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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 09/12

Started by Bruno3429, 09 de December de 2016, 08:25

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Bruno3429

SC Braga eliminado da Liga Europa
Joana Russo Belo

A maldição ucraniana manteve-se. E o golo de Coulibaly, na Turquia, atirou os guerreiros do Minho para fora da Liga Europa.
Foi um final de emoções na Pedreira, com o SC Braga a terminar o jogo com os 16 avos-de-final garantidos, mesmo depois da goleada pesada por 2-4 com o Shakhtar Donetsk, beneficiando do empate do Gent em casa do Konyaspor. Mas o jogo em Konya teve mais três minutos de descontos e os belgas marcaram ao cair do pano. Já com as bancadas desertas em Braga. Queda com estrondo de uma equipa que nunca tinha ficado pelo caminho em fases de grupo europeias. Houve assobios, lenços brancos e palavras insultuosas para José Peseiro.

O técnico pediu uma equipa a jogar com inteligência, mas a frieza ucraniana gelou a tarefa. Paulo Fonseca reencontrou um Braga com nove jogadores no onze que o treinador bem conhece da época passada, o que fez com que o técnico do Shakhtar soubesse explorar da melhor forma as fragilidades bracarenses e aplicasse uma lição de futebol.
O SC Braga até entrou bem e Horta atirou a rasar a trave. Pouco depois foi Rui Fonte a obrigar Shevchenko a defesa apertada.

No melhor momento dos guerreiros, o Shakhtar abriu o marcador. Antes, num contra-ataque supersónico, Taison foi egoísta e viu Baiano negar o golo, numa jogada que vista do alto da pedreira - onde fica a bancada de imprensa - impressionou pela eficácia da estratégia montada por Fonseca...em segundos, oito jogadores ucranianos galgaram o meio-campo e instalaram-se à entrada da área, perante apenas três defesas bracarenses...Era o aviso de que este Shakhtar ofensivo sabe esperar o momento certo para contra-atacar. Mas foi de um pontapé de canto que nasceu o primeiro: Kryvtsov saltou mais alto do que Rosic e cabeceou para o fundo das redes.

O SC Braga acusou o golo e só reagiu de forma ténue, primeiro por Baiano, depois num livre de Ricardo Horta. As tentativas esbarravam na eficácia ucraniana e num sistema muito mecanizado: bastava ao Shakhtar acelerar e era com total facilidade que chegava à frente, com cinco homens instalados na defesa. Boryachuk esteve perto do segundo, golo que surgiu dos pés de Taison. Marlos passou por toda a gente, desmarcou Taison e o extremo atirou para o golo. Muita passividade da equipa bracarense, a contrastar com a facilidade do ataque ucraniano.

A reacção do SC Braga surgiu antes do intervalo. Excelente cruzamento de Horta, Stojiljkovic surgiu solto na área e cabeceou para o golo como mandam as regras, de cima para baixo.
O segundo tempo começou, praticamente, com um penálti por assinalar ao SC Braga, depois de Rui Fonte ter sido puxado por Kryvtsov. Má decisão do árbitro turco.

A história da segunda parte escreve-se com mais dois golos dos ucranianos - Kryvtsov bisou com um cabeceamento e Taison também festejou o segundo -, assobios para Peseiro, contestação dos adeptos face às escolhas das alterações (já com o técnico a pensar no Paços de Ferreira), um golo de Vukcevic ao cair do pano e muita fé. Foi rezar a todos os Santos para que na Turquia o Gent não marcasse. O nulo mantinha o apuramento em aberto, mas em Konya jogaram-se mais três minutos e já com as bancadas despidas vinha a notícia do golo do Gent que gelou os corações bracarenses.

José Peseiro: "Tivemos duas grandes porradas nos últimos dias"

Visivelmente insatisfeito com a derrota frente ao Shakhtar, José Peseiro mostrou-se bastante agastado com a eliminação da Liga Europa. Na sala de imprensa, após o final do jogo, não escondeu as emoções.

"É duro, nós queríamos e tínhamos como objectivo estar nos 16 avos-de-final, não conseguimos. Dói muito perder aos 94 minutos há cinco dias, dói também ser eliminado hoje [ontem]. Sentímo-nos muito tristes, vamos todos dormir pior, não tenho dú- vidas, mas estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Quem foi guerreiro e entrou determinado como eles, frente a uma equipa muito forte, só tenho de tirar o chapéu. Podemos ter perdido no Dragão aos 94 minutos, perdido a oportunidade de estar na Liga Europa aos 94 minutos, mas com esta forma de lutar e este futebol muitas coisas boas vão acontecer", sublinhou o treinador, revelando que o "balneário está triste e desiludido".

