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NOTICIAS DO ENORME SC BRAGA DO DIA 27/08

Started by JotaCC, 27 de August de 2018, 07:45

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JotaCC

SC Braga precisou de tremer para regressar às vitórias
Guerreiros do Minho voltaram aos triunfos, na recepção ao Desp. Aves, apagando a imagem deixada nos últimos jogos, mas só depois de terem voltado a tremer, após o golo forasteiro.
Foi a resposta desejada, mas também houve um susto pelo meio. O SC Braga regressou aos triunfos, na recepção ao Desp. Aves, conseguindo vencer por 3-1, apesar de ter estado em desvantagem no marcador.
Não se esperava fácil o jogo do SC Braga nesta terceira jornada da I Liga e os primeiros 45 minutos vieram confirmar essa mesma situação, com o nulo a manter-se ao intervalo e sem grandes situações para marcar, quer por parte dos Guerreiros do Minho, quer por parte do Aves.
Mesmo assim, os bracarenses estiveram sempre mais activos e perigosos no ataque, com Dyego Sousa, aos 21 e 25 minutos, a cabecear com perigo, primeiro para excelente defesa de Beunardeau e depois para uma defesa mais tranquila e fácil.
O Aves respondeu com dois remates que não levaram grande perigo à baliza de Matheus, mas mesmo assim colocaram em sentido a defesa do SC Braga, mas a situação mais flagrante do primeiro tempo pertenceu mesmo aos arsenalistas, por intermédio de Palhinha, que após um ressalto rematou de pé esquerdo levando a bola a embater no poste da baliza dos avenses.
Já nos descontos da primeira parte, Wilson Eduardo apareceu completamente sozinho na área, mas cabeceou muito por cima o cruzamento milimétrico de Sequeira. E com naturalidade o intervalo chegou sem alterações no marcador.
No segundo tempo, chegou logo o susto para o SC Braga. Isto porque, aos 52 minutos, o Aves chegou ao golo, por intermédio de Defendi, que apareceu sozinho na área bracarense para bater Matheus. Minutos antes, o mesmo Defendi tinha estado num lance que seria penálti para o SC Braga, por mão na bola, não fosse o árbitro, nem o VAR não terem sancionado a falta.
Os forasteiros estavam na frente e pedia-se reacção bracarense, que chegou, aos 59 minutos, após muita pressão sobre o Aves por Wilson Eduardo que, com um remate muito forte e colocado, deu novo ânimo aos Guerreiros do Minho que só precisaram de mais cinco minutos para dar a volta ao resultado: desta vez foi o estreante a titular Palhinha que se elevou mais alto que os centrais contrários e cabeceou sem hipóteses para Beunardeau.
Estava feito o 2-1 e agora sim o SC Braga parecia encaminhar-se para um final de jogo mais tranquilo. Até porque, aos 78 minutos, o matador Dyego Sousa fez também o gosto à cabeça e marcou o terceiro bracarense, que permitiu à equipa tranquilizar, dominar o resto da partida, criar mais ocasiões de golo e ter acertado mesmo nos ferros, ao longo do jogo, por três vezes. E a vitória por 3-1 não mais fugiu aos bracarenses, que assumiram a liderança da I Liga.

Abel Ferreira: "São estas respostas que se pedem para criar hábito de vitória"

