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NOTÍCIAS DO ENORME DIA 15/02

Started by Bruno3429, 15 de February de 2009, 07:48

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Bruno3429

O Sporting de Braga perdeu em casa com o Leixões.


O Sporting de Braga perdeu em casa com o Leixões.

A derrota da equipa de Jorge Jesus surgiu nos minutos finais da partida disputada no estádio municipal de Braga.

O único tento da partida que deu a vitória à equipa de Matosinhos, foi um auto-golo do defesa bracarense Freuchaut.

No final do jogo, o treinador da equipa de Matosinhos, José Mota, considerou justa a vitória do Leixões.

Depois da vitória há uma semana em Alvalade frente ao Sporting, o Sporting de Braga não foi capaz de repetir o feito diante do Leixões ontem ao princípio da noite no estádio municipal de Braga.

O técnico da equipa, Jorge Jesus, era um homem conformado com o resultado.

Sporting de Braga p+erdeu ontem em casa contra o Leixões, numa partida a contar para a décima oitava jornada da primeira Liga de futebol que começou no sábado à noite na Madeira, com a derrota do Vitória de Guimarães frente ao Nacional por 3-1.



O ABC empatou em casa com o São Bernardo por 28-28, em jogo a contar para a 16.ª jornada da Liga Portuguesa de Andebol. 

O ABC empatou em casa com o São Bernardo por 28-28, em jogo a contar para a 16.ª jornada da Liga Portuguesa de Andebol.

Um empate que o ABC garantiu no decorrer da segunda parte, pois ao intervalo a equipa academista perdia por 17-11.

E no final do jogo, Jorge Rito, treinador do ABC, reconhecia para a Antena Minho, as dificuldades que a equipa enfretou sobretudo durante a primeira parte da partida.

Já Ricardo Tavares, treinador do São Bernardo, faz uma leitura diferente do jogo.

Diz que a sua equipa merecia a vitória neste jogo, mas também reconhece o mérito do ABC que conseguiu evitar a derrota.


Antena Minho

Bruno3429

Leixões volta a bater Sporting de Braga

O Sporting de Braga perdeu, ontem à noite, com o Leixões, por uma bola a zero, num jogo que foi amplamente dominado pelos guerreiros que, todavia, não conseguiram bater o guarda-redes Beto.
A equipa de José Mota, que já tinha vencido na primeira volta, bateu novamente a turma de Jorge Jesus, que ficou mais longe dos lugares do topo.


Diario Minho

Bruno3429

Sporting de Braga: perdulário e benfeitor...


Com mil raios e corriscos... o Sp. Braga bem namorou ontem a vitória, frente ao Leixões, na 18.ª jornada, mas um piropo infeliz de Frechaut, aos 80 minutos — leia-se auto golo — deitou tudo a perder. Os leixonenses jogaram de forma muito organizada, complicando a tarefa aos braca-renses, mas foram muito bafejados pela sorte do jogo.

Só acontece a quem está lá dentro, é uma verdade, mas o Sp. Braga colocou-se também um pouco a jeito, pela postura amorfa na primeira parte, deixando os 'bebés' de Matosinhos ganhar ainda mais confiança.

Sem Moisés (operado no início da semana) e Rodriguez ainda a recuperar de uma luxação no ombro esquerdo, a entrada de Leone para o eixo da defesa no onze foi a única novidade de Jorge Jesus frente ao Leixões de José Mota que apresentou na 'pedreira' a sua equipa habitual nos últimos tempos e que tem feito furor nesta Liga portuguesa.

Empolgada por uma gran-de moldura humana bracarense que coloriu ontem o Estádio Municipal, a equipa do Sp. Braga entrou forte no jogo, mas pouco depois como que eclipsou-se, perante a postura muito positiva e destemida dos leixonenses.

À excepção de um canto directo de César Peixoto, aos 12 minutos, com a bola a bater na trave, os primeiros 35 minutos da partida foram amplamente dominados pelo Leixões, sobretudo pelo mérito de 'esconder' a bola aos arsenalistas.

A primeira oportunidade soberana de golo aconteceu à passagem d minuto 20, para o Leixões. Diogo Valente, isolado por Chumbinho, tentou driblar Eduardo que lhe tapou excelentemente os caminhos da sua baliza, mas com o esquerdino forasteiro a sacar um chapéu, valendo na circunstância Luís Aguiar a salvar na linha de golo.

Jorge Jesus insatisfeito com o futebol muito estático dos seus 'guerreiros', mandou Aguiar trocar de posição com P eixoto e o Sp. Braga acordou finalmente para a contenda, encostando o Leixões às cordas nos últimos dez minutos da primei-ra parte. E não fosse o guarda-redes Beto, a rubricar duas defesas vistosos aos 37 e 38 minutos (a parar remates de Renteria e César Peixoto), a equipa arsenalista tinha ido para o intervalo em vantagem.

No último suspiro antes do descanso, Luis Aguiar falhou também quase escandalosamente à boca da bali-za. Ao intervalo, o nulo era castigo para o Sp. Braga pelos muitos minutos do pri-meiro tempo a passear as camisolas.


Só deu Sp. Braga na segunda parte, mas... marcaram na própria baliza

Totalmente diferente foi o filme da segunda parte. Só deu Sp. Braga! O Leixões quase não conseguiu sair do buraco, tal a pressão e futebol altamente ofensivo da formação minhota.

Porém, apesar das inúmeras ocasiões de perigo junto da baliza de Beto (14 cantos!!! ao longo de todo o jogo, por exemplo), o desacerto finalizador dos bracarenses era de arrepiar os cabelos.
Quase gritantes foram também os falhanços de Meyong e Rentería, aos 62 e 70 minutos, quando tinham tudo para balançar as redes leixonenses.

Do que estava ao seu alcance, Jesus mexeu na equipa, meteu um motivado Mo-ssoró, um super-motivado Orlando Sá, um irrequieto Matheus, mas não houve meio de dar a volta à teia defensiva do Leixões.

Contra todas as previsões e contra a corrente de jogo, os 'bebés' de Matosinhos chegaram ao golo aos 79 minutos, com Frechaut, infeliz, a fazer auto-golo num lance de todo esquisito!! E acima de tudo, inofensivo. Foi o único ataque encetado pelos forasteiros na segunda parte. Incrível.

A derrota do Sp. Braga foi de todo imoral, mas acabou por pagar a factura de terem sido perdulário e benfeitores em demasia neste jogo, que valia... o assalto ao terceiro lugar da Liga Portuguesa.




Andebol: ABC empata com São Bernardo

Na primeira final das quatro que os jogadores do ABC afirmaram que têm pela frente nestes últimos jogos do campeonato, a formação minhota não foi feliz e não conseguiu mais do que um empate a 28 golos pe-rante a inspirada e acertada formação do S. Bernardo.

