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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 21/04

Started by Bruno3429, 21 de April de 2018, 08:22

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Bruno3429

Guerreiros do Minho não abrandam na luta pelo terceiro lugar
Carlos Costinha Sousa

SC Braga mantém a pressão sobre o Sporting na luta pelo terceiro lugar da I Liga, depois de vencer o Marítimo por 2-0. Com Ricardo Horta nas assistências, Vukcevic e Paulinho marcaram os golos.

E com mais uma exibição personalizada o Sporting Clube de Braga somou, ontem, a sua 23.ª jornada na I Liga, ao derrotar o Marítimo por 2-0 no duelo que marcou o início da 31.ª jornada da competição. E com os três pontos amealhados, os bracarenses igualaram também o recorde máximo de pontos alguma vez conquistados. Com 71 pontos somados, os Guerreiros do Minho versão Abel Ferreira igualaram os pontos que Domingos Paciência conquistou com os bracarenses em 2009/2010.

Os primeiros 45 minutos não trouxeram novidades no que diz respeito ao marcador, sem que as redes das balizas abanassem, apesar das várias oportunidades de golo criadas ao longo desse período. Foi um primeiro tempo equilibrado, ainda que com sinal mais para os bracarenses que, no total da primeira parte, tiveram três ocasiões flagrantes para conseguirem inaugurar o marcador, mas o acerto na finalização nunca foi o melhor, quer por Jefferson, quer por Paulinho, por duas vezes.

Mas a primeira grande situação de perigo junto das balizas até pertenceu aos madeirenses, logo aos 11 minutos, por intermédio de Jean Cléber que, num remate meio acrobático, ainda levou o esférico a roçar na trave da baliza bracarense.

Situação de perigo que teve resposta quase imediata por parte do SC Braga, com Jefferson, em boa posição, a rematar ao lado da baliza defendida por Amir. Depois, aos 34 minutos, o remate em força de Paulinho saiu um pouco ao lado da baliza e, aos 37, o mesmo Paulinho rematou mais em jeito, mas directo para as mãos do guardião maritimista. Mas até ao intervalo não houve mudanças no marcador.

No entanto, o segundo tempo começou praticamente com a festa em Braga. Aos 53 minutos, pressão alta dos bracarenses e recuperação de bola ainda no meio campo do Marítimo, com Ricardo Horta a fazer um passe milimétrico para a entrada de Vukcevic na área e o montenegrino a rematar de pé esquerdo, desviando do guarda-redes contrário.

Daqui para a frente o SC Braga mandou no jogo a seu belo prazer. Os maritimistas não mostravam capacidades para contrariar o estilo de jogo que os Guerreiros do Minho iam impondo, perante uma formação da casa que continuava a pressionar muito alto, obrigando o Marítimo a vários erros sucessivos, parecidos com aquele que tinha dado o primeiro golo aos bracarenses.

E foi num lance desse género, em que os bracarenses voltaram a recuperar a bola no meio campo, que novamente Ricardo Horta lançou Paulinho pelo lado direito da grande área do Marítimo e, na cara do guarda-redes Amir, o melhor marcador dos bracarenses não falhou, rematando para o segundo golo bracarense, que confirmou a vitória.

Correio do Minho

Bruno3429

ABEL FERREIRA: «TIVEMOS DE SER PACIENTES»
Treinador explica vitória frente ao Marítimo

Sorridente, Abel Ferreira falou sobre o mérito que a sua equipa teve para derrotar o Marítimo por 2-0. "Eles entraram atrás das marcações individuais e a tentar fechar a saída pelos corredores. Tivemos de ter uma mobilidade grande, procurámos ligar o jogo de outra forma e criámos algumas oportunidades ainda na 1ª parte. O Marítimo tem boas unidades na frente, que sabem o que fazer com bola, e colocou-nos em sentido com transições rápidas. Tivemos de ser pacientes, dinâmicos e de ter critério na frente. Fizemos dois golos, podíamos ter feito mais", alongou-se o treinador.

Vukcevic disse que o Sp. Braga não fez um grande jogo. Abel lá teve de se voltar a explicar: "Não jogámos sozinhos... O Marítimo veio à procura de pontos, é uma equipa que defende bem. Depois do 1-0, ficou evidente que queríamos ganhar por mais golos, mas tínhamos de ter cuidados na primeira fase de construção."

Record

Bruno3429

Gverreiros no pódio após 'bailinho' exigente

O pódio da Liga NOS está de volta à Pedreira. O SC Braga recebeu e venceu o Marítimo da Madeira por duas bolas a zero e vai dormir no terceiro lugar do campeonato. Um triunfo difícil mas amplamente justo para a equipa de Abel Ferreira, que assim somou a nona vitória nos últimos dez encontros.

Arriscamo-nos a dizer que a história deste jogo é fácil de contar. Um jogo intenso, 'amarrado' em diversos períodos e com duas equipas com disposições distintas. Para um SC Braga fiel a uma ideia de jogo que procura valorizar o espetáculo... um Marítimo bastante 'chatinho' e que se refugiou quase sempre no empate. Contudo, e perante uma noite menos inspirada dos Gverrreiros do Minho, até foi o conjunto insular a criar a melhor situação do primeiro tempo.

E que bem fez o descanso ao SC Braga. No segundo tempo, a equipa de Abel Ferreira entrou ligada à corrente e fez questão de desatar o nó bem cedo. O primeiro de dois passes magistrais de Ricardo Horta... e conclusão 'à ponta de lança' de Vukcevic. Em vantagem, o SC Braga procurou gerir a bola e o cronómetro e respondeu com o segundo golo a algum assédio do Marítimo. Nova assistência primorosa de Ricardo Horta e o 'matador' Paulinho – que apontou o 16.º golo da temporada – a colocar uma pedra sobre o jogo.

Contas feitas, um triunfo suado mas tremendamente importante para o SC Braga, que assim fica provisoriamente no terceiro lugar da Liga NOS. Igualado, também, o recorde de pontos somados pelo clube no campeonato: 71.

