NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 17/03

[Olho Vivo]

Entrada feroz dos bracarenses e autogolo de Lopes afundaram a naval num mar de problemas sem solução

A pressa é amiga da perfeição

Crónica de Pascoal Sousa

A retoma do Sp. Braga é uma realidade, que nem a Naval, generosa na entrega mas ingénua nos seus processos ofensivos, conseguiu desmentir. O mais recente ciclo de resultados na Liga (dois empates e duas vitórias) e o regresso da equipa aos triunfos em casa, volvidos quase três meses, tornam agora o objectivo europeu menos ilusório e mais palpável.

Mas vamos ao que interessa: o jogo. Porque foi, verdadeiramente, um espectáculo intenso, bem disputado embora com uma clara supremacia do Sp. Braga que a Naval nunca soube anular. Reconheça-se que não é fácil a uma equipa sofrer um golo aos 33 segundos, muito menos quando a conclusão do lance surge de uma traição do defesa Lopes, que introduziu a bola na própria baliza.

Não se deve, contudo, confundir as coisas. A infelicidade dos figueirenses foi impulsionada por uma entrada fortíssima do Sp. Braga, que construiu a primeira oportunidade aos 16 segundos e a partir daí foi subindo as escadas até atingir o topo do rendimento, aplicando ao adversário um resultado gordo que traduz fielmente a diferença de valores no relvado.

O futebol bracarense, fluido e bem estruturado, com uma ligação perfeita entre sectores, não viveu apenas da inspiração de algumas unidades tecnicamente mais evoluídas. A novidade, em relação ao passado, é que a equipa funcionou como um todo unido e solidário, explorando muito bem o último terço ofensivo e usando de uma organização espartana nos desdobramentos defensivos. Com um bloco tão coeso, a goleada surgiu naturalmente.

Duarte Gomes (5) — Sem influência no resultado, o que não é o mesmo que dizer-se que a sua actuação foi isenta de erros. Não foi e alguns lapsos (supostas faltas a meio-campo) eram evitáveis.















MANUEL MACHADO AGARRA O DESAFIO DE MANTER A EQUIPA NO PRIMEIRO TERÇO DA TABELA

«Podemos melhorar o sexto»

Por RUI AMORIM e PASCOAL SOUSA

O Sp. Braga tinha de ganhar... e ganhou. «De facto, a situação é essa, não podemos perder mais pontos, sobretudo em casa, pois podem ser decisivos», admitiu Manuel Machado, satisfeito por o grupo «ter percebido a importância do jogo».

«A equipa teve um ciclo muito bom e, depois, registou uma quebra no que diz respeito a alguma desconcentração que nos penalizou fortemente», analisou, assim, o treinador do Sp. Braga os ciclos que antecederam «uma fase actual de retoma... suada.»

«Mantemos todos os sinais em alerta para não cometer qualquer deslize nesta altura. Foi muito difícil chegar ao sexto lugar, mas mais difícil será manter esta posição e talvez melhorá-la. Temos potencial para isso, se continuarmos com os pés no chão e a mesma humildade», sugeriu.

Quanto às manifestações do público, ontem com assobios, hoje com aplausos, Manuel Machado recorre à lógica futebolística para explicar o fenómeno: «Este jogo é assim. Há resultados negativos, há manifestações de desagrado. Ninguém gosta de perder, então o Sp. Braga que tem estado tão bem no contexto nacional e até internacional. Como normal é agora, num momento de retoma, a massa associativa manifestar-se de forma positiva em relação ao nosso trabalho.»

Ulisses Morais não desanima

«Parabéns ao Sp. Braga porque soube ganhar», começou por reconhecer Ulisses Morais, antes de se referir a «duas condicionantes fortes» que ajudam a explicar a derrota: «Entrámos a perder, ao sofrer um golo aos trinta segundos e, depois, fomos obrigados a gastar logo uma substituição.»

O treinador da Naval reconheceu que a vantagem madrugadora do adversário «permitiu-lhe jogar no erro e explorar o contra-ataque». «Apesar de tudo, reagimos e percebemos que a bola podia entrar em qualquer uma das balizas», lembrou o responsável da equipa da Figueira da Foz.

«Por muito que se tivesse falado ao intervalo dos nossos pecados, voltámos a cometê-los na segunda parte. Assim como não ficámos eufóricos com a vitória da última semana, não estamos agora derrotados, nem pensamos que tudo acabou aqui. Faltam sete jornadas e continuamos a depender só de nós», defendeu, admitindo que o seu jogo 100 na Liga não foi tão feliz quanto desejava: «Gostei mais do 99.º.»