"Tivemos duas grandes porradas nestes últimos cinco dias, mas eu sinto a força dos meus jogadores. Acredito que vamos ter força para vencer no domingo", frisou Peseiro.
Quanto ao jogo, foi claro: "sabíamos que ia ser um jogo de eficácia, quando sofremos o golo devíamos estar a vencer, mas não marcámos as oportunidades. Expusemo-nos, querendo fazer golo, contra uma equipa muito boa. Sofremos o segundo golo, não baixámos os braços, o que seria o mais fácil. Tiro o chapéu a esta equipa de guerreiros".

O treinador considera que, na segunda parte, "se é marcado o penálti, que é penálti", o jogo poderia ter "outro contexto e contornos".
Face aos insultos e assobios dos adeptos, ficou a longa explicação.

"Percebo a vontade dos nossos adeptos, o entusiasmo e a forma de quererem que ganhássemos ao Shakhtar, que tivessem vontade que nós chegássemos aos 5-4, mas o treinador tem de ser mais racional do que emocional. Mesmo sabendo que algumas escolhas possam expor o treinador àquela situação, o treinador tem de defender a equipa, os jogadores e não embandeirar pela situação mais fácil, podíamos estar aqui agora a falar de 1-5, 1-6 ou 1-7. Pagam-me para tomar decisões e foi a decisão que tomei. Não acreditei que pudéssemos chegar aos 5-4, por isso, quis defender a minha equipa e ter a equipa em condições para domingo, com três dias de descanso para um jogo difícil. Isso sou eu que sei. Aceito a forma como mostraram o desagrado, mas eu estou aqui para tomar decisões. Seria mais fácil não tirar os avançados, não ouvia os manifestos de desagrado, mas não sou pago para isso, para ficar bem na fotografia".

Correio do Minho

JotaCC

"Tudo correu mal." E a Liga Europa ficou sem clubes portugueses
Desaire contra o Shakhtar e golo do Gent fora de horas deram eliminação. Portugal não falhava 16-avos desde 2005-06

SP. BRAGA O Sporting de Braga foi ontem derrotado, em casa, pelo Shakhtar Donetsk, de Paulo Fonseca, por 4-2, e foi eliminado da Liga Europa. No entanto, a eliminação da equipa de José Peseiro acabou por ser cruel, pois quando o árbitro deu por terminado o jogo, em Braga, os minhotos estavam apurados. Só que instantes depois vieram más notícias da Turquia, onde o Gent acabou por marcar o golo do triunfo (1-0) aos 90+4 minutos, por Coulibaly, atirando os bracarenses para fora das competições europeias.
A verdade é que o Sp. Braga não teve argumentos para superar um Shakhtar muito mais forte, apesar de Paulo Fonseca, ex-técnico bracarense, ter poupado muitos jogagolo dores. Depressa os ucranianos chegaram ao 2-0, com golos de Kryvtsov e Taison, embora em cima do intervalo Stojiljkovic tenha reaberto o sonho minhoto ao reduzir a desvantagem. Só que após o intervalo os mesmos jogadores do Shakhtar voltaram a marcar, tendo Vukcevic minimizado os estragos já perto do fim.
José Peseiro lamentou o adeus: "Tudo correu mal. Doeu muito perder aos 94 minutos há quatro dias [FC Porto], e hoje certamente vamos todos dormir pior, mas estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Tivemos duas grandes porradas nestes últimos dias, mas acredito que vamos ter forças."
Paulo Fonseca lembrou o que tinha dito antes do jogo: "Tenho pena que o Sp. Braga tenha ficado pelo caminho, ainda por cima o Gent marcou mesmo no final. Tinha dito que no que dependesse de nós não íamos ajudar."
E o certo é que, com a eliminação do Sp. Braga, aliada à do Sporting no dia anterior, Portugal pela primeira vez não terá um representante nos 16-avos-de-final da Liga Europa desde que a prova se chama assim, a partir da época 2009-10. A última vez em que não houve um clube luso nesta fase da prova tinha sido ainda na versão Taça UEFA, em 2005-06. Mourinho segue em frente O Manchester United garantiu o apuramento ao vencer o Zorya, na Ucrânia, por 2-0, com golos de Mkhitaryan e Ibrahimovic. Pelo caminho, no grupo A, ficou o Feyenoord, que precisava de vencer em casa o Fenerbahçe por dois golos de diferença, mas acabou por perder 1-0, com golo de Moussa Sow.
Outro treinador português a seguir em frente foi Paulo Sousa, que viu a sua Fiorentina vencer, no Azerbaijão, o Qarabag por 2-1, com um bis de Federico Chiesa. Enquanto isso, o Olympiacos de Paulo Bento, que já tinha o apuramento garantido, foi derrotado na visita ao APOEL Nicósia.
O Southampton, com Cédric Soares titular e José Fonte no banco, foi eliminado pelos israelitas do Hapoel Beer Sheva (Miguel Vítor titular), após o 1-1 em Inglaterra.
O jogo entre Sassuolo e Genk (grupo F) teve de ser adiado para hoje devido ao nevoeiro, mas já se conhecem todos os apurados para os 16-avos-de-final. Às equipas destacadas a negro no quadro ao lado há que juntar as oito repescadas da Liga dos Campeões: Copenhaga, Lyon, Tottenham, Besiktas, Rostov, B. Moenchengladbach, LegiaVarsóvia e Ludogorets.

