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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 01/04

Started by Bruno3429, 01 de April de 2018, 08:39

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Bruno3429

Crónica: Raúl Silva cobrou dentro de campo
Joana Russo Belo

SC Braga a um ponto do terceiro lugar. Arsenalistas venceram o Sporting, numa semana marcada por fogo cruzado entre os dois clubes, com um golo épico de Raúl Silva, ao cair do pano, depois de um golo mal anulado pelo VAR na primeira parte.

Olhos postos no pódio, agora a um ponto de distância. Um cabeceamento de Raúl Silva num final épico ditou o triunfo do SC Braga no escaldante duelo com o Sporting, da 28.ª jornada da I Liga. Série de sete triunfos consecutivos embala os guerreiros para o pódio, num triunfo ainda mais especial depois de uma semana marcada pelo fogo cruzado entre as direcções dos dois clubes, entre cobranças e dívidas relativas a negócio de jogadores. Abel Ferreira tinha dito que a resposta ia ser dada dentro das quatro linhas e nem com o árbitro Luís Godinho a ter interferência no desenrolar do jogo - anulou um golo limpo - os guerreiros mostraram alma imensa. Raúl Silva cobrou em campo e fez vibrar a família arsenalista.

O jogo começou com nota mais para o Sporting. A equipa leonina apareceu com mais liberdade nos flancos, perante um SC Braga na expectativa e com dificuldades no primeiro momento de organização de jogo. Apesar da pressão, os leões não aproveitaram um mau passe de Matheus e a escorregadela de André Horta, com Bas Dost a servir mal Bryan Ruiz. Pouco depois, Bas Dost a não chegar a um cruzamento de Acuña.
Depois de algumas perdas de bola a meio-campo, os guerreiros reorganizaram-se e cresceram a partir dos 20 minutos, altura em que um cruzamento de Esgaio não teve o melhor seguimento, com Paulinho a falhar por pouco o desvio. Com mais posse de bola, o SC Braga ajustou posicionamentos e dominou, por completo, até ao final da primeira parte. Wilson Eduardo teve nos pés uma excelente ocasião, após desentendimento entre Mathieu e Rui Patrício, mas, já com pouco ângulo, atirou às malhas laterais.

André Horta tentou a sorte, mas o tiro saiu ao lado, e Wilson também rematou por cima, confirmando o sinal mais dos arsenalistas, que só não foram em vantagem para o intervalo, porque Luís Godinho decidiu ser o protagonista, ao anular o golo do SC Braga, já em cima dos 45 minutos, num auto-golo de Mathieu. Decisão polémica a incendiar a pedreira. Houve festejos dos bracarenses, mas o árbitro decidiu consultar o VAR e anulou o golo, por suposta falta de Paulinho sobre Gelson, no início da jogada. As imagens comprovam que não houve falta...má decisão de Luís Godinho, num lance em que até parece preceder de uma falta para penálti.

A decisão parece ter tido efeito positivo nos arsenalistas, que, inconformados com a recta final da primeira parte, entraram a todo o gás no segundo tempo, numa superioridade a justificar outro resultado que não a igualda- de a zero, tal o controlo emocional e a postura em campo. O domínio acentuava-se e as oportunidades também: Paulinho viu Coentrão cortar um remate, na sequência de um livre lateral, e André Horta atirou a rasar o poste. Já com Dyego Sousa em campo, os guerreiros reforçaram a estratégia ofensiva e, aos 82 minutos, uma jogada do avançado só não deu em golo, porque Esgaio e Horta ficaram a milímetros do desvio.

a descobriu o caminho para o golo, num cabeceamento certeiro para o fundo das redes, na sequência de um livre e passe de Vukcevic. Foi o sexto golo do central bracarense e a explosão nas bancadas. Lágrimas do central expressavam a felicidade de um SC Braga de raça.

Abel Ferreira: "Fizemos um jogo inteligente a controlar o adversário"
Carlos Costinha Sousa

Um técnico satisfeito por ter visto a vitória da sua equipa, mas principalmente por ter visto que a estratégia montada para o jogo e a exibição produzida foi de encontro ao que era esperado.

O segredo da vitória é fácil de perceber. Tem muito a ver com a filosofia de jogo, a forma solidária de jogar. Assenta sobretudo em princípios colectivos. A equi-pa sabe o que tem que fazer com e sem bola. Fomos muito astutos em deixar o adversário querer gostar do jogo nos primeiro 20/25 minutos. Já tinha dito que o jogo com o Marselha teria que ser uma lição. Fizemos um início de jogo muito inteligente, a controlar o adversário, começou por referir Abel Ferreira, explicando como os bracarenses conquistaram a vitória.

Mais uma vez, na opinião do técnico, os bracarenses foram fiéis à nossa forma de jogar com bola. Fizemos uma grande segunda parte. Como sempre, jogámos do primeiro ao último segundo para ganhar. Não vamos vencer sempre, mas vamos jogar sempre para vencer, disso podem ter a certeza. A responsabilidade da equipa é a mesma: é querer vencer sempre em todos os jogos.

E Abel Ferreira fez questão de reforçar a ideia de que o SC Braga continua, de forma coerente, a percorrer o seu caminho, rumo aos seus objectivos e com um espírito de grupo enorme, como tem sido sempre: nós, Braga, temos sido sempre coerentes com o que fazemos e dizemos. E vamos continuar a fazê-lo. Se quiserem saber qual o espírito da nossa equipa, basta ouvir com atenção as declarações do Raul Silva no final do jogo.

O técnico voltou também a abordar o equilíbrio que a equipa demonstra sempre: neste momento temos 90 golos marcados e 49 sofridos, temos 13 golos feitos nos primeiros 15 minutos, cinco golos feitos a meio da primeira parte, 21 golos feitos no último terço da primeira parte. E temos 28 golos feitos dos 76 aos 90 minutos. E temos 39 golos feitos em processo ofensivo, 22 em transição ofensiva e hoje [ontem] fizemos o 28 golo em esquemas tácticos ofensivos. Isto demonstra bem o equilíbrio da nossa equipa. É uma equipa que sabe jogar bem nos seis mo

António Salvador: "Nunca lutes com um porco..."
Joana Russo Belo

António Salvador cita Prémio Nobel da Literatura, Bernard Shaw, para responder a Bruno de Car-valho, na sequência dos ataques do presidente do Sporting, numa semana tensa entre os dois clubes.