Factos & Figuras

O rapidíssimo Lopes

O golo mais rápido da actual edição do Campeonato é da autoria de Saulo, obtido, curiosamente, frente ao Sp. Braga, na primeira volta da prova. O brasileiro demorou apenas 23 segundos a acertar no alvo. A partir de ontem, o segundo golo mais rápido da Liga é também de um jogador da Naval: Lopes. Trata-se, para sermos mais precisos, de um autogolo, o que torna a história bem mais sombria para o defesa figueirense e retira o sorriso e orgulho ao adepto navalista que leu as primeiras linhas. Nada que não aconteça por este mundo fora, a questão é que o golpe de azar surgiu cedo de mais e hipotecou as possibilidades de a Naval ganhar pelos menos um ponto, abrindo, simultaneamente, a porta para o Sp. Braga construir um resultado confortável e reconfortante para uma equipa que ainda há pouco tempo estava mergulhada numa crise existencial.



Leixões e Sporting

Dois espiões viram vitória

O Estádio AXA contou ontem com a presença de representantes do Leixões (António Pinto) e do Sporting, adversários do Sp. Braga e da Naval na próxima jornada. Os dois espiões viram a equipa bracarense regressar às vitórias em casa para a Liga, algo que já não acontecia desde o dia 2 de Dezembro de 2007, frente ao Marítimo, por 2-1, na 12.ª jornada.



Gostava de ficar

Jaílson (Sp. Braga)

Marquei um golo muito importante para mim e para a equipa. Gostava de ficar no Sp. Braga, isso se o Benfica não me quiser. O Sp. Braga tem direito de preferência e eu sinto-me muito bem no clube, vamos ver o que acontece. O importante é que com esta vitória, a equipa ganhou mais ânimo para lutar pela Europa. Queremos a UEFA e sabemos que podemos alcançá-la



Braga mereceu

Davide (Naval)

Aquele autogolo deitou a nossa estratégia abaixo. Foi um lance difícil, que foi antecedido de falta cometida sobre mim. O árbitro não viu. Mesmo em desvantagem, a Naval nunca deixou de jogar bom futebol e de procurar o golo. Mas desta vez o Sp. Braga apresentou-se muito forte e mereceu a vitória. Estamos tranquilos: com mais duas vitórias alcançaremos a permanência



Médio do Estrela Amadora reforça o Sp. Braga

Tiago Gomes garantido

O Sp. Braga assegurou o concurso de Tiago Gomes para a próxima época, numa operação relâmpago desencadeada nas últimas horas, logo que foi conhecida a desistência oficial do Málaga. O médio, de 22 anos, tinha sido adquirido ao Estrela da Amadora por uma empresa associada ao emblema espanhol, por 300 mil euros, mas o dinheiro nunca entrou nos cofres do clube tricolor.

Quem aproveitou a brecha foi António Salvador, negociando directamente com o seu homólogo do Estrela a transferência de Tiago Gomes, jogador que o Sp. Braga já tentara contratar na época passada, tendo, para o efeito, apresentado proposta a rondar os 150 mil euros.

Desta feita, foram criadas as condições para o negócio avançar. Ainda não são conhecidos os pormenores do contrato, mas Tiago Gomes deverá vincular-se por um período de cinco épocas.

in A BOLA

[Lacoste]

César rejuvenescido
GANHA FORÇA NA POSIÇÃO "10"
      
Aos 81', segundo Duarte Gomes, César Peixoto cometeu falta sobre Godemeche. A decisão é discutível, mas não tem qualquer influência. Demonstra, isso sim, a postura do polivalente esquerdino. A acabar o jogo, travou uma potencial saída para o ataque do adversário com uma acção de pressão alta.

Está diferente e tudo indica que vá terminar a época com nota alta. Depois de uma fase de turbulência, César Peixoto recuperou a confiança do treinador e tem vindo a actuar com profissionalismo na posição "10".

Da possibilidade de figurar num lote de dispensáveis, surge agora um quadro oposto por força de uma atitude que permite ao jogador recuperar a sua credibilidade.



Jaílson: «Uma grande vitória»
RADIANTE POR ALIAR TITULARIDADE AO SEU SEGUNDO GOLO NO CAMPEONATO
         
O avançado brasileiro Jaílson saiu radiante do campo, depois de ter visto o seu segundo golo na Liga portuguesa contribuir para a vitória folgada do Sp. Braga. Se o tento apontado o mês passado ao Vitória de Setúbal não evitou a derrota na 19.ª jornada (2-3 em Braga), o tento de ontem teve outro sabor.

