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scouts/olheiros do SCBraga... para que servem?????

Started by (S)oon(C)hampion(B)raga, 23 de July de 2020, 21:32

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(S)oon(C)hampion(B)raga



notícia do jornal abola de 2012

até hoje 2020 esta "prospecção" tem dado uns frutos do c a r a l h o!!!

em 8 anos veio cada vedeta... ou então não... 🙄🙄🙄🙄

para que raio serve o scouting/olheiros do clube???

8 anos... zero... ZERO de futebolistas vindos destes mercados referidos na notícia 🙄🙄🙄🙄
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Rondo

Decide-te. Ou é para descobrir jogadores com prospecção, ou é para pôr o filtro de FM de internacionalizações A, ou é para apostar na formação?
"100% de respeito e 0% de medo"

100%SCB

FORÇA BRAGA

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: 100%SCB on 27 de October de 2020, 01:47
Loum, Ibrahima...

tens razão... tens razão... alias penitencio-me... pois há mais 1... e internacional AA pelo seu país... LUTHER SING!!!!

mas infelizmente nenhum calçou na equipa principal até agora...

ou seja... os scouts/olheiros destes "protocolos" andam desde 2012 a encher chouriças...  ::) ::) ::) ::) ::) ::)
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Eskol

Sem o Loum não tinhas o Galeno, que é neste momento uma das peças chave do plantel.

NightHawk

#45
Quote from: (S)oon(C)hampion(B)raga on 27 de October de 2020, 14:34
Quote from: 100%SCB on 27 de October de 2020, 01:47
Loum, Ibrahima...

tens razão... tens razão... alias penitencio-me... pois há mais 1... e internacional AA pelo seu país... LUTHER SING!!!!

mas infelizmente nenhum calçou na equipa principal até agora...

ou seja... os scouts/olheiros destes "protocolos" andam desde 2012 a encher chouriças...  ::) ::) ::) ::) ::) ::)

Loum, Ibrahima, Singh dos que deram (pelo menos algum) retorno (desportivo ou financeiro).
Muitos outros na equipa B que acabaram por não dar: Nikiema, Chidi, Ogana, Oti, Oto'o, Menga. Eu nunca vi nenhum clube acertar em 100% das promessas que encontra.

Temos o Kodisang na equipa B neste momento com uma boa perspectiva de evolução.

Só a venda do Loum já pagou toda a prospeção feita em África até aqui e para os próximos 20 anos.

Primeiro não tínhamos olheiros, agora já temos mas não são bons. Depois não compramos internacionais do Botswana mas na semana passada 3 jogadores não internacionais marcaram e deram-nos uma vitória por 3-0 sobre uma equipa recheada de internacionais. Preferias termos os internacionais do AEK e levarmos 3-0 com golos de 3 toscos não-internacionais como o Paulinho, Horta e Galeno?

rpo.castro

A alternativa é mandar o adepto para áfrica fazer scouting do bom.
Quem não sente não é filho de boa gente.

Sérgio Gonçalves

Quote from: rpo.castro on 27 de October de 2020, 19:09
A alternativa é mandar o adepto para áfrica fazer scouting do bom.
E leve o Luso com ele.

Enviado do meu ANE-LX1 através do Tapatalk

Sócio nº 2014

(S)oon(C)hampion(B)raga

a melhor plataforma de scouting gratuita online a Mycujoo onde se pode assistir gratuitamente a jogos de futebol, futsal (e penso que outros desportos) dos 4 cantos do mundo e em todos os escalões de formação foi comprada pela Elleven Sport
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Zusco

Quote from: (S)oon(C)hampion(B)raga on 13 de November de 2020, 16:50
a melhor plataforma de scouting gratuita online a Mycujoo onde se pode assistir gratuitamente a jogos de futebol, futsal (e penso que outros desportos) dos 4 cantos do mundo e em todos os escalões de formação foi comprada pela Elleven Sport
Interessante saber o que vai acontecer à plataforma tendo em conta a aquisição.

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: Zusco on 13 de November de 2020, 20:26
Quote from: (S)oon(C)hampion(B)raga on 13 de November de 2020, 16:50
a melhor plataforma de scouting gratuita online a Mycujoo onde se pode assistir gratuitamente a jogos de futebol, futsal (e penso que outros desportos) dos 4 cantos do mundo e em todos os escalões de formação foi comprada pela Elleven Sport
Interessante saber o que vai acontecer à plataforma tendo em conta a aquisição.

