NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 13/01

[Bruno3429]

Terceiro lugar disputa-se em Braga
Carlos Costinha Sousa

Guerreiros e águias lutam em Braga pelo terceiro lugar da tabela classificativa da I Liga. Benfica tem vantagem de três pontos, mas em casa, o SC Braga não facilita e quer somar mais um triunfo que permita alcançar o pódio da competição.

Um jogo que não é decisivo, nem de mata-mata, mas que contém ingredientes que o tornam especial, para além de ser uma partida que pode permitir mudanças nos lugares cimeiros da tabela classificativa da I Liga, para além de que pode permitir também que a luta pelo pódio se torne mais intensa ou, pelo contrário, fique mais branda.
Os Guerreiros do Minho recebem hoje as águias (20.30 horas) e querem somar três pontos que permitam anular a desvantagem que têm neste momento na classificação geral da prova e, com isso, colar-se na pontuação ao se adversário deste jogo e assumir mesmo o terceiro lugar da prova.

E este duelo, que muito podem considerar mesmo titânico, coloca em campo o actual campeão em título, mas que está, neste momento, no terceiro lugar da corrida ao título, com menos cinco pontos que o líder FC Porto e três que o segundo classificado Sporting. Por isso, e se quer manter a esperança de chegar ao pentacampeonato, as águias não podem falhar neste duelo com os bracarenses, para não perderem terreno para os primeiros classificados.

Já o SC Braga, que chega a este jogo com 37 pontos somados e na quarta posição, pode alcançar o pódio, em caso de vitória, somando os mesmos 40 pontos que o seu adversário deste duelo e o triunfo permitirá, também, que os bracarenses continuem perto dos adversários que ocupam os lugares cimeiros da liga, não permitindo que fujam na classificação geral.

Os motivos de interesse são enormes para este e os ingredientes indicam que certamente será um grande espectáculo.

Abel Ferreira: Desde o primeiro dia que jogamos com a pressão de vencer
Paulo Machado

Abel Ferreira destaca a ambição presente no grupo de trabalho, na abordagem ao jogo desta noite com o Benfica. A importância deste duelo segundo o treinador dos minhotos é semelhante a outros jogos, destacando que a pressão de vencer está sempre presente na equipa, independentemente do adversário.

Um desafio. É desta forma que Abel Ferreira começa por abordar o jogo desta noite com o Benfica, sob a expectativa de saltar para o terceiro lugar na Liga. Todavia, não é por essa razão que a pressão aumenta. Desde o primeiro dia jogamos com a pressão de vencer. Difícil não é ganhar, difícil é ganhar constantemente. E temos de encarnar isso, criar esta mentalidade para chegar a outro tipo de patamares. Ganhar, ganhar, ganhar! Mesmo que tenhamos recursos diferentes que os outros, frisou o técnico do SC Braga. Aliás, frisou por mais que uma ocasião que o objectivo do SC Braga passa por fazer mais e com menos recursos.

Num discurso voltado directamente para o adversário de hoje, Abel deixou elogios a Rui Vitória e à forma de jogar do Benfica. Vamos jogar com o campeão, recheado de grandes jogadores, com um exemplo de treinador, uma referência, alguém que não dá desculpas, que olha para dentro e valoriza os jogadores, que potenciou jogadores como Ederson, Lindelof ou Nelson Semedo. Merece todo o nosso respeito e cautela e teremos de estar na máxima força. Queremos cumprir a estratégia que definimos para este jogo e, por que não, enfrentar o adversário que está em cada um de nós. Ter a audácia, disponibilidade e coragem para fazermos o que temos vindo a fazer na Liga, salientou.

Abel Ferreira fez questão de apontar que a meta definida no clube passa pelos primeiros quatro lugares e coloca-se à margem da discussão à volta do título. Quando assumi o cargo de treinador do Braga assumi que ia procurar, com menos recursos, fazer mais. Esse é o nosso objectivo: estarmos alinhadinhos, jogar como equipa. A nossa força está aí, na equipa. Quero dotar a equipa de recursos e que todos percebam que ninguém está acima da equipa. O estatuto é o rendimento. Estes guerreiros têm assumido esse compromisso com grande carácter e brio, à excepção do jogo em Setúbal. Mas nesta competição temos sido constates e é isso que vamos tentar fazer amanhã [hoje]. Desde o primeiro dia que temos a pressão de jogar para ganhar. Desde o primeiro dia que estamos a construir uma equipa, que estamos a tentar evoluir, mas temos de nos lembrar que jogamos juntos há um par de meses. Não sei qual vai ser o resultado, mas temos de lutar até ao último segundo para vencer. É esse o nosso compromisso, assumiu o treinador do SC Braga, Abel Ferreira.

Lutar por algo que ainda não foi feito

Abel Ferreira considera que é possível conquistar algo que ainda não foi feito em Braga e deixou a explicação sobre a enigmática declaração proferida no final do último jogo.

"O ano passado fomos buscar o Xeka a custo zero e vendemos por 5 milhões. Fomos buscar o Jordão e o Neto e vendemos por 20 e tal milhões. Com o Queirós aconteceu o mesmo. Mérito meu, do recrutamento e dos treinadores do clube; isso é fazer algo que ainda não foi feito. Depois, reforçar esta harmonia entre nós e os adeptos e aumentar o número de adeptos, porque para essa exigência também precisamos deles", vincou o treinador do SC Braga.