"Foi bom juntar o golo a uma boa exibição. Mas o mais importante foram os 3 pontos, numa fase em que as vitórias são muito importantes para os nossos objectivos", destacava o dianteiro, feliz por ter contribuído para "uma grande vitória por números inquestionáveis".

No seu caso, tratou-se de um golo saboroso, por consolidar a recente titularidade. "Sabia que era uma questão de detalhe e que acabaria por marcar. Felizmente aconteceu hoje", exultava, perspectivando já novas proezas: "Temos 15 dias para preparar o jogo com o Leixões e dar continuidade aos bons resultados. Há que manter a personalidade."

Esclarecimento

Ao abandonar o campo, Jaílson tinha indicação (que acabou por não ser confirmada) de que o autogolo de Lopes logo no início da partida lhe tinha sido atribuído pelo árbitro Duarte Gomes.

Mas, a bem da verdade, o avançado brasileiro fez questão de ressalvar aos jornalistas que não teve participação directa no lance: "Não toquei na bola; foi o defesa da Naval que fez o desvio."

in record

[JotaCC]

Uma figueira que dá prendas

Foi um Braga supersónico na procura do golo inaugural - logrado logo aos 33 segundos - que entrou no jogo de ontem, aproveitando da melhor forma as prendas que a defesa navalista lhe foi oferecendo ao longo da partida para construir um resultado que vai tornar a Páscoa mais doce para os homens de Machado. De facto, Lopes foi o primeiro "artilheiro" do Braga na partida, ao fazer, de cabeça e sob pressão de Jailson, o autogolo que abriu caminho à vitória minhota. Contudo, se é verdade que depressa chegaram à vantagem, o retirar de pressão a que logo depois se assistiu por parte dos anfitriões deixou margem para um crescimento perigoso dos visitantes, que, mercê de um futebol directo, depressa conseguiam chegar às imediações da área contrária, mas com o pormenor do último passe, quase sempre um desastre, a fazer toda a diferença. O Braga equilibrou o jogo e voltou a carregar a baliza contrária, com Wilson Júnior a mostrar serviço em lances de elevado grau de dificuldade. E, se Lopes ajudou na primeira, Delfim imitou-o depois do intervalo, ao perder a bola que Brum transformou em lance para golo de Wender, o lance que cedo matou a equipa da Figueira da Foz, já limitada pela saída de Paulão, o seu único central em tarde sim. Com Zé Manel endiabrado - só falhou no remate -, Jailson continuou a crescer à medida que o adversário se perdia em campo, atenuando a falta de pulmão que começava a atacar César Peixoto, um dos melhores elementos em campo. Contudo, o brasileiro, que repetiu a titularidade, tardava em encontrar-se com os golos e ameaçava ficar-se pelo do meio, o tal em que pressionou Lopes para o erro. Foi preciso esperar até aos descontos para ver o avançado marcar, minutos depois de as bancadas soltarem um imenso bruá, quando Matheus, com a baliza deserta, acertou no travessão. A passe de Frechaut, o avançado marcou finalmente - e foi de salto mortal que comemorou o golo que tanto perseguiu. Um golo que ajudou o Braga a conseguir, pela primeira vez em 2008, duas vitórias consecutivas.

Braga 3 - Naval 0

Estádio AXA, em Braga

relvado em bom estado

20 103 espectadores

Duarte Gomes [AF Lisboa]

José Lima + Pedro Garcia

Aurélio Afonso

Braga

Treinador Manuel Machado

31 | Kieszek GR

47 | João Pereira LD

3 | Paulo Jorge DC

2 | Rodriguez DC

13 | Carlos Fernandes LE

5 | Brum MD a 61'

16 | Contreras MD

18 | Zé Manel AD

21 | César Peixoto MO a 90+1'

15 | Wender AE a 68'

20 | Jailson AV

-

12 | Dani Mallo GR

17 | Frechaut MD d 61'

25| Miguelito MO

88 | Vandinho MO

99 | Matheus AE d 68'

11 | Philco AV d 90+1'

29| Linz AV

Amarelos 52' Zé Manel |81' Contreras

GOLOS

1-0|1'

Lopes (p.b.)

2-0|48'

Wender

3-0|90'

Jailson

Naval

Treinador Ulisses Morais

16 | Wilson Júnior GR

28 | Mário Sérgio LD

33 | Paulão DC a 43'

4 | Lopes DC

6 | China LE

25 | Godemèche MD

14 | Delfim MD

23 | Davide MO

27 | Saulo AD a 63'

77 | Marinho AE

20 | Marcelinho AV a 63'

-

1 | Taborda GR

7 | Carlitos LD

33 | Gaúcho DC

5 | Bruno Lazaroni MD

10 | Dudu MO d 43'

17 | João Ribeiro AE d 63'

9 | Elivelton AV d 63'

Amarelos 22' Saulo |25' Lopes | 89' Dudu


Braga um a um

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2,5 Kieszek

Chegou para as ocasiões de golo que a Naval criou.

