Visão de Mercado

[JMSG]

Visão Táctica: Sp. Braga

Dando continuidade à nossa rúbrica dedicada à vertente táctica, esta semana vamos abordar o Sp. Braga, que conseguiu a proeza de fazer 9 pontos até ao momento na Liga dos Campeões. A análise terá como base principalmente os últimos jogos, apesar das inevitáveis referências à globalidade da presente temporada.

A equipa dispõe-se num 4x2x3x1 mas que facilmente se transforma num 4x3x3 através dos movimentos de Leandro Salino ou Luís Aguiar, sendo também o 4x4x2 uma variante bastantes vezes vista através de Paulo César. Contudo é no meio campo que a equipa ganha outras dimensões, sendo os intérpretes (jogadores) deste sector que dão uma disposição posicional/geométrica diferente do inicial sistema.

Equipa (com bola):

Gosta de ter a bola mas numa posse de construção e com a bola a maior parte das vezes a sair acelerada (para o espaço). Os centrais abrem e os laterais dão largura (campo grande), Vandinho aproxima-se dos centrais e fica responsável pela primeira fase de construção. Aqui Leandro Salino aproxima-se de Vandinho numa segunda linha e transporta a bola, na 2ª fase de construção. Salino decide a sentido de centro de jogo e aproxima-se de Luís Aguiar e estes dois passam a jogar de perfil (a equipa fica num 4x3x3). Quando a bola caí na direita, Alan é sem duvida o temporizador de tempos de jogo. Alterna entre diagonais com a bola dominada procurando sempre uma tabela com movimentos verticais para dar profundidade (forte no 1x1). Quando Alan faz o movimento de diagonal interior tenta arrastar a marcação do lateral e assim abrir uma clareira que será aproveitada pela subida de Sílvio ou Miguel Garcia (Sílvio é sem duvida mais consequente e ataca com muito mais qualidade, tanto no aspecto táctico como técnico, temporiza bem melhor a sua subida). Na esquerda temos uma dinâmica diferente. Paulo César ou Matheus tentam muitas mais vezes a diagonal, mas fazem-na não só com a bola (ao contrario de Alan que procura a tabela para comer espaço, estes dois tentam sempre a arrancada e a aceleração em drible), fazendo-a também sem bola onde se aproximam do ponta-de-lança criando um conflito de marcações na defesa contraria, mas igualmente escolhendo o sitio mais fácil para lerem melhor o jogo. Aqui o apoio aparece por Elderson, o jogador mais fraco do onze. Sobe bem, mas o seu conhecimento táctico e a forma do seu posicionamento e a forma como defende zonas interiores no 2º poste, quando a bola está no lado oposto são aspectos demasiado deficitários para jogar numa equipa como o Braga. Contudo Elderson dá uma imensa profundidade a este corredor, o que em coordenação com os movimentos diagonais permite a equipa ganhar a nova disposição. A variante para o 4x4x2.

Equipa (sem bola):

O Braga sente-se sempre bastante confortável sem bola, por norma consegue gerir os momentos sem bola executando um pressing construtivo (quando recupera a bola a equipa está de frente para o jogo). A pressão é sempre feita no meio campo sendo uma pressão média, o ponta de lança desce e a linha defensiva mantêm-se subida para diminuir o espaço entre os sectores. A turma de Domingos consegue perfeitamente pressionar em toda a largura do campo, sendo que a agressividade de pressão no corredor central é bastante maior do que nos corredores laterais, como frequentemente as zonas de pressão esta mais presentes nas laterais. A ligação intra-sector no meio campo é bastante coordenada e simples neste processo sendo que o meio e as laterais "falam bem entre si"(os alas conseguem ocupar o meio sem ocupar espaços que não são seus). A percepção e o entendimento dos momentos da equipa sem bola são bastantes bons pois consegue adaptar-se à situação de estar sem bola sem cair na tentação de uma recuperação rápida inconsequente.

Defesa

Os centrais são bastante bons a nível técnico e no jogo aéreo, sendo o seu ponto mais fraco a velocidade (Moisés principalmente). A equipa tem uma rotina que permite que os centrais acompanhem o seu adversário directo entre linhas (jogo de pares), para assim não existir um espaço entre os sectores que permite executar. Rodriguez executa exemplarmente as dobras aos laterais, principalmente a Elderson, não só pela sua vocação ofensiva, mas também por jogar no seu lado.

Meio Campo

Como jogador de enganche ofensivo joga Luís Aguiar, um jogador que vem atrás buscar jogo, optando sempre por processo simples (recepção, passe, desmarcação, etc). Como numero 10 que é, corre menos com a bola, preferindo fazê-la correr. Se jogar Mossoró a equipa cresce em termos de habilidade e de perfume futebolístico. Pode também jogar Salino, mas ele perde a sua essência de transporte. Salino é bastante melhor a ler o jogo de frente e atrás da bola.

Quando a equipa está em posse os centrais ficam com Vandinho na protecção ao corredor central e um dos laterais fecha por dentro, de forma a que a equipa nunca fique totalmente desposicionada e sujeita a contra-ataques. Vandinho é a referencia defensiva da equipa e muito raramente se envolve nas manobras ofensivas, quando o faz é como apoio para criar desequilibro (aproxima, faz um passe, dois passes e recua). Vandinho é um jogador de equilíbrios e que compensa bastante bem as falhas de marcação dos seus colegas devido à sua inteligência táctica.

Ataque

Quando Domingos decide jogar com Matheus a ponta de lança opta por jogar com uma frente mais larga e por um jogador que procura os movimentos horizontais (cai nas alas), fazendo do seu ponto mais forte a velocidade e quase sempre em diagonal, a marcação torna-se mais difícil intra-sector. Se decidir por Lima, opta por um jogador de movimentos verticais e que aparece mais vezes na zona entre linhas onde obriga a um jogo de pares que dificulta a marcação inter-sectores. Lima tem um remate muito bom, mas não possui um instinto finalizador.

Transições

Defesa – Ataque: quando a equipa recupera a bola (no tal pressing construtivo), o primeiro passe é lento mas costuma ser vertical, o que permite à equipa sair num contra ataque rápido. Passe para o espaço vertical e os jogadores correm, mantendo o seu jogo posicional e dando sempre viabilidade à jogada (exemplo, jogos com Sevilha e Arsenal). Porém, existe uma particularidade neste momento de jogo: se for feito por Elderson, ele recorre sempre a uma transição individual que muitas vezes não passa disso, pelos seus colegas não entenderam a forma como ele pretende acelerar a bola. Salino tem um papel fulcral pois não só é um recuperador de bolas excelente, como consegue sair a jogar com a cabeça levantada.
Ataque – Defesa: quando a equipa perde a bola tenta numa primeira fase recuperá-la no mesmo sitio, porém como isto não é um processo colectivo (pois os outros jogadores tentam recuperar posições), a equipa tenta apenas dificultar e retardar o inicio de construção adversário, baixando depois as suas linhas para pressionar como uma "unidade" só.