Aproveitar uma 'gripezinha' dessas equipas

Em Braga, quando se aponta em fazer algo que nunca foi feito é natural o pensamento para a conquista do título de campeão. Isso seria algo que nunca foi alcançado no historial do clube. Abel Ferreira acredita que é possível chegar sempre mais longe... "O Braga já foi 3.º, 4.º, mas se calhar as equipas que estavam acima estavam constipadas. Pode ser que possamos aproveitar uma gripezinha dessas equipas e nós temos de estar cheios de saúde. Não é um desafio impossível [título], mas é grande e ambicioso e nestas condições seria mais fácil fazer o que ainda não foi feito. O homem é do tamanho do seu sonho e temos de continuar a caminhar", apontou o treinador do SC Braga, na conferência de imprensa de ontem, deixando transparecer uma enorme tranquilidade.

Correio do Minho

[Bruno3429]

Benfica tenta vingar meia-final da Liga
Lisboetas e minhotos estreiam-se nesta fase. Na outra 'meia' estão os únicos ex-finalistas

O desporto não vive de vinganças, nem fica bem, aliás, utilizar esta expressão, mas um mau resultado deixa sempre o desejo de fazer melhor no confronto seguinte. O Benfica passou por isso nesta Taça da Liga, ao vencer o Belenenses nos quartos-de-final, na quinta-feira, depois de dias antes ter perdido no Restelo, para o campeonato.

Hoje (17 horas, no Multiusos de Sines) a formação orientada por Joel Rocha reencontra outro velho conhecido que já lhe provocou dissabores: o Sp. Braga. Ambas se estreiam nesta fase da competição. Os arsenalistas foram quem afastou os encarnados da final do playoff da época passada (e consequentemente da UEFA Futsal Cup). Apesar de esse duelo ainda estar na memória, as duas equipas já se encontraram esta época, na 9ª jornada da Liga Sportzone, com os encarnados a vencerem, por 2-0.

O Benfica é o favorito, não só pela estatística – em 24 jogos os encarnados venceram 15, perderam apenas cinco e registaram-se quatro empates – mas também pela qualidade do plantel, que nesta Taça da Liga contou com um reforço de peso, Fernandinho, que vestiu pela primeira vez a camisola das águias na quinta-feira.
A formação da Luz vai procurar a primeira presença na final da Taça da Liga, depois de se ter estreado na 'meia'. Recorde-se que as duas edições anteriores foram conquistadas pelo Sporting, em finais frente ao Fundão.

Reeditar últimas finais

Se numa das meias-finais temos a repetição de uma renhida 'meia' do último playoff, na outra temos a reedição das duas finais desta competição: Fundão-Sporting. Os leões são os detentores dos dois troféus já disputados e a formação da Cova da Beira foi o último obstáculo, em ambas as ocasiões.

Os beirões foram a equipa sensação nas duas épocas anteriores, não só por terem chegado à final, mas também por deixarem pelo caminho o Benfica, sempre nos quartos-de-final.

O Sporting é o favorito neste embate, que tem início às 14h30, não só por ser o líder contra o 7º da Liga. Os bicampeões nacionais ainda não sofreram qualquer empate ou derrota esta temporada. A última derrota aconteceu na pré-época, a 27 de agosto de 2017, na Record Masterscup , frente ao Barcelona. Quanto a duelos, os dois emblemas já se defrontaram 40 vezes. Os leões venceram 31, os beirões cinco e houve quatro empates. O último triunfo do Fundão e a derradeira igualdade registaram-se 2014/15.
As duas partidas desta tarde e a final de amanhã serão transmitidas em direto pela CM TV.

Autor: Cláudia Marques

Record

[Bruno3429]

Nos limites
Texto por Jorge Ferreira Fernandes

No meio de tanta conversa de bastidores e de conferências, caro leitor, abrimos espaço para o futebol. Jogo grande da jornada 18, com arsenalistas e encarnados a medirem forças na Pedreira. Este será um jogo de limites para as duas equipas. O do Sporting de Braga é chegar-se aos três grandes, e não haverá melhor oportunidade para tal do que igualar em pontos o terceiro classificado; o do Benfica é chegar ao penta, que ficará mais longe em caso de escorregadela.

Confirmar tendências

É um clássico do futebol português contemporâneo, este encontro entre Benfica e Braga. Como é qualquer deslocação à Pedreira de uma equipa grande. Os arsenalistas são quem tem conseguido uma aproximação mais real aos três do costume, e, esta temporada, há números e futebol para seguir essa tendência. O Braga de Abel está dentro dos melhores registos arsenalistas da história e o pódio já está bem à vista.

Dentro das principais capacidades da equipa de Abel há a destacar, claro está, a eficiência dos jogadores que entram no decorrer das partidas. Ao longo das 17 jornadas, já são 11 os golos saídos do banco, num recorde que faz eco por toda...a Europa. O último, marcado por Fábio Martins, deve valer a entrada do extremo no onze, que deverá voltar a contar com Raul Silva (defesa) e Esgaio (meio-campo).

Nos encarnados, há a promessa de continuidade no crescimento desde que a equipa assumiu uma estrutura com três médios. As conexões entre Jonas-Pizzi-krovinovic-Grimaldo-Cervi têm tornado estas últimas semanas as melhores da temporada do tetracampeão. Em Braga, Rui Vitória quer que o filme se repita.

Na época passada, as águias tiveram de batalhar muito para conquistar os três pontos. Apenas o talento e a inspiração de Mitroglou resolveram os problemas do coletivo. Dois meses depois, o FC Porto de Nuno sucumbia na Pedreira e oferecia de bandeja o título. É assim que se reveste os confrontos diante do Braga: quem escorregar pode mesmo perder o comboio. No caso do Benfica poderá não ser apenas o do título...

A diferença passa por...

