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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 19/12

Started by JotaCC, 19 de December de 2014, 07:36

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JotaCC

Taça de Portugal: Guerreiros do minho históricos

Vitória histórica. O Sporting Clube de Braga mostrou que é composto por verdadeiros Guerreiros do Minho que ontem, no Estádio da Luz, conquistaram um triunfo histórico já que, pela primeira vez, conquistou uma vitória em casa do Benfica para a Taça de Portugal, por 2-1.
O Benfica entrou mais ofensivo no primeiro tempo, controlando o esférico e assumindo as despesas do jogo, enquanto o Sp. Braga procurava, na expectativa, encaixar no sistema e estilo de jogo apresentado pelos benfiquistas.
Com o correr dos minutos, os bracarenses conseguiram ir sacudindo a pressão benfiquista e chegaram mesmo com perigo à baliza de Júlio César, que respondeu muito bem a um remate perigoso de Pardo que levava selo de golo.
Aos 11 minutos, o caso do jogo. Jardel toca com as mãos na bola dentro da sua grande área, mas o árbitro Artur Soares Dias nada assinalou. Penálti por marcar a favor do Sp. Braga e, na sequência da jogada, Pardo acabou por ser amarelado ficando condicionado para o resto do jogo. Dois erros do árbitro da partida a prejudicarem o Sp. Braga.
Aos 33 minutos o Ben fica chegou ao golo. Algum desnorte dos homens do Sp. Braga, um cruzamento de Gaitan e Jonas a saltar mais alto que Santos que, no entanto, parece algo mal batido no lance. O golo sofrido acabou por abalar os bracarenses que até ao intervalo não se conseguiram encontrar e mostravam dificuldades em segurar a maior vontade benfiquistas.
E no segundo tempo, uma entrada impressionante do Sp. Braga. Muito pressão e dois golos em 12 minutos. Primeiro foi Santos que, aos 48 minutos, aproveitou um erro da defesa do Benfica para empatar o jogo e depois, aos 58 minutos, Pardo teve uma arrancada espectacular e sozinho conseguiu levar o esférico até à área benfiquista e desfeitear Júlio César, completando a reviravolta no marcador.
Reacção extraordinária do Sp. Braga na segunda parte, com o guarda-redes Kritciuk a mostrar-se também fundamental para aguentar a pressão que o Benfica impôs sobre os bracarenses depois dos golos sofridos. E a exibição de classe do Sp. Braga na segunda parte assegurou o apuramento para os quartos-de-final da Taça, com uma histórica vitória em casa do Benfica.

CORREIO DO MINHO

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UM ASSALTO COM AS ARMAS DO CAMPEÃO
Ao segundo duelo, o Braga de Conceição tornou a abater o Benfica, usando recursos que costumam fazer sorrir Jesus: aproveitamento de bola parada (canto) e ataque rápido