A plataforma de consumo da MyCujoo será integrada na ELEVEN, para criar uma nova plataforma ELEVEN global e aprimorada. Os recursos de visualização imersivos da ELEVEN serão integrados à oferta e elementos da proposta de direitos de longo prazo da ELEVEN serão adicionados à plataforma numa abordagem faseada ao longo dos próximos meses. A oferta de conteúdo será organizada nas três vertentes reveladas, em Agosto, no anúncio da estratégia ELEVEN 2.0 – ELEVEN NEXT, ELEVEN WOMEN e ELEVEN eSPORTS. A plataforma está programada para estar totalmente operacional em 2021.

O novo serviço global da ELEVEN complementará as plataformas regionais da ELEVEN na Europa e na Ásia. A ELEVEN Bélgica, Portugal, Polónia, Itália, Taiwan, Mianmar (MySports) e Japão continuarão a servir os fãs locais diretamente com o melhor desporto e entretenimento ao vivo.

A MyCujoo também lançou recentemente o MyCujoo Live Services (MCLS), que permanecerá como entidade separada dentro do Grupo ELEVEN. O MCLS é um serviço único de streaming end-to-end que oferece incomparáveis experiências de visualização ​​aos fãs e atraiu um interesse significativo no mercado de grandes detentores de direitos musicais e desportivos em todo o mundo. Uma solução robusta e altamente expansível para criadores de conteúdo que procuram transmitir e desbloquear o valor de seu conteúdo. A tecnologia flexível de streaming e as ferramentas já permitem ​​ fornecer transmissões para uma variedade de conteúdos, incluindo o Brasileirão Série A. O MCLS será vai ser capaz de capacitar os criadores de conteúdos, em todos os níveis e tamanhos, para entregar vídeo ao vivo para os seus próprios públicos, onde quer que se encontrem.

@ https://news.elevensports.pt/2020/11/09/eleven-completa-a-aquisicao-da-mycujoo/

segundo noticia da própria eleven sports vai ser isto que ai pudeste ler...
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(S)oon(C)hampion(B)raga

será Dion McGhee um produto do scouting do SCBraga?? ou será mais 1 do carrocel mendes que veio cá parar?? ao que parece o rangers também estava interessado em contrata-lo
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(S)oon(C)hampion(B)raga

será que o scoutting do clube... ss é que ele existe... está de olho no novo Paulinho??

e quem é esse podem perguntar vocês... é o Paulinho como podemos ver no vídeo que se segue...

https://youtu.be/8j8I819SgwM
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Viriato

Estava, mas agora puseste aqui e os outros clubes já sabem todos

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: Viriato on 05 de February de 2021, 02:29
Estava, mas agora puseste aqui e os outros clubes já sabem todos

com calma... eu até já ouvi que ele já está apalavrada para a próxima temporada 😜😜😜😜

mas também sem stresses pois temos o Yan e o falé prontos para serem lançados na próxima temporada no plantel principal
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(S)oon(C)hampion(B)raga

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(S)oon(C)hampion(B)raga

Scouting, a arte de bem observar

O que é e para que serve o 'scouting'? Do que andam os clubes à procura e que desafios enfrenta a área? O JPN recolheu os testemunhos de vários profissionais que passaram há uma semana pelo World Scouting Congress, no Porto, para responder a estas e outras questões.

Com a constante evolução que o futebol tem vindo a registar e com a intensa competitividade entre as equipas, torna-se fundamental, sobretudo no contexto das estruturas profissionais, uma preparação mais eficaz para as competições em que estão envolvidas.

O scouting, na expressão inglesa, afigura-se decisivo neste contexto, pelo que se tornou, há alguns anos já, uma das ferramentas mais importantes no universo futebolístico. Nos dias de hoje, qualquer clube com aspirações de se afirmar na alta roda do futebol sente a necessidade de uma boa articulação entre o departamento de scouting e as restantes estruturas do clube, ideia evidenciada pela forte representação de clubes de dimensões tão distintas quanto o UD Oliveirense ou o Liverpool FC, no World Scouting Congress, que decorreu há uma semana no Porto.