O empate é um resultado que se pode considerar plenamente justo já que o jogo ficou claramente dividido em duas partes. Na primeira metade da partida a formação bracarense entrou muito mal, concedendo muitas facilidades na defesa e não conseguindo impor o seu jogo atacante.

As falhas e erros cometidos pelo ABC, principalmente a nível defensivo, na primeira parte permitiram que o São Bernardo se colocasse, desde o início do encontro, na frente do marca-dor, posição que não abandonou mais até ao final do jogo.

Aos dez minutos da partida, a formação aveirense já tinha conseguido construir uma ligeira vantagem no marcador, vencendo por 6-3, muito por culpa dos erros do ABC, mas também devido à excelente exibição que Nu-no Grilo estava a realizar. O jogador acabou mesmo por ser a figura da partida, ao conseguir apontar doze dos 28 golos da sua formação, incluindo quatro dos cinco livres de sete metros que foi chamado a converter.

O encontro chegou ao intervalo com o S. Bernardo a segurar uma vantagem (11-17) que permitia à equipa aveirense entrar com tranquilidade na segunda parte.

Na etapa complementar o jogo começou de maneira muito diferente, com a formação da casa a entrar melhor na partida e, aos poucos a conseguir diminuir a desvantagem que tinha até ao momento.

Com boas exibições na segunda parte, Fábio Magalhães, com oito golos, e Dario Andrade, com dez, ajudaram a formação minhota a aproximar-se no marcador conseguindo empatar quando faltavam poucos minutos para o final da partida.

Foi nesta altura que o encontro se tornou verdadeiramente alucinante, com as equipas a conseguirem marcar e a defenderem, sem conseguirem libertar-se no marcador.

Quando faltavam apenas cerca de dois minutos para o final do encontro, e com o marcador a apresentar o empate, o ABC dispôs de um livre de sete metros que Dario Andrade, chamado a converter, não conseguiu, enviando a bola à trave da baliza de Rui Pereira.

Foi uma oportunidade de ouro para ABC se colocar na frente do marcador que, no entanto, não foi aproveitada e, pouco depois, o jogo terminava com o 28-28 final.

Correio Minho

Bruno3429

Jorge Jesus: «Leixões não fez nada para ganhar»
TÉCNICO FALA EM "SORTE" DO ADVERSÁRIO 



Jorge Jesus afirmou, após o desaire caseiro ante o Leixões, que mantém o que disse sobre o guarda-redes da equipa de Matosinhos, Beto.

"Eu disse que o Beto é um excelente guarda-redes e demonstrou-o hoje. O que eu quis dizer é que normalmente, os super guarda-redes, como se vê pela Europa fora, têm 1,85 metros, 1,90. Não quis tirar o valor do Beto, nem denegrir a sua imagem, nem quis melindrar ninguém. Não percebo a lógica de ficarem tão ofendidos", notou.

Sobre o jogo, discordou da análise de José Mota. "É a opinião dele, mas o filme do jogo não foi nada disso. O que se passou foi que o Braga quis ganhar o jogo, criou algumas oportunidades de golo e o Leixões, diz a estatística, foi uma equipa que jogou para empatar, defendeu até marcar o golo, nunca saiu num contra-ataque que nos pudesse surpreender, e depois foi contemplado com a sorte do jogo".

Jesus considerou que o "Leixões não fez nada para ganhar o jogo", apesar de conceder "mérito" à equipa de Matosinhos pelo "grande campeonato que está a fazer". "Não é fácil ganhar ao Leixões", concluiu.


Record

Bruno3429

Leixões assegura terceiro lugar

O Leixões assegurou hoje sensacionalmente o terceiro lugar da Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 1-0 no reduto do Sporting de Braga, em encontro da 18ª jornada, e somar o sexto jogo consecutivo sem sofrer golos.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Um "grande" cabeceamento do internacional luso Frechaut, mas na própria baliza, aos 80 minutos, selou o resultado final, permitindo ao conjunto de José Mota somar o sétimo encontro consecutivo sem perder (cinco empates, seguidos de duas vitórias).

Com este triunfo, o Leixões, que não sofre golos desde 21 de Dezembro (1-1 com o Estrela da Amadora), passou a contar 34 pontos, igualando provisoriamente o Benfica no segundo lugar e colocando-se a um escasso ponto do líder FC Porto.

Por seu lado, o Sporting de Braga manteve-se com 29 pontos, pelo que vai terminar a ronda no sexto lugar, em igualdade com o Marítimo, que reforçou o sétimo, abrindo um fosso de cinco pontos para o oitavo, ao receber e bater o Estrela da Amadora (1-0).


Destak

Bruno3429


Equipa de Matosinhos venceu fora de casa
Liga: Autogolo de Frechaut trai o Braga e ajuda o Leixões a manter-se no topo

Matilde Rocha Dias

O Leixões já tinha deixado água na boca aos adeptos do Mar, mas só ontem apresentou a confirmação em casa do Sporting de Braga. A equipa de José Mota não só derrubou (0-1) um adversário que jogou com autoridade e em regime de ataque, como mostrou uma organização fora do comum, prometendo luta acesa no topo da classificação.

Aos matosinhenses ainda lhes falta afinar a pontaria – somam apenas 20 golos marcados e o da vitória de ontem foi apontado por Frechaut na própria baliza. Mas, pelo que mostram, não lhes faltará estofo para se candidatarem às competições europeias.

Estranha a sina do Braga, que voltou a perder com o Leixões graças a um autogolo, exactamente como na primeira volta. Depois de um jogo em que o conjunto de Jorge Jesus teve mais posse de bola e mais oportunidades de golo, acabou por ser o Leixões o vencedor, beneficiando de um golo infeliz do bracarense Frechaut e, mais importante, da segurança de Beto entre os postes. O guarda-redes do emblema de Matosinhos, a reivindicar cada vez mais um papel na selecção nacional, com 550 minutos sem encaixar golos, travou o Braga em diversas ocasiões e saiu da partida como estrela maior, precisamente na semana em que Jorge Jesus lhe questionou os centímetros a menos.

Para o Braga, uma derrota era um fardo a evitar a todo o custo. Os motivos eram bons: a vontade de dar sequência ao triunfo categórico de Alvalade e a proximidade do compromisso com o Standard de Liège, para a Taça UEFA. E a equipa de Jorge Jesus fez tudo para ganhar. O técnico manteve fidelidade no "onze" que venceu em Alvalade, colocou a velocidade em campo e tentou arrasar a organização posicionalmente correcta do Leixões. A dada altura, a ideia que passava era a de que havia mais bracarenses que matosinhenses em campo, tal a capacidade de desdobramento dos minhotos.