DN

JotaCC

"Guerreiros" foram abatidos à distância
Tal como no Dragão, o minuto 90+4' do Konyaspor-Gent assombrou um Sp. Braga sem antídoto para o Shakhtar Donetsk, que detonou a "Pedreira", acabando com o sonho da Liga Europa

O Sporting de Braga não resistiu à maldição ucraniana — somando a sexta derrota nos seis confrontos com o Shakhtar Donetsk — e acabou abatido à distância, com a notícia do golo de Coulibaly, no último minuto do prolongamento do KonyasporGent, no outro jogo do grupo, um profundo e cruel golpe nas aspirações minhotas na Liga Europa.
Apesar de saber que mesmo com uma derrota frente ao Shakhtar Donetsk poderia avançar para os 16 avos-de-final da prova — o Sp. Braga dispunha de vantagem no confronto directo com o Gent —, José Peseiro tentou fintar o destino e cunhou uma equipa personalizada, destemida, disposta a marcar posição e a enfrentar o "fantasma" ucraniano. A entrada "guerreira" foi disso prova inegável, ainda que os actos não tivessem correspondido às intenções. Um cenário, certamente, antecipado por Paulo Fonseca, que adoptou uma atitude cínica. O Shakhtar preparouse bem para o primeiro impacto, que resolveu sem problemas de maior. À iniciativa bracarense, o Shakhtar respondia com um jogo de expectativa, eventualmente letal. Aliás, os minhotos só não provaram o "veneno" ucraniano mais cedo porque Marafona mergulhou aos pés de Boriachuk para evitar o pior. O lance era, contudo, o reflexo fiel da quebra daquele ímpeto inicial, com o meiocampo minhoto a falhar demasiados passes, acusando as muitas baixas que condicionaram a estratégia de Peseiro.
Apesar de alguns sustos, o Sp. Braga recompunha-se e ameaçava de forma mais séria a baliza de Shevchenko, chamado a resolver duas situações de risco, em especial o reàs mate de Ricardo Horta, o primeiro com rótulo de golo iminente.
O Sp. Braga reforçava a confiança e carregava. Rui Fonte falhava o alvo e André Pinto ia ao ataque para criar a ilusão de golo que só aumentava a frustração dos "guerreiros".
Um sentimento que ganhou contornos quase insuportáveis quando Kryvtsov explicou como se faz, inaugurando o marcador no primeiro remate do Shakhtar. Um golpe demasiado duro, que só Ricardo Horta não acusou, liderando a reacção com iniciativas que devolviam a esperança. Mas o Shakhtar continuava no seu registo especulativo, à espera de novo erro, que pouco depois renderia o segundo golo, assinado por Taison.
O Sp. Braga parecia agora irremediavelmente exposto e dependente do que o Gent fosse capaz de alcançar na Turquia. Stojiljkovic ainda ajudou a mitigar a dor com um golo que devolvia, temporariamente, a alegria hostes bracarenses. Uma alegria que até poderia ter sido plena caso o árbitro tivesse assinalado uma falta sobre Rui Fonte, passível de penálti, logo no início da segunda parte.
Sem lamentações, o Sp. Braga prosseguia, lutava sem cessar e tentava levar o Shakhtar para as cordas. Só que aos minhotos faltava precisamente o que sobrava do lado ucraniano: uma astúcia aliada a eficácia demolidora, que renderia mais dois golos de rajada, novamente por Kryvtsov e Taison.
O jogo descontrolava-se, acentuando a superioridade do líder do grupo. As substituições e o nervosismo afectaram ainda mais o Sp. Braga, que ficou a reclamar novo penálti... antes do balde de água gelada — o golo do Gent, no último minuto do período de compensação, que ditou a eliminação do Sp. Braga.


