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MARÍTIMO - 1 vs S.C.BRAGA - 2 --» Comentários após e durante o jogo!

Started by BRAGA FOREVER, 01 de April de 2007, 17:18

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VVCEPHEI

Não sei bem se será assim. E então os €€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€ da indminização pelo despedimento.
É preciso ver que há situações insustentáveis, que nem os Euros ( €€€ ) compram.
Quem já ocupou funções de Comando/Chefia/Direcção sabe bem o que isso é. Não havendo um apoio firme e peremptório de quem manda/decide, criam-se situações insustentaveis que normalmente resultam na colocação do lugar à disposição, o que é de todo menos dispendioso do que ter que despedir. O que parece ter sido o que aconteceu nestes dois últimos casos ( Domingos e Ulisses).

Olho Vivo

Quote from: miguel_afonso on 02 de April de 2007, 10:39
PS- Pedro Ribeiro entao essa cronica, estou a espera. :D

Então, cá vai...

Antes de mais, penso que o resultado é mais do que justo. Foi uma vitória convincente da melhor equipa sobre o relvado, daquela que mais oportunidades de golo criou, daquela que mais quis ganhar... o que em vista daquilo que tem sido o nosso percurso fora de casa nos últimos meses é definitivamente em passo em frente...

Confesso que quando vi a constituição da equipa fiquei apreensivo. Não me agradou a constituição do meio-campo. Como já por várias vezes disse, não considero JVP um médio de forma que me parece um erro colocá-lo no centro do terreno. De facto, apresentámo-nos em 4-3-3, com Frechaut como defesa-central e com um meio-campo com Andrade como trinco e Vandinho e João Pinto encarregues das transições. Pela frente, o Marítimo apresentou-se num 4-2-3-1, com Marcinho mais adiantado em relação a Olberdam e Wénio, encarregues da cobertura a meio-campo. A meu ver, a forma como o Marítimo se apresentou em campo permitiu um encaixe perfeito das duas equipas, com alguma supremacia nossa pelo facto do nosso meio-campo jogar com duas unidades mais adiantadas, em contraste com os maritimístas:

PAULO SANTOS

L.FILIPE          FRECHAUT          NEM          C.FERNANDES

LIPATIN
KANU                                                               DOUGLAS
ANDRADE
MARCINHO
VANDINHO                    J.PINTO
OLBERDAM                     WÉNIO

MACIEL                                                              WENDER
ZÉ CARLOS
EVALDO          GREGORY              ARVID             BRIGUEL

MARCOS


A equipa entrou muito bem em jogo. Criou duas boas oportunidades de golo logo de entrada, ambas por Zé Carlos, a segunda das quais desperdiçada de forma escandalosa. Contudo, na primeira vez que o Marítimo sobe com perigo, surge o golo madeirense. Ficou ali patente o que receava: embora tivéssemos um meio-campo potencialmente de maior qualidade técnica, era demasiado macio. Uma vez ultrapassada a primeira barreira(?) do meio-campo constituída por Vandinho e JVP, abria-se muito espaço por onde os médios maritimistas poderiam subir sem grande oposição até porque Andrade, que não fez um mau jogo, não é contudo um trinco com cultura posicional (como é por exemplo Madrid) e permite algum espaço à entrada da área. Penso que lhe caberia a ele a cobertura dessa zona no lance do golo madeirense.
A equipa, no entanto, não se perturbou. Continuou a jogar mais no meio-campo contrário, tendo mais posse de bola e assustando de quando em vez a defensiva do Marítimo, sobretudo na sequência de livres de Andrade. Realço no primeiro tempo o bom jogo de Wender (um dos melhores dos últimos tempo) que compensou de alguma forma o sub-rendimento de JVP - que, em face da sua posição no terreno, em nada me surpreendeu. Wender, realmente foi fundamental no transporte da bola, recuando para a receber, lançando o ataque e ganhando inúmeras faltas. O golo surge com naturalidade pelo mesmo Wender (já depois de em outros livres de Andrade se ter cheirado o golo). A toada manteve-se até final do primeiro tempo - a equipa manteve o mesmo posicionamento após o golo, rmostrando que o empate não lhe bastava. E quase o conseguiu num grande remate de Wender à entrada da área, superiormente defendido por Marcos.
Fiquei contudo com a sensação de alguma vulnerabilidade defensiva, face à macieza do nosso meio-campo e às características dos homens que o compunham e que a qualquer momento num ataque rápido dos madeirenses poderíamos sofrer. O empate ao intervalo, se bem que podendo considerar-se justo face a algum equilíbrio de jogo, escondia já alguma predominância territorial da nossa equipa e uma superioridade evidente ao nível das ocasiões de perigo criadas.
Sem alterações na segunda metade, o Braga entrou em força, com clara ambição de ganhar a partida. A superioridade de jogo era agora mais evidente fundamentalmente pela "entrada em jogo" de Maciel que no primeiro quarto de ora deste período teve uma boa série de remates perigosos. O golo contudo não apareceu. O nosso meio-campo pareceu perder algum fulgor e Ulisses Morais com a entrada de Moukouri para o lugar de Olberdam partiu o jogo. Pareceu-me que logo nessa altura se exigia a entrada de Castanheira para o lugar de JVP para ganhar definitivamente os cordelinhos do jogo. Não foi essa a opção de Jorge Costa que demorou a mexer (do meu ponto de vista) e acabou por se ver obrigado a fazer entrar Castanheira para o lugar de Vandinho (em perda física apenas ou lesionado?). O jogo tornou-se mais frenético, mais partido. A entrada de Diego para o lugar de JVP e de Cesinha para o lugar do desgastado Wender para isso também contribuíram. O nosso esquema era agora novamente o espelho do esquema maritimista, com dois médios e três homens no apoio ao (hoje muito apagado) Zé Carlos: Cesinha à esquerda, Maciel no centro e Diego na direita). A qualidade dos nossos jogadores fez contudo a diferença. Estivemos sempre mais perto do golo do que o Marítimo (que apenas criou perigo num lance ocasionado por um ressalto). O golo nos descontos, após um lance muito bom de Diego (embora com remate falhado... que deu cruzamento), deu justiça ao resultado e confirmou a tendência para os golos (numa ou noutra baliza) nos últimos minutos das nossas partidas.