"Este é um grupo que trabalha no limite. E trabalha para conseguir criar um hábito de vitória, que é o que é necessário para conseguirmos ter uma equipa a jogar como se pretende e a conseguir garantir os objectivos que estão traçados". Abel Ferreira começou por analisar desta forma a vitória que o SC Braga garantiu, ontem, na recepção ao Desp. Aves e no regresso a casa depois do desaire nos Açores.
Para o treinador, é este tipo de respostas que o SC Braga tem que dar depois das coisas correrem mal, mas, acima de tudo, essa "resposta tem que ser dada pelos jogadores dentro do campo. Isso é o mais importante".
Quanto ao jogo, na opinião de Abel, o SC Braga conseguiu, mais uma vez, produzir muito jogo ofensivo, com "três golos marcados e três bolas nos ferros", mas voltou a pecar um pouco na finalização, uma vez que "foram três, mas podiam ter sido 4 ou 5".
Importante para o técnico é que, mesmo tendo sofrido um golo, a equipa esteve equilibrada dentro de campo e também tem estado fora: "temos que ser equipa equilibrada constantemente. Estar contentes quando ganhamos e tristes quando perdemos". Para além disso, Abel Ferreira voltou a frisar que todos no clube têm que "acreditar muito no que fazemos, no nosso processo, no nosso colega do lado, porque esta equipa tem ainda muito para dar. Temos que acreditar que somos capazes, quando for necessário, como hoje [ontem], de ultrapassar o adversário, mesmo que este coloque 6 e 7 jogadores em linha nas zonas defensivas".
A crença é importante para o técnico, mas também a "alma muito grande que esta equipa tem, que estes jogadores têm e que se cria sempre em nossa casa, com os nossos adeptos".

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Um vira minhoto rumo ao topo da Liga
Braga regressou às vitórias batendo, em casa, o Aves e junta-se ao quarteto de comandantes do campeonato Braga Aves 3-1
Os arsenalistas reencontraram-se, ontem, com as vitórias, batendo o Desportivo das Aves, por 3-1, num triunfo alavancado com uma reviravolta no marcador, operada em quatro minutos, e que vale a liderança do campeonato, embora com os mesmos pontos que Benfica, Sporting e Feirense.
A equipa de Abel Ferreira até entrou no jogo sem disfarçar algum nervosismo, fruto de dois jogos consecutivos sem vencer, e apesar de não demorar a tomar as rédeas dos acontecimentos, não mostrava argumentos contundentes para perturbar a sólida defesa dos visitantes. Palhinha, que se estreou a titular, ainda teve duas boas oportunidades, mas acabou por desperdiçar ambas, num cabeceamento por cima e num remate ao ferro.
Do outro lado, o Aves mostrava não estar totalmente subjugado e, ainda na primeira parte, num par de contra-ataques, chegou a assustar, com remates de Hamdou e Derley. O inconformismo dos visitantes deu frutos já depois do descanso, numa jogada em que o central Defendi, na sequência de um canto, foi astuto para, de cabeça, inaugurar o marcador, aos 52m.
Em desvantagem, o Braga carregou no acelerador, e com a entrada de Fábio Martins foi ganhando embalo, encostando os avenses até assinar o empate, num belo remate de Wilson Eduardo. Quatro minutos depois, Palhinha, de cabeça, consumou a reviravolta, num tento que arrasou animicamente o Aves, que foi perdendo coesão, e acabou por sofrer a estocada final, aos 78, no 3-1 assinado, de cabeça, por Dyego Sousa. ..
Abel Ferreira
"Esta equipa não me prega sustos, dá-me alegrias. Foram três golos, mas podiam ter sido mais. É um orgulho ser treinador destes jogadores"


Ferros impedem resultado diferente

Farense Braga B 0-0

O Sp. Braga B, que conseguiu o primeiro ponto da época, teve um arranque de grande fulgor, criando várias ocasiões nos primeiros minutos, sendo que Daniel Fernandes evitou, com grandes defesas, as tentativas de Crespo, aos dois minutos, e de Denisson, aos 19 minutos.
O Farense, agora segundo classificado, a par do Académico de Viseu, com sete pontos, só conseguiu libertar-se da pressão bracarense a partir dos 20 minutos, quando Alvarinho rematou de fora da área para grande defesa de Tiago Pereira, lance que se repetiu novamente aos 29 minutos com os mesmos protagonistas, somando-se ainda um cabeceamento à barra de Bruno Bernardo, aos 24. Depois de uma meia hora muito animada, o ritmo da partida decaiu antes do intervalo e manteve-se assim no arranque da segunda metade.
O técnico do Farense, Rui Duarte, mexeu na equipa e os algarvios, aproveitando a quebra física do opositor, foram assumindo o controlo do jogo. Nos minutos finais, Villagrán atirou à barra, na marcação de um livre, e Fabrício desperdiçou de forma incrível, atirando ao poste quando estava isolado frente a Tiago Pereira.