Importa, assim, ter em mente do que é que estamos a falar, concetualmente. O scouting pode ser subdividido em três vertentes: a prospeção de jogadores, a observação dos adversários e ainda a observação da formação da "casa". Assim sendo, podemos dividi-lo em dois departamentos: o scouting de jogadores, que tenta providenciar, aos clubes, novos talentos por lapidar, que se possam afirmar como mais-valias e bons ativos; e o scouting tático, levado a cabo por uma equipa especializada que procede à elaboração de uma rigorosa análise de futuros adversários, recolhendo toda a informação e todos os comportamentos dessa equipa para, futuramente, fazer um relatório detalhado para ser entregue à equipa técnica.

Esta informação fornecida pelos analistas reveste-se de uma importância fulcral, pois ajudará a prever o rendimento dos oponentes e adequar as metodologias de treino.

A análise à própria equipa é, igualmente, um conceito-chave para um melhor entendimento do jogo e de tudo o que se desenrola dentro das quatro linhas. Todo este trabalho por detrás da equipa técnica permite que esta identifique de forma mais clara os pontos fortes e fracos da equipa que orienta, desenvolvendo o que de bem se pôs em prática, enquanto se corrigem os aspetos menos positivos.

Esta ideia foi abordada por Daniel Barreira, scout do FC Barcelona, durante uma conferência do WSC, onde este referiu que há um conjunto de etapas levadas a cabo pelos analistas durante o exercício da sua função, passando, essencialmente, por um processo de desempenho, observação, registo, análise, interpretação e transmissão da informação.

O que procura o scout
Focando no processo de recrutamento propriamente dito, este encontra as suas raízes em Inglaterra, diz-nos Sandro Orlandelli, um dos oradores do WSC. O chief scout do Manchester United para a América do Sul, em conversa com o JPN no WSC, afirmou que o facto da modalidade ter sido criada no país britânico, impulsionou o surgimento dos departamentos de scouting no país, que se destacam por sempre terem estado à frente da concorrência no que diz respeito à identificação do perfil de um jogador.

Atendendo ao desenvolvimento que o futebol tem sofrido, tornando-se, crescentemente, num negócio bastante rentável, e ao facto de o número de praticantes ter aumentado de forma exponencial, o papel dos scouts sai reforçado, no que concerne à identificação de talentos.

É necessária a realização de processos de filtragem na escolha do jogador mais indicado para certo clube pois, enquanto que, para o comum adepto um jogador talentoso se distingue por ser dotado tecnicamente, os clubes analisam este prisma com outra profundidade.

Há ainda outro aspeto a ter em conta. Daniel Barreira, que além de scout do Barcelona é também professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), diz-nos que um jogador com fraca formação dificilmente se vai evidenciar. O orador que abriu o WSC no dia 12 de novembro afirma ainda que para os scouts "não se trata de descobrir jogadores", mas sim de identificar o jogador certo para o contexto pretendido.

Sem descurar as qualidades técnicas do atleta, os observadores têm de conjugar esse fator com as características de jogo dos treinadores a quem reportam. Consideram, por isso, de grande importância o estreitamento das relações entre a equipa técnica e a de scouting, como forma de promover uma harmonia nas tomadas de decisão. Este pensamento foi largamente defendido no congresso, que decorreu entre os dias 12 e 13 de novembro.

Desafios do scouting
Foi referido por vários oradores como sendo o principal desafio do scouting nos dias de hoje. José Gomes, que entretanto foi contratado para ser o novo treinador do CS Marítimo, realça este como um grande problema neste momento em Inglaterra.

O treinador português, depois da sua experiência como treinador do Reading FC, declarou que, com o aumento de investidores estrangeiros nos clubes britânicos, a opinião dos treinadores e scouts têm por vezes muito pouca influência. Deu o exemplo de uma vez que pediu ao dono do clube um central rápido, com boa saída de bola. Ao contrário, foi contratado um jogador que era lento e fraco com a bola nos pés.

Em conversa com o JPN, José Gomes comparou a experiência que teve em Inglaterra com a de Portugal, no Rio Ave. Afirmou que "ambas [equipas de scouting] trabalham muitíssimo bem", mas que a relação entre o trabalho dos departamentos era melhor no Rio Ave. José Gomes é da opinião que por vezes a diferença não vem da qualidade dos relatórios ou de quem os faz, mas sim da capacidade de comunicação entre o treinador e quem toma as decisões finais.

Sandro Orlandelli não concorda inteiramente. Apesar de referir que a comuniação é importante, na opinião do scout, o maior desafio dos departamentos de recrutamento continua a ser "descobrir os jogadores antes do rival". Afirma ainda que o scouting na Inglaterra tem sofrido uma evolução nos últimos anos, mesmo com a ascensão de proprietários oriundos de outros países.