Bolas Paradas

Ofensivas: o Braga põe 5 homens na grande área. Três fazem uma aproximação ao 1º poste, um ao 2º poste e o quinto homem fica na zona de penalty (Rodriguez e Moisés são homens-alvo).
Defensivas: a equipa defende de forma mista (zona com preocupação pelo homem). Sendo que defende com 8 homens. Aqui existe uma clara protecção ao 1º poste, sendo que o 2º poste torna-se a área mais frágil neste momento do jogo. Aqui o Braga conta também com a presença que Felipe tem no comando da sua defesa.

A. Costa

[JMSG]

Visão Táctica: Sp. Braga

Dando continuidade à nossa rúbrica dedicada à vertente táctica, esta semana vamos abordar o Sp. Braga, que conseguiu a proeza de fazer 9 pontos até ao momento na Liga dos Campeões. A análise terá como base principalmente os últimos jogos, apesar das inevitáveis referências à globalidade da presente temporada.

A equipa dispõe-se num 4x2x3x1 mas que facilmente se transforma num 4x3x3 através dos movimentos de Leandro Salino ou Luís Aguiar, sendo também o 4x4x2 uma variante bastantes vezes vista através de Paulo César. Contudo é no meio campo que a equipa ganha outras dimensões, sendo os intérpretes (jogadores) deste sector que dão uma disposição posicional/geométrica diferente do inicial sistema.

Equipa (com bola):

Gosta de ter a bola mas numa posse de construção e com a bola a maior parte das vezes a sair acelerada (para o espaço). Os centrais abrem e os laterais dão largura (campo grande), Vandinho aproxima-se dos centrais e fica responsável pela primeira fase de construção. Aqui Leandro Salino aproxima-se de Vandinho numa segunda linha e transporta a bola, na 2ª fase de construção. Salino decide a sentido de centro de jogo e aproxima-se de Luís Aguiar e estes dois passam a jogar de perfil (a equipa fica num 4x3x3). Quando a bola caí na direita, Alan é sem duvida o temporizador de tempos de jogo. Alterna entre diagonais com a bola dominada procurando sempre uma tabela com movimentos verticais para dar profundidade (forte no 1x1). Quando Alan faz o movimento de diagonal interior tenta arrastar a marcação do lateral e assim abrir uma clareira que será aproveitada pela subida de Sílvio ou Miguel Garcia (Sílvio é sem duvida mais consequente e ataca com muito mais qualidade, tanto no aspecto táctico como técnico, temporiza bem melhor a sua subida). Na esquerda temos uma dinâmica diferente. Paulo César ou Matheus tentam muitas mais vezes a diagonal, mas fazem-na não só com a bola (ao contrario de Alan que procura a tabela para comer espaço, estes dois tentam sempre a arrancada e a aceleração em drible), fazendo-a também sem bola onde se aproximam do ponta-de-lança criando um conflito de marcações na defesa contraria, mas igualmente escolhendo o sitio mais fácil para lerem melhor o jogo. Aqui o apoio aparece por Elderson, o jogador mais fraco do onze. Sobe bem, mas o seu conhecimento táctico e a forma do seu posicionamento e a forma como defende zonas interiores no 2º poste, quando a bola está no lado oposto são aspectos demasiado deficitários para jogar numa equipa como o Braga. Contudo Elderson dá uma imensa profundidade a este corredor, o que em coordenação com os movimentos diagonais permite a equipa ganhar a nova disposição. A variante para o 4x4x2.

Equipa (sem bola):

O Braga sente-se sempre bastante confortável sem bola, por norma consegue gerir os momentos sem bola executando um pressing construtivo (quando recupera a bola a equipa está de frente para o jogo). A pressão é sempre feita no meio campo sendo uma pressão média, o ponta de lança desce e a linha defensiva mantêm-se subida para diminuir o espaço entre os sectores. A turma de Domingos consegue perfeitamente pressionar em toda a largura do campo, sendo que a agressividade de pressão no corredor central é bastante maior do que nos corredores laterais, como frequentemente as zonas de pressão esta mais presentes nas laterais. A ligação intra-sector no meio campo é bastante coordenada e simples neste processo sendo que o meio e as laterais "falam bem entre si"(os alas conseguem ocupar o meio sem ocupar espaços que não são seus). A percepção e o entendimento dos momentos da equipa sem bola são bastantes bons pois consegue adaptar-se à situação de estar sem bola sem cair na tentação de uma recuperação rápida inconsequente.

Defesa

Os centrais são bastante bons a nível técnico e no jogo aéreo, sendo o seu ponto mais fraco a velocidade (Moisés principalmente). A equipa tem uma rotina que permite que os centrais acompanhem o seu adversário directo entre linhas (jogo de pares), para assim não existir um espaço entre os sectores que permite executar. Rodriguez executa exemplarmente as dobras aos laterais, principalmente a Elderson, não só pela sua vocação ofensiva, mas também por jogar no seu lado.

Meio Campo

Como jogador de enganche ofensivo joga Luís Aguiar, um jogador que vem atrás buscar jogo, optando sempre por processo simples (recepção, passe, desmarcação, etc). Como numero 10 que é, corre menos com a bola, preferindo fazê-la correr. Se jogar Mossoró a equipa cresce em termos de habilidade e de perfume futebolístico. Pode também jogar Salino, mas ele perde a sua essência de transporte. Salino é bastante melhor a ler o jogo de frente e atrás da bola.

Quando a equipa está em posse os centrais ficam com Vandinho na protecção ao corredor central e um dos laterais fecha por dentro, de forma a que a equipa nunca fique totalmente desposicionada e sujeita a contra-ataques. Vandinho é a referencia defensiva da equipa e muito raramente se envolve nas manobras ofensivas, quando o faz é como apoio para criar desequilibro (aproxima, faz um passe, dois passes e recua). Vandinho é um jogador de equilíbrios e que compensa bastante bem as falhas de marcação dos seus colegas devido à sua inteligência táctica.