POSITIVO E NEGATIVO

+ Taison
Bisou com requintes de malvadez, a pressionar a ferida que o central Kryvtsov abriu, abatendo os "guerreiros" com uma frieza impressionante.

+ Kryvtsov
Central com veia goleadora, assumiu o papel de "carrasco", sempre no momento exacto.

+ Ricardo Horta
Iluminou a equipa na fase em que ainda nada estava comprometido. Faltou instinto matador nas oportunidades de que desfrutou.

- Rosic
Pareceu desligado, sempre um passo atrás, tanto no primeiro golo como em momentos de maior apuro.

- Ali Palabiyik
Ajudou a afundar o Sp. Braga com dois penáltis negados.

PUBLICO

JotaCC

O trauma habitual sem final feliz
Sporting de Braga perde com o Shakhtar Donetsk e vê o apuramento fugir com o golo do Gent na Turquia já nos descontos

O Sporting de Braga está fora da Liga Europa, após ter perdido em casa com o Shakhtar Donetsk e ter visto os belgas do Gent marcarem na Turquia, ao Konyaspor, nos descontos, já o jogo na pedreira havia terminado. Num encontro dominado pelos ucranianos, os minhotos não tiveram direito a final feliz e agora têm de se concentrar nas provas nacionais.
Cedo se percebeu que o objetivo arsenalista de chegar aos dezasseis avos de final só seria uma realidade se os belgas não triunfassem na Turquia. Mesmo com uma entrada positiva do Braga, o Shakhtar soube impor-se, concretizando o sexto triunfo frente aos minhotos, em seis jogos europeus.
Paulo Fonseca, ex-técnico braguista agora à frente dos ucranianos, prometera ambição máxima, desvalorizando os receios belgas de eventual facilitismo. O treinador português foi bem recebido, poupou alguns craques e aproveitou para lançar jovens, mas a máquina não sofreu quebras. O Shakhtar é uma equipa de Champions a passear classe na Liga Europa, ontem foi novamente bem melhor e chegou rapidamente ao 2-0. Ainda permitiu a redução, mas depois fez mais dois golos e quando tudo estava decidido, os minhotos amenizaram o desaire, com um segundo tento.
Às tentativas frustradas de marcar de Ricardo Horta e Rui Fonte, respondeu o Shakhtar. Primeiro remate, primeiro golo, na sequência de um canto, concluído por Kryvtsov. Eficácia total. A seguir à meia hora, muito forte nas transições, a turma ucraniana chegou ao 2-0, numa boa jogada de Marlos, concluída por Taison.
O Braga reduziu antes do intervalo, após bom cruzamento de Ricardo Horta e desvio perfeito de Stojiljkovic. Mas o início do segundo tempo voltou a ser de domínio do adversário, que chegou facilmente ao 4-1, primeiro após um livre de Fred, concluído por Kryvtsov, e depois, com Taison a aproveitar a desorientação contrária e a bater Marafona.
A tendência apontava para o avolumar da goleada, mas os últimos minutos valeram um segundo golo ao Braga, por Vukcevic. O pior viria após o apito final, com as notícias vindas da Turquia. À derrota pesada, sucedia-se o inglório adeus europeu.


José Peseiro

A de ontem, a segunda de duas derrotas com o Shakhtar, foi o resultado mais natural do mundo, tal a supremacia da equipa ucraniana, mas tratou de confirmar o que se esperava havia muito. Caiu o Braga da Liga Europa, após uma campanha fraca, e vincou-se o labéu de um técnico muito atreito ao azar.

