NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 16/12

[Bruno3429]

Sporting de Braga recebe esta noite o Belenenses e Abel Ferreira garante uma equipa à procura dos três pontos
Paulo Machado

A equipa do SC Braga já se levantou, depois de ter caído na Madeira. Abel Ferreira volta a empurrar os seus jogadores para a arena, sob a missão de enfrentarem uma nova batalha porque a guerra ainda está longe do seu final. Às 20.30 horas é dado o pontapé de saída para o duelo com o Belenenses, no Estádio Municipal de Braga, com um espirito renovado depois de uma derrota que os bracarenses há muito não sofriam para o campeonato.

"Já não acontecia algum tempo, nunca é bom, mas temos de tirar o lado positivo, percebermos os porquês... estamos preparados, perante um adversário bem organizado, bem orientado, com boa filosofia de jogo e que tem feito um bom campeonato. Estão reunidas as condições para um bom espectáculo", calcula do treinador da formação bracarense, sem alarmar o resultado da ronda anterior. "Temos mantido a nossa identidade, os processos e estamos focados nas nossas tarefas. Ttodos juntos, vamos reagir já em casa com o Belenenses e à procura dos três pontos", sublinhou, em forma de desafio.

"Já mostrámos que somos uma equipa equilibrada, que faz bem a análise de todos os resultados, percebemos os porquês e mesmo na derrota temos mantido consistência. Esta equipa não vai vencer sempre, mas vai lutar sempre para vencer. Isso ficou evidente nestes últimos dois jogos. Os nossos objectivos não se alteram e queremos acabar nos quatro primeiros, porque isto só acaba em Maio. O próximo passo é vencer o Belenenses, mandar em nossa casa e vencer", apontou o técnico da equipa minhota.

O treinador foi confrontado com as arbitragens nos últimos jogos, começando por fintar as perguntas mas não deixou de responder. "Vou dizer duas coisas: A primeira é que desejo que a equipa de arbitragem faça o seu melhor. É isso que eu quero e espetáculo exige. Sobre o resto, as imagens falam por si". Certo é, persiste um sentimento de alguma revolta no seio dos adeptos, mas o treinador prefere manter-se à margem. "Vocês [imprensa] sabem o que aconteceu, não puxem por mim! Vou é valorizar o espectáculo e o SC Braga. Mesmo nas derrotas, esta equipa tem demonstrado a mesma identidade, cria oportunidades e tem mostrado carácter em todos os jogos. Todos os jogos são uma oportunidade para nós", vincou o treinador dos Guerreiros do Minho.

Abel lamentou ainda a ausência de jogadores devido a lesão e critíca a dureza dos adversários. "Têm feito uma grande quantidade de faltas nos nossos jogos. Ainda no último, aos 15 minutos, o Vukcevic já tinha sofrido cinco faltas. No jogo com o Feirense, o mesmo jogador fez duas faltas sem ver cartão amarelo e ficámos sem dois jogadores [Fransérgio e Paulinho]. Mas temos recursos a nível interno e o que eu procuro é soluções, ter uma equipa competitiva, mostrando o que temos mostrado até aqui", sustentou.

Correio do Minho

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Quarto e décimo no fosso gráfico

