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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 28/07

Started by JotaCC, 28 de July de 2018, 10:20

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JotaCC

Joca rescinde com o Braga e assina por três temporadas

Os vila-condenses anunciaram ontem a contratação do extremo Joca, que pertencia os quadros do Braga. O jogador, que também pode jogar no meio-campo, tem 22 anos, e na época passada alinhou no Tondela, por empréstimo dos minhotos. Assinou um por três épocas com o Rio Ave.

JN

JotaCC

DUPLA DE MÉDIOS PASSOU NO TESTE
ENSAIO Num jogo com poucas oportunidades, Abel Ferreira testou Claudemir ao lado de Vukcevic já a pensar no embate com o Zorya

Era a grande questão para o jogo de ontem: como se comportaria Claudemir ao lado de Vukcevic? A resposta foi bastante positiva. O médio brasileiro foi o único reforço a mostrar-se na partida com o Celta de Vigo – os restantes 14 jogadores utilizados já estavam em Braga na época passada –, tendo deixado notas positivas para o primeiro embate oficial da temporada, a importante deslocação de 9 de agosto à Ucrânia para defrontar o Zorya. Depois das saídas de Danilo e André Horta, Abel Ferreira tenta encontrar o companheiro ideal de Vukcevic, pelo menos enquanto o internacional montenegrino também não parte... e a verdade é que Claudemir mostrou, mais uma vez, ser um jogador experiente e com uma inteligência de jogo acima da média. É, também, um médio consistente defensivamente, algo que, tendo em conta a importância e o nível competitivo da eliminatória da Liga Europa, se pode revelar fundamental – ganha, nesse particular, a João Novais, Eduardo e até mesmo a Fransérgio, que até poderá jogar mais adiantado na Ucrânia.
Resolvida a questão do meiocampo, aquela que realmente mais interessa para o atual momento do Braga, sobra pouco para contar da partida de ontem. A não ser que, de positivo, só mesmo a eficácia defensiva evidenciada pelas duas equipas, que foram incapazes de criar mais do que um par (para ser simpático...) de oportunidades para marcar. A formação de Vigo, 13.ª classificada da última edição da liga espanhola, ainda se pode desculpar com a ausência dos maiores nomes do seu plantel, o extremo Pione Sisto e o avançado Iago Aspas (23 golos na última época), que estiveram a representar as seleções da Dinamarca e da Espanha, respetivamente, no Mundial da Rússia, e continuam a gozar férias.
No teste de ontem, Abel Ferreira mudou totalmente o onze que tinha vencido (1-0) na véspera o Chaves. O Braga teve mais bola, soube-aguardar com qualidade, mas faltou-lhe sempre profundidade no ataque. Para melhor se perceber a dimensão do problema, diga-se que a melhor (única?) oportunidade chegou aos 87 minutos, depois de um cruzamento aparentemente inofensivo de Luther Singh que só não acabou em golo porque Ricardo Horta e Paulinho se atrapalharam no momento da decisão.
Sendo assim, sobrou a boa organização defensiva, com destaque para a boa exibição de Lucas, o brasileiro da equipa B que saiu da partida de ontem com a posição no plantel reforçada.


TOTALISTAS
7
Tal como no jogo da véspera, em Chaves, Abel Ferreira voltou a colocar sete jogadores a tempo inteiro no jogo: Matheus, Lucas, Raúl Silva, Sequeira, Vukcevic, Claudemir e Paulinho