Ataque

Quando Domingos decide jogar com Matheus a ponta de lança opta por jogar com uma frente mais larga e por um jogador que procura os movimentos horizontais (cai nas alas), fazendo do seu ponto mais forte a velocidade e quase sempre em diagonal, a marcação torna-se mais difícil intra-sector. Se decidir por Lima, opta por um jogador de movimentos verticais e que aparece mais vezes na zona entre linhas onde obriga a um jogo de pares que dificulta a marcação inter-sectores. Lima tem um remate muito bom, mas não possui um instinto finalizador.

Transições

Defesa – Ataque: quando a equipa recupera a bola (no tal pressing construtivo), o primeiro passe é lento mas costuma ser vertical, o que permite à equipa sair num contra ataque rápido. Passe para o espaço vertical e os jogadores correm, mantendo o seu jogo posicional e dando sempre viabilidade à jogada (exemplo, jogos com Sevilha e Arsenal). Porém, existe uma particularidade neste momento de jogo: se for feito por Elderson, ele recorre sempre a uma transição individual que muitas vezes não passa disso, pelos seus colegas não entenderam a forma como ele pretende acelerar a bola. Salino tem um papel fulcral pois não só é um recuperador de bolas excelente, como consegue sair a jogar com a cabeça levantada.
Ataque – Defesa: quando a equipa perde a bola tenta numa primeira fase recuperá-la no mesmo sitio, porém como isto não é um processo colectivo (pois os outros jogadores tentam recuperar posições), a equipa tenta apenas dificultar e retardar o inicio de construção adversário, baixando depois as suas linhas para pressionar como uma "unidade" só.

Bolas Paradas

Ofensivas: o Braga põe 5 homens na grande área. Três fazem uma aproximação ao 1º poste, um ao 2º poste e o quinto homem fica na zona de penalty (Rodriguez e Moisés são homens-alvo).
Defensivas: a equipa defende de forma mista (zona com preocupação pelo homem). Sendo que defende com 8 homens. Aqui existe uma clara protecção ao 1º poste, sendo que o 2º poste torna-se a área mais frágil neste momento do jogo. Aqui o Braga conta também com a presença que Felipe tem no comando da sua defesa.

A. Costa

Grande análise deste blog desportivo, que não liga a qualquer tipo de clubismos, e é totalmente imparcial! Excelente!

[brigada da relote]

Todos deviam de visitar este blog. Tratamos todos os clubes por igual, apesar de dar mais destaque aos 4 grandes. É natural!! No final de cada jogo dos 4 grandes há uma pequena crónica com os destaques da partida. A crónica do Braga é colocada aqui por mim.
Apreciem este blog, comentem as nossas notícias e participem nos vários passatempos que vos temos para oferecer.

http://visaodemercado.blogspot.com/

[brigada da relote]

Sp. Braga: Erros e milhões a mais

A temporada fantástica do Sp.Braga no ano passado levou o clube para um patamar superior tanto a nível nacional como internacional. A equipa orientada por Domingos Paciência tornou-se a 5ª equipa lusa a garantir a presença na Liga dos Campeões onde fez uma campanha a todos os níveis notável, acrescente-se. A capacidade de António Salvador em gerir o clube financeira e desportivamente é de louvar, sobretudo se tivermos em conta os 13 milhões de € (!) que os minhotos amealharam durante a sua passagem pela maior competição de clubes, somando-lhe ainda os lucros com as recentes vendas de Matheus e Moisés bem como os negócios de Verão: Evaldo e Eduardo.

Contudo, não são só coisas boas a registar nos "arsenalistas". O 3º lugar obtido na fase de grupos da Champions garantiu o acesso à Liga Europa, onde irá defrontar o Lech Poznan...apenas com 18 jogadores inscritos na competição! As regras da UEFA são claras: neste período de novas inscrições, não é possível inscrever mais do que 3 jogadores aos inscritos anteriormente. De 22 elementos que o Braga inscreveu, já saíram 7 (!) neste defeso, ou seja, fará com que o Sp.Braga dispute a prova com um número bem reduzido de jogadores (18 no máximo). Resta que a equipa técnica dos bracarenses reze, e muito, para que não hajam castigados ou lesões. É uma situação impensável para um clube da dimensão do Sp.Braga, pois é um erro crasso de gestão desportiva. As culpas são repartidas mas Fernando Couto é um dos principais responsáveis. Contratado para substituir Carlos Freitas, o actual director-desportivo do clube é uma figura ausente, sem se saber ao certo as suas funções. A ausência do agora homem forte do futebol do Panathinaikos é notória pela má construção de plantel. Faltará ainda um longo caminho para que o actual vice-campeão nacional se assuma como um candidato claro ao título. Os projectos de António Salvador passam por isso mesmo: elevar os patamares de um clube e de uma região que cresce a olhos vistos mas que comete lapsos de principiante, como é este o caso.

A "revolução" neste mercado de Inverno, pode ser vista como um resultado necessário tendo em conta os interesses e necessidades do clube, embora fosse necessário ter em conta os próximos meses. As saídas de elementos chaves como Matheus, Luis Aguiar e principalmente Moisés, poderão pesar numa época que a nível interno é muito provavelmente a pior dos últimos anos, já que às eliminações da Taça da Liga e Portugal se junta um frustrante 7º lugar no campeonato. Por outro lado, a contratação de Ukra, independentemente da qualidade do jogador, acaba por ser inexplicável pois o extremo está impossibilitado de participar nas competições europeias e mais parece uma valorização de um jogador que estava tapado noutro clube.

Como se explica que um clube como o Braga dispute a Liga Europa com apenas 15 jogadores, numero que poderá aumentar no máximo para 18? Depois das receitas do último ano e meio com as vendas de Matheus, João Pereira, Evaldo, Eduardo e Moisés, a que se juntam os 13 milhões de euros obtidos na Liga dos Campeões, não seria de esperar um investimento mais forte no plantel? Ou este empréstimo de Ukra (jogador proveniente de um clube rival), revela que o Braga ainda está longe do patamar dos 3 "grandes"? E por último, até que ponto Salvador conhecido pela sua falta de paciência em relação aos maus resultados aguentará a tentação de despedir Domingos?

