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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 03/12

Started by JotaCC, 03 de December de 2014, 07:46

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ÉDER AFINA A PONTARIA PARA A VÍTIMA FAVORITA
Nenhuma equipa sofreu tantos golos do internacional luso como o V. Guimarães. Em 2012/13, quase fez o pleno nos quatro jogos

Das cinco vítimas que o atacante bracarense fez em 2014/15, só o Estoril já tinha o nome inscrito na lista. Boavista, Benfica, Académica e o modesto Alcains foram adicionados esta temporada

Arredado dos golos desde 2 de novembro (deslocação a Coimbra), Éder terá, domingo, mais uma boa oportunidade para confirmar o que os números já deixam transparecer: uma aptidão para marcar ao Vitória de Guimarães. Os cálculos realizados indicam seis golos em 13 jogos, a maior parte dos quais (cinco) para o  campeonato. A inclinação acentuou-se a partir do momento em que passou para Braga (2012), mas já vinha dos tempos em que representava a Académica. Aliás, um disparo certeiro do atacante foi quase sempre sinónimo de triunfo para as equipas em que alinhou. A exceção ocorreu em 2013, nos quartos de final da Taça de Portugal, numa partida em que os vimaranenses só desfizeram o empate que se registava no final dos 90 minutos no prolongamento.
A época em que o Vitória de Guimarães mais sofreu com Éder foi a de estreia do atacante em Braga. Aproveitando a vaga deixada por Lima, o internacional português faturou logo no primeiro jogo com os vimaranenses, lançando as bases para um triunfo por 3-0. Até ao fim de 2012/13 as duas equipas viriam a defrontar-se por mais três vezes e o jogador nascido em Bissau por pouco não fez o pleno, uma vez que foi incapaz de acertar com as redes na partida da fase de grupos da Taça da Liga (0-0).
Na tabela das equipas que mais golos sofreram de Éder, não se pode dizer que a liderança do Vitória de Guimarães esteja ameaçada. Entre as primodivisionárias, o Nacional é aquela que segue mais próxima da vimaranense, com quatro golos encaixados. No entanto, tanto uma como outra conseguiram impedir o dianteiro dos bracarenses de festejar nos primeiros jogos realizados esta temporada: os vitorianos para a Taça de Portugal, os madeirenses para o campeonato. Aliás, só o Estoril já constava da lista de vítimas de Éder. Boavista, Benfica, Académica e Alcains foram adicionados só esta época, na qual o luso-guineense assumiu outro estatuto no plantel arsenalista: o de capitão.


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Foram os golos que Éder apontou o V. Guimarães ao longo da carreira. Quatro foram marcados ao serviço do Braga e os outros dois pela Académica



LEVANTE SEM DINHEIRO PARA PARDO
Olheiro do clube espanhol gostou da exibição do ala colombiano em Penafiel, mas dificilmente pagará os valores que o Braga exige

Felipe Pardo foi, ontem, capa de jornal em Espanha devido ao alegado interesse do Levante em contratá-lo já no mercado de janeiro. A notícia foi avançada pelo diário "Superdeportes" e revela que o olheiro daquele clube da comunidade valenciana terá ficado impressionado com a exibição realizada pelo colombiano no sábado, em Penafiel, onde até marcou um golo (o terceiro do Braga). Contudo, ao que O JOGO apurou, dificilmente o Levante contratará o extremo. Principalmente em janeiro. Para o conseguir, teria de atingir os valores exigidos pelos arsenalistas e, nesta altura, tal cenário afigura-se bastante complicado, uma vez que o emblema espanhol atravessa uma débil situação financeira. O melhor que este poderia oferecer seria um empréstimo com opção de compra, algo que não enche as medidas a António Salvador.



MICAEL AQUECE OS MOTORES

A recuperação total de Rúben Micael para o dérbi de domingo, com o Vitória de Guimarães, ganha cada vez mais força. O médio ainda trabalhou de forma condicionada no treino de ontem, sempre na companhia do fisioterapeuta Francisco Miranda, mas espera-se que nos próximos dias se junte aos companheiros na preparação para o jogo com o vizinho vimaranense. O único indisponível deverá ser Zé Luís, que ainda precisa de um pouco mais de tempo para debelar um problema muscular, enquanto Djavan tem luz verde para seguir para estágio no sábado.

O JOGO

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Felipe Pardo na lista de compras do Levante

O SUPERDEPORTE adianta que o Levante cobiça o extremo do Braga. Segundo o jornal desportivo espanhol, Manuel Salvador Serra, diretor desportivo do clube de Valência, esteve em Penafiel, no jogo da última jornada da liga portuguesa, e levou as melhores recomendações sobre o jogador colombiano. Problemas: Felipe Pardo é peça basilar da equipa de Sérgio Conceição, que o Braga não quer alienar, e tem um "valor de mercado" a rondar os oito milhões de euros, montante julgado insuportável para o clube da liga espanhola.
Outro problema, que envolve a parte mais interessada: segundo apurou o JN, Felipe Pardo até vê com bons olhos a possível transferência para a liga espanhola, mas para um clube de maior dimensão.
Sempre de acordo com o Superdeporte, o Levante quer levar o internacional sub-20 colombiano por empréstimo, já no próximo mercado de inverno, e com opção de compra reservada para o final da temporada.
Pardo tem contrato com o Braga até junho de 2017. Chegou ao Minho no verão de 2013, oriundo do Independiente Medillín. O Braga pagou 600 mil euros pela transferência.

JN

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Karoglan: «Se não fosse a guerra nunca tinha ido para Portugal»
As memórias de um dos melhores estrangeiros da história do Sp. Braga. A guerra que o obrigou a sair do seu país e a possibilidade de jogar no FC Porto que nunca percebeu se existiu mesmo

DESTINO: 90's é uma nova rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 90's.

