Comilões só deixam migalhas
DUARTE TORNESI
As goleadas alcançadas por Real Madrid (6-0 em Saragoça) e Barcelona (5-0 ao Villarreal) na jornada inaugural de La Liga mostraram na perfeição a realidade actual do futebol espanhol. A cada temporada que passa, o domínio dos dois gigantes é mais evidente e o fosso para as outras equipas aumenta drasticamente, transformando a competição num autêntico marasmo onde só os escaldantes clássicos entre catalães e merengues despertam emoções fortes nos adeptos.
Revoltado com esta situação, o restante pelotão da liga espanhola fala de "concorrência desleal", motivada por uma "injusta" distribuição das receitas provenientes dos direitos televisivos, e clama por mudanças urgentes. Actualmente, Barcelona e Real Madrid recebem juntos 45,2 por cento do bolo total de 628,2 milhões de euros (cada um recebe M€ 142), enquanto Atlético de Madrid e Valência têm direito apenas a M€ 41 e são os clubes que surgem imediatamente a seguir aos dois rivais. No total, a diferença do montante pago aos dois colossos em relação ao Rayo Vallecano - o clube que menos recebe - está cifrada em M€ 132. A título de comparação, essa mesma diferença na Premier League da época passada situava-se apenas nos €24 milhões entre o Manchester United (M€ 68) e o Blackpool (M€ 44).
José María del Nido, presidente do Sevilha, e Fernando Roig, presidente do Villarreal, têm sido os porta-vozes do descontentamento e na segunda-feira, data da conclusão da jornada inaugural, voltaram a tecer duras críticas ao comportamento da Liga (LFP) nesta situação. "Esta prova está adulterada e é a maior porcaria da Europa, se não for do mundo. Gostava de saber o número de espectadores que permaneciam no estádio ao minuto 75 do Saragoça-Real Madrid. Os patrocinadores também devem estar atentos, até porque não estou a ver a Coca-Cola a ceder a sua imagem em jogos adulterados. Vivemos uma situação terceiro-mundista, porque dois clubes tiram dinheiro aos outros todos", desabafou Del Nido, enquanto Roig foi mais longe e deu um prazo de três ou quatro anos para o fim da liga espanhola. "Se só querem dois jogos por jornada, que os tenham. Ou isto muda, ou matamos a liga espanhola em três ou quatro anos", frisou.
A insatisfação pela bipolarização de La Liga também começa a chegar aos adeptos e até se espalha a outras áreas do desporto espanhol, como provam os depoimentos dos tenistas Rafael Nadal e Feliciano López. "A luta entre Real e Barça é emocionante, mas gostava que houvesse mais emoção em jogos de outras equipas", escreveu Nadal na sua conta de Twitter, enquanto López pede "mais acção" à LFP para evitar que o campeonato espanhol seja "cada vez mais enfadonho".
Corunha assegurou totalidade da receita
Na intenção de se precaver quanto a uma eventual descida de divisão (que se veio a verificar no final da época passada), o Corunha conseguiu assegurar, junto da LFP, a manutenção dos dez milhões de euros provenientes dos direitos televisivos. O cálculo dessas receitas - que é feito com base nas épocas consecutivas a disputar a primeira divisão, pressupostos financeiros do clube e bilheteira - também permite que o Depor venha a receber mais cinco milhões de euros, independentemente de conseguir voltar ao primeiro escalão esta temporada. Este sistema já se usa há vários anos em Inglaterra, e a LFP está a estudar alargar esses privilégios a todas as equipas despromovidas à Liga Adelante esta época.
EM ESPANHA A SITUAÇÃO ACTUAL É SEMELHANTE Á VIVIDA NA NOSSA LIGA, A DIFERENÇA É QUE POR CÁ OS CLUBES PEQUENOS/MÉDIOS NÃO FAZEM NADA, NÃO RECLAMAM, "COMEM E CALAM", VIVEM COM AS CALÇAS EM BAIXO PARA OS CLUBES GRANDES (INCLUINDO O NOSSO SCBRAGA).
EM ESPANHA FINALMENTE COMEÇA A HAVER CONTESTAÇÃO A ESTA CONCORRÊNCIA DESLEAL, EM PORTUGAL QUANDO É QUE VAMOS ACORDAR????
O campeonato espanhol é um dos poucos em que não há critérios desportivos a presidirem à distribuição dos direitos televisivos, nem há aliás negociação centralizada desses mesmos direitos. Tornou-se numa liga ridícula, disputada por duas das mais fortes equipas do mundo (talvez as duas mais fortes), ficando os restantes com o seu papel decorativo, a definharem. Muito longe da liga das estrelas, do início do século, em que o equilíbrio era nota dominante (mesmo com Barcelona e R. Madrid a coleccionarem vedetas), com clubes como o Depor, o Valência e alguns outros a intrometerem-se na luta pelo título. Isso sucedeu após o saneamento financeiros dos clubes espanhóis na década de 90 mas rapidamente o desequilíbrio ao nível das receitas entre clubes acabou por aprofundar as diferenças.
Portugal tem uma situação semelhante. E só não é tão grave porque, sendo Portugal um país exportador de futebolistas, alguns clubes (maxime, o nosso) conseguem disfarçar estas diferenças com as receitas de transferências, para além de que os plantéis dos nossos clubes mais ricos estão também eles à mercê dos colossos europeus.
Mas não há dúvidas de que a liga espanhola, hoje, está longe de ser das mais competitivas da Europa. Inglaterra e Alemanha têm ligas muito mais equilibradas (não por acaso, são os países com maior número de espectadores por jogo) e a Itália vai a caminho disso (implementou na época passada um sistema de repartição de receitas televisivas mais equilibrado).
Por aqui, assiste-se ao movimento contrário. Cada um por si e... acentuar das diferenças!
Quando li este artigo hoje pensei exactamente o mesmo!
Quando é que os clubes ditos pequenos em Portugal deixam de andar a reboque dos 3 gordos???
Já era tempo...
Ainda recentemente, num outro tópico, se discutia a questão da competividade da liga espanhola...basicamente resume-se a dois clubes!
Já repararam na diferença de receitas obtidas entre eles e os restantes, comparativamente com a liga inglesa? :o
Dá que pensar não dá? Pelo menos devia!
Seria necessário criar um movimento que à semelhança do que está a acontecer em Espanha, fosse liderado por presidentes de clubes médios/grandes, que não estão submissos aos ditos grandes. O maior entrave que vejo à partida é a dependência que muitos clubes pequenos têm, pelo facto de receberem ano após ano jogadores emprestados dos grandes e por esse facto, acobardam-se e nada fazem que possa mexer com os seus interesses.
Clubes como o Braga, e mais pequenos, têm obrigação de concentrar esforços para alterar esta situação de privilégio escandaloso!
Neste caso das transmissões televisivas não deveria existir grandes nem pequenos, nem sequer a percentagem a dividir conforme a classificação. A Liga deveria dividir o bolo das transmissões em percentagens iguais por todos os clubes. Mas é lógico que os clubes ditos pequenos é que têm da fazer valer a sua voz. Se todos os clubes fora das panela " Benfica;Porto e Sporting" só aceitassem participar na Liga recebendo o mesmo valor, queria ver como eles iam descalçar a bota!
Uma boa medida para acabar com esta mama dos três grandes, porque isto é muito bonito falar, mas as tv´s em Portugal também estão contaminadas e por isso os valores que oferecem para transmitir os jogos difere consoante os clubes, seria fazer um sistema parecido como o da Champions... ou fazer de outra forma tipo: vender os direitos televisivos e ficar com o dinheiro. A 50% distribui à cabeça o mesmo para todos os clubes. Aos outros 50% , atribui 1 quantia certa por vitória e por empate e vai distribuindo conforme os pontos conquistados.
Quote from: Pé Ligeiro on 31 de August de 2011, 12:51
Seria necessário criar um movimento que à semelhança do que está a acontecer em Espanha, fosse liderado por presidentes de clubes médios/grandes, que não estão submissos aos ditos grandes. O maior entrave que vejo à partida é a dependência que muitos clubes pequenos têm, pelo facto de receberem ano após ano jogadores emprestados dos grandes e por esse facto, acobardam-se e nada fazem que possa mexer com os seus interesses.
Clubes como o Braga, e mais pequenos, têm obrigação de concentrar esforços para alterar esta situação de privilégio escandaloso!
Este tema tinhamos discutido paralelamente no tópico do jogo com o Setubal, e tinha dito exactamente o que o presidente do Sevilha disse, uma liga disputada em 2 jogos e em algum que os 2 grandes se distraiam, é mesmo um desastre. Os pequenos clubes de lá (como é estranho chamar pequenos a clubes como Sevilha ou Valência clubes quem em qualquer outra liga da Europa teriam grandes chances de ser campeões), não estão a dormir como cá e devido à sua dimensão também não estão tão dependentes e podem tomar estas posições na praça pública, que parecendo que não afectam todos, ao dizerem isto estão a denegrir a própria Liga, e como disseram, quem investe numa liga destas?!
Em Portugal a diferença também é abismal e com tendência para se acentuar, quando os mercados europeus seguem caminhos contrários, no sentido do equilibrio, pois já perceberam que esse é o caminho mais justo e que trará mais resultados financeiros para todos.
Pé Ligeiro o que referes tem todo o sentido, em Portugal, é um ciclo vicioso, os pequenos estão dependentes dos empréstimos, logo não podem reclamar, logo recebem menos das tvs, logo precisam de mais empréstimos de jogadores e ficam mais dependentes. Daqui a pouco teremos o slb a receber 80 milhões e um gil vicente pouco mais de 1Milhão época! Isto com todas as consequências que isso implica, menos dinheiro, menos contratação de bons jogadores, piores resultados, menos adeptos, menos receitas de patrocinadores, etc... os pequenos e médios só têm a perder em continuar a aceitar esta politica.
