NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 07/05

[Kintaro]

Há vida para lá dos "grandes"

Estádio cheio, público vibrante, jogo emotivo e intenso até ao derradeiro segundo. Um ambiente formidável garantido pela abertura das portas do estádio aos bracarenses e que tornou ainda mais evidente a necessidade de repensar o preço proibitivo dos bilhetes. A tarde de "borlas" arrastou 30.000 espectadores empenhados no apoio ao Braga, ou não estivesse em causa o quarto lugar no campeonato para o Belenenses, outro histórico do escalão maior que reclama o estatuto de quarto "grande" e que tem feito uma campanha brilhante. Ontem, a equipa de Jorge Costa perseguia o objectivo de conquistar os mesmos 46 pontos dos azuis e de anular a vantagem directa do adversário, que no Restelo vencera por 2-0, mas a missão não foi totalmente conseguida, já que o golo de Dady mantém a vantagem lisboeta em caso de empate.

Apresentando-se em 4x4x2, os visitantes mostraram não estar dispostos a participar na festa que se vivia nas bancadas e entraram melhor no jogo. O golo de Zé Carlos, no primeiro remate enquadrado com a baliza, serenou os anfitriões, não se registando mais oportunidades flagrantes ao longo de um primeiro tempo disputado intensamente no meio-campo. A segunda parte foi mais aberta, o Braga acelerou atrás de maior vantagem e teve ocasiões para a conseguir, mas seria o Belenenses a empatar num lance em que Dady – no segundo remate dos azuis à baliza - voltou a mostrar qualidades de artilheiro. Empurrado pelo público e já em desespero de causa, o Braga conseguiria cumprir a tal metade da missão já sobre a hora, numa jogada concluída pelo defesa Carlos Fernandes que provocou nova explosão de alegria nas bancadas. É pena não haver destas festas todos os domingos...



O Braga Um a Um
Dois Carlos em dia de João Pinto

4 Paulo Santos
No melhor pano cai a nódoa e, depois de ter passado um jogo quase sem intervenções, um erro de cálculo permitiu que o remate de Dady lhe passasse por baixo para o golo que seria o do empate.

5 Frechaut
Muito seguro na forma como defendeu o flanco, atravessou a linha divisória só quando teve condições, não tendo muitas ocasiões para ir até à linha de fundo.

5 Paulo Jorge
Dady começou cedo a dar-lhe dores de cabeça, mas foi num choque com Sandro Gaúcho que acabou com ela ligada. Antes, fez um passe magistral que Zé Carlos transformou na jogada que deu o golo inaugural aos minhotos.

5 Rodriguez
Sentiu maiores dificuldades quando Garcês entrou para o lugar de Roma, perdendo alguns duelos com o avançado panamiano. Contudo, e como é seu hábito, nunca comprometeu.

6 Carlos Fernandes
Apontou o primeiro golo com a camisola do Braga, numa altura decisiva da partida para um desfecho que pode valer ouro para os arsenalistas na luta pelo quarto lugar. É um jogador em crescendo de forma e de confiança. Um detalhe, foi de pé direito que deu a maior alegria da tarde aos minhotos.

6 Madrid
Sem dar nas vistas, mas com muita eficácia, o argentino lidou de perto com Silas e ganhou-lhe a esmagadora maioria dos lances, tendo sido importante na forma como a equipa reagiu ao golo do empate.

6 Vandinho
Mais uma exibição de grande nível, revelando-se muito agressivo na forma como defendeu e, depois, pela sagacidade que mostrou nas transições ofensivas, do que resultaram passes a pedir golos, como sucedeu quando "descobriu" Carlos Fernandes na área para o tento da vitória.

6 João Pinto
Aos 13' fez o primeiro remate com perigo à baliza de Costinha, num sinal do muito que produziu no "tapete" do Estádio Municipal, em que foi quase omnipresente nas acções ofensivas e muito dedicado a defender. Uma tarde em cheio para o número 10 do Braga.

5 Wender
Aos 33' tentou o canto directo e aos 59' deu o corpo a um alívio de Rodrigo Alvim que quase surtiu em golo. No resto do tempo foi um insatisfeito, correndo muito mas sem conseguir traduzir em bom futebol a vontade que lhe saia do corpo.

6 Zé Carlos
O minuto 20' ficou na história do jogo, ao receber no peito a bola que veio de Paulo Jorge, ganhar a dois adversários e bater Costinha. E já vão dois golos em outros tantos jogos consecutivos, já que decidiu a partida em Coimbra.

4 Chmiest
Rendeu Zé Carlos e tentou dar mais velocidade ao ataque dos minhotos mas, à parte uma entrada fora de tempo a cruzamento de Maciel, pouco mais se viu.