Foi com recurso a um Prémio Nobel da Literatura que António Salvador respondeu a Bruno de Carvalho, numa semana de fogo intenso entre a SAD do SC Braga e do Sporting. Entre troca de comunicados e insultos por parte do presidente leonino - que usou as redes sociais para chamar labrego, trolha e aldrabão a Salvador - a resposta do SC Braga surgiu dentro de campo, com o triunfo no jogo de ontem, e no final do encontro, na zona mista do Estádio Municipal.

Há questões que não vale a pena falar mais, já se falou demais. Vou citar o romancista irlandês, que em 1925 ganhou o Prémio Nobel da Literatura, Bernard Shaw, que dizia: nunca lutes com um porco, em primeiro lugar ficas sujo e segundo o porco gosta que lutes com ele, sublinhou aos jornalistas, quando questionado sobre o clima tenso vivido na última semana entre os dois clubes.

António Salvador revelou não ter encontrado Bruno de Carvalho na zona dos camarotes: encontrei outras pessoas no camarote, onde foram bem recebidas, ao contrário do que foi noticiado durante a semana. O SC Braga é um clube que sabe receber bem as pessoas, não confunde o que é o clube, instituição, massa adepta e dirigentes.

Quanto à luta pelo pódio e triunfo, sempre dissemos que o importante é o nosso jogo, independentemente de ser o Sporting ou quem quer que seja.

Em cada jogo que entramos é sempre para ganhar, sempre dissemos isso desde a primeira hora. Há muito tempo que dizemos que cada jogo é uma final, portanto, esta foi mais uma final num jogo disputado entre duas grandes equipas, dois grandes clubes, uma massa adepta do SC Braga fantástica, estiveram incansáveis do princípio ao fim, e entre dois grandes treinadores portugueses. Um mais jovem, que tenho a certeza vai ser dos grandes treinadores de futuro do futebol português, e outro o treinador que é talvez o mais experiente deste campeonato, que já passou por este clube e foi muito feliz aqui. Ganhou o meu primeiro troféu como presidente do SC Braga, a Taça Intertoto, continuou a ganhar depois no outro clube e, nos últimos anos, não tem ganho, porque, provavelmente, não tem tido a tranquilidade necessária dentro do clube para vencer, referiu António Salvador.

Correio do Minho

Bruno3429

Gverreiros 'tombam' leão e já cheiram o pódio

O pódio da Liga NOS ficou, em véspera de Páscoa, mais perto para o SC Braga. A equipa de Abel Ferreira falou bem mais alto dentro de campo e somou – com indiscutível justiça – a sétima vitória consecutiva no campeonato.

Tal como havia sido vaticinado, assistiu-se a uma grande promoção da Liga NOS. O Sporting CP entrou melhor no encontro e proporcionou alguns calafrios à defensiva bracarense durante os primeiros 25 minutos. Contudo, colocando de lado toda uma tensão inicial, o SC Braga foi capaz de ter mais bola e produzir o futebol apoiado que lhe é característico. O primeiro aviso surgiu dos pés de Wilson Eduardo, mas o maior freesom deu-se quando Esgaio introduziu – de forma absolutamente legal – a bola na baliza e deu – por escassos minutos – vantagem ao SC Braga. Contudo, após consultar o VAR, Luís Godinho invalidou de forma incompreensível o tento bracarense por falta inexistente de Paulinho sobre Gelson.

A injustiça teve o condão de espicaçar o SC Braga para o segundo tempo, período que dominou praticamente por inteiro. Os ataques perigosos pertenceram na sua maioria à equipa de Abel Ferreira, que ficou a dever a si mesma chegar à vantagem mais cedo. Porém, já depois de Piccini ter visto o segundo amarelo e consequente vermelho, o golo surgiu a três minutos do noventa pelo inevitável Raul Silva. Contas feitas, explosão em tons de vermelho e branco e o pódio cada vez mais perto dos Gverreiros do Minho.

Abel Ferreira: "Fizemos um jogo inteligente"

Abel Ferreira, após a vitória frente ao Sporting CP, mostrou-se naturalmente satisfeito com o rendimento dos seus jogadores dentro das quatro linhas e afirmou que esta vitória é 'inteiramente justa'. Questionado sobre o segredo para esta conquista do SC Braga, o técnico salientou o espírito solidário e a determinação de todos os atletas em cumprir a filosofia de jogo da equipa.

Segredo para esta vitória do SC Braga: "O segredo é fácil de perceber. Tem muito a ver com a nossa forma solidária de jogar, com a nossa filosofia de jogar. A equipa sabe o que tem de fazer com bola e sem bola, fomos astutos nos primeiros minutos deixando o adversário querer gostar do jogo. Sempre vos disse que o jogo em Marselha teria de nos servir de lição. Fizemos um jogo inteligente nos primeiros vinte minutos. A partir daí tomamos conta do jogo, estou em crer que fizemos uma grande segunda parte. Parece-me uma vitória inteiramente justa".

O pódio mais perto: "É muito melhor ficar em terceiro do que em quarto, mas mais do que isso importa pensar em tudo o que fizemos aqui. Fizemos o que sempre fazemos, analisar o jogo e ver as coisas boas e menos boas que fizemos. Jogar do primeiro ao último segundo para vencer, aquilo que temos feito em todos os jogos. Não vamos vencer sempre, mas vamos jogar sempre para vencer".

Estratégia de jogo na segunda parte: "A verdade é que na segunda parte estávamos por cima no jogo, tivemos bola, fomos capazes de ser fieis à nossa identidade. Precisamos mais de referência, sabíamos que o Dyego Sousa nos ia dar chegada à área e foi por isso que eu decidi trocar. Após a expulsão decidimos largar o Marcelo no corredor. Foi o que fizemos, a nossa equipa estava por cima".

'Bês' com fibra garante um ponto

O SC Braga B empatou, este sábado, a uma bola na visita ao terreno do Varzim SC. Jogando mais de uma hora com dez elementos, a equipa de Wender Said demonstração qualidade, união e muito, muito coração.