Com mais equilibrio na distribuição de receitas, os pequenos estariam menos dependentes, e neste sentido clubes como Braga e Guimarães e talvez Maritimo e Aacadémica e Setubal teriam um papel muito importante no levantar deste problema, não são pequenos mas também não são grandes, seria já um passo para terem seguidores, isto porque clubes como Feirense, Olhanense, Gil sózinhos não têm poder nenhum. Mas sinceramente acho que não há interesse...
Concordo, mas o problema é que, em Espanha, há a questão da regionalização. Tanto Valência como Sevilha são cidades com uma população igual ou superior à de Lisboa, e estão inseridas em regiões muito independentes das restantes. Portanto, existe um grande distanciamento dos adeptos desses clubes, que são em grande número, dos maiores clubes. E isto, também, é verdade para outras regiões, como a Galiza.
Portugal é um país tão pequeno que há habitantes de todas as regiões a possuírem alguma afinidade com Porto e Lisboa. Desta forma, essas pessoas estão dispostas a abdicar do maior sofrimento e escassez de títulos do apoio à equipa da sua terra, em detrimento da facilidade de apoio a uma equipa habitudada a conquistar títulos. Se, verdadeiramente, se pretende que a situação sofra uma reviravolta, em Portugal, é necessário arrasar completamente com a mentalidade que impera nos dias de hoje. Aliás, esse é o único caminho para a saída do marasmo presente nas mais variadas áreas, que nos levou à situação de crise actual.
O problema é que os "outros" clubes gostam é de ser convidadaos para as viagens dos 3G e para os camarotes deles onde podem conviver com ministros e empresários.
E além disto, gostam é de ir, no final de cada época de chapéu na mão a pedir restos dos planteis.
E ainda gostam de pedinchar um favorzeco para um ou outro arbitro a quem pode (os 3G) influenciar com o seu peso.
e...já me esquecia, muitos dos presidentes até ficam satisfeitos com o seu benfica (ou porto) a ganharem o titulo ou na europa mesmo que o seu clube continue sempre no fundo... para uns, serem remediados já basta...mentalidade tacanha!
Quote from: ric on 31 de August de 2011, 17:25
O problema é que os "outros" clubes gostam é de ser convidadaos para as viagens dos 3G e para os camarotes deles onde podem conviver com ministros e empresários.
E além disto, gostam é de ir, no final de cada época de chapéu na mão a pedir restos dos planteis.
E ainda gostam de pedinchar um favorzeco para um ou outro arbitro a quem pode (os 3G) influenciar com o seu peso.
e...já me esquecia, muitos dos presidentes até ficam satisfeitos com o seu benfica (ou porto) a ganharem o titulo ou na europa mesmo que o seu clube continue sempre no fundo... para uns, serem remediados já basta...mentalidade tacanha!
Disseste precisamente o que eu ia dizer,é mesmo isso.Para se ser autónomos como nós é preciso ser-se liderado por gente com competência e que esteja disposta a fazer frente aos 3G.No entanto o Braga é quase caso único no nosso futebol.Nós só conseguimos esbater diferenças graças ao fantástico trabalho feito pela nossa direcção,que escolhe enfrentar os grandes e tentar intrometer-se no meio deles,ao mesmo tempo que mantém relações que lhes permitem fazer grandes negócios.
Longe vai o tempo em que vendíamos os melhores jogadores aos metralhas por tuta e meia e aceitávamos toda a porcaria que para cá mandavam.Agora eles já sabem que têm de pagar e bem,tanto é que se torna cada vez mais difícil para esses clubes cá virem comprar.Agora o resto dos clubes não lhes interessa isso,contentam-se em ter as sobras dos grandes,nem que para isso tenham como dizes que fazer uns favorezinhos.E por isso não lhes convém entrar em guerra com eles porque senão fecha-se a torneira para eles.
Quote from: barinho on 31 de August de 2011, 18:12
Quote from: ric on 31 de August de 2011, 17:25
O problema é que os "outros" clubes gostam é de ser convidadaos para as viagens dos 3G e para os camarotes deles onde podem conviver com ministros e empresários.
E além disto, gostam é de ir, no final de cada época de chapéu na mão a pedir restos dos planteis.
E ainda gostam de pedinchar um favorzeco para um ou outro arbitro a quem pode (os 3G) influenciar com o seu peso.
e...já me esquecia, muitos dos presidentes até ficam satisfeitos com o seu benfica (ou porto) a ganharem o titulo ou na europa mesmo que o seu clube continue sempre no fundo... para uns, serem remediados já basta...mentalidade tacanha!
Disseste precisamente o que eu ia dizer,é mesmo isso.Para se ser autónomos como nós é preciso ser-se liderado por gente com competência e que esteja disposta a fazer frente aos 3G.No entanto o Braga é quase caso único no nosso futebol.Nós só conseguimos esbater diferenças graças ao fantástico trabalho feito pela nossa direcção,que escolhe enfrentar os grandes e tentar intrometer-se no meio deles,ao mesmo tempo que mantém relações que lhes permitem fazer grandes negócios.
Longe vai o tempo em que vendíamos os melhores jogadores aos metralhas por tuta e meia e aceitávamos toda a porcaria que para cá mandavam.Agora eles já sabem que têm de pagar e bem,tanto é que se torna cada vez mais difícil para esses clubes cá virem comprar.Agora o resto dos clubes não lhes interessa isso,contentam-se em ter as sobras dos grandes,nem que para isso tenham como dizes que fazer uns favorezinhos.E por isso não lhes convém entrar em guerra com eles porque senão fecha-se a torneira para eles.
Isto pode parecer mania de perseguição, mas é verdade que há um grande ressentimento por parte de muitos adeptos contra o Braga, precisamente por estarmos a tentar quebrar a hegemonia dos três do costume. Para muita gente, é uma perturbação da ordem natural, e, se ambicionamos por lutar por algo mais, somos imediatamente classificados como adeptos que se colocam de bicos de pés e que, mais cedo ou mais tarde, acabaremos como o Boavista. Mentalidade tacanha, deveras!
Não é mania da perseguição,é mesmo inveja que ele têm.Isso é típico de Portugal,quando alguém tem sucesso a dor de cotovelo começa a afectar toda a gente.É uma mentalidade retrógada e tacanha.Repara que dantes toda a gente dizia que era bom haver mais clubes que se intrometessem no meio dos grandes.Mal aparece um é logo a deitar abaixo.Antes éramos considerados um clube simpático,agora parece que quase todos nos odeiam.Isto porque nunca pensavam que conseguíssemos incomodar os 3 do costume,as pessoas não gostam que haja alguém considerado inferior a interferir com o sistema.
Mas olha,é para o lado que durmo melhor,quanto mais nos odiarem melhor porque é sinal que continuamos a incomodar cada vez mais.
Por isso digo que temos muito mais a ganhar em cooperar com clubes como a Academica ou Setubal ou mesmo o Guimaraes que andar sempre a hostilizar quem pode ser nosso aliado. Os nossos verdadeiros inimigos sao os 3 grandes, e esta e a pura realidade... mas para isso tem de haver alguem que diga o que nos vai na cabeca e nao tenha medo de abanar o status-quo. Seja ele presidente do Braga, Trofense ou Olhanense... e preciso fazer alguma coisa. Desde quando algum dos grandes joga sozinho neste campeonato? Acho inadmissivel que algum clube negoceie sozinho os direitos televisivos. Mas afinal jogam sozinhos? Precisamos de um modelo como o da Premier League. Estamos todos no mesmo barco...
A Premier League é mesmo o grande exemplo a seguir,a Alemanha seguiu-lhes o exemplo e os resultados estão á vista.Campeonato super competitivo,grandes jogos e estádios cheios.Até a França nestes últimos anos tem sido competitiva,nos últimos 4 anos houve 4 campeões diferentes.A Espanha pode ter o maior número de estrelas mas nada se compara a um jogo da Premier League.
Quote from: barinho on 31 de August de 2011, 18:30
A Premier League é mesmo o grande exemplo a seguir,a Alemanha seguiu-lhes o exemplo e os resultados estão á vista.Campeonato super competitivo,grandes jogos e estádios cheios.Até a França nestes últimos anos tem sido competitiva,nos últimos 4 anos houve 4 campeões diferentes.A Espanha pode ter o maior número de estrelas mas nada se compara a um jogo da Premier League.
O campeonato francês sempre foi bastante competitivo, tirando algumas excepções. Só de pensar que o Auxerre, no ano em que subiu, foi campeão, com um treinador que esteve lá pelo menos 20 anos, ...
Nem de propósito:
Notícia site de A Bola
FC Porto-V. Setúbal abre quarta jornada
Por Redacção
A quarta jornada da Liga arranca no dia 9 de Setembro, sexta-feira, com o jogo entre FC Porto e V. Setúbal.
A recepção do Benfica ao V. Guimarães está marcada para o dia 10, às 18.30 horas, ao passo que a deslocação do Sporting a Paços de Ferreira tem pontapé de saída aprazado para as 20.30 horas.
Em actualização
18:46 - 31-08-2011
Ganda" notícia. Não há mais jogos. Os outros Clubes só jogam na semana seguinte ou daqui a três meses. Em Espanha são dois e em Portugal são três os grandalhões. Mas vamos continuar a lutar com determinação, respeito pelos adversários e muita ambição. Força Braga. Braga Sempre.
Quote from: Mais Norte on 31 de August de 2011, 18:59
Nem de propósito:
Notícia site de A Bola
FC Porto-V. Setúbal abre quarta jornada
Por Redacção
A quarta jornada da Liga arranca no dia 9 de Setembro, sexta-feira, com o jogo entre FC Porto e V. Setúbal.
A recepção do Benfica ao V. Guimarães está marcada para o dia 10, às 18.30 horas, ao passo que a deslocação do Sporting a Paços de Ferreira tem pontapé de saída aprazado para as 20.30 horas.
Em actualização
18:46 - 31-08-2011
Ganda" notícia. Não há mais jogos. Os outros Clubes só jogam na semana seguinte ou daqui a três meses. Em Espanha são dois e em Portugal são três os grandalhões. Mas vamos continuar a lutar com determinação, respeito pelos adversários e muita ambição. Força Braga. Braga Sempre.
