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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 13/01

Started by JotaCC, 13 de January de 2012, 07:12

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JotaCC

Clubes absorvem imposto nos preços dos bilhetes

Nas bilheteiras do Estádio Axa, é já com tributação a 23% do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) que se vendem ingressos para o jogo entre Sporting de Braga e Sporting. Interpelado sobre a subida do IVA, João Gomes, director geral do clube arsenalista, defende que os clubes, "que vivem também a crise, andam há anos a lutar para vencer o maior problema, a falta de adeptos nos estádios".

O espectáculo desportivo, e em particular o futebol, quer na carga fiscal quer nos interesses e nas verbas geradas em todo o mercado suportado por esta actividade, "é de todos o mais rentável ao Estado", sustenta o dirigente.

Gomes evoca dificuldades na captação de espectadores. "Antes não tínhamos condições nos estádios. Depois, porque os preços eram proibitivos", lembra, frisando que "os clubes investiram, esforçaram-se e até arriscaram o equilíbrio das contas para superar isso".
"Agora, estádios quase todos os clubes têm e com condições boas para o adepto", sustenta, observando que os preços têm vindo a ser "alvo de políticas mais próximas" da capacidade financeira do país.

João Gomes realça o exemplo do Braga. Além das campanhas para a aquisição de lugares anuais, que nesta fase estão à venda desde 7,5 euros, "tem vindo a praticar preços baixos assumindo tantas vezes esse prejuízo", questionando que, "depois deste esforço todo dos clubes", venha o Estado, "principal beneficiário do fenómeno futebol taxar as manifestações desportivas ao máximo".

Qual a principal consequência? O director geral responde: "das duas uma; ou se aumentam os preços dos ingressos e ninguém vem ao estádio ou então os clubes assumem esse custo. O Sporting Clube de Braga como tem uma política a pensar no sócio/adepto decidiu assumir esse aumento".

Bancada central por 50 euros

Para o próximo domingo, confronto com a turma leonina com a qual disputa o terceiro lugar, para o público os bilhetes estão à venda pelos preços de 20€ (lateral), 30€ (lateral inferior) e 50€ (central). Para os sócios há ingressos a 20€ no caso da bancada superior, 12€ para a bancada inferior e 3€ para sub-14.

A nova taxa começou já a ser aplicada a 23% no passado fim-de-semana. "Tragam a família e vamos todos ao estádio assistir à vitória do nosso clube. Domingo, às 16h00, vamos todos ao Cidade de Barcelos apoiar a nossa equipa em mais uma vitória". O apelo constava da página do Gil Vicente. O clube barcelense recebeu domingo o Nacional da Madeira, competidor directo por um lugar tranquilo na tabela. Os bilhetes para o público em geral foram vendidos a preços entre os 10 euros na bancada nascente e na sul inferior e o valor de 20 euros na bancada poente superior. Os sócios com quotas em dia podiam adquirir dois bilhetes por cinco euros.

Merelinense vendeu entradas a 7 e 9 euros

Também em outros escalões das provas da Federação a posição de serem os clubes a absorver o imposto é acompanhada. Em Merelim, os bilhetes no domingo para o jogo com o Marítimo B, para a II Divisão Nacional, custavam 7 euros para a superior e 9 para a central.
"Se isto já está mal como está, com mais imposto fica ainda pior", justifica o dirigente Francisco Araújo, explicando que o clube está a vender ainda bilhetes recebidos antes da subida do IVA e que qualquer actualização só deverá ser considerada se nesse sentido vier uma directiva da Federação ou da Associação de Futebol de Braga.

Ainda em Merelim, um cerveirense pagou para ver o filho, que joga na turma insular. Mais IVA? Está mal, considera. "Os clubes têm muitas despesas na formação dos jogadores e nas viagens das equipas. Se o Estado vai buscar aos bilhetes mais dinheiro ou os clubes perdem receita cada vez haverá menos público nas bancadas", avisa.
Em Vila Verde, a turma da casa recebeu o Esposende, jogo da III Divisão Nacional. "Isto já está mal com os preços como estão. Se os bilhetes sobem mais ainda vai ficar pior", diz-nos Raul Lobo, um adepto do Vilaverdense.