JN

JotaCC

ACORDARAM A TEMPO DE SALTAR PARA O TOPO
Defendi assustou os minhotos que contaram com a inspiração de Wilson, Palhinha e Dyego para assumir a liderança

Três golos na segunda parte e três bolas no ferro – uma antes do intervalo – ilustram o domínio do Braga que deu a volta a um adversário que mostrou atrevimento
O golo de Defendi, nos primeiros minutos da segunda parte, serviu para tocar o alarme na cabeça dos jogadores do Braga e de Abel Ferreira que não esperou muito para lançar Fábio Martins e assim dar um sinal a toda a equipa que tinha argumentos para quebrar um adversário que se defendeu bem até ao intervalo. Os golos de Wilson Eduardo e de Palhinha deram início à reviravolta no marcador que seria, mais tarde, fechado por Dyego Sousa. Mais três bolas à barra – uma não valeu porque foi assinalado, mal, fora de jogo a Fábio Martins – ilustram um quadro de sonho do novo comandante da liga. Embora com os mesmos pontos de Sporting, Benfica e Feirense, os bracarenses têm vantagem no goal-average.
A jogar no habitual 4x4x2, com dois médios mais recuados – Palhinha mais fixo e Novais com maior liberdade –, dois pontas, Esgaio e Ricardo Horta, no apoio a Wilson Eduardo e a Dyego Sousa, o Braga sentiu, inicialmente, algumas dificuldades para encontrar forma de furar a bem montada teia do Aves. O esquema preferido de José Mota – 4x3x3 – tinha a particularidade de Rúben Oliveira surgir ao lado de El Adoua em situações defensivas e, quando a equipa tinha bola, avançava para apoiar Braga, o estratega do conjunto que confiava em Amilton, Derley e Hamdou para provocar dores de cabeça aos arsenalistas. Foi, aliás, o líbio que protagonizou o momento de maior perigo do Aves. Um episódio isolado porque os outros foram todos do Braga que acelerou muitas vezes e desenhou ataques vistosos. Pouco depois do intervalo, o Braga ficou com razões de queixa da arbitragem – Bruno Paixão, no VAR, não ajudou Manuel Oliveira –, pois ficou um penálti por assinalar por mão na bola de Defendi. O central estaria em evidência ao assustar os bracarenses que, até ao final, assinaram uma bela exibição e somaram assim o sétimo ponto na liga em que perseguem o sonho de conquistar o título.


FILME DO JOGO
21' Canto de João Novais, cabeçada da Dyego Sousa, grande defesa de Beunardeau.
22' Cruzamento de Ricardo Horta, Pablo cabeceia, bola ao lado da baliza do Aves.
31' De fora da área, Hamdou remata pouco por cima da baliza.
38' Palhinha remata, bolanopostedireito da baliza do Aves.
47' Penálti por assinalar por mão na bola de Defendi após tentativa de assistência de Esgaio.
52'[0-1]Cruzamento de Hamdou, cabeçada Defendi e a bola adormece no fundo da baliza de Matheus.
57' Fábio Martins atira à barra, mas estava em fora de jogo.
60' [1-1] Livre de Novais, assistência, de cabeça, de Dyego Sousa, Wilson Eduardo remata com potência e faz o golo do empate.
64' [2-1] Cabeçada triunfal de Palhinha. MOMENTO
78' [3-1] Abertura de Claudemir, Dyego Sousa, de cabeça, alarga a vantagem.
89' Livre de João Novais, mais uma bola na barra!


