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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 24/10

Started by Bruno3429, 24 de October de 2017, 09:10

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Bruno3429

Fábio Martins saltou do banco para dar a vitória ao SC Braga em Moreira de Cónegos
Carlos Costinha Sousa

Mais forte a todo o pano, o SC Braga conquistou, ontem, uma vitória por 1-0 no dérbi minhoto em casa do Moreirense. Fábio Martins saltou do banco para desatar um nó que parecia complicado e confirmou o triunfo bracarense e a subida ao quarto lugar da I Liga. Os primeiros 45 minutos de jogo não trouxeram novidades nem alterações no que diz respeito ao marcador, com o empate a manter-se até ao intervalo.

No entanto, foi um primeiro período de jogo que decorreu com sinal mais para os Guerreiros do Minho, que assumiram as despesas ofensivas da partida, perante um Moreirense que mostrava muitas dificuldades para construir situações de ataque, quer pela boa organização defensiva da equipa bracarense, quer também por estar algo recuada no terreno e a jogar muito na expectativa, à espera do erro do adversário ou de espaços em que os velozes Arsénio e Zizo pudessem explanar a sua velocidade e capacidade técnica, em rápidas transições. Essa foi, no entanto, uma tentativa que não passou dos planos de Manuel Machado para a prática, já que raramente o Moreirense conseguiu aproximar-se com perigo do sector mais recuado dos bracarenses.

Do lado dos arsenalistas, Paulinho assustou com um remate muito forte que obrigou Jhonatan a defesa de bom nível para evitar o golo. Logo a seguir foi Fransérgio a rematar com selo de golo, mas nova defesa espectacular do guardião moreirense.

Sem alterações no marcador, para o segundo tempo, Manuel Machado retirou um médio e fez entrar o avançado Cádiz, mostrando vontade de se afirmar mais a nível ofensivo. E foi o que aconteceu, com o Moreirense a tentar (e a conseguir) incomodar mais a equipa bracarense no seu sector defensivo, mas também sem conseguir levar a sensação de golo ao Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

Mas, apesar de uma ligeira subida do Moreirense no terreno, os cónegos continuaram sempre muito remetidos ao seu sector defensivo, com o SC Braga a manter a toada ofensiva da partida e a conseguir, por vezes, criar situações de perigo, a que o guarda-redes Jhonatan respondeu sempre de forma brilhante, como foi exemplo o minuto 77 em que defendeu, por duas vezes, remates quase à queima de Ricardo Horta, evitando o golo.

E os minutos foram passando sem que os golos surgissem, com o SC Braga sempre mais perigoso e a acreditar que poderia chegar ao golo. E a essa crença teve mesmo resultado quando, aos 89 minutos, Paulinho cruzou com conta, peso e medida para o ligeiro desvio de Fábio Martins para o golo solitário que confirmou os três pontos para os Guerreiros do Minho.

Correio do Minho

Bruno3429

Abel tinha a chave do triunfo no banco
Fábio Martins saltou do banco para dar a vitória

Difícil, sim, mas justo. O Sporting de Braga regressou aos triunfos, depois da derrota europeia a meio da semana, ao bater o Moreirense por 0x1. Fábio Martins, lançado por Abel na segunda parte, foi o herói dos bracarenses. Mas, diga-se, há assistência primorosa de Paulinho para assinalar... 

A equipa arsenalista entrou na partida com tudo, dominando territorialmente e criando oportunidades de golo. Fransérgio, na mais perigosa delas todas, obrigou Jhonatan a uma das defesas da noite. Contudo, à medida que o primeiro tempo ia decorrendo, os homens de Manuel Machado foram estancando o domínio bracarense e também houve lugar a susto na baliza de Matheus. Intervalo. 

No segundo tempo, Abel mexeu na equipa, lançando Fábio Martins e Ricardo Horta para a zona ofensiva do campo. Os dois jogadores protagonizaram uma das jogadas do encontro. Ao minuto 77, Fábio cruzou, Horta cabeceou para grande defesa de Jhonatan e, mesmo no chão, o guardião do Moreirense foi capaz de defender a recarga do avançado português. 

A pressão arsenalista ia asfixiando o adversário e só mesmo Jhonatan era capaz de travar as investidas de Horta, Paulinho ou até mesmo Esgaio, que voltou a estar ativo no capítulo ofensivo. Quando o empate pairava no ar, apareceu a tal dupla decisiva. Paulinho assistiu com conta, peso e medida, Fábio Martins só teve de encostar. O quarto lugar é novamente braguista. 