Esses cabeçudos da capital ainda suspiram pelos tempos do antigamente, em que o slb ganhava quase tudo com a colaboração do regime.
E muito lhes custa ver um clube da "província" a roubar protagonismo aos "grandes".
Está dentro das leis da UEFA ... mas diz muito sobre a "consideração" que têm pelo SCB !
O que não nos mata faz-nos mais fortes !
Caros Braguistas,
É muito bem visto destacar este tema.
Parece-me que a unica solução é a distribuição das receitas ser feita em função dos pontos conquistados e das respectivas classifcações finais.
Dessa forma quem ganha e fica em primeiro terá sempre a maior receita e quem fica em último tem a menor receita, mas também não haverá as diferenças que hoje já se verificam.
No entanto chamo a atenção que dificilmente haverá uma melhoria na distribuição das receitas. Os dois estarolas de Lisboa vivem em situação de falência técnica há vários anos e no entanto continuam a contratar jogadores por milhões e milhões. Isto só é possivel com muita lavagem de dinheiro e muitos amigos influentes na banca e não só. Ora quem os financia e os ajuda também vai sempre dar uma mãozinha para que tenham receitas para ir pagando dividas...
Quanto ao Braga, resta-nos continuar a trilhar o caminho de fazer mais com menos e criar valor aonde os outros veem um deserto. Nós os Adeptos deste Magnifico Clube temos que continuar a empurrar a equipa para patamares mais altos e com maior qualidade.
Força Braga!
De facto a questão é muito pertinente, deveria ser um assunto prioritário para a Liga de Clubes. O facto de haver uma única empresa a controlar os direitos televisivos parece ser o maior obstáculo a uma solução.
Mas também li aqui coisas contraditórias, opiniões e desabafos que deveriam ser ouvidos internamente também.
Del Nido dirige uma revolta contra Real Madrid e Barcelona (http://www.as.com/futbol/articulo/nido-dirige-revuelta-madrid-barcelona/20110905dasdasftb_59/Tes), convocando para quinta-feira uma reunião no estádio Sánchez Pizjuán com os presidentes de todas as equipas da Liga espanhola menos os dos (dois) grandes. Diz que 95% confirmaram a sua presença.
Mas visto bem as coisas, TUDO é feito para proteger os mais fortes, LEGALMENTE... Ora vejamos:
Campeonato: Existem uns clubes que nas primeiras 5 jornadas têm estatuto especial. Vá-se lá saber porquê...
Taça de Portugal: porque raio, se é uma competição nacional, não entram todos ao mesmo tempo? Porque é que um clube da 3.ª tem que fazer quase o dobro dos jogos que um da primeira liga para chegar à final?
Porque raio a meia-final tem que ter duas mãos? Será porque um pequeno fazer um brilharete, pode acontecer, mas dois brilharetes já é muito dificil, e assim o tubarão poder recuperar o mau resultado? Nãããããã... Dizem que é para ser mais competitivo...
Taça da Liga: porque raio não entram TODOS na mesma altura? Não fazem todos o mesmo n.º de jogos, excepto aqueles que passam à FASE SEGUINTE?
Mas quem pensa que isto é um problema nacional, engane-se: veja-se como são feitas as competições da UEFA e FIFA... Os mais fortes não se podem defrontar no inicio... ??? Porquê? Para não ficarem pelo caminho.
Conclusão: TUDO é feito para proteger o mais forte e grande, porque é o que dá mais €€€€€€.
QuoteDel Nido convoca reunião contra os gigantes
Del Nido, presidente do Sevilha, convocou para quinta-feira uma reunião, no Estádio Sánchez Pizjuán, com todos os presidentes dos clubes da I Liga, à excepção do Real Madrid e Barcelona. O líder do Sevilha quer lutar por uma alteração profunda na distribuição do dinheiro referente aos direitos televisivos e espera que todos os presidentes ou pelo menos altos responsáveis dos clubes estejam presentes no encontro. Os resultados da primeira jornada, em que o Barcelona e o Real golearam, respectivamente, Villarreal e Saragoça, voltaram a dar força às reivindicações de alguns clubes, com o Sevilha à cabeça, para a desproporção dos valores recebidos pelas transmissões televisivas. Del Nido defende a negociação de um contrato único, para uma mais justa distribuição do bolo.
E POR CÁ CONTINUA TUDO A COMER E CALAR! PORQUÊ?!!! TEMOS UM CAMPEONATO EM QUE QUASE TODAS AS EQUIPAS TÊM JOGADORES EMPRESTADOS DOS 3 PORQUINHOS. EM QUE OS PRÓPRIOS PRESIDENTES DOS CLUBES PEQUENOS/MÉDIOS SÃO SIMPATIZANTES DOS 3 PORQUINHOS! PORQUE É QUE NÃO SE OUVE O SALVADOR OU OUTRO PRESIDENTE A LEVANTAR ESTA QUESTÃO??!??! PORQUE ESTÃO TODOS COMPROMETIDOS...E RESIGNADOS COM ESSA DEPENDÊNCIA. É UMA VERGONHA!!!
Cada vez ganha mais força a ideia de que aqui se tem falado:
SUPPORT YOUR LOCAL TEAM!
O que se está a passar em Espanha não é vulgar: meia dúzia de clubes médios rebelarem-se contra o poder dos gigantes que dominam o futebol espanhol. Não aconteceu por exemplo em Itália em que foi o próprio Estado a forçar os maiores clubes a aceitarem a centralização da negociação dos direitos televisivos e a sua repartição de acordo com critérios mais equitativos.
Isto porque os clubes mais pequenos (mesmo que estejamos a falar de um Sevilha, que vem liderando a revolta) sabem que o poder institucional dos maiores clubes é desmesurado e as represálias podem custar claro. Antes de mais, porque é fácil aos maiores clubes provocarem fissuras numa eventual frente unida dos restantes clubes, acenando a meia dúzia deles com algumas benesses (tanto mais atractivas quanto em pior situação económica estão esses clubes). Em rigor, isso até já parece estar a acontecer em Espanha. O presidente do Sevilha expressou aliás a sua preocupação com o facto de o presidente do Real Madrid estar a contactar pessoalmente todos os dirigentes dos outros clubes no sentido de desestruturar este movimento. Veremos se o tal encontro de quinta-feira não terá muitos "desistentes".
É este receio que provoca a inacção dos clubes em Portugal. Ninguém está disposto a surgir na linha da frente com receio das consequências - porque, parece-me evidente, um tal movimento não teria a necessária coesão, tamanhas as dificuldades e a tão pequena a dimensão de vários clubes. Que ninguém espere que António Salvador dê algum passo neste sentido - até porque ele se tem movimentado bem no quadro actual e não quererá trocar o certo pelo (muito) incerto.
Por isso, não acredito em qualquer alteração sem que haja uma intervenção externa, da parte do Estado, evidentemente. Mas, por outro lado, também não vejo qualquer vontade da parte do Estado em envolver-se nesta luta e arranjar chatices quando já tem chatices que cheguem. Pode se que, se o movimento em Espanha tiver sucesso (do que sinceramente duvido), haja outra predisposição por cá para mudar as coisas.
Tem de ser a LPFP ou em ultima analise a FPF a tomar medidas para tornar o futebol mais justo.
EXEMPLO ITALIANO - LEI MELANDRIQuoteGuerra fria
Pois bem, é guerra. Ainda não declarada, mas guerra. O que pega entre os times italianos é a Lei Melandri-Gentilone, aprovada no ano passado. Ela obriga as equipes a negociarem os direitos de transmissão de suas partidas de forma coletiva, um retorno aos moldes que foi usado até a virada do século – era o modelo no último período dourado do futebol italiano, na década de 90.
A queda de braço pelos direitos televisivos pode impedir a ida de Sánchez para a Inter
Com a nova lei, 40% do acordo com as TVs será dividido de forma igual, 30% da grana será destinada por mérito esportivo e o resto será definido pea área de influência de cada equipe: 5% de acordo com a população da cidade de cada clube 25% segundo o tamanho das torcidas. E é aí que o bicho pegou. Juventus, Inter, Milan, Napoli e Roma dizem que só se pode torcer para um time. Os outros 15 clubes da Serie A dizem que se pode torcer para Milan e Udinese, por exemplo, o que tiraria dinheiro dos grandes italianos.
A previsão é que o acordo televisivo para a próxima temporada renda perto de 1 bilhão de euros à Serie A. Para quem ainda não entendeu o racha entre os clubes recomendo ler este post altamente didático do Leonardo Bertozzi antes de continuar.
Pois bem, os "cinco grandes" perderam a queda de braço. A diferença de faturamento da Inter para o Lecce, por exemplo, cairá em pelo menos 30 milhões de euros. Uma perda considerada absurda pelos times maiores, que tentam se encaixar no fair-play financeiro da Uefa. E um ganho que pode salvar equipes mais modestas e tornar o torneio bem mais competitivo, como era há uns 15 anos.
Ernesto Paolillo, administrador-delegado da Inter, prometeu abrir fogo contra os "pequenos", caso eles não voltem atrás. Com menos dinheiro nos grandes clubes, o interista ameaça não comprar nem vender para os 15 rivais italianos, dizendo que o quinteto se resolverá sozinho: "Trocaremos os jogadores entre nós". Tommaso Ghirardi, presidente do Parma, rebateu. Afirmou que se os grandes não respeitarem o que o conselho da liga decidiu, será o baixo clero a se recusar a vender aos grandes. E aí, adeus Hamsík no Milan, Sánchez na Inter, Lichtsteiner na Lazio... Essa guerra fria faz bem a alguém ou só acabaria de detonar um campeonato enfraquecido?
QuoteTem de ser a LPFP ou em ultima analise a FPF a tomar medidas para tornar o futebol mais justo.