Na Póvoa de Varzim assistiu-se a um jogo tremendamente equilibrado, o que acabou por não permitir grandes situações a qualquer uma das equipas. O Varzim SC chegou à vantagem através da marca de grande penalidade, após mão na bola de Lucas, que viu o vermelho direto.

Jogando mais de uma hora com dez elementos, a equipa de Wender Said deu uma enorme resposta no segundo tempo. Mesmo em inferioridade numérica, foi capaz de ter bola e empurrar o adversário para o seu último terço. De tanto procurar o SC Braga B acabou mesmo por chegar ao empate, após uma grande jogada coletiva concretizada por Denisson. Até final, Luther Singh esteve perto de oferecer vantagem ao conjunto bracarense, mas encontrou em Paulo Victor um adversário difícil de bater.

SCBraga

Bruno3429

Resultado final: SC Braga-Sporting, 1-0

Os minhotos aproximaram-se dos leões na tabela classificativa da Liga

O Sporting foi derrotado na deslocação ao recinto do SC Braga por 1-0 na 28ª jornada da Liga. Raúl Silva, já perto dos minutos finais, foi o autor do único golo de um jogo que teve polémica, golos anulados e expulsões.

O SC Braga até enviou uma bola para o fundo das redes leoninas quando Mathieu fez um autogolo em cima do final da primeira parte, mas a jogada foi anulada depois de Luís Godinho, com recurso ao vídeo-árbitro, assinalar uma falta de Paulinho sobre Gelson. Mais tarde, Piccini expulso por acumulação de cartões amarelos aos 83' e, já com mais um jogador em campo, o SC Braga chegou ao golo aos 87' por intermédio de Raúl Silva.

Fim da linha para uma equipa que ataca pouco e mal

O Sporting entrou afoito, mas durou pouco. A segunda parte foi o espelho da temporada
O jogo de hoje foi o espelho da temporada. O Sporting ataca pouco e do pouco que ataca raramente ataca bem. O jogo ofensivo dos leões é fraco, sobretudo contra equipas que obrigam o conjunto leonino a passar largos momentos do jogo longe da baliza adversária. Foi assim sempre que jogou com os restantes grandes, foi assim nas duas partidas com o SC Braga e foi assim nos jogos com FC Barcelona e Juventus. Hoje, mais uma vez, o Sporting viveu das investidas (sempre estéreis) de Gelson Martins e de Bruno Fernandes e da esperança que uma qualquer bola surja entre Dost e a baliza, mas só assim, porque pedir mais do que isto ao prolífero goleador holandês é meio caminho andado para o insucesso.

O SC Braga sobreviveu aos minutos iniciais do Sporting e à vista grossa que Luís Godinho fez no lance - e depois às imagens do vídeo-árbitro - em que Matheus quase partiu a perna de Bas Dost. A equipa de Abel Ferreira tardou em perceber as dinâmicas do triângulo de centro-campistas do Sporting (Battaglia, Bryan Ruiz e Bruno Fernandes) e durante a primeira meia-hora de jogo não conseguiu impedir que os leões se abeirassem da baliza de Matheus, mesmo que os verdes-e-brancos não criassem perigo por aí além (excetuando um cabeceamento de Dost que passou perto da baliza minhota).

O que se passou depois dessa primeira hora, em que o SC Braga tardou em adaptar-se ao jogo, foi o mesmo que se passou quando o Sporting jogou frente aos outros grandes sempre que Bas Dost foi titular. Isto que não seja mal interpretado. O holandês é um goleador de primeira água, mas, sendo o único avançado da equipa, limita em demasia as possibilidades e as variantes de jogo que o Sporting pode explorar durante o decorrer das partidas. Já se percebeu que Dost é um jogador de um toque só e tem de estar perto da baliza. Porque passar grande parte do jogo, como o Sporting fez, em colocar a bola na frente para Dost ganhar o duelo no ar e a deixar em Gelson Martins ou Bruno Fernandes é uma estratégia válida, mas não pode ser a única.

Hoje, mais uma vez, Acunã não se viu no plano ofensivo. É um jogador compacto e aguerrido, mas oferece pouca imprevisibilidade às manobras ofensivas do Sporting e na base desta previsibilidade do jogo atacante dos leões está a falta de velocidade. Aconteceu hoje como já havia acontecido em jogos anteriores. Bruno Fernandes é um dos melhores jogadores do campeonato português, mas não é um jogador de velocidade. É sim, um jogador que dá velocidade aos jogadores velozes, pensa em velocidade e tem dificuldade quando os colegas não pensam como ele.

O SC Braga não fez o melhor jogo da época, sejamos sinceros, sobretudo no plano ofensivo, mas foi capaz de empurrar o Sporting para zonas defensivas e percebeu que mantendo o bloco alto, mais dificuldades tinham os leões em criar perigo pelas razões acima referidas. A equipa de Abel Ferreira teve todo o mérito na conquista dos três pontos. Soube jogar com os pontos fracos do adversário e soube os seus. Esperou quando teve de esperar e atacou nos momentos certos, sem grande aparato, é um facto, mas de forma efetiva. 

Para o Sporting, a fraca produção ofensiva no jogo de hoje significou o fim da linha no que à luta pelo título diz respeito. A diferença para os dois rivais é larga e não haverá milagre que valha a Jorge Jesus e companhia.

Abel: "Vitória justa da melhor equipa durante os 90 minutos"

Depois da vitória por 1-0 na receção ao Sporting, Abel Ferreira estava claramente satisfeito e fez a análise à partida. O treinador do SC Braga explicou que os guerreiros foram "astutos" na fase inicial do encontro, quando o Sporting esteve por cima, e que, a partir daí, quem dominou as incidências foi a sua equipa.

"O segredo é fácil de perceber. Já o disse na antevéspera: tem muito que ver com a nossa filosofia de jogo, a nossa forma solidária de jogar. Assenta, acima de tudo, em princípios coletivos. Fomos extremamente astutos naqueles primeiros 20/25 minutos, deixando o adversário dominar. Fizemos um jogo inteligente, a controlar o nosso adversário. Ao contrário do que ouvi, não jogámos num bloco baixo. A partir dos 20/25 minutos tomámos conta do jogo. Fizemos uma grande segunda parte. Parece-me uma vitória inteiramente justa da melhor equipa durante os 90 minutos", frisou Abel na conferência de imprensa após a partida depois de não ter estado presente na zona de entrevistas rápidas por ter sido expulso.