No que diz respeito a Portugal, o consenso entre os especialistas é que o aproveitamento do scouting tem vindo a melhorar. André Vilas Boas, diretor desportivo do Rio Ave, afirma que o scouting é fundamental hoje porque permite aos clubes decidir exatamente que tipo de jogador querem. Refere que antigamente "vivia-se muito daquilo que os empresários traziam, muitas vezes sem nenhuma filtragem", mas que neste momento já não é assim.

José Leite, do departamento de comunicação e marketing do UD Oliveirense, refere que "desde que [o scouting] evoluiu mudou-se muito a perspetiva com que se vê futebol". No caso específico do seu clube, diz que não podem ter um departamento como um clube grande, mas que podem aproveitar o scouting como forma de servir esses clubes de maior dimensões, que têm, de facto, recursos financeiros para investir, ao contrário dos clubes de menor dimensão, que "se encontram na ponta do iceberg do investimento".

Quanto a Vitor Matos, questionado sobre o modus operandi do departamento de scouting no Liverpool, argumenta que conjugam a análise estatística, considerada imprescindível, com a experiência empírica, de ir ao terreno e observar determinado atleta. Destaca que quanto mais informação um clube tiver, melhor se posicionará: a questão é saber o que fazer com esses dados. Destaca que será sempre positiva se a souberem "interpretar e utilizar naquilo que é a sua ideia para o jogador, para o treino ou até mesmo para o scout em si. "

Vitor Matos considera ainda que a profissionalização desta área, nos últimos anos, nas suas três vertentes, tem contribuído de forma significativa para o desenvolvimento da modalidade.

O JPN falou ainda com uma cara bem conhecida do futebol português, Luís Campos. O diretor desportivo do Lille, que já passou por Real Madrid e Mónaco, considera que a relação que se estabelece com o departamento de prospeção de jogadores varia de clube para clube. Na sua opinião, no clube madrileno essa relação não é tão aprofundada quando comparada com o contexto que encontrou em território gaulês. A razão? "O número significativo de jogadores que partem e de jogadores que chegam anualmente" tanto no clube monegasco como no clube do Norte de França.

Em suma, o trabalho dos scouts, embora invisível, é de extrema importância, e afigura-se como um complemento estratégico determinante para a vitalidade e sustentabilidade de qualquer clube, ainda para mais no contexto do futebol moderno, visto como um negócio, gerador de milhões.

@ https://www.jpn.up.pt/2019/11/21/scouting-a-arte-de-bem-observar/
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(S)oon(C)hampion(B)raga

Os princípios de scouting de Luís Campos para encontrar jovens craques
Entrevista do Maisfutebol a Luís Campos, diretor desportivo do Lille, que fala de como trabalha, de como se organiza e do que sente que é preciso para se trabalhar nesta área

Luís Campos deu nas vistas no Mónaco com vendas de quase mil milhões de euros e agora tenta fazer o mesmo no Lille. Na última época vendeu Pélé por 80 milhões de euros, depois de o contratar por 8 milhões. Em entrevista ao Maisfutebol explica como faz para eleger o reforço que acredita ser o tal: como ele trabalha, como se organiza, qual é o seu modelo de scouting e do que sente que é preciso para se poder trabalhar nesta área. Por fim, e apesar de ter sete scouts a trabalhar para ele, garante que nenhuma decisão é tomada sem ele próprio ver o jogador várias vezes em ação.

Um processo de contratação de um jogador tem muitos passos até de facto se fazer a contratação?


Sim, é um processo complexo. Afinei esta minha veia para a área do scouting quando comecei a trabalhar no Real Madrid, com José Mourinho. Fui desenvolvendo a minha própria base de dados e o Mónaco foi a minha caixa de pandora, onde pude colocar em prática todo o manancial de informações que eu tinha e onde me fui desenvolvendo cada vez mais.

Geralmente por onde começa?