"Vitória justa, da melhor equipa em campo"

Após o triunfo sobre o Marítimo, Abel Ferreira fez uma leitura simples à partida: "Foi uma vitória justa, da melhor equipa que esteve dentro do campo". O técnico do SC Braga destacou a qualidade do adversário e que os recordes alcançados pelo sua equipa trazem apenas "mais responsabilidades".

Análise ao jogo: "O Marítimo criou-nos muitas dificuldades. Andavam atrás dos nossos jogadores, a fazer marcações individuais, e sentimos dificuldades em encontrar espaços. Na primeira parte, criámos algumas oportunidades, mas a equipa do Marítimo também teve os seus momentos. Tínhamos de ser pacientes, dinâmicos, e ter mais critério no último terço de terreno. Foi isso que aconteceu depois. Podíamos ter feito mais golos, mas também podíamos ter sofrido"

A exibição: "Não foi a melhor? Não jogámos sozinhos. O nosso adversário queria pontos, defende bem, com muitos jogadores atrás da linha da bola, e sempre à procura de sair em transições. Tem jogadores com muita qualidade, como o Rodrigo, Ricardo Valente, Correa... Acima de tudo, foi uma vitória justa, da melhor equipa que esteve dentro do campo"

Recordes trazem responsabilidade: "Já disse aos jogadores que isso representa mais responsabilidade, mais exigência e mais cobrança. Agora vamos descansar para estarmos focados no próximo treino, porque tenho a certeza absoluta que o nosso próximo adversário já está a pensar na forma de nos poder ganhar. Para além disso, não ando atrás de recordes"

SCBraga

Bruno3429

MINHOTOS VENCEM E ESTÃO NO TERCEIRO LUGAR
Estavam na Horta os alimentos da vitória
Texto por Luís Rocha Rodrigues

O Braga voltou a colar-se ao Sporting na classificação após a abertura da ronda 31, depois de bater o Marítimo num jogo em que a incerteza pairou até final, mas no qual os minhotos foram justos vencedores, com duas assistências de Ricardo Horta.

A partida começou entretida e, apesar de o Braga ter pegado no jogo, foi da equipa de Daniel Ramos a primeira a criar perigo, com um remate de Jean Cléber a tocar a trave antes de sair por cima.

A equipa de Abel estava a ter dificuldades em fluir o seu jogo pelos flancos e só começou a ser mais perigosa a meio da primeira parte, quando Ricardo Horta ocupou zonas mais centrais, dando mais critério nas triangulações.

As melhorias, ainda assim, não foram suficientes para ameaçar verdadeiramente um Marítimo muito bem organizado defensivamente e que não se assustou com os remates de Paulinho.

Mais objetivo depois do intervalo, o Braga pôs a festejar os 12 564 espectadores que coloriram a Pedreira. Jean Cléber fez um mau passe, Ricardo Horta recolheu e serviu Vukcevic pelo corredor central e o capitão arsenalista abriu o marcador.

Foi, depois disso, um jogo mais repartido em posse. O Marítimo tentou ser mais ofensivo e foi o Braga a convidar a equipa insular a subir no terreno com bola, deixando espaço nas costas para a velocidade dos arsenalistas.

Apesar de algumas tentativas do Marítimo, o Braga pareceu sempre ter o jogo dominado e esteve algumas vezes perto do segundo golo, que só aconteceu perto dos 90: outra vez Ricardo Horta a assistir em zona frontal e Paulinho a correr para a baliza para fazer o golo da tranquilidade.

Agora, é tempo de o Braga se sentar no sofá a assistir ao jogo de domingo, em que o Sporting recebe o Boavista. Quanto ao Marítimo, fica com a tarefa do quinto lugar um pouco mais complicada em vésperas de receber o FC Porto.

Zerozero

Bruno3429

Resultado Final: SC Braga-Marítimo, 2-0
Vukcevic e Paulinho fizeram os golos da vitória do SC Braga sobre o Marítimo.

O SC Braga venceu hoje o Marítimo por 2-0, no jogo que deu início à jornada 31 da Liga Portuguesa. Nikola Vukcevic foi o autor do primeiro golo do SC Braga, enquanto Paulinho, aos 87 minutos, selou o resultado final.

A equipa de Abel venceu o Marítimo com dois golos na segunda parte, com Paulinho a selar o resultado final já perto do apito final depois de Vukcevic, aos 52 minutos, ter dado o melhor seguimento a um erro de Jean Cléber para colocar os arsenalistas na frente do marcador. Destaque para Ricardo Horta, autor de ambas as assistências para os golos do SC Braga.

Com este resultado o SC Braga iguala, à condição, o Sporting na classificação com 71 pontos, enquanto o Marítimo se mantém na sexta posição com 44 pontos. Uma pontuação que iguala o melhor registo de sempre do SC Braga na Liga Portuguesa.

Capitão Vuk descobriu o caminho marítimo para o golo
SC Braga vence o Marítimo por 2-0 e igualou o Sporting na terceira posição
ANTÓNIO JOSÉ OLIVEIRA

Um golo de Vukcevic desbloqueou um jogo que estava a revelar-se bastante difícil e lançou o SC Braga para um triunfo que lhe permitiu igualar pontualmente o Sporting e igualar também o melhor registo pontual de sempre da história do clube no campeonato. A exibição no primeiro tempo foi pobre, mas o demolidor arranque no segundo esteve na base da vitória, por 2-0, arrancada perante um Marítimo que adotou uma atitude positiva perante o jogo, mas acabou penalizado pelo recuo excessivo no retomar do encontro.