[JotaCC]

Sp. Braga: Erros e milhões a mais

A temporada fantástica do Sp.Braga no ano passado levou o clube para um patamar superior tanto a nível nacional como internacional. A equipa orientada por Domingos Paciência tornou-se a 5ª equipa lusa a garantir a presença na Liga dos Campeões onde fez uma campanha a todos os níveis notável, acrescente-se. A capacidade de António Salvador em gerir o clube financeira e desportivamente é de louvar, sobretudo se tivermos em conta os 13 milhões de € (!) que os minhotos amealharam durante a sua passagem pela maior competição de clubes, somando-lhe ainda os lucros com as recentes vendas de Matheus e Moisés bem como os negócios de Verão: Evaldo e Eduardo.

Contudo, não são só coisas boas a registar nos "arsenalistas". O 3º lugar obtido na fase de grupos da Champions garantiu o acesso à Liga Europa, onde irá defrontar o Lech Poznan...apenas com 18 jogadores inscritos na competição! As regras da UEFA são claras: neste período de novas inscrições, não é possível inscrever mais do que 3 jogadores aos inscritos anteriormente. De 22 elementos que o Braga inscreveu, já saíram 7 (!) neste defeso, ou seja, fará com que o Sp.Braga dispute a prova com um número bem reduzido de jogadores (18 no máximo). Resta que a equipa técnica dos bracarenses reze, e muito, para que não hajam castigados ou lesões. É uma situação impensável para um clube da dimensão do Sp.Braga, pois é um erro crasso de gestão desportiva. As culpas são repartidas mas Fernando Couto é um dos principais responsáveis. Contratado para substituir Carlos Freitas, o actual director-desportivo do clube é uma figura ausente, sem se saber ao certo as suas funções. A ausência do agora homem forte do futebol do Panathinaikos é notória pela má construção de plantel. Faltará ainda um longo caminho para que o actual vice-campeão nacional se assuma como um candidato claro ao título. Os projectos de António Salvador passam por isso mesmo: elevar os patamares de um clube e de uma região que cresce a olhos vistos mas que comete lapsos de principiante, como é este o caso.

A "revolução" neste mercado de Inverno, pode ser vista como um resultado necessário tendo em conta os interesses e necessidades do clube, embora fosse necessário ter em conta os próximos meses. As saídas de elementos chaves como Matheus, Luis Aguiar e principalmente Moisés, poderão pesar numa época que a nível interno é muito provavelmente a pior dos últimos anos, já que às eliminações da Taça da Liga e Portugal se junta um frustrante 7º lugar no campeonato. Por outro lado, a contratação de Ukra, independentemente da qualidade do jogador, acaba por ser inexplicável pois o extremo está impossibilitado de participar nas competições europeias e mais parece uma valorização de um jogador que estava tapado noutro clube.

Como se explica que um clube como o Braga dispute a Liga Europa com apenas 15 jogadores, numero que poderá aumentar no máximo para 18? Depois das receitas do último ano e meio com as vendas de Matheus, João Pereira, Evaldo, Eduardo e Moisés, a que se juntam os 13 milhões de euros obtidos na Liga dos Campeões, não seria de esperar um investimento mais forte no plantel? Ou este empréstimo de Ukra (jogador proveniente de um clube rival), revela que o Braga ainda está longe do patamar dos 3 "grandes"? E por último, até que ponto Salvador conhecido pela sua falta de paciência em relação aos maus resultados aguentará a tentação de despedir Domingos?

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

[guerreiro_do_minho]

Sp. Braga: Erros e milhões a mais

A temporada fantástica do Sp.Braga no ano passado levou o clube para um patamar superior tanto a nível nacional como internacional. A equipa orientada por Domingos Paciência tornou-se a 5ª equipa lusa a garantir a presença na Liga dos Campeões onde fez uma campanha a todos os níveis notável, acrescente-se. A capacidade de António Salvador em gerir o clube financeira e desportivamente é de louvar, sobretudo se tivermos em conta os 13 milhões de € (!) que os minhotos amealharam durante a sua passagem pela maior competição de clubes, somando-lhe ainda os lucros com as recentes vendas de Matheus e Moisés bem como os negócios de Verão: Evaldo e Eduardo.

Contudo, não são só coisas boas a registar nos "arsenalistas". O 3º lugar obtido na fase de grupos da Champions garantiu o acesso à Liga Europa, onde irá defrontar o Lech Poznan...apenas com 18 jogadores inscritos na competição! As regras da UEFA são claras: neste período de novas inscrições, não é possível inscrever mais do que 3 jogadores aos inscritos anteriormente. De 22 elementos que o Braga inscreveu, já saíram 7 (!) neste defeso, ou seja, fará com que o Sp.Braga dispute a prova com um número bem reduzido de jogadores (18 no máximo). Resta que a equipa técnica dos bracarenses reze, e muito, para que não hajam castigados ou lesões. É uma situação impensável para um clube da dimensão do Sp.Braga, pois é um erro crasso de gestão desportiva. As culpas são repartidas mas Fernando Couto é um dos principais responsáveis. Contratado para substituir Carlos Freitas, o actual director-desportivo do clube é uma figura ausente, sem se saber ao certo as suas funções. A ausência do agora homem forte do futebol do Panathinaikos é notória pela má construção de plantel. Faltará ainda um longo caminho para que o actual vice-campeão nacional se assuma como um candidato claro ao título. Os projectos de António Salvador passam por isso mesmo: elevar os patamares de um clube e de uma região que cresce a olhos vistos mas que comete lapsos de principiante, como é este o caso.

A "revolução" neste mercado de Inverno, pode ser vista como um resultado necessário tendo em conta os interesses e necessidades do clube, embora fosse necessário ter em conta os próximos meses. As saídas de elementos chaves como Matheus, Luis Aguiar e principalmente Moisés, poderão pesar numa época que a nível interno é muito provavelmente a pior dos últimos anos, já que às eliminações da Taça da Liga e Portugal se junta um frustrante 7º lugar no campeonato. Por outro lado, a contratação de Ukra, independentemente da qualidade do jogador, acaba por ser inexplicável pois o extremo está impossibilitado de participar nas competições europeias e mais parece uma valorização de um jogador que estava tapado noutro clube.

Como se explica que um clube como o Braga dispute a Liga Europa com apenas 15 jogadores, numero que poderá aumentar no máximo para 18? Depois das receitas do último ano e meio com as vendas de Matheus, João Pereira, Evaldo, Eduardo e Moisés, a que se juntam os 13 milhões de euros obtidos na Liga dos Campeões, não seria de esperar um investimento mais forte no plantel? Ou este empréstimo de Ukra (jogador proveniente de um clube rival), revela que o Braga ainda está longe do patamar dos 3 "grandes"? E por último, até que ponto Salvador conhecido pela sua falta de paciência em relação aos maus resultados aguentará a tentação de despedir Domingos?