Questionado sobre a possibilidade de ultrapassar o Sporting e terminar o campeonato no terceiro lugar, o técnico dos minhotos admitiu que essa ideia está presente, mas não se focou nela. "É muito melhor ficar em terceiro do que em quarto, mas o importante é pensarmos o que fizemos até aqui. O que fizemos até aqui é o que nos vai levar até maio", disse, deixando ainda uma crítica à comunicação social. "Quando, contra o Feirense ou o Moreirense, tinha aqui três jornalistas, neste jogo tenho aqui 100 e não tinha nenhuma câmara sem ser a do Braga. Nós, Braga, temos sido sempre coerentes com aquilo que fazemos e com aquilo que dizemos."

António Salvador: "Nunca lutes com um porco"
O presidente do SC Braga citou um Nobel da Literatura na zona mista do recinto dos guerreiros

No final da vitória sobre o Sporting (1-0), António Salvador ironizou e citou um escritor vencedor de um Prémio Nobel da Literatura em 1925, George Bernard Shaw.

"Um romancista irlandês, vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 1925, George Bernard Shaw, dizia: 'Nunca lutes com um porco, porque em primeiro ficas sujo, em segundo lugar, o porco gosta que lutes com ele'", disse o presidente bracarense aos jornalistas na zona mista.

António Salvador falou ainda sobre Jorge Jesus e Abel Ferreira, deixando ainda uma provocação a Bruno de Carvalho. "Parabéns aos dois treinadores, que são dois grandes treinadores portugueses. Um mais jovem, muito promissor, que não tenho dúvidas que vai ser um dos futuros do futebol português, e um treinador provavelmente o mais experiente português, que já passou por este clube, que foi muito feliz neste clube, ganhou um primeiro troféu que foi a Taça Intertoto, que continuou a ganhar troféus e que infelizmente não tem ganho aquilo que tanto gostava de ganhar porque provavelmente não tem tido a tranquilidade necessária dentro do clube para poder ganhar."

Bancada.pt

Bruno3429

BRAGA DERROTA O SPORTING
E a Pedreira curvou-se de vez perante o central goleador
Texto por Gaspar Castro

Muitos previram ao longo do jogo um nulo no desfecho, até porque tanto como outra equipa teimavam em não aproveitar as ocasiões concedidas pelo adversário. Mas houve mesmo um Sporting a levar três pontos para casa: não esse, mas o de Braga, o da casa, que deu ao leão uma fresca memória triste de um recinto que ainda num passado recente valeu um troféu para Alvalade.

Poder de fogo em falta

Desde logo, vimos um primeiro tempo de erros mal aproveitados; com intensidade e (algum) bom futebol, mas com fraca definição no último terço. Numa fase inicial era o Braga que mais facilitava na transição e deixava os leões ganharem bolas com demasiada facilidade, mas a ineficácia predominava nos momentos decisivos no ataque.

Sem William Carvalho, lesionado, Jorge Jesus tinha desde logo sido obrigado a fazer ajustes, juntando Bryan Ruiz a Battaglia e Bruno Fernandes na zona central. Na prática, significava isto que o argentino era o elemento fixo no meio-campo defensivo, com o costarriquenho e o português a alternarem entre si no apoio. Quando era Bruno Fernandes a subir, em particular, o perigo pairava às portas da grande área do Braga.

E era assim, com o catalisador Bruno, que o primeiro lance de algum perigo aparecia em Braga, mas Bas Dost, tal como alguns minutos depois servido por Acuña, não conseguiu desviar na direção certa, num lance em que pediu grande penalidade mas Luís Godinho, com recurso ao VAR, discordou. Foi apenas a primeira pequena amostra da influência da nova tecnologia no desenrolar da partida, ali pelo meio de uma fase de ligeira supremacia leonina (sim, ineficaz).

O Sporting de Braga precisava de crescer e foi quando passou a ser o Sporting a errar mais nos passes que a equipa de Abel Ferreira se começou a impor, pela meia hora de jogo. Wilson Eduardo ficou a centésimos de segundo de finalizar bem - em alta velocidade, só conseguiu atirar à malha lateral da baliza que naquele momento não era ocupada por Patrício - mas o grande momento do primeiro tempo foi já perto do recolher aos balneários, e logo depois de um veemente pedido de penálti sobre Ricardo Horta por parte dos adeptos bracarenses.

Cruzamento na esquerda e Mathieu a desviar na direção da própria baliza, com ligeira interferência de Esgaio lá pelo meio: o lance foi confuso, mas levou à erupção das bancadas; uma erupção que pouco durou. O árbitro Luís Godinho foi ao tal pequeno ecrã ali pela zona do meio-campo que tanta discussão tem dado, vislumbrou uma falta de Paulinho sobre Gelson antes do golo e anulou todo o lance. E assim os momentos após o apito para intervalo foram, como seria de prever, quentinhos.

Crescimento recompensado

O crescimento em campo do Braga, que se vislumbrava desde o primeiro tempo, prosseguia no segundo, e o Sporting via-se em apuros. O Braga não se vergava, jogava com ambição, consciente de que nem sempre era possível construir as jogadas conforme desejado do início ao fim mas em constante busca de brechas para ferir o leão.

Ricardo Horta ameaçou de longe - como ia procurando fazer ao longo do jogo -, Paulinho cabeceou para as mãos de Patrício. Os pecados de uns iam ser perdoados por outros e o nulo até se afigurava como desfecho provável, mas um central com veia de goleador quis um desfecho diferente.

Já corria o minuto 87, e já o Sporting jogava reduzido a dez devido à expulsão de Piccini, quando Raúl Silva apareceu no momento certo na sequência de um livre lateral a cabecear para o fundo das redes. Houve consulta ao VAR, como nas ocasiões anteriores, mas desta vez a decisão foi favorável aos da casa, que festejaram um muito saboroso triunfo diante de um dos três grandes.