Abel Ferreira recorreu ao onze preferido deste final de época, com destaque para os regressos de Bruno Viana e Vukcevic, que não foram alternativa na goleada de 5-1 obtida em Paços de Ferreira devido ao facto de se encontrarem a cumprir castigo. Paulinho e Wilson Eduardo formaram a dupla de ataque, enquanto que os dois Ricardos (Esgaio e Horta) jogaram nas alas. Já o Marítimo surgiu assente num 4x4x2 bastante dinâmico. Bebeto regressou ao lado direito da defesa, enquanto Gamboa voltou à titularidade, alinhando ao lado de Jean Cléber na zona central do meio-campo.

Contrariamente ao que tem sucedido nas últimas jornadas, o SC Braga não conseguiu entrar forte no jogo. Pelo contrário, foi um Marítimo bastante dinâmico a mostrar-se mais empreendedor ao ponto de desfutar da primeira grande oportunidade de golo, quando aos onze minutos Jean Cléber em remate acrobático atirou à barra da baliza defendida por Matheus.

O conjunto de Abel Ferreira revelou enorme dificuldade em criar oportunidades de golo ao longo dos primeiros 45 minutos. A exceção foi para um forte remate de Paulinho ao minuto 34 com a bola a sair muito perto do poste direito da baliza de Amir. Acabou, assim, por ser com naturalidade que o Marítimo chegou ao intervalo empatado a zero na cidade dos arcebispos, preenchendo bem os espaços e não permitindo grandes veleidades aos arsenalistas. A equipa de Daniel Ramos disputou o jogo pelo jogo, não revelando particulares cautelas defensivas certamente para surpresa de Abel Ferreira, que terminou o final da primeira parte a olhar apreensivamente para o relógio.

Na segunda parte, a atitude do SC Braga foi bem diferente. E as consequências também. O conjunto arsenalista entrou com tudo e os livre e cantos foram-se sucedendo. Até que um passe errado de Jean Cléber caiu nos pés de Ricardo Horta, que desmarcou primorosamente Vukcevic para o primeiro golo. É caso para dizer que a equipa de Abel Ferreira criou maior perigo nos primeiros minutos da segunda parte do que em todo o primeiro tempo. O Marítimo via, desta forma, ruir a excelente estratégia adotada. Pouco depois, o SC Braga teve um golo (bem) anulado a Raul Silva por fora de jogo de Paulinho, que numa primeira fase rematou à barra antes de o central a empurrar para o fundo das redes.

A partir daqui, os bracarenses desfrutaram das melhores oportunidades e ainda chegaram ao segundo golo, em mais uma assistência de Ricardo Horta desta feita para Paulinho já no dealbar do jogo, numa altura em que Daniel Ramos ainda tentou mexer no jogo com as substituições efetuadas, mas sem resultados práticos.

Abel: "Eu não ando atrás de recordes"

O SC Braga venceu o Marítimo e igualou a melhor pontuação da história do clube na Liga Portuguesa.
O SC Braga venceu hoje o Marítimo no encontro que deu início à jornada 31 da Liga Portuguesa. Com os três pontos alcançados, o SC Braga igualou a melhor pontuação de sempre do clube numa mesma temporada na liga portuguesa tendo já, também, obliterado o registo ofensivo histórico do clube na competição. Abel, porém, garante que não são os recordes que o movem.

"Eu não ando atrás de recordes. É possível fazer mais e melhor, fazer o que não foi feito. Acreditar que o melhor ainda está para vir, tudo isto tem-nos trazido até aqui. Mais do que uma forma de jogar, isto é uma forma de estar no futebol. É uma forma de jogo coletiva em que dependemos todos uns dos outros. Este espírito que criámos aqui é algo difícil de explicar, mas é algo que se sente", assinalou. "É mais responsabilidade. É mais exigência. É mais foco. É mais cobrança. Não há outra forma. Agora vamos descansar e tenho a certeza absoluta que o nosso próprio adversário já está a trabalhar para nos ganhar e nós temos de fazer exatamente o contrário: mantermo-nos focados naquilo que temos estado a fazer", disse ainda.

Abel deixou muitos elogios para a equipa do Marítimo: "Na primeira parte criamos algumas oportunidades, em situações de transição o Marítimo também nos colocou em sentido, esta equipa do Marítimo tem muita qualidade, Joel, Correa, é uma equipa que sabe o que faz, tem qualidade individual e coletiva. Tínhamos de ser pacientes e dinâmicos. Fazer as coisas mais simples e não errar as coisas mais simples e chegar ao último terço e ter critério. Fizemos dois, podíamos ter feito mais, mas também podíamos ter sofrido. Não jogámos sozinhos. Para haver boas danças é preciso um bom par. Sabiamos qual era a característica do adversário, é uma equipa que defende bem, que se posiciona bem com jogadores atrás da linha da bola e que depois procura sair em transições. E mesmo quando a tem, tem jogadores para poder desequilibrar. Seja por fora, seja com chegadas através do Joel e do Rodrigo Pinho. Tem um jogador na frente, o Joel, um jogador com qualidade, que segura bem", referiu.

O técnico do SC Braga explicou o que correu mal para tantas dificuldades e referiu onde esteve a chave para a vitória da equipa arsenalista: "Após o um a zero, sempre que a bola saia fora nos queríamos sair a jogar rápido e isso fica bem patente. Mais do que nós não fazermos um grande jogo, tivemos um adversário que nos condicionou e de que maneira. Através da nossa forma de jogar, de sermos pacientes e naquela ligação da primeira para a segunda fase e não perder ali a bola, nós chegamos a cometer um ou dois erros nessa primeira fase de construção que nos podia custar caro, era isso que o adversário vinha à procura. Mas é uma vitória justa da melhor equipa em campo".

"Foi uma equipa que nos criou muitas dificuldades, sabíamos disso, no inicio andaram muito atras das marcações individuais, tivemos de correr muito para contrariar estes jogadores que andavam atras dos nossos, fecharam-nos as saídas dos nossos homens por fora, deixaram-nos aberto o Bruno [Viana] e nós procuramos ligar o jogo", começou por referir.