Mas antes disso, o primeiro passo tem de ser dado pelos clubes pequenos/médios. Estes clubes têm de se unir e lutar por um futebol mais justo e em que a verdade desportiva seja uma realidade e não apenas uma utopia e uma chavão que fica bem apregoar em discursos moralistas.
Em Portugal só existem 3 clubes e parece que a maioria dos adeptos/dirigentes lida bem com isso, incluindo os adeptos/dirigentes dos clubes médios/pequenos.
O nosso SCBRAGA poderia liderar um protesto contra este estado de coisas, até pela posição e importância que tem no futebol nacional, mas o que vejo é que o SCBRAGA comporta-se como um "novo rico" que esqueceu rapidamente o seu passado mais humilde.
Há muitas mudanças que deveriam ser implementadas para diminuir o fosso entre as equipas mais ricas/fortes e as restantes:
* Não deveria ser permitido os clubes terem 40/50 jogadores
* Não deveria ser permitido empréstimos entre equipas da mesma liga
* Não deveria ser permitido a reabertura do mercado em Janeiro
* Não deveria ser permitido calendários condicionados
* Deveria ser obrigatório tectos salariais e orçamentais
* Deveriam ser criadas leis que protegessem o jogador nacional
* As verbas da TV e da Publicidade deveriam ser distribuídas de uma forma mais justa e equitativa
*Empresas com dinheiros públicos (ex: EDP, CGD, etc) deveriam ser proibidas de patrocinar um só clube, se quisessem, patrocinavam a liga de futebol
EM PORTUGAL NÃO SE FAZ NADA E NADA INTERESSA FAZER!
Concordo Freitas, mas digo mais, não deveriam ser permitidas as trocas de treinadores a qualquer altura do ano.. Se despedissem o treinador quem ocuparia o lugar era alguém de dentro desse mesmo clube..
Quote from: Freitas on 14 de September de 2011, 11:33
QuoteTem de ser a LPFP ou em ultima analise a FPF a tomar medidas para tornar o futebol mais justo.
Mas antes disso, o primeiro passo tem de ser dado pelos clubes pequenos/médios. Estes clubes têm de se unir e lutar por um futebol mais justo e em que a verdade desportiva seja uma realidade e não apenas uma utopia e uma chavão que fica bem apregoar em discursos moralistas.
Em Portugal só existem 3 clubes e parece que a maioria dos adeptos/dirigentes lida bem com isso, incluindo os adeptos/dirigentes dos clubes médios/pequenos.
O nosso SCBRAGA poderia liderar um protesto contra este estado de coisas, até pela posição e importância que tem no futebol nacional, mas o que vejo é que o SCBRAGA comporta-se como um "novo rico" que esqueceu rapidamente o seu passado mais humilde.
Há muitas mudanças que deveriam ser implementadas para diminuir o fosso entre as equipas mais ricas/fortes e as restantes:
* Não deveria ser permitido os clubes terem 40/50 jogadores
* Não deveria ser permitido empréstimos entre equipas da mesma liga
* Não deveria ser permitido a reabertura do mercado em Janeiro
* Não deveria ser permitido calendários condicionados
* Deveria ser obrigatório tectos salariais e orçamentais
* Deveriam ser criadas leis que protegessem o jogador nacional
* As verbas da TV e da Publicidade deveriam ser distribuídas de uma forma mais justa e equitativa
*Empresas com dinheiros públicos (ex: EDP, CGD, etc) deveriam ser proibidas de patrocinar um só clube, se quisessem, patrocinavam a liga de futebol
EM PORTUGAL NÃO SE FAZ NADA E NADA INTERESSA FAZER!
Se essas medidas existissem o Braga saia prejudicado.
Por exemplo:
- Com as lesões que temos podemos precisar de comprar jogadores em Janeiro;
- Com o sucesso na Europa temos os jogadores mais desgastados, logo é melhor se os jogos não forem seguidos;
- O valor que recebemos de publicidade e TV é maior do que a maioria dos outros clubes.
PS - Quanto às empresas públicas concordo contigo.
Quote from: Freitas on 14 de September de 2011, 11:33
QuoteTem de ser a LPFP ou em ultima analise a FPF a tomar medidas para tornar o futebol mais justo.
Mas antes disso, o primeiro passo tem de ser dado pelos clubes pequenos/médios. Estes clubes têm de se unir e lutar por um futebol mais justo e em que a verdade desportiva seja uma realidade e não apenas uma utopia e uma chavão que fica bem apregoar em discursos moralistas.
Em Portugal só existem 3 clubes e parece que a maioria dos adeptos/dirigentes lida bem com isso, incluindo os adeptos/dirigentes dos clubes médios/pequenos.
O nosso SCBRAGA poderia liderar um protesto contra este estado de coisas, até pela posição e importância que tem no futebol nacional, mas o que vejo é que o SCBRAGA comporta-se como um "novo rico" que esqueceu rapidamente o seu passado mais humilde.
Há muitas mudanças que deveriam ser implementadas para diminuir o fosso entre as equipas mais ricas/fortes e as restantes:
* Não deveria ser permitido os clubes terem 40/50 jogadores
* Não deveria ser permitido empréstimos entre equipas da mesma liga
* Não deveria ser permitido a reabertura do mercado em Janeiro
* Não deveria ser permitido calendários condicionados
* Deveria ser obrigatório tectos salariais e orçamentais
* Deveriam ser criadas leis que protegessem o jogador nacional
* As verbas da TV e da Publicidade deveriam ser distribuídas de uma forma mais justa e equitativa
*Empresas com dinheiros públicos (ex: EDP, CGD, etc) deveriam ser proibidas de patrocinar um só clube, se quisessem, patrocinavam a liga de futebol
EM PORTUGAL NÃO SE FAZ NADA E NADA INTERESSA FAZER!
Não podia estar mais de acordo!
Não há dúvidas que é preciso disciplinar e moralizar o futebol nacional! Haja coragem!
Mais um opinião(retirada de um blog) interessante sobre este assunto:
QuoteÉ raro poder falar-.se nisso com pés e cabeça, contrariando o constante blá-blá à volta dos três do costume ou as assíduas e nojentas queixas destes para com as arbitragens. Sou assumido anti-grande desde que me conheço a respirar, devorar, a viver o fantástico jogo da bola. A par de ver o meu clube vencedor, gosto e torço - sempre - pelo crescimento dos 'não-grandes', pela luta contra o domínio 'unilateral' dos 'estarolas'. Gosto de ver quando se trabalha bem, em várias vertentes, mesmo com poucos recursos. Gosto que se encha o peito, sem medo, e que se enfrente os tubarões dentro e fora do campo.
Passando à discussão. Afinal o que os diferencia dos demais?
O 'fosso', como foi dito e bem, é demasiado grande. Comecemos pela razão demográfica, talvez a mais difícil de contrariar, pela nossa história, pela cultura que não favorece o amor ao clube da terra. Braga, Guimarães, Coimbra, Leiria, Setúbal, Barcelos, Olhão, etc., são cidades de um só clube, representativo da região no patamar mais alto do nosso futebol, mas que não têem expressão condizente no apoio a esses mesmo clubes. Atualmente, em alguns casos, trabalha-se bem para inverter esta tendência o que, juntamente com o sucesso desportivo, lentamente, poderá se chegar a níveis bem mais aceitáveis. Custa, é um processo moroso, mas pode e vai-se lá chegar, porque é possível.
Mas passemos àquele que é, para mim, o principal motivo: o dirigismo português, a todos os níveis vergonhoso. Sim, a culpa para ainda estarmos num nível zero ou negativo é, precisamente, dos dirigentes. Dirigentes dos clubes, das associações, das federações, de quem tem o poder e a obrigação de re-organizar o futebol português. No nosso caso, incompreensivelmente, a união não faz a força, simplesmente porque ela nao existe.
Pergunto como é possível, nos dias de hoje, estarmos tão atrasados no que diz respeito à correta distribuição dos valores que resultam das transmissões televisivas? Sim, as transmissões, o 'ópium', o combustível que permite fortalecer e aumentar os recursos. Porque não se discute isso? Porque não se coloca sequer a hipótese de avançar - um pouco que seja - com esse reequilíbrio? Quem está a prestar vassalagem a quem? Qual o verdadeiro interesse das direções dos clubes que, à partida, são prejudicados (e sabem-no!!) pelo atual modelo mas nada fazem e nada dizem? Porque não há uma atitude de força? De quê ou de quem têem medo?
Realço os dirigentes dos clubes porque no que toca aos responsáveis dos organismos que regem o futebol, a esses é quase impossível pedir para terem essa iniciativa. A colagem aos três grandes é evidente - sempre o foi - o poder de decisão, o rumo, as mais importantes decisões, têem a 'chancela' dos maiores. A guerra é entre eles ou quem consegue ter uma maior influência no... sistema. O tão famigerado sistema, que mais não é que um total e absoluto 'grandismo'. Sempre o foi, exemplos não faltam, apesar de pouco ou nada mediáticos.
Como disse, o ponto de partida é - terá de ser - a redistribuição do dinheiro dos direitos televisivos. É absolutamente inacreditável que mais de 80% do valor total seja entregue a três clubes, num universo de 16 (ou 32, se contarmos todos os clubes em competições profissionais). Porque, relembro, o Liga joga-se com esse número de equipas, sem as quais os jogos não se poderiam realizar, como me parece óbvio... Isto, falando na Liga. A taça BES é, como sabemos, uma competição oficiosa...
A par desse 'obstáculo', há bastantes medidas que poderão minorizar o poderio dos mais ricos. A começar pela balbúrdia que é a questão dos empréstimos, dos jogadores contratualmente ligados aos grandes, mas que 'rodam' em outros clubes de menor expressão. Há uns anos, havia clubes com cerca de oitenta (80!!) jogadores com contrato, mais de dois terços para emprestar. Absolutamente inacreditável. Jovens ou não, portugueses ou estrangeiros, o clube pelo qual o jogador evolui verdadeiramente pouco lucra com esse facto, pouco mais que a vantagem desportiva de poder contar com os seus serviços. É pouco, muito pouco.