Foi assim até ao momento em que José Mota fez a última substituição. O técnico fez entrar Jean Sony e o jogador foi feliz na primeira cavalgada à área, dois minutos depois: fugiu pela direita, cruzou e Frechaut, mesmo sem adversários por perto, cabeceou para o fundo da própria baliza.

Curiosamente, o jogo ficou marcado por uma moldura humana muito interessante e pelo entusiasmo das bancadas vestidas com as cores bracarenses. E nem tudo foi mau para os da casa, até porque o público pôde vibrar de forma exuberante perto do intervalo, altura em que Rentería e César Peixoto cheiraram o golo e obrigaram Beto a defender em voo picado. Frechaut tentou redimir-se mesmo em cima do minuto final, só que não chegou a tempo para cabecear. Do Leixões, antes da jogada do golo, viu-se um remate forte de Diogo Valente, a dar ao guarda-redes Eduardo a possibilidade de se mostrar, também ele, em nível superior.

Ficha do jogo
Estádio Axa, em Braga.
Assistência Cerca de 15.000 espectadores
Sp. Braga Eduardo, João Pereira, André Leone (Matheus, 86'), Frechaut, Evaldo, Vandinho, César Peixoto (Mossoró, 65'), Luís Aguiar, Alan, Rentería e Meyong (Orlando Sá, 77')
Leixões Beto, Laranjeiro, Elvis, Nuno Silva, Angulo, Bruno China, Ruben, Hugo Morais, Chumbinho (Braga, 55), Diogo Valente (Jean Sony, 77') e Rodrigo Silva (Zé Manel, 65')
Árbitro Duarte Gomes, de Lisboa
Amarelos Ruben (23'), Luís Aguiar (42') e César Peixoto (43')
Golo 0-1, por Frechaut, aos 80' (p.b.)


Publico

Bruno3429

Autogolo decisivo
'Traição' de Frechaut ajuda Leixões


Um autogolo de Frechaut, a 11' do fim e digno dos melhores pontas-de-lança, deu ontem a vitória ao Leixões no terreno do Sp. Braga. No seu jogo cem pelos arsenalistas, o defesa português tentou cortar de cabeça um centro de Jean Sonny, mas o voo acabou por levar a bola à sua própria baliza. Um rude golpe após cerca de 40 minutos de domínio avassalador do Sp. Braga.

As melhores ocasiões foram dos minhotos, mas o desacerto dos avançados e o inevitável Beto impediram o golo. O Leixões até entrou melhor no desafio, mas a partir dos 30', a equipa de Jorge Jesus assumiu o controlo da partida. Sem surpresa, os forasteiros mostraram-se confortáveis no contra-ataque e exibiram uma extraordinária organização defensiva. Contas feitas, o Leixões já leva seis jogos sem sofrer golos e subiu ao 3º lugar da Liga.

FICHA DO JOGO


LIGA - 18.ª Jornada - 14/02/09

Estádio Municipal de Braga- Assistência: 18 000

Golos: 0-1 Frechaut (79' p.b.)

SPORTING DE BRAGA: Eduardo, João Pereira, Frechaut, André Leone (Matheus, 85'), Evaldo, Vandinho, Luis Aguiar, Alan, César Peixoto (Mossoró, 65'), Rentería e Meyong (Orlando Sá, 76'). Treinador: Jorge Jesus.

LEIXÕES: Beto, Laranjeiro, Élvis, Nuno Silva, Angulo, Bruno China, Ruben, Hugo Morais, Chumbinho (Braga, 55'), Diogo Valente (Sony, 76') e Rodrigo Silva (Zé Manel, 65'). Treinador: José Mota.

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)

Disciplina: Cartões amarelos - Ruben (23'), Luis Aguiar (42'), César Peixoto (43')

Classificação do jogo: 7


Correio Manha

Bruno3429

Sp. Braga-Leixões, 0-1 (destaques)
Pedro Jorge da Cunha HUGO DELGADO/LUSA
Beto, 1,81 m de segurança

1,81 m de qualidade gigantesca na baliza do Leixões. Duas intervenções decisivas na fase final da primeira parte, a remates de Renteria e César Peixoto. Selos de garantia insuspeita e a salvo de qualquer crítica menos positiva. Carlos Queiroz pode entender não ser a melhor altura para lançar Beto na selecção, mas a cada exibição do guarda-redes do Leixões os argumentos do técnico nacional vão perdendo força e soando a absurdo. Já agora, Eduardo, colega de posição e actual número um da equipa de Portugal, teve pouco trabalho, mas resolveu bem tudo o que havia a resolver.

Luís Aguiar, o Sp. Braga agradece

Efectivamente, faz confusão perceber como o uruguaio não serviu para o F.C. Porto. Executa com primor, destila confiança e certeza em cada acção que efectua. Ao dispor de espaço no último terço de terreno, decide com inteligência e de forma cirúrgica. Esteve muito perto de marcar aos 53 minutos, mas desviou ao lado um livre de César Peixoto. Na sua posição é, de facto, um dos melhores do campeonato. O Sp. Braga agradece a gentileza.

Chumbinho, chuteiras perfumadas

Já na semana passada o escrevemos: Chumbinho é completamente diferente de Wesley, o seu antecessor. Em Braga reforçou esta ideia. Pisa terrenos mais recuados, passa mais tempo com a bola nos pés e parece mais lento. Mas a habilidade com que toca a bola é reveladora da sua capacidade técnica fora do normal. A forma como isolou Diogo Valente, ainda na primeira parte, está somente ao alcance de alguém com muito perfume nas chuteiras. Só não percebemos as razões que o levaram a ser substituído quando faltava ainda mais de meia-hora. De qualquer modo, atenção a este menino.

Renteria, chato e móvel

Melhor do que Meyong. Foi o primeiro a incomodar Beto, num lance que lhe é típico. Ganhou posição, rodopiou sobre o marcador directo e rematou com força. É um avançado chato, que se movimenta bastante e trabalha bem a bola. Evoluiu muitos nos sete meses que leva com a camisola do Sp. Braga, mas continua a pecar na hora do remate.

Frechaut, traição ao jogo 100

O jogo 100 com a camisola do Sp. Braga merece a referência devida. Fiável e regular como sempre, um poço de serenidade no eixo da defesa minhota até introduzir a bola na própria baliza a dez minutos do fim. Muita infelicidade numa partida que lhe era tão especial. Aos 31 anos pode, porém, orgulhar-se de uma carreira bonita e com passagens importantes por V. Setúbal, Boavista, Dínamo de Moscovo e Sp. Braga. Fica também o registo de 17 presenças com a camisola da Selecção Nacional e a participação no Campeonato do Mundo de 2002.