Claudemir ganha balanço

Matheus
As precipitações iniciais do guarda-redes tornaram-se pormenores insignificantes à medida que o jogo avançava. Decidido nas saídas aos cruzamentos e sempre a transmitir segurança à equipa.
Lucas
A equipa B começa a ser demasiada exígua para este central. Com boa mobilidade e forte no jogo aéreo, foi um castigo permanente para Beauvue e companhia.
Raúl Silva
Liderou o muro defensivo bracarense com a classe habitual. Inteligente na ocupação dos espaços e rápido no desarme, parece embalar para mais uma grande época.
Sequeira
Está acesa a discussão pelo posto de lateral-esquerdo. A transmitir confiança e em boa forma física, o defesa português fechou bem o corredor e ainda tentou dar uma mão ao ataque com bons cruzamentos.
Claudemir
Mostrou ser um tanque de guerra. De estrutura robusta e cheio de experiência, marcou pontos na luta por um lugar no meio-campo.
Vukcevic
Encheu o campo o "mascarilha" desejado pelo Sporting. Sempre em movimento e disponível no trabalho defensivo, revelou-se uma fonte inesgotável de soluções para os companheiros.
Xadas
Abel entregou-lhe a ala direita e Xadas fez pela vida. Nem sempre foi feliz nas diagonais da linha para o centro, mas foi dos primeiros a reagir contra a letargia inicial, com um disparo forte de longe.
Ricardo Horta
Por entre fintas, mudanças de velocidade repentinas e passes oportunos, deu vida ao ataque.
Paulinho
Desgasta qualquer defesa e a do Celta, mesmo com três centrais, levou pela mesma medida. Desbravou caminhos que pareciam ser impossíveis, não dispondo, porém, de grandes oportunidades e, sobretudo, de espaço para armar o remate.
Luther Singh
Deu velocidade ao ataque. Nem sempre foi feliz nos cruzamentos, mas o Celta ainda estremeceu com o sulafricano. Foi dos seus pés que nasceu a melhor oportunidade para os bracarenses.
Ricardo Esgaio
Na pele de lateral, combinou bons lances com Singh.


"Temos experiência e irreverência"
ABEL FERREIRA O treinador gostou da resposta contra o Celta e sente ter alcançado a fórmula ideal, enquadrando na mesma equipa padrões diferentes
"Hassan? Temos de conviver com a incerteza do mercado"
Abel Ferreira
Treinador do Braga


Abel Ferreira diz ter ensaiado "duas estruturas completamente diferentes" em dois dias e destacou os nomes de Tiago Sá e Lucas, ambos oriundos da equipa B. O Newcastle fecha a pré-época

Cumprido o teste com o Celta de Vigo, Abel Ferreira manifestou-se satisfeito, sublinhando que a "a equipa está a responder bem". "Estão todos a criar dúvidas e a querer jogar. Dá-me gosto ter testado duas estruturas completamente diferentes em dois dias, com jogadores novos, outros que já cá estavam e ainda outros que vieram da equipa B, como são os casos do Tiago Sá, que jogou contra o Chaves, e do Lucas. Estão a passar confiança e a ganhar pontos, mostrando a todos que temos de estar fortes e alerta. Este Celta de Vigo é muito parecido com a nossa equipa por também gostar de ter a bola, embora defendendo com uma linha de cinco jogadores. Depois mudaram um bocadinho e deu para testarmos outras alternativas, sempre com enorme empenho", comentou.
A rotatividade de opções foi um adas características do Braga na época anterior e, segundo o treinador, será para manter ."Não podes meter apenas 14 jogadores depois de dizeres que contas com 24; tens de ser coerente. Temos jogadores experientes e irreverentes. A identidade desta equipa é uma mistura disso", observou, certo de que dentro de 12 dias, no primeiro jogo da Liga Europa, o Braga se apresentará afinado. "Esforço-me para que todos os jogadores percebam o que têm de fazer em campo e estes jogos são importantes nesse sentido. E também há que dar ritmo aos jogadores, porque vêm aí jogos a eliminar. É bom conviver com essa exigência", referiu. O último ensaio será quarta-feira, frente ao Newcastle. A terminar, Abel Ferreira justificou a poupança do avançado Hassan ."Está com condicionalismos e estamos a protegê-lo. Mas todos os jogadores têm de conviver coma incerteza do mercado aberto. Podem entrar e sair jogadores. Não admito é que não se preparem para cada treino ou cada jogo", alertou.