Espicaçado e também competente perante um Benfica que perdeu Enzo em andamento, o Braga deu a volta à desvantagem e, 60 anos depois, venceu em casa do rival, seguindo para os "quartos" da Taça Para o Braga, mandar o Benfica ao tapete até parece fácil – dois jogos na temporada, duas vitóriaspelomesmo resultado (2-1) e ambas construídas de virada, esta em casa do rival, onde, em 1954 (no Jamor), venceu pela segunda vez – a primeira na Taça de Portugal, valendo o apuramento para os quartos de final. Mas a aparência dá trabalho e obriga a ter pernas e neurónios sempre a carburar. A motivação, essa tem de ser estimulada antes e durante o confronto, embora Sérgio Conceição tenha tido, desta feita, um aliado extra: outrora seu treinador, Jorge Jesus espicaçou os bracarenses quando ousou passar a fronteira da insinuação para diminuir os méritos da equipa minhota e tentar condicioná-la, a ela e ao próprio árbitro, recriminando as faltas cometidas que entende terem sido a mola da derrota na Pedreira. E o veneno lançado por Jesus foi replicado em dobro pelos arsenalistas, que, a perder por 1-0 ao intervalo, foram ao armário do campeão (e detentor do troféu) e arrancaram de lá as armas que o mesmo costuma usar: eficácia numa bola parada e também num ataque rápido, sempre com Pardo no centro das ações.
Ao primeiro remate à baliza, o Benfica fez a festa.O autor da finalização certeira foi Jonas (melhor do que Santos), aos 33', e, pese a organização e disciplina tática que o 4x2x3x1 do Braga demonstrava – e haveria de prolongar até ao derradeiro suspiro da contenda –, nas bancadas calculou-se que a noite fria seria mitigada por uma história prima ou irmã das que aqueceram jornadas com final feliz. Até porque a agitação tinha sido inaugurada por Pardo, mas sem consequências – Júlio César, ao minuto 18, disse "presente". Nesta altura, só a eficácia separava duas equipas agressivas, mas leais. Os encarnados ganharam vantagem, mas... a notícia de rombo no meio-campo do 4x4x2 de Jesus foi passada ao treinador por Enzo Pérez, que, com lugar reservado no Valência, pediu para ser substituído assim que se sentiu fisicamente em xeque.
O intervalo foi aproveitado por Pizzi para aquecer de forma intensa: Enzo não regressaria das cabinas. Sem Luisão e Salvio (lesionados, nem foram a jogo) e ainda privado de Samaris (com queixas musculares, ficou na bancada), Jesus teve de mudar por completo o coração da linha média, articulando Cristante e Pizzi, mas foi pela direita que o Braga, já com as linhas estendidas no relvado, começou a esgaravatar o sucesso: aos 48', Pardo cobrou o canto, André Almeida deu um pontapé na atmosfera e depois estava lá Santos – com o jeito que faltou a Éder – para empatar.O Benfica defendeu-se com onze (!!!) na área, mas a competência vestiu-se à arsenalista.
A reação das águias foi pronta, sobressaindo então a qualidade do guarda-redes Kritciuk. Na resposta, aos 58', o Braga desferiu nova estocada, com Pardo,num diabólico lance individual, a assinar o momento do encontro, agradecendo o facto de já não haver no meio um argentino que pudesse esticar a perna e pará-lo. Atrás, o guardião russo manteve o nível; no banco, Conceição refrescou meio-campo e ataque com Custódio (por Rúben Micael) e Agra (por Rafa). Estávamos no minuto 73. Pouco depois, Jesus recorreu a Talisca. Poderia ser tarde. E foi. Derley ainda entrou – tal como Sami no outro lado –, mas o desesperado 2x4x4 do Benfica, com Gaitán a fazer todo o corredor esquerdo, não deu com o alvo. E já não cedia em casa, nas provas nacionais, desde março de 2012, então frente ao FC Porto de Vítor Pereira...



FILME DO JOGO

13'Ola John cruza da esquerda e César cabeceia à barra da baliza do Braga, mas fá-lo em falta, na opinião do árbitro. Livre contra o Benfica.
16' Rafa desmarca Pardo, que invade a área do Benfica pela direita e dispara cruzado para defesa exigente de Júlio César.
33' [1-0] Perda de bola de Pedro Tiba na esquerda. Maxi Pereira acelera e cruza para o meio da área, onde Jonas ganha o duelo aéreo com Santos e cabeceia de cima para baixo, sem hipótese de defesa para
Kritciuk.
41'Gaitán, num remate acrobático na área, dá trabalho a Kritciuk.
45'+ 1'Servido por Ola John (com túnel de Gaitán pelo meio), Jonas acerta na bola
com pouca convicção e Kritciuk nega-lhe o 2-0.
48' [1-1] Pardo bate canto à direita. André Almeida, perto do primeiro poste, falha o corte, Éder, na pequena área, não acerta na bola, mas Santos – à segunda – empurra a bola teimosa para as redes.
55' Lima dispara, Kritciuk nega o golo. Na insistência, Jonas remata ao lado.
58' [1-2] Golo do Braga: Pardo inicia e finaliza lance genial [ver MOMENTO].
65' Jonas desembaraça-se de dois adversários e chuta para notável defesa de Kritciuk.
72' Ola John cruza e Jonas cabeceia para nova intervenção felina de Kritciuk.
78' Talisca atira de longe, Kritciuk defende para canto.
85' Em ótima posição na área, Talisca encolhe-se perante a reação de Custódio e erra o golo.