GD Prado mantém preços até ao final da época


Fomos a um jogo da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. No domingo, o Prado recebeu o quase vizinho Martim. A tarde estava de sol mas não foi difícil estacionar nas proximidades do rectângulo de jogo. "É uma questão de termos pessoas nos recinto dos jogos. As assistências têm vindo a baixar. Desta forma vamos tentar manter o que temos que são os sócios habituais e os espectadores das equipas adversárias", explica Armindo Viana, tesoureiro do Grupo Desportivo de Prado, contando que o clube manteve o preço, apesar da subida do IVA.

Perguntamos se já fez contas à diferença para as finanças do clube.
Ainda não há uma ideia sobre o valor do prejuízo, refere, vincando que "temos de suportar a despesa porque já vem pouca gente. Se aumentássemos os preços aos bilhetes menos gente viria ao campo de jogos".
Tem uma ideia de qual o prejuízo? Alguma conta feita?
Ainda não. A decisão está tomada até final da época.

Finanças não tributam bilhetes do futebol regional?

A Associação de Futebol de Braga não altera desde a época 2009/2010 os preços de bilhetes nos jogos que organiza, com preços entre os dois euros para uma geral da II Divisão Distrital e o mais caro de cinco euros numa central da Divisão de Honra.
O secretário-geral da AF Braga, Jorge Monteiro, realça que não recebe mapas financeiros dos clubes, realçando que desconhece qualquer acção das Finanças no futebol regional.

Economistas e fiscalistas aceitam IVA à taxa normal


O futebol é negócio de milhões. Ganham jogadores, treinadores, árbitros e administradores dos clubes/SAD, diz José Carlos Abreu, mestre em Fiscalidade e docente no IPCA — Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Barcelos. Praticam-se em alguns casos preços ao nível dos artigos de luxo, diz o técnico de contas António Lopes. Ambos aceitam a tributação deste espectáculo à taxa normal.

O economista Manuel Caldeira Cabral, docente na Universidade do Minho alerta que na presente conjuntura a tendência é para a diminuição da procura nas bilheteiras, mesmo que os clubes absorvam a subida do imposto. Mas se repercutirem o aumento da taxa no preço final do bilhete, então o efeito poderá ser "brutal", avisa.

Cabral alude à conjuntura de recessão e desemprego. Ainda que os clubes não reflictam o aumento do IVA no preço, a diminuição do número de espectadores deve ocorrer, pela diminuição do rendimento e reafectação de despesas, prospectiva. Mas, acrescenta, se reflectirem o aumento do IVA, aumentando o preço, numa tentativa de manter a receita, os clubes "podem acabar por ter um efeito de redução de espectadores muito acentuado, o que poderá ter reflexo s menos positivos no próprio espectáculo".

Perante este cenário, em que a perda de receitas será "quase inevitável", aquele docente da Escola de Economia da Universidade do Minho entende aconselhável que os clubes tenham "uma grande atenção ao controle de custos, para evitar cair em situações financeiras mais complicadas".

António Lopes: não é aceitável taxa reduzida em artigos de luxo

António Lopes lembra terem passado 25 anos — "muito tempo" —, considera, desde que o IVA foi introduzido em Portugal, em 1986. Este técnico de contas lembra que a realidade evoluiu, Portugal entrou na União Europeia, vieram fundos comunitários e chegou-se à situação actual, "a maior crise económico-financeira" desde a grande depressão dos anos 30 do século XX. De modo análogo, segundo defende, também no que ao futebol diz respeito entre 1986 e 2012 as realidades evoluíram.

"Em 1986, o caso Saltillo foi o sinal de partida para uma profunda reviravolta no futebol português, catalisando toda uma movimentação que levou o futebol a ser considerado, em 2012, como uma verdadeira "indústria" que envolve milhões. Antes, nos condicionalismos da época, terá sido compreensível a "protecção" (IVA à taxa reduzida) dada, ao futebol como a outros espectáculos. A lei elencava "espectáculos, manifestações desportivas e outros divertimentos públicos".