Hassan voltou a ficar no banco
O avançado egípcio tarda em ser opção para Abel Ferreira. Fábio Martins entrou aos 90 minutos

Poupado nesta pré-época por questões físicas e recentemente apontado ao Olympiacos, Hassan foi novidade na partida contra o Celta somente por ter surgido no banco de suplentes. O internacional egípcio não entraria, porém, em cena, tal como outros jogadores bracarenses, apesar de a maioria ter sido utilizada no dia anterior, frente ao Chaves. O futuro do avançado continua a ser uma incógnita, mas tudo aponta para a sua saída do clube, numa altura em que Abel Ferreira trabalha outras soluções para o ataque, entre as quais o brasileiro Ricardo Ryller, contratado em janeiro ao Luverdense e posteriormente encaminhado para a equipa B, afim de ganhar ritmo competitivo.
Já Fábio Martins, titular em Chaves, foi a última cartada lançada pelo treinador. Depois das entradas de Luther Singh, Esgaio e Ryller, o extremo aguardou pacientemente pela vez enquanto aquecia junto à linha e acabou chamado somente aos 90 minutos.
Hoje decorrerá mais uma edição do"OpenDay",com o clube a estrear o documentário "Cidade Desportiva", que inclui entrevistas, depoimentos e imagens inéditas sobre a infraestrutura que está em funcionamento há um ano.

O JOGO

JotaCC

O RITMO SEM GOLO
Minhotos a saber crescer perante um bom Celta de Vigo, mas faltou criar mais lá na frente

DO ONZE QUE JOGOU EM CHAVES SÓ ESGAIO FOI 'OBRIGADO' A ENTRAR PARA 'ACALMAR' EXCESSO DE DIOGO FIGUEIRAS

O Sp. Braga prossegue sem sobressaltos a pré-época em crescendo e isso nota-se até mesmo nos próprios opositores. O Celta de Vigo foi ontem um adversário suficientemente incómodo para não permitir grandes veleidades aos minhotos e o Newcastle também o será certamente na próxima 4ª feira, no 10º jogo e derradeiro de preparação antes do primeiro embate oficial, com os ucranianos do Zorya para a Liga Europa. Do confronto com os galegos, que trouxeram uma boa claque a Braga, sobrou já um razoável ritmo de jogo a um nulo que acabou por ser algo natural pela forma como as duas equipas se encaixaram, quase na perfeição, uma na outra, dividindo até os momentos de pressão à medida das necessidades que tinham de acelerar. No meio de tanto equilíbrio, o Sp. Braga só conseguiu ganhar na posse de bola, o que é alguma coisa e vale o que vale nesta fase, mas que demonstra a forma como Abel Ferreira está a construir mais uma boa equipa, ontem quase em exclusivo com elementos que não jogaram na véspera em Chaves. Isto demonstra as boas opções que Abel Ferreira tem à disposição, e se há algo de negativo que se pode destacar do jogo de ontem foi essa notória falta de profundidade, o que levou a que nenhum remate fosse enquadrado com a baliza dos galegos, mas esses, em boa verdade, também não conseguiram incomodar Matheus.

Duas oportunidades
O dado mais significativo de um embate demasiado 'preso' nas amarras de dois princípios de jogo em tudo idênticos são as oportunidades. Duas, uma para cada lado, e mesmo assim sem provocarem intervenções dos guarda-redes, numa fase (86' para o Sp. Braga e 89' para o Celta) em que o cansaço já era demasiado evidente para poder ser ignorado. Restou, enfim, o empenho dos jogadores em darem tudo para complicar a vida dos treinadores num jogo em que Diogo Figueiras se excedeu, roçando o segundo cartão amarelo, o que levou Abel Ferreira a fazer entrar Esgaio, algo que não estava nos planos.


Abel Ferreira viu empenho

Abel Ferreira gostou muito do "empenho e do desempenho destes jogadores". "Foi mais um jogo em que a equipa deu uma boa resposta, ao fim de dois dias com dois jogos e estruturas muito diferentes", destacou o treinador do Sp. Braga. "A identidade desta equipa está cada vez mais consistente e isso é o mais importante", disse ainda Abel Ferreira, que justificou a ausência de Hassan no jogo de Chaves, e no de ontem, "por razões físicas". Já Sequeira lembrou que o "mais importante é a equipa estar no ponto quando jogar para a Liga Europa".