Bancada.pt

Bruno3429

Sp. Braga-Marítimo, 2-0 (crónica)
Pedreira que pressiona o leão
Bruno José Ferreira

Consistente e determinado o Sp. Braga está provisoriamente no terceiro lugar. Derrubou o Marítimo naquele que foi o sexto triunfo consecutivo na Pedreira, soube reorganizar-se depois de uma primeira parte menos conseguida e partiu para uma segunda metade decisiva. Vukcevic e Paulinho deram expressão ao domínio.

A equipa bracarense respira confiança e nem uma Marítimo qualificado que nas últimas jornadas recuperou terreno para o quinto lugar foi suficiente para pôr em causa a hegemonia da Pedreira, na qual apenas Benfica e FC Porto usaram roubar pontos esta época. O conjunto de Abel Ferreira iguala, com este triunfo, a melhor pontuação de sempre da história do clube.

Com o regresso após castigo de Bruno Viana e de André Horta, o técnico Abel Ferreira fez o Sp. Braga regressar àquela que tem sido a sua equipa base nos últimos jogos. Tal como o treinador prometeu no lançamento do jogo, os bracarenses mantiveram-se fiéis ao seu estilo de jogo.

Processos diferentes, proveitos semelhantes

Domínio com muita bola da equipa da casa e vários cruzamentos sempre resolvidos pelo Marítimo, mal resolvidos permitindo segundas bolas perigosas, mas resolvidos sem problemas de maior. Circulação lenta e paciente da turma de Abel a permitir um posicionamento tranquilo aos insulares.

Em contraste, o Marítimo tentou ser pragmático e vertical. Com poucos toques na bola, sem grandes aflorados, os insulares fizeram por tentar criar perigo com processos simples no plano ofensivo.

Ao fim de contas, entre o domínio pausado com posse e as tentativas repentinas, os dois conjuntos foram para o intervalo com uma oportunidade de verdadeiro perigo para cada lado. Ao doze minutos Jean Cléber atirou ao travessão da baliza de Matheus com um remate à meia volta depois de um trabalho de Pinho complementado por Joel.

À bomba de Jean Cléber o Sp. Braga respondeu com uma bomba de Paulinho, de primeira com o pé esquerdo a aproveitar a ressaca de um dos tais cortes feitos para zona proibida, a fazer a bola passar muito perto da baliza de Amir, que estava completamente batido.

Entrada de rompante contra a monotonia

A resposta do Sp. Braga no regresso das cabines foi cabal. Foi com tudo para cima do Marítimo, os insulares quase que asfixiaram em frente à baliza de Amir, sucederam-se cantos, remates e sufoco à equipa de Daniel Ramos. Sentido único no jogo, a relegar o Marítimo a um espaço reduzido e circunscrito no setor mais recuado.

Adivinhava-se o golo. Confirmou-se a sua chegada em apenas sete minutos. Foi o montenegrino Vukcevic, do alto da calma adquirida no percurso em Braga, a chegar-se à frente para adiantar os «Guerreiros» no marcador. Jogada de envolvência do ataque arsenalista, Ricardo Horta descobriu o médio em boa posição e o montenegrino enquadrou-se a baliza com o seu pé esquerdo fazendo o golo.

Seguiu-se uma tentativa de resposta do Marítimo, mas sem capacidade para fazer abalar a sólida consistência do Sp. Braga. Nem Joel, o goleador camaronês do momento, conseguiu manter a sua série de jogos a marcar. A três minutos do fim Paulinho deu a estocada final no encontro após mais um passe açucarado de Ricardo Horta.

Triunfo natural do Sp. Braga, que fez o quanto baste para voltar a pressionar o leão. Os bracarenses estão provisoriamente no terceiro lugar do campeonato, travaram a série de cinco jogos sem perder do Marítimo, e continuam a fazer da Pedreira uma força. O Marítimo pode ver o quinto lugar distanciar-se.

Sp. Braga-Marítimo, 2-0 (destaques)
Vukcevic, o patrão montenegrino que também decide
Bruno José Ferreira

FIGURA: Vukcevic

Um dos pilares do conjunto de Abel Ferreira. Responsável pelo equilíbrio da equipa com um trabalho muitas vezes invisível, desta vez o montenegrino não só fez o seu papel discreto como teve capacidade para ir à área adversária emprestar a sua tranquilidade para abrir o ativo. Golo com calma e classe, a preparar o remate para bater Amir com certezas. Prestação conseguida no miolo por parte do médio montenegrino. Fez o segundo golo da temporada.

MOMENTO: golo de Vukcevic (52m)

Jogada de envolvimento do ataque, entrou com tração à frente na segunda metade a equipa bracarense, a culminar com o remate certeiro do montenegrino. Passe de Ricardo Horta a encontrar o médio em boa posição, Vukcevic teve serenidade para se enquadrar com a baliza e disferir o remate com pé esquerdo para fora do alcance de Amir. Abriu caminho ao triunfo da equipa de Abel Ferreira.

MENÇÃO HONROSA: Ricardo Horta

Não quis ficar atrás do mano mais novo e também ele rubricou uma prestação conseguida. Várias tentativas de desequilibrar, ousou o remate e deu o colorido final ao quadro com os passe para Vukcevic e Paulinho fazerem a diferença com os golos marcados.

POSITIVO: modalidades do Sp. Braga

Ao intervalo o relvado da Pedreira encheu-se de «braguismo». Os atletas de todas as modalidades do clube desfilaram pelo tapete verde, juntando centenas e centenas de pessoas de todas as idades numa espécie de apresentação aos associados. Momento bonito.

OUTROS DESTAQUES

André Horta


Regresso ao onze para assumir a batuta. Percorreu todo o terreno, recuou para o meio dos centrais para começar a construção arsenalistas a partir de trás. Principal responsável por fazer o futebol bracarense fluir.

Jorge Correa

Reforço de inverno dos insulares, fez o décimo jogo consecutivo. Rapidíssimo no meio campo da equipa de Daniel Ramos, destacando-se com rasgos individuais perigosos. Quando acelerou rompeu quase sempre pelo setor mais recuado dos bracarenses.