Segundo António Lopes "não parece que seja aceitável", em 2012, continuar a permitir que os bilhetes para os jogos de futebol, "alguns deles a preços verdadeiramente exorbitantes e já qua-se enquadráveis no âmbito do n.º 4 do art.º 104.º da CR que diz que "a tributação ... deve onerar os consumos de luxo", tributados à taxa reduzida. Este especialista entende como "absolutamente certo" que os jogos de futebol sejam tributados à taxa normal.

José Carlos Abreu: aumento deve ser absorvido pelos clubes

Os preços dos bilhetes de futebol são também equacionados por José Carlos Abreu. Podem atingir os 65 euros, ao nível dos mais caros na Europa do futebol, realça. Assim, o docente do IPCA considera que o aumento do imposto deve ser absorvido pelos clubes (se possível reduzindo o seu valor), sob pena de os próprios clubes provocarem o esvaziamento dos espectadores dos estádios.

"Quem diz que não tem condições para absorver o IVA por razões económicas, também não as terá se não tiver adeptos", adverte, sublinhando que "muitas vezes esquecidos, os adeptos têm um papel fundamental no futebol, não só pelo que representam desportivamente mas também pelo decisivo contributo a nível económico, quer nas receitas de bilheteira quer no merchandising dos seus clubes".

A equação da absorção do imposto pode ser mais fácil de teorizar do que de executar. O aumento do IVA vai criar mais dificuldades aos clubes? "Certamente. Mas os clubes/SAD devem pensar como o "negócio" deve ser gerido", observa. De acordo com Abreu, "nada escapa à austeridade imposta pelo Orçamento de Estado para 2012".

Os espectadores do futebol poderão deparar-se com um aumento significativo no preço dos bilhetes, por força do agravamento do IVA - de 6% para 23% - nos ingressos do futebol (Lei 64-B/2011 de 30 de Dezembro de 2011), considera. O mestre em Fiscalidade e docente no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) admite que os agentes do futebol estão contra o salto de 17% no IVA, "adicionado às dificuldades económicas que atravessamos", pois irá "contribuir decisivamente para uma forte diminuição do número de espectadores nos estádios".

Para o docente do IPCA, os factores económicos "influenciam as assistências". Mas devem ser considerados outros factores como as condições de conforto e segurança, a competitividade, credibilidade, horário dos jogos.
"Os portugueses antes de gostarem do futebol, gostam que o seu clube ganhe. O espectáculo vive dos estádios cheios, dos adeptos a apoiarem os seus craques", observa ainda José Carlos Abreu, reconhecendo o futebol como "o espectáculo mais popular no País".

Numa conjuntura de grandes dificuldades, acrescenta, onerar o preço dos bilhetes "é retirar alegria e emoção", quando o objectivo "é que haja mais pessoas a virem ao futebol e não que aquelas que já vêm, deixem de vir".
Em sentido contrário, admite, há aqueles que entendem, "como é o nosso caso", que o futebol profissional "não pode ter qualquer regime de excepção".

Ao nível do IVA, os clubes já beneficiam da isenção na venda dos cativos, que nos grandes clubes representam mais de metade da lotação do Estádio, salienta. Por outro lado, Abreu considera questionável que as "borlas" no futebol não sejam tributadas em sede de IVA. Em termos fiscais, uma prestação de serviços que o Código do IVA considere efectuada a título oneroso deve, por princípio, estar sujeita a IVA. O bilhete dá acesso ao espectáculo desportivo e, por isso, trata-se de uma prestação de serviços.

Assim, deve incumbir aos clubes/SAD entregar o imposto (IVA) ao Estado. Porém, os clubes quando, por exemplo, tomam a iniciativa de "abrir" as portas do estádio, é manifestamente impossível de quantificar/valorizar, já que não são oferecidos bilhetes, lembra, vincando que as novas tecnologias, como torniquetes accionados por códigos de barras, não podem, contabilizar o real valor das ofertas já que (presume) o sistema de acesso ao estádio é desactivado e as portas abertas ao público. Relativamente aos convites, Abreu entende como aceitável que não sejam sujeitos a imposto, embora com limites, a exemplo das ofertas de bens.