MOMENTO
64' 2-1 FESTA COMEÇA COM PALHINHA.

Quatro minutos depois de ter empatado, Wilson Eduardo apontou um canto do lado direito e, com muita classe, meteu a bola na cabeça de Palhinha. O médio emprestado pelo Sporting não deu hipótese a Beunardeau e começou, assim, de forma simples, a festa que seria colorida com o 3-1 assinado por Dyego Sousa.


A Figura
Wilson Eduardo: 7
O patinho feio já não mora aqui
Há momentos em que tudo sai errado e esse era o caso do Braga e de Wilson Eduardo, ontem flagrante pela forma como insistiu em contrariar a falta de inspiração que, durante 45', o afastou do que parecia simples. Como Wilson – e o Braga – não deixou de ser quem é, insistiu e a sorte mudou: fez o 1-1, num livre de Novais, e assistiu Palhinha no 2-1, que fez emergir o Braga tal como se conhece – até na fartura de talento; neste espaço cabiam Palhinha, Dyego Sousa ou Esgaio, todos recuperados na confiança.


Abel Ferreira "Temos de ter a mesma cara"
Treinador muito feliz com a vitória fez múltiplos elogios aos jogadores
Abel Ferreira estava muito feliz com a vitória alcançada e garante que a equipa não lhe pregou qualquer susto com o empate nos Açores, na semana passada. "Não, esta equipa não me provoca sustos, só me dá motivos para andar orgulhoso..." Abel Ferreira diz que o Braga tem de criar "o hábito das vitórias. Estes jogadores têm de falar dentro de campo e demos uma resposta cabal. Temos de manter sempre a mesma cara. Estar contentes quando ganhamos e estar tristes quando perdemos. Temos de ser equilibrados e acreditar no que fazemos. Acreditar no processo, nos colegas".
"Com a nossa forma de jogar, fomos desgastando o adversário. Podiam ter sido mais golos"
Partindo mais diretamente para o que foi o jogo afirmou:
"Mesmo quando o adversário tapou todos os caminhos para a baliza, com a nossa forma de jogar, fomos desgastando o adversário. Foram três golos, mas podiam ter sido quatro ou cinco. Criámos oportunidades para isso."
Visivelmente satisfeito, o treinador considerou: "Com este ânimo, com estes adeptos e com estes guerreiros, na nossa muralha, é sempre mais fácil."


ASSOBIOS DIOGO FIGUEIRAS AINDA SEM PERDÃO DA BANCADA
Protagonista recente de uma discussão com adeptos, através das redes sociais, o lateral direito Diogo Figueira começou o jogo no banco – Marcelo Goiano regressou em pleno –, de onde Abel Ferreira o chamou, nos minutos finais. Mesmo com o jogo ganho, a Pedreira tornou audível que ainda não esqueceu o incidente e dedicou ao defesa uma assobiadela.


ESTREIA PALHINHA REALÇA "ESTRUTURA DE CLUBE GRANDE"
João Palhinha não podia ter tido melhor estreia como titular, selou-a com um golo importante no jogo de ontem... "Importante foi a vitória que alcançámos. Demos uma demonstração de que somos uma grande equipa, a estrutura é de clube grande e temos um grande grupo de trabalho. Iremos alcançar o nosso objetivo, garantiu o ex-sportinguista e último reforço dos minhotos.


RECADO ADEPTOS EXIGEM RESPEITO AO SOM DE PETARDO
Estava o Braga longe de solucionar o jogo com o Aves, quando numa zona da bancada surgiu uma faixa com uma mensagem para dentro do campo. "O maior património do clube são os adeptos, respeitem-nos", lia-se, enquanto um coro cantava: "O Braga somos nós". A Pedreira aplaudiu e um petardo estourou para sublinhar a mensagem que o Conselho de Disciplina cobrará à SAD.