Pardo rasgou avenida

A FIGURA Pardo: 8 Se pudesse, ia já a correr até ao Jamor!

Decisivo, empolgante, matador: em três adjetivos se resume o contributo inestimável do internacional peruano, que comandou o Braga até aos quartos de final da Taça, derrubando o detentor do troféu. Frio no inferno da Luz, o dianteiro avisou Júlio César que vinha para bater palmas aos outros num disparo cruzado (16'). Sempre veloz, sempre intenso, Pardo cobrou o livre que redundou no 1-1 e teve a justa retribuição ao fazer o golo que tudo resolveu. Arrancou com chispa, aproveitou o espaço para correr quase meio terreno e finalizou preciso, de pé canhoto. A cavalgada foi tamanha e o desejo tão grande que, por ele, o 90 ia já direto da Luz ao Jamor... mas ainda falta.



BRAGA UM A UM

Kritciuk 8 Se nada pôde fazer no golo, fez tudo o resto, que não foi pouco. Após algumas saídas a punhos, teve duas defesas competentes no mesmo lance (41'), em especial a segunda, após acrobacia de Gaitán; evitou o 2-0 que Jonas esboçou ao cair da primeira parte e teve nova intervenção a disparo de Lima (55'). Negou novamente o segundo a Jonas (65' e 72') e por fim disse "nem penses" a Talisca (78'). Excelente.
Baiano 5 Apareceu bem a compensar os centrais quando o Benfica apertou. Ficou em sentido quando Ola John lhe apareceu pelo caminho, mas nunca se desequilibrou.
Santos 5 A última barreira bracarense foi destruída por Jonas num ataque aéreo do avançado, que fez o 1-0. A redenção veio aos 48', quando, à segunda, aproveitou um canto de Pardo para igualar.
André Pinto 6 Sóbrio, discreto, mas eficiente. Foi quase sempre um problema que os avançados encarnados nunca resolveram. Em situaçõeslimite, foi invariavelmente ele a afastar o perigo.
Djavan 5 Acutilante a atacar, jogou a todo o comprimento do terreno, mas também foi impotente na jogada do 1-0. Enervou-se e viu um amarelo logo de seguida. Na segunda parte, Ola John fê-lo suar ainda mais.
Danilo 7 Não tem pinta de gigante, mas foi um colosso no meiocampo. Perdeu-se a conta às recuperações do médio na
zona intermédia. Sempre no sítio certo a fechar, foi agressivo nas divididas e crucial na transição para o ataque.
Pedro Tiba 5 Arguto, foi o primeiro bracarense a invadir o meio campo contrário com propósito, gerando ruturas. Pena a desatenção no plano defensivo – foi desarmado no lance do 1-0, entre outras quebras.
Rúben Micael 5 A jogar contra o Benfica e num palco onde é malquisto, o médio foi muito castigado pela oposição. Teve caminho quase sempre barrado ao tentar o transporte para a frente. Soltou-se na segunda parte, na qual teve maior influência.
Rafa 6 Dos que maior poder de penetração deram ao Braga. Isolou Pardo com mestria aos 16' e, rigoroso, desceu bastante no terreno para auxiliar a defesa.
Éder 4 Salvo algumas recuperações à entrada do seu meio campo, foi um corpo estranho ao resto da equipa. O mais visível que fez foi um remate disparatado (14').
Custódio 5 Entrou para trancar a porta. Cumpriu e ainda atrapalhou Talisca quando o brasileiro se preparava para fuzilar (85').
Salvador Agra 3 Precipitado, foi maior a sua vontade de ajuda do que o auxílio efetivo.
Sami – Apenas bola.