Em recessão, espectáculos são para "cortar"

Com a recessão que se anuncia para 2012, com "efeitos fortes" para uma parte importante da classe média, "em particular para os funcionários públicos e muitos trabalhadores que poderão perder os seus empregos", o aumento do IVA, se se reflectir totalmente no aumento de preços "poderá ter um efeito brutal na diminuição da procura dos espectáculos desportivos", avisa Manuel Caldeira Cabral.

Sugerindo que sejam os clubes a suportar o esforço não aumentando o preço dos bilhetes, este professor da Universidade do Minho lembra que os consumidores estão "presos a muitos compromissos fixos", como casa e automóvel, e perante o aumento de preços de produtos e serviços como os transportes e a energia, outros produtos sujeitos a aumento de IVA, etc. os consumidores terão de fazer um ajustamento muito forte nas despesas descricionárias.
"Terão de cortar mais do que proporcionalmente no que podem cortar. As despesas em espectáculos desportivos surgem nesta categoria", conclui o docente da UM.


José Mendes: "Competentes no que fazemos"

Tudo a postos para o duelo com os leões no seio dos 'Guerreiros do Minho'. Todos esperam por um excelente resultado na recepção ao Sporting e a estrutura directiva do clube demonstra que as expectativas estão altas.

A vitória é o objectivo e permite que o Sp. Braga se isole de vez no terceiro lugar da tabela classificativa. Para José Mendes, presidente da Assembleia Geral dos arsenalistas, apesar das evidentes dificuldades, a vitória neste encontro pode ser um passo fundamental para a luta por outros objectivos.

"Este encontro com o Sporting é uma partida chave do ponto de vista psicológico porque pode isolar o Sp. Braga no terceiro lugar que, a manter-se até ao final do campeonato, representaria a pré-eliminatória da 'Champions League'. Naturalmente que estamos ainda muito longe do fim do campeonato e para já isto é mais um jogo psicológico por-que há ainda meio campeonato e muita coisa vai acontecer. Muitos pontos vão ainda ganhar-se e perder-se", referiu o dirigente arsenalista, considerando ainda que "relativamente a esta jornada, o Braga tem o Sporting como adversário imediato, uma vez qu e os outros dois estão um pouco mais distantes e, portanto, como em qualquer jogo, interessa fazer três pontos, ultrapassar este adversário, sendo que, se assim não acontecer, também não me parece que seja drama nenhum".

Os dados estão lançados, todos esperam por um excelente resultado do Sp. Braga na recepção aos leões e José Mendes aproveita para pedir aos adeptos bracarenses que se façam ouvir no estádio, no próximo domingo.

"Os sócios do Sp. Braga têm consciência que o clube e equipa estão a fazer um campeonato tranquilo, com passos bastante seguros, com o que alguns já chamaram pezinhos de lã, mas a verdade é que enquanto a imprensa, genericamente, apresenta o Sporting como uma grande equipa e candidata ao título, a verdade é que neste momento o Braga tem os mesmos pontos. Temos um perfil diferente, mas um estilo competente e tranquilo de fazer as coisas e por isso os adeptos estão com a equipa. Para este jogo apelo para que os sócios venham, fazem falta, os jogadores sentem falta desse apoio nas bancadas e de certeza que se assim for vamos ter uma jornada séria e, com um bocadito de sorte, de sucesso", finalizou.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Alan: «Queremos mais»
BRASILEIRO OLHA PARA O 3.º LUGAR

Alan não oferece importância a quem não acreditou que o Sp. Braga estivesse, nesta fase, a lutar pelo 3.º lugar. O capitão bracarense regista que "as pessoas têm o direito de pensar o que quiserem", pois quanto à equipa "só tem de continuar a trabalhar com a mesma humildade".

