Da natureza humana
1. Por sinal, até tenho simpatia por Quim, um jogador com quem creio que nunca falei mas que sempre se tem mostrado muito sério no seu trabalho, e sensato, discreto; para além de dotado de grande capacidade para o desempenho das suas funções.
Creio porém que, na intenção (natural) de exprimir o seu desencanto relativamente à situação em que Koeman acabou por colocá-lo no Benfica (a de terceiro guarda-redes, atrás de Moretto e de Moreira), ele (Quim) se esqueceu de relativizar um pouco as coisas. Porque, se é facto que pode parecer que, no seu clube, ele é vítima de uma injustiça, é também facto de que, no que diz respeito à Selecção, as coisas se encontram radicalmente invertidas, com o guarda-redes benfiquista a ser objecto de uma discriminação positiva absolutamente espantosa por parte de Scolari, que lhe atribui pelo visto convocatória permanente até ao Mundial! O que – a Quim - não desagrada, é claro, muito menos lhe merece o mínimo reparo. Mas é assim a natureza humana: o Paços de Ferreira (por exemplo) marcou um golo ao Braga no seguimento de uma jogada em que a bola esteve uns 30 centímetros fora das quatro linhas, e que disse o treinador pacense? Pois bem, que "não (teve) ângulo para ter a noção exacta do que se passou"! Olhe se fosse ao contrário...
Repito: é assim, a natureza humana. E exemplos destes há-os, como se sabe, às pazadas.
2. Entretanto, o árbitro-assistente que não viu essa bola que esteve os tais 30 centímetros fora de campo – Luís Castainça – anda por aí e, na sua incompetência, para não dizer falta de seriedade (porque um erro assim é também fruto de falta de seriedade, que mais não seja profissional), vai continuar a andar, seguramente. Está boa a Arbitragem, neste final de época, não há dúvida!...
3. Como é do conhecimento de todos um jogador do Leiria – Paulo Gomes – deu em campo um chega-para-lá a um seu colega de equipa: Harison. Gesto feio? Obviamente. Com uma vantagem porém relativamente a lances semelhantes, embora não (felizmente são raros) entre jogadores da mesma equipa: desta vez, o jogador que recebeu a - assim lhe chamaram - "chapada" (porque dizem que foi mesmo uma "chapada") não se atirou de pronto para o chão – o que é costume – como se tivesse sido (oh, natureza humana!) atingindo por um projéctil qualquer: já que não se tratava de fazer expulsar
Quote from: Ricardo on 19 de April de 2006, 11:13
Da natureza humana
1. Por sinal, até tenho simpatia por Quim, um jogador com quem creio que nunca falei mas que sempre se tem mostrado muito sério no seu trabalho, e sensato, discreto; para além de dotado de grande capacidade para o desempenho das suas funções.
Creio porém que, na intenção (natural) de exprimir o seu desencanto relativamente à situação em que Koeman acabou por colocá-lo no Benfica (a de terceiro guarda-redes, atrás de Moretto e de Moreira), ele (Quim) se esqueceu de relativizar um pouco as coisas. Porque, se é facto que pode parecer que, no seu clube, ele é vítima de uma injustiça, é também facto de que, no que diz respeito à Selecção, as coisas se encontram radicalmente invertidas, com o guarda-redes benfiquista a ser objecto de uma discriminação positiva absolutamente espantosa por parte de Scolari, que lhe atribui pelo visto convocatória permanente até ao Mundial! O que – a Quim - não desagrada, é claro, muito menos lhe merece o mínimo reparo. Mas é assim a natureza humana: o Paços de Ferreira (por exemplo) marcou um golo ao Braga no seguimento de uma jogada em que a bola esteve uns 30 centímetros fora das quatro linhas, e que disse o treinador pacense? Pois bem, que "não (teve) ângulo para ter a noção exacta do que se passou"! Olhe se fosse ao contrário...
Repito: é assim, a natureza humana. E exemplos destes há-os, como se sabe, às pazadas.
2. Entretanto, o árbitro-assistente que não viu essa bola que esteve os tais 30 centímetros fora de campo – Luís Castainça – anda por aí e, na sua incompetência, para não dizer falta de seriedade (porque um erro assim é também fruto de falta de seriedade, que mais não seja profissional), vai continuar a andar, seguramente. Está boa a Arbitragem, neste final de época, não há dúvida!...
3. Como é do conhecimento de todos um jogador do Leiria – Paulo Gomes – deu em campo um chega-para-lá a um seu colega de equipa: Harison. Gesto feio? Obviamente. Com uma vantagem porém relativamente a lances semelhantes, embora não (felizmente são raros) entre jogadores da mesma equipa: desta vez, o jogador que recebeu a - assim lhe chamaram - "chapada" (porque dizem que foi mesmo uma "chapada") não se atirou de pronto para o chão – o que é costume – como se tivesse sido (oh, natureza humana!) atingindo por um projéctil qualquer: já que não se tratava de fazer expulsar
Ricardo, acho que quem está a ter uma desciminação positiva na selecção é o Ricardo, e não o Quim.
Infelizmente a natureza humana é assim e cabe-nos a nós fazer com que essas pessoas se sintam mal com aquilo que a natureza humana lhes desculpa!!!