JN

JotaCC

ADEUS À EUROPA COM UM FESTIVAL DE FONSECA
O Braga foi eliminado depois de ter perdido um jogo em que foi sempre inferior. O Gent fez o resto na Turquia, com o golo decisivo a surgir no último minuto

Apesar de ter poupado nove dos habituais titulares e de ter jogado sempre num ritmo baixo, o Shakhtar venceu com inteira justiça e afastou o Braga da Liga Europa.


Tankovski atrapalha Stojiljkovic

Vida difícil para Peseiro Seis jogos frente ao Shakhtar, seis derrotas e uma eliminação precoce do Braga, a primeira da sua história na fase de grupos da Liga Europa. Nunca os arsenalistas tinham caído tão cedo nesta competição e, ontem, nem a aposta de Paulo Fonseca em jogadores habitualmente menos utilizados valeu de muito a José Peseiro. O confronto da Pedreira acabou cedo, aos 62 minutos, com o terceiro golo do Shakhtar, mas as piores notícias chegaram mais de meia hora depois, diretamente da Turquia, com a vitória do Gent (1-0) a surgir apenas na última jogada do encontro – e numa altura em que Peseiro e os jogadores já tinham recolhido aos balneários. Foi um golpe duro para os minhotos, que acabam penalizados por aquilo que não conseguiram fazer nos jogos que antecederam o de ontem, sobretudo nos confrontos com o Gent e o Konyaspor. Isto porque o Shakhtar, mesmo sem algumas das suas principais figuras, mostrou ser muito superior a esta equipa do Braga.
No entanto, os arsenalistas até entraram forte no jogo, com uma pressão alta à qual faltava acrescentar apenas uma melhor definição no último terço de terreno, ainda que tenha sido a equipa de Fonseca a chegar à vantagem, na sequência de um lance de bola parada. Foi a quinta vez que o Braga entrou a perder na Liga Europa – em seis jogos... –, num facto que se transformou em hábito também nas outras competições. Em vantagem no marcador, as circunstâncias do jogo colocaram-se ainda mais ao gosto do Shakhtar, que nunca quis meter muita intensidade no jogo, e nunca meteu, tendo antes preferido guardar a bola e apostar nas saídas para o ataque apenas nos momentos certos. E foi precisamente numa dessas ocasiões que aconteceu o segundo golo, depois de uma condução perfeita de Marlos e de uma excelente finalização de Taison.
A perder por dois golos ainda na primeira parte, o Braga ameaçava ruir, mas o golo de Stojiljkovic, já perto do intervalo, devolveu a esperança à equipa portuguesa. Apesar disso, o arranque do segundo tempo trouxe um Shakhtar a controlar em absoluto o andamento do jogo – sempre num ritmo baixo – e um Braga a dar sinais de desespero por não conseguir ter a bola. Com o avolumar dos minutos, a formação ucraniana passou a encontrar espaços na defesa arsenalista com uma facilidade assustadora. Peseiro percebeu que o descalabro estava perto e lançou Alan para o lugar de Stojiljkovic, numa opção muito criticada pelos adeptos (ver caixa). Mas foi já com o brasileiro em campo, a fazer companhia a um único ponta de lança (Hassan), que o Braga voltou a sossegar, reduzindo a desvantagem perto do final. O maior dos problemas surgiu depois, com o tal golo do Gent a gelar os corações arsenalistas.


Opção Peseiro tira Stojiljkovic e gera revolta nas bancadas

O Braga já perdia por três golos de diferença (4-1) quando José Peseiro se decidiu a chamar Alan. A placa apontou para a saída do número 21, Ricardo Horta, e das bancadas chegaram alguns assobios... Foi então que o treinador do Braga correu para o quarto árbitro e alertou para um erro na substituição, tendo então avançado para a troca de Alan por Stojiljkovic, numa opção que provocou uma enorme ira nos adeptos. Aos muitos assobios juntaram-se insultos a Peseiro, numa situação que se prolongou praticamente até ao final da partida.


A Figura
Ricardo Horta: 6


Um agitador num deserto de ideias
O extremo foi dos poucos a fazer pela vida. Teve mérito na forma como procurou agitar o jogo, como num grande remate a obrigar Schevchenko a fazer uma boa defesa. Os cruzamentos para Rui Fonte atirar ao lado e para Stojiljkovic marcar são mais dois exemplos de qualidade.