Loum finalmente convencido

A contratação de Loum foi, ontem, finalmente desbloqueada. Depois de se ter treinado no plantel do Sp. Braga B na parte de manhã, o médio reuniu-se com os dirigentes do Moreirense à tarde para acertar os termos do contrato, culminando cerca de duas semanas de incerteza, após o aval dos próprios responsáveis dos arsenalistas para a mudança. Loum ponderou e tentou encontrar outra solução para o seu futuro, mas acaba por chegar a Moreira de Cónegos por empréstimo do Sp. Braga, válido por uma temporada.
O médio senegalês de 21 anos junta-se já hoje ao plantel de Ivo Vieira, sendo que o treinador também recebeu nos últimos dias Ivanildo Fernandes, Chiquinho, Heriberto e David Texeira. Os cónegos continuam no mercado para contratar um defesa-central, que poderá chegar dos quadros do Sp. Braga, e ainda um ponta-de-lança.

RECORD

JotaCC

"GANHAR É OBSESSÃO POSITIVA"

ABEL FERREIRA
"O PRESIDENTE É ALTAMENTE AMBICIOSO. ENQUANTO GRUPO TEMOS DE ACOMPANHAR ESSE SONHO. É PRECISO ACREDITAR" "CADA VEZ MAIS TEMOS DE NOS LEMBRAR DO QUE NOS TROUXE ATÉ AQUI. O GRANDE DESAFIO É PROCURAR A SUPERAÇÃO"


Aos 39 anos, o treinador do Sp. Braga deixa claro que não é político nem gosta de fazer promessas. Projeta apenas uma equipa que vai continuar a jogar bem, mas não tem receio de acompanhar o sonho do título de António Salvador. E tudo fará para o concretizar até 2021 mais complicado gerir a pressão de ser campeão até 2021 ou estar obrigado a ficar já no pódio esta temporada?
ABEL FERREIRA – Entendo as vossas perguntas. É isso que vende jornais. Mas para ser muito sincero, mais do que estar preocupado se vamos ganhar um título, se vamos ganhar dois ou se vamos ganhar três, temos é de continuar consistentes na nossa forma de jogar. Cada vez mais os jogadores confiarem e acreditarem que só jogando bem é possível fazer ainda melhor do que aquilo que foi feito. Só desafiando os nossos limites a cada dia, a cada treino, a cada jogo, poderemos estar mais próximos de atingir o sucesso. Ganhar tem de ser uma obsessão positiva. A nossa filosofia é sempre essa: lutar até ao fim pela vitória.
O repto do título lançado por António Salvador é motivador ou preocupante para um treinador?
AF – O presidente, mais do que tudo, é uma pessoa inteligente e com visão. Uma pessoa que faz a acontecer. Sonha, luta e 90% dos seus sonhos concretizam-se. Por vezes é demasiado... ou altamente ambicioso. No futebol temos de ser ambiciosos, mas realistas. Ele é um sonhador. Mas acho, e tenho a certeza, que nós enquanto grupo temos de acompanhar esse sonho, porque o sonho comanda a vida. Se vai tornar-se realidade, não sei, mas está presente. É um sonho que tudo faremos para concretizar até 2021. É preciso acreditar.
O facto de haver um grande em crise alarga a janela de oportunidade para subir degraus?