Grande artigo, parabéns!A meu ver diz muitas verdades... Mais uma vez parabéns por esta análise cuidada e esclarecedora!

[guerreiro_do_minho]

Sp. Braga: Erros e milhões a mais

A temporada fantástica do Sp.Braga no ano passado levou o clube para um patamar superior tanto a nível nacional como internacional. A equipa orientada por Domingos Paciência tornou-se a 5ª equipa lusa a garantir a presença na Liga dos Campeões onde fez uma campanha a todos os níveis notável, acrescente-se. A capacidade de António Salvador em gerir o clube financeira e desportivamente é de louvar, sobretudo se tivermos em conta os 13 milhões de € (!) que os minhotos amealharam durante a sua passagem pela maior competição de clubes, somando-lhe ainda os lucros com as recentes vendas de Matheus e Moisés bem como os negócios de Verão: Evaldo e Eduardo.

Contudo, não são só coisas boas a registar nos "arsenalistas". O 3º lugar obtido na fase de grupos da Champions garantiu o acesso à Liga Europa, onde irá defrontar o Lech Poznan...apenas com 18 jogadores inscritos na competição! As regras da UEFA são claras: neste período de novas inscrições, não é possível inscrever mais do que 3 jogadores aos inscritos anteriormente. De 22 elementos que o Braga inscreveu, já saíram 7 (!) neste defeso, ou seja, fará com que o Sp.Braga dispute a prova com um número bem reduzido de jogadores (18 no máximo). Resta que a equipa técnica dos bracarenses reze, e muito, para que não hajam castigados ou lesões. É uma situação impensável para um clube da dimensão do Sp.Braga, pois é um erro crasso de gestão desportiva. As culpas são repartidas mas Fernando Couto é um dos principais responsáveis. Contratado para substituir Carlos Freitas, o actual director-desportivo do clube é uma figura ausente, sem se saber ao certo as suas funções. A ausência do agora homem forte do futebol do Panathinaikos é notória pela má construção de plantel. Faltará ainda um longo caminho para que o actual vice-campeão nacional se assuma como um candidato claro ao título. Os projectos de António Salvador passam por isso mesmo: elevar os patamares de um clube e de uma região que cresce a olhos vistos mas que comete lapsos de principiante, como é este o caso.

A "revolução" neste mercado de Inverno, pode ser vista como um resultado necessário tendo em conta os interesses e necessidades do clube, embora fosse necessário ter em conta os próximos meses. As saídas de elementos chaves como Matheus, Luis Aguiar e principalmente Moisés, poderão pesar numa época que a nível interno é muito provavelmente a pior dos últimos anos, já que às eliminações da Taça da Liga e Portugal se junta um frustrante 7º lugar no campeonato. Por outro lado, a contratação de Ukra, independentemente da qualidade do jogador, acaba por ser inexplicável pois o extremo está impossibilitado de participar nas competições europeias e mais parece uma valorização de um jogador que estava tapado noutro clube.

Como se explica que um clube como o Braga dispute a Liga Europa com apenas 15 jogadores, numero que poderá aumentar no máximo para 18? Depois das receitas do último ano e meio com as vendas de Matheus, João Pereira, Evaldo, Eduardo e Moisés, a que se juntam os 13 milhões de euros obtidos na Liga dos Campeões, não seria de esperar um investimento mais forte no plantel? Ou este empréstimo de Ukra (jogador proveniente de um clube rival), revela que o Braga ainda está longe do patamar dos 3 "grandes"? E por último, até que ponto Salvador conhecido pela sua falta de paciência em relação aos maus resultados aguentará a tentação de despedir Domingos?

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Não podes entender o titulo dessa forma tão linear! Penso que o sentido implicito em "Erros e milhões a mais" está relacionado com o facto de o Enorme não estar a conseguir lidar com o sucesso... com o facto de estes milhões a mais não significarem necessariamente qualidade como a que se verificou o ano passado com menos dinheiro!

[brigada da relote]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

[JotaCC]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

Desculpa mas vou discordar, as contratações falhadas  algumas como dizes e bem foram feitas antes de chegar os 13 milhões.

[karon]

Comprar o Kanu ao Beira Mar, antes do fecho do mercado!

[enormeBRAGA]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

Desculpa mas vou discordar, as contratações falhadas  algumas como dizes e bem foram feitas antes de chegar os 13 milhões.

Algumas não... foram todas.

[brigada da relote]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

Desculpa mas vou discordar, as contratações falhadas  algumas como dizes e bem foram feitas antes de chegar os 13 milhões.

Foram feitas a pensar em atingir a fase de grupos da LC, não achas? O AS pensou que seria a melhor forma de proporcionar qualidade ao plantel. Errou nas contratações.

[JotaCC]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

Desculpa mas vou discordar, as contratações falhadas  algumas como dizes e bem foram feitas antes de chegar os 13 milhões.

Algumas não... foram todas.

Todas achas o Lima, Silvio e Artur más contratações???

[easy_scb]

Milhões a mais Se uns dos grandes objectivos com a entrada na LC foi alem rentabilizar a equipa  e facturar uns milhões , sinceramente não entendo

Se calhar se lesses o post todo já entendias o que queremos dizer com os milhões a mais. Não estamos a dizer que estes milhões foram maus, mas as contratações falhadas foram o reflexo disso. Foi a gulosice do Salvador!  

Desculpa mas vou discordar, as contratações falhadas  algumas como dizes e bem foram feitas antes de chegar os 13 milhões.

Algumas não... foram todas.

Todas achas o Lima, Silvio e Artur más contratações???

Salino...agora Hélder Barbosa...

[Olho Vivo]

A ausência do agora homem forte do futebol do Panathinaikos é notória pela má construção de plantel.

Errado. Boa parte do planeamento da época foi ainda da responsabilidade de Freitas. Mais: os flops mais decisivos da política de contratações (na linha defensiva) não tiveram a intervenção de Fernando Couto. Não sei se este tem a mínima vocação para a função que desempenha (até suspeito que não), mas não deve arcar com culpas que não são suas...

Por outro lado, a contratação de Ukra, independentemente da qualidade do jogador, acaba por ser inexplicável pois o extremo está impossibilitado de participar nas competições europeias e mais parece uma valorização de um jogador que estava tapado noutro clube.

Também é uma inferência que faz pouco sentido. O Braga já tem três novas contratações e ainda entrará (forçosamente) um defesa-central. Logo, um dos jogadores teria sempre de ficar de fora. Ukra será esse jogador...