José Peseiro "O treinador tem de defender a equipa"
Técnico explicou que o 4-1 acabou com o jogo e que as substituições visaram proteger a equipa de um resultado mais pesado

"Percebo o entusiasmo dos adeptos, mas podíamos estar a falar agora de um 6-1" "Quando sofremos o golo, podíamos estar a vencer. O resultado da primeira parte era injusto" "Dói muito perder aos 94 minutos. Vamos todos dormir pior, mas ainda muita coisa está para vir" "Atingi um momento na minha carreira em que estou preparado para tudo"

O técnico bracarense enalteceu a atitude dos jogadores e lamentou que o aproveitamento ofensivo não tivesse compensado o risco frente a um adversário "de Champions"

Quando José Peseiro, a perder por 4-1, trocou Stojiljkovic por Alan, recebeu uma onda de protestos das bancadas, que queriam ver o Braga ao ataque, na tentativa de inverter o resultado. O treinador compreendeu a insatisfação e explicou o que tinha em mente. "Quando é o 4-1, o treinador tem de mudar. Percebo o entusiasmo dos adeptos e que tivessem vontade de chegar ao 5-4, mas não acreditei que fosse possível. O treinador tem de defender a equipa, de proteger os jogadores, e podíamos estar agora a falar do 6-1. Com três dias de descanso, prefiro ter uma equipa melhor a uma equipa desgastada", argumentou Peseiro, "desiludido com o resultado" mas "satisfeito pela postura e entrega da equipa bracarense".
Relativamente ao jogo, o treinador do Braga lamentou a falta de aproveitamento ofensivo, que fez com que os riscos que a equipa tomou não tivessem compensado. "Sofremos um golo numa altura em que podíamos estar a vencer, depois expusemonos e passámos por alguma situações de ataque; sabíamos que nos estávamos a expor perante uma equipa muito boa, de Champions. O resultado na primeira parte era injusto para o que estávamos a fazer. Tivemos oportunidades para fazer golo, fazendo tudo para não permitir desequilíbrios", analisou José Peseiro, que lembrou "um penálti por marcar na segunda parte, que poderia ter dado outros contornos ao jogo".
Pela segunda vez consecutiva, o Braga caiu aos 94 minutos, desta vez com o golo do Gent, que deixou os minhotos fora da Europa. O técnico admitiu que o momento não é fácil. "Dói muito perder aos 94 minutos, é difícil fazer golos ao Konyaspor, sentimo-nos muito tristes, nem essa sorte tivemos. Hoje vamos todos dormir pior, não tenho dúvidas. Perdemos no Dragão aos 94 minutos, fomos eliminados aos 94 minutos, mas ainda muita coisa boa está para vir", afirmou Peseiro, prometendo ser resiliente : "Atingi um momento na minha carreira em que estou preparado para tudo. Quando não quiser aceitar as críticas e os assobios, tenho de abandonar a minha profissão e não quero isso."




Fonseca ficou "com pena"

"É pena que o Braga não tenha passado. Os jogadores e o clube mereciam"

Paulo Fonseca ficou "com pena que o Braga tenha ficado pelo caminho, ainda por cima depois de o Gent marcar nos descontos". O treinador do Shakhtar lamentou que a sua anterior equipa não tenha continuado na Liga Europa. "Tinha dito que não iríamos dar uma ajuda ao Braga, mas os jogadores – a maior parte meus ex-jogadores – mereciam e as pessoas responsáveis pelo clube também. É pena que não tenha passado", disse.
Paulo Fonseca considerou que a sua equipa conseguiu ontem "uma boa vitória, justa", e elogiou o trajeto imaculado no Grupo H da Liga Europa. "Foi fruto do trabalho, de ter excelentes jogadores e uma boa equipa. Tínhamos o objetivo de conseguir vitórias em todos os jogos, os jogadores responderam bem a esse desafio. Sou um treinador feliz porque realmente não é fácil conseguir só vitórias nesta fase de grupos", defendeu, sublinhando que ter feito "muitos golos confirma o que é o Shakhtar enquanto equipa".