Braga
Talento vindo...do banco
O coletivo de Abel Ferreira tem pautado as suas exibições por uma abordagem consistente e eficaz. A equipa tenta estar organizada atrás e ser criativa na frente. Devido ao desgaste dos próprios adversários, os arsenalistas têm construído uma série de vitórias no último quarto de hora, com alguns dos protagonistas a saírem do banco. Num jogo em que Xadas, João Carlos Teixeira, Wilson Eduardo, Hassan estarão no banco...

Benfica
Jonas
Diante de um adversário que tem apresentado irregularidade no seu eixo defensivo - Rosic começou por ser titular, Ricardo Ferreira tornou-se indiscutível e lesionou-se -, a capacidade de Jonas poderá ser decisiva. Não falamos apenas nas oportunidades que o brasileiro terá nas zonas de finalização - aí, já se sabe, o antigo jogador do Valência é letal. Há também a questão do internacional canarinho poder ser o facultador para as entradas dos extremos, em primeiro lugar, e dos médios, numa segunda fase.


"Não consigo controlar o que o adversário pensa, nem interessa. Aconteça o que acontecer amanhã, a equipa vai continuar dentro dos seus objetivos e é isso que vamos fazer até ao fim (...). Vencer tem de ser normal para nós, seja com que adversário for."
Abel Ferreira

"É tradicionalmente um jogo difícil, não é nada de novo. Ir a Braga não é fácil, é uma equipa de qualidade, bem orientada, com jogadores de qualidade, eficaz, que sabe bem o que está a fazer em campo, vai causar-nos problemas. Mas vai encontrar um Benfica com qualidade, com ambição, que sabe que para ganhar a este Braga vai ter de jogar de uma forma muito forte. Acho que vai ser um jogo interessantíssimo de seguir, com duas equipas de qualidade. Acreditamos que temos capacidade para gahar mas do outro lado está uma equipa com legitimidade para pensar o mesmo."
Rui Vitória

Zerozero

[Bruno3429]

Sp. Braga-Benfica (antevisão): cimeira pelo pódio na pedreira
Jogo às 20h30 deste sábado no Estádio Municipal de Braga
Bruno José Ferreira

Apenas três pontos separam o Benfica, terceiro classificado, do Sp. Braga, quarto classificado. Jogo grande em perspetiva na pedreira, com os arsenalistas a servirem de anfitrião aos encarnados com a possibilidade de os igualar na classificação.

MOMENTO

Sp. Braga: os minhotos abanaram, passaram por um fase complicada com a eliminação da Taça de Portugal e da Taça da Liga, mas não caíram e seguem o seu trajeto na Liga. A concorrência pelo quarto lugar ficou a dez pontos na última jornada com o triunfo sobre o Rio Ave (2-1), pelo que a palavra de ordem é olhar para cima. E acima na classificação está o Benfica, com mais três pontos. A equipa de Abel Ferreira soma três triunfos nas últimas três jornadas, atravessando uma bom momento no campeonato.

Benfica: com um atraso de cinco pontos para o líder FC Porto e três para o Sporting, os encarnados são o primeiro, dos três grandes, a entrar em campo esta jornada. A margem de manobra é curta, com o Sp. Braga à perna o conjunto de Rui Vitória não quer perder mais terreno para os da frente. Na última jornada o Benfica venceu em Moreira de Cónegos (0-2), interrompendo assim a série de jogos sem vencer, que já se cifrava em três empates consecutivos.

INDISPONÍVEIS
Sp. Braga: Ricardo Ferreira, Mauro e Fransérgio (lesionados) e André Horta (emprestado pelo Benfica).
Benfica: Luisão (lesionado).

DISCURSO DIRETO

Abel Ferreira (Sp. Braga): «É um desafio, uma oportunidade de continuar na luta pelos nossos objetivos. Vamos jogar com o campeão, recheado de grandes jogadores, um exemplo de treinador (...). Queremos cumprir a estratégia que definimos para este jogo e, por que não, enfrentar o adversário que está em cada um de nós. Ter a audácia, disponibilidade e coragem para fazermos o que temos vindo a fazer na Liga».

Rui Vitória: (Benfica): «Espero do Braga uma resposta muito boa de uma equipa ambiciosa e que está a querer aproximar-se a olhos vistos dos chamados três grandes. Escusado será dizer que é tradicionalmente um jogo difícil. Ir a Braga não é fácil: é uma equipa de qualidade com jogadores de qualidade, eficaz e que sabe o que está a fazer em campo. Vai criar dificuldades mas vai encontrar um Benfica que tem ambição e muita vontade. Sabemos o que temos de fazer».

HISTÓRICO DE CONFRONTOS

O Benfica tem vantagem nos 140 jogos já disputados com o Sp. Braga. Soma 92 triunfos contra apenas 18 do Sp. Braga, registando-se ainda 30 empates. Também na condição de visitante o histórico é favorável aos encarnados, que nas últimas deslocações à Pedreira conseguiram vencer, valendo na época passada um golo solitário de Mitroglou. Em 69 jogos disputados entre os dois emblemas em Braga, o Benfica venceu 36, o triunfo sorriu à equipa da casa 16 vezes e registam-se ainda 17 empates. Esta época os dois conjuntos já se defrontaram duas vezes no Estádio da Luz, na primeira jornada da Liga os encarnados venceram (3-1) e na Taça da Liga registou-se um empate (1-1).