E é assim, com esta derrota numa altura em que há seis jornadas por jogar, que o Sporting fica ainda mais próximo do adeus ao título. Mais do que isso, vê o Braga ainda mais à espreita do seu lugar no pódio.

A Chave
Minuto 87: Raúl Silva faz explodir o estádio com um cabeceamento certeiro a recompensar o trabalho da sua equipa desde o fim do primeiro tempo.

O Melhor
Crença minhota

Na primeira parte, com as coisas mais equilibradas, as duas equipas trataram de ter o seu melhor momento de forma organizada: começou melhor o Sporting, reagiu bem o Sporting de Braga. No segundo tempo, com uma entrada particularmente forte, o Braga mostrou quase sempre mais acutilância e objetividade no seu jogo, deixando a equipa de Jorge Jesus bem longe da baliza de Matheus.

O Pior
Mexidas erráticas

Vendo a sua equipa com dificuldades no encontro, Jorge Jesus avançou com três mexidas no segundo tempo. Não se pode dizer que as saídas tenham sido mal escolhidas, mas a incapacidade dos jogadores que entraram foi gritante. Rúben e Montero não trouxeram qualidade ao jogo leonino, e a entrada de Wendel, que substituiu...Rúben Ribeiro, foi um tiro ao lado, especialmente tendo em conta a falta de competição do brasileiro.

O Árbitro
Luís Godinho não teve vida fácil em Braga, face às muitas críticas vindas das bancadas. No lance em que estas mais se fizeram ouvir, no lance do golo anulado, parece no mínimo muito forçado o assinalar de falta sobre Gelson Martins.

Sabia que...

3.ª vez na história que o SC Braga conquista 7 vitórias consecutivas:
2009/10
2011/12
2017/18

Sporting nos primeiros 7 jogos fora na Liga: 6V 1E
Sporting nos últimos 7 jogos fora na Liga: 2V 2E 3D

7.ª vitória consecutiva do SC Braga na Liga

Sporting voltou a sofrer fora de casa: é a 15.ª deslocação consecutiva que os leões sofrem sempre, pelo menos, um golo

Abel Ferreira vs Sporting: 4 jogos, 2 vitórias, um empate e uma derrota

Depois de 5 vitórias consecutivas em Braga, o Sporting volta a perder no Municipal bracarense

Abel Ferreira: «É melhor ficar em terceiro do que em quarto...»
TÉCNICO MOSTROU-SE FELIZ PELA VITÓRIA
Texto por Redação

Abel Ferreira mostrou-se feliz pela vitória bracarense na receção ao Sporting. o técnico arsenalista desvalorizou a entrada mais forte do Sporting, destacando a segunda parte de uma equipa que, segundo Abel, ganhou bem.

«Fizemos um jogo inteligente, a controlar o nosso adversário nos primeiros 20 minutos. A partir dos 25 minutos, tomámos conta do jogo, fomos fiéis à nossa forma de jogar. Fizemos uma segunda parte. Uma vitória inteiramente justa da melhor equipa ao longo dos 90 minutos», analisou o timoneiro bracarense, na sala de imprensa do Municipal de Braga, antes de confidenciar: «É melhor ficar em terceiro do que em quarto. Jogar do primeiro até ao último segundo para vencer. Não vamos vencer sempre, mas vamos jogar sempre para vencer.»

O chefe da turma minhota trouxe para a sala de imprensa uma série de dados estatísticos. Abel Ferreira quis, com os números dos golos marcados e sofridos, espelhar uma ideia-chave: equilíbrio.

«A nossa forma de jogar assenta no equilíbrio, na solidariedade. É essa é a nossa forma de estar. Os jogadores sentem que é difícil jogar nesta equipa. Se quiserem saber, ouçam as palavras do Raúl Silva. Aquilo que mais me custa é deixar jogadores de fora, mas estas são as regras», concluiu.

Zerozero

Bruno3429

OS DESTAQUES DA VITÓRIA BRACARENSE
Os ataques ganham jogos, mas este defesa...
Texto por Jorge Ferreira Fernandes

A BRILHAR

Raúl Silva
Obsessão pelo golo

Defensivamente, criou muitas dores de cabeça a Bas Dost, permitindo apenas uma ocasião clara ao holandês. Esteve seguro pelo ar, pelo chão e ainda teve tempo para mostrar consistência e tranquilidade no momento de sair a jogar. Perto do final, bem ao seu jeito, voltou a ser decisivo, evidenciando uma apetência para o golo fora do comum. Cresceu (muito) com Abel.

Ricardo Esgaio
Incansável

Que alma tem este Guerreiro, que demorou pouco a convencer as bancadas do AXA. Na pior fase da sua equipa, deu sempre o corpo às balas, mostrando confiança para enfrentar o rival poderoso. Ofereceu largura e profundidade ao lado direito do ataque bracarense, travando com Fábio Coentrão um duelo bem interessante. Com bola, foi inteligente a gerir os ritmos da sua equipa, provando que é bem mais do que um lateral polivalente. Tem jogado no meio-campo...e bem.

André Horta
Presente

Tal como a sua equipa, no início claudicou. Entrou nervoso, mas, a pouco e pouco, liderou em força a reação bracarense, transportando e distribuindo jogo com fluidez e qualidade. Mostrou confiança no passe longo e ainda tentou a meia distância. Vai ser muito importante na luta pelo pódio, especialmente se continuar a demonstrar este à-vontade em campo.

Sebastián Coates
«No pasa nada»

Fez mais uma exibição sem mácula no centro da defesa leonino. Está a ter uma época regular e provou, mais uma vez, que é um garante de segurança, deixando, em mais do que uma ocasião, a dupla atacante do Braga à beira de um ataque de nervos. Colecionou cortes importantes e tentou sempre levar à sua equipa para a frente, mesmo quando parecia impossível dotar o Leão de criatividade atacante.

Ricardo Horta
Irrequieto

Mais uma exibição positiva do extremo/avançado bracarense. Foi sempre uma dor de cabeça para Piccini, que nunca teve uma noite inteiramente descansada. Mostrou inteligência nos movimentos de fora para dentro, efetuando algumas combinações interessantes que conduziram o jogo do Braga para zonas perigosas. Nunca desistiu do golo e foi incansável no contributo que deu ao seu coletivo. Não picou o ponto, mas deixou a pele em campo...para mister ver.