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3 João Pereira

Saulo quis intimidá-lo, mas não conseguiu. Com o tempo e a vantagem, ganhou o corredor.

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3 Paulo Jorge

Tarde tranquila. De cabeça, cortou a esperança de perigo a Marinho e reacendeu-a junto da baliza da Naval (45').

.

3 Rodriguez

Controlou Marcelinho e ainda sobrou elasticidade para travar Marinho.

.

3 C. Fernandes

Fez a assistência para o primeiro golo e manteve uma frequência assídua do ataque.

.

2,5 Contreras

Davide fê-lo suar um bocado, até que o perigo se diluiu no marcador.

.

3,5 Roberto Brum

Entrou como operário e saiu como artista, com aberturas que mereciam golo. Iniciou a jogada do segundo.

.

3,5 César Peixoto

Um capricho da bola negou-lhe um golo, e uma inesgotável capacidade de inventar o ataque, alheia a qualquer marcação, alimentou a esperança de vitória folgada, confirmada por outros pés.

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3 Zé Manel

Quis decidir tudo antes do intervalo, mas Wilson Júnior opôs-se-lhe.

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3,5 Jailson

Precipitou o autogolo no primeiro minuto e esperou até ao último para ficar na história do jogo. Pelo meio, ofereceu um golo a Wender e falhou vários.

.

3 Matheus

Velocidade estonteante para o ataque final à baliza. Desconcertou Wilson Júnior (80'), mas a barra adiou o terceiro.

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2,5 Frechaut

Refrescou o meio-campo e fez a assistência para o terceiro golo.

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- Philco

Tempo apenas para registar a estreia. ^



Manuel Machado
"Alerta máximo"

Perder pontos estava absolutamente fora de causa para o Braga, que não demorou sequer um minuto a aproximar-se da vitória de que precisava. "Tínhamos dito que a situação que vivemos é essa, no limite: não podemos perder mais pontos, e os jogos em casa serão decisivos na ponta final. O que disse na conferência de Imprensa foi o que disse ao grupo, que percebeu e está de parabéns", congratulou-se Manuel Machado, aliviado por os resultados voltarem a fazer justiça ao balneário que orienta. "Tivemos um ciclo muito bom, com uma quebra em Janeiro e Fevereiro, não por uma questão de qualidade, mas por alguns detalhes que nos penalizaram. A equipa está a ter uma retoma, mas mantém todos os sinais em alerta máximo, para que não se cometam deslizes. Custou-nos chegar a este primeiro terço da tabela, mas temos consciência de que será mais difícil manter esta posição e, eventualmente, melhorá-la. Temos de continuar, com humildade e sem euforia que leve a algum retrocesso."


ÁRBITRO
Uma dúvida na área

Duarte Gomes teve um desempenho globalmente bom, com a única dúvida a acontecer num lance ocorrido na área minhota ao minuto 15, entre Rodriguez e Davide, com o navalista a pedir penálti. Sem ninguém a obstruir-lhe a visão, mandou seguir.


MOMENTO: 48' [2-0]
Ofertas, a sequela

Na tentativa de sair para o contra-ataque, Delfim acaba por perder a bola em zona proibida. A visão de Brum fez o resto, e o passe de Jailson, na cara do guarda-redes, abriu a porta para o golo de Wender.



LANCES-CHAVE

1'[1-0] Zé Manel, da direita, cruza a meia altura, para emenda de Wender que Wilson Júnior desvia da baliza. Na sequência, a bola acaba nos pés de Carlos Fernandes, que cruza para a pequena área, onde Lopes, pressionado por Jailson, marca na própria baliza..

7' A meio do meio campo da Naval, César Peixoto recupera a bola e, depois de se enquadrar, remata a cerca de 30 metros, fazendo a bola passar perto da barra.

27' Livre directo cobrado por Marcelinho descaído sobre a esquerda, fazendo a bola passar junto ao poste direito.

29' À entrada da área, Zé Manel ganha posição de remate e atira para defesa do guardião navalista, sobrando a bola outra vez para o extremo, que repete a tentativa - para nova defesa do rival.

45+1' Zé Manel bate livre para a área, onde Paulo Jorge faz o desvio sobre a barra.

59' Cruzamento de Zé Manel para a pequena área, onde surge Jailson a cabecear para defesa do guardião sobre o risco de baliza.

74' Nova bola de Zé Manel para Jailson, em voo, falhar o alvo.