AF – A experiência diz-me que temos de estar constantemente focados e alerta naquilo que controlamos. Aquilo que controlamos, de facto, é o nosso trabalho diário. É procurar conjuntamente com a estrutura do futebol reforçar cada vez mais a equipa dentro daquilo que são os nossos recursos e vocês sabem que há uma gigantesca diferença. Na primeira possibilidade que eu tiver de assumir perante a opinião pública, no momento em que tivermos os mesmos recursos para chegar aos mesmos alvos, serei o primeiro assumir publicamente essa mesma candidatura. Agora, neste contexto, o nosso grande desafio é continuar a jogar bem. O nosso grande desafio é jogar cada vez melhor. O nosso grande desafio é procurar a superação individual e coletiva diariamente. E o nosso grande desafio é estarmos focados naquilo que controlamos.
Isso significa que já trocou o seu Renault por um Ferrari para a próxima época?
AF – Não. Significa que cada vez mais temos de nos lembrar do que nos trouxe até aqui. O que nos trouxe até aqui a mim, à nossa equipa, é o que tem de nos continuar a levar para a frente. É disso que temos de nos lembrar. O resultado será sempre consequência da nossa forma de jogar. Jogando bem estaremos sempre mais próximos de atingir o sucesso e os nossos objetivos.
Abel Ferreira faz apenas uma promessa de crescimento?
AF – Não sou político, sou treinador. Não gosto de fazer promessas. A única coisa que prometo, e com que me comprometo, é continuar a jogar bem. A continuar a ter uma equipa com coragem, com confiança e caráter vencedor. É com isso que me comprometo dado que é a única coisa que posso controlar. Não sei quantos títulos vamos ganhar. O que sei é que temos de dar mais recursos aos nossos jogadores para terem a capacidade de ultrapassar as exigências deste campeonato, e cada vez mais as equipas vão conhecendo-nos, adaptando-se à nossa forma de jogar. Temos de superar todas essas dificuldades.
Ficou a um passo da glória tanto na Taça de Portugal, como na Taça CTT e no apuramento para a Liga dos Campeões...
AF – Lamento dizer isto, mas não faltou absolutamente nada. Nada. Ganhámos o reconhecimento público de uma identidade de jogo. Ganhámos, mais do que nunca, a valorização individual e coletiva dos nossos jogadores. Não gosto muito de recorrer aos números mas batemos todos os recordes e mais alguns. Mas, mais do que bater os recordes, foi a forma como os batemos. Jogando sempre para ganhar, tendo a média de golos que tivemos e foi simplesmente incrível, com o grupo e espírito que criámos. Sempre disse que mais do que uma ideia ou filosofia de jogo, é uma forma de estar na vida, no desporto e em particular no futebol. Em que todos dependemos uns dos outros. Isso foi vincado ao longo do ano. Assumo: não ganhámos títulos! Mas ganhámos o reconhecimento.
Nas sete época antes de Abel, o Sp. Braga ficou a uma média de 28,4 pontos do 1.º lugar. Com Abel melhorou esse registo em 15 pontos para 13. Se registar uma evolução idêntica em 2018/19 será campeão?
AF – Temos de ser consistentes nessa aproximação. Essa é que é a grande verdade. Volto a referir que não corremos com os mesmos recursos. Basta olhar para os jornais para perceber que estamos sujeitos à lei do mercado. Dentro dos recursos que possuímos, temos de andar nos limites. Temos de nos superar.
A chave é a ambição ilimitada?
AF – Ponto final. Uma ambição e mentalidade vencedoras.