Emprestam-se sete, oito, dez jogadores ao mesmo clube!! Ainda recentemente isto foi feito. Como é que ninguém faz nada? E emprestam-se dois, tres, quatro anos, às vezes até desaparecerem do mapa. Sem problemas. Isto é mau para o futebol português, é mau para os clubes e para os jogadores. Só é bom para... claro, esses mesmo. Para não variar. Aah, e para os empresários.
A arbitragem. Claro. Ou julgam que são prejudicados os três grandes? Deixem-se disso. A 'regra' é o oposto. Em caso de dúvida, a balança tende sempre para o mesmo lado. E não falo de penaltys, de bolas que passam a linha de golo ou foras de jogo que só as imagens retiram dúvidas. Não falo disso. Refiro-me à postura. Ao pré-concebimento, ao medo de errar demais contra o mais poderoso. Alguns de negro têem pavor a isso. A profissionalização é obrigatória; será, pelo menos, um ponto de partida. Exemplos? Não faltam. Vou dar dois dos mais marcantes, que decidem títulos, campeonatos: Braga, duas semanas seguidas, na Luz e na Pedreira contra o Porto. Lembram-se? Não há vergonha na cara. Faro, 98/99, motivando aquele que é ainda hoje o maior castigo a um dirigente português (e falhou o soco, o que foi uma pena); olhos de assustado do sr. árbitro quando, de repente, repara no relógio e vê que já passa do minuto 85 e o resultado está em 0-2. Sim, em Alvalade acabou por se fazer a festa, mesmo antes do desafio começar; a tal festa inédita, que nunca se tinha feito e nunca mais se fêz. Referi estes casos porque, aqui, a vergonha na cara não existe. Quando é preciso, faz-se, simplesmente. A impunidade é total.
Há que arrepiar caminho pelos clubes não favorecidos, porque é possível vencê-los, quebrar ciclos, quebrar a hegemonia. A vantagem está e estará do lado dos três 'estarolas', mas não de forma tão constante, tão insípida, tão evidente. Exemplos, como bem se recordarão, existem.
EXEMPLO FRANCÊS:
http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-da-ligue1-em-201011 (http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-da-ligue1-em-201011)
EXEMPLO BRASILEIRO : As Cotas de TV do "Brasileirão" e o "Apartheid Futebolístico"
http://emanuel-junior.blogspot.com/2009/05/as-cotas-de-tv-do-brasileirao-e-o.html (http://emanuel-junior.blogspot.com/2009/05/as-cotas-de-tv-do-brasileirao-e-o.html)
EXEMPLO ALEMÃO: Entrevista com o presidente da Bundesliga
Entrevista com o presidente da Bundesliga (1ª Divisão Alemã)
O Campeonato Alemão cresceu muito nos últimos anos e já ultrapassou o Italiano no ranking da Uefa, figurando no terceiro lugar, logo atrás da Premier League, dos ingleses, e de La Liga, dos espanhóis. A média de público também é surpreendente, chegando a uma média de 42 mil pessoas por jogo. E quem tem as explicações para todo esse sucesso é o próprio presidente da Bundesliga, Reinhard Rauball, que conversou exclusivamente com o comentarista dos canais ESPN Gerd Wenzel e revelou as estratégias do Campeonato Alemão para conseguir toda essa ascensão. Além disso, Rauball também é presidente do atual campeão alemão, o Borussia Dortmund, e também falou nesta entrevista a respeito das expectativas para o seu clube na próxima temporada.
Leia a entrevista completa:
Gerd Wenzel: Daqui a duas semanas começa a 49ª temporada da Bundesliga. Na qualidade de presidente da Liga, quais são as suas expectativas?
Reinhard Rauball: Será ótimo se tivermos uma continuação de tudo aquilo que aconteceu na temporada passada. Registramos novamente uma média de 42.000 espectadores por jogo, tivemos quase 3 gols por partida – uma das maiores médias entre as ligas europeias – e para 2011 / 2012 já foram vendidos mais de 480.000 carnês de ingressos: um recorde absoluto. A torcida está entusiasmada com a Bundesliga e pode se perceber nitidamente que esse entusiasmo cresce a cada ano.
GW: E como presidente do Borussia Dortmund?
Rauball: Olha, antes de mais nada, quero dizer que fiquei muito feliz com a conquista do tàtulo da última temporada. Para esta, que se inicia daqui a pouco, lembro sempre das palavras do nosso técnico Jürgen Klopp: "o principal objetivo do time é produzir eventos futebolàsticos de alto padrão para a nossa torcida." Em média, tivemos 79.000 torcedores por jogo no nosso estádio – é a 2ª maior média de público da Europa, atrás apenas do Barcelona. Sem esquecer que a capacidade do nosso Signal Iduna Park é de 80.720 pessoas (a do Camp Nou, estádio do Barcelona, é de 98 722).
GW: Em 2004 e 2005 o Borussia Dortmund passou por séria crise, à beira da falência. Como foi isso e como o sr. conseguiu reverter esse quadro?
Rauball: De fato, o clube teve sérios problemas de liquidez em 2004 e 2005. Em 2002, logo depois da conquista do tàtulo, os dirigentes da época começaram a perder o controle da situação financeira do clube. Na época foi aprovada uma reforma do estádio para aumentar sua capacidade e isto a um custo exorbitante. Anteriormente, tinham sido comprados jogadores a peso de ouro com Amoroso, Rosizcki e Koller que, naturalmente, continuaram recebendo altos salários. Pensava-se que o sucesso de 2002 se perpetuaria por mais alguns anos. Não foi o que aconteceu. A situação ficou insustentável, com a torcida revoltada, o caixa sem dinheiro, e os credores batendo na porta. A diretoria foi destituída e a gerência operacional foi profissionalizada. A partir daí, conseguimos re-escalonar a dàvida com novos credores o que nos permitiu recomprar o estádio, pelo qual estávamos pagando até então um aluguel anual absurdo de 18 milhões de euros (R$ 45 milhões). Obtivemos o apoio de empresas da região que decidiram tornar-se patrocinadoras do clube, dando provas de sua confiança na marca "Borussia Dortmund". Além disso, estabelecemos uma nova filosofia com a participação vital do técnico Jürgen Klopp que estava disposto a formar uma equipe com os jovens talentos dos times de base. O resultado não se fez esperar: jamais na história da Bundesliga uma equipe tão jovem conquistou o tàtulo de campeão alemão. Via de regra, treinadores adoram contratar jogadores caros – não é o caso de Jürgen Klopp que aposta as suas fichas na juventude.
GW: No ranking da UEFA, a Bundesliga ocupa agora o 3º lugar logo atrás da Inglaterra e Espanha, tendo ultrapassado a Itália. Quais foram os fatores que contribuíram para essa ascensão no ranking?
Rauball: Os clubes passaram a adotar um controle e planejamento muito rigoroso das suas finança, e a Bundesliga implementou uma melhor distribuição do montante pago pela TV pelos direitos de transmissão. O rateio dessa dinheirada (atualmente R$ 1 bilhão por ano), é balizado por dois critérios. O primeiro critério é o êxito do time no campeonato alemão – é preciso recompensar o sucesso. O segundo critério é a solidariedade para com os clubes pequenos. Não fazemos, por exemplo, o que acontece na Espanha onde Real Madrid e Barcelona levam a maior parte do bolo. Essa polàtica resultou em mais investimentos na infra-estrutura dos clubes, principalmente no que diz respeito à segurança e ao conforto do público nos estádios, o que, por sua vez, aumentou o faturamento de cada clube já que cada vez mais pessoas estão indo aos estádios. Acho que estamos trilhando um caminho que entusiasma a torcida, fortalece nossa presença no cenário europeu e é atraente para jovens talentos. A Liga tem um projeto especàfico de apoio, inclusive financeiro, aos times de base de todos os clubes. Vamos implementar esse projeto no futuro imediato e os resultados já aparecem haja vista a nossa Seleção Sub-17 que ficou em 3º lugar na Copa do Mundo realizada recentemente no México.
GW: Aqui no Brasil há uma grande discussão sobre o altàssimo custo dos estádios a serem construídos para a Copa de 2014, ao mesmo tempo em que tomamos conhecimento dos custos quatro a cinco vezes menores para esse tipo de obra na Alemanha. Como o sr. vê essa disparidade?
Rauball: Não conheço bem as particularidades de uma obra desse tipo no Brasil. Sei, por exemplo, que o acabamento interno luxuoso pode encarecer em demasia uma construção. Repito, se é o caso no Brasil, francamente não sei. De todo modo, existe sempre a possibilidade de se copiar aquilo que se faz com sucesso na Alemanha: reduzir ao máximo o custo dos estádios e deixá-los bem mais baratos. Se realmente houver interesse dos brasileiros em baratear o custo dos seus estádios, basta entrar em contato com as empresas certas. Fazendo isso, tenho certeza, os brasileiros poderão construir os estádios a preços aceitáveis.
GW: Uma última pergunta – e o Borussia Dortmund nessa temporada, tanto a nàvel nacional na Bundesliga como internacional na Champions League?
Rauball: O sr. bem sabe, melhor do que eu: o bom profeta aguarda o desenrolar dos acontecimentos. Na temporada passada, fizemos bem em não estabelecer e muito menos publicar os nossos objetivos. Não vamos pressionar a equipe. Vamos comunicar à torcida que o time vai explorar todo o seu potencial em cada jogo e lutar do primeiro ao último minuto. Isto deu resultado no passado. Essa atitude, digamos assim, modesta, tirou a pressão da equipe. Por isso, não faço prognósticos. Para nós será ótimo se desempenharmos um papel digno tanto na Bundesliga como na Champions League.
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Nota: Em 2004, o Borussia Dortmund estava a beira da falência. Esse senhor, realocou a dàvida, investiu na base e na imagem do time, recomprou o estádio e em 6 anos, é campeão. Um exemplo a ser seguido, tanto em relação a gerencia de clubes como a um gerente de uma liga MUITO forte. Como diz a propaganda da ESPN das ligas européias: É onde os estádios estão SEMPRE LOTADOS! Em 5 a 10 anos, passarão a Premier League inglesa e a La Liga BBVA Espanhola em importância.