Conceição teve motivação extra
Reparos de Jesus à agressividade da sua equipa deram ainda mais força ao plantel bracarense

"A agressividade faz parte do jogo. A equipa que tem mais faltas é o Benfica, no jogo no Dragão" Sérgio Conceição Treinador do Braga

A agressividade do Braga foi alvo de críticas de Jorge Jesus antes da partida, algo que Sérgio Conceição não gostou de ouvir. "Faz parte do jogo. Existem contactos e a equipa que tem mais faltas num jogo éo Benfica,no Dragão.Em cartões, estamos no mesmo patamar, mas não foi por isso que ganhámos, e sim por mérito", atirou, reforçando que "as palavras de Jesus deram mais motivação". "Tínhamos um ambiente difícil devido a essas declarações. E não é fácil para o árbitro e até para nós", declarou, elogiando a "entrega incrível" da equipa, que atuou com "confiança e de forma personalizada".
"O mais importante era passar, contra um Benfica forte, com jogadores de alto nível", defendeu, a propósito de o Braga ter alcançado apenas a sua segunda vitória com o Benfica na condição de visitante. "As estatísticas dizem-me pouco. Não sinto prazer especial em ganhar a nenhuma equipa grande.Estou feliz porque passei uma eliminatória muito difícil e não pelo borrego", sublinhou, elogiando os seus jogadores frente a um Benfica que, em casa, "cria grandes dificuldades a todas as equipas". "Acreditámos e a vitória foi merecida. Foi a segunda vez que nos vimos a perder com o Benfica e tudo se torna mais difícil", realçou, acrescentando que "não há segredo". "É o trabalho e interpretar a mensagem, mas também tivemos alguma sorte", disse, explicando o recuo final: "Além da minha constipação, a minha voz [rouca] mostra que gritei para que a equipa subisse. Mas não é fácil para o Braga aguentar naquela situação, nem para qualquer equipa do mundo."
Garantido o apuramento, Conceição nega que o Jamor seja o céu para o Braga: "É o objetivo. Queremos as finais e ficar nos quatro primeiros da Liga."

O JOGO

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"OBJETIVO É O JAMOR"
Líder dos bracarenses destacou a humildade e o querer da sua equipa e lembrou a "segunda barreira ultrapassada" após a vitória em Guimarães

Presidente dos arsenalistas considera a sua equipa tão favorita como as sete que restam na Taça e diz que a atitude deve ser igual caso o sorteio determine um confronto com o Sporting ou com o Famalicão
Visivelmente satisfeito com a vitória no Estádio da Luz, António Salvador, presidente do Braga, destacou o triunfo, sobre uma "grande equipa", que coloca o emblema minhoto mais perto deum objetivo que tem sido assumido desde o início da temporada: marcar presença no Estádio do Jamor para disputar a fi
nal da Taça de Portugal. "Vencemos num estádio muito difícil frente a uma grande equipa. Foi a vitória do querer, da humildade e da vontade. Mostrá mos que estamos vivos. O objetivo é chegar ao Jamor e sabíamos que para o alcançar tínhamos de ultrapassar barreiras. Já tinha acontecido em Guimarães e voltou a acontecer aqui", sublinhou o presidente do Braga, garantindo que a sua equipa tem de dar o máximo na próxima ronda da prova independentemente do adversário queo sorteio de segunda-feira ditar.
"Esta vitória não nos serve de nada se não passarmos às 'meias'. Temos de pensar jogo a jogo. Somos tão favoritos como o Sporting ou o Famalicão. Importante é dar o máximo contra qualquer adversário", atirou António Salvador, desvalorizando as declarações de Jesus na véspera do jogo: "Não atribuímos importância a essas declarações. Tentámos focar-nos neste jogo e prepará-lo o melhor possível."