Jorge Jesus e José Mota trocam palavras azedas
SP HUGO DELGADO/LUSA
Foi agitado o flash-interview aos treinadores no final do Sp. Braga-Leixões, jogo que terminou com a vitória da formação de Matosinhos. José Mota já estava pronto para falar, mas um desentendimento entre jogadores das duas equipas fê-lo voltar para o túnel. Sanado o problema, os dois treinadores falaram e atacaram o adversário:


Jorge Jesus, treinador do Sp. Braga:

«Foi uma derrota inesperada por tudo o que se passou no jogo. O Sp. Braga foi a melhor equipa, o Leixões limitou-se a não deixa jogar. É uma equipa bafejada pela sorte. Na primeira volta tínhamos sofrido um autogolo de Rodriguez, hoje sofremos um autogolo de Frechaut. O Leixões não existiu em termos ofensivos. Ganhou sem saber porquê. O Sp. Braga fez mais uma vez uma excelente partida, frente a uma boa equipa. Em relação ao que disse sobre o Beto? Volto a dizer o que disse. O Beto é um excelente guarda-redes. Mas um guarda-redes com 1.80m perde em muitos aspectos. É verdade que os homens não se medem aos palmos, mas há lugares específicos em que é preciso ter certas características. Tenho direito à minha opinião e não quero atacar o homem.»


José Mota, treinador do Leixões:
«São três pontos justíssimos. Se houve jogo em que demos uma lição táctica foi neste jogo. O Sp. Braga só criou uma oportunidade de golo, na primeira parte, na segunda não criou nenhuma. O Leixões esteve sempre muito organizado. O Sp. Braga tem um plantel para lutar pelo título. Aliás, digo mais: é o melhor plantel que está na Liga. Vamos lutar por vencer jogo a jogo. Vencemos no Dragão, vencemos em Alvalade e vencemos agora em Braga. Temos sido a melhor equipa em termos tácticos. O Beto já há seis jogos que não ganha golos e é um grande, grande guarda-redes. Independentemente de às vezes querem medir os homens aos palmos. Se não gostei das palavras de Jorge Jesus? Não, não gostei. Porque não fui um homem alto.»


Beto: «O que o Jorge Jesus disse não é verdade»
Pedro Jorge da Cunha HUGO DELGADO/LUSA
Beto, guarda-redes do Leixões, em declarações após a vitória em Braga por 0-1.

«Vitória pessoal? Não, de forma alguma. Vencemos com um lance de felicidade, mas o triunfo é do colectivo. Voltámos a mostrar uma excelente capacidade de sofrimento. O Sp. Braga assumiu-se como candidato à Europa e vencer aqui soube muito bem. Por isso festejei efusivamente. Mostrámos que somos uma grande equipa.»

Sobre as palavras de Jorge Jesus na véspera, quando o técnico referiu que um guardião deve ter mais de 1,83 m para ser excelente:
«Li o que o Jorge Jesus disse. Respeito a opinião dele, mas a resposta que posso dar é mostrar dentro de campo que isso não é verdade.»

Sobre os 551 minutos sem sofrer golos:
«É um marco bom para mim. Esta é apenas a minha segunda temporada na Liga e alcançar esta meta é excelente. Selecção Nacional? Não vou falar mais sobre isso. Quero trabalhar e esperar pela minha oportunidade.»



À atenção de Sp. Braga: Standard Liège goleia
SP EPA/MICHEL KRAKOWSKI

O Standard Liège venceu neste sábado o Tubize (4-0) em jogo da 21ª jornada do campeonato belga. O campeão em título não teve dificuldades para bater o 15º classificado, que luta pela fuga à despromoção. Dois golos na primeira parte e dois golos na segunda parte permitiram à formação de Lazslo Boloni chegar ao triunfo.

O marcador foi inaugurado aos 35 minutos por De Camargo, para logo depois ser ampliado: na marcação de uma grande penalidade, Defour fez o segundo golo da equipa de Liège. Na segunda parte o Standard chegou à goleada. Benteke, aos 62 minutos, e Yagan, aos 88, fizeram os golos que estabeleceram o resultado final.

Com este triunfo, o Standard Liège cimentou a liderança do campeonato belga, agora com cinco pontos de vantagem sobre o Anderlecht. O adversário só joga, porém, neste domingo, no terreno do Charleroi, podendo em caso de vitória reduzir a desvantagem para dois pontos. O Standard joga em Braga na quarta-feira, em partida da Taça UEFA.

Ficha de jogo:

STANDARD LIÈGE: Espinoza; Camozzato, Benteke, Onyewu (Mulemo, 67m) e Mangala; Mikulic, Dalmat (Goreux, 71m), Carcela e Nicaise; Defour (Yagan, 73m) e De Camargo.
Suplentes: Bolat, Alex da Silva, Benko e Ingrao.

TUBIZE: Ardouin; Begne, Neels, Sorokin (Dajic, 46m) e Villano; Perbet (Santiago, 46m), Haydock e Barisci; Mvuezolo, Vandelannoite (Radler, 66m) e Forschelet.
Suplentes: Matos, Brouckaert, Gorez e Thiago Santos.


Maisfutebol

Bruno3429

O Leixões está lá em cima
ALCIDES FREIRE

A ironia não chegará para tudo, mas sempre servirá para ligar as pontas soltas de um jogo que o Leixões venceu por mero acaso. Foi de facto uma casualidade, porque não é fácil encontrar justiça na atribuição dos três pontos, ainda mais depois de uma exibição leixonense incapaz de incomodar a defesa do adversário. Aliás, foi na única jogada prometedora de contra-ataque do Leixões que aconteceu o golo, mas mesmo aí foi necessário que Frechaut - um dos defesas que cercavam Braga no interior da área - marcasse na própria baliza. Seria um golo bonito, se o guarda-redes batido não tivesse sido Eduardo, seu colega de equipa. Antes disso, e depois dos primeiros 37 minutos, durante os quais pareceu vigorar um pacto de não-agressão, o jogo foi do Braga. Aliás, foi aquilo que César Peixoto e Alan quiseram, e também porque houve mérito do Leixões na igualdade que vigorou até ao minuto 80, tudo aquilo para que Bruno China e Elvis tanto trabalharam. A diferença está nos nomes: no Braga, destacaram-se os médios criativos - Luis Aguiar de forma intermitente -, pelo Leixões brilharam mais o trinco e um defesa-central.