"Não pretendemos dar resposta a ninguém. Estamos a fazer o nosso trabalho, como ficou demonstrado em Aveiro", fez questão de acentuar o extremo, de 32 anos, deixando um recado que serve de aviso ao Sporting: "O Sp. Braga está a praticar um bom futebol, mas queremos mais."

RECORD

JotaCC

Com tostões se chega ao pódio

A teoria de que quanto maior é o investimento maior será o retorno não encontra correspondência no campeonato português. Se assim fosse, dificilmente o Braga estaria neste momento a lutar com o Sporting pelo terceiro lugar da competição, já que a quantia que despendeu esta época em contratações não se equipara, nem de perto nem de longe, à do clube de Alvalade. Foram cerca de 25 os milhões de euros que os bracarenses gastaram a menos, mas que não têm tido grande influência na classificação geral, uma vez que as duas equipas chegam à derradeira jornada da primeira volta empatadas no número de pontos e também no capítulo dos golos marcados - a vantagem leonina só se verifica devido à maior eficácia defensiva (12 contra 13 golos encaixados).

Tendo por base a política de rigor orçamental que estabeleceu como prioridade assim que tomou conta da SAD do Braga, António Salvador voltou a construir um plantel com "tostões". A aquisição de 75 por cento dos direitos económicos de Zé Luís foi o negócio que implicou mais custos. Os bracarenses pagaram um milhão de euros ao Gil Vicente, ao qual adquiriram ainda 80 por cento do passe de Rodrigo Galo a troco de 200 mil euros. Da lista de compras que obrigaram os arsenalistas a abrir os cordões à bolsa constam ainda Baiano (ex-Grémio Anápolis) e Henrique (Olhanense), que custaram, respectivamente, 400 e 125 mil euros. Paulo Vinícius também obrigou a SAD bracarense a puxar do livro de cheques, mas o valor que lá constava nunca foi revelado pelas duas partes. Todos os outros 12 jogadores apresentados oficialmente como reforços - Samuel está a um passo de se transformar no 13º - chegaram a custo zero.

Apesar de tudo, o Braga tem tido o comportamento esperado nas várias competições em que está/esteve envolvido esta temporada. Exceptuando a Taça de Portugal, na qual foi eliminado prematuramente na IV Eliminatória, precisamente pelo Sporting, os arsenalistas conseguiram a qualificação para os 16-avos-de-final da Liga Europa, prova na qual o objectivo mínimo são os oitavos; estão bem encaminhados para seguir para as meias-finais da Taça da Liga, que nunca esconderam que pretendem arrecadar; e no campeonato encontram-se na luta pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões na próxima época. Aliás, caso vença o Sporting no domingo, a equipa de Leonardo Jardim chegará ao fim da primeira volta com o seu terceiro melhor registo pontual nos últimos dez anos (segundo se tivermos em conta apenas as ligas disputadas por 16 clubes). Tudo isto com "apenas" 1,725 milhões de euros gastos em jogadores, cerca de um oitavo da verba (8,8 milhões) que o Sporting gastou, por exemplo, para garantir Elias junto do Atlético de Madrid. De resto, o valor que os minhotos despenderam para garantir Zé Luís, Baiano, Rodrigo Galo de volta ao Gil Vicente) e Henrique (cedido ao Feirense) não chegava para os leões contratarem Rinaudo (um milhão de euros) e Schaars (850 mil euros), que foram os dois jogadores que implicaram menos custos aos cofres do clube de Alvalade.


Saiu Rodriguez, chegou NAC


Se com outros clubes tanto Braga como Sporting foram obrigados a abrir os cordões à bolsa para garantir o jogador que pretendiam, no negócio que realizaram entre ambos, no último Verão, não tiveram de gastar um tostão. Rodriguez, em final de contrato com os minhotos, rumou livremente a Alvalade e, em contrapartida, o clube leonino enviou para o AXA Nuno André Coelho, que não figurava nas opções de Domingos Paciência para esta temporada. Além do peruano, os sportinguistas garantiram até agora mais oito atletas a custo zero, os últimos dos quais Xandão, Seba Ribas e Renato Neto.