3 Davide
Foi para extremo esquerdo e pareceu perdido, arriscando uma punição por uma ou outra entrada mais ríspida.

- Castanheira
Um minuto em campo.



Aloísio Alves grato
"Esta vitória foi também do público"

Aloísio Alves, técnico-adjunto do Braga, confessou ter sido "uma surpresa" o golo do empate do Belenenses, alcançado por Dady, explicando que naquela altura "a equipa apostava tudo na obtenção do segundo golo para ficar mais tranquila". Apesar da vitória, o Braga ainda não atingiu o quarto lugar, objectivo que o técnico mantém vivo: "A Taça UEFA está conseguida, agora, com o Boavista há que repetir o empenho para sairmos com mais uma vitória", sublinhou. Num jogo que teve um estádio cheio, Aloísio não se furtou a elogiar o comportamento do público, a quem dedicou o triunfo: "Eles foram muito importantes e esta vitória é também deles", regozijou-se. Voltando às quatro linhas, recusou a ideia da vitória diante do Belenenses ter tido um sabor a vingança, frisando que "não houve empenho na vingança, mas sim em jogar futebol, com a cabeça no sítio". "Só assim conseguimos marcar cedo, mesmo que depois tenhamos desperdiçado algumas oportunidades", disse. Sobre a substituição de Zé Carlos, justificou-a pelo desgaste que o jogador já evidenciava, não lhe atribuindo nenhuma lesão, lembrando ainda as substituições que o Belenenses fizera e que justificavam mexidas na equipa bracarense.



Duas baixas sem gravidade

Tudo aconteceu durante o calor da luta, sem qualquer ponta de maldade, ainda durante o primeiro tempo. Na ânsia de chegarem primeiro à bola, Sandro Gaúcho e Paulo Jorge chocaram de cabeça e logo tiveram de receber assistência no relvado, regressando à acção já com um visual diferente: protegidos com ligaduras, num estilo quase... egípcio. Deste pequeno acidente, Sandro Gaúcho foi quem saiu mais maltratado, tendo sido suturado com alguns pontos.

Recorde quase batido

O recorde de 29.931 espectadores contados há um ano no Estádio Municipal, quando do Braga-Benfica, mantém-se de pé. No entanto, foi por pouco que não passou à história, pois os adeptos do Braga aderiram em força à promoção da sociedade desportiva, que resolveu abrir parcialmente as portas do recinto. Contas feitas, assistiram ao embate com o Belenenses 29.600 espectadores, responsáveis por um ambiente fantástico.

"Leões" entre espanhóis

A partida de ontem despertou o interesse de mais clubes estrangeiros que nacionais, com apenas o Sporting a fazer deslocar um emissário a Braga, para recolher informações sobre o Belenenses, que vai defrontar na última ronda da Liga e na final da Taça. Além dos "leões", compareceram o Deportivo da Corunha, o Celta e o Valladolid. Destaque ainda para a presença de um jovem jogador africano na bancada VIP que não foi possível identificar.

in OJOGO



SP. BRAGA-BELENENSES, 2-1 (Zé Carlos 20', C. Fernandes 89'; Dady 82')
MINUTO A MINUTO, JOGADA A JOGADA

19:57 - TERMINA O ENCONTRO.

90'+3 - Silas efectua um cruzamento/remate. Segura Paulo Santos.

90'+2 - sai Maciel. Entra CASTANHEIRA.

90' - Vão jogar-se mais quatro minutos.

90' - CARTÃO AMARELO a Carlos Fernandes.

89' - GOLO DO SP. BRAGA
Lance longo, para o lado direito, onde surge Carlos Fernandes que remata, de primeira, com o pé direito.

86' - PINHEIRO rende Dady.

85' - Novo livre a favor dos da casa. Paulo Jorge é chamado a cobrar, mas o pontapé sai muito mal.

83' - AMARELO para Dady.

82' GOLO DO BELENENSES.
Boa jogada dos azuis Zé Pedro passa a Fernando, este toca para Dady que recebe a bola e marca, com o pé esquerdo.

81' - DAVIDE entra. Sai Wender.

80' - Livre a favor do Sp. Braga, muito longe da baliza. Wender cobra e Costinha defende.

76' - FERNANDO entra. Sai Amaral.

66' - Sai Zé Carlos. ENTRA CHMIEST.

64' - Rodriguez corta centro de Rodrigo Alvim.

63' - Wender remata para defesa atenta de Costinha.

60' - Dady centra, Garcés com a oposição de um adversário não chega à bola, que sobra para Cândido Costa, que cabeceia ao lado.