KAROGLAN: Desp. Chaves (1991 a 1993) e Sp. Braga (1993 a 1999)

Por muito que o Sp. Braga tenha crescido nos últimos anos ( e cresceu) dificilmente se encontrará um estrangeiro que mais rapidamente se identifique com o Sp. Braga do que Mladen Karoglan.

O avançado croata foi grande figura do conjunto bracarense nos anos 90, bem antes da explosão definitiva do clube, que acabaria por jogar, até, uma final europeia em 2011, depois de ter mordido os calcanhares ao Benfica na luta pelo título, no ano anterior.

Era impossível, então, começar um artigo sobre Karoglan sem falar do Sp. Braga, por muito que a carreira do avançado croata em Portugal até tenha começado em Chaves. É como o próprio diz: «Chaves foi inesquecível, mas a melhor fase foi em Braga».

O «Destino:90's» procurou, desta feita, Mladen Karoglan, avançado rápido, esquerdino, matreiro na área. O telefone tocou em Zagreb, onde mora desde que deixou Braga e encerrou a carreira, em 1999. Tinha 35 anos.

A conversa com o Maisfutebol é toda em português. Algumas palavras saem mais rapidamente do que outras, mas Karoglan, de 50 anos, continua a falar fluentemente o idioma. Começamos pelo presente. O que faz, por estes dias, o ex-bracarense? Karoglan ri. Foi assim quase toda a conversa. «Estou a viver», atira, rompendo numa gargalhada.

Depois abre o livro. «Continuo ligado ao futebol. Tento manter sempre esta ligação, mesmo que não a nível profissional. Trabalhei como olheiro e também numa equipa juvenil aqui da cidade. Cheguei a falar com o Braga para descobrir talentos mas nunca foi nada em concreto. Não tenho ligação a um clube, faço de olheiro para alguns amigos, seja para a Croácia, Inglaterra, Alemanha...», enumera.

De Zagreb garante que «mantém um olho» na Liga portuguesa. No Sp. Braga e nos grandes. Pergunta-nos pelo Desp. Chaves e explicamos que está a lutar pela subida. «Parabéns para eles então. Espero que consigam. Falta uma equipa daquela zona na I Divisão em Portugal», explica.

«Conheço os jogadores do Sp. Braga, FC Porto, Benfica, Sporting. Mais do que isso não me pergunte...», atira, de novo entre risos. Pode estar descansado. Queremos as memórias, isso sim.

O Sp. Braga de Manuel Cajuda com Karoglan (fila do meio, primeiro à direita)

Guerra obrigou a uma mudança que ocorreu «muito tarde»

A chegada a Portugal aconteceu em 1991, quando eclodiu a guerra na antiga Juguslávia. Como muitos outros futebolistas daquela zona, Karoglan viu-se obrigado a procurar outro destino para jogar futebol. «Veio fugido da guerra», era a expressão que por cá se utilizava para falar dos jogadores de leste que começavam a ser presença habitual numa Liga, até então, mais restrita.

«Se não fosse a guerra nunca tinha ido. Tinha 26 anos e não me passava pela cabeça sair daqui, ainda por cima para um país como Portugal, tão longe. É a vida. É a guerra e é a vida...», afirma.

Ainda assim, foi um mal que veio por bem: «Ninguém gosta de guerra, mas se não fosse isso se calhar nunca tinha conhecido um país lindo como Portugal. Passei lá oito anos que nunca vou esquecer.»

O lamento é, portanto, apenas um: «Fui muito tarde». Na altura, Karoglan tinha 26 anos e jogava no NK Zagreb. Já levava quase dez numa carreira que começara no Hajduk Split em 1982.

«Para um jogador de futebol 26 anos já é muito tarde, mas ainda joguei muitos mais. Se fosse hoje acho que nem me davam oportunidade. Agora aos 20 anos já são velhos. Pode ter a certeza: um jogador de 20 anos não sabe nada de futebol. É muito verde. Mas agora é assim. Aqui na Croácia aparece um jogador de 18 anos e já falam logo em vender por milhões. Enfim», lamenta.

«Nunca tive empresário. Se fosse hoje trabalhava com o Mendes»

Destino: Chaves. Uma cidade «diferente de todas» as que Karoglan conhecia. Mudança drástica, difícil. «Não conhecia ninguém, não sabia a língua. Digo-lhe que passei dias muito difíceis», assume. «Mas, por outro lado, não me esqueço que era uma cidade de gente boa. Cinco estrelas», aprova.

No plantel estava o búlgaro Slavkov e o sérvio Rudi. «Estavam um pouco como eu. Era difícil. Mas se eles não estivessem lá eu tinha de jogar na mesma e foi isso que meti na cabeça», explica.

Seguiram-se dois anos, 62 jogos, 17 golos. E chegou a hora de mudar, para o clube que deu início a esta reportagem. Karoglan assina pelo Braga em 1993. Única proposta? Concreta sim, mas houve outros interesses.

«Chegaram a dizer-me que o FC Porto também me queria. Nunca soube se era verdade. Eu não sabia muitas coisas. Não tinha empresário, veja lá. Sempre fui eu que tratei de tudo, hoje em dia era impossível», sublinha.

Essa opção, tomada para «não dar muita confiança» a empresários, marcou-lhe a carreira: «Se tivesse empresário talvez tivesse chegado mais longe em Portugal. Nunca se sabe. Pode ter a certeza de uma coisa: se conhecesse o [Jorge] Mendes queria trabalhar com ele (risos). Pena que não existisse um Mendes naquela altura.»

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