ADEPTOS ARSENALISTAS DESEJARAM BOM NATAL NA LUZ

Depois de estar a perder, o Braga deu a volta ao marcador, provocando uma enorme festa entre os cerca de 300 adeptos arsenalistas que se deslocaram à Luz. Por isso, e em jeito de provocação pelos festejos encarnados no Dragão, nos quais houve espaço para desejar festas felizes ao FC Porto, ontem foi a vez de os bracarenses picarem o rival, entoando também "um bom Natal" para as águias.



Pardo ataca sem medo

O Braga venceu o Benfica apenas pela segunda vez o Benfica como visitante e Pardo sublinha que esta equipa está "muito forte e preparada para qualquer rival". "Sabíamos que não é fácil jogar na Luz. Mas somos uma família e lutamos todos para o mesmo lado", disse, reforçando: "O Braga já é respeitado."

O JOGO

JotaCC

"Discurso de Jesus deu-nos mais força"

"Somos uma família. Obrigado aos adeptos. Com eles, somos 12. O sonho é a final".
Pardo Jogador do Braga

SÉRGIO CONCEIÇÃO, treinador do Braga, saiu da Luz "muito satisfeito" com os jogadores minhotos, que considerou "uns verdadeiros campeões". E agradeceu o discurso de Jesus antes do jogo...
"Não precisávamos, mas é claro que isso nos deu mais força. Não somos uma equipa faltosa. Somos aguerridos. E temos força mental, que, no futebol como na vida, é importante. Os nossos jogadores deram uma prova de grande entrega. Dou-lhes os parabéns por terem interiorizado esta paixão de ganhar", afirmou Sérgio Conceição.
Insistindo na resposta a Jorge Jesus, que considerou o Braga uma equipa "muito faltosa", Conceição puxou da estatística. "Se formos a ver, o Benfica saiu do Dragão como a equipa que mais faltas fez num só jogo".
"Dizem- me que houve um penálti a nosso favor. Compreendo que os árbitros tenham dificuldade em assinalar faltas das equipas grandes", rematou Conceição.

JN

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David Lopes: " preparados para vencer o encontro"
O SC Braga/AAUM recebe este sábado, no Pavilhão da Universidade do Minho, pelas 16h, o CCRD Burinhosa, em jogo a contar para a 15ª Jornada da Liga SportZone de Futsal.

A turma bracarense continua em grande no campeonato, ocupando o segundo lugar a seis pontos do líder. O Brurinhosa foi uma das três equipas que na primeira volta conseguiu roubar pontos ao SC Braga/AAUM, por isso não se espera tarefa fácil para os da casa. Paulo Tavares e os seus pupilos iniciaram a segunda volta com uma vitória fora de portas, batendo no Restelo o Belenenses por 7-2. O Burinhosa é a grande surpresa do nosso campeonato, ocupando neste momento o quarto lugar com 22 pontos. Muito bem orientada por Kitó Ferreira, a equipa Bury vem de um empate caseiro diante do lanterna vermelha, os Unidos Pinheirense, e vai tentar dificultar ao máximo a tarefa bracarense.

Na antevisão do encontro, David Lopes técnico-adjunto do SC Braga/AAUM, começou por alertar para a ambição do Burinhosa "uma equipa que também quando joga fora de portas procura vencer os jogos, tal como fez, por exemplo, na Luz diante do Benfica. Jogar de uma forma pressionante é uma característica desta equipa". O técnico frisou também que será um obstáculo difícil de ultrapassar, pois "é uma equipa que faz da sua agressividade uma arma forte, mas estamos preparados para vencer o encontro".

Miguel Almeida, por seu turno, avançou que estão à espera de uma equipa muito combativa: "sabemos das dificuldades que vamos ter, mas estamos preparados para superar as dificuldades. Foi uma equipa que ainda não conseguimos vencer, mas nós queremos vencer todos os jogos em casa e é isso que vamos tentar conseguir no próximo sábado".