59' - Falha clamorosa de Rodrigo Alvim. A bola sobra para Wender. Valeu o guarda-redes do Belenenses que fora dos postes se antecipou e agarrou a bola.

58' - Frechaut, na direita, cruza longo para Maciel, que cabeceia or cima.

56' - Dady centra, mas Paulo Jorge corta a bola antes que esta chegasse a Garcés.

55' - Livre cobrado por João Pinto, o qual gera novamente confusão na defesa do Belenenses.

54' - Sai Roma. ENTRA GARCÉS.

52' - Maciel estica-se para receber passe longo, mas Costinha sai bem de entre os postes e não permite que o brasileiro remate da melhor forma.

19:08 - RECOMEÇA O DESAFIO. Sai o Belenenses. Não há alterações nas equipas.

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18:51 INTERVALO

45'+1 - Cândido Costa, na direita, pica de longe, mas a bola sai torta.

45' - Vão jogar-se mais dois minutos.

38' - Carlos Fernandes tenta surpreender Costinha, mas o guardião, atento, sacode o esférico.

As jogadas de ataque dos homens de Jorge Costa têm sido praticamente todos pelo lado direito

34' - Boa jogada de João Pinto que, encostado na linha de fundo, atrasa para Maciel. Este não chega a tempo do remate.

33' - Wender marca canto directo para a baliza. Costinha sacode para fora.

32' - Maciel tenta cruzar. Vale Rolando que termina com o calafrio da defesa azul afastando para fora.

32' - Carlos Fernandos centra para Zé Carlos, que estava fora-de-jogo. Ainda assim, Rodrigo Alvim já havia controlado a jogada.

30' - Livre a favor dos forasteiros. Zé Pedro remata por cima.

Os dois jogadores estão em condições para reentrar. Ambos com ligaduras na cabeça.

26' - A partida está interrompida para Sandro Gaúcho e Paulo Jorge serem assistidos. Os dois chocaram de cabeça numa disputa de bola. Entretanto, o jogador dos azuis sai de maca enquanto Paulo Jorge sai pelo próprio pé.

24' - Vandinho passa longo para Maciel, que na linha de fundo tenta passar a bola a João Pinto, que chega ligeiramente atrasado.

20' - GOLO DO SP. BRAGA
Passe longo para Zé Carlos que leva a melhor a três defesas azuis e remata com o pé esquerdo. A bola passa por baixo do braço direito de Costinha, que parece mal batido.

17' - CARTÃO AMARELO a Zé Pedro por falta sobre Frechaut.

15' - Boa jogada individual de Maciel que progride de forma veloz no terreno. Valeu corte de Rolando já na grande área.

13' - João Pinto remata ao lado da baliza dos azuis do Restelo.

11' - Livre a favor dos da casa, a cobrar uma falta sobre João Pinto. O pontapé não trouxe qualquer perigo à baliza de Costinha.

9' - Grande oportunidade para o Belenenses: Dady remata, descaído na esquerda, mas Paulo Santos defende à segunda.

5' - Dady tenta rematar à baliza de Paulo Santos, mas Paulo Jorge corta a jogada na área dos bracarenses.

18:04 - COMEÇA O JOGO. Sai o Sp. Braga

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LIGA - 28.ª JORNADA

SP.BRAGA-BELENENSES

Estádio Municipal de Braga, em Braga
Hora: 18:00 horas
Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)

SP. BRAGA
P. Santos, Frechaut, Paulo Jorge, Rodriguez e Carlos Fernandes; A. Madrid, João Pinto e Vandinho; Maciel, Zé Carlos e Wender.

Suplentes: Dani Mallo, Nem, Andrade, Davide, Castanheira, Chmiest e Bruno Gama.

Treinador: Jorge Costa.

BELENENSES
Costinha; Amaral, Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Sandro Gaúcho; Cândido Costa, Zé Pedro e Silas; Dady e Roma.

Suplentes: Marco, Gonçalo Brandão, Djurdjevic, Pinheiro, Fernando, Mano e Garcés.

Treinador: Jorge Jesus.

in Record

[Kintaro]

Assalto final ao quarto lugar
O Sporting de Braga garantiu os três pontos no duelo de ontem com o Belenenses (2-1), ainda a vitória tenha ficado segura nos instantes finais com um golo de Carlos Fernandes. O jogo no Estádio Municipal de Braga ficou marcado pela excelente moldura humana nas bancadas.