75' Na sequência de um canto de Mário Sérgio, cabeçada de Lopes para defesa à segunda de Kieszek.

80' Mau corte de Wilson Júnior a deixar a bola em Matheus, que acerta na barra.

90+3' [3-0] Insistência do Braga, com o passe de Frechaut a encontrar Jailson solto na área, para bater o guardião navalista pela última vez. ^


A ESTRELA: Wender

Estar a vencer ainda antes de se esgotar o primeiro minuto foi de grande utilidade ao Braga, que, depois de terminar, frente ao Nacional, mais de dois meses e meio sem vitórias, não se pode dar ao luxo de desperdiçar pontos caseiros. O autogolo de Lopes facilitou a tarefa, mas foi o segundo, assinado por Wender, com um passe de cortesia de Jailson, que garantiu a tranquilidade - assim como uma série de cruzamentos que mantiveram a tendência do resultado sempre a sorrir ao Braga.

O JOGO

[JotaCC]

Batalha conquistada nas entradas
Entradas galopantes em cada etapa, coroadas com dois golos madrugadores, foram os ingredientes para uma exibição personalizada e a obtenção de um triunfo capital. O terceiro golo foi a cereja no topo de um manjar, que coloca os arsenalistas com a carta europeia à vista.   


As entradas em cada uma das etapas, seladas com a obtenção de dois golos, foram o manjar perfeito para uma vitória capital. A conquista da batalha, diante da Naval foi ganha de forma madrugadora, partindo para o Sporting Clube de Braga para uma exibição robusta e terminando num plano exuberante, que deixa mesmo a via europeia à vista da embarcação de Manuel Machado.
Foi o segundo golo que abriu brechas no conjunto de Ulisses Morais, deixando a formação da Figueira da Foz destroçada logo no arranque do segundo tempo, já que ao golo de Lopes, obtido nos primeiros segundos da partida, a Naval ainda conseguiu responder, terminando mesmo a primeira etapa a mandar no desafio. Os arsenalistas tiveram oportunidades para chegar ao segundo golo no primeiro tempo, mas acabaria por ser  na segunda etapa que chegariam à tranquilidade e ao tento que trouxe o conforto desejado.

O golo de Wender, oferecido por Jaílson que tinha conquistado o esférico a Delfim no miolo, foi a alavanca para uma segunda etapa personalizada, que só não foi celestial pela série de golos desperdiçados ao longo do desafio. O terceiro golo acabou por ser a cereja de um manjar necessário, tornou-se no brinde para os adeptos, com Jaílson a inaugurar a sua conta pessoal para o campeonato.
Os lugares europeus estão à vista, os níveis de confiança sobem de produção e foi notória a curva ascendente do Sporting Clube de Braga. Ainda não está em patamares elevados e para abrir garantir o objectivo ainda faltam finais.
A batalha foi conquistada nas entradas e a equipa de Manuel Machado obteve o segundo triunfo consecutivo, numa fase em que está proíbido de repetir pecados passados.
A missão foi cumprida e está lançado o assalto final aos lugares europeus, após uma batalha marcada pelos golos madrugadores, mas também por uma exibição mais organizada e com níveis mais apetecíveis.

CM

[Lacoste]

Bragão está de regresso
A festa do golo é sempre assim João Pereira, César Peixoto e Rodriguez, entre outros, abraçam Wender, autor do segundo, o da tranquilidade

OBraga parece estar de volta aos bons velhos tempos de equipa mandona e candidata a quarto 'grande', desta vez, com a vítima a chamar-se Naval. Foi uma vitória clara (3-0) mas que é enganadora, pois, caso fossem aproveitadas as oportunidades, poderia haver, ontem, no Estádio AXA, uma goleada histórica.

Os arsenalistas somaram sete pontos nas últimas três jornadas, e o empate foi na Luz, o que realça uma certa "retoma", na visão do técnico dos minhotos. Só que em futebol não há milagres - ou, se os há, são excepcionais, caso contrário deixavam de o ser... -, e Manuel Machado abandonou algum lirismo para se converter ao pragmatismo. Foi acometido por essa doença da moda chamada "pontite aguda". Ou seja, primeiro estão os resultados, depois as exibições.

O seu modelo cristalizou, agora, num 4x3x2x1, com o reforço do sector médio-defensivo, face à adopção de dois trincos Contreras, o mais recuado, e Roberto Brum, o mais adiantado. Depois, os alas de ataque, Zé Manel e Wender, fecham o corredor ofensivo do adversário, completando um trio, com César Peixoto reconvertido à missão de organizador de jogo. Na frente, Jaílson dá o mote ofensivo, rendendo o aparentemente "insubstituível" Linz. Ontem, viu-se que a aposta está a resultar, pois o brasileiro foi dos melhores em campo, desempenho coroado com um golo, o seu primeiro, de excelente execução técnica.