Paulinho

Já lá vão dezasseis golos. O avançado não se cansa de trabalhar e complica a vida aos adversários mesmo quando o jogo parece nada querer com ele. Soube esperar pela oportunidade para dar a estocada final no Marítimo.

Jean Cléber

Bom de bola, o médio brasileiro assinou o lance de maior perigo da equipa do Marítimo com um remate forte à trave logo aos doze minutos. Prestação consistente no meio campo de uma das referências da equipa montada por Daniel Ramos.

Goiano e Jefferson

Muito do sucesso do Sp. Braga esta época passa pela capacidade com que os laterais se envolvem no processo ofensivo da equipa. Esta noite isso não fugiu à regra e tanto Jefferson como Goiano estiveram em bom plano nos seus corredores.

Abel: «Com a nossa dinâmica o adversário começou a não ter forças»
Sp. Braga-Marítimo, 2-0 (reportagem)
Bruno José Ferreira

Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo sobre o Marítimo por duas bolas a zero no jogo de abertura da 31ª jornada da Liga:

[Igualou o melhor numero de pontos de sempre e conseguiu 23 vitórias inéditas para o clube] «Não ando à procura de bater recordes, andamos à procura de sermos melhores a cada dia e isso acaba por ser fruto de um trabalho coletivo. Não é por termos este número de pontos, disse várias vezes que o melhor está para chegar e que podíamos fazer o que ainda não foi feito. Mais do que estar focado no recorde ou na classificação é estarmos focados naquilo que temos de fazer, nas nossas dinâmicas de treino e de jogo».

[Jogo] «Apanhámos um adversário agressivo com e sem bola, que andou uma boa parte da primeira parte atrás das marcações individuais. Teríamos de ter grandes contramovimentos face a isto, acabámos por ter na primeira parte algumas oportunidades mas tínhamos de estar sempre alerta. Fomos controlando sempre os ataques do adversário. Com a dinâmica que metemos na segunda parte o adversário começou a não ter forças. Posso olhar para isto de duas formas, ou para o erro do adversário ou para a pressão que a minha equipa fez. Acabámos por fazer um jogo consistente e conseguimos uma vitória justa».

[Gostava que houvesse mais jogos para além dos três que faltam?] «Não queria ter mais, porque entendo que ao trabalho que temos feito também merecemos as devidas férias. Os jogadores sabem que o descanso é fundamental para estarmos prontos para a exigência diária. É bom ganhar, mas podemos ver a parte menos boa da coisa: aumentam as expetativas e as exigências. O difícil é constantemente ser fieis à nossa forma de jogar. Cada vez mais os nossos adversários nos querem ganhar».

[Classificação] «Já o disse, quando chegarmos a maio vemos. Segunda-feira começa do zero e começamos a preparar o próximo jogo».

[Papel dos adeptos nesta caminhada em casa] «Temos que passar confiança e receber essa confiança. É isso que se nota. Não vou pedir aos adeptos quando não se revêm com a nossa equipa que sintam a nossa equipa. Sentimos que chegando ao fim e mesmo que a vitória não nos sorria os adeptos vão compreender e dar apoio. Vamos continuar a envolver os nossos adeptos e a criar esta expetativa».

Maisfutebol

JotaCC

MARCA IGUALADA COM PÉS NO PÓDIO
Ricardo Horta desfez a coesão do rival e o Braga alcançou os 71 pontos somados em 2009/10

O Braga teve de arregaçar as mangas para furar a barreira defensiva madeirense e o triunfo começou a desenhar-se com a intervenção do improvável Vukcevic

A marcação do Braga continua a ser cerradíssima em relação ao Sporting. Frente a um Marítimo que durante muito tempo se assemelhou a um terrível couraçado, os minhotos encheram-se de brio e somaram mais uma vitória, juntando-se, ainda que provisoriamente, à equipa de Alvalade no terceiro lugar e igualando a melhor pontuação de sempre (71), alcançada em 2009/10 sob o comando de Domingos Paciência. Há oito anos, o Braga terminaria o campeonato num inédito segundo lugar e tem tudo para fazer história nesta temporada, como fez questão de demonstrar contra um dos adversários mais espinhosos da prova. É uma desagradável "matriosca" em termos defensivos e está sempre à espreita de uma oportunidade para causar estragos, por intermédio de Rodrigo Pinho e Joel.
Semelhante quebra-cabeças "entreteve", com muito suor (e não foi por causa da noite abafada), os arsenalistas durante toda a primeira parte e, para cúmulo dos cúmulos, a melhor oportunidade até pertenceu aos visitantes, num lance tricotado por Rodrigo Pinho e Joel, com Jean Cléber a enviar a bola à barra, num remate à meia-volta. Por mais posse de bola que tivesse e mais ataques que infligisse, o Braga emperrava no último terço e só descobriu o caminho da vitória numa altura em que Abel Ferreira já começava a olhar para o banco em busca de soluções rápidas. Faltava precisão no último passe e Ricardo Horta trouxe esse pormenor à equipa, fazendo inclusivamente de Vukcevic, um médio-defensivo, um homem-golo. Aplicada a estocada final, por intermédio de Paulinho, já com Dyego Sousa a atazanar os ex-companheiros, o Braga consumava a 23.ª vitória na Liga, algo nunca visto, enquanto o Marítimo já se dava por satisfeito por não sair da Pedreira goleado. Definitivamente, este Braga está prestes a entrar num mundo novo e nem é pelo simples de facto de estar a um remate certeiro do 100.º golo numa época, em todas as competições.


MOMENTO DO JOGO
53'

RICARDO HORTA INVENTA ESPAÇO. Com Ricardo Horta por perto, tudo se simplifica. Quando o Marítimo parecia ter tudo controlado, tapando todos os caminhos para a baliza, o esquerdino isola Vukcevic na área com um passe magistral, a rasgar a defesa. O montenegrino, já muito próximo do guarda-redes, chuta rasteiro com tranquilidade e colocação.