[alves]

Deixo aqui a minha resposta no blog:

"Eu quero relembrar que os milhões ganhos, não são para gastar à sorte, como se calhar outros clubes fazem, e alguns até já desapareceram. Mais uma vez, ninguém fala de estratégia financeira! A boa campanha do Braga nestes 2 anos que renderam milhões, são para investir (investir é diferente de gastar), promovendo o crescimento do clube não só a nível de estruturas como a nível desportivo, e tudo isto será possível com a criação e desenvolvimento de uma ACADEMIA.

Relembro que ao contrário de outros clubes que devem milhões e milhões e nunca os vão conseguir pagar, mas também não interessa pagar, o dinheiro que o Braga fez com as vendas de João Pereira, Evaldo e Eduardo serviu para pagar tudo o que eram dívidas do clube, para estabilizar as contas devido ao elevado salário de alguns jogadores, e depois o que entrou foi lucro. Lucro esse que irá ser investido, e bem investido, pois o clube está em claro crescimento.

Concordo que houve mau planeamento do plantel. Mas não posso afirmar que as coisas poderiam ter ocorrido de outra forma. Vejamos:

1. Moisés, Matheus, Rodríguez, todos eles podiam ter saído no final da época passada porque acabavam contrato este ano e não queriam renovar, iam forçosamente sair. O Braga lucrava alguns milhões, não muitos, mas teria de arranjar substitutos para jogar uma Liga dos Campeões. A sua prestação muito dificilmente ia ser a mesma com uma equipa renovada e não se lucravam os 13 milhões que o Braga amealhou. Por isto mesmo, Salvador pediu aos jogadores para ficarem, e seria bom para ambas as partes, o Braga mantinha a equipa do ano passado, consistente, e os jogadores jogariam na maior montra do futebol mundial, e saíam agora em Janeiro, podendo o clube ainda fazer dinheiro. Havia melhor solução?

2. Jogadores como Luis Aguiar, Élton, Felipe, foram contratados especialmente para a Liga dos Campeões. O seu salário era quase insuportável para um clube como o Braga e como tal, havendo alternativas no plantel, parece-me lógica a sua saída, porque assim o Braga aposta nos jogadores da casa, como Hugo Viana, Artur Moraes, Keita e Meyong, que estavam tapados e são mais valias do clube, ao contrário dos outros que eram emprestados, o Braga nunca ia ganhar dinheiro com eles.

3. Parece-me que o objectivo do Braga para as competições europeias deste ano está atingido: fazer uma boa campanha na LC e ganhar dinheiro! O que vier agora é um extra, seja com 18 ou 11 jogadores. Não podemos ver as coisas por esse prisma, porque um clube não consegue de um momento para o outro ter alto rendimento e estabilidade financeira e de plantel. O reajustamento do plantel foi prioritário, já a pensar na próxima temporada e a pensar a nível económico, e eu concordo. Para quê manter Madrid, Élton, Felipe, etc? Madrid raramente jogava e ganhava muito, os outros dois foram apostas para curto prazo, quando acho que precisavam de mais tempo para se adaptar ao clube e ao futebol português...
O Braga tem melhores jogadores, e dispensando estes, está a poupar. Não passaram de más apostas, mas mais vale resolver logo o assunto do que andar como Benfica com o Balboa, Sporting com Pongolle, Purovic, etc, que não se conseguem "desfazer" deles.

4. Quanto ao Ukra, é bom jogador, independentemente de poder jogar na UEFA ou não. O Pizzi vai ser aposta na próxima época, porque Domingos já trabalhou com ele este ano e viu que precisava de amadurecer. E está a fazê-lo, no Paços. É deixa-lo por lá, e para o ano é jogador do Braga e tem rotinas de jogo. E não esquecendo que Alan e Paulo César não caminham para novos, o Braga fica com 3 extremos de qualidade inequívoca: Hélder Barbosa, Pizzi e Ukra.

O Fernando Couto, não tem de certeza o conhecimento que tinha Carlos Freitas, muito menos a presença dele. Nunca o vi aparecer em público a defender os jogadores, a falar acerca do clube, faz-me lembrar o Pedro Barbosa no Sporting, nunca se percebeu muito bem o que ele lá andava a fazer..."

Mas é um bom artigo no melhor sítio desportivo da internet em Portugal!

[brigada da relote]

O paradoxo em Braga

A fantástica temporada do Sp.Braga na temporada passada foi um lufada de ar fresco para o futebol português. É saudável que o nosso campeonato não se baseie numa luta apenas a 3 e que clubes com uma dimensão inferior se superem a si mesmos. O caso do Sp.Braga surge numa evolução do clube minhoto nos últimos anos, sobretudo depois da chegada de António Salvador à presidência do clube. O crescimento dos "arsenalistas" foi vertiginoso. Assente num projecto sólido, o Sp.Braga cresceu como ninguém na última década, em todas as frentes. Um novo estádio, afirmação de resultados a nível nacional mas também internacional, projectando novos valores para o futebol português ou a mobilização da cidade de Braga e até da região em torno do clube, foram e são, alguns dos aspectos que António Salvador e o próprio clube conseguiram no seu passado recente. Contudo, existe um fosso ainda grande para o Sp.Braga e os ditos "grandes".

Denominar-se "o 4º grande" por si só não chega. Na verdade, o Sp.Braga tem condições para se afirmar na alta roda do futebol nacional, e o próprio discurso do presidente, jogadores, treinador e dirigentes vai de encontro a esse desejo. A vontade de crescer ainda mais e ser um candidato ao título todos os anos está expressa em Braga mas a realidade....mostra o contrário.

O clube minhoto é actualmente uma "empresa de jogadores". A quantidade de negócios que os bracarenses realizam todos os anos, retira a estabilidade necessária para que se construa uma equipa capaz e sólida para ombrear contra os mais fortes todos os anos. É óbvio, que um clube como o Sp.Braga, necessita de encaixes financeiros, mas vender e comprar todos os anos 20/25 jogadores não é saudável e está a tornar-se "viciante", acabando por revelar contradições entre o aquilo que é dito e o que na realidade é feito.