Freitas. De que blog tiraste este texto?
Quote from: Freitas on 17 de September de 2011, 23:18
Mais um opinião(retirada de um blog) interessante sobre este assunto:
QuoteÉ raro poder falar-.se nisso com pés e cabeça, contrariando o constante blá-blá à volta dos três do costume ou as assíduas e nojentas queixas destes para com as arbitragens. Sou assumido anti-grande desde que me conheço a respirar, devorar, a viver o fantástico jogo da bola. A par de ver o meu clube vencedor, gosto e torço - sempre - pelo crescimento dos 'não-grandes', pela luta contra o domínio 'unilateral' dos 'estarolas'. Gosto de ver quando se trabalha bem, em várias vertentes, mesmo com poucos recursos. Gosto que se encha o peito, sem medo, e que se enfrente os tubarões dentro e fora do campo.
Passando à discussão. Afinal o que os diferencia dos demais?
O 'fosso', como foi dito e bem, é demasiado grande. Comecemos pela razão demográfica, talvez a mais difícil de contrariar, pela nossa história, pela cultura que não favorece o amor ao clube da terra. Braga, Guimarães, Coimbra, Leiria, Setúbal, Barcelos, Olhão, etc., são cidades de um só clube, representativo da região no patamar mais alto do nosso futebol, mas que não têem expressão condizente no apoio a esses mesmo clubes. Atualmente, em alguns casos, trabalha-se bem para inverter esta tendência o que, juntamente com o sucesso desportivo, lentamente, poderá se chegar a níveis bem mais aceitáveis. Custa, é um processo moroso, mas pode e vai-se lá chegar, porque é possível.
Mas passemos àquele que é, para mim, o principal motivo: o dirigismo português, a todos os níveis vergonhoso. Sim, a culpa para ainda estarmos num nível zero ou negativo é, precisamente, dos dirigentes. Dirigentes dos clubes, das associações, das federações, de quem tem o poder e a obrigação de re-organizar o futebol português. No nosso caso, incompreensivelmente, a união não faz a força, simplesmente porque ela nao existe.
Pergunto como é possível, nos dias de hoje, estarmos tão atrasados no que diz respeito à correta distribuição dos valores que resultam das transmissões televisivas? Sim, as transmissões, o 'ópium', o combustível que permite fortalecer e aumentar os recursos. Porque não se discute isso? Porque não se coloca sequer a hipótese de avançar - um pouco que seja - com esse reequilíbrio? Quem está a prestar vassalagem a quem? Qual o verdadeiro interesse das direções dos clubes que, à partida, são prejudicados (e sabem-no!!) pelo atual modelo mas nada fazem e nada dizem? Porque não há uma atitude de força? De quê ou de quem têem medo?
Realço os dirigentes dos clubes porque no que toca aos responsáveis dos organismos que regem o futebol, a esses é quase impossível pedir para terem essa iniciativa. A colagem aos três grandes é evidente - sempre o foi - o poder de decisão, o rumo, as mais importantes decisões, têem a 'chancela' dos maiores. A guerra é entre eles ou quem consegue ter uma maior influência no... sistema. O tão famigerado sistema, que mais não é que um total e absoluto 'grandismo'. Sempre o foi, exemplos não faltam, apesar de pouco ou nada mediáticos.
Como disse, o ponto de partida é - terá de ser - a redistribuição do dinheiro dos direitos televisivos. É absolutamente inacreditável que mais de 80% do valor total seja entregue a três clubes, num universo de 16 (ou 32, se contarmos todos os clubes em competições profissionais). Porque, relembro, o Liga joga-se com esse número de equipas, sem as quais os jogos não se poderiam realizar, como me parece óbvio... Isto, falando na Liga. A taça BES é, como sabemos, uma competição oficiosa...
A par desse 'obstáculo', há bastantes medidas que poderão minorizar o poderio dos mais ricos. A começar pela balbúrdia que é a questão dos empréstimos, dos jogadores contratualmente ligados aos grandes, mas que 'rodam' em outros clubes de menor expressão. Há uns anos, havia clubes com cerca de oitenta (80!!) jogadores com contrato, mais de dois terços para emprestar. Absolutamente inacreditável. Jovens ou não, portugueses ou estrangeiros, o clube pelo qual o jogador evolui verdadeiramente pouco lucra com esse facto, pouco mais que a vantagem desportiva de poder contar com os seus serviços. É pouco, muito pouco.
Emprestam-se sete, oito, dez jogadores ao mesmo clube!! Ainda recentemente isto foi feito. Como é que ninguém faz nada? E emprestam-se dois, tres, quatro anos, às vezes até desaparecerem do mapa. Sem problemas. Isto é mau para o futebol português, é mau para os clubes e para os jogadores. Só é bom para... claro, esses mesmo. Para não variar. Aah, e para os empresários.
A arbitragem. Claro. Ou julgam que são prejudicados os três grandes? Deixem-se disso. A 'regra' é o oposto. Em caso de dúvida, a balança tende sempre para o mesmo lado. E não falo de penaltys, de bolas que passam a linha de golo ou foras de jogo que só as imagens retiram dúvidas. Não falo disso. Refiro-me à postura. Ao pré-concebimento, ao medo de errar demais contra o mais poderoso. Alguns de negro têem pavor a isso. A profissionalização é obrigatória; será, pelo menos, um ponto de partida. Exemplos? Não faltam. Vou dar dois dos mais marcantes, que decidem títulos, campeonatos: Braga, duas semanas seguidas, na Luz e na Pedreira contra o Porto. Lembram-se? Não há vergonha na cara. Faro, 98/99, motivando aquele que é ainda hoje o maior castigo a um dirigente português (e falhou o soco, o que foi uma pena); olhos de assustado do sr. árbitro quando, de repente, repara no relógio e vê que já passa do minuto 85 e o resultado está em 0-2. Sim, em Alvalade acabou por se fazer a festa, mesmo antes do desafio começar; a tal festa inédita, que nunca se tinha feito e nunca mais se fêz. Referi estes casos porque, aqui, a vergonha na cara não existe. Quando é preciso, faz-se, simplesmente. A impunidade é total.
Há que arrepiar caminho pelos clubes não favorecidos, porque é possível vencê-los, quebrar ciclos, quebrar a hegemonia. A vantagem está e estará do lado dos três 'estarolas', mas não de forma tão constante, tão insípida, tão evidente. Exemplos, como bem se recordarão, existem.
http://relvado.aeiou.pt/1-liga/verdadeiro-grande-mal-futebol-portugues-250601 (http://relvado.aeiou.pt/1-liga/verdadeiro-grande-mal-futebol-portugues-250601)
Esse texto é uma resposta a uma artigo de opinião deste site.
Chegou a Lei Bosman das transmissões de TV
VANDA BOTAS
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJEU) deu razão a Karen Murphy, no processo instaurado pela Premier League contra a proprietária do bar "Red, White & Blue", numa decisão que pode revolucionar o futebol da mesma forma que a Lei Bosman. A instância europeia determinou a liberalização da transmissão pública dos jogos da liga inglesa de futebol, permitindo que os adeptos britânicos possam ver os jogos da Liga inglesa através de canais de qualquer outro país da União Europeia.
"Toda a legislação que impeça a importação, venda ou utilização de cartões descodificadores estrangeiros é contrária à livre prestação de serviços e não pode ser justificada pela protecção dos direitos de propriedade intelectual ou pelo objectivo de encorajar a ida do público aos estádios", deliberou o Tribunal Europeu sobre o caso, explicando que a Football Association Premier League (FAPL) "não pode impedir que as pessoas procurem ofertas mais baratas no estrangeiro".
Até aqui, os direitos de transmissão ao vivo dos jogos do campeonato inglês, pertenciam quase em exclusivo à rede Sky, que dividia algumas partidas com a ESPN. Karen Murphy, dona do "Red, White & Blue", em Portsmouth, foi sucessivamente multada pela FAPL, que detém o exclusivo das transmissões dos jogos do campeonato para Inglaterra, por recorrer a um descodificador grego, mais barato. Em Inglaterra, os estabelecimentos comerciais pagam entre 750 e 1500 libras mensais (entre 870 e 1740 euros) pela assinatura da Sky. A Nova, o operador televisivo grego a que recorreu Murphy, tem uma assinatura muito mais barata - cerca de 800 libras por ano (925 euros).
Ao perder a exclusividade territorial dos direitos televisivos, a Sky pode ser obrigada a baixar os preços que cobra por cada jogo e, como é óbvio, os preços que paga aos clubes da Premier League. A Premier League negociou o triénio de 2010 a 2013 por cerca de 3900 milhões de euros, sendo que "apenas" 1500 foram pagos por operadores estrangeiros.
A Sky implementa, e pode vir a fazê-lo em maior quantidade, os seus próprios hinos, gráficos, vídeos de abertura de jogos e outros conteúdos protegidos. Estes continuam a necessitar de autorização por parte dos estabelecimentos comerciais, mesmo sendo fornecidos por um operador estrangeiro, por se tratar de uma "comunicação para o público". No entanto, esta regra não se aplica em transmissões domésticas, pelo que quem comprar um descodificador estrangeiro pode utilizar o serviço em sua casa, sem nenhuma oposição.
Porque é que os clubes "não-grandes" deixam cair este assunto?
Transmissões Televisivas Viciam Liga
http://arsenaldebraga.blogspot.com/2011/10/transmissoes-televisivas-viciam-liga.html
Estou curioso para ver o programa eleitoral do dr.Fernando Gomes, principalmente no que concerne aos direitos televisivos e estou á espera (mas isto já sou eu a sonhar :D) que os clubes médios/pequenos tomem uma posição pública sobre este assunto.