O Sporting de Braga cumpriu a missão principal em derrotar o Belenenses (2-1), igualando a formação do Restelo no quarto lugar da tabela classificativa. O golo de Carlos Fernandes, mesmo sobre o cair do pano, carimbou a conquista dos três pontos, depois de um sinal de alarme lançado por Dady - 83 minutos - quando fez o golo do empate (1-1).

O assalto ao quarto lugar, apenas, começou ontem, já que a turma do Restelo ainda goza da vantagem de um golo, já que no jogo da primeira volta venceu por 2-0.
Um fantástico golo de Zé Carlos, aos 20 minutos, deu colorido ao marcador, fazendo explodir de alegria os milhares de bracarenses. O ponta-de-lança dos arsenalistas viu corado um fantástico trabalho de cariz individual, ao libertar-se de Rolando e Nivaldo, acabando por se superiorizar no duelo com Costinha.
O golo de Zé Carlos garantiu a vantagem dos minhotos ao intervalo (1-0), sinal de uma exibição segura, confiante e sem erros.

O Belenenses revelou algumas fragilidades na saída para o contra-ataque — desta vez não resultou a táctica de Jorge Jesus — com a estrela Dady a ser completamente abafada por Alberto Rodriguez. A reacção da equipa do Restelo, de resto, foi nula, tal a ausência de argumentos para chegar à baliza de Paulo Santos. Aliás, Costinha ainda teve de intervir com algo aperto na resposta a um canto de Wender  (33 m) que muito por pouco não surpreendeu o guarda-redes dos foras-teiros.
A chama do Sporting de Braga "arrefeceu" no segundo tempo, permintindo ao Belenenses crescer na partida. Jorge Jesus mostrou-se inconformdado, lançando em campo Garcês e Fernando na tentativa de anular a vantagem da a equipa minhota.

O estádio Municipal de Braga gelou, por completo, aos 83 minutos, quando Dady fez o golo do empate, provavelmente naquele que foi o único deslize do sector defensivo da formação bracarenses. Já poucos acreditavam na vitória, mas a verdade é que o Braga nunca baixou os braços. E Carlos Fernandes devolveu a justiça ao marcador, apontando o segundo golo, na sequência de um lance de bola parada, aproveitando o ressalto no coração da área do Belenenses. Foi o assalto final dos arsenalistas ao tão desejado quarto lugar na Liga Bwin.

in Correio do Minho



Sp. Braga vence Belenenses

O Sp. Braga venceu esta tarde o Belenenses por 2-1, numa partida que levou o Estádio Municipal de Braga a bater recorde de bilheteira, neste confronto em que o quinto classificado recebia o quarto, a três jornadas do fim da temporada.

As duas equipas entraram bem na partida, mas a determinação do Sp. Braga começou a destacar-se e o aumento de ritmo foi notório, até ao momento do golo. Este surgiu aos 20 minutos através do brasileiro Zé Carlos e com grandes culpas para a defesa da equipa de Belém.

O Belenenses teve dificuldade em reagir ao golo e a equipa da casa, sem fazer uma exibição de luxo, terminou a primeira parte em clara vantagem e a justificar o marcador favorável.

No segundo tempo, os homens do Restelo foram subindo no terreno na procura do golo do empate, e tiveram oportunidade de concretizar aos 61 minutos, com Garcês a centrar para a cabeça de Cândido Costa, mas com o esférico a passar por cima do travessão.

O Sp. Braga foi gerindo a vantagem, num resultado que não lhe permitia ultrapassar o Belenenses, (seria preciso uma vitória por três golos de diferença) mas que lhe permitia continuar a aspirar pelo quarto lugar.

Aos 82 minutos Dady repôs a igualdade no marcador para o Belenenses. Jogada de entendimento entre Fernando e Zé Pedro com Dady a receber a bola e a bater o guarda-rede Paulo Santos.

Os instantes finais foram empolgantes com o Sp.Braga a não gostar de partilhar os pontos e a procurar o golo, o que acabou por surgir. Centro para o miolo da defesa do Belenenses e Carlos Fernandes a bater o guarda-redes Costinha, com um forte remate de pé direito (90m).

Com este resultados as duas equipas igualam-se em pontos, 46, mas o Belenenses consegue segurar o quarto lugar fruto do resultado entre ambos na primeira volta.

Ficha de jogo:

SP. BRAGA: Paulo Santos; Frechaut, Paulo Jorge, Rodríguez e Carlos Fernandez; Madrid, Vandinho e João Pinto; Maciel (Castanheira, 90m), Zé Carlos (Chmiest, 66m) e Wender, Davide, 82m)

Suplentes: Dani, Nem, Davide, Castanheira, Andrade, Chmiest e Bruno Gama.