Com o brilhante 2º lugar, a disputa do título até à última jornada, e a histórica (já esta época) qualificação para a Liga dos Campeões às custas do poderoso Sevilha. Seria de esperar uma temporada ao mesmo nível da anterior, ou pelo menos, que este ano fosse o de afirmação do clube, contrariando as vozes que afirmavam que "tinha sido apenas uma temporada esporádica". Contudo, vários erros de política do clube no que diz respeito à entrada de saída de jogadores acabaram por impugnar essa afirmação e o actual 6º lugar na Liga é apenas o reflexo dos inúmeros erros na abordagem ao mercado.

Qual o futuro do Sp.Braga? A temporada passada foi uma mera excepção ou terá o clube condições reais para lutar pelo título? Considerando os enormes encaixes financeiros com a venda de vários activos e com a participação na Liga dos Campeões, não terão os minhotos capacidade para manter os seus principais jogadores e serem mais ambiciosos na abordagem ao mercado? Como analisa a actual época do Braga? Uma desilusão pelos resultados internos (Taças/Liga/não ficar nos 3 primeiros) ou excelente /devido à campanha europeia)?

in http://visaodemercado.blogspot.com

[brigada da relote]

Sp. Braga na Europa: até onde lutarão os Gverreiros?

HISTÓRICO! É assim que se pode apelidar o feito do Sporting de Braga esta temporada nas competições europeias. Pela primeira vez a equipa portuguesa consegue alcançar a fase de grupos da Liga dos Campeões e os quartos-de-final da Liga Europa, com um percurso cheio de dificuldades. Também inédito é o facto de uma cidade portuguesa sem ser Lisboa e Porto ser presenteada pela maior competição de clubes do mundo.

O toque brasileiro deste Braga é apenas um traço de um cocktail de talentos que, a cada jogo, se expressam com uma linguagem comum. À medida que a aventura começou, Domingos falou na construção do sonho. Este sonho de futebol tem, porém, bases reais, jogadores de "carne e osso" que em campo pensam todos a mesma coisa ao mesmo tempo. Simplesmente agora pode ser reforçado com os milhões da Champions. Mas António Salvador não é de loucuras. Domingos não tem um modelo com a qualidade táctica de Jesus, nem, tão pouco, a riqueza filosófica de Villas-Boas. Mas as suas equipas têm, para além de competência, uma grande força mental. Invulgar, mesmo. É isso que explica, e deverá continuar a explicar, o seu sucesso. Os braguistas não têm dúvidas. É este o treinador para as próximas épocas.

O Sp. Braga está na "moda" e encontra-se muito perto de atingir a barreira dos 25 000 sócios. Já não faz sentido designar a capital minhota de cidade benfiquista. Braga está em transformação e há uma geração a crescer por entre vitórias e feitos históricos só alcançáveis por uma equipa de verdadeiros "gverreiros". Após o 2º lugar alcançado na temporada passada, lutando até ao último minuto pelo título contra o Benfica e ficando à frente do Porto e Sporting, Celtic foi o primeiro obstáculo ultrapassado, depois vieram os espanhóis, de longe os favoritos. Na 1ª mão, também disputada no Minho, um Sp. Braga muito forte carimbou uma vitória por uma bola a zero e a segunda mão tornava-se numa incógnita, tudo devido ao poderio do adversário. Ramón Sánchez Pizjuán quase cheio, dois mil portugueses no apoio em 90 minutos de pura magia. Sete golos, quatro deles para os arsenalistas. Primeira vitória portuguesa naquele terreno e o Sp. Braga estava na Liga dos Campeões.
No dia em que o Braga se estreou na Fase de Grupos da Liga dos Campeões, em Londres, jogou de peito aberto frente a um Arsenal de outro campeonato, de outra carteira e, inegavelmente, de outra dimensão. O resultado foi uma pesada derrota por 6- 0 que alguns celebraram com regozijo em Portugal. A derrota foi de difícil digestão mas a lição foi bem aprendida e, logo no jogo seguinte, frente aos sensacionais ucranianos do Shakthar, o Braga perdeu por enganadores 3-0. Seguiram-se dois jogos com o Partizan e outras tantas indiscutíveis vitórias, a garantirem o acesso à Liga Europa e a manterem acesa a esperança do apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões. E assim se chegou a 23 de Novembro com a sensação de que se poderia fazer história. Quem chegava ao Estádio Axa sentia um ambiente especial nas bancadas para o jogo mais aguardado da época. A primeira parte correu ligeira, com muita impaciência nas bancadas e no campo. No segundo tempo o Arsenal trouxe uma dinâmica diferente à partida, afirmando a valia individual dos seus jogadores. Mas o Braga não se acobardou, nem tão pouco se acomodou com o destino que todos lhe garantiam traçado. Domingos foi resistindo aos apelos dos adeptos, mexeu tarde, mas aos 83 minutos, Elton, acabado de entrar, faz um passe magistral e lança Matheus para uma corrida espectacular, inaugurando o marcador naquele que é o golo celebrado de forma mais entusiástica em toda a história recente do Sporting Clube de Braga. A festa nas bancadas era total, a personalidade em campo também. Matheus ainda voltaria a estar em destaque ao minuto 90+2 quando bisou na partida num golo muito bonito que levou os bracarenses ao delírio. Sp. Braga derrotava um colosso europeu no seu reduto e assumia-se como a equipa portuguesa com melhor estreia na Liga dos Campeões e a única que discutia a continuação na Liga dos Campeões à partida para a última jornada da Fase de Grupos. O que aconteceu na Ucrânia não foi nenhuma derrota. Foi o fim da crença num milagre maior, que esteve prestes a acontecer. Os minhotos estiveram às portas do paraíso, à beira de um feito absolutamente único na história do futebol português. A primeira experiência na Liga dos Campeões tinha terminado com o dever cumprido e com 4 nomeações para a "Dream Team" da semana. Moisés por duas vezes, Matheus e Rodríguez. Os "arsenalistas" confirmaram a qualidade e o potencial de uma organização muito própria e que assenta numa grande solidez defensiva e capacidade para transformar os seus ataques em veneno.
A "despromoção" do Braga à Liga Europa fez com que o clube se tivesse de reequilibrar financeiramente e partiu para os 16 avos-de-final completamente desfalcado pelas saídas no mercado de transferências de Janeiro. Para completar o banco de suplentes e iria que ter de recorrer sistematicamente a jogadores do satélite Vizela. O sorteio ditou Lech Poznan. Depois de uma derrota e uma vitória. O Braga estava nos oitavos-de-final pela terceira vez na sua história e o Liverpool era o colosso que se seguia. A tarefa era difícil mas os bracarenses entraram decididos a fazer história. Durante toda a primeira parte, o domínio bracarense foi impressionante. O golo chegou aos 17 minutos, de grande penalidade cometida sobre Mossoró. Alan marcou o centésimo golo dos bracarenses nas competições europeias. Não sendo um resultado maravilhoso, o 1-0 manteve-se até ao final e alimentava a esperança bracarense de seguir em frente. Foi um Braga com atitude e personalidade que entrou em Anfield Road, um dos míticos palcos europeus onde 44.000 ingleses e mais de 1.000 bracarenses apoiavam as suas equipas. A vitória de 1-0 na 1ª mão não garantia tranquilidade ao Braga, mas Domingos Paciência armou uma equipa que nunca se atemorizou diante de Golias e apesar da desvantagem, o Liverpool nunca conseguiu impor o seu futebol ou criar de forma continuada perigo junto às redes minhotas. Braga acabava de fazer história ao chegar, pela 1ª vez, aos quartos de final da Liga Europa derrotando uma das equipas mais fortes da presente edição. O sorteio ditou uma deslocação dos bracarenses à Ucrânia para defrontar o Dínamo de Kiev. A sorte foi outra vez madrasta e coloca os bracarenses perante uma das equipas mais fortes do torneio.