Ainda assim, não peçam mais ao Leixões nem lhe exijam concertos de ópera como aqueles que foi capaz de oferecer na parte inicial do campeonato. Ciente das suas limitações, a equipa de Matosinhos reduziu as dimensões do campo de que precisa para jogar. Ontem preencheu tão bem os 50 metros diante da baliza de Beto que apenas permitiu à equipa bracarense convencer-se de que o golo acabaria por surgir. Só que, desta feita, o cântaro não partiu de tantas vezes ir à fonte. Aliás, desfez-se em cacos, mas num outro fontanário e numa das poucas vezes que o visitante lá foi. Ironia, como é irónico que os adeptos do Leixões tenham sido obrigados a ver tudo do alto do segundo nível de bancadas, bem acima do local habitualmente destinado aos adversários. Ainda assim, um óptimo local para ver o Leixões regressar ao topo da tabela, ou quase, porque soma agora tantos pontos como o Benfica e menos um do que o líder FC Porto, equipas que só jogam hoje. Mesmo que seja por uma noite, está lá em cima ao cabo de 18 jornadas. E o Braga está cinco pontos atrás, falhado que foi o ataque ao terceiro lugar e tendo agora de viver com o Marítimo no sexto lugar. Ironias.


Braga 0 | Leixões 1
Estádio AXA | Relvado bom | 20 131 espectadores


Árbitro Duarte Gomes (AF Lisboa) | Assistentes Pedro Garcia e José Lima | 4º árbitro Artur Soares Dias


Braga

Treinador | Jorge Jesus

1 Eduardo GR

47 João Pereira LD

17 Frechaut DC

44 André Leone DC 86'

6 Evaldo LE

88 Vandinho MD

30 Alan MO

22 Luis Aguiar MO

21 César Peixoto MO 65'

19 Meyong AV 77'

18 Renteria AV


24 Mário Felgueiras GR

27 Filipe Oliveira LD

13 Stélvio MD

10 Jorginho MO

99 Matheus MO 86'

7 Mossoró MO 65'

11 Orlando Sá AV 77'

Amarelos | 42' Luis Aguiar, 43' César Peixoto

Vermelhos | Nada a registar


Leixões

Treinador | José Mota

1 Beto GR

20 Laranjeiro LD

27 Nuno Silva DC

4 Elvis DC

17 Angulo LE

14 Bruno China MD

2 Rúben MO

7 Hugo Morais MO

10 Chumbinho MO 55'

29 Rodrigo Silva AV 65'

23 Diogo Valente AV 77'


77 Berger GR

13 Joel DC

13 Jean Sony MO 77'

22 Castanheira MO

21 Braga MO 55'

16 Zé Manel AD 65'

9 Roberto AV

Golo [0-1] 80' Frechaut (p.b.)

Amarelos | 23' Rúben

Vermelhos | Nada a registar



Braga um a um
ANDRÉ MORAIS

João Pereira 6

O melhor do sector. Combinou a preceito com Alan e obrigou Hugo Morais a encostar a Angulo. Muito ofensivo.


Frechaut 3

Deixou escapar Diogo Valente aos 21' e fez um corte defeituoso a meio da segunda parte. Afinal eram tudo prenúncios do pior que estava para acontecer: o autogolo decisivo. Não podia ter comemorado pior centenário.


André Leone 5

O estilo prático não comprometeu. Substituído para o último forcing arsenalista.


Evaldo 6

É o jogador mais utilizado em Portugal, mas recusa perder fôlego. Fez todo o corredor e só falhou nos cruzamentos.


Vandinho 6

Encostou-se a Chumbinho e forçou-o a recuar. Com a saída deste, soltou-se e tornou-se noutro médio ofensivo. Perfeito no passe lateralizado.


Alan 6

Foi o melhor da sua equipa na análise global do jogo. Inconformado, rápido e imprevisível, nem sempre foi compreendido pelos colegas.


Luis Aguiar 5

Apareceu a espaços para espalhar magia, mas não teve continuidade.


César Peixoto 6

Jorge Jesus sentiu-o em quebra, quando estava a ser o melhor. Do seu pé esquerdo saíram três das quatro melhores oportunidades de golo.


Meyong 3

Lento, apático e estranhamente inoportuno. Uma sombra de si mesmo.


Renteria 5

A forma como se encosta aos adversários cria-lhes imensas dificuldades. Como sempre, não virou a cara à luta, mas voltou a falhar na concretização.


Mossoró 5

Agitou o meio-campo e rematou bastante, mas sempre torto.


Orlando Sá 3

Teve azar: entrou, e a equipa sofreu.


Matheus 3

Um remate e quase marcava.


Mota crucifica Jesus por causa de Beto
ANDRÉ MORAIS/CRISTINA AGUIAR

A discussão em torno de quem, entre Beto e Eduardo, é melhor ganhou ontem mais um interveniente. Depois de Jorge Jesus ter dito que o guarda-redes do Leixões nunca seria, por força de ter apenas 1,80 metros, um grande guarda-redes, José Mota lançou-se em defesa do seu jogador. "Não me referi ao Braga, não me referi a nenhum jogador. As pessoas têm de respeitar os colegas e os jogadores. Os homens não se medem aos palmos, mas sim pelo talento e pelo trabalho. Quem quiser falar, fale dos jogadores dele e deixe os outros em paz", atirou, irritado, no final de "uma vitória saborosíssima porque o Leixões mereceu e o seu guarda-redes é grande."

Mais tranquilo, Jorge Jesus não retirou o que disse na véspera, mas explicar melhor o alcance das suas palavras. "Mantenho o que disse. Não percebo a lógica de ficarem tão ofendidos. O Beto é um excelente guarda-redes e demonstrou-o. Aquilo que quis dizer foi que os superguarda-redes são aqueles que têm entre 1,85 e 1,90 metros. Nunca lhe quis tirar valor nem ofender", explicou, depois te ter feito o mesmo numa conversa privada com o jogador, já depois do final do jogo.

Em relação ao jogo, as opiniões entre os dois técnicos também divergem, e muito. "Foi uma vitória justíssima. Se houve um jogo em que demos lição táctica foi este. Aliás, em termos de táctica temos sido a melhor equipa do campeonato", provocou José Mota, mas Jorge Jesus não concorda. "Respeito. Mas o filme do jogo não mostra nada disso. A sorte também faz parte do jogo e o Leixões foi contemplado ", desmentiu Jorge Jesus. "O Leixões também tem mérito em não ter sofrido golos, mas era difícil nós perdermos. Foram premiados sem terem feito muito por isso", prosseguiu o treinador arsenalista. "O Braga tem um plantel ao nível dos três grandes. Já o tinha dito quando vim cá jogar na pré-época", elogiou José Mota.



Vandinho e Zé Manuel pegaram-se de razões

O final do jogo acabou por ser o rastilho para que Zé Manuel e Vandinho mantivessem uma acesa troca de palavras já no túnel de acesso aos balneários que obrigou à intervenção apaziguadora de José Mota. Consequência: atraso da flash interview do treinador do Leixões.


Carlos Oliveira "regressou" aos jogos

Há muito tempo que não se via o presidente da SAD do Leixões a assistir a um jogo da equipa. Ontem, Carlos Oliveira marcou presença nos camarotes do Estádio AXA, quebrando o ciclo de ausências como sinal de descontentamento pela falta de apoios.