BELENENSES: Costinha; Amaral (Fernando, 76m), Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Sandro Gaúcho, Cândido Costa, Zé Pedro e Silas; Dady (Pinheiro, 86) e Roma (Garcês, 54m)

Suplentes: Marco, Mano, Pinheiro, Djurdjevic, Gonçalo Brandão, Fernando e Garcês.

Disciplina: cartão amarelo Zé Pedro, 17 minutos

in abola



Liga: Belenenses perde na 'pedreira' mas mantém 4.º lugar
Vitória no sprint final
   
Mas no minuto 90 Carlos Fernandes deu a vitória ao sprint ao Braga, que assim iguala o Belenenses na quarta posição, embora para já com vantagem para o Belém (ganhou 2-0 na primeira volta).

O Braga vai ao Bessa e recebe o Nacional, o Belenenses recebe o Marítimo e vai a Alvalade nos dois jogos que faltam, sendo que o quarto e quinto lugares dão ambos acesso à Taça UEFA (como aliás o sexto).

O encontro esteve longe de ser muito bem jogado, mas teve intensidade e muita emoção. O Belenenses foi sempre mais organizado e mais equipa, mas o Braga tem melhores jogadores.

Zé Carlos inventou o primeiro golo literalmente sozinho, aos 20': recebeu um passe longo por alto, dominou a bola entre dois defesas, passou-a pelo meio das pernas de Rolando e chutou com o pé esquerdo já perto de Costinha, que talvez pudesse ter feito um pouco mais.

Não havia muitas oportunidades de golo, mas disputava-se muito a bola a meio-campo. Maciel, Wender e João Pinto tentavam encontrar buracos na defesa de Belém, enquanto do outro lado Dady estava quase só – Roma andava sempre longe, apesar de uma ou outra iniciativa. Foi já depois de Jorge Jesus jogar no banco, com as entradas de Garcez e Fernando, que Dady fez o empate, num remate com o pé esquerdo depois de uma boa simulação de Fernando. Faltavam sete minutos e o Braga teve ainda tempo para marcar, na segunda vaga após um livre, em que Carlos Fernandes, o defesa-esquerdo e antigo jogador do Belenenses, marcou de pé direito à boca da baliza.

FICHA DO JOGO

Local: Estádio Municipal de Braga (29 931espectadores)

Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)

SP. BRAGA: Paulo Santos, Frechaut, Paulo Jorge, Rodríguez, Carlos Fernández, Andrés Madrid, João Pinto, Vandinho, Maciel ( Castanheira 90 m+2 m), Zé Carlos (Chmiest 66 m), Wender (Davide 81 m). Treinador: Jorge Costa

BELENENSES: Costinha, Amaral (Fernando (76m), Rolando, Nivaldo, Rodrigo Alvim, Sandro Gaúcho, Cândido Costa, Zé Pedro, Silas, Dady (Pinheiro 86 m), Roma (Garcés 54 m). Treinador: Jorge Jesus

Marcador: 1-0 Zé Carlos (20 m) 1-1, Dady (83 m) 2-1 Carlos Fernandes (90 m)

Acção disciplinar: Amarelo: Zé Pedro (17 m)

Melhor jogador: Vandinho

in Correio da Manhã



À terceira foi de vez

O Braga conseguiu, finalmente, vencer o Belenses, depois das duas derrotas sofridas nos jogos disputados com o clube do Restelo nesta época, mas ainda não conseguiu chegar ao quarto lugar, já que a actual igualdade pontual entre as duas equipas dá vantagem aos "azuis", que venceram em casa por 2-0 e perderam ontem por 2-1. A luta pelo quarto posto é, no entanto, mais simbólica do que outra coisa, pois o mais importante - o acesso à Taça UEFA - já está conseguido por minhotos e lisboetas.

Por uma vez, o Braga teve mais espectadores num jogo em casa do que o Guimarães (29 931 pessoas estiveram ontem no "Municipal", ultrapassando as 26 mil presentes no jogo entre a equipa da Cidade-Berço e o Gondomar, da Liga de Honra), embora tenha sido preciso abrir as portas do estádio para os adeptos encherem as bancadas. A verdade é que quem decidiu ir ao futebol pôde ver um jogo de boa qualidade, sempre com o Braga no controlo dos acontecimentos e com um final emocionante.

Zé Carlos começou por dar vantagem aos minhotos, aos 20 minutos, num lance de inspiração individual, nascido de um lançamento longo de Paulo Jorge. O conjunto orientado por Jorge Costa teve diversas oportunidades para chegar ao segundo golo, mas mostrou sempre pouca eficácia, deixando o Belenenses acreditar que seria possível chegar à igualdade.