Bruno Fernandes
Foi Bruno a fogachos

Está a ser uma das unidades em destaque no coletivo leonino durante 2017/2018. O seu futebol ajuda a equipa a estar mais perto do golo, que até poderia ter surgido nos primeiros 20 minutos da partida - o médio ainda teve uma boa oportunidade. Depois disso, caiu a pique, deixando ainda alguns pormenores de classe inegável, especialmente na zona de criação do jogo ofensivo do Sporting. Deu tudo, deixou boa imagem competitiva, mas o rasgo não apareceu. Ainda assim, foi dos melhores...

NO BOLSO

Marcos Acuña
Chegou a entrar?

Na melhor fase do leão, nomeadamente nos primeiros 20 minutos de jogo, ainda teve um par de boas ações, mas a sua exibição caiu na mediocridade. Quando saiu, aos 60 minutos, a sua equipa já desesperava por uma nova unidade, que desse outra frescura e trouxesse outra criatividade. Tarda em ter uma fase verdadeiramente consistente, com o rendimento a oscilar de forma praticamente inevitável.

Paulinho
Sabe fazer (muito) melhor

Noite apagado do avançado do Sporting de Braga, que deixou todas qualidades em casa. Lutou, tentou, mas definiu quase sempre mal. Cada decisão do árbitro foi discutida com veemência pelo dianteiro arsenalista, que não catapultou a revolta para melhorias no jogo jogado. Tentou oferecer mobilidade, mas a noite estava guardada para os colegas de lá mais atrás.

Cristiano Piccini
Que golpe

Para quem tem cartão amarelo, Piccini mostrou pouco controlo sobre a sua agressividade, deixando a sua equipa com menos um jogador na altura decisiva do encontro. Durante a partida, foi uma das unidades menos produtivas do seu coletivo, deixando uma imagem pálida do encontro da Pedreira. Se tivesse permanecido em campo, com a sua equipa a jogar com onze, a história seria igual?

Zerozero

Bruno3429

«RESPONDEMOS EM CAMPO!»

Após a vitória por 1-0, sobre o Sporting, o SC Braga partilhou no Twitter uma mensagem acompanhada com uma foto da equipa. E onde está igualmente António Salvador, presidente bracarense que, recorde-se, durante a semana travou com Bruno de Carvalho, líder dos leões, uma acesa troca de acusações e, até, com insultos por parte do homólogo de Alvalade.

MENSAGEM DE SALVADOR PARA BRUNO DE CARVALHO: «NUNCA LUTES COM UM PORCO»

Embora o presidente do SC Braga, António Salvador, nunca não tenha dito diretamente o nome de Bruno de Carvalho, o dirigente bracarense deixou uma mensagem, na zona mista, depois da sua equipa ter vencido o Sporting, que claramente pode ser entendida como tendo o presidente do Sporting como destinatário.

«Vocês sabem o que aconteceu esta semana... e até vou citar um escritor irlandês, que 1925 ganhou o Prémio Nobel da Literatura, e ele dizia: `Nunca lutes com um porco, porque ficas sujo e ainda por cima o porco gosta`», concluiu o responsável dos guerreiros.

A Bola

Bruno3429

Sp. Braga-Sporting, 1-0 (crónica)
Cobrança de última hora
Bruno José Ferreira

O som da caixa registadora soou perto do fim. Depois de uma semana de faturação intensa, com contas para um lado e para o outro, pedidos de cobrança e alertas de dívidas, a cobrança de última hora de Raúl Silva fez o Sp. Braga pagar em campo (1-0), como se costuma dizer na gíria futebolística.

A disputa entre guerreiros e leões passou, finalmente, para a flor do relvado, o jogo foi intenso e muito disputado, e depois de um início trépido o Sp. Braga puxou da armadura de Guerreiro e construiu um triunfo épico, a poucos instantes dos noventa, depois de uma reta final de encontro de assédio à baliza do leão.

Continua a marcha triunfal dos bracarenses, que somaram o sétimo triunfo consecutivo e conseguem assim aproximarem-se dos leões. Está agora a um ponto o conjunto arsenalista, pondo mais uma pedra nas contas do Sporting no que ao título diz respeito

Em dúvida para o encontro, William acabou por ser baixa confirmada no dia do jogo, obrigando Jorge Jesus a mexer no esqueleto da equipa. Battaglia foi o médio mais posicional no apoio a Bruno Fernandes a Bryan Ruiz, que jogou no lugar de Rúben Ribeiro. No lado do Sp. Braga o técnico Abel Ferreira fez apenas uma alteração, forçada, entregando o lado esquerdo da defesa a Sequeira em virtude da indisponibilidade de Jefferson.

Pratos equilibrados e confusão

Personalizado, o leão entrou com mais afinco na Pedreira. Teve mais bola, organizou melhor as suas peças no tabuleiro e começou por obrigado o Sp. Braga a abdicar da ideologia de jogo. A equipa de Abel teve de correr sem bola, tapar espaços e jogar essencialmente no erro de um Sporting mais forte na fase inicial.

Teve o mérito de se aguentar o Sp. Braga, evitando grandes lances de frisson junto da sua área apesar do maior domínio adversário. Para além desse mérito conseguiu também começar a soltar-se e a espreitar o ataque, acabando por equilibrar os pratos da balança.

Os rasgos de Wilson Eduardo e dos irmãos Horta começaram a esticar o jogo, chegando para contrariar um Sporting demasiado dependente das ideias de Bruno Fernandes. Bryan Ruiz também por lá andou, a tentar usar da sua criatividade, mas foi quase sempre demasiado lento para a intensidade que o jogo pedia.

Bas Dost teve por três ocasiões a bola em carreira de tiro, mas nunca foi servido nas proporções certas para armar o disparo; na outra área Wilson quase aproveitou um desentendimento entre Mathieu e Patrício, atirando às malhas laterais. Pratos equilibrados na balança antes da confusão.

