, fricção plena no duelo com João Pereira, iniciativas e mais iniciativas recheadas de perigo, sempre pela esquerda. A lamentar somente a atitude feia imediatamente antes do intervalo. Provocou o banco do Sp. Braga e esteve na origem de uma zaragata das grandes.

Moisés, o caça-gigantes

Torre inexpugnável, mesmo perante a ameaça de gigantes como Luisão e Javi García. Corte providencial aos 23 minutos, sobre um enleante Di María. Decisivo nesse momento, como haveria de ser noutros. Aos 79, por exemplo, evitou em cima da linha o golo do Benfica. Implacável no jogo aéreo, essencial na organização e na comunicação de todos os elementos da sua equipa. Aqui está um belo defesa central.

Saviola, que se danem Barcelona e Madrid
Atravessa um grande momento. Mesmo não marcando qualquer golo, espalhou a preocupação na defesa arsenalista em vários períodos. Recuou bastante no terreno, quis sempre ter a bola e compensou largamente o bloqueio criativo de Pablo Aimar. Reencontrou no Benfica a confiança que perdera em Barcelona e em Madrid.

Quim, absolvido
Adiou o segundo golo do Sp. Braga o mais que pôde. Três ou quatro belas intervenções. Sai absolvido desta derrota.

Paulo César, demoníaco

Domingos preferiu abdicar de Meyong e manter Paulo César em campo. A história do jogo deu razão ao técnico. Com mais espaço na segunda parte, foi um demónio à solta. Marcou com convicção perene o golo que sentenciou o destino da partida. Está em grande forma.

MAIS FUTEBOL

JotaCC

Braga impõe primeira derrota ao Benfica
Os bracarenses são líderes isolados na Liga depois da vitória por 2-0 na recepção ao Benfica, em jogo da nona jornada.

O Sporting de Braga isolou-se hoje na liderança da Liga portuguesa de futebol, ao impor a primeira derrota na prova ao Benfica, por 2-0, em jogo da nona jornada, que marcou o regresso do treinador Jorge Jesus à cidade minhota.

Os tentos do médio Hugo Viana, na sequência de um irrepreensível livre directo, aos sete minutos, e do avançado brasileiro Paulo César, aos 78, desalojaram o Benfica do comando, que o clube lisboeta dividia com os "arsenalistas", mas detendo vantagem na diferença entre golos marcados e sofridos.

Os lisboetas ficaram pela primeira vez em "branco" no campeonato, depois de terem obtido 30 remates certeiros em oito jogos, e sofreram também pela primeira vez dois golos em encontros da prova.

EXPRESSO


JotaCC

Paciência, o Braga ganhou
O Sporting de Braga pôs termo à série de dilatadas vitórias do Benfica, vencendo os encarnados por 2-0. Domingos Paciência derrotou Jorge Jesus e um fenómeno sucede a outro: a equipa do Minho é mesmo candidata ao título, admite o técnico da Luz

O Braga volta a ser líder isolado do campeonato depois da vitória deste sábado na recepção ao Benfica. Num jogo vibrante, os minhotos tiveram um início fulgurante e marcaram cedo, logo aos 7 minutos, por Hugo Viana, a cobrar um livre após falta de Fábio Coentrão.

O duelo manteve-se empolgante durante todo o primeiro tempo. O Benfica viu um golo ser anulado devido a um puxão de Cardozo a Leone. Os dois haviam de chegar a vias de facto depois do apito para o intervalo. Uma provocação de Di Maria ao banco arsenalista provoca confrontos no túnel de acesso aos balneários, e são Cardozo e Leone que acabam expulsos e já não regressam ao relvado.

Na segunda parte, Jesus ordena a contra-ofensiva, mas a ausência de Cardozo na frente faz mossa. Paciência aposta no contra-ataque e é aos 77 minutos que chega ao golo da tranquilidade, com Paulo César a aproveitar uma perda de bola e a bater Quim.

Nos minutos finais, Jesus lança Weldon e Amorim, mas é tarde demais. O Braga vence com justiça e terá que agora ser levado a sério como um verdadeiro candidato ao título, tal como assinalou o técnico do Benfica após o apito final. Já os encarnados terão que saber gerir o fim da euforia e retomar a perseguição aos minhotos.