Maisfutebol

[JotaCC]

Braga recebe o melhor cliente da última década
Minho Arsenalistas receberam mais de 21 milhões de euros dos cofres da Luz desde 2007/08 com a transferência de quatro jogadores

A jornada de arranque da segunda volta do campeonato tem como prato forte um jogo escaldante na Pedreira: Braga e Benfica medem forças esta noite, num duelo que historicamente tem sido disputado até aos limites.

Braga vendeu tanto às águias como a leões e a dragões juntos

Os lisboetas foram mais felizes nas últimas duas épocas ao ganhar no Estádio Municipal, já os arsenalistas desejam triunfar pela primeira vez desde 2014/15. Apesar de todos os desafios recentes entre ambos terem sido marcados pelo equilíbrio, não há empates para a Liga em Braga desde 2011.
Hoje, os encarnados entrarão claramente mais pressionados, pois só a vitória permite continuar ainda a sonhar com a conquista do pentacampeonato. Os minhotos não estarão tão coagidos, mas um triunfo é-lhes suficiente para se juntarem às águias no terceiro lugar. A motivação estará, portanto, ao rubro entre dois clubes são rivais no campo, mas que fora dele mantêm um excelente relacionamento institucional desde há vários anos, fruto da boa relação entre António Salvador e Luís Filipe Vieira, presidentes do Braga e do Benfica.
A prova disso é que os encarnados têm sido os melhores clientes do Braga nas transferências de jogadores, nos últimos dez anos. A compra de Rafa, por 16,4 milhões de euros, na época passada, é a maior transferência de sempre entre emblemas portugueses e permitiu a António Salvador obter um largo desafogo financeiro para o clube.
As saídas de Lima, de César Peixoto e de Luís Filipe – o guarda-redes Artur chegou em 2011/12 a custo zero– foram outras transferências de valor. A mudança de Jorge Jesus, em junho de 2009, de Braga para a Luz também foi lucrativa, pois rendeu 700 mil euros.
Relativamente aos outros grandes, o Sporting tem sido o segundo melhor cliente. Hoje, a relação entre António Salvador e Bruno de Carvalho, líder dos leões, está longe de ser a melhor, mas ainda no último verão Battaglia seguiu para Alvalade a troco de 4,5 milhões. Num passado mais longínquo, João Pereira, Evaldo e Rodriguez renderam também bons negócios aos minhotos.
Finalmente, o F.C. Porto fez apenas duas compras aos arsenalistas desde 2007/08: o central Boly, resgatado por 6,5 milhões de euros, e o avançado Orlando Sá, em 2009, por três.


Abel pede "coragem e audácia"

BRAGA Entre elogios ao homólogo do Benfica – "Rui Vitória é um exemplo, uma referência, alguém que não dá desculpas, que olha para dentro e valoriza os jogadores, como Ederson, Lindelof ou Nélson Semedo!" – e à qualidade do rival, o treinador dos bracarenses pede "coragem, disponibilidade e audácia" para ganhar o desafio da 18.ª jornada e subir ao terceiro lugar da Liga, precisamente à custa do rival desta noite. Depois, uma vez no pódio, logo se verá onde poderá chegar o Braga...
"O título? O Braga já foi terceiro e quarto, mas, se calhar, as equipas que estavam acima estavam constipadas. Pode ser que possamos aproveitar uma gripezinha dessas equipas e, mesmo assim, temos de estar cheios de saúde. Não é impossível", disse Abel.
Para o jogo com as águias, o treinador do Braga escalou vinte jogadores. Dois deles, Raul Silva e Esgaio, estão de regresso, após um jogo de suspensão, e deverão voltar ao onze. Outros dois não constarão da ficha. De fora ficaram os lesionados Marafona, Ricardo Ferreira e Fransérgio, e ainda André Horta, este inelegível por estar emprestado pelo Benfica.

JN

[JotaCC]

"UMA GRIPEZINHA SERÁ APROVEITADA"
Abel Ferreira assume que a luta pelo título "não é um desafio impossível" para o Braga se FC Porto, Benfica e Sporting fraquejarem

"Contra o Benfica criamos sempre oportunidades de golo"
Abel Ferreira
Treinador do Braga

Alertado para o "fortalecimento" do meio-campo do Benfica, o técnico entende que o "maior adversário" do Braga poderá "estar dentro" dos jogadores e aposta na força do "coletivo" para ganhar a partida

O Braga já dispensa binóculos para contemplar o pódio e não quer ficar por aqui. Estando o terceiro lugar, ocupado pelo Benfica, à distância de apenas uma vitória, Abel Ferreira promete "audácia" na receção aos encarnados. "Sabemos o que temos de fazer e acredito que vai ser um jogo repartido. Contra o Benfica, criamos sempre oportunidades de golo. Temos de ser fiéis a nós próprios. O nosso maior adversário, se calhar, está dentro de nós. Acredito que o melhor dos meus jogadores ainda está para chegar. Somos uma equipa jovem, ambiciosa, e vamos procurar jogar de forma coletiva para vencer o jogo ", perspetiv ou, sublinhando que no final da partida ,"independentementedo resultado ", o Braga continuará"dentro" doobjetiv ode andar entre "os quatro primeiros classificados".
O desejo permanente de "fazer o que ainda não foi feito" impele, porém, o treinador para algo mais elevado e inédito na história do clube. "O presidente tem muita ambição, mas já lhe disse que ele não quer ganhar mais do que eu. O nosso grande desafio é esse: com menos recursos, fazer mais. E ninguém quer ganhar mais do que eu. Quem tem mais recursos, está mais próximo de vencer, mas nem sempre é assim... O Braga já foi terceiro e quarto, porque se calhar as outras equipas estavam constipadas. Pode ser que possamos aproveitar uma gripezinha dessas equipas [FC Porto, Benfica e Sporting]; temos por isso de estar cheios de saúde. Não é um desafio impossível [título], mas é grande. O homem é do tamanho do seu sonho e temos de continuar a caminhar", filosofou.
No domínio da prática, Abel Ferreira diz-se ainda preparado para enfrentar um Benfica diferente do do começo da época. "Houve uma evolução, fortaleceram o meio-campo. Viu-se isso no jogo com o Sporting, cujo resultado foi o contrário do que todos pensavam. E tem um jogador que foi um dos melhores da história do Braga e que se depara com dificuldades para jogar [Rafa]. A estratégia está definida e estamos preparados parado sistemas: 4x4x2 ou 4x3x3", especificou.