A Figura
RICARDO HORTA: 8
Duas assistências decisivas


Fez uma primeira parte algo escondido do jogo, mas quando apareceu, no segundo tempo, foi absolutamente decisivo com passes que resultaram nos golos do Braga. Primeiro colocou Vukcevic na cara de Amir e, depois, serviu Paulinho para o avançado matar a partida. Em suma, criou duas fendas na organizada defensiva maritimista para resolver o jogo. Acabou por sair, aos 90', para receber os merecidos aplausos das bancadas.


Horta encontrou fendas no muro

Matheus 5 Quase não teve trabalho, mas ainda viu a bola bater na barra, rematada por Jean Cléber. Teve uma saída disparatada (59') e um mau passe que isolou Joel (89'), situação remediada com uma mancha, de carrinho...
Marcelo Goiano 6 Numa noite descansada no capítulo defensivo, ainda participou várias vezes, e de forma esclarecida, nas ações ofensivas.
Bruno Viana 5 Pareceu estranhamente intranquilo, talvez por ter visto um amarelo logo aos 19', já que acumulou algumas más decisões.
Raúl Silva 6 Bem mais assertivo do que o companheiro do eixo, dominou a sua zona de ação, tendo sido, como é hábito, muito eficaz nas bolas aéreas.
Jefferson 6 Deu a habitual profundidade ofensiva ao lado esquerdo, com constantes subidas ao ataque. Tirou vários cruzamentos e esteve perto de marcar, aos 15'.
André Horta 5 Correu e pressionou muito, mas não conseguiu ser tão participativo no ataque como costuma e gosta de fazer. Saiu aos 85'.
Vukcevic 7 Já tinha feito movimentos de rotura no primeiro tempo e, no segundo, apareceu, isolado por Ricardo Horta, na cara de Amir, para finalizar e quebrar a densa muralha defensiva do Marítimo. O golo foi o culminar de uma noite bem conseguida do sérvio.
Ricardo Esgaio 7 O extremo não deu descanso a Rúben Ferreira na ala direita do ataque. Arriscou vários cruzamentos e fez boas combinações com os colegas. Ameaçou Amir, aos 18', e esteve sempre em alta rotação.
Paulinho 7 Pressiona, ganha bolas atrás, supera-se em duelos à frente... Enfim, Paulinho é um faz tudo no conjunto de Abel Ferreira e faz quase tudo bem. Mereceu, por completo, o golo que marcou, depois de ter ameaçado aos 35' e 37' e de, sobretudo, ter trabalhado imenso para a equipa.
Wilson Eduardo 5 Atuou mais fixo no eixo do ataque. Até teve um início prometedor, mas depois apagou-se. Saiu aos 76' para ser substituído por Dyego Sousa.
Dyego Sousa 6 Entrou aos 76' e quase marcava três minutos depois, desviando para fora um centro-remate de Goiano. Deu mais vida e presença ao ataque minhoto, colocando em sentido a defesa insular.
Danilo - Refrescou o meio-campo nos poucos minutos que jogou.
Fábio Martins - Entrou para jogar o tempo de compensação, mas mal tocou na bola.


MARCADOR VUKCEVIC SENTIU DIFICULDADES

Vukcevic defendeu que o seu golo (1-0) "foi importante para abrir o jogo". O médio do Braga reconheceu que a equipa "não fez um grande jogo", mas, argumentou, "o mais importante foi somar três pontos". De regresso ao estádio onde se estreou como profissional, Gamboa, médio do Marítimo, disse que "foi bom voltar a esta casa" e ficou "muito contente com o carinho dos adeptos".


PRETERIDO HASSAN A PERDER ESPAÇO

Sem ser titular desde a 24.ª jornada e sem marcar há quase dois meses – o último golo remonta a 18 de fevereiro, frente ao V. Guimarães –, Hassan foi o jogador preterido dos 19 convocados por Abel Ferreira. Já André Horta, médio que sofrera um toque no último treino antes do jogo de ontem, foi titular e respondeu à altura das exigências da partida.

O JOGO

JotaCC

Sp. Braga supera Marítimo e aumenta pressão sobre "leão"
Abel Ferreira atingiu barreira histórica dos 71 pontos de Domingos Paciência em 2009-10 e ficou a um golo dos 100
O Sp. Braga venceu o Marítimo, por 2-0, com golos de Vukcevic (52') e Paulinho (87'), no jogo de abertura da 31.ª jornada da Liga, disputado no Estádio Municipal de Braga. Abel Ferreira somou a 23.ª vitória da temporada no campeonato e igualou o melhor registo do clube minhoto, atingindo os mesmos 71 pontos conquistados em 2009-10 - ainda que com mais um jogo disputado -, quando Domingos Paciência discutiu com o Benfica o título de campeão nacional até à 30.ª e última jornada da prova. A equipa de Abel Ferreira soma 72 golos na Liga, mais 24 do que em 2010, e ficou a apenas um dos 100 no total da época naquele que é o melhor ataque da história do emblema bracarense.
Com este resultado, o Sp. Braga assume, ainda que provisoriamente, o terceiro posto da prova e volta a aumentar a pressão que tem vindo a exercer sobre o Sporting, na discussão pelo terceiro lugar do campeonato, ficando agora à espera que os "leões" tropecem na recepção ao Boavista.
O Marítimo voltou a falhar o ataque ao quinto lugar, na posse do Rio Ave, num jogo em que até criou a primeira grande oportunidade de golo, num remate de Jean Cleber (12') à barra da baliza de Matheus.
Os minhotos tiveram sempre o controlo e até o domínio da partida, mas foi com uma entrada determinada no segundo tempo e com um golo de Vukcevic que o Sp. Braga desbloqueou e resolveu a questão, deixando os maritimistas sem capacidade de inverter o resultado.
Paulinho haveria de tranquilizar os "guerreiros" a três minutos dos 90 regulamentares, período em que o Marítimo poderia ter chegado ao golo num erro de Matheus, que emendou frente a Joel Tagueu, evitando assim um final de nervos.