SOL

JotaCC

Braga vence Benfica (2-0) e isola-se na liderança da liga de futebol

O Sporting de Braga travou o Benfica e isolou-se no comando da liga de futebol.

Um golo de Hugo Viana (7 m) e outro de Paulo César (77 m) garantiram o triunfo do  Braga, 2-0, que se isolou no comando da liga de futebol, com 25 pontos, mais três que o Benfica.

Num jogo marcado por grande nervosismo, o árbitro expulsou dois jogadores, um de cada lado, na sequência de desacatos entre futebolistas das duas equipas à entrada do túnel, no balneário. Na segunda parte, o Benfica jogou sem Cardozo e o Braga sem Leone.

O triunfo do Braga pôs fim à caminhada do Benfica, que somava sete vitórias consecutivas na liga, algumas com goleadas. O triunfo do Braga, equipa comandada por um jogador-ícone do F. C. Porto permitiu a aproximação dos dragões ao Benfica, que viu reduzida de três para dois pontos a diferença sobre os dragões.

JN

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Sp. Braga anula Benfica

Arsenalistas venceram os «três grandes» e assumiram a liderança isolada depois de vencerem encarnados por 2-0, anulando a veia goleadora dos encarnados.

O Sp. Braga é líder isolado da Liga Sagres, depois da vitória sobre o Benfica por 2-0, no jogo figura de cartaz da 9ª jornada. Os arsenalistas travaram a veia goleadora dos encarnados e lideram com três pontos de avanço, já depois de terem defrontado e vencido os "três grandes".

O Sp. Braga entrou bem no encontro e depois de uma falta na zona lateral à entrada da grande área, a castigar falta de Fábio Coentrão sobre Alan. Assim aos 7 minutos, na conversão desse livre, Hugo Viana inaugurou o marcador e colocou os arsenalistas na frente do marcador.

O jogo começou a "aquecer", com os jogadores a disputarem as bolas de forma "acesa" e à passagem da meia hora as águias chegaram ao golo, através de Luisão, mas o lance foi invalidado por falta de Cardozo sobre André Leone.

Estes mesmo dois jogadores iriam ser protagonistas da confusão que se instalou no túnel de acesso aos balneários, ao intervalo, com os atletas a entrarem em picardias e que viria a resultar na expulsão do avançado paraguaio e do defesa da turma da casa.

Assim no reatamento da partida as equipas jogavam com menos uma unidade e apesar do Benfica tentar construir lances de perigo, estes foram sempre resolvidos pela defesa menos batida do campeonato (4 golos apenas em 9 jogos). Os bracarenses afastavam também o perigo da baliza de Eduardo com boas trocas de bola, e conseguiram mesmo aumentar a vantagem, aos 77 minutos, quando a defesa do Benfica perdeu a bola e Matheus fintou Ramires para depois cruzar atrasado para Paulo César marcar golo.

Domingos vence assim o duelo com Jorge Jesus e é líder do campeonato, com três pontos de avanço sobre o segundo classificado, precisamente o adversário desta noite, quando estão decorridas nove jornadas.

Estádio AXA, em Braga.

Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto).

SP. BRAGA
Eduardo; João Pereira, Moisés, André Leone e Evaldo; Vandinho, Hugo Viana (Madrid, 85m), Alan, Paulo César e Mossoró (Matheus, 58m); Meyong (Rodriguez, 46m).
Suplentes: Kieszek, Ney, Diogo Valente e Adriano.
Treinador: Domingos Paciência.

BENFICA
Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia (Keirrison, 54m), Ramires, Di María e Aimar (Ruben Amorim, 81m); Saviola (Weldon, 81m) e Cardozo.
Suplentes: Júlio César, Sidnei, Felipe Menenzes, Nuno Gomes.
Treinador: Jorge Jesus.

Disciplina: Cartão amarelo para Fábio Coentrão (6m), Javi Garcia (30m), David Luiz (31m), João Pereira (31m). Saviola (41m), Paulo César (69m). Cartão vermelho para Leone (intervalo), Cardozo (intervalo).

Golos: 1-0, Hugo Viana (7m); 2-0, Paulo César (78m).

SCN