Zé Luís (Braga)

1 Milhão de euros pago ao Gil Vicente

Atraídos pelo potencial que Zé Luís mostrara no Gil Vicente, o Braga antecipou-se à concorrência e comprou 75 por cento do passe do cabo-verdiano ainda em Janeiro de 2011. No entanto, o avançado só a partir de agora será opção para Leonardo Jardim, depois de recuperar de lesão.

Elias (Sporting)
8,8 Milhões de euros pagos ao Atlético de Madrid

Considerado excedentário pelo Atlético de Madrid, Elias rumou a Alvalade em Agosto num negócio que obrigou o Sporting a pagar aos colchoneros 8,8 milhões de euros. O médio brasileiro superou mesmo Rodrigo Tello (7,5 milhões de euros) como o mais caro de sempre dos leões.


O quarto lugar é pouco para Alan

Encerrar a primeira volta atrás dos denominados três grandes não é uma classificação suficientemente atractiva para Alan. Impulsionado pelo bom momento do Braga, que venceu cinco dos últimos seis jogos que efectuou - no outro empatou com o Brugge -, o extremo espera galgar, pelo menos, mais um lugar na classificação geral. "O Braga está a praticar um bom futebol, mas queremos mais", referiu o capitão dos arsenalistas, recusando a ideia de que os mais recentes resultados sejam uma resposta aos críticos. "As pessoas têm o direito de pensarem o que quiserem. Só temos de continuar a trabalhar com a mesma humildade", vincou.

No horizonte do Braga surge agora o reencontro com o Sporting, que se apresenta como uma excelente oportunidade para os minhotos vingarem a eliminação prematura na Taça de Portugal e, dessa forma, se destacarem no terceiro lugar do campeonato. O jogo será na Cidade dos Arcebispos, mas nem por isso faz Alan assumir algum favoritismo. "Se o Braga é favorito? Não. Vai ser um bom jogo, até porque o Sporting também tem uma grande equipa", elogiou o brasileiro, cujas exibições têm sido bastante elogiadas (foi mesmo a figura de O JOGO no embate com o Beira-Mar). Contudo, prefere destacar o sucesso do colectivo em detrimento do individual. "Estou num bom momento, pelo que só tenho de dar continuidade ao trabalho que tenho vindo a fazer até aqui, tal como toda a equipa, mantendo este nível e praticando o mesmo futebol. É esse o objectivo que nos conduz. O importante não é destacar o trabalho de dois ou três, mas sim de todo o grupo, que, apesar de ter muitos jogadores novos, vai apresentando um bom futebol", destacou.


Uma volta realizada sempre como titular

Se nada de anormal acontecer até domingo, Alan irá concluir a primeira volta do campeonato como o jogador mais utilizado do plantel do Braga. O brasileiro, nomeado capitão depois da saída de Vandinho para as Arábias, foi titular nas 14 jornadas iniciais e já contabiliza 1239 minutos nas pernas. O extremo só não é um dos totalistas da competição, porque Leonardo Jardim o substituiu nos encontros com o Rio Ave (1ª jornada) e com o Vitória de Setúbal (3ª jornada).


Leonardo Jardim promete dar mais minutos a Rivera

Depois da estreia, Rivera não perdeu tempo em reclamar mais tempo de utilização no Braga e o pedido parece ter surtido algum efeito. Pelo menos, a avaliar pelas declarações de Leonardo Jardim ao jornal mexicano "Record", embora tenha lembrado que o médio ainda "está num processo de adaptação". "Nos primeiros seis meses passou por uma fase de melhoramento da condição física e esperamos que nesta segunda volta da liga possa jogar mais. Não garanto que muito, mas mais", afirmou, numa entrevista telefónica, o treinador dos arsenalistas, seguro que o internacional jovem pelo México "estará mais preparado para a Liga no próximo ano". "Estou muito contente e temos um jogador com futuro. Estamos a trabalhar para termos um futebolista melhor dentro de dois ou três anos", revelou Jardim, que pede "tempo para Rivera", um jogador "intenso e forte", que ainda terá de melhorar um pouco no capítulo táctico.