MODALIDADES.COM.PT

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Noite de desperdício perante uma muralha russa
Sp. Braga ganha pela segunda vez na sua história em casa do Benfica e afasta "encarnados" da Taça de Portugal. Tal como no jogo do campeonato, as "águias" permitiram a reviravolta no marcador

"O Benfica jogou muito bem, mas tivemos dois erros que foram fatais. Fomos sempre melhores do que o Sp. Braga mas a eficácia também conta muito. Não estamos habituados a perder."
Jorge Jesus
Benfica "Fizemos um jogo de grande entrega e vontade. Tenho um grupo de jogadores que são uns verdadeiros campeões. Merecem esta vitória. "Sérgio Conceição
Sp. Braga


Apenas uma vez, tinha o Sporting de Braga ganho em casa do Benfica, mas nem sequer tinha sido no Estádio da Luz. Foi a 31 de Outubro de 1954, no Jamor, que um golo solitário de Mario Imbelloni, um argentino, deu a única vitória minhota em casa "encarnada" em 63 visitas. Mais de 60 anos depois, o Sp. Braga conseguiu a segunda vitória, por 2-1, um feito que lhe valeu a passagem aos quartos-definal da Taça de Portugal. Fica de fora o actual detentor do troféu, que foi vítima do seu enorme desperdício e voltou a cair perante um adversário que já lhe tinha ganho esta época, acabando com uma invencibilidade caseira em provas nacionais que já durava há dois anos e nove meses.

Os jogadores do Sp. Braga festejam um dos dois golos apontados na Luz
O Sp. Braga apresentava-se na Luz com esperanças legítimas de seguir em frente na Taça. Afinal, era a única equipa nacional que tinha derrotado o Benfica esta época e estava numa fase de boa forma, para além de já ter afastado os "encarnados" da Taça em quatro das oito anteriores eliminatórias em que as duas equipas se cruzaram. E Sérgio Conceição trazia os seus melhores, Tiba, Éder, Pardo e, principalmente, Rafa, jogadores que geralmente marcam a diferença. E os minhotos vinham com o rótulo de "agressivos" que Jorge Jesus lhes tinha colado.

Moralizado pela vitória no Dragão, o Benfica não se apresentava, no entanto, a 100%. Para além dos lesionados habituais, Jesus tinha ainda de lidar com a indisponibilidade física de Luisão e Salvio, cujas ausências foram colmatadas por César e Ola John. Mas o técnico "encarnado" resolveu mexer um pouco mais. Meteu Cristante em vez de Samaris e apostou na dupla Jonas-Lima, deixando Talisca de fora. Enzo talvez estivesse a fazer o seu último jogo pelo Benfica e com a cabeça no Valência, mas do médio argentino Jesus nunca abdica.
O início do jogo foi o que se esperava, equilíbrio, com alguns momentos de superioridade benfiquistas, mas os minhotos eram uma equipa muito segura do que estava a fazer e não deixavam que esses momentos fossem muito frequentes. Aos 11', a formação visitante teve mesmo alguma razão de queixa da arbitragem. Artur Soares Dias não viu o braço de Jardel a desviar a bola dentro da área e terá ficado um penálti por marcar. Mas, pouco depois, foi Jonas a ser derrubado por Pardo quando ficava isolado frente ao guarda-redes Kritciuk — o colombiano talvez devesse ter visto o cartão vermelho. Um erro grave de arbitragem para cada lado.
Foi o Sp. Braga o primeiro a andar perto do golo. Aos 16', Pardo obriga Júlio César a uma excelente defesa, mas foi o Benfica quem primeiro fez o marcador funcionar. Minuto 33', Maxi Pereira faz o cruzamento, Jonas salta mais alto do que Aderlan Santos e coloca o Benfica na frente. Um golo pleno de oportunismo para o avançado brasileiro, que ganhou no seu primeiro duelo com Kritciuk, o guarda-redes habitual suplente de Matheus. Como o resto do jogo viria a mostrar, foi o único que o Benfica conseguiu ganhar ao russo. Até ao intervalo, as "águias" ainda podiam ter marcado por mais duas vezes, mas adivinhem quem não deixou...
Jesus resolveu fazer uma espécie de passagem de testemunho na segunda parte. Deixou Enzo no balneário, fez entrar Pizzi, que tem sido trabalhado para substituir o argentino. Os minhotos apareceram com a mesma vontade de discutir o jogo e, praticamente na primeira vez que chegaram perto da baliza de Júlio César, fizeram o empate. Aos 47', na sequência de um canto, André Almeida deixa passar uma bola para a pequena área do Benfica e Aderlan, a dois tempos, faz o golo.
Era um aviso sério e era um filme que já se tinha visto há dois meses em Braga. Benfica a ganhar, Sp. Braga a empatar. O capítulo final ainda estava por escrever. Kritciuk ainda fez mais uma grande defesa, antes de Pardo, aos 57', fazer um daqueles golos "maradonescos", de pegar na bola no meio-campo, correr até à baliza, fintar uns quantos adversários e fazer o golo. A reacção de Jesus foi: meter avançados. O Benfica acabou a jogar com Lima, Jonas, Derley e Talisca. Mas nada derrubou a muralha russa que o Sp. Braga tinha na baliza.