P.S.: a apreciação individual fica para mais tarde...

Satmar

Estou a escrever tarde, mas estive a deliciar-me com os golos do nosso Braga....parabéns a todos os jogadores, finalmente fizemos um jogo oned conseguimos aliar a vitória a uma bela exibição, pelo menos para mim. Obrigado Braga pelo lindo e emociante final de tarde que me deste.Ahh, já agora par muitos críticas...Frechaut, mais uma vez o melhor jogador do Brag, ou um dos melhores. Grande Forma física, força, garra, espírito, categorai, faltou aquele golo..... mas a barra não deixou. Quero ver este brga sempre, lutar até à exautão e não se conformar com resultados. Jorge Costa, deizem-no trabalhar, podemos ter uma bela época em 2007/2008. Oxalá assim seja.
Força Enorme!!!

A.COSTA

Na 2ª feira ao ver o resumo da RTP com os devidos comentários fiquei com a sensação de que o SCBraga está no bom caminho, pois o filme resultante de que falo e que foi apresentado na RTP mostra argumentos de peso nesta vitória histórica.

Para meditar: NO FUTEBOL TUDO É MUITO EFÉMERO. MUITOS DOS QUE HÁ 2 SEMANAS DIZIAM COBRAS E LAGARTOS DESTA EQUIPA E DESTE TREINADOR ONTEM RENDERAM-SE À EVIDÊNCIA QUE PARECE SER O CRESCIMENTO DA EQUIPA. OXALÁ CONTINUE ASSIM. FORÇA SCBRAGA QUE AS TUAS GENTES ESTARÃO CONTIGO.
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

Olho Vivo

Terminando a minha análise com a apreciação individual aos nossos jogadores:

- PAULO SANTOS: um dos jogos mais descansados que seguramente já teve. Sofreu um golo (sem culpas) e pregou-nos um susto ao largar uma bola quando se preparava para lançar rapidamente a bola em jogo - felizmente sem consequências.

- LUÍS FILIPE: fez um jogo algo cinzentão que comprova alguma quebra de forma nos últimos jogos. Não cometeu erros defensivos graves mas esteve talvez mais retraído que o habitual em face da presença de Douglas na sua zona (sobretudo no primeiro tempo).

- NEM: em face do que lhe temos visto nos últimos jogos, fez uma boa partida. Foi voz de comando e fez valer o seu bom jogo posicional para disfarçar a sua falta de velocidade e chegar sempre primeiro que os adversários quando as dobras aos companheiros foram necessárias - muitas vezes com chutões para o quintal, mas quando é necessário...

- FRECHAUT: na sua primeira vez como defesa-central (a tempo inteiro), foi simplesmente o melhor em campo. Irrepreensível em termos defensivos, tacticamente inteligente, ainda foi a tempo de aparecer junto à área adversária para tentar o golo. A barra negou-lhe o que seria um prémio justo para a sua exibição.

- CARLOS FERNANDES: não fez um grande jogo mas, como sempre, foi cumprindo com maior ou menor dificuldade, por vezes recorrendo à falta. Estranhei contudo vê-lo muitas vezes a pressionar o adversário no seu meio-campo correndo o risco de ser apanhado em contrapé. Não parecia ele...  ;D

ANDRADE: é um jogador, pelo que vou ouvindo, alvo de algumas críticas "porque é lento", "porque não tem ritmo". Mostrou nesta partida aquelas que são as suas qualidades e quais os seus defeitos neste momento. Falta-lhe cultura posicional para ser um trinco "equilibrador" como é Madrid. Não é um jogador rápido e penso que lhe falta alguma capacidade física para aguentar 90 minutos em pleno (mas que penso que ganhará com os treinos e os jogos). É no entanto um jogador que não vira a cara à luta, tem alguma capacidade técnica... e um pontapé que permite resolver muitos problemas ofensivos - como se viu nesta partida. Outra característica curiosa para um jogador do seu tamanho, também patente neste jogo: ganha inúmeras bolas de cabeça nos despiques a meio campo!