Zerozero

Bruno3429

Com alma e coração se faz um 'quarto'

O SC Braga venceu, esta segunda-feira, na curta viagem ao terreno do Moreirense FC por uma bola a zero. Num jogo onde só a equipa de Abel Ferreira fez por lutar pela vitória, um golo solitário de Fábio Martins ofereceu um precioso triunfo que vale o quarto lugar da Liga NOS.

Assim que Jorge Sousa apitou para o início da partida, logo se assistiu a posturas totalmente distintas dos dois conjuntos. Para um Moreirense FC completamente retraído – que abdicou mesmo de jogar -, um SC Braga pró-ativo e apostado em 'tomar' de assalto o quarto posto do campeonato. Mas sem a inspiração de outras noites, a equipa de Abel Ferreira só criou verdadeiro perigo à passagem dos 20 minutos, quando Fransérgio viu Jhonatan negar-lhe uma autêntica bomba que levava selo de golo.

Após mais uma série de bons lances ofensivos, o intervalo chegou e o início do segundo tempo trouxe um Moreirense FC ligeiramente mais atrevido. Contudo, seria sol de pouca dura e o SC Braga voltaria a jogar literalmente no meio campo adversário. Os Gverreiros do Minho iam carregando e o golo inaugural só não surgiu mais cedo porque Jhonatan e a trave negaram o golo a Ricardo Horta, lançado no jogo aos 68 minutos. A chave da vitória estaria mesmo no banco de suplentes, já que Fábio Martins teve o dom de mexer com o jogo e... marcar o golo do triunfo após passe soberbo de Paulinho.
Final de contas, triunfo tão suado quanto justo para o SC Braga que, assim, sobe ao quarto lugar da Liga NOS com 18 pontos, a dois do terceiro classificado SL Benfica.

Ficha de Jogo
Onze inicial: Matheus, Goiano, Ricardo Ferreira, Raúl Silva, Jefferson, Vukcevic (André Horta, 87′), Fransérgio, Teixeira (Fábio Martins, 63′), Esgaio, Paulinho e Hassan (Ricardo Horta, 68′)
Suplentes: André Moreira, Bruno Viana, Danilo, André Horta, Ricardo Horta, Xadas e Fábio Martins
Golos: Fábio Martins (89′)

Abel: "Vencemos de forma categórica"

Abel Ferreira, após a vitória do SC Braga por uma bola a zero frente ao Moreirense FC, mostrou-se naturalmente satisfeito com o resultado e defendeu que o mesmo até acaba por ser "curto" tendo em conta aquilo que a sua equipa produziu em campo. O técnico dos Gverreiros do Minho aproveitou, ainda, para elogiar a postura dos seus jogadores e finalizou afirmando que "a sorte protege quem trabalha duro e sabe o que tem de fazer em campo".

A sorte protege os audazes: "Costumo dizer que a sorte protege quem trabalha duro e quem sabe o que tem de fazer dentro do campo. Sabemos que não vamos vencer sempre, mas é nossa exigência lutar sempre até ao fim pela vitória. A vitória por 0-1 é curta, para aquilo que produzimos durante o jogo".

Análise da partida: "O Moreirense apresentou uma linha de 5 defesas, adaptou-se ao adversário, mas nós estávamos preparados para isso. Conheço bem o Manuel Machado e sei que, por vezes, gosta de se adaptar ao adversário. Mesmo a jogar com dois avançados fizemos pequenos reajustes que chegaram para vencermos. Foi a vitória da melhor equipa, da insistência, com uma vitória justa. Este é um campo onde temos tido alguns dissabores, vencemos de forma categórica".

Foco do seu conjunto: "Costumo dizer que a melhor parte da viagem não é o destino, é o caminho. Sabemos qual é o nosso, sabemos que temos de lutar e desfrutar dele. O destino é só em maio, ainda está longe. Temos de continuar firmes, fortes e cimentar o processo. Acreditamos no nosso trabalho e em todos os colegas de equipa".

SCBraga

JotaCC

ASSALTO FINAL VALEU O PRÉMIO
O Braga chegou à vitória no último minuto, num jogo que teve sempre um sentido único

O resultado de ontem premiou a ambição do Braga e castigou a postura sempre muito defensiva do Moreirense. Arsenalistas sobem ao quarto lugar do campeonato