Positivo/Negativo

Kritciuk
Meia-dúzia de grandes defesas para este guardaredes russo que costuma ser suplente de Matheus e que chegou a Portugal há dois anos para jogar na equipa B dos minhotos. Elasticidade e reflexos foram os argumentos que mostrou na baliza do Sp. Braga e que o Benfica não conseguiu contrariar.

Pardo
Grande golo o que marcou. Foi rápido a conduzir a bola desde o meio-campo e calmo na forma como esperou pelo momento certo.

César
Sem Luisão, entrou César e a defesa do Benfica, simplesmente, não foi a mesma. Ficou parado a ver o segundo golo.

Ataque do Benfica
Jonas foi o mais inconformado e ainda marcou, mas falhou muito. Lima poucas oportunidades teve e, dos outros que entraram, pouco há a dizer.

PUBLICO

JotaCC

Sem Enzo a tradição foi pelos ares. Não há coindências...
Benfica vencia ao intervalo, mas o argentino saiu e o Sp. Braga, que nunca havia vencido na Luz, virou o jogo em 18 minutos. Campeão pela primeira vez sem Europa e Taça

Mario Imbelloni. Registe este nome, talvez pela última vez, porque ele passou ontem à história de vez. O avançado argentino, que representou o Sp. Braga de 1954 a 1956, era um nome recorrente antes de cada deslocação dos minhotos à Luz. Tinha sido ele o marcador do golo do único triunfo dos bracarenses em visita à casa do Benfica. O problema, para Imbelloni, neste caso, é que a casa era emprestada – Jamor – e por isso o Sp. Braga ainda suspirava por um triunfo na Luz. Aconteceu ontem, com uma vitória por 2- 1 que atirou o Benfica para fora da Taça.

Nomes para a história

Não há amor como o primeiro, costuma dizer- se. Por isso, fixe: Sérgio Conceição, Aderlan Santos e Pardo. Estes são os nomes que nos próximos tempos serão lembrados. O treinador e os marcadores dos golos, os obreiros da estreia bracarense a silenciar, de facto e por completo, a Luz. Isso já ninguém lhes tira e talvez ninguém esteja a perceber o real impacto e dimensão do feito. Dentro de alguns anos falamos melhor...

Um fim de ano bem diferente

Há uma nova sensação no ar, que o Benfica jamais tinha experimentado. Os encarnados de Lisboa nunca tinham comido as 12 passas do novo ano sem estar a competir na Taça de Portugal ou na Europa do futebol. A bem dizer, isso já aconteceu. Quando festejou a entrada de 2003, o Benfica também não estava em nenhuma das competições, mas já sabia desde o início que não teria provas da UEFA, pois não se tinha qualificado.

