A SC Braga, SAD acertou com o jogador Paulinho a renovação do respetivo contrato, que passa a ser válido até final da temporada 2022/23.
O avançado de 25 anos prolonga assim a ligação ao emblema que representa desde 2017/18 e onde somou 43 jogos e 17 golos na temporada de estreia.
Paulinho, o goleador máximo da Legião na época que agora findou, falou de um processo simples e de um motivo de orgulho.
Um processo simples: “Acertamos a renovação em dois ou três dias. Não foi difícil nem foi algo que se tivesse que negociar muito. O simples facto de o clube mostrar interesse em renovar comigo – que encaro como uma forma de premiar a época que tanto eu como a equipa fizemos – é um motivo de orgulho e nem pensei duas vezes”.
Inscrever o seu nome na história: “Sabemos que o futebol é cada vez mais um negócio e temos que saber conviver com isso. Esta renovação demonstra que quero ficar aqui mais tempo. Que quero conquistar títulos aqui. Acredito que o clube está perto de fazer história e eu quero que o meu nome esteja nessa página”.
Momentos que marcam: “Tenho muitos momentos bonitos. O golo contra o Vitória SC é um dos que gosto de ver, assim como o golo em Portimão. Mas a verdade é que tenho dois ou três momentos que marcaram muito. O golo na Islândia, depois de se ter falado que o Rui Fonte ia sair e que o SC Braga ia perder o capitão e a sua referência, acabou por me dar motivação extra. Mas sinceramente há um momento que não esqueço. Lembro-me de estarmos a ganhar 5-0 em casa ao Estoril e, no momento em que entro em campo, receber a ovação do estádio inteiro. São momentos que marcam”.
Uma ascensão esperada… mas surpreendente: “Acho que ninguém acreditava. Eu sentia que podia singrar, mas não de forma tão rápida e explosiva. Mas acreditava que o podia fazer… Porque acredito muito em mim e identifico-me com o clube e com a maneira como a equipa joga. Sentia que as minhas características poderiam encaixar na perfeição, mas como disse nunca pensei que fosse de forma tão rápida”.
Sem metas ao nível de golos: “Não tenho o hábito de definir metas. Não o fiz esta temporada. Considero mais importante pensar no que tenho que fazer bem, porque os números não dizem tudo de um jogador. Eu acho que não sou só números. Hoje em dia fala-se muito em estatísticas, mas acho que as pessoas se identificam comigo pela minha forma de estar no jogo. Por tudo o que dou à equipa com e sem bola. Gosto de melhorar em todos os aspetos e se puder melhorar nos golos melhor (risos)”.
A relação com Abel Ferreira: “O Abel ligou-me e disse-me: ‘Quero apostar em ti. Quero apostar num jogador da II Liga. Não te prometo que vais jogar, mas também te garanto que não vais ser descriminado’. Ao ouvir isto, ao saber que o treinador do SC Braga me queria, eliminei logo todas as restantes opções. A forma de jogar da nossa equipa valorizou o grupo todo. Sinto que o mister gosta das minhas caraterísticas e a relação que tenho com ele é exatamente igual à que tem com os meus companheiros. Uma relação próxima, onde todos se sentem importantes. Ele olha para nós como pessoas que somos e sempre nos foi transmitindo que o estatuto é o rendimento e isso é o maior conforto que existe. Se tiveres bem vais jogar”.
A nova época: “O clube está-se a reforçar bem. Não nos podemos esquecer que na temporada passada entrou muita gente nova e jovem e a equipa respondeu bem. Acredito que este pode ser o nosso ano de afirmação e a equipa está a ser reforçada nesse sentido”.
A Seleção Nacional: “Numa entrevista em janeiro disse que acreditava que alguns jogadores do SC Braga iam chegar à seleção. Sinceramente acredito que vou conseguir chegar lá, assim como estou certo de que vou acompanhado de mais colegas de equipa. Estar nos 35 pré-convocados é fantástico. Estando a falar de um jogador do SC Braga é algo bom, mas se nos lembrarmos que é alguém que há um ano e meio estava na II Liga… O mais importante é que me vai dar ainda mais motivação para continuar a trabalhar para ser melhor”.