PUBLICO

JotaCC

Vukcevic
"Não fizemos um bom jogo"

Em bom português e sem nada para esconder, Vukcevic deu a cara pelos arsenalistas no final da vitória de ontem. "A época já vai longa e a equipa está cansada. Não fizemos um bom jogo, mas vencemos. Sabíamos que ia ser um jogo difícil até porque tínhamos perdido na Madeira. Foi mais uma vitória numa época muito especial e não queremos ficar por aqui", comentou, falando também do golo: "Acredito que foi mais fácil para mim marcar do que para o Ricardo Horta fazer aquele passe [risos]."
Do lado do Marítimo, Gamboa comentou a derrota: "Penso que tivemos sempre o controlo do jogo, sentimo-nos confortáveis, até que um erro nosso desbloqueou o jogo. Nunca deixámos de trabalhar, sabemos que nem sempre as coisas correm bem, mas estamos no bom caminho e ainda sonhamos com a Liga Europa. Para mim, foi muito especial voltar a Braga."


Abel Ferreira
"Tivemos de ser pacientes"


Sorridente, Abel Ferreira falou sobre o mérito que a sua equipa teve ontem para derrotar o Marítimo. "Eles entraram atrás das marcações individuais e a tentar fechar a saída pelos corredores. Tivemos de ter uma mobilidade grande, procurámos ligar o jogo de outra forma e criámos algumas oportunidades ainda na 1ª parte. O Marítimo tem boas unidades na frente, que sabem o que fazer com bola, e colocou-nos em sentido com transições rápidas. Tivemos de ser pacientes, dinâmicos e de ter critério na frente. Fizemos dois golos, podíamos ter feito mais", alongou-se o treinador. Vukcevic disse que o Sp. Braga não fez um grande jogo. Abel lá teve de se voltar a explicar: "Não jogámos sozinhos... O Marítimo veio à procura de pontos, é uma equipa que defende bem. Depois do 1-0, ficou evidente que queríamos ganhar por mais golos, mas tínhamos de ter cuidados na primeira fase de construção."

RECORD

JotaCC

Braga vence Marítimo e coloca pressão no Sporting
I LIGA A equipa de Abel Ferreira bateu os insulares com golos de Vukcevic e Paulinho, ambos com assistências de Ricardo Horta

O Sporting de Braga recebeu e venceu ontem o Marítimo por 2-0 e subiu à condição ao terceiro lugar da Liga, com os mesmos pontos do que o Sporting – os leões, contudo, podem recuperar a posição já amanhã, bastando-lhes pontuar na receção ao Boavista.
O primeiro golo foi apontado aos 52 minutos por Nikola Vukcevic. Num bom lance de ataque dos bracarenses, Ricardo Horta fez uma assistência brilhante para o montenegrino, que na área bateu Amir Abedzadeh, o guarda-redes iraniano do Marítimo. Perto do final, Paulinho deu a estocada final no Marítimo, novamente com assistência de Ricardo Horta.
Com um futebol de qualidade, a equipa de Abel Ferreira foi sempre superior ao adversário e voltou a mostrar que está num grande momento de forma. Foi a nona vitória dos minhotos na I Liga nos últimos dez jogos, um ciclo vitorioso apenas interrompido na jornada 29, com um empate no terreno do Feirense. Já o Marítimo somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer, depois de duas igualdades consentidos na jornada anterior.

DN

JotaCC

JÁ HÁ 22 EQUIPAS SUB-23
Campeonato vai arrancar e Gomes insiste em manter bês

Os regulamentos da competição serão definidos numa reunião a 26 de abril e, até lá, outros clubes ainda podem oficializar a inscrição, se conseguirem resolver problemas logísticos

No último dia do prazo para as inscrições no campeonato de sub-23, 22 aceitaram o desafio da Federação Portuguesa de Futebol. São eles, segundo apurou O JOGO, Sporting, Benfica, Braga, V. Guimarães, V. Setúbal, Belenenses, Portimonense, Aves, Rio Ave, Estoril, Boavista, Feirense, Marítimo, Académica, Nacional, Covilhã, União da Madeira, C ovada Piedade, Leixões, Gil Vicente, Oliveirense e Famalicão. Salta à vista a ausência do FC Porto, sem interesse na competição que tem como objetivo facilitar a transição do escalão júnior para o sénior. No entender dos dragões, aapost ana equipaBé considerada mais benéfica. Fernando Gomes, presidente da FPF, preocupou-se em reforçar a ideia, junto dos clubes, de que o escalão sub-23 não é incompatível com as equipas Bea ver da deé que, entre os clubes que avançam, ainda não se conhece qualquer posição oficial sobre esse tema.
Até 30 de abril os regulamentos das competições da próxima temporada têm de estar aprovados e no próximo dia 26 está agendada uma reunião para definir as regras da primeira edição do campeonato, a começar desde logo por uma eventual separação entre duas divisões. Há mais clubes interessados em aderir e, até à próxima semana, é expectável que o grupo aumente. Fugir ou não à despromoção, por exemplo, é algo que, naturalmente, leva alguns clubes a aguentar a decisão, dado o investimento que terão de fazer caso decidam avançar.