"Não faço milagres nem sou mágico"

"FECHAVA JÁ ESTE PLANTEL. OS GRANDES CLUBES EUROPEUS PROCURAM MEXER O MENOS POSSÍVEL. TÊM RECURSOS..."

Está preparado para perder Vukcevic e Paulinho?
AF – Não faço milagres. Não sou mágico. O que posso dizer, e os maiores treinadores do Mundo corroboram-no, é que o que faz a diferença são os grandes jogadores. Várias vezes questionaram-me sobre quem são os titulares. Porque, de facto, eu não faço separações. Todos têm de saber o que têm a fazer em cada momento. Essa é a minha função. E dá-me gosto quando vejo alguns clubes onde faltam três jogadores, falta mais um médio, mais um ponta-de-lança... nós nunca fomos atrás daquilo que nos falta. Fomos sempre olhando para dentro e potenciando aquilo que temos. Sabendo isso, e é uma premissa que me vai guiar sempre, ninguém é indispensável e todos são importantes. Serei tão melhor treinador quanto melhores jogadores eu tiver. Portanto, para subirmos o patamar de exigência, temos de ser rigorosos, temos de ter os melhores, temos de jogar com os melhores.
A rotatividade à Abel também é para aplicar ao mercado?
AF – Temos de nos adaptar. Tenho de ser coerente com aquilo que digo e faço. E os jogadores percebem que há coerência. Disse-lhes no início que iríamos precisar de todos, correndo todos os riscos e mais alguns, e a partir de determinada altura, quando passámos a ter apenas uma competição, também lhes disse que não iria haver espaço para estarmos permanentemente a trocar e que iria haver uma base a jogar mais vezes. Daí eles perceberem a importância de estarmos em todas as competições. Vão ter todos espaço para entrar. O treinador tem de passar confiança para os jogadores e eles para o treinador.
As manchetes sobre a cobiça a jogadores seus preocupam-no ou causam-lhe regozijo pela valorização sob o seu comando?
AF – Tenho de ser sincero e honesto. Se falar como homem, e percebendo que o que vale a pena na vida é ajudar os outros, sintome extremamente feliz. Essa é uma das minhas missões. Se me perguntar enquanto treinador, já o disse várias vezes, fechava este plantel. E quanto mais tempo conseguisse ter este plantel às minhas ordens, mais potencial poderíamos retirar da equipa. Os grandes clubes europeus procuram mexer o menos possível. Têm recursos para poder manter os seus jogadores. Sabemos a dinâmica de mercado, que é a lei do mais forte, e que cada vez mais um treinador tem de ter recursos para se adaptar a esse contexto. Mais do que estar a colocar problemas à direção, é ir à procura das soluções. Temos de as antecipar. Uma das funções dos treinadores é entender que o mercado é global, o futebol é global. Não adianta estarmos focados nas dificuldades senão não andamos para a frente.
Achegada do Claudemir pareceu antecipar a saída de Vukcevic...
AF – (riso) Temos de estar atentos. O Danilo saiu e tínhamos de ir à procura de soluções. O André Horta partiu e tivemos de fazer o mesmo. O que temos de perceber é a dinâmica do mercado neste momento. Todos os jogadores do Sp. Braga têm de estar preparados para tudo. Têm de conviver com isto de forma natural até ao dia 31 de agosto. Se me perguntam se este espaço de mercado devia fechar mais cedo... claro que sim.


"Bateu na mão? Lamento... é penálti"

Continua a preferir umerro humano a um erro tecnológico no que toca ao VAR?
AF – Acredito que este ano, todos estarão mais competentes para usar esta tecnologia. O que me faz confusão é o facto de as decisões não serem preto ou branco. Quando entra no cinzento, quando entra na intensidade, na mão na bola ou na bola na mão, aí é que para mim fica tudo estragado. Bateu na mão, lamento. É penálti. Quando entramos na intensidade, na distância... Quando estamos no preto e branco fica tudo mas fácil: a bola entrou ou não entrou? Entrou. Fechado. É fora-de-jogo ou não? Está ali a linha e diz que o jogador está uma unha adiantado... Temos de procurar, de forma unânime, reunir um critério uniforme para todas as equipas.


"Casei-me com o Sp. Braga e estou onde me querem"

Tem cláusula de rescisão?
AF – (risos) Sim, tenho uma cláusula de rescisão. Casei-me com o Sp. Braga, vocês sabem disso. Eu sei o que quero e, mais do que saber o que quero, estou onde quero estar. Estou onde me querem e estou onde sou feliz. O compromisso que deixo à estrutura do Sp. Braga, aos adeptos e aos jogadores é que darei o melhor de mim a cada segundo que estiver no clube para, dentro das minhas capacidades, torná-lo cada vez maior.
E se vierem pagá-la? Não sai?
AF – Quando estou a falar para os jogadores, eu ouço-me. Também tenho de me lembrar sempre do que me trouxe até aqui.

RECORD

JotaCC

#4
"Bruno de Carvalho fez muito por mim"

"NÃO ME ESQUEÇO DE QUEM ME PÔS A TREINAR A EQUIPA B DO SPORTING. O MAIS FÁCIL É DEITAR GASOLINA NA FOGUEIRA"