No Minho confirma-se a ameaça do Braga. É uma época notável em termos europeus e ainda pode ter maior brilhantismo se as estrelas estiverem alinhadas nas noites das próximas eliminatórias.

Não sei se está escrito nas estrelas, mas conseguirá o Sp. Braga continuar a escrever a letras de ouro mais uma página na sua história? Conseguirá ultrapassar o Dínamo Kiev? Sp. Braga tem estofo para ir mais além?  Será Dublin, o local de combate da última guerra da batalha europeia da legião dos Gverreiros do Minho?

in http://visaodemercado.blogspot.com

Orgulhosamente escrito por mim.

[brigada da relote]

Uma grande semana europeia!

A crise económica que afecta o nosso país não se reflecte no futebol, pelo menos assim o confirmam Benfica, Braga e Porto, com uma brilhante prestação na Liga Europa. As três equipas portuguesas estão nas meias-finais da prova continental (algo que apenas Alemanha, Espanha e Itália tinham conseguido) e poderão proporcionar uma final inédita entre emblemas nacionais. No que diz respeito ao ranking da UEFA, Portugal poderá entrar em 2011/2012 no quinto lugar, dependendo do desfecho do embate entre Porto e Villareal. Nos últimos 5 anos, os dragões foram quem mais contribuíram para a subida, seguidos de Benfica, Sporting e Braga, em clara aproximação aos leões.

A participação europeia da equipa minhota é sem dúvida o maior destaque em termos futebolísticos desta temporada. Até então praticamente desconhecidos, os arsenalistas começaram por eliminar Celtic e Sevilha, chegando pela primeira vez na sua história à Liga dos Campeões. O factor surpresa poderia jogar a favor do Braga nos confrontos com Arsenal e Shakhtar, contudo, uma goleada de 6-0 no Emirates seguida de outra por 0-3 na Pedreira praticamente deitaram por terra qualquer aspiração em avançar para a fase seguinte. As duas vitórias frente ao Partizan de Belgrado devolveram a esperança aos comandados de Domingos, que tiveram na vitória frente ao poderoso Arsenal por 2-0 um dos pontos altos da épica participação europeia. No entanto, a derrota na Ucrânia relegou o Braga para a Liga Europa, onde pôde continuar a brilhar. Até esta fase, Lech Poznan, Liverpool e Dínamo de Kiev já ficaram pelo caminho, seguindo-se agora mais uma prova de fogo frente ao Benfica. Caso o clube minhoto fosse mais mediático, todos os feitos que já alcançou esta temporada permitiriam fazer capas de jornais durante vários dias. Para além dos orçamentos infinitamente superiores de Celtic, Sevilha, Arsenal, Liverpool, equipas vencidas pelo Braga, todas as condicionantes que afectaram os arsenalistas, como o facto de terem de recorrer a jogadores do clube satélite ou, mais concretamente, das adaptações na defesa no encontro com o Dínamo, bem como a expulsão de Paulo César ainda no primeiro tempo, mereceriam ainda maior destaque do que os êxitos de Benfica e Porto.

Por outro lado, e sem retirar mérito a águias e dragões, apenas cumpriram a sua "obrigação". Começando pelos encarnados, que até se apuraram para a Liga Europa por obra de outrem (Lacazette), tiveram pela frente equipas que estavam perfeitamente ao seu alcance. O Estugarda, o PSG e o PSV estão longe da elite europeia, e caso o Benfica não os vencesse seria um fracasso. Já os dragões, apenas enfrentaram algumas dificuldades com o Sevilha, pois as duas deslocações a Moscovo resultaram em triunfos. De certo modo, acaba por ser o confirmar das boas prestações europeias dos azuis e brancos nos últimos anos. Nota ainda para o Sporting, que poderia perfeitamente bater o Rangers. Os leões, que até foram o último clube português a chegar a uma final europeia, precisam urgentemente de reagir, pois o estatuto de "grande" vai-se esfumando sem resultados práticos, e com um Super Braga a obter cada vez mais êxitos, a equipa de Alvalade poderá deixar a alta roda do futebol português.

Quem será o vencedor da Liga Europa? O Villareal poderá opor-se a uma final totalmente nacional? Nos próximos anos, Portugal continuará com bons resultados na Europa, consolidando a sua posição no ranking? Pode ainda dizer-se que o nosso campeonato é pouco competitivo?

in http://visaodemercado.blogspot.com

[brigada da relote]

FDJ: Blog "Visão de Mercado" sofreu ataque cobarde

Esta quinta-feira o blog Visão de Mercado sofreu um "ataque" de um Hacker, o que levou o blog a desaparecer até ao momento da plataforma Blogger.
Sem entendermos o que levam certas pessoas que invejam o excelente trabalho de outros a fazer este tipo de coisas, o Fora-de-jogo junta-se a todos aqueles que apoiam incondicionalmente os autores do blog.
Foi com repudio que soubemos da notícia, mas mesmo assim acreditamos que em breve tudo voltará à normalidade, ou seja, o Visão de Mercado voltará a ser o melhor blog desportivo em Portugal, como o foi até hoje.

in ForadeJogo08

Por favor, alguém que nos ajude. Precisamos urgentemente de resolver o nosso problema. Alguma alma caridosa que nos consiga ajudar.
Contactem através do visaodemercado.blog@gmail.com.

POR FAVOR!!!!