O JOGO

Bruno3429

Sp. Braga-Desp. Aves, 3-1 (crónica)
Foi preciso atiçar a Pedreira
Bruno José Ferreira

No limbo entre a desconfiança e os olhos no topo, o Sp. Braga deu um safanão na espécie de crise que ameaçava atravessar e acaba a 3ª jornada da Liga no topo da classificação, mas com melhor diferença de golos comparativamente à concorrência. O triunfo sobre o Aves foi difícil (3-1), exigiu a recuperação de uma desvantagem, mas deixa os Guerreiros no primeiro posto.

Uma bomba de Wilson Eduardo e um cabeceamento oportuno de Palhinha fizeram a diferença perante um Aves que se tinha adiantado no marcador por intermédio de Defendi, sendo que Dyego Sousa ainda aproveitou para confirmar o triunfo. Foi o mote que os bracarenses precisavam para acordar. Renasceram na pressão, camuflaram uma prestação global a pedir afinações, mas amealharam os três pontos com alma, muita alma.

Abel Ferreira prometeu mudanças na equipa para fazer face às exibições pouco conseguidas dos últimos jogos, mas a realidade é que apenas mudou uma unidade por opção técnica. Goiano regressou naturalmente ao onze depois de recuperar de lesão e a novidade foi a inclusão de Palhinha no miolo ao lado de Novais. O médio cedido pelo Sporting foi determinante.

Domínio pouco convincente

Sem duas unidades fulcrais, o Aves apresentou-se na Pedreira a fazer jus à análise do seu técnico no lançamento do jogo. José Mota aludiu que cada minuto que passasse podia ter peso nos jogadores do Braga, e os avenses fizeram por bloquear os caminhos da sua baliza de forma organizada.

Vítor Gomes foi baixa de última hora devido a queixas musculares, Nildo, o homem do jogo contra o Tondela na última jornada, foi para a bancada de forma surpreendente por opção do treinador. Rúben Oliveira substituiu o médio e Elhouni esteve no corredor esquerdo. De quando em vez a equipa da Vila das Aves lançou-se em velocidade em direção à baliza de Matheus, mas foram momentos raros para tentar apanhar o adversário em contrapé.

O Sp. Braga viu-se na contingência de assumir o jogo depois de dois empates amargos, sabendo que o espaço concedido era venenoso, mas que dava para espreitar o topo da classificação. Face aos resultados da jornada os arsenalistas entraram em campo a saber que podia igualar o trio da frente – Benfica, Sporting e Feirense -, com a possibilidade de assumir a liderança.

Entre a tremedeira do momento e o chamariz do adversário e do próprio aliciante da classificação,l assistiu-se a um domínio descarado do Sp. Braga, mas pouco convincente. Muitos cruzamentos, várias trocas de bola mas pouco rendimento. Um remate ao ferro de Palhinha e alguns cabeceamentos mais ousados foram o máximo que os bracarenses conseguiram.

Desvantagem a espicaçar a Pedreira

O domínio na primeira metade foi bracarense, mas o Aves espreitou, sempre que pôde, incursões ao ataque com algum critério, ainda que por vezes faltasse discernimento no derradeiro passe. Aos 52 minutos Defendi adiantou o Aves no marcador ao aparecer bem a cabecear na ressaca de um pontapé de canto.

A vantagem avense durou apenas oito minutos e teve o condão de espicaçar a Pedreira. O Sp. Braga instalou-se no meio campo adversário e pareceu libertar-se das amarras. Dois golos em seis minutos operaram a cambalhota no marcador com os Guerreiros a mostrarem a face estonteante que tinham evidenciado na época passada.

Circulação rápida, várias alternativas para visar a baliza adversária e uma Pedreira a empurrar com calor humano. Passou a haver mais critério,e Wilson disferiu uma autêntica bomba a empatar a partida. Palhinha de cabeça fez o resto e virou a Pedreira do avesso. Dyego Sousa apenas confirmou, também de cabeça, o que já poucos duvidavam.