É certo que os golos bracarenses foram alcançados em momentos-chave, mas isso não invalida a justiça do triunfo nem deslustra a exibição. O primeiro, aos 33 segundos, no que seria uma vingança do acontecido na Figueira da Foz, quando a Naval inaugurou o marcador aos 24 segundos (o mais rápido da prova). Só que, desta feita, foi através de um autogolo que conseguiu a proeza.

Os navalistas reagiram bem (têm equipa para discutir a permanência, dado estarem bem organizados e com um jogador, Marinho, que é um perigo constante), mas um segundo golo, logo no reatamento, deitou tudo a perder. Bem, a partir de então, os bracarenses podiam ter marcado por diversas vezes, com a dupla Matheus /Jaílson a pôr os cabelos em pé à defesa dos figueirenses, desfalcada de Paulão, que se lesionara , com alguma gravidade (possível ruptura muscular). Porém, Wilson Júnior, a ineficácia, ou a infelicidade (bola na barra), evitaram o pior para os visitantes e o melhor para os da casa. No final, jogadores e equipa técnica foram ovacionados pelos adeptos, que acorreram em massa. Eles que, no jogo anterior, com o Setúbal, assobiaram tudo e todos...

Duarte Gomes teve um erro grosseiro. Uma nódoa na exibição, ao não expulsar Dudu, que impediu, em falta, que Matheus se isolasse.

in JN

[JotaCC]

Sp. Braga esmaga Naval e ganha asas para a Europa

O Sporting de Braga mantém a
caminhada obstinada para a recuperação dos lugares europeus e,olhando para o triunfo de ontem sobre a Naval, a curiosidade vai para o número de golos que conseguiu facturar, depois de vários meses a oscilar entre "zero" e "um" no marcador. Marcou três e ainda cheirou a baliza em mais quatro ocasiões. Por isso, o público e os jogadores deixaram o AXA em delírio. O pedal da retoma bracarense não podia estar mais a fundo.
Desde 11 de Novembro, ainda a equipa era orientada pelo interino António Caldas (após a saída de Jorge Costa), que o Sporting de Braga não conseguia ser tão eficaz. A excentricidade do jogo com os "leões" não chegou a ver-se frente à Naval. Mas a equipa também jogou bem e convenceu como há muito não fazia em casa. E, uma vez mais, um 3-0 favorável aos minhotos surge em alturas de especulação no que respeita ao comando técnico.
O técnico Manuel Machado voltou a apostar numa linha dura de trincos - Brum e Contreras -, em César Peixoto como playmaker e em Jaílson no lugar de Roland Linz, para aproveitar a maior mobilidade do brasileiro na grande área. A titularidade de Jaílson deverá acontecer sempre que os minhotos encontrarem adversários mais defensivos, como é o caso da Naval e do próximo adversário, o Leixões.
Ontem, o Sporting de Braga apresentou-se ainda mais autoritário do que na última jornada e chegou ao golo antes do primeiro minuto (47 segundos). Foi um autogolo de Fabrício Lopes, mas não teria acontecido sem
as movimentações perversas de Jaílson - o defesa da Naval viu o brasileiro chegar perto da bola e foi infeliz no corte.
O jogo dos minhotos foi sempre mais aberto e mais veloz, contra uma Naval vulnerável na defesa e pouco atrevida. À excepção de um livre directo de Delfim e alguns cruzamentos de Mário Sérgio, o polaco Kieszek poderia ter passado o jogo a assobiar para o ar. Os da casa nunca se descompuseram diante do contra-ataque dos homens de Ulisses Morais, a lesão de Paulão prejudicou a defesa da Naval e foi com naturalidade que Wender fez o segundo golo do Braga, no início do segundo tempo. Uma abertura de Roberto Brum deixou Jaílson na cara do guarda-redes e o brasileiro deixou o golo para o pé esquerdo de Wender.
Já nos instantes finais, e depois de investidas perigosas de Zé Manuel e Contreras, e uma bola aos ferros de Matheus, o avançado Jaílson voltou a estar num golo. Desta feita, como actor principal: após um cruzamento de Frechaut na direita, assinou, de cabeça, a sentença pesada da Naval, que volta assim a sentir a pressão do Paços de Ferreira na luta pela manutenção.
Sp. Braga 3
Naval 0
Jogo no Estádio Axa, em Braga
Assistência: 20.103 espectadores
Sp. Braga Kieszek 6, João Pereira 6, Paulo Jorge 6, Rodriguez 6, Carlos Fernandes 6; Contreras 6, Brum 6 (Frechaut 6, aos 61"), César Peixoto 6 (Philco -, aos 90"); Zé Manuel 7, Jaílson 7, Wender 7 (Matheus 5, 67").
Naval Wilson Júnior 4; Mário Sérgio 5, Paulão 5 (Dudu 5, aos 43"), Lopes 5, China 5; Delfim 5, Godmeche 6; Marinho 6, Davide 6, Saulo 5 (João Ribeiro 5, 62"); Marcelinho 5 (Elivelton 5, 62").
Árbitro: Duarte Gomes 7, de Lisboa.
Amarelos: Saulo (22"), Lopes (25"), Zé Manel (51"), Contreras (81"), Dudu (89").
Golos: 1-0, por Lopes, na p.b., aos 1"; 2-0, por Wender, aos 47"; 3-0, por Jaílson, aos 89".