Há passos extremamente importantes. Não é difícil ser scout. Se eu for ao futebol com um dos meus irmãos, porque gostam de futebol, eles vão conseguir dizer-me se um jogador é bom ou não. Ainda para mais hoje existem aplicações que nos dão todos os dados estatísticos dos jogadores, existem aplicações que nos dão imagens vídeo dos jogadores, por isso não é difícil. Mas é preciso gostar de futebol. Viajar, ver, observar, ler, estudar as estatísticas e utilizar os algoritmos ajuda imenso na primeira fase. Depois, o que faz a diferença para mim, tem a ver com avaliar e projetar um jogador dentro do nosso próprio clube. Às vezes vejo um jogo e não é aquele jogador que está a fazer vibrar toda a gente que me interessa. Construir uma equipa é conseguir fazer que os jogadores combinem entre eles, fazer com que se liguem. Por isso é preciso avaliar e projetar os jogadores no nosso puzzle. A peça tem de chegar lá e fazer clique. E isso já não é para todos.

É preciso um talento especial?


É preciso conhecer muito bem o país, o a região, o clube, o modelo do nosso treinador, o estilo de jogo da equipa. Por exemplo é impossível contratar um lateral direito sem perceber o ala direito, o central pela direita e o médio pela direita que jogam na nossa equipa. Depois há um último passo que tem tanta importância como este: podem escolher a peça certa, mas se não criarmos um clima ou condições para estes jogadores jogarem e se exprimirem, não valeu a pena todo o trabalho. Muitas vezes há bons jogadores mal projetados no contexto da equipa para onde vai. E muitas vezes o clube não cria condições para que o jogador possa se exprimir. Existem três velocidades: a velocidade de adaptação – chegar e ter capacidade de se adaptar -, a velocidade de maturação – há jogadores que amadurecem muito mais depressa e por vezes é preciso esperar pela maturação -, e por fim a velocidade da oportunidade: muitas vezes contratamos um jogador para ser número dois naquela posição e ele afirma-se rapidamente, ou o contrário, que também acontece.

Depois o seu modelo de scouting tem vários planteis de possíveis contratações, não é?

Fui criando o meu próprio modelo de scouting. Não gosto de scouting locais, gosto de scouting universais, porque o mundo tem-se tornado cada vez maior e o futebol não fugiu à globalização. Se vamos discutir um lateral direito, e vamos imaginar que é espanhol, todos os meus sete scouts têm de não só de conhecer as estatísticas dele e vê-lo inúmeros vezes em vídeo, como de ir vê-lo várias vezes ao vivo e dar um veredicto se é ou não o jogador que procuramos. Eu utilizo o método comparativo: o scout tem de comparar esse jogador com outro que viu em Portugal, em França, no Mali, no Brasil ou na Noruega. Os meus scouts são obrigados a viajar imenso e têm que mudar de zona quase mensalmente para que possam conhecer outro tipo de jogadores.

E os planteis de reforços como funcionam?

Como diretor desportivo tenho de ter várias soluções. Porquê? Porque mais uma vez entra o fator económico. Todos gostávamos de contratar só jogadores de quinze, vinte e trinta milhões. Mas se o meu presidente me diz que só tenho trinta milhões para investir no mercado todo, só tenho trinta milhões. Se um ponta de lança me custa dez milhões, sobram-me vinte milhões para os outros jogadores todos. E já não posso comprar o guarda-redes que custa dez milhões. Por isso crio com os meus scouts lista de nove jogadores por posição: três jogadores de zero a três milhões, três jogadores de três a seis milhões e três jogadores de seis a dez milhões. Isto porque o nosso gap de contratações geralmente vai do zero a dez milhões. Portanto fazemos uma lista de nove jogadores por posição, que no final da época discutimos com o treinador e com o presidente, para que possamos tomar a melhor decisão desportiva, mas também económica, para que possamos manter o Lille um clube estável e financeiramente equilibrado.

E nenhuma contratação é feita sem que o Luís Campos observe esse jogador ao vivo, não é?

Sim. Eu uso muito o fast scouting: tenho gente que trabalha comigo que só faz análises rápidas, para que o funil vá começando a selecionar. Depois os meus scouts afunilam ainda mais e, portanto, sou um privilegiado: vou ao trabalho destes, sem eles saberem quais foram os outros jogadores indicados pelos outros scouts, porque nunca sabem, acabo por, através do método comparativo, porque todos observaram os mesmos jogadores, chegar ao jogador correto. Depois vou ver ao vivo e analisar se é a peça correta, se é a peça que faz o clique no nosso puzzle. Não colocando nunca em causa o futuro do clube do ponto de vista económico.

É muito difícil aturar, entre parêntesis, os empresários sempre a tentar vender os jogadores deles?

Não, faz parte. Os empresários tentam vender sempre os jogadores deles como sendo os melhores. Às vezes têm razão, outras vezes não têm.