Pelo segundo jogo consecutivo o Aves deixa fugir a vantagem e ainda não conseguiu vencer na presente edição da Liga. O Sp. Braga vai refazendo a sua identidade com o implementar de novos executantes num sistema que deu provas no passado.

Sp. Braga-Desp. Aves, 3-1 (destaques)
Palhinha virou o jogo do avesso
Bruno José Ferreira

FIGURA: Palhinha

Equilibra o meio campo do Sp. Braga, fazendo de Vukcevic, com mais parecenças com o montenegrino do que os restantes médios do plantel. Dá mais capacidade física à luta do meio campo, aumentando a organização defensiva dos bracarenses, e trata-se igualmente de um elemento com capacidade para dar opções às movimentações ofensivas. Na primeira metade atirou ao ferro, na segunda operou a cambalhota no marcador.

MOMENTO: golo de Palhinha (65m)

Canto na direita batido por Wilson Eduardo, a defensiva do Desp. Aves concedeu espaços e Palhinha ganha de cabeça no coração da área, colocando a bola fora do alcance de Beunardeau. Cabeceamento colocadíssimo do médio a estrear-se a marcar com as cores dos Guerreiros do Minho.

OUTROS DESTAQUES

Rodrigo Defendi

Fez uma infinidade de cortes de cabeça a travar os cruzamentos da direita do Sp. Braga. Sempre muito concentrado, o defesa brasileiro fez com Carlos Ponck uma dupla de centrais sólida. Marcou o golo inaugural.

João Novais

Com um Palhinha mais posicional no miolo foi o médio proveniente do Rio Ave o estratega da equipa do Sp. Braga. Pautou o jogo e evidenciou-se essencialmente pela sua capacidade de passe. Foi o homem das bolas paradas e atirou à trave, de livre, na reta final do encontro.

Amilton

Velocíssimo, o brasileiro foi a unidade em quem os avenses depositaram mais esperanças. Foi das suas correrias pelo corredor pelo lado esquerdo que saíram os maiores focos de tensão para a defesa bracarense. Pecou no último passe.

Dyego Sousa

Marcou o quarto golo da época. Está a aproveitar bem a lesão de Paulinho, dando nas vistas com boas exibições e com golos. Cabeçada com as medidas certas a arrumar com a questão do vencedor.

Abel Ferreira: «Esta era a resposta que estava à espera»
Sp. Braga-Desp. Aves, 3-1 (reportagem)
Bruno José Ferreira

Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (3-1) sobre o Desp. Aves em jogo 3ª jornada Liga:

[Fábio Martins foi a chave do triunfo?] «Era esta a reposta que estava à espera que os nossos jogadores dessem, e de uma vitória inteiramente justa a todos os níveis. O Fábio Martins fez aquilo que os treinadores adoram. Antes da partida disse-lhes que as partidas não se ganham com onze, ganham-se com catorze. Não estava à espera que fizesse outra coisa, fez a melhor semana de treinos desde o início da época».

[Espera reforços] «Muito honestamente, quero mesmo é que os meus jogadores estejam disponíveis. Estou à espera do Paulinho, do Raúl, do Rosic, do Ricardo, Eduardo, esta vitória é muito deles também. As mensagens de incentivo que nos deixam antes dos jogos, para eles fica aqui o meu muito obrigado. Estou satisfeito com estes guerreiros».

[Figueiras assobiado] «Não sou treinador há muito tempo na Liga, mas sei viver o futebol mais pelo lado racional do que pelo lado emocional. Por vezes metem o futebol entre o oito e o oitenta. Já vos falei da palavra equilíbrio, para mim a única diferença entre uma vitória e uma derrota é o meu estado emocional. Sei que muita gente se esquece que no futebol há três resultados possíveis, por isso é mágico. Digo aos jogadores para estarem focados nas nossas tarefas e nada de temer o que quer que seja. Depois há o medo e a coragem. A diferença entre um vencedor e um perdedor é essa, há os que se amedrontam e os que se encorajam. Ficou aqui evidente a força e a alma da equipa.