Foi preciso esperar pelo último minuto para se ver um golo na única baliza possível, a do Moreirense. Fábio Martins, que voltou a mostrar que merece mais do que ser lançado durante as segundas partes, trouxe justiça ao resultado com um toque de classe, que premiou a ambição constante do Braga ao mesmo tempo que castigou, e bem, a postura excessivamente defensiva com que o Moreirense se apresentou em todo o jogo. Quanto a isso, Manuel Machado mostrou desde cedo que queria defender sempre com muita gente, tendo montado, pela primeira vez nesta época, um onze com três defesas-centrais e sem uma referência no ataque – Tozé e Zizo foram os jogadores mais adiantados. O Braga, por sua vez, apresentou a mesma equipa que perdeu com o Ludogorets, numa repetição que Abel Ferreira experimentou pela primeira vez.
Desde cedo que os arsenalistas se instalaram no meiocampo adversário; as oportunidades foram aparecendo com a mesma frequência com que Jhonatan tratava de adiar aquilo que parecia inevitável, o golo. A verdade é que a vantagem do Braga tardava em aparecer, também pelas exibições menos conseguidas de João Carlos Teixeira e Hassan, que definiram quase sempre mal no último terço do terreno. Foi, por isso, necessário esperar pelas substituições de Abel para que a diferença de qualidade se transformasse num massacre. Para além de Fábio Martins, que trouxe muito mais do que o golo ao jogo, também Ricardo Horta acrescentou dinâmica ao jogo ofensivo para o assalto final que acabaria por dar a vitória e consequente subida ao quarto lugar do campeonato.
O Moreirense chegou ao final da partida sem uma oportunidade de golo digna desse nome, isto apesar de, com o decorrer do jogo, Manuel Machado ter mexido na equipa com a intenção, teórica, de dar maior profundidade ao ataque. Mas, nessa altura, já era tarde, pelo menos na cabeça dos jogadores, que tinham sido formatados para se limitarem a defender.


FILME DO JOGO

5' Canto de Jefferson e cabeceamento perigoso de Paulinho.
11' Cruzamento de Esgaio para remate de primeira de João Carlos Teixeira muito ao lado.
20' Rematede Paulinho, ainda de fora da área, acaba nas mãos de Jhonatan.
21' Enorme defesa de Jhonatan, depois de um grande remate de Fransérgio.
25' Primeiro sinal de perigo do Moreirense sai dos pés de Zizo. O remate passa perto da barra.
29' João Carlos Teixeira coloca a bola na área, onde Paulinho cabeceia por cima.
60' Livre direto de Rafael Costa e defesa segura de Matheus.
77' Excelente cruzamento de Fábio Martins, primeiro cabeceamento de Ricardo Horta à barra. Na recarga, o mesmo Ricardo Horta remata para grande defesa de Jhonatan.
83' Esgaio tenta servir Paulinho no meio, mas Rafael Costa evita que a bola chegue ao avançado.
83' Ricardo Hortasurge isolado, mas remata fraco para as mãos de Jhonatan.
89' [0-1] Ver momento.


MOMENTO
89'

QUALIDADE DE FÁBIO PARA DAR JUSTIÇA. O Braga carregava na procura do golo da vitória, até que, já perto do final da partida, Paulinho arrancou um excelente cruzamento da direita para um toque de classe de Fábio Martins. A equipa de Abel acabou premiada, num lance que também serviu para castigar a postura sempre defensiva do Moreirense.


A Figura
Impacto imediato com golo de classe
Fábio Martins: 8

Tal como já tinha acontecido na receção ao Ludogorets, Fábio Martins voltou a entrar muito bem no jogo, ainda que desta vez tenha chegado a tempo de dar a vitória ao Braga com um golo de pura classe. Mas o impacto do extremo na partida extravasou esse remate decisivo, uma vez que foram dele os melhores lances a partir do momento em que entrou em campo. Apesar de nem sempre ser titular, Fábio assinou ontem o quarto golo da época, apenas menos um que os avançados Paulinho e Dyego Sousa.


Abel Ferreira "Tivemos frieza a acabar"
Treinador bracarense encheu de elogios os jogadores que "correram que nem animais"

"O Moreirense tentou surpreender com três defesas e nós fizemos uma ratoeira que saiu bem"

Fábio Martins colocou, nos minutos finais, um sorriso em Abel Ferreira que fez com que o treinador abordasse o encontro com rasgados elogios à prestação do Braga. "Tivemos de lutar até à última gota de suor. Esta vitória é inteiramente justa pela equipa que mais fez pelos três pontos", analisou, prosseguindo com as palavras doces. "Estes jogadores sabem exatamente o que têm de fazer em campo", acrescentou.
O técnico gostou, também, da atitude minhota em campo. "Admito que os jogadores falhem passes, golos, mas nem eu nem eles próprios nem ninguém do Braga admite que não lutem nem corram, e hoje correram que nem guerreiros e que nem animais. Tivemos frieza nos momentos finais", considerou. Manuel Machado, referiu Abel, tentou surpreender o Braga com três defesas, mas o técnico respondeu