Em cima do intervalo o Sp. Braga marcou mesmo, Mathieu introduziu a bola na própria baliza na sequência de um cruzamento de Ricardo Horta, mas com o recurso ao VAR, vários minutos depois de as redes terem abanado, Luís Godinho anulou o golo. Final de primeira parte tenso na Pedreira.

Guerreiros mais incisivos e cobrança de Raúl Silva

A segunda metade destoou muito da primeira. O Sp. Braga regressou mais forte das cabines, rondou a baliza do leão com várias aproximações capazes de provocar arrepios, mas nunca conseguiu encostar verdadeiramente o adversário às cordas. À exceção dos derradeiros minutos.

Pertenceu claramente ao conjunto de Abel Ferreira a maior dose de audácia. Nunca virou a cara à luta, foi mais equipa e dominou as operações face a um Sporting em queda abrupta de rendimento. Rúben Ribeiro e Montero, o primeiro entrou e saiu em nova substituição, foram apostas de Jesus para tentar dar alento ao ataque, mas ia crescendo a sensação de que apenas um rasgo individual seria capaz de resolver para os de Alvalade.

A oito minutos dos noventa o Sp. Braga traçou o lance mais perigoso de todo o encontro. Jogada em superioridade numérica, Dyego Sousa serviu Esgaio na direita que fez a bola passar entre Patrício e as costas da defesa. Ricardo Horta chegou atrasado por pouco. Lance belo de futebol. No mesmo minuto Piccini foi expulso por acumulação e amarelos e adensou ainda mais a diferença nos instantes finais.

O assédio bracarense deu frutos a três minutos dos noventa, com a Pedreira a eclodir, desta vez a valer, com um golo de Raúl Silva. Lance de bola parada, o central foi mais forte na segunda bola e desfeiteou Patrício.

Triunfo heróico do Sp. Braga, apimentado pela semana de arrufos entre os dois clubes. Nas últimas cinco épocas o Sporting foi feliz na Pedreira, quebrou esse registo e tem também uma quebra que será difícil de digerir na luta pelo primeiro lugar. Vê o Sp. Braga a somar vitória atrás de vitória a ficar a apenas um ponto.

Sp. Braga-Sporting, 1-0 (destaques)
Holofotes da glória em Raúl Silva
Bruno José Ferreira
    
FIGURA: Raúl Silva

O central goleador voltou a chamar a si os holofotes da glória. A três minutos dos noventa fez eclodir a Pedreira com mais um golo de cabeça. Depois de uma exibição irrepreensível nas suas tarefas defensivas, acabando com queixas físicas, o brasileiro ainda arranjou forças para ir à área adversária carimbar os três pontos para a equipa de Abel Ferreira. Nono golo da época de Raúl Silva.

MOMENTO: golo de Raúl Silva (87m)

Lance de bola parada, o esférico é colocada no coração da área onde aparece Vukcevic a ganhar o esférico paras costas da defesa. Em posição frontal à baliza, sem marcação, Raúl Silva fez o que normalmente faz quando vai ao ataque. Cabeceamento para fora do alcance de Patrício e três pontos para o Sp. Braga.

NEGATIVO: tensão ao intervalo

Com o jogo a chegar quente ao intervalo, depois de o árbitro Luís Godinho anular o golo ao Sp. Braga com recurso ao VAR, o período de descanso foi tenso. Pelo menos um adepto do Sp. Braga foi detido na sequência dos protestos.

OUTROS DESTAQUES

André Horta


Numa forma assinalável, depois de se comprometer com o Los Angeles FC para a próxima época, foi titular na equipa de Abel Ferreira e assinou os principais rasgos do conjunto bracarense. A falta foi muitas vezes o recurso utilizado pelos leões para o travar.

Bruno Fernandes

O cérebro da equipa do Sporting, sendo o responsável por pensar o jogo e fazer circular a equipa e o esférico por entre os vários setores e corredores. Demonstrou qualidade de passe, ainda que nem sempre a sequência tenha sido a melhor.

Wilson Eduardo

Quando acelerou provocou calafrios ao setor mais recuado do Sporting. Velocíssimo, o ex-leão esteve nos lances mais perigosos do Sp. Braga. Apareceu em todas as posições do ataque, e em todos os corredores à procura de espaços.

Gelson Martins

Já o vimos fazer melhor, mas mesmo numa noite de menor inspiração consegue ser sempre um elemento a ter em conta neste Sporting. Somou várias tentativas de ataque e alguns rasgos laterais mas sem a preponderância habitual.

Raúl Silva: «A felicidade esteve do nosso lado»
Central brasileiro marcou o golo da vitória do Sp. Braga sobre o Sporting

Raúl Silva, autor do golo da vitória do Sp. Braga sobre o Sporting (1-0), em declarações à Sport TV:

«Um jogo intenso, entre duas grandes equipas. O Sporting a lutar pelo titulo também, uma equipa fortíssima, mas com empenho e dedicação conseguimos um resultado positivo.»

«Foi um jogo muito igual, entre duas equipas que se respeitaram muito. A felicidade esteve do nosso lado. Em Alvalade tivemos a possibilidade de sair com um resultado positivo, e hoje a sorte sorriu-nos.»

[sobre mais um golo de bola parada] «Registo importante, mas mais importante é o empenho que mostrámos. Os onze que entram, jogam por uma nação, por aqueles companheiros que não podem jogar, como o Mauro, que tem uma luta diária para recuperar o joelho, o Fransérgio, o Ricardo, o Rosic...Entramos para representar essa nação e esses guerreiros que estão connosco todos os dias.»

[a luta pelo pódio está agora no horizonte?] «Só pensamos no próximo adversário. As contas vemos no final.»

Abel e a expulsão: «A minha esposa vai dar-me na cabeça»
Bruno José Ferreira
    
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, depois do triunfo sobre o Sporting (1-0), o sétimo consecutivo:

«O segredo é fácil de perceber. Já o disse. Tem muito a ver com a nossa forma solidária de jogar, com a nossa filosofia de jogar. A equipa sabe o que tem de fazer com bola e sem bola, fomos astutos nos primeiros minutos deixando o adversário querer gostar do jogo. Sempre vos disse que o jogo em Marselha teria de nos servir de lição para os jogos mais difíceis. Fizemos um jogo inteligente nos primeiros vinte minutos. A partir daí tomamos conta do jogo, estou em crer que fizemos uma grande segunda aparte. Parece-me uma vitória inteiramente justa».