Isto só mudará quando os clubes denominados mais pequenos perceberem, e mais do que perceberem lutarem , sabendo e fazendo ver aos metralhas que ou fazem um campeonato a 3 (fcp, slb scp) ou entao teem que apoiar todos os clubes no melhor bolo possivel no que a transmissoes diz respeito.
Os clubes mais pequenos estao presos á promessa do jogador Y emprestado, á cedencia do jogador W a custo zero ao pagamento integral do vencimento do jogador Z, á promessa de se aliarem a nós ( leia-se um dos metralhas) nao serao prejudicados pela arbitragem etc etc e perdem toda a capacidade negocial.
Tá na hora de dizer basta, e esse basta teria que ser dito em 1º instancia pelos clubes chamados de intermedios, neste caso, SCB, VSC,CDN, CSM, e depois granjear apoio dos outros como feirense, rio ave, beira mar etc etc.
Enquanto que isto nao acontecer é chover no molhado.
Adoro o futebol desde que eu nasci, gosto do jogo, do ambiente no estadio, amo muito o nosso BRAGA...Mas digo-vos, algumas vezes dou por mim a nao entender o que me faz gritar, vibrar, chorar por um jogo de futebol...Se nao houvesse o nosso BRAGA juro que talvez teria deixado de ver futebol...
Concordo com muitas coisas que foram ditas : as leis sao feitas para proteger os mais fortes...Mas isso nao acontece em todos os paises (Inglaterra, França, Alemanha...) portanto é so querer mudar as coisas...
Ha muitas coisas a mudar, o Freitas deu muitas boas ideias e se a nossa liga de clubes fosse mesmo insenta ja teria feito algo...
O que me da mais espanto é ver clubes ultra falidos como os 3 gordos e mesmo assim podem comprar X, Y, Z sem problema nenhum...Ja um Setubal, um Beira Mar, um Olhanense....sao logo pressionado e proibidos de inscrever jogadores...(caso do Boavista...)
E por falar do Boavista, essa é que é a maior : o Boavista e o FC Porco sao os 2 culpados por terem comprados arbitros (apito dourado), o Boavista cai na 2da divisao e o FC Porco leva .....6 pontos, se nao me engana...
Quando é que vai haver verdade desportiva ?? QUANDO ?? O que importa neste pais é o que faz o Porto, o Benfica, o Sporting...se o Aimar cagou bem ontem a noite...que o "El "cabrone" Mudo" esta aleijado...se o Izmailov ainda esta vivo...se o Pinto da Bosta ataca o Jesus e o Benfica...
Noticias para entreter os pardelhos...é o que somos, somos numeros, melhor : dinheiro...Para acrescentar a cultura dos 3 gordos, as TVs dao entervistas de grandes cantores tipo "emanuel" que afirmem que sao "benfiquistas desde de pequeno" e vao dar um baile com patrocinio de um dos 3 *****...e ja esta...poe-se comes e bêbes, musica pimba...e com um pouco de sorte podemos ouvir que o Benfica dos 60 é que jogavam a bola...que o Eusébio é que era...e ja esta feito...
Enquanto ouver essa cultura dos 3 gordos, nunca vamos chegar là...A Fifa, a Uefa e as varias ligas de clubes estao a matar este desporto...
Até tenho inveja dos adeptos do râguebi, um desporto que esta por enquanto salvo destas merd.as...
Mágico SCBRAGA, obrigado pelas palavras, mas as ideias não são minhas, eu não inventei nada, apenas transcrevi as medidas que já foram implementadas noutras ligas para alertar as pessoas para o que se poderá passar a curto prazo na nossa própria liga.
Existem 2 maneiras de distribuir o dinheiro das transmissões televisivas: 1- distribuição justa, equitativa e com o obejctivo de promover um maior equilibrio entre os clubes de modo a tornar o campeonato mais competitivo. A responsabilidade de negociação e posterior distribuição seria da LIGA. 2 - Cada clube negoceia os direitos televisivos a seu bel prazer, aumentando assim, ainda mais, o fosso entre os "grandes" e os "médios/pequenos".
Liverpool propõe negociações individuais dos direitos televisivos
Liverpool quer mudar o esquema de divisão dos direitos de televisão do Campeonato Inglês
O Liverpool propôs nesta quarta-feira que os clubes do Campeonato Inglês negociem seus direitos televisivos de maneira individual para recuperar competitividade e respeito a outras equipes europeias.
"Clubes como o Real Madrid e o Barcelona tem cada vez mais vantagem econômica em relação aos ingleses porque eles mesmos negociam o pagamento de seus direitos", afirmou o diretor-executivo do clube inglês, Ian Ayre, que sugere um modelo parecido ao espanhol, segundo publicou o jornal The Guardian.
Atualmente, os clubes definem de forma coletiva como os valores arrecadados com os direitos de transmissão de jogos fora do Reino Unido serão divididos, um modelo que tem o apoio de equipes como Manchester United e Chelsea.
Para fazer valer sua proposta, o Liverpool deve ter o apoio de, no mínimo, 13 equipes, algo que não parece viável a curto prazo, já que Arsenal, Manchester City e Tottenham, que receberam 17,9 milhões de libras (cerca de R$ 50 milhões) na última temporada pelos direitos internacionais, não mostraram apoio à proposta do Liverpool.
Um representante dos Manchester City afirmou que o clube "nunca se colocou" disposto a romper com o atual modelo coletivo, que considera "beneficente", enquanto o Manchester United insistiu na opinião do seu presidente-executivo, David Gill, divulgada há meses. "A venda coletiva dos direitos televisivos representou claramente um sucesso, e ajuda o campeonato a ser mais competitivo", afirmou.
As equipes menores do Campeonato Inglês também não devem apoiar um modelo que diminuiria a competitividade dos times no mercado. Nesse sentido, o presidente do Wigan, Dave Whelan, considerou "diabólica" a proposta do Liverpool. "Estão pensando em como podemos ganhar mais dinheiro? Não irão conseguir destroçando o coração e a alma do campeonato e do futebol inglês", disse.
No ano que vem, o Campeonato Inglês abrirá as negociações para um novo acordo pelos direitos internacionais de televisão.
http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2012/noticias/0,,OI5407739-EI18005,00-Liverpool+propoe+negociacoes+individuais+dos+direitos+televisivos.html (http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2012/noticias/0,,OI5407739-EI18005,00-Liverpool+propoe+negociacoes+individuais+dos+direitos+televisivos.html)
http://www.maisfutebol.iol.pt/sporting/sporting-direitos-televisivos-controlinveste-100-milhoes-canal-televisao-maisfutebol/1175728-1457.html (http://www.maisfutebol.iol.pt/sporting/sporting-direitos-televisivos-controlinveste-100-milhoes-canal-televisao-maisfutebol/1175728-1457.html)
Infelizmente, parece que o sporting já vendeu individualmente os direitos televisivos das épocas 2013/2014 até 2017/2018 á empresa do Joaquim Oliveira. Os valores do negócio estão na ordem dos 108 milhões de euros! Isto quer dizer quem em 5 épocas, o sporting vai receber 1,44 milhões por cada jogo na condição de visitado (108 a dividir por 75 jogos caseiros).
Conclusão: o fosso entre os 3 metralhas e os outros continuará e com tendência a aumentar.
Neste moldes competitivos (modelo de organização do futebol português) é quase impossível um clube como o nosso SCBRAGA lutar pelo título, é quase utópico!
Para o nosso BRAGA, tenho muitas dúvidas sobre os benefícios desta medida.
A negociação colectiva dos direitos televisivos em moldes semelhantes ao campeonato Inglês seria claramente prejudicial aos 3 grandes – iria diminuir as suas receitas.
Seria benéfica para todos os clubes pequenos da primeira e segunda liga – iria aumentar as suas receitas (não incluo o Braga neste lote).
Para o Braga, em termos de dinheiro, duvido que fosse receber mais. O valor que os 3 grandes iriam receber a menos, seria claramente para repartir por todos os clubes mais pequenos e pela segunda liga. Como o Braga nem é grande nem pequeno, acredito que a variação nas receitas seria pouco significativa.
O maior beneficio (potencial e não provado) para o Braga seria a aproximação aos 3 grandes por via da diminuição das suas receitas e consequente enfraquecimento das suas equipas, mas, por outro diminuiríamos também a vantagem que temos em relação a clubes mais pequenos. Passaria a ser muito mais difícil ir buscar "um Silvio" ao Rio Ave por "meia dúzia de patacas". Aqui não tenho dúvidas, passaria a ser muito mais difícil ao Braga contratar jogadores a clubes portugueses mais pequenos uma vez que estes passariam a ter mais receitas e assim poder resistir mais a eventuais investidas do Braga (da mesma forma que hoje é difícil a um dos 3 grandes chegar a Braga e levar um jogador "de borla").
Para o futebol português em geral também tenho dúvidas que isto fosse benéfico. Se por um lado seria benéfico para o equilíbrio e competitividade da nossa liga (por via do enfraquecimento das maiores equipas e "engrandecimento" das equipas mais pequenas) por outro, a competitividade das maiores equipas lá fora (Liga dos campeões e liga Europa) seria reduzida. Seria isto bom para o futebol Português?
Neste caso, os exemplos da Liga Espanhola e Inglesa são paradigmáticos. Por um lado a Liga Inglesa é mais competitiva em parte devido a esta negociação colectiva, por outro, as maiores equipas Inglesas acabam por perder claramente competitividade face às maiores equipas Espanholas que negociando individualmente os direitos televisivos acabam por ser beneficiadas. É isto prejudicial ao futebol Espanhol? Tenho muitas dúvidas... Vejo em Espanha as melhores equipas, os melhores treinadores, os melhores jogadores e a liga que desperta mais interesse em todo o mundo...
Não digo que sou contra a negociação colectiva, digo é que não é uma medida só com benefícios sendo necessário pesar bem os prós e os contras.