PUBLICO

[Lacoste]

Braga vence Naval e ascende ao sexto lugar    

Um auto-golo marcado no primeiro minuto de jogo pelo central Lopes (Naval) abriu hoje o caminho para uma vitória folgada do Sporting de Braga (3-0), que igualou o Belenenses na sexta posição da Liga portuguesa de futebol.  Depois de na semana passada ter colocado um ponto final num longo jejum de jogos sem conhecer a vitória, ao ganhar fora ao Nacional (1-0), o Braga somou hoje a segunda consecutiva e relançou a sua luta por um lugar europeu.  A equipa de Manuel Machado passa agora a somar 33 pontos, os mesmos do Belenenses, e apenas menos um que o Sporting, que segunda-feira joga com o Nacional, enquanto a Naval, com 23 pontos, continua na 13ª posição, mas apenas quatro pontos acima do penúltimo. Repetindo o mesmo "onze" do jogo da Choupana, Manuel Machado não poderia desejar melhor começo do que um golo logo a abrir o encontro. Mas, como se não bastasse isso, marcou ainda no início da segunda parte e fez o 3-0 aos 90. Num jogo fácil e perante um adversário que, fruto talvez do auto-golo sofrido no primeiro minuto, pouca resistência ofereceu, o Sporting de Braga construiu a sua vitória mais folgada na prova, ficando a dever a si próprio não ter conseguido mais golos. O "central" Lopes, no primeiro minuto, a cruzamento de Wender, introduziu a bola na própria baliza e "traçou" o caminho para este encontro. O golo galvanizou desde logo os bracarenses que, dois minutos depois, voltaram a criar perigo, com Wender a rematar às malhas laterais. César Peixoto, o agora "número 10" do Braga, também tentou a sua sorte com um forte remate, de fora da área, e a bola a cair nas malhas superiores dos navalistas. A partir daqui, a Naval começou a organizar-se melhor em termos defensivos e a tentar o contra-ataque. Mesmo assim, as situações de maior perigo aconteciam sempre na sua baliza. Paulão, aos 28 minutos, num livre direito, ainda ameaçou a baliza do polaco Kieszek, mas a bola saiu ao lado. Com o jogo bastante repartido, o Braga voltou a estar próximo do golo aos 29 minutos, mas Zé Manel chegou atraso a um bom passe de Wender e, na resposta, foi Marinho a cabecear ao lado. Um minuto depois, o guarda-redes Wilson Júnior venceu a "batalha" com Zé Manel, defendendo dois remates quase consecutivos, o mesmo acontecendo aos 36 minutos, com os mesmos intervenientes.  À semelhança da primeira parte, a segunda começou com novo golo do Braga, com Jaílson, em frente da baliza, a dar de bandeja para Wender marcar, e o 3-0 só não chegou aos 58 minutos porque Wilson Júnior fez uma boa defesa e negou o golo ao ponta-de-lança arsenalista.  Ulisses Morais fez, então, duas substituições de uma assentada, com Marcelinho e Saulo a cederem os seus lugares a João Ribeiro e Elivelton, mas a verdade é que a Naval não conseguia incomodar o Sporting de Braga no seu último reduto. Melhor esteve Matheus, que aos 68 minutos entrou para o lugar de Wender, uma vez que conduziu vários lances ofensivos da sua equipa e, aos 79 minutos, teve um enorme "chapéu", com a bola a embater na trave da baliza de Wilson Júnior. Aos 88 minutos, o árbitro ainda perdoou o cartão vermelho a Dudu, quando este travou Matheus numa situação em que o ex-sadino se isolava e, aos 90, Jaílson acabaria por ter o prémio da sua boa exibição quando, na área, dominou, e atirou fora do alcance do guarda-redes, fazendo o 3-0. A vencer por esta margem, Manuel Machado aproveitou para, na compensação, permitir a estreia na Liga ao jovem avançado brasileiro Philco, que se tem destacado na equipa júnior dos bracarenses.

in Maisactual

[Lacoste]

Sporting de Braga bateu ontem a Naval 1º de Maio por três bolas a zero

O Sporting de Braga venceu ontem a Naval 1º Maio por três golos sem resposta.