Rosic atira Raúl Silva para o banco

Titular frente ao Rio Ave, face às ausências de Ricardo Ferreira (lesionado) e Raul Silva (suspenso), Rosic voltará a ser primeira opção. O central sérvio causou boa impressão e será premiado contra o Benfica, apesar do regresso de Raúl Silva, que tinha sido expulso no Bessa. Já Ricardo Esgaio, também castigado na última ronda, voltará ao flanco direito, sendo igualmente previsível a entrada de Paulinho no ataque, por troca com Hassan. As baixas dos minhotos completam-se com Fransérgio, lesionado, e André Horta, emprestado pelo Benfica.


Ryller blindado por 20 milhões
Brasileiro contratado ao Luverdense por 250 mil euros chega esta manhã a Portugal e já assistirá ao jogo com o Benfica

Evasivo em relação a entradas, incluindo Ricardo Ryller, há muito assegurado, Abel Ferreira disse estar "muito satisfeito com os jogadores". "Quem vier vai ter muitas dificuldades em jogar", juntou

Cumpridos os exames médicos, o substituto de Fransérgio assinará um contrato válido até junho de 2020, protegido por uma das maiores cláusulas no clube. Prossegue a busca por um central

A aventura de Ricardo Ryller ao serviço do Braga começa hoje. Acompanhado da esposa, o jogador chega esta manhã a Portugal, num voo proveniente do Brasil, e terá um dia preenchido, com a realização de exames médicos e a assinatura de um contrato válido até 2020, blindado por uma cláusula de rescisão de cerca de 20 milhões de euros – uma das mais elevadas entre os profissionais arsenalistas. Caso não surja qualquer contratempo, o substituto de Fransérgio (é baixa até ao fim da época) marcará presença, à noite, na Pedreira para assistir ao jogo com o Benfica.
Para comprar a totalidade do passe do jogador de 23 anos ao Luverdense, da Série B, a sociedade desportiva teve de desembolsar 250 mil euros, numa altura em que Botafogo, Vasco da Gama e América Mineiro tentavam assegurá-lo por empréstimo. Fechada esta operação, a SAD trabalha afincadamente no sentido de contratar um central.
Abel Ferreira já deixou entender que será vital a entrada de uma nova opção para o eixo da defesa para compensar o desaparecimento prolongado de Ricardo Ferreira, estando nesta altura descartado o português Roderick, que perdeu o estatuto de habitual titular no Wolverhampton. O excentral do Rio Ave enquadrase no perfil do defesa pretendido, mas o clube inglês não está disposto a emprestá-lo e a suportar a maior parte dos vencimentos. Fora do radar está também o central ganês Kasim Adams (Young Boys), apontado aos minhotos pelo "Diario de Mallorca", a troco de oito milhões de euros. Uma possibilidade que não tem qualquer consistência, segundo apurou O JOGO junto de fonte da SAD. Já o lateral Diogo Figueiras, um antigo desejo do Braga, pretende deixar o Olympiacos para relançar a carreira, estando na disposição de baixar os salários para se mudar para o clube minhoto. Uma negociação em marcha.


Scouting de olho em Fabrício
Médio brasileiro tem-se destacado no Farense e foi observado no recente jogo com o Caldas

A composição do plantel do Braga da próxima época já está em estudo e o médio Fabrício, do Farense, é um dos nomes sinalizados. Oriundo da formação do Cruzeiro, o jogador de 25 anos atua preferencialmente como médio defensivo e adaptou-se facilmente ao futebol português, tendo disputado 32 jogos e marcado seis golos ao serviço do Louletano, na época passada. Consumada a mudança para o Farense, agarrou rapidamente a titularidade, somando nesta altura 16 partidas disputadas e dois golos. Na quarta-feira, foi observado por profissionais ligados ao scouting do Braga na partida com o Caldas, a contar para a Taça de Portugal. A equipa algarvia acabou derrotada por 3-2 no prolongamento.

O JOGO

[JotaCC]

O jogo que já tem mais adeptos do Braga do que do Benfica
Quim e César Peixoto jogaram nos dois clubes. Ex-extremo garante que hoje em dia, em Braga, a equipa da casa tem mais apoio