Foi o que aconteceu a sete minutos do final da partida, quando Dady aproveitou os espaços na área arsenalista e apontou o seu 11.º golo no campeonato, o que lhe valeu igualar Simão no segundo lugar da lista de marcadores. Desanimaram os espectadores, que viam o quarto lugar a fugir em definitivo, mas não a equipa bracarense, que continuou a invadir a área adversária com sucessivas jogadas de ataque. Num desses lances de insistência, Andrés Madrid encontrou o esquerdino Carlos Fernandos no lado direito da área, e o lateral bateu Costinha através de um remate feito com o pior pé.

Jorge Jesus, que não cumpriu a promessa de poupar jogadores para a final da Taça de Portugal, já não teve tempo de fazer mais nada, e o Belenenses terá de fazer tantos pontos como o Braga nas duas últimas jornadas para manter o quarto lugar.

in JN

[Kintaro]

Sp. Braga-Belenenses, 2-1 (crónica)

A ditadura dos pontos e dos objectivos adiados é mesmo assim. Tolhe as qualidades de cada conjunto, aguça a inércia e entorpece os sentidos. Por isso entende-se que o duelo entre o Sp. Braga e o Belenenses, importantíssimo na definição do quarto classificado da Liga 2006/07, não tenha sido um espectáculo conivente com a beleza e a arte do futebol. Venceu o Sp.Braga, venceu bem, e a luta entre ambos fica ao rubro, mas os 90 minutos tiveram períodos de autêntica chatice. Valeram os instantes finais, em que o Belenenses empatou e os arsenalistas ainda tiveram forças para voltar a liderar o marcador.

Mesmo sem terem efectuado uma exibição exemplar, longe disso, os minhotos foram melhores ao longo de praticamente todo o jogo e alcançam os lisboetas na tabela classificativa. Ambas as equipas contabilizam agora 46 pontos, com os do Restelo a terem a vantagem do confronto directo. Triunfaram por 2-0 na primeira volta e perderam por 2-1 neste domingo dia de todas as mães. E foi tão bonito ver o Municipal de Braga completamente cheio!

O losango de Jesus anulado pela fé dos pupilos de Jorge Costa

Na retina ainda estava o jogo de há duas semanas no Restelo, em que o Belenenses afastou o Sp. Braga. Movidos por um sentimento de vingança desportiva, os minhotos entraram a comandar o jogo desde o início. O 4x3x3 desenhado por Jorge Costa impôs-se bem ao previsível losango de Jorge Jesus, e mesmo sem impor um ritmo forte (que só existiu nos últimos minutos) os minhotos foram levando algum perigo à baliza de Costinha.

O Belenenses era uma sombra da equipa que habituou os portugueses a jogar bom futebol. Com Zé Pedro e Silas perfeitamente anulados por Vandinho e Madrid, restava a boa vontade de Cândido Costa e o irrequietismo de Dady. Mas era pouco, muito pouco, e não surpreendeu, por isso, o golo de Zé Carlos aos 20 minutos. Em vantagem, os locais acentuaram o domínio do jogo e só por alguma infelicidade não voltaram a marcar antes do intervalo.

Dady iguala, Carlos Fernandes resolve

O reatamento não foi bom conselheiro para os homens do Restelo. Continuaria a ser o Sp. Braga a mandar no encontro. Até aos 61 minutos, os arsenalistas tiveram mais duas boas oportunidades para marcar. Primeiro numa cabeçada de Maciel após centro de Frechaut (excelente exibição no lado direito da defesa) e depois num erro de Rodrigo Alvim desaproveitado por Wender.

Era altura de começar a guerra dos bancos e só aqui o Belenenses deu sinais de crescimento. Jorge Jesus arriscou, ao abdicar de um lateral (Amaral) e meter mais um avançado (Fernando) e foi recompensado pelo golo de Dady, muito perto do fim. Mas quando as quase 30 mil pessoas presentes se conformavam com o empate, eis que surge Carlos Fernandes como herói improvável. O lateral apareceu na área azul, após um lance de bola parada, e «à ponta-de-lança» desviou para a baliza de Costinha. 2-1, resultado feito, três pontos para o Sp. Braga e a luta pelo quarto lugar recheada de indefinição.

Palavra final para a arbitragem de Lucílio Batista. Do melhor que se lhe tem visto, apesar de alguns erros que, ainda assim, foram menores.



Aloísio Alves: «Se vencermos no Bessa, quarto lugar ainda é possível»

Aloísio Alves, treinador-adjunto do Sp. Braga, dirigiu-se à sala de imprensa após a vitória por 2-1 sobre o Belenenses. O brasileiro sublinhou a crença que existe na conquista do quarto lugar na prova.