Num jogo bem disputado, os golos foram apontados por Lopes defesa da Naval que marcou na propria baliza inaugurou o marcador ainda não tinha passado um minuto de jogo,Wender que marcou ao minuto dois do segundo tempo e Jailson fechou a contagem ao cair do pano.

Manuel Machado, técnico do Sporting de Braga, diz que a equipa está de parabéns, mas lembrou que ainda não é tempo de euforias, até porque há um lugar a manter na tabela classificativa.

Com o resultado de 3-0, os arsenalistas estão agora posicionados no sexto lugar da tabela classificativa a par do Belenenses.

in Antena Minho

[JotaCC]

Braga sobe à sexta posição

A equipa de Manuel Machado venceu a Naval, por 3-0, num jogo totalmente dominado pelo Braga.

Adiantou-se no marcador, logo aos quarenta segundos de jogo, a equipa do Sporting de Braga, após um auto-golo do central Lopes. Na segunda parte, a equipa minhoto cimentou a vantagem. Wender e Jailson fizeram os golos da vitória, por 3-0.

Com este resultado, o Sporting de Braga ascende à sexta posição, empatado como o Belenenses, com 33 pontos. A Naval vê, agora, o Paços – primeira equipa abaixo da linha d'água – a 4 pontos de distância.

RR

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Goleada fácil
Minhotos intratáveis

O Sp. Braga venceu, ontem, a Naval por uns claros 3-0, e permanece na luta pelos lugares europeus. Com um começo de jogo fulgurante, os minhotos inauguraram o marcador logo aos 43 segundos, com um auto--golo de Lopes, que, com um cabeceamento infeliz, introduziu a bola na própria baliza. As jogadas mais perigosas da primeira parte pertenceram sempre à formação da casa.

Com uma reentrada muito forte após o descanso, a equipa arsenalista ampliou a vantagem logo aos 47', por intermédio de Wender. Roberto Brum isolou Jaílson que, não sendo egoísta, entregou a bola a Wender para este fazer o 2-0.

Ao cair do pano (90') houve ainda tempo para novo golo, desta feita por Jaílson que só teve de encostar para o 3-0 final, após assistência de Frechaut.

FICHA DO JOGO

Local: Estádio Axa, em Braga (20.103 espectadores)

Marcador: 1-0, Lopes (01m, pb); 2-0, Wender (47m); 3-0, Jaílson (90m)

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)

SP. BRAGA: Kieszek, João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge, Carlos Fernandes, Pablo Contreras, Roberto Brum (Frechaut, 60m), César Peixoto (Philco, 90m), Zé Manel, Jaílson e Wender (Matheus, 68m). Treinador: Manuel Machado.

NAVAL 1.º MAIO: Wilson Júnior, Mário Sérgio, Paulão (Dudu, 43m), Lopes, China, Godmeche, Delfim, Saulo (João Ribeiro, 62m), Davide, Marinho e Marcelinho (Elivelton, 62m). Treinador: Ulisses Morais.

Acção disciplinar: Cartões amarelos - Saulo (22m), Lopes (24m), Contreras (81m) e Dudu (88m)

Melhor jogador: Wender

CORREIO DA MANHA

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Janela da Europa de novo aberta

O Sporting de Braga venceu, ontem, mais uma "batalha Naval" rumo a uma qualificação europeia, ao bater a equipa da Figueira da Foz por 3-0, num jogo onde tudo lhe correu de feição. Um auto-golo no primeiro minuto, um golo ao começar a segunda parte e outro aos 90 minutos fizeram o resultado, daquela que foi a segunda vitória consecutiva dos bracarenses.

DM

[Lacoste]

Sp. Braga-Naval, 3-0 (ficha)

O Sporting de Braga venceu este domingo a Naval 1º de Maio, por 3-0, em jogo da 23ª jornada da Bwin Liga.

Os «arsenalistas» inauguraram o marcador logo aos 43 segundos (!!), graças a um autogolo de Fabrício Lopes. Wender dilatou a vantagem no início do segundo tempo (48m) e Jaílson fechou a contagem no minuto 90.

Com este resultado a equipa de Manuel Machado apanha o Belenenses no sexto lugar, com 33 pontos.

in Mais futebol