VANDINHO: notou-se-lhe algum menor fulgor físico mas ao contrário do que li em alguns jornais desportivos parece-me que esteve a um bom nível. Menos exuberante é certo, mas passou por ele a vantagem territorial que mantivemos enquanto esteve em campo quando a seu lado tínhamos JVP menos talhado para a luta do miolo. Perdeu alguns passes (o que é de resto a sua pecha) mas menos do que é habitual. Espero que a sua lesão(?) não seja impeditiva porque a equipa, a jogar neste esquema, precisa muito dele.

JOÃO PINTO: um bom apontamento logo de início lançando com precisão Zé Carlos para aquilo que poderia ter sido o primeiro golo da partida. No mais, claramente uma carta fora do baralho. Inadaptado àquela posição no meio-campo (para a qual lhe faltam rotinas e capacidade física), passou ao lado do jogo. Louve-se pelo menos o empenho que foi o de sempre...

WENDER: um dos melhores em campo. Parece estar a subir de forma. Desequilibrador, naquele seu jeito chato para o defesa, ajudou a esconder o défice de rendimento de JVP no transporte do jogo recuando á procura da bola e aparecendo muitas vezes em zonas interiores procurando visar a baliza (o que fez com muito perigo perto do final da primeira parte). Falhou um golo cantado na sequência de um livre de Andrade mas à segunda não falhou. Na segunda metade, a sua influência decresceu em favor da maior preponderância de Maciel e do notório desgaste físico que lhe valeu a substituição.

MACIEL: na primeira metade esteve pouco em jogo e não teve grandes oportunidades para brilhar. Entrou com tudo no segundo tempo com uma série de remates com perigo. Esteve muito bem nos movimentos em diagonal do flanco para o eixo do ataque aparecendo para finalizar. É ele quem marca o golo decisivo, em esforço, quando jogava no apoio a Zé Carlos, após as substituições operadas por Jorge Costa. Está definitivamente de regresso!

ZÉ CARLOS: esteve em foco no início da partida respondendo com um tímido golpe de cabeça a um cruzamento logo na primeira jogada do encontro e perdendo uma oportunidade incrível de golo, completamente isolado face a Marcos. Talvez tenha ficado marcado com o lance porque o jogo daí para diante lhe foi passando ao lado. A mesma garra de sempre mas sem possibilidades de brilhar.

CASTANHEIRA: pareceu-me que a sua entrada je justificava há mais tempo (para o lugar de JVP), mas a verdade é que não entrou muito bem no jogo. Esteve mais complicativo do que é habitual e perdeu uma excelente oportunidade de visar o golo por falta de prontidão no remate. Também é verdade que na fase em que entrou o jogo estava demasiado partido e aberto, valendo mais a velocidade dos avançados e extremos do que a qualidade do jogo a meio-campo.

CESINHA e DIEGO: a sua entrada foi um sinal para o relvado de que o banco queria ganhar o jogo. Com o jogo partido, a velocidade e a qualidade técnica individual (para além da frescura física) eram factores decisivos. Foi da qualidade de Diego que saiu o triunfo: excelente primeiro toque a receber e a "comer" de imediato o defesa com o arranque. O remate é que não saiu grande coisa... mas surgiu Maciel a emendar!


Concluindo, é óbvio que o jogo mostrou melhorias a nível exibicional que foram premiadas com uma vitória saborosa e importantíssima para os nossos objectivos. Parece-me contudo cedo para embandeirar em arco. É preciso manter a regularidade. Creio que teríamos outras dificuldades frente a equipas que privilegiassem mais o controlo do meio-campo, com mais homens nesse sector nevrálgico. Penso que frente a equipas com essa desenho táctico a macieza do nosso meio-campo inicial poderá custar caro. Por isso espero para ver a evolução da equipa. Estou certo que Jorge Costa estará consciente dos problemas que ainda temos e que saberá que o que temos não é um "produto acabado". Veremos como se portará a equipa já frente ao Sporting, precisamente uma dessas equipas baseadas no controlo de jogo a meio-campo. Mas fá-lo-emos com uma confiança que antes desta exibição e desta vitória certamente não teríamos...

Aquiles

Em termos gerais, concordo com a análise do Pedro Ribeiro, mas acho que acima de tudo o Braga melhorou pelo simples facto de ter jogado em velocidade pelos extremos, coisa que tem sido a nossa imagem de marca já há alguns anos. Oxalá coloquemos essas armas em campo contra os lagartixas...

Abraço para todos os Braguistas!