«Nunca pensámos sofrer um golo tão perto do fim, mas o Belenenses é uma equipa perigosa. Felizmente, reagimos bem e alcançámos uma excelente vitória. Agora, acreditamos ainda mais no quarto lugar. Já garantimos a qualificação para a Taça UEFA e se vencermos no Bessa estou certo que vamos melhorar a nossa classificação».

Sobre as bancadas cheias: «Foi bonito ver toda esta festa. A nossa vitória pertence também a todo este público».

Sobre a recordação da derrota no Restelo, para a taça: «Não pensámos em vingança. Procurámos jogar bom futebol e vencer, apenas isso. Tivemos sempre a cabeça no sítio e poderíamos ter feito mais golos».



Sp. Braga-Belenenses, 2-1 (destaques)

Frechaut, em busca do passado perdido

Regressado à posição de lateral direito, que há umas temporadas lhe valeu algumas chamadas à Selecção Nacional, Frechaut parece finalmente ter estabilizado emocionalmente. Passou largos meses a balançar numa estranha inconstância, mas as últimas jornadas devolveram-no a uma qualidade que muitos julgavam perdida. Bem fisicamente, apoiou vezes sem conta Maciel, acabando por ser um dos melhores em campo. O centro perfeito para Maciel, aos 59 minutos, é um bom exemplo do seu acerto.

João Pinto, sem prazo de validade

Pode não ter a mesma intensidade de outrora nas suas acções, mas a qualidade continua toda lá. Naquele pequeno génio do futebol português, agora com 37 anos. Pertenceu-lhe o primeiro remate do jogo e as acções mais incisivas ao longo dos primeiros 45 minutos. Na etapa complementar o seu ritmo diminuiu, como é natural, mas ainda assim teve apontamentos definidores de uma classe que não tem prazo de validade.

Zé Carlos, um leviano na procura do golo

É daqueles que não pára um minuto. Deu água pela barba à defesa do Belenenses e apontou o seu sétimo golo no campeonato, ao aproveitar da melhor forma a passividade de Rolando e Nivaldo. Na etapa complementar perdeu influência e frescura física, acabando por ser substituído por Chmiest na fase derradeira do prélio.

Carlos Fernandes, o herói improvável

Uma exibição muito regular, como é seu timbre. Certinho a defender, competente a entregar a bola e o melhor guardado para o fim. Em cima do minuto 90, surgiu na área do Belenenses e apontou um golo que deixou os minhotos lado a lado com os lisboetas na classificação. Um herói improvável mas, ainda assim, herói.



Sp. Braga-Belenenses, 2-1 (ficha)

O Sp. Braga venceu o Belenenses por 2-1, em mais um jogo da 28ª jornada da Liga, disputado no Municipal bracarense perante 29 931 espectadores! Um número de assistência que é um recorde no estádio do Sp. Braga em jogos da Liga.

Com este resultado, o Sp. Braga iguala o Belenenses no quarto lugar, somando ambos nesta altura 46 pontos. A vitória dos bracarenses só foi conseguida, de resto, aos 88 minutos. Carlos Fernandes desfez o empate a um golo estabelecido pouco antes.

A inauguração do marcador fez-se aos 20 minutos, por Zé Carlos. O brasileiro recebeu um passe longo, dominou a bola no peito e desviou para o fundo da baliza de Costinha, com o guarda-redes do Belenenses ainda a tocar na bola, mas só ao de leve.

Já perto do fim, aos 82 minutos, a formação do Restelo empatou através de Dady. O cabo-verdiano finalizou uma jogada iniciada por Zé Pedro e que contou com Fernando a fazer a assistência. Depois disso, Carlos Fernandes fez o segundo do Sp. Braga.

in Maisfutebol



Avançado do Sp. Braga
Zé Carlos: "O grupo está de parabéns"

O avançado brasileiro Zé Carlos considerou este domingo que a equipa bracarense fez "um grande jogo" frente ao Belenenses.
Em declarações ao flash interview, o atacante afirmou que "o grupo está de parabéns", tal como a equipa orientada por Jorge Jesus.
Zé Carlos referiu ainda que o triunfo teve "um sabor especial" por ser no dia da mãe.



Frente ao Belenenses
Sp. Braga 'vinga-se' da derrota da Taça

Um golo de Carlos Fernandes, aos 89 minutos, permitiu ao Sp. Braga vencer o Belenenses por 2-1, em encontro da 28.ª jornada da Liga.

Num jogo disputado no lotado Estádio Municipal de Braga, os bracarenses só falharam o quarto lugar por deterem um pior goal average que o adversário, mas continuam na luta pela posição, agora que faltam apenas duas jornadas para o termo da prova.