HASSAN PROMETE REAÇÃO
Internacional egípcio manifestou-se "triste" pela eliminação da Liga Europa, mas já pensa em "dar alegrias" aos adeptos

A depressão motivada pela derrota com o Shakhtar e, sobretudo, pelo afastamento da Liga Europa deixou Hassan sem grande vontade de falar. "Não tenho muitas palavras nesta altura. Saímos tristes. O jogo foi difícil e não é o resultado que queríamos", suspirou o avançado, embora prometendo uma reação positiva já na partida com o Paços de Ferreira, para o campeonato. "Acredito que nos vamos levantar. Vamos trabalhar para dar novas alegrias aos adeptos", referiu. De volta à última ronda da fase de grupos, o internacional egípcio garantiu que a equipa não poupou no esforço. "Não correu bem. Na primeira parte jogámos muito bem, mas sofremos dois golos. Lutámos muito, só que na segunda metade também não correu bem", recordou, com desconsolo.



BAIANO DE CONSCIÊNCIA LIMPA

Não foi por falta de empenho que o Braga se despediu da Liga Europa, conforme sublinhou Baiano. O lateral direito projetava uma participação mais duradoura, mas o Shakhtar não facilitou e a vitória do Gent na Turquia transformou em pó as esperanças dos arsenalistas. "Tentámos o nosso melhor. Sabíamos das dificuldades que íamos encontrar e agora há que levantar a cabeça. Temos muitos jogos no resto da época e temos de reverter esta situação. Estamos tristes, queríamos outro resultado, agora é seguir em frente", comentou.

O JOGO

JotaCC

Peseiro assobiado
AMBIENTE Adeptos do Braga não se esqueceram do que Paulo Fonseca fez no clube e brindaram-no com aplausos

Na melhor casa da época – mais de 15 mil adeptos , o treinador do Braga ouviu insultos e foi assobiado quando tirou Stojiljkovic para meter Alan

Contrastes. Paulo Fonseca foi entusiasticamente aplaudido no regresso a Braga e José Peseiro viu-se fortemente assobiado. Os adeptos do Braga não gostaram de ver o treinador dos minhotos tirar Stojiljkovic e, após a derrota e quando souberam que o Gent tinha ganho, manifestaram o seu desagrado com insultos e assobios bem audíveis dirigidos a José Peseiro. Já Paulo Fonseca, que na época passada ganhou a segunda Taça de Portugal da história do clube, foi brindado com aplausos quando entrou em campo e e quando o speaker disse o seu nome.
Este jogo europeu registou a melhor lotação da época no Municipal de Braga, ao ter mais de 15 mil espectadores, e suscitou o interesse de diversos clubes europeus, entre os quais Manchester United, Arsenal, Sunderland, West Ham, Middlesbrough, Milan, Nápoles, Atalanta, Atlético de Madrid, Sevilha, Bétis, Villarreal, Mónaco e Marselha.

O JOGO

Bruno3429

Gamboa projetou dérbi com o Vitória SC B

Este sábado é dia de dérbi do Minho no Estádio 1.º de Maio. SC Braga B e Vitória SC B têm embate marcado para as 15H00, em jogo referente à 18.ª jornada da Ledman LigaPRO. Gverreiros e Conquistadores defrontam-se separados por três pontos, num jogo que se espera "intenso" e "empolgante", tal como projetou Gamboa na antevisão à partida.

"Esperamos um jogo difícil, empolgante e com grande intensidade e qualidade. Vão defrontar-se duas equipas que praticam bom futebol. O Vitória SC é, tal como nós, uma equipa jovem e recheada de bons valores. Chega a Braga na melhor fase da temporada, somando cinco jogos sem perder. Mas isso não nos deixa de maneira nenhuma intimidados e estamos focados em vencer e oferecer um triunfo aos nossos adeptos", começou por dizer.

O médio bracarense prometeu um SC Braga B determinado em lutar mais do que o adversário pela vitória, num dérbi "com muita história" e que, defende, não deixar ninguém indiferente. "É um dérbi e um jogo com muita história. Estes são os jogos que qualquer jogador gosta de jogar, qualquer treinador gosta de estar no banco e que qualquer adepto gosta de assistir. Temos de demonstrar, do primeiro ao último segundo, que queremos ganhar mais do que o nosso adversário", disse salientando a importância do apoio dos adeptos: "A nossa massa associativa é muito importante para nós. Trata-se de um dérbi e é fundamental que venham para nos ajudarem a conquistar a vitória".

