NOTICIAS DO ENORME DO DIA 17/04

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A pior época da era António Salvador na Pedreira

O SC Braga não terá grandes razões para recordar 2013/2014. Além da eliminação precoce na Liga Europa, o emblema minhoto fez uma campanha bastante abaixo do esperado no campeonato, onde apontava baterias ao pódio, e teve dupla queda contra o Rio Ave nas taças internas.

Quando Jesualdo Ferreira foi apresentado, num regresso saudado pelos adeptos de forma efusiva, o projeto de três épocas era o preconizado para um remember que teve divórcio assinado bem mais cedo do que o previsto, num enfatizar do ditado popular que diz para não se regressar a um sítio onde outrora se foi feliz.

Além da eliminação no playoff da Liga Europa, ante o Pandurii, o técnico não conseguiu o arranque de época pretendido por um clube que se ia considerando como a terceira força desportiva e foi perdendo rapidamente o rasto aos primeiros classificados, numa nova quebra de objetivos, desta vez relativamente à intenção de ficar nos três primeiros lugares.

Mesmo assim, numa temporada em que também existiu ato eleitoral no clube (Salvador derrotou Nuno Carvalho, numa campanha onde até se falou de título e de Obama), o insucesso nas principais frentes - campeonato e Europa - era 'camuflado' pela boa campanha nas taças internas.

À medida que o tempo passava, e numa fase em que as lesões abundavam, a equipa ia segurando os adeptos com a possibilidade de chegar a Leiria e ao Jamor, respetivamente os palcos da final da Taça da Liga e da Taça de Portugal.

As meias-finais definiram uma dupla jornada de eliminatórias com o Rio Ave e o primeiro desses foi praticamente fatal para Jesualdo Ferreira. Ainda que a equipa minhota tenha ficado com justificadas razões de queixa sobre o trabalho de Olegário Benquerença, a derrota por 2x1 precipitou a queda de Jesualdo Ferreira, concretizada depois da derrota no Estoril e o empate caseiro com o Arouca (2x2).

Surgiu Jorge Paixão e a corrida desesperada a uma vaga europeia, pela via do campeonato ou por força de uma presença na final da Taça de Portugal. Se a primeira precisa de uma grande dose de felicidade nos resultados finais dos minhotos e do Nacional, a segunda terminou na noite desta quarta-feira, com os golos de Ukra e de Rúben Ribeiro (2x0).

No campo dos números, esta foi a 15ª derrota da temporada, num total de 39 jogos. No fundo, uma taxa de derrotas situada nos 38,46%, algo nunca antes verificado durante a liderança de António Salvador. Até agora, 2010/2011 era a que apresentava maior percentagem de derrotas (35,19%), curiosamente numa temporada em que os minhotos chegaram à final da Liga Europa - o que é explicado também pela presença na Liga dos Campeões. Seguem-se 2007/2008, com 34,15% de desaires, e 2012/2013, com 34,04%.

Desde fevereiro de 2003 à frente dos destinos dos arsenalistas, esta é a 11ª temporada completa de António Salvador a comandar os arsenalistas, podendo ser a primeira em que a equipa não se consegue apurar para as competições europeias.

Além disso, Jorge Paixão tem, cada vez mais, o seu espaço fechado para continuar na Cidade dos Arcebispos: em nove jogos, apenas ganhou dois e perdeu quatro.

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