Stoke City de olho no camaronês Meyong

O Stoke City, da Premier League, revelou que é dos clubes que seguem com particular atenção as exibições do bracarense Meyong, melhor artilheiro da equipa minhota, com seis golos na Liga Sagres. O sítio inglês refere, ainda, que os escoceses do Hearts tentaram contratar o goleador camaronês em Janeiro último, mas a proposta não terá tido resposta. Meyong, por sua vez, garante que ninguém o "contactou formalmente". O avançado prometeu, todavia, "estudar propostas" que venham a chegar para eventualmente mudar de ares no próximo Verão. "Há sempre rumores em torno do meu futuro, mas não falei com ninguém. Uma futura decisão passa sempre pelo Braga. Sinto-me feliz aqui, mas é evidente que jogar em Inglaterra seria uma coisa bonita.", concluiu o futebolista, que no jogo de ontem ficou em branco.



Luis Aguiar
"Foi uma fatalidade de um dos melhores"


"Foi uma fatalidade de um trinco que se tem revelado como um dos melhores elementos da equipa", eis a explicação de Luis Aguiar para a surpreendente derrota caseira, lamentando tão-só a pouca sorte de Frechaut num lance aparentemente inofensivo para a baliza do internacional Eduardo. "Trabalhámos duro e fizemos um grande jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado. Criámos um sem-número de ocasiões para conseguir resolver o jogo."

O estratego uruguaio não está, porém, preocupado com o futuro, apesar de o Braga ter esbanjado oportunidade de oiro para assentar arraiais no topo classificativo. "Já provámos que possuímos uma grande equipa e estamos a praticar um futebol de alta qualidade. Resultados como o de hoje [ontem] acontecem, mas vamos continuar a trabalhar e teremos de sair para novas vitórias."


Duelo de guarda-redes

Eduardo 6
Perdeu o duelo particular com Beto, mas porque teve menos serviço. O que fez, fez bem. Aos 57' esticou-se para tirar um remate de Hugo Morais e pouco depois mostrou toda a confiança que vive ao saltar bem alto para segurar uma bola que quase todos socariam. Ainda se esticou para evitar a traição de Frechaut, mas a imprevisibilidade do acto retirou qualquer possibilidade de defesa.


Beto 7
Venceu uma etapa importante numa fase em que está prestes a superar o recorde de imbatibilidade de Eduardo. Não fez as quedas nem os voos espectaculares de jogos anteriores, mas manteve a eficácia. Saiu-se bem no primeiro teste aos reflexos numa palmada crucial a desviar um canto directo que ameaçava causar estragos. Não se abateu pelo deslize aos 52'.


Eduardo        Beto
2 Defesas completas 1

2 Defesas incompletas 4

3 Cruzamentos 1

2 Reposições com os pés 8

2 Reposições com aa mãos 0

0 Um para um 1


ARBITRAGEM
Boa visão, má opção


Duarte Gomes esteve bem ao não assinalar grande penalidade no lance em que Renteria reclama falta de Nuno Silva, ainda na primeira parte, mas mal ao admoestar César Peixoto com um cartão amarelo num lance casual. Um cartão que afasta o bracarense da próxima jornada.


ARBITRAGEM
Boa visão, má opção


Duarte Gomes esteve bem ao não assinalar grande penalidade no lance em que Renteria reclama falta de Nuno Silva, ainda na primeira parte, mas mal ao admoestar César Peixoto com um cartão amarelo num lance casual. Um cartão que afasta o bracarense da próxima jornada.


A figura
BRUNO CHINA 7
Um delegado sindical que boicotou qualquer intenção de furar a barreira

Preserva o carácter reivindicativo do princípio da sua carreira, transferindo agora a luta para a posse da bola no centro de terreno. Bruno China foi um delegado sindical eficiente no combate contra a desigualdade decorrente do ascendente do Braga boicotando qualquer intenção de furar a barreira defensiva.


O Jogo

JotaCC

Empates surpresa

Nos dois jogos ontem disputados da 16.ª jornada, registaram-se dois empates, tendo o Liberty SB comandado quase sempre em Braga e o Madeira dado muito trabalho ao campeão nacional. Na Luz, os ânimos estiveram muito exaltados na ponta final, com Paulo Fidalgo, técnico insular, a ser expulso.


O JOGO

JotaCC

Braga falhou ultrapassagem o Leixões

Liga. Autogolo de Frechaut gelou estádio

Como um balde de água fria que gelou toda a "pedreira"… Chegou assim o golo de Frechaut na própria baliza, a dez minutos do final do jogo. O gesto infeliz do capitão bracarense hipotecou todas as hipóteses de os arsenalistas vencerem uma partida que dominaram desde o início e foi o que bastou para o triunfo do Leixões, que corria o risco de ser ultrapassado precisamente pelo Sp. Braga em caso de derrota e, assim, manteve o último lugar no pódio do campeonato.

Prometia muito o jogo entre as duas equipas que melhor futebol praticaram até ao momento na Liga. Porém, desde cedo se notou a diferença de potencial entre ambas, a tal ponto que foi até surpreendente o avassalador domínio bracarense em quase todos os capítulos. Os comandados de Jorge Jesus pareciam querer aproveitar o embalo da vitória em Alvalade, sobre o Sporting, na jornada anterior, e cedo demonstraram quem mandava no jogo: logo aos 13 minutos, o guarda-redes Beto e a trave evitaram o golo, num canto batido pelo extremo César Peixoto. Houve ainda espaço para a reacção dos matosinhenses, num chapéu de Diogo Valente a Eduardo, aos 20 minutos, antes do período de sufoco: o estádio chegou mesmo a gritar golo por três vezes, entre os 37 e os 39 - em dois remates cruzados de Rentería e noutro de Alan. Falso alarme! E outros se seguiram no reatamento. Em particular, numa ocasião flagrante, aos 53 minutos, quando Rentería cabeceou para o segundo poste, após livre lateral de César Peixoto, e Luís Aguiar falhou a emenda.

O jogo bracarense continuou a carburar pelos flancos, principalmente pela direita, conduzido pelos "eléctricos" Alan e João Pereira, contudo, a eficácia no eixo do ataque não abundava ou esbarrava em Beto. O guardião leixonense não sofre golos há 551 minutos e está a 77 minutos do recorde de imbatibilidade na Liga, ainda pertença de Eduardo, do Sporting de Braga. Mesmo com um resultado injusto, o Leixões voltou a surpreender na Liga e têm ainda o mérito de há não sofrer golos há seis jogos.|


DN

JotaCC

Leixões assegura terceiro lugar ao vencer o Braga

O Leixões assegurou  sensacionalmente o terceiro lugar da Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 1-0 no reduto do Sporting de Braga, em encontro da 18 jornada, e somar o sexto jogo consecutivo sem sofrer golos.
Um "grande" cabeceamento do internacional luso Frechaut, mas na própria baliza, aos 80 minutos, selou o resultado final, permitindo ao conjunto de José Mota somar o sétimo encontro consecutivo sem perder (cinco empates, seguidos de duas vitórias).