À boca cheia ou à boca pequena, em círculos restritos ou mais alargados, o Sporting de Braga foi visto em termos de indentidade ao longo dos tempos como o Benfica do Norte do país. Hoje em dia as coisas mudaram e já não são bem assim. Apesar de serem clubes amigos, uma amizade até denunciada por Sporting e FC Porto, os bracarenses têm dado amargos de boca aos encarnados da capital – quem não se lembra da meia-final da Liga Europa em que o Sp. Braga afastou o Benfica da final de Dublin com o FC Porto?
César Peixoto é minhoto de nascimento, representou duas temporadas o Sporting de Braga e mais duas o Benfica. Logo, fala com conhecimento de causa dos emblemas que se defrontam esta noite na Pedreira, que outrora vibrava mais com os golos do clube da Luz.
"Antes havia muitos benfiquistas em Braga e hoje em dia já há mais adeptos do Sp. Braga do que do Benfica. A rivalidade é muito maior atualmente e acentuou-se quando Jorge Jesus saiu para o Benfica, numa altura em que eu fiz o mesmo percurso. E, muito sinceramente, acho que é uma tendência que vai continuar. Posso mesmo dizer que houve uma mudança radical, a massa adepta do Sp. Braga começou a crescer e a tendência de crescimento não cessou. Hoje em dia, as crianças em Braga são do Sp. Braga e só pelo Sp. Braga, quando antigamente eram Benfica e Sp. Braga e até mais Benfica", explica o agora comentador de futebol, nascido em Caldas das Taipas, que vai ainda mais longe, dando a receita para que os minhotos atinjam o título nacional que o presidente António Salvador coloca como meta para o atual mandato. "À semelhança do Vitória de Guimarães, o Sp. Braga começa a consolidar-se como um grande clube, com uma massa adepta ferrenha, forte, coesa, que apoia só um clube. E isso é muito importante para uma equipa que cresceu muito em resultados e infraestruturas. Em definitivo, parece que a massa adepta está a acompanhar o crescimento do clube, chegando o mais perto possível dos grandes e este conjunto de circunstâncias pode levar a equipa a conseguir o almejado título", explica César Peixoto.
Já Quim, formado no Sp. Braga e campeão nacional por duas vezes ao serviço do Benfica, vê o clube minhoto como uma ameaça para os denominados três grandes. "O Sp. Braga, na minha última época de Benfica, disputou o título até ao fim connosco. Meter-se entre os Lance do jogo da época passada que foi decidido por Mitroglou. O grego surge na foto com Pedro Santos e Nelson Semedo. Já não está nenhum em Portugal grandes é uma questão de tempo, está muito próximo. Ser campeão é um sonho do presidente e das gentes da cidade, o clube tem crescido e, se calhar, já o merece. Temos visto um Sp. Braga a crescer a olhos vistos", sustenta ao DN o guarda-redes titular do Desp. Aves e futebolista mais velho da I Liga.
No encontro desta noite há um sentimento que pode fazer a diferença: a motivação.
"A motivação é a mesma, de defender o nosso clube. Não senti diferença até porque cada vez mais o Benfica vê o Sp. Braga como um grande e o Sp. Braga sente-se cada vez mais um grande do futebol português", refere Quim, que em oito jogos pelo Benfica apenas venceu uma vez o clube em que despontou.
César Peixoto, que não partilha da opinião de Quim, explica como se sentem os futebolistas minhotos e pormenoriza as diferenças. "É óbvio que a motivação é maior quando se está no Sp. Braga e se defronta o Benfica do que o inverso. O Sp. Braga é um clube que está muito perto dos grandes, inclusivamente em condições é igual aos grandes.Para César Peixoto, o Benfica se não ganhar esta noite vai acentuar a sua "crise de insegurança" de que está a tentar sair depois do clássico


As boas relações entre a Luz e o Minho

› Muitos têm sido os negócios entre Sporting de Braga e Benfica, sendo que os mais mediáticos são aqueles que levam os jogadores a trocar o Minho pela Luz. Com António Salvador e Luís Filipe Vieira como presidentes dos dois emblemas, as boas relações e as operações têm-se intensificado, ao ponto de a maior transferência interna entre dois clubes portugueses ter sido protagonizada entre Benfica e Sp. Braga com Rafa a ingressar no tetracampeão nacional a troco de 16,4 milhões de euros. TOP 10 › Jorge Gomes › Dito › Tiago › Ricardo Rocha › Quim › Lima › Nuno Gomes › César Peixoto › Rúben Amorim › Rafa.

DN

[JotaCC]

Após a aproximação, o Sp. Braga tenta puxar o tapete aos "grandes"