Diz algo sobre os seus princípios o facto de ter sido capaz de fazer frente a Bruno de Carvalho quando este tentou interferir no seu trabalho no Sporting B?
AF – Se quiserem encontrar-me defeitos, garanto que tenho muitos. E eu não me esqueço de quem me pôs a treinar a equipa B. Foi o Bruno de Carvalho. Houve muita coisa positiva que Bruno de Carvalho fez por mim. E depois cada um olha para as coisas da maneira que quer. Tenho a certeza de que se forem perguntar um por um, aos meus jogadores, acredito que haja um ou dois que tenha algo a dizer de mim. Acredito eu. Mas também acredito que se esses jogadores quiserem olhar para o lado positivo, talvez vejam algo de positivo em mim. E o mais fácil, nos momentos de turbulência, é deitarmos mais gasolina para a fogueira. É o mais fácil. O mais difícil é fazer o contrário. É ir pelo caminho mais difícil. Eu em momento algum, desde que fui despedido, deixei de me focar no que está para a frente. O que está para trás foi aprendizagem. Tudo o que eu aprendi no Sporting, passei lá, foi aprendizagem. Tudo nos ensina se tivermos mentalidade aberta para o aceitar.
Foi um  dos tais erros do ex-líder leonino que os seus críticos entendem ensombrar os aspetos positivos dos seus mandatos?
AF – Só recordo coisas positivas do Sporting em tudo. Já disse publicamente o que significa o Sporting para mim. Foi um clube onde eu comecei. Que me deu uma oportunidade depois de uma lesão grave que eu tive. Vocês sabem que um dos valores que cultivo, além do respeito, é a gratidão. É a gratidão. Já falei disso em relação a António Salvador, que apostou em mim quando não estava a jogar e quando estava a treinar uma equipa B. Há coisas que valem muito mais do que dinheiro. Dou a minha palavra de honra ao presidente e aos sócios que, independentemente de renovar ou não, eu fico no clube. E o presidente quis-me presentear com uma renovação de contrato. O que eu digo, e tenho de ser coerente com aquilo que digo e que faço, naquele clube aprendi muito com grandes pessoas, com grandes homens, uma academia de formação de treinadores e jogadores absolutamente fantástica. O senhor Aurélio Pereira, o Jean Paul... e outros elementos com quem aprendi. Foi ali que dei os primeiros passos como treinador principal.
Sentia que tinha algo mais adar ao Sporting quando viu as suas funções serem cessadas?
AF – Senti que a vida é mesmo assim. Que temos de estar preparados para o próximo desafio. Que há coisas que nos acontecem na vida em que parece que as portas se fecham e de repente abre-se uma janela. Quando olho para trás, e me vejo no lugar onde estou hoje, não tenho coragem a não ser para agradecer tudo o que me aconteceu até agora. Sinto-me um felizardo. Sinto-me alguém com sorte, mas que procura todos os dias aprender.


"Não vale tudo para ganhar"

O que o levou a mandar calar os adeptos que, em Guimarães, gritavam 'olés' para escarnecer do rival?
AF – Um dos valores que a minha família, nomeadamente os meus avós e os meus pais, me ensinaram, é o respeito. Para mim, o futebol é uma forma de viver e de estar na vida. Para mim é um espetáculo. Eu sei que, hoje em dia, vale tudo para ganhar. Lamento dizer isto, mas para mim não vale. Vale jogar bem para ganhar. Vale respeitar o adversário para ganhar. Vale fazer o maior número de golos possível para ganhar. Temos de ter a consciência de que precisamos todos uns dos outros no futebol. Como vou eu, estando dentro do próprio espetáculo, fazer-lhe mal? Isso é que me custa ver e ouvir.


"A minha filosofia de vida é ser feliz"


Há magos da tática, da motivação, da disciplina. O Abel é um técnico com perfil equilibrado?
AF – Gosto muito da expressão equilíbrio. Penso hoje da mesma maneira que pensava quando cheguei aqui. Para mim, a vida é simples. Para mim, o que conta na vida é fazer coisas simples. A minha filosofia de vida é ser feliz. A forma que eu tenho para ser feliz é ajudar os outros. Muitas vezes fazem-me essa pergunta da liderança, mas eu sou aqui o que sou em casa com a minha esposa, com as minhas filhas. É ser eu. É difícil explicar isto por palavras. É seres tu, é seres normal. Verdadeiro, frontal. É não mentir mesmo que a verdade seja dura. É assim que eu me vejo. Como jogador já era assim. Dou o máximo, mas não vivo o futebol 24 horas. Tenho de dedicar parte do meu tempo à minha família. A família é a base que sustenta toda a minha maneira de ser e de estar, na vida e no futebol.