Ukra finta receios de uma recaída


Se dúvidas existissem quanto à disponibilidade de Ukra para competir na segunda metade da temporada, os últimos dias têm servido para as dissipar. O extremo, que se encontra cedido pelo FC Porto até ao final da época, fintou os receios de uma eventual recaída da lesão no joelho esquerdo e vem treinando sem quaisquer limitações desde o dia 27 de Dezembro de 2011, sinal de que a inscrição na Liga deve mesmo ser consumada este mês.


Samuel já vai treinando com o plantel

Ainda não foi ontem que a contratação de Samuel foi oficializada pelo Braga. O central cumpriu uma bateria de exames médicos nos últimos dias e até já assinou contrato, mas continua a aguardar ansiosamente que o clube comunique oficialmente a conclusão do negócio, numa altura em que o nome de Paulão volta a ser associado aos arsenalisas. Apesar disso, o brasileiro, que se encontra em Portugal desde sexta-feira, já vai trabalhando com o plantel, que hoje terá mais um treino (10h30) de preparação para o encontro de domingo, com o Sporting.


O JOGO

JotaCC

João Capela em Braga

O árbitro lisboeta foi o nomeado para dirigir o jogo entre Sporting de Braga e o Sporting, que fecha, no domingo, a 15.ª jornada. No Benfica-V. Setúbal estará Hélder Malheiro, enquanto Marco Ferreira vai dirigir o FC Porto-Rio Ave.
Árbitros nomeados: Paços de Ferreira-Marítimo, Hugo Miguel (Lisboa); Benfica-Vitória de Setúbal, Hélder Malheiro (Lisboa); FC Porto-Rio Ave, Marco Ferreira (Madeira); Nacional-União de Leiria, António Ferreira (Braga); Académica-Vitória de Guimarães, Pedro Proença (Lisboa); Olhanense-Beira-Mar, Manuel Silva (Porto); Sporting de Braga-Sporting, João Capela (Lisboa).


PRIMEIRO DE JANEIRO

Bruno3429

Meyong apresentado; adeptos saúdam regresso do camaronês ao Bonfim
Por Pedro Mendonça

Meyong está de volta a casa. O avançado camaronês foi esta manhã apresentado oficialmente como jogador do Vitória de Setúbal, tendo assinado contrato até ao final desta temporada, regressando ao Bonfim sete temporadas depois de ter saído para o Belenenses.

Na sala de imprensa dos sadinos, para saudar o jogador, estiveram presentes vários sócios, prova que de o camaronês não foi esquecido em Setúbal e a sua chegada é motivo de grande alegria e motivação nas hostes vitorianas, que sempre foi dos atletas mais queridos da massa associativa do Bonfim.

No Vitória a situação financeira não é a mais desafogada, algo que não pesou na decisão do jogador, que garante que o carinho dos adeptos é reciproco. «Ás vezes o dinheiro não é tudo, e neste momento preciso e quero é jogar, algo que em Braga não era possível. Estou aqui para ajudar o Vitória, numa cidade que gosto muito e onde tenho cada e família», salientou o avançado.

Meyong não estará ainda disponível para o jogo de amanhã, já que ainda não se treinou coma equipa, mas já será opção na próxima quarta-feira, frente ao Paços de Ferreira, em jogo a contar para a Taça da Liga.

O camaronês representou o Vitória durante seis temporadas, abandonando o clube em 2005.

A Bola

bracarense23

Alan: «Queremos mais»

Alan não oferece importância a quem não acreditou que o Sp. Braga estivesse, nesta fase, a lutar pelo 3.º lugar. O capitão bracarense regista que "as pessoas têm o direito de pensar o que quiserem", pois quanto à equipa "só tem de continuar a trabalhar com a mesma humildade".

"Não pretendemos dar resposta a ninguém. Estamos a fazer o nosso trabalho, como ficou demonstrado em Aveiro", fez questão de acentuar o extremo, de 32 anos, deixando um recado que serve de aviso ao Sporting: "O Sp. Braga está a praticar um bom futebol, mas queremos mais."

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