Depois de um momento menos positivo na temporada, Gamboa atuou como titular nos últimos três encontros. Questionado se está de volta o melhor Gamboa, o médio preferiu vincar a competitividade existente no grupo liderado por Abel Ferreira, salientando que espera aproveitar as oportunidades que lhe são concedidas. "Não diria que está de volta o melhor Gamboa, porque sou ambicioso e quero ser melhor todos os dias. Efetivamente houve uma fase em que o mister optou por dar oportunidade a outros, mas agora surgiu a minha e espero aproveitá-la da melhor maneira. Isto só demonstra que existe uma grande competitividade – saudável, claro – dentro do grupo e que jogue quem jogar a equipa sabe o que tem que fazer", concluiu.

Recordar que este é um encontro com transmissão na SC Braga TV a partir das 15H00.


Tiago Cruz: "Queremos vencer e jogar bem"

Depois do triunfo caseiro (4-0) na receção aos Leões de Porto Salvo, o SC Braga/AAUM regressa agora às batalhas fora de casa  com a deslocação a Cascais, para defrontar o CDR Os Vinhais. Tiago Cruz, ala de 21 anos, foi porta-voz do grupo na antevisão a mais uma partida, projetando um encontro difícil perante uma "equipa aguerrida" e com "um coletivo forte". "O próximo jogo será mais uma deslocação difícil, contra uma equipa muito complicada. Apesar de terem subido à primeira divisão apenas esta época, o Vinhais já mostrou que é uma equipa aguerrida com um coletivo forte. Sabemos que todas as equipas que defrontam o SC Braga/AAUM jogam sempre no máximo para poderem contrariar as nossas forças, mas nós treinamos sempre no limite e estamos preparados para enfrentar todas as adversidades", disse acrescentando que apenas a vitória reina no pensamento dos gverreiros. "Independentemente do adversário o nosso objetivo para cada jogo é conquistar três pontos, e este jogo não é exceção. Estamos fortes e o nosso único pensamento é aplicar no jogo aquilo que treinamos durante a semana, jogar bem e conseguir a vitória", concluiu.
Lembrar que a partida está agendada para as 18H00 de sábado, dia 10 de dezembro.

SCBraga

Bruno3429

Recolha de brinquedos também no Estádio

O SC Braga dá a oportunidade a todos os sócios com Lugar Anual de contribuir para a causa solidária que o clube abraçou para o jogo SC Braga vs FC Paços de Ferreira, agendado para domingo, dia 11, às 20h15. Para tal, estarão à disposição dois postos para a entrega de brinquedos (um posto na Nascente e outro na Poente).

Recordamos ainda que, entre os dias 10 e 11 de dezembro, será possível trocar o seu brinquedo pelo bilhete para o jogo solidário no Braga Parque (em frente ao Pingo Doce), no Nova Arcada (em frente ao Continente), bem como nos postos habituais de venda de bilhetes (SC Braga Store, loja SC Braga no Braga Parque e bilheteiras).

José Carvalho Araújo: "Triunfo coloca-nos mais perto"

Depois do triunfo caseiro (3-1) com o GD Chaves, os sub-19 do SC Braga voltam agora a jogar fora de portas. Em jogo referente à 16.ª jornada do Campeonato Nacional – Zona Norte, os Gverreiros do Minho viajam até Paços de Ferreira embalados por três jogos sem perder (duas vitórias e um empate), num embate que José Carvalho Araújo antevê de grau de dificuldade elevado para a sua equipa. "Seguramente que vamos encontrar um adversário díficil, aguerrido e que dentro do seu reduto tem uma força extra. Não estamos à espera de facilidades, mas sim de mais um encontro difícil e muito intenso. Sabemos que o FC Paços de Ferreira vai jogar no nosso mas, ao mesmo tempo, estamos conscientes daquilo que temos que fazer para vencer o jogo", disse acrescentando: "Estamos a entrar na reta final desta 1.ª fase e neste momento cada vitória nos coloca mais perto do nosso objetivo. Por isso, vamos entrar em campo focado e determinados em vencer".

José Carvalho Araújo admitiu ainda que este ciclo de bons resultados conferiu maior confiança ao grupo, após um período onde o SC Braga apresentou algumas dificuldades. "Como vínhamos dizendo, estávamos cada vez mais perto daquilo que pretendíamos. Acabámos por ser infelizes em alguns jogos mas, felizmente, as coisas estão-nos a correr bem nesta fase e temos cada vez mais vontade de continuar a trabalhar e a evoluir", concluiu.

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