RECORD

JotaCC

Loum chega para dar soluções ao meio-campo

O médio Loum, de 21 anos, é reforço do Moreirense e já estará às ordens de Ivo Vieira no treino de hoje. O jogador senegalês, que representou o Braga, muda-se para o clube vimaranense a título definitivo, mas com os arsenalistas a ficarem detentores de uma percentagem do passe.

JN

JotaCC

Câmara de Braga disponível para vender estádio
Gasta por ano cerca de 15% do orçamento e procura comprador

A Câmara de Braga pondera vender o Estádio Municipal, um sorvedouro de dinheiro para os cofres da autarquia. O presidente, Ricardo Rio, explicou ao JN que o pagamento da dívida à Banca, sete milhões de euros anuais, e as recentes decisões judiciais desfavoráveis, que podem ir aos 20 milhões, "penalizam a autarquia, desviando recursos de outras ações prioritárias". O Município "gasta, ainda, entre 100 a 150 mil euros anuais em conservação", acrescentou.
"O estádio não tem potencial imobiliário ou comercial, é apenas uma peça de coleção, uma obra de arte arquitectónica e de engenharia", frisou, reconhecendo a dificuldade em vender.
A vontade de alienar o imóvel prende-se, também, com outro encargo, de seis milhões anuais, do pagamento da parceria público-privada dos relvados desportivos, da empresa SGEB. Esse processo pode ser revertido com o fim da SGEB, se o Tribunal de Contas, onde está há mais de um ano, der o visto. Ao todo, saem anualmente 13 milhões para pagar campos desportivos, quase 15% do orçamento da autarquia.
Se a Câmara continuar a pagar o estádio, tem ainda de disponibilizar "45 milhões, 25 a bancos e 20 de indemnizações aos projetistas e aos construtores", prosseguiu Rio. Feitas as contas, as duas obras custarão 356 milhões de euros, 176 do estádio e 180 dos campos relvados construídos em 2009.
Rio salienta que "não está a pressionar o Sporting de Braga". O clube, segundo fonte oficial, "não tem interesse em comprar".

Vinte milhões de euros que o tribunal mandou pagar por trabalhos a mais

O Tribunal Administrativo condenou, recentemente, o Município a pagar à Souto Moura–Arquitectos e à Afassociados quatro milhões. A Câmara de Braga vai recorrer. A Autarquia vai ter de pagar seis milhões ao consórcio ASSOC/Associados (de trabalhos a mais na obra) e mais 10 milhões (por razões idênticas) numa ação em recurso no Tribunal Central do Norte, e que, atendendo a que o Município já foi condenado duas vezes em julgamento na primeira instância, deve culminar com a confirmação da sentença.

JN

Bruno3429

VUKCEVIC FORA DOS PLANOS
Redação

O elevado valor pedido pelo SC Braga pelo passe do médio Vukcevic, na ordem dos oito milhões de euros, fez com que o Sporting desistisse de tentar contratar o atleta, segundo refere a edição impressa de A BOLA.

Essa situação vai fazer com que os leões procurem no mercado por outras alternativas.

LUCAS PROMETE DAR LUTA POR UM LUGAR
Redação

Mais uma oportunidade para o defesa-central brasileiro, Lucas Cunha, que tem estado a evoluir na equipa B bracarense e agora procura dar um grande salto e instalar-se na formação principal.

Não será fácil conquistar um lugar onde Raul Silva e Bruno Viana terão toda a vantagem, mas revela qualidades e vai marcando pontos.

A Bola

Bruno3429

SC Braga vence Varzim SC em duelo intenso

O SC Braga venceu, este sábado, o Varzim SC por 7-5 em jogo correspondente à 5ª jornada do Campeonato de Elite de Futebol de Praia. A formação liderada por Bruno Torres exibiu-se a grande nível, vencendo o conjunto natural da Póvoa de Varzim num jogo impróprio para cardíacos.

David, João Pereira (2), Rigaud (2), Zé Henrique e Bernardo Botelho fizeram os golos que deram a vitória à formação bracarense. Igor, Nandinho, Rafinha (2) e Batista apontaram os tentos do Varzim SC.

O SC Braga volta a jogar no dia 4 de agosto frente ao Leixões SC, pelas 18h00, no Parque Verde de Ansião.

SCBraga