E é importante dar-se bem com os empresários?

Claro que sim, claro que sim. Os empresários acabaram por se tornar peças importantes e que nos ajudam muitas vezes a tomar as melhores decisões. Eu não olho para os empresários como inimigos. Os empresários defendem os direitos dos jogadores, o que é normal. Os jogadores têm direitos e quando assinam com um empresário é para este defender os direitos deles. É normal que eu me relacione bem, os trate bem, os considere e os ouça, até para eles me darem boas informações. E bons preços.

Acredita que pode fazer no Lille o que fez no Mónaco, sendo campeão?

Quando o Mónaco foi campeão o PSG já era forte. Mas acho que a equipa atual do PSG é a que tem o plantel mais forte de sempre. Por isso existe uma grande diferença no budget que o PSG e o Lille têm. O ano passado ser segundo na liga francesa foi quase como ser primeiro, e ainda conseguimos ganhar por 5-1 ao PSG. Porque eles são de facto uma equipa extraordinária, um clube enorme e para o Lille ser campeão teriam de estar reunidas condições extraordinárias, como aconteceu no ano em que o Mónaco foi campeão.

@ https://maisfutebol.iol.pt/entrevista/internacional/os-principios-de-scouting-de-luis-campos-para-encontrar-jovens-craques
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

(S)oon(C)hampion(B)raga

Em meio à pandemia, profissionais de scout buscam jogadores cada vez mais jovens no Brasil
Clubes dedicam maior atenção a jogadores da base para evitar grandes investimentos em reforços em período atípico, que trouxe diversas dificuldades financeiras...

ler o restante da noticia @ https://www.agazeta.com.br/esportes/futebol/em-meio-a-pandemia-profissionais-de-scout-buscam-jogadores-cada-vez-mais-jovens-no-brasil-1020
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

(S)oon(C)hampion(B)raga

O que é o scouting? E quais as funções de um scout?

Hoje em dia e cada vez mais no futebol, as equipas necessitam de ter um departamento de scouting...  um departamento que consiga trabalhar a informação e torna-la rápida e precisa. Mas afinal de contas o que é isto do scouting?

Vamos explicar de uma forma resumida e fácil de perceber.

O scouting é a procura activa da prospecção de jogadores ou o conhecimento de tácticas do adversário. O scouting está dividido por dois departamentos: o scouting de jogadores, e o scouting táctico. De destacar que ambos os departamentos trabalham sempre em conformidade com o director desportivo e equipa técnica.

O que é o departamento scouting de Jogadores?

Primeiro os scouts têm que saber o que procurar e ir ao encontro das necessidades do plantel. Após a recolha e análise de informação, o director do departamento faz um relatório dos jogadores e faz chegar esta informação ao director desportivo e ao "mister", que depois de analisar os diversos jogadores avança para a sua contratação.

Em equipas com orçamentos elevados é possível fazer a prospecção de jovens jogadores para as suas academias de formação, e fazer prospecção de jogadores para o plantel sénior. Estas equipas conseguem ter uma rede de "scouts" muito elevada, e conseguem trabalhar e analisar o mundo inteiro.

Equipas com orçamentos mais baixos, limitam-se a analisar a zona do país em que estão inseridos ou analisar e observar o país a que pertencem.



O que é o departamento Scouting Táctico

Este departamento destina-se à observação e recolha de informação relativa às tácticas do adversário. O trabalho dos scouts tácticos é deslocarem-se aos estádios em dias de jogo, e analisarem antecipadamente o adversário da sua equipa. Recolhem toda a informação táctica, todos os comportamentos dessa equipa, esquemas tácticos, bolas paradas, pontos forte e fracos, avaliam os jogadores dessa equipa e caracterizam cada jogador. Depois de recolhida essa informação, vão trabalhá-la e fazer um relatório detalhado de toda a informação para entregar ao "mister".

Este departamento é muito importante em qualquer equipa, poupa tempo e trabalho ao treinador, o que permite que o mesmo se preocupe só em trabalho de campo e trabalhar em função da maneira de jogar do adversário. Desta forma é mais fácil trabalhar ao longo da semana para anular os pontos fortes do adversário e melhorar os pontos fortes da sua equipa.

Este trabalho é um pouco invisível para o público do futebol, que não "estando à vista", não deixa de ser fundamental para os clubes e para o seu sucesso a curto e longo prazo.

@ https://oambidestro.pt/2017/10/12/scouting-e-scouts/
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