Jorge Jesus, homem de muitos recordes, tem também o condão de assinar momentos baixos. Problemas de quem está muito tempo num só clube...

Onde é que já vimos isto?

Ponto prévio: o Benfica não merecia sair da Taça de Portugal. Jogou mais, melhor, teve mais posse de bola e criou mais oportunidades.

No fundo, provou do feitiço com que encantou o FC Porto no Dragão. Jesus não podia contar com os lesionados Luisão e Salvio – o argentino foi operado ontem ao braço esquerdo –, mas resolveu deixar "Cometemos dois erros fatais e a saída forçada do Enzo tirou- nos agressividade. Defensivamente não estivemos bem como é habitual." JORGE JESUS
"Na minha opinião, não é bom para o futebol [ discurso de Jesus antes do jogo]. O que seria uma motivação para eles, foi ainda mais para nós. Jogadores estão de parabéns."SÉRGIO CONCEIÇÃO
Ainda assim, a primeira parte, apesar de algumas ameaças dos visitantes, foi ( bem) dominada pelo Benfica que chegou ao intervalo com uma justa vantagem, conseguida através de um centro de Maxi para o inteligente Jonas – um reforço de elevada categoria, de pés redondos.
Com ausências de vulto, Enzo Pérez saiu ao intervalo ( lesionado) e o Benfica passou a ter menos qualidade, mais próximo da mediania e à mercê de uma equipa com categoria nas alas do ataque (Rafa e Pardo), no meio- campo ( Danilo e Micael mais do que Tiba) e na defesa ( Aderlan Santos, André Pinto e Baiano, para além do herói Kritciuk). Em 18 minutos o Sp. Braga virou o jogo, fazendo, no fundo, o mesmo que já tinha feito no jogo do campeonato. Começa a ser um padrão e um pedregulho no sapato para Jesus.
Soares Dias, o pior de todos em campo, não viu Jardel jogar andebol na área e faltou- lhe coragem para expulsar Pardo quando este deteve o isolado Jonas. Tudo na mesma jogada.


KRITCIUK
Idade 24 anos Posição Guarda- redes
Gaitán, Lima e Jonas, este por duas vezes, dificilmente esquecerão este russo, que chegou à Luz a tremer e a falhar reposições de bola fáceis e sem oposição, e saiu quase em ombros como um dos heróis bracarenses, a par de Pardo, que disputou esta distinção palmo a palmo com o guarda- redes. Entre os postes, Kriticiuk esteve irrepreensível, dotado de elevada concentração, uma tendência dos atletas do Leste Europeu. Revelou fragilidades quando deixava os postes mas nas alturas em que foi necessário um guarda- redes seguro e com mãos de ferro ele esteve lá. Depois de Matheus, no jogo da Liga, mais um guardião bracarense a tramar o Benfica.

DN

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Zav

António Salvador não escolhe adversário

O presidente do SC Braga não escolhe o adversário para os quartos de final da taça e só pensa na final.

Feliz com o êxito da sua equipa o presidente da equipa minhota elogiou o grupo por ter conseguido derrotar o líder do campeonato português: "Foi a vitória da humildade, do querer e da vontade".

Após a vitória sobre o Benfica António Salvador, presidente da direção dos "arsenalistas", lembrou: "Foi só mais uma vitória e não serve para nada se na próxima eliminatória não ganharmos e para isso é preciso manter a concentração e humildade".

O líder do clube minhoto aborda a carreira da equipa de forma pragmática e sobre o futuro próximo adverte: "Se queremos chegar à final temos que eliminar os três grandes ou pelos menos dois. Quem vier temos que ter os mesmos atributos que tivemos com o Benfica para passar a eliminatória, seja que equipa for que nos sair no sorteio".

O presidente dos bracarenses não se mostrou surpreendido com o êxito porque como explicou: Quando no início da época preparámos a equipa sabíamos a qualidade que tinhamos e o caráter dos jogadores".

RTP