Neste século, os minhotos deram um salto em frente e reduziram o fosso que os separa dos eternos candidatos ao título. Se vencerem hoje o duelo com o Benfica, alcançam os "encarnados" no terceiro lugar
Basta olhar para o percurso do Sp. Braga desde o arranque do século para se perceber quão sustentada tem sido a evolução: uma equipa que nas duas décadas anteriores só por uma vez tinha terminado o campeonato em quarto lugar transformou-se, a partir do ano 2000, num problema sério para os candidatos ao título, surgindo nada menos do que dez vezes no top 4 nas últimas 17 edições da prova. É com este lastro — e com a possibilidade de assaltarem o terceiro lugar da tabela — que os minhotos recebem hoje (20h30, SportTV) o Benfica, no arranque da segunda volta da Liga.
Há três pontos a separarem, actualmente, o tetracampeão nacional de um Sp. Braga que tem revelado consistência q.b. e que tentará equilibrar a balança nos duelos directos com os "grandes" (na primeira volta, perdeu com Benfica e FC Porto e empatou em Alvalade, com o Sporting) para se aproximar ainda mais do sonho que António Salvador, o presidente do clube, tornou público há uns meses: "Quero o nosso Sp. Braga campeão nacional, quero voltar a conquistar a Taça de Portugal e quero manter o Sp. Braga como terceira equipa portuguesa no ranking das competições europeias", enunciou.
Os sinais de crescimento são evidentes, a nível desportivo e estrutural, ou não estivesse em marcha a construção da Cidade Desportiva, projecto ambicioso que deverá ficar concluído em 2021, data do centenário do clube. Depois de épocas consecutivas a rondar o 10.º lugar no campeonato, nos anos 50 e 60, o Sp. Braga foi ganhando protagonismo de forma progressiva, conseguiu três quartos lugares em 1977-78, 197879 e 1983-84, antes de ter escorregado e tombado para a 15.ª posição em 1993-94.
Essa foi, porém, a excepção à regra, ainda que o verdadeiro salto qualitativo tenha demorado quase uma década. Com a chegada de António Salvador à presidência, em Fevereiro de 2003, os minhotos foram subindo degraus e incomodando cada vez mais os candidatos ao título. De entre a dezena de quartos lugares registados desde 2000-01, o destaque vai para a temporada 2009-10, que viu os bracarenses disputarem o título com o Benfica praticamente até à última curva da competição, para terminarem em segundo lugar. Duas épocas depois, voltariam a intrometer-se entre os "grandes", fechando a prova na terceira posição.
Pelo historial recente, pela qualidade do plantel (um dos mais bem apetrechados de sempre) e pela competência do treinador, "ficar nos quatro primeiro lugares" é hoje encarado como um objectivo que começa a saber a pouco. Abel Ferreira, técnico dos minhotos, assume que a ambição de Salvador e dos adeptos não difere da sua, mas sublinha que é preciso contextualizar.
"Os jogadores revêem-se nessa ambição, mas também já lhe disse [ao presidente] que não quer ganhar mais do que eu. O Sp. Braga já foi terceiro e quarto, mas os candidatos estavam 'constipados'. Agora temos de estar cheios de saúde e esperar que possam ter uma 'gripezita' e adormeçam. Aí seria mais fácil", ilustrou Abel, na antevisão do embate desta noite com o Benfica, o 62.º com os minhotos como anfitriões no campeonato.
André Horta, emprestado pelos "encarnados", não estará disponível, o mesmo acontecendo com Ricardo Ferreira e Fransérgio, a contas com lesões de difícil recuperação. Do lado contrário, Lisandro López (que deverá ser emprestado ao Inter Milão) sai da convocatória, enquanto Fejsa e Eliseu estão de regresso.
E o que prevê Rui Vitória quando encara esta partida? "O Sp. Braga tem uma forma muito peculiar de jogar: uma composição com duas linhas de quatro e dois jogadores mais à frente, mas num certo momento do jogo tem nuances interessantes (...) e aspectos muito positivos nas bolas paradas ofensivas", ilustrou. "Espero do Sp. Braga uma resposta muito boa de uma equipa ambiciosa e que está a querer aproximar-se a olhos vistos dos chamados três 'grandes'."

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"TÍTULO? TEMOS DE ESPERAR POR UMA GRIPE DOS GRANDES"

ABEL ASSUME SER UM FÃ DE CONCEIÇÃO E MOSTRA RESPEITO POR RUI VITÓRIA

No lançamento do jogo com o Benfica, hoje, Abel Ferreira aproveitou para desvendar as aspirações do Sp. Braga a intrometer-se entre os grandes na luta pelo título, depois de Sérgio Conceição ter colocado os minhotos entre os candidatos. O líder FC Porto está a oito pontos e os encarnados a três, no terceiro lugar. "Prefiro ouvir um elogio do que uma crítica. Mas prefiro uma crítica construtiva a um falso elogio. O Sp. Braga já foi terceiro e quarto, mas nesses anos essas equipas acima estavam 'constipadas', agora temos que estar cheios de saúde e esperar que possam ter uma 'gripezita' e se deixem dormir, aí seria mais fácil fazer o que ainda não foi feito. Não é impossível e o homem é do tamanho do seu sonho", disse o técnico dos minhotos, que revelou ainda a admiração que tem pelo técnico do FC Porto: "Teve uma carreira fantástica como jogador e agora como treinador. Admiro a sua raça e determinação."
Depois, seguiram-se elogios ao Benfica, adversário desta noite, e a Rui Vitória: "É um exemplo e uma referência. Alguém que não dá desculpas, que olha para dentro e valoriza os jogadores que tem. Que potenciou jogadores como Ederson, Lindelof e Nélson Semedo. Merece todo o respeito e cautela. Sabemos da mais-valia do campeão, com grandes jogadores, mas temos de mostrar disponibilidade e audácia para fazer o que temos vindo a fazer", concluiu o treinador.


RICARDO ESGAIO E RAUL SILVA ESTÃO DE REGRESSO ÀS OPÇÕES DE ABEL

Ricardo Esgaio e Raul Silva são as principais novidades da convocatória para a receção ao Benfica. A dupla minhota não jogou na última jornada diante do Rio Ave devido a castigo mas deve alinhar hoje no onze inicial frente às águias. Fora das contas do treinador Abel Ferreira, por lesão, ficam Marafona, Ricardo Ferreira e Fransérgio.


DIOGO FIGUEIRAS MUDANÇA PARA BRAGA É HIPÓTESE

Diogo Figueiras, lateral do Olympiacos, pode ser reforço do Sp. Braga. Em cima da mesa está um empréstimo até final da temporada, com os bracarenses a ficarem com opção de compra. O jogador formado no Benfica foi titular indiscutível na última época, mas nesta tem sido pouco utilizado no clube grego.

CM

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"Enfrentar o adversário em cada um de nós"
Treinador dos minhotos teceu rasgados elogios a Rui Vitória: "Um exemplo e uma referência!"