Mas o que se está a passar em Espanha é ridículo, os jogos do barcelona e r.madrid já começam a perder interesse, pois ganham sempre, o ano passado quase que passavam a barreira dos 100 pontos (barcelona 96 pontos 30V 6E 2D ; madrid 92 pontos 29V 5E 4D). Eu pessoalmente já não me dá gozo ver os jogos destas 2 equipas (apesar da qualidade do futebol praticado). Penso que a liga do futuro será a alemã, pois é mais equilibrada e economicamente mais sustentável.
Concordo ctg quando dizes que os 3 grandes saíriam a perder com a negociação colectiva dos diretos televisivos, mas a intenção é mesmo essa, tornar a distribuição mais equitativa e discordo ctg quando dizes que o SCBRAGA não iria beneficiar, pois todos os outros clubes (pequenos e médios) viriam as receitas da tv aumentadas.
PARTE DA ENTREVISTA A ANGELINO FERREIRA (SAD do fcporto) NO JORNAL " O JOGO" (28-10-2011)
"40 milhões pelos jogos do Benfica? Não acredito"
O FC Porto renegociou o seu contrato televisivo [encaixou, no último ano, pouco mais de 11 milhões]. Como concorrente, pergunto-lhe se lhe parece possível que o Benfica venda os seus direitos por uma verba na ordem dos 40 milhões anuais, como se tem escrito, e se é verdade que o contrato do FC Porto possui cláusula de indexação?
Há muito que decidimos que tínhamos de estar no mercado, não faremos um aproveitamento interno, nem mesmo tendo um canal televisivo. É verdade que há uma cláusula de indexação, mas só no caso de o operador com quem temos o contrato vir a fazer novos contratos com outros clubes. Se for um player diferente, não beneficiamos.
Não teme uma clivagem grande? Ou não acredita nos números que têm sido associados ao novo contrato que o Benfica está a negociar?
O mercado é soberano e saberá ditar o preço adequado. Se me pergunta a minha opinião pessoal, dir-lhe-ei que não acredito. A não ser que seja enquadrado num contexto mais alargado de negócios. Em termos de preço directo do negócio, não sei que mercado português pode suportar um negócio daqueles, mas isso não nos preocupa.
Ao contrário do que possa parecer, estou em crer que mesmo o fcporto está preocupado com a liberalização das negociações dos direitos televisivos. Se acontecer como em Espanha o clube mais beneficiado vai ser o benfica, o porto e o sporting vão ficar aquém dos valores que o benfica vai conseguir e SCBRAGA, guimarães, académica, setúbal, marítimo, nacional, etc...vão ficar a léguas dos valores dos 3 "grandes"!!!! Mas pelos vistos ainda há aqui foristas que estão de acordo com este tipo de divisão de receitas televisivas!!!
Quanto á FPF já temos 2 candidaturas, mas programas eleitorais nem vê-los e também ainda não ouvi ninguém da SAD do SCBRAGA a pronunciar-se!!!!
Freitas a liberalização é o que acontece actualmente, cada um trata dos seus contratos.
É o mesmo que em Espanha. E neste caso o Porto de momento está a benefeciar, até está a receber mais que o benfica, coisa que era impossivel caso o contrato fosse em conjunto.
No caso de negociação em conjunto, o Braga deveria ficar mais coisa menos coisa como está, ou até receberia mum pouco mais, isto tendo em conta que o contrato negociado em conjunto seria de maior valor que o negociado individualemente por cada clube.
No caso de uma negociação conjunta, não sei se o Benfica ficaria a receber muito mais que Porto já que os valores a pagar seriam também pela venda internacional dos direitos, onde actualmente não acredito que o valor do benfica seja muito superior ao do Porto. O Sporting está um pouco atrás claramente.
Estive agora a ouvir (programa dia seguinte) o CARLOS MARTA (um dos candidatos á presidência da FPF) e ele afirmou que uma das premissas do seu programa é renegociar de uma forma mais justa e equitativa os direitos televisivos, para com isto equilibrar mais a balança entre os clubes "grandes" e os " médios/pequenos". Posto isto, o jornalista, perguntou-lhe se tinha noção de que, com essa atitude, entraria em confronto com os 3 grandes clubes de Portugal e se estaria preparado para essa "guerra" e em jeito de gozo, também lhe perguntou se tinha a noção de que estaria a vestir o papel do ROBIN DOS BOSQUES do futebol português!!!! A resposta do Carlos Marta foi que tinha consciência disso tudo, mas que acima de tudo é uma medida muito imprtante para a sobrevivência e o futuro do futebol português. ESTOU PARA VER SE FOR ELEITO SE VAI MANTER ESTA POSTURA OU SE VAI FAZER O MESMO QUE OS POLÍTICOS!
Também gostaria de saber o que pensa a lista do FERNANDO GOMES sobre este assunto, mas algo me diz que é totalmente contrária á da lista do seu opositor.
Qual é a posição do SCBRAGA em relação a tudo isto e especificamente sobre este assunto???? e qual é a posição da AFBRAGA?????
Alguém aqui do fórum está informado em relação a tudo isto?????
Quote from: Freitas on 05 de December de 2011, 23:30
ESTOU PARA VER SE FOR ELEITO SE VAI MANTER ESTA POSTURA OU SE VAI FAZER O MESMO QUE OS POLÍTICOS!
Simples, não vai ser eleito...
Eu gostava era de saber qual a posição do SCBRAGA SAD em relação a tudo isto?!??!!?!?
Para além das receitas das transmissoes televisivas há outras questao que deveriam ser abordadas. A falta de aposta nas camadas jovens, o numero absurdo de jogadores que clubes como Porto e Benfica tem nos seus quadros, emprestando-os recorrentemente a clubes que disputam a mesma divisao que estes. As dificuldades economicas de diversos clubes, prejudicando os atletas, mas tambem adulterando a competição. Legislar mais convenientemente as transferencias no mercado de Janeiro, por exemplo, nao se poderia transferir um jogador em Janeiro entre clubes da mesma divisao, o mesmo se passando com treinadores...etc.
Pelo que me deu a entender, a lista de CARLOS MARTA é a lista da ruptura com o sistema instalado (não quero com isto dizer que se ganharem não será implementado outro tipo de sistema, mas que defenda outras cores) e a do FERNANDO GOMES é a lista da continuidade do actual sistema.
Sérgio eu sei que há outras questões importantes, mas a que me parece mais importante para a sobrevivência dos clubes "pequenos/médios" é o dinheiro das televisões, pois na actual conjectura económica, o crédito bancário vai descer, a sponsorização vais descer, as receitas de bilheteira vão descer....a única coisa que se manterá e talvez crescerá é o dinheiro das transmissõs televisivas.
O Braga li algures (penso que não sonhei), apoia Fernando Gomes, penso que dito pelo presidente no final do jogo com o Sporting (ou talvez não nesta altura).
Quote from: PAF on 06 de December de 2011, 14:04
O Braga li algures (penso que não sonhei), apoia Fernando Gomes, penso que dito pelo presidente no final do jogo com o Sporting (ou talvez não nesta altura).
É mesmo verdade, http://www.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=45&t=Antonio-Salvador-apoia-Fernando-Gomes-nas-eleicoes-da-FPF.rtp&article=483878
Relembro que este mesmo Gomes aquando da sua candidatura à presidencia da Liga nao recebeu o apoio do SCBraga, passados 2 anos o SCBraga apoia-o...
Modelo de recinto dedicado aos adeptos do clube rival que podería ser sugerido -por exemplo- o Benfas depois do fracaso do último experimento...
(Nao é invento... é num campo de jogos de Polonia - Pruszków, Poland)
(http://leniarski.blox.pl/resource/znicz2.jpg)
Quote from: Freitas on 06 de December de 2011, 10:45
Pelo que me deu a entender, a lista de CARLOS MARTA é a lista da ruptura com o sistema instalado (não quero com isto dizer que se ganharem não será implementado outro tipo de sistema, mas que defenda outras cores) e a do FERNANDO GOMES é a lista da continuidade do actual sistema.
Sérgio eu sei que há outras questões importantes, mas a que me parece mais importante para a sobrevivência dos clubes "pequenos/médios" é o dinheiro das televisões, pois na actual conjectura económica, o crédito bancário vai descer, a sponsorização vais descer, as receitas de bilheteira vão descer....a única coisa que se manterá e talvez crescerá é o dinheiro das transmissõs televisivas.
E não há que esquecer que as Câmaras / autarquias também vão apertar o cinto, e muito!
Temos o futebol que queremos ter, mais nada! A 1º liga é composta por 16 equipas, sendo que apenas 3 delas, os metralhas, gozam de receitas abissais relativamente aos outros clubes.
SOLUÇAO: simples os outros 13 nao jogam, e se nao jogarem quero ver quem é que vai continuar a dar dinheiro aos metralhas para jogarem contra .... ninguem.
O problema é bem mais profundo do que eu postei, eu sei que sim, mas algum dia tem que haver um basta, e deixar de andarem todos a lamberem as botas, uns a um lado e outros a outro com a promesa de jogadores a custo 0, etc etc.
E o gajo das facturas para as ***** lá se tornou presidente da FPF. Está tudo bem quando acaba bem. O Benfica tem lá o Humberto e o Herminio, o Porto o presidente e o Baia e Sporting tambem tem lá Herminio, tudo em prol da sa saude do futebol portugues. E o Braga deve-se achar bem representado por lá para apoiar esta corja...
Parece que o Paços aceitou a antecipação do jogo contra o porto (assim como no passado já outras equipas fizeram o mesmo com o benfica e sporting). Isto só revela mais uma vez que os clubes pequenos/médios são subservientes aos 3 metralhas. Vejam o caso do sporting que á oito jogos anda a jogar contra 10 e nunca mais se ouviram os dirigentes a queixarem-se dos árbitros. Vejam o caso do Braga, jogamos contra o sporting, arbitro de lisboa, jogamos contra o benfica, árbitro de lisboa, jogamos contra o porto, árbitro do porto..........e o SCBRAGA CALADINHO!!!! O SCBRAGA este ano (que o 3º lugar dá acesso á Liga dos CAmpeões) nem com uma super-equipa conseguia ficar nos 3 primeiros lugares!!!