Com este triunfo, o Leixões, que não sofre golos desde 21 de Dezembro (1-1 com o Estrela da Amadora), passou a contar 34 pontos, igualando provisoriamente o Benfica no segundo lugar e colocando-se a um escasso ponto do líder FC Porto.

Por seu lado, o Sporting de Braga manteve-se com 29 pontos, pelo que vai terminar a ronda no sexto lugar, em igualdade com o Marítimo, que reforçou o sétimo, abrindo um fosso de cinco pontos para o oitavo, ao receber e bater o Estrela da Amadora (1-0).

RTP

JotaCC

Sp. Braga-Leixões, 0-1 (crónica)




A traição de Frechaut. Uma traição involuntária mas decisiva, na sua partida número 100 com a camisola do Sp. Braga. Um auto-golo do polivalente jogador, a dez minutos do fim, encheu de injustiça o marcador do Sp. Braga-Leixões: os matosinhenses levam três pontos para o Mar e enchem o peito de garbo e confiança. A equipa de José Mota vai continuar entre os três primeiros da Liga.

Os números já o indiciavam. Frente a frente estavam duas das três defesas menos batidas do campeonato; na baliza os dois melhores guarda-redes da prova; nos últimos cinco jogos, o Leixões somara quatro nulos; Beto já não sofre golos, depois de hoje, há 551 minutos. Perante esta cenário, nem o mais romântico dos adoradores da bola poderia acreditar num placard recheado. Os 90 minutos deram razão aos crentes na estatística.

Aqui abrimos lugar ao elogio da nobre e incompreendida arte de bem defender. Foi isto que o Leixões fez ao longo de toda a partida, com particular incidência na etapa complementar: os pupilos de José Mota foram coriáceos, hiper-concentrados e altruístas na protecção a Beto. O guarda-redes fez o restante.

Com duas grandes intervenções na primeira parte e mais uma na segunda, enregelou os argumentos apresentados por Carlos Queiroz para a sua exclusão da selecção. Mas isso são contas para outra altura.

O empate assentava-lhes bem

O Sp. Braga, efectivamente, não merecia tamanho castigo. Após o triunfo incontestável em Alvalade, a formação de Jorge Jesus entrava naturalmente como favorita, mas demorou 35 minutos a perceber como poderia incomodar Beto. Fê-lo por duas vezes no final da primeira parte e voltou a insistir na segunda.

Sem espaços óbvios de penetração, os minhotos circularam bem a bola, procuraram sempre os flancos e encostaram o Leixões às cordas durante todo o segundo tempo. Fizeram, pois, o que lhes competia. Com uma excepção nada despicienda. Nas duas ou três ocasiões em que poderiam ter marcado, o remate saiu incrivelmente defeituoso. Neste particular, a nota recriminatória vai para Meyong, Renteria e Luís Aguiar. Orlando Sá entrou demasiado tarde.

E nestas histórias o «quem não marca, sofre» vem sempre à baila. Pois bem, o Sp. Braga não marcou quando deveria e poderia; o Leixões, cínico e insinuante, num contra-ataque conduzido pelo exótico haitiano Jean Sony, marcou mesmo. Um prémio excessivo à cultura táctica dos bebés do Mar.

Arbitragem muito positiva de Duarte Gomes.


Jorge Jesus explica-se: «Nunca quis ofender o Beto»


Jorge Jesus, técnico do Sp. Braga, explicou as declarações da véspera, onde referiu que somente os guarda-redes com mais de 1,83 m podem atingir níveis de eleição. As palavras destinavam-se a Beto, guarda-redes do Leixões, com quem o treinador se cruzou nos corredores do Estádio Axa.

«Mantenho o que disse. O Beto é um excelente guarda-redes, demonstrou-o uma vez mais, mas normalmente os super-guarda-redes são atletas com 1,85m/1,90m. Não quis melindrar ninguém, muito menos o Beto e já tive oportunidade de lhe dizer pessoalmente. Nunca o quis ofender.»

Sobre a partida:
«Durante 90 minutos tivemos um Sp. Braga que a partir dos 15 minutos foi a equipa que quis ganhar. Criámos duas boas oportunidades para marcar na primeira parte e na segunda o Leixões jogou para empatar e defendeu sempre, até ter marcado. Poucas vezes rematou e foi contemplado pela sorte do jogo. Não é fácil ganhar ao Leixões, mas tenho de dar os parabéns à minha equipa pelo que jogou.»



Jorge Jesus e José Mota trocam palavras azedas

Foi agitado o flash-interview aos treinadores no final do Sp. Braga-Leixões, jogo que terminou com a vitória da formação de Matosinhos. José Mota já estava pronto para falar, mas um desentendimento entre jogadores das duas equipas fê-lo voltar para o túnel. Sanado o problema, os dois treinadores falaram e atacaram o adversário:

Jorge Jesus, treinador do Sp. Braga:

«Foi uma derrota inesperada por tudo o que se passou no jogo. O Sp. Braga foi a melhor equipa, o Leixões limitou-se a não deixa jogar. É uma equipa bafejada pela sorte. Na primeira volta tínhamos sofrido um autogolo de Rodriguez, hoje sofremos um autogolo de Frechaut. O Leixões não existiu em termos ofensivos. Ganhou sem saber porquê. O Sp. Braga fez mais uma vez uma excelente partida, frente a uma boa equipa. Em relação ao que disse sobre o Beto? Volto a dizer o que disse. O Beto é um excelente guarda-redes. Mas um guarda-redes com 1.80m perde em muitos aspectos. É verdade que os homens não se medem aos palmos, mas há lugares específicos em que é preciso ter certas características. Tenho direito à minha opinião e não quero atacar o homem.»

José Mota, treinador do Leixões:
«São três pontos justíssimos. Se houve jogo em que demos uma lição táctica foi neste jogo. O Sp. Braga só criou uma oportunidade de golo, na primeira parte, na segunda não criou nenhuma. O Leixões esteve sempre muito organizado. O Sp. Braga tem um plantel para lutar pelo título. Aliás, digo mais: é o melhor plantel que está na Liga. Vamos lutar por vencer jogo a jogo. Vencemos no Dragão, vencemos em Alvalade e vencemos agora em Braga. Temos sido a melhor equipa em termos tácticos. O Beto já há seis jogos que não ganha golos e é um grande, grande guarda-redes. Independentemente de às vezes querem medir os homens aos palmos. Se não gostei das palavras de Jorge Jesus? Não, não gostei. Porque não fui um homem alto.»