Maisfutebol

Bruno3429

Muito tempo a sofrer, 20 minutos para vencer
Texto por Gaspar Castro

Ainda não foi de forma incólume, como não foi em qualquer dos jogos já realizados nesta temporada, mas o Braga voltou aos triunfos este domingo, arrancando um duro triunfo diante de um Aves que esteve em vantagem mas não a conseguiu segurar face à boa reação minhota ao golo de Defendi. Wilson Eduardo, Palhinha e Dyego Sousa deram o triunfo minhoto e deixaram o Braga em igualdade com os restantes três do topo da tabela.

A equipa bracarense voltou a ter dificuldades, depois de dois jogos sem vencer (e com uma eliminação europeia para lamentar), com muito tempo de sofrimento, a ver as oportunidades escaparem e a ver o Aves a procurar explorar os erros dos minhotos e a deixar leves ameaças até ao golo que chegaria mesmo, já pelo segundo tempo. Para que os adeptos bracarenses pudessem festejar, teriam de esperar muito...

Defendi criou ruído e silenciou

No primeiro, viu-se desde logo uma estratégia defensiva bem montada por José Mota, a causar dificuldades aos avançados bracarenses. Ainda assim, numa bola parada, Dyego Sousa obrigou Beunardeau a uma defesa de destaque, com a novidade João Palhinha, titular pela primeira vez, a acertar no ferro já depois da meia hora. Pelo meio, tentativas de Elhouni e Derley, a darem sequência a jogadas atrevidas mas bem pensadas da equipa de José Mota.

O intervalo chegou com uma oportunidade flagrante que Wilson Eduardo não conseguiu finalizar, de cabeça, e o segundo tempo arrancou com alguma polémica: Defendi a cortar a bola com a mão na grande área e o árbitro, que estava perto do lance, a mandar seguir. Muitos protestos vindos das bancadas bracarenses, naturalmente.
Por curiosidade, o mesmo protagonista desse lance que intranquilizou os adeptos aumentou ainda mais os níveis de preocupação em Braga um pouco depois: Elhouni a trabalhar muito bem dentro da grande área e a servir Defendi, que de cabeça silenciou o Municipal de Braga à exceção da secção da bancada destinada aos avenses.

Reviravolta é com Palhinha

Muitos assobiavam, temiam novo tropeção e com razões para isso, mas a reação foi à guerreiros. Horta a falhar por muito pouco a igualdade logo depois do golo de Defendi e Wilson Eduardo a consegui-la de facto com um remate forte na sequência de um livre de Novais e com intervenção de Dyego Sousa.

O ritmo manteve-se alto, o Braga sabia que tinha armas para fazer melhor ainda e não tardou a mostrá-lo: cinco minutos depois, João Palhinha saltou na grande área num canto batido por Novais e, de cabeça, consumou uma reviravolta que já muitos adivinhavam.
Para não dar margem para dúvidas, Dyego Sousa também inscreveu o seu nome no marcador na sequência de um cruzamento de Claudemir e assim, quase de um momento para o outro, os apuros transformavam-se em conforto. E só não deu em goleada porque o mesmo Dyego Sousa viu a bola embater na trave já perto do fim e João Novais também, num livre direto.

Mesmo sem o selo de goleada que chegou a espreitar nesses minutos finais, o resultado convenceu e, ao contrário do que aconteceu nos jogos anteriores, o Braga soube não deixar fugir a vantagem confortável depois de a ter conquistado com esforço.

Figueiras alvo de ira dos adeptos

O lateral do Braga entrou para o lugar de Goiano aos 86' e foi alvo de muitos assobios e cânticos menos agradáveis da parte dos adeptos. O jogador teve, recentemente, uma troca de mensagens desagradável com um adepto que resultou num processo interno

Zerozero