O quarto (28 pontos) recebe o décimo (17), hoje, na 15.ª jornada, num clássico da Liga e numa deslocação da qual a equipa lisboeta não sai vencedora há 16 anos e da qual saiu derrotada em 12 das últimas 15 ocasiões.
A última vitória do Belenenses em Braga remonta a dezembro de 2001 (3-2) e foi no Estádio 1.º de Maio. Desde então, o melhor que conseguiu no Minho foram três empates. É uma tendência de mau presságio para os azuis, que o treinador da equipa do Restelo quer inverter.
"O Braga é uma equipa com muita energia, muita juventude e intensidade. Vem de duas derrotas e quer inverter a situação, mas nós também queremos ganhar. Não jogo para empatar. Mas temos de traduzir esta vontade em golos e ser mais eficazes. A equipa precisa de ter instinto assassino", diz Domingos Paciência, que volta, na pele de rival, ao palco da equipa que já treinou e com a qual atingiu a melhor classificação de sempre do clube minhoto (segundo, em 200910) e a final da Liga Europa (em 2010-11).
Em Braga, ainda na digestão de supostos erros e prejuízos arbitrais, o treinador Abel Ferreira não teve como fugir ao assunto e pediu "bom jogo à equipa de arbitragem", mantida em segredo até hoje.
"Comecei a carreira em 1997. Nessa altura, havia árbitro, dois fiscais de linha, um apito e duas bandeirolas. Chegaram as comunicações e os erros foram aumentando. Hoje, temos VAR, quarto árbitro, comunicação entre todos e vejo, desde o banco, que há muita gente a apitar", afirma Abel Ferreira.

JN

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"É PRETO OU BRANCO, CINZENTO É QUE NÃO..."

Abel Ferreira pediu uma uniformização da conduta dos árbitros durante os jogos, de forma a que não seja possível haver duplas interpretações Abel Ferreira considera que a introdução gradual da tecnologia nos jogos tem levado a um incremento dos erros dos

"O que não pode continuar a existir é termos três pessoas a olharem para o mesmo lance e uma ver azul, outra vermelho e outra verde"
Abel Ferreira
Treinador do Braga

Abel Ferreira só queria dizer "duas coisas" sobre as recentes arbitragens nos jogos do Braga, mas acabou a conferência de Imprensa de antevisão do jogo com o Belenenses a fazer uma longa "reflexão" sobre o atual estado do futebol português. Depois da repetição das queixas ao trabalho do árbitro (Rui Costa) após a derrota com o Marítimo, António Marques, presidente da AG da SAD, falou mesmo em "perseguição" ao Braga. Confrontado com essa acusação, Abel começou por responder assim: "Só quero que a equipa de arbitragem faça o seu melhor neste jogo. Quanto ao resto, as imagens falam por si."
No entanto, António Marques disse mais; disse que se não fossem os erros dos árbitros, o Braga estaria a lutar pelo título. "Toda a gente sabe o que aconteceu, não puxem por mim!", prosseguiu Abel Ferreira. "Quero é valorizar o espetáculo e o Braga. E dizer que, mesmo nas derrotas, a minha equipa tem demonstrado a mesma identidade, cria oportunidades de golo e mostra carácter."
De seguida foi lançado para a discussão o estado de espírito dos jogadores: será que eles podem perder o foco do jogo para se centrarem nos árbitros? Abel recusou esta ideia – "Eles sabem que têm se de focar exclusivamente naquilo que controlam", disse –, antes de partir para uma longa "reflexão" sobre o atual estado do futebol português. "Comecei a jogar futebol profissional em 1997: na altura havia um árbitro e dois fiscais de linha, um apito e duas bandeirolas, e havia erros. Depois acrescentaram comunicações, com os bips, e os erros foram aumentando. Hoje temos o VAR, o quartoárbitroecomunicações entre todos... É bom que se reflita sobre isto", começou por dizer. "Quem devia apitar era só o árbitro, mas neste momento há mais gente a dirigir os jogos – e eu que estou no banco vou-me apercebendo disso. O que nós queremos é que as regras sejam claras: ou é fora de jogo ou não é; ou a bola passou a linha ou não passou. Não pode haver cinzento, as regras têm de ser pretas ou brancas. Não pode haver linhas de fora de jogo de um centímetro e outras de três; ou ter linhas em algumas televisões e noutras não. É em momentos de crise que surgem as oportunidades para melhorar, para se refletir no que está bem e mal. O que não pode continuar a existir é termos três pessoas a olharem para o mesmo lance e uma ver azul, outra vermelho e outra verde", rematou.