[Terceiro lugar?] «É muito melhor ficar em terceiro do que em quarto, mas mais do que isso importa pensar em tudo o que fizemos aqui. Fazemos o que sempre fazemos, analisar o jogo e ver as coisas boas e menos boas que fizemos. Jogar do primeiro ao último segundo para vencer, aquilo que temos feito em todos os jogos. Não vamos vencer sempre, mas vamos jogar sempre para vencer».

[Atendendo ao calendário do Sporting e do Sp. Braga há mais responsabilidade na luta pelo terceiro lugar?] «A responsabilidade é a mesma, querer mais a todos os jogos e em todos os treinos. A diferença é que contra o Moreirense tínhamos aqui três jornalistas, hoje tenho cem. Da nossa parte a abordagem foi a mesma. Nós, Braga, temos sido sempre coerentes com aquilo que fizemos. A responsabilidade é a mesma do primeiro dia».

[Comentário à publicação do clube: «Respondemos em campo, vão ter de contar connosco»] «Tenho uma responsabilidade social muito grande e os jogadores também. Os presidentes têm uma responsabilidade social muito grande os diretores de comunicação têm uma responsabilidade social muito grande. O melhor do país é este que está aqui ao meu lado. Vocês, Órgãos de Comunicação têm uma responsabilidade social muito grande. Quero que não se volte a repetir o que aconteceu, não quero voltar a ser expulso. Quando chegar a casa seguramente vou ter uma pessoa a dar-me na cabeça, a minha esposa. Acredito que o melhor de nós ainda está a chegar.

[Batendo-se de igual para igual com o Sporting, equipa com mais jogadores na seleção, sente que os jogadores do Sp. Braga são prejudicados na medida em que nenhum foi à seleção?] «O que mais me custa é deixar jogadores de fora, mas infelizmente não há volta a dar às regras. Todos os jogadores foram contratados para jogar. De maneira alguma podem pensar assim. Acima de tudo o que têm de fazer é continuar focados naquilo que controlam, depois o selecionador é que decide. Temos de perceber que a nossa seleção está recheada de grandes jogadores. Há muitas maneiras de se ser feliz. Seguramente que se sentem orgulhosos pelo trabalho que têm feito, quando o selecionar decidir olhar para aqui devemos ser das equipas que mais jogadores portugueses tem valorizado. Se for preciso vou lá levá-los».

Maisfutebol

Bruno3429

Comunicado da SC Braga, SAD

A máscara caiu. E, caindo a máscara, o que se vê cada vez mais nitidamente, goste-se ou não do termo, é a dimensão da trafulhice.

Perante a denúncia do SC Braga e os documentos apresentados à Federação Portuguesa de Futebol, o Sporting CP foi intimado a repor os valores que cobrou indevidamente, sob pena de ver comprometido o processo de licenciamento na UEFA.

Até aqui nada de impressionante, salvo talvez para os comentadores que tão estoicamente foram defendendo as mentiras sopradas de Alvalade.

O que verdadeiramente impressionou, na dimensão em que espelha o descaramento da cúpula diretiva do Sporting CP, foram os contactos com a Administração da SC Braga, SAD que se seguiram ao raspanete da Federação, procurando sensibilizar para que esta sociedade reconhecesse a legitimidade da cobrança imprópria e disso desse conta à entidade fiscalizadora.

A SC Braga, SAD respeita, como o seu Presidente disse, o contexto das suas congéneres. Mas perante os factos recentes e a soberba alheia, não restou outro gesto que não o de deixar a Sporting, SAD de mão estendida.

Assim, e ainda que a contragosto, foram repostos na passada quinta-feira os valores antes sonegados, ficando porém por efetuar o pagamento por estragos causados no Estádio Municipal de Braga e que esta sociedade vai continuar a reclamar.

Perante os factos discriminados, impõe-se uma reflexão.

O SC Braga compreende a complexidade do tempo que vivemos. E por isso tem insistido no apelo para que os vários agentes assumam com coragem o seu papel.

O que se verifica, porém, é a total demissão de responsabilidades, concretizada em inócuas tomadas de posição e na insistente cobardia de quem nunca enjeita generalizações, assim lavando as mãos e escapando ao incómodo de nomear e atacar de forma concreta e específica os inúmeros atentados que têm sido cometidos à pedra basilar do desporto e do futebol, que são os adeptos e os jogadores.

Perante ofensas claras à instituição, o SC Braga não hesita, nem pode hesitar, na defesa dos seus interesses. Assim o fizemos neste caso em concreto, nunca tomando a parte pelo todo, mas tendo a coragem de denunciar os comportamentos inaceitáveis do Presidente do Sporting CP e dos seus súbditos, dissociando-os da grande instituição que é o Sporting CP e do imenso respeito que nos merecem os seus adeptos e os seus profissionais.

Nunca os responsáveis deste clube confundiram um conflito diretivo com a consideração que é devida a todos os adversários e à essência do fenómeno desportivo.

Essa barreira é, para o SC Braga, intransponível.

E, por isso, é para este clube absolutamente indigno que os vários agentes do nosso futebol (com a Liga à cabeça) enveredem por tomadas de posição vagas, incapazes de destrinçar aquilo que é uma eventual disputa institucional daquilo que é a defesa do bom nome das coletividades, do respeito pelos seus adeptos e do crédito que é devido aos profissionais e, sobretudo, aos jogadores.

Ao longo dos últimos meses, dois altos responsáveis do Sporting CP têm insistentemente colocado em causa a dignidade dos profissionais do SC Braga e ofendido o orgulho dos seus adeptos.

Tudo isto tem acontecido perante a complacência da Liga Portugal, da Federação Portuguesa de Futebol, da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e das diversas entidades com dever de vigilância sobre o fenómeno desportivo.

Feita esta importante ressalva e para que não se perca na memória a verdade dos factos, terminamos com um repetido apelo à coragem e com a reiterada afirmação de que os princípios deste clube não permitirão tentativas de colagem do SC Braga e dos braguistas a comportamentos que são indignos do desporto.

SCBraga