"VAMOS JOGAR COM O CAMPEÃO, COM UM TREINADOR QUE NÃO DÁ DESCULPAS E VALORIZA OS JOGADORES"

Abel Ferreira filosofou na hora de encontrar a ideia mais forte para mexer com o ego dos seus jogadores, registando que o maior opositor dos minhotos pode estar "dentro" do seu próprio corpo e mente. "Queremos cumprir a estratégia que definimos para este jogo e enfrentar o adversário que está em cada um de nós. Ter a audácia, disponibilidade e coragem para fazermos o que temos vindo a fazer na Liga", destacou Abel Ferreira, reforçando "o bom desafio e a grande oportunidade" da sua equipa "continuar na luta" pelos seus objetivos.
"Vamos jogar com o campeão, recheado de grandes jogadores, com um exemplo de treinador, uma referência, alguém que não dá desculpas, que olha para dentro e valoriza os jogadores, que potenciou jogadores como Ederson, Lindelöf ou Nélson Semedo", alertou ainda o técnico dos arsenalistas, com um evidente elogio ao seu homólogo Rui Vitória. "O Benfica merece todo o nosso respeito e cautela e teremos de estar na máxima força", avisou quem se sentiu "muito criticado por algumas coisas que disse no final do jogo no Estádio da Luz". "O que me apetece dizer é que quando assumi o cargo de treinador do Sp. Braga procurei, com menos recursos, fazer mais. Esse é o nosso objetivo: estarmos alinhadinhos, jogar como equipa. A nossa força está aí, na equipa", clarificou Abel, seguindo o seu raciocínio ao pormenor: "Quero dotar a equipa de recursos e que todos percebam que ninguém está acima da equipa, o estatuto é o rendimento. Estes guerreiros têm assumido esse compromisso." "Temos sido constantes e é isso que vamos tentar fazer neste jogo", prometeu, concluindo: "Desde o primeiro dia que temos a pressão de jogar para ganhar, que estamos a construir uma equipa, a tentar evoluir, mas temos de nos lembrar que jogamos juntos há um par de meses. Não sei qual vai ser o resultado, mas temos de lutar até ao último segundo para vencer. É esse o nosso compromisso."


Sempre pelos quatro primeiros

OBJETIVO TÍTULO AINDA É TABU

Apesar do desafio lançado por Sérgio Conceição, que falou sobre a possibilidade do Sp. Braga ainda lutar pelo título esta época, Abel Ferreira não 'mordeu o isco' e manteve o tabu.
"Tenho uma admiração pelo Sérgio. É um grande treinador, mas os nossos objetivos estão definidos deste o primeiro dia. Independentemente de ter muitos jogadores jovens, os objetivos são claros: lutar pelos quatro primeiros lugares. Em maio logo veremos. Sabemos aquilo que queremos como equipa", avaliou o técnico do Sp. Braga, garantindo um grupo que vai "jogar sempre para vencer, juntando esta onda que se está a criar com os adeptos". "O que o adversário pensa não nos interessa. Este é um jogo importante para nós, como todos os que temos feito até aqui. Mas aconteça o que acontecer, a equipa estará dentro dos seus objetivos e vai continuar a crescer", lembrou.
No terceiro jogo que vai fazer frente ao Benfica, Abel abordou ainda as diferenças que sente no adversário. "Houve uma evolução no Benfica, que fortaleceu o meiocampo. Todos viram o jogo contra o Sporting, que todos pensariam o contrário do que aconteceu", recordou, prosseguindo: "A estratégia está definida, estamos preparados para os dois sistemas. Os jogadores só têm de ter a coragem e audácia e serem fiéis, lutar para vencer. A qualidade individual está presente, sabemos o que temos de fazer e acredito que vai ser um jogo repartido. Com o Benfica criámos sempre as nossas oportunidades. Somos uma equipa jovem, ambiciosa e vamos jogar de forma coletiva para vencer."


Assis na vaga de André Horta

Sem poder contar com André Horta, Abel Ferreira não facilitou e chamou Assis para o jogo. O médio brasileiro, como se sabe, tem sido apontado a vários clubes na reabertura do mercado, mas por agora continua em Braga e está entre os 20 eleitos para o jogo de mais logo. Quem está a um passo de reforçar o Sp. Braga é Diogo Figueiras, mas o treinador só registou: "Estou muito satisfeito com os jogadores que tenho e quem vier vai ter muitas dificuldades em jogar nesta equipa."


O grande desafio é ganhar sempre

O técnico sabe que num clube como o Sp. Braga o mais difícil é "criar uma mentalidade vencedora". "Desde o primeiro dia jogamos com a pressão de vencer. Difícil não é ganhar, difícil é ganhar constantemente. E temos de encarnar isso, criar esta mentalidade para chegar a outro tipo de patamares. Ganhar, ganhar, ganhar! Mesmo que tenhamos recursos diferentes que os outros", repetiu, definindo melhor o que quis dizer com a frase do 'fazer o que ainda não foi feito': "Esse lema já me acompanha há algum tempo. A temporada passada fomos buscar o Xeka a custo zero e vendemo-lo por 5 milhões de euros. Fomos buscar o Jordão e o Neto e vendemo-los por 20 e tal milhões. Com o Queirós aconteceu o mesmo. É isso..."


Fazer mais com menos recursos

Abel acompanha a ambição de António Salvador, mas já disse ao presidente que ele "não quer ganhar mais" do que o próprio técnico. "O nosso grande desafio é esse: com menos recursos fazer mais. O Braga já foi 3.º e 4.º, mas se calhar as equipas acima estavam 'constipadas'. Pode ser que dê para aproveitar uma gripezinha e aí nós temos de estar cheios de saúde", ironizou, a propósito de um 'piscar de olho' à luta pelo título: "Não é impossível, mas nestas condições seria mais fácil fazer o que ainda não foi feito. O homem é do tamanho do seu sonho."

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