Paulinho continua afastado por lesão
O treinador do Braga criticou a excessiva dureza dos adversários nos últimos jogos

Abel Ferreira optou por manter a lista de convocados que já tinha escolhido para a partida com o Marítimo – e também pondera apresentar o mesmo onze... –, o que quer dizer que Paulinho voltou a não recuperar da lesão sofrida durante a receção ao Feirense (27 de novembro) e vai falhar o quarto jogo consecutivo do Braga. Embalado por esse problema, Abel Ferreira criticou a excessiva dureza dos adversários nos últimos jogos, mas também a permissividade dos árbitros na avaliação de determinados lances. "A verdade é que ainda estamos a sofrer com as sequelas do jogo com o Feirense... Os adversários têm feito uma grande quantidade de faltas nos nossos jogos. Ainda no último, aos 15 minutos, o Vukcevic já tinha sofrido cinco faltas... No jogo com o Feirense, o mesmo jogador lesionou dois dos nossos [Fransérgio e Paulinho] sem ter visto um cartão amarelo. Mas estou aqui para encontrar soluções e temos recursos para manter a equipa competitiva", afirmou.

Vencer para virar pior série da época

Pela primeira vez esta temporada, o Braga perdeu dois jogos consecutivos (Basaksehir e Marítimo), ainda que Abel Ferreira tenha recordado as boas exibições da equipa nesses confrontos. "Já não acontecia há algum tempo. Nunca é bom perder, mas temos de tirar o lado positivo: mantivemos sempre a nossa identidade, os processos de jogo e a consistência. Como já disse, a nossa equipa não vai vencer sempre, mas vai lutar sempre para vencer, e isso ficou bem evidente nestes dois jogos. Os nossos objetivos não se alteraram e queremos acabar o campeonato num dos quatro primeiros lugares. E, para isso acontecer, temos de dar o próximo passo, que é vencer o Belenenses", explicou.
Abel disse ainda que a equipa está "preparada" para defrontar um adversário "bem organizado" e que tem um "excelente treinador".

O JOGO

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Braga B vai dar "boa resposta"

O treinador do Braga B, João Aroso, mostrou-se confiante para o jogo frente ao FC Porto B e acredita que a equipa dará "uma boa resposta". "O FC Porto B gosta de ter bola e teremos de ter capacidade para a tirar", sustentou o técnico dos minhotos. O guarda-redes, Tiago Sá, por seu turno, reconhece que será uma partida complicada, mas, tendo em conta a derrota no último encontro, a receita é simples: "As expectativas são altas porque queremos muito regressar às vitórias e queremos fazê-lo no jogo de amanhã [hoje]."

O JOGO

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Abel Ferreira não esconde insatisfação pelas arbitragens

Acabou em enorme polémica o último jogo do Sp. Braga, nos Barreiros. Quase uma semana depois, Abel Ferreira ainda não conseguia esconder a sua revolta. "Vocês sabem o que aconteceu, não puxem por mim! Comecei a ser profissional de futebol em 1997. Havia um árbitro e dois fiscais de linha, um apito e duas bandeiras. E havia erros. Há uns anos, acrescentaram-se comunicações, bips e os erros foram aumentando. Hoje temos VAR, 4º árbitro e comunicação entre todos. É bom que se reflita... Quem apita é só o árbitro, mas o que eu vejo é que há muita gente a apitar o jogo, pois estou no banco e vou-me apercebendo. Nós queremos que as regras sejam claras, ou é fora-de-jogo ou não é fora-de-jogo, se a bola entrou ou não. Não pode haver cinzento, tem de ser preto ou branco. Numa televisão há linhas e noutras já não há. Não pode haver três pessoas a olhar para a mesma coisa e uma vê azul, vermelho e outra verde", afirmou. Sobre o jogo de hoje, uma ideia clara: "Temos de reagir todos, queremos mandar em nossa casa e conquistar os três pontos ."

RECORD