O Braga justificou o triunfo, mas acabou por ser feliz na forma como o conseguiu, uma vez que sofreu o golo do empate aos 83 minutos, por Dady, mas, a um minuto do final do encontro, acabou por ver o seu lateral esquerdo marcar o golo do triunfo.

O Belenenses entrou forte e a pressionar o Sporting de Braga, mas foi por pouco tempo, uma vez que o que mais conseguiu foi um pontapé de canto e um livre com algum perigo para a baliza "arsenalista", com Dady a cabecear à figura de Paulo Santos.

A partir daqui o jogo mudou claramente de figura, com o Braga a assumir o controlo, a empurrar o Belenenses para a sua rectaguarda e a brindar os cerca de 30 mil adeptos com um futebol mais vistoso, mas a primeira vez que chegou com perigo até à baliza do Belenenses foi aos 15 minutos, com Maciel, em contra-ataque, a entrar na área, mas a esbarrar contra um defesa contrário.

Foi o aviso para o golo que surgiu cinco minutos depois, quando Zé Carlos recebeu na área e, entre os centrais do Belenenses, conseguiu dominar a bola e rematar fraco. Costinha ainda tocou no esférico, mas a bola acabou por entrar lentamente na baliza "azul".

A tentativa de reacção do Belenenses foi ténue e, até final da primeira parte, a pressão voltou a ser bracarense e Costinha, aos 33 minutos, com uma sapatada, evitou que Wender marcasse um canto directo.

Para a segunda parte as duas equipas surgiram em campo com o mesmo sistema de jogo, embora o Belenenses surgisse com um dispositivo defensivo ainda mais forte, deixando na frente apenas Dady e, por vezes, Roma.

Com a sua equipa a quase não sair do meio-campo, Jorge Jesus apostou em Garcés para o ataque, fazendo sair o esgotado Roma, mas foi o Braga quem, aos 55 minutos, voltou a estar próximo do golo, com Zé Pedro, sobre a linha, a evitá-lo.

Dady marca mais um para a sua conta pessoal
Na fase final, o Belenenses surgiu com mais homens no ataque e, aos 83 minutos, num bom lance ofensivo, Dady, na área, atirou a contar e fez o empate, resultado que, pelo andamento do jogo, se previa prevalecesse até ao fim.

Fernandes 'trai' ex-equipa
Só que, aos 89 minutos, numa bola lançada para a área, esta sobrou na direita para Carlos Fernandes, que atirou para o fundo da baliza e deu o triunfo à sua equipa.

Ficha de jogo

Estádio Municipal de Braga
Assistência: Cerca de 30.000 espectadores
Sporting de Braga: Paulo Santos, Frechaut, Paulo Jorge, Rodriguez, Carlos Fernandes, Madrid, Vandinho, João Pinto, Maciel (Castanheira, 91), Zé Carlos (Chmiest, 66) e Wender (David, 61)
Treinador: Jorge Costa
Belenenses: Costinha, Amaral (Fernando, 75), Rolando, Nivaldo, Rodrigo Alvim, José Pedro, Sandro Gaúcho, Silas, Cândido Costa, Roma (Garcês, 54) e Dady (Pinheiro, 86)
Treinador: Jorge Jesus
Golos: 1-0, Zé Carlos (20); 1-1, Dady (83); 2-1, Carlos Fernandes (89)
Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Jose Pedro (16), Dady (83) e Carlos Fernandes (89)



Sp. de Braga
Aloísio: "Estamos bem encaminhados para o nosso objectivo"

Aloísio, treinador-adjunto do Sp. de Braga, mostrava-se satisfeito pela vitória conseguida pelos seus pupilos frente ao maior rival na conquista pelo quarto lugar.

"Enfrentámos uma boa equipa e tivemos de suar bastante para vencer. Mas seria injusto não ganharmos o jogo. Demonstrámos um grande espírito de equipa ao longo da partida", disse no flash interview.

O responsável bracarense revelou ainda que a eliminação, na meia-final da Taça de Portugal, frente ao Belenenses não teve qualquer influência na atitude demonstrada pelos atletas bracarenses. "Ao contrário daquilo que as pessoas pensavam, jogámos sem espírito de vingança durante a partida", afirmou Aloísio.

Em relação ao futuro, o adjunto de Jorge Costa defende que o grupo está bem lançado para a conquista do quarto posto.  "Estamos bem encaminhados para o nosso objectivo que é o quarto lugar. Contudo, temos de continuar a trabalhar com seriedade como fizemos neste jogo", concluiu.

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