Sp. Braga-Leixões, 0-1 (destaques)

Beto, 1,81 m de segurança

1,81 m de qualidade gigantesca na baliza do Leixões. Duas intervenções decisivas na fase final da primeira parte, a remates de Renteria e César Peixoto. Selos de garantia insuspeita e a salvo de qualquer crítica menos positiva. Carlos Queiroz pode entender não ser a melhor altura para lançar Beto na selecção, mas a cada exibição do guarda-redes do Leixões os argumentos do técnico nacional vão perdendo força e soando a absurdo. Já agora, Eduardo, colega de posição e actual número um da equipa de Portugal, teve pouco trabalho, mas resolveu bem tudo o que havia a resolver.

Luís Aguiar, o Sp. Braga agradece

Efectivamente, faz confusão perceber como o uruguaio não serviu para o F.C. Porto. Executa com primor, destila confiança e certeza em cada acção que efectua. Ao dispor de espaço no último terço de terreno, decide com inteligência e de forma cirúrgica. Esteve muito perto de marcar aos 53 minutos, mas desviou ao lado um livre de César Peixoto. Na sua posição é, de facto, um dos melhores do campeonato. O Sp. Braga agradece a gentileza.

Chumbinho, chuteiras perfumadas

Já na semana passada o escrevemos: Chumbinho é completamente diferente de Wesley, o seu antecessor. Em Braga reforçou esta ideia. Pisa terrenos mais recuados, passa mais tempo com a bola nos pés e parece mais lento. Mas a habilidade com que toca a bola é reveladora da sua capacidade técnica fora do normal. A forma como isolou Diogo Valente, ainda na primeira parte, está somente ao alcance de alguém com muito perfume nas chuteiras. Só não percebemos as razões que o levaram a ser substituído quando faltava ainda mais de meia-hora. De qualquer modo, atenção a este menino.

Renteria, chato e móvel

Melhor do que Meyong. Foi o primeiro a incomodar Beto, num lance que lhe é típico. Ganhou posição, rodopiou sobre o marcador directo e rematou com força. É um avançado chato, que se movimenta bastante e trabalha bem a bola. Evoluiu muitos nos sete meses que leva com a camisola do Sp. Braga, mas continua a pecar na hora do remate.

Frechaut, traição ao jogo 100

O jogo 100 com a camisola do Sp. Braga merece a referência devida. Fiável e regular como sempre, um poço de serenidade no eixo da defesa minhota até introduzir a bola na própria baliza a dez minutos do fim. Muita infelicidade numa partida que lhe era tão especial. Aos 31 anos pode, porém, orgulhar-se de uma carreira bonita e com passagens importantes por V. Setúbal, Boavista, Dínamo de Moscovo e Sp. Braga. Fica também o registo de 17 presenças com a camisola da Selecção Nacional e a participação no Campeonato do Mundo de 2002.

MAIS FUTEBOL

JotaCC

Sporting de Braga - Leixões (comentário)


Um auto-golo de Frechaut deu uma importante vitória ao Leixões no reduto do Sporting de Braga, com a qual iguala o Benfica no segundo lugar da Liga de futebol, ainda que à condição, na 18ª jornada.

O Sporting de Braga perdeu uma oportunidade de ouro de ultrapassar o Leixões na tabela - as equipas estavam separadas por apenas dois pontos -, e diga-se que esse era o cenário mais justo, face ao que se passou em campo.

A equipa que viajou de Matosinhos, principalmente na segunda parte, foi completamente dominada pela equipa da casa e só um lance de fortuna - e infortúnio do "capitão" bracarense - pode explicar o resultado.

A verdade é que a turma orientada por José Mota continua a sua grande campanha (sexta vitória fora de portas e sexto jogo consecutivo sem sofrer golos), e espera agora pelo resultado do jogo do Benfica com o Paços de Ferreira, domingo.

O primeiro lance com perigo da partida pertenceu à equipa da casa, à passagem do minuto 13: tentativa de canto directo de César Peixoto, da direita, mas Beto, primeiro, e a barra, depois, impediram o golo bracarense.

A resposta dos visitantes deu-se pouco depois, aos 21 minutos, com Diogo Valente a desperdiçar uma grande passe de Chumbinho.

O extremo contornou Eduardo, mas perdeu ângulo e só depois de voltar a fintar o guarda-redes bracarense é que atirou em arco. A defesa do Braga, contudo, já se tinha recomposto e cortou a bola perto da linha de golo.

Depois, e no espaço de dois minutos, o Sporting de Braga teve três grandes oportunidades de golo: aos 37, Meyong isolou Renteria, mas o colombiano rematou para uma grande defesa de Beto e, um minuto depois, César Peixoto, já na área, rematou rasteiro para outra grande intervenção do guarda-redes do Leixões.

Pouco depois, Alan flectiu da direita para o centro e rematou em arco, apenas um pouco ao lado.

A segunda parte pertenceu por completo ao Sporting de Braga, que empurrou autenticamente o Leixões para o seu último reduto obrigando os adversários a defender, em muitos momentos, com os 11 homens atrás da linha da bola.

Talvez por isso, e apesar do domínio intenso, não foram muitas as oportunidades claras para marcar de que o Braga dispôs na etapa complementar.

Uma das excepções aconteceu logo no início da segunda metade, aos 53 minutos: livre em jeito de canto mais curto de César Peixoto, Renteria desviou e, ao segundo poste, Luís Aguiar não conseguiu empurrar para dentro da baliza por muito pouco.

Quatro minutos depois, um fogacho do Leixões: Braga pôs à prova Eduardo, com um remate de fora da área, depois de um mau corte de Frechaut.

Mas era o Braga que atacava: aos 63 minutos, Renteria trabalhou bem na área, serviu Meyong com um passe atrasado, mas o remate do camaronês saiu ao lado e, aos 76, de novo o colombiano, agora a rodopiar sobre um adversário, mas a falhar depois o remate à baliza de Beto, que já vai em 551 minutos sem sofrer golos.

E pouco depois de Jorge Jesus fazer a última aposta no sentido de ganhar o jogo, colocando em campo o mais recente internacional "AA" do Sporting de Braga, Orlando Sá, surgiu o golo do... Leixões.

Corria o minuto 80 quando Frechaut, que cumpria o jogo 100 com a camisola dos "arsenalistas", na tentativa de anular um centro da direita de Jean Sonny, introduziu-a na própria baliza, de cabeça, sem hipótese de defesa para Eduardo.

Até ao final do jogo, os minhotos tentaram chegar ao empate, mas já com pouco discernimento.

LUSA