O JOGO

JotaCC

A fatalidade de um erro

Um erro individual, cometido por Jean Cleber ainda na fase inicial da segunda parte, abriu caminho para a derrota do Marítimo, ontem à noite, em Braga. Um lance que acabou por penalizar fortemente uma exibição da equipa que, até então, estava a ser bem conseguida, nomeadamente durante a primeira parte.
A equipa verde-rubra entrou bem no jogo, apresentando um futebol personalizado no plano ofensivo e muito pressionante sempre que o adversário detinha a posse de bola, com os dois homens mais adiantados, Joel Tagueu e Rodrigo Pinho, a funcionarem como primeiro obstáculo à organização de jogo dos bracarenses.
Essa postura agressiva do Marítimo por pouco não deixou a equipa na frente do resultado à passagem dos dez minutos. Joel Tagueu forçou o erro a Bruno Viana na área bracarense, com Jean Cleber a surgir bem e a rematar de forma acrobática levando a bola a embater na trave da baliza de Matheus.
Este lance motivou ainda mais o Marítimo, que até sensivelmente a primeira meia hora esteve por cima do jogo, perante um Braga algo baralhado e que por diversas vezes teve de recorrer à falta para travar as rápidas saídas ofensivas do Marítimo.
Com o jogo a caminhar para o intervalo, o Braga forçou mais em termos ofensivos, obrigando a equipa madeirense a recuar um pouco no terreno. Como consequência natural dessa situação surgiu o único lance de perigo para a baliza de Amir durante toda a primeira parte, num remate forte e rasteiro de Paulinho (34 minutos) que não saiu muito longe do poste esquerdo da baliza verde-rubra.
Certamente descontente com a primeira parte da sua equipa, o treinador do Braga, Abel Ferreira, terá feito sentir isso mesmo, ao intervalo, junto dos jogadores, que entraram com outra predisposição.
Contudo, foi preciso o tal erro de individual para que o Braga conseguisse chegar à vantagem. Um passe sem nexo de Jean Cleber no seu meio campo, quando até nem estava pressionado, permitiu que Ricardo Horta servisse rapidamente Vukcevic, que na área teve tempo para trabalhar a bola e bater inapelavelmente Amir.
O golo mexeu com o estado anímico do Marítimo, que passou então pela sua pior fase no jogo. A equipa jamais conseguiu reeditar os bons momentos da primeira parte, nomeadamente em termos ofensivos, perante um Braga que, com a vantagem que lhe caíra no colo, pôde então impor o ritmo de jogo e controlar o adversário. O Marítimo ainda ameaçou chegar ao empate, numa assistência de cabeça de Joel Tagueu para Everton, que rendera Rodrigo Pinho pouco antes, inviabilizada por oportuno corte de Bruno Viana (83 minutos), mas pouco depois seria mesmo o Braga a sentenciar o jogo. Na saída para o ataque, Jean Cleber viu um seu passe embater num adversário, com Ricardo Horta a recuperar rapidamente a bola e a servir Paulinho que correu para a baliza e, à saída de Amir, rematou cruzado fechando o resultado.


Abel Ferreira (Treinador do Sp. Braga)

"Na primeira parte tivemos algumas ocasiões, mas o nosso adversário também criou perigo através das transições. O Marítimo tem muita qualidade, com jogadores como o Joel, Rodrigo, Correa e o Valente. É uma equipa que sabe o que faz, defende bem e procura sair em transições. O adversário condicionou o nosso jogo, muito pelas marcações individuais. Mas é uma vitória inteiramente justa da melhor equipa que esteve hoje [ontem] em campo".

DN MADEIRA

Bruno3429

MUITOS ESPIÕES NA PEDREIRA
Redação

Despertado o interesse pela corrente vitoriosa do SC Braga nos últimos tempos, que ontem somaram nono triunfo em dez jogos - 23 na época, um recorde - foram vários os olheiros que marcaram presença na Pedreira, contemplando um olhar aos craques que cintilam neste Braga, que marcou 32 golos nos últimos dez encontros, reacendendo a luta pelo 3º lugar.

O jogo com o Marítimo foi presenciado por espiões dos ingleses do Watford e West Ham, espanhóis do Villarreal, Celta de Vigo, Eibar, franceses do Marselha, Montpellier, Nice, Estrasburgo, os italianos do Génova, turcos do Besiktas, holandeses do PSV e húngaros do Videoton. Na primeira linha de observação estiveram nomes como Bruno Viana, Esgaio, Ricardo Horta e Paulinho (Braga), Bebeto e Joel Tadjo (Marítimo).

A Bola

Bruno3429

Volta a marcar, pódio, pontuação histórica: este Braga está fera
ARSENALISTAS À ESPERA DO SPORTING
Texto por Jorge Ferreira Fernandes

Habituado a morder os calcanhares aos três grandes, o Sporting de Braga vive, mais uma vez, uma época histórica. A vitória diante do Marítimo, que coloca a equipa no pódio, foi especial a dobrar: a melhor pontuação foi igualada e os bracarenses marcam há uma volta seguida.

A derrota há exatamente uma volta atrás, que terminou com queixas bracarenses para com o árbitro, foi o último capítulo de incapacidade ofensiva dos minhotos. Desde então, e mesmo em partidas em que a equipa perdeu e foi inferior - Benfica e FC Porto -, a turma de Abel marcou sempre, com um trio em grande forma nos últimos tempos: Paulinho, Ricardo Horta (o irmão ajuda) e Wilson - os três, juntos, contabilizam 30 golos na Liga Portuguesa.

Todo este poderio ofensivo, aliado à consistência defensiva, tem criado uma onde vitórias interessantes para os minhotos - são nove vitórias nas últimas 10 partidas, em todas as competições. Resultado? A melhor pontuação de sempre está à distância de um ponto em três partidas. É quase certo, por isso, que este Braga vai entrar mesmo na história.

Recordes? É consequência

Apesar do bom momento coletivo, com os tais recordes, Abel Ferreira, técnico bracarense, não está desesperado em conseguir chegar aos tais registos históricos. Os bons números são uma consequência natural.

«Tínhamos que acreditar que o melhor de nós ainda estava para chegar. Tínhamos, acima de tudo, que acreditar que era possível fazer aquilo que ainda não foi feito. Mais do que estar focado no recorde, temos de estar focados nas nossas dinâmicas, no nosso jogo. Aquilo que os jogadores fazem no jogo é a mesma coisa que fazem no treino», sublinhou o timoneiro arsenalista, que ontem recebeu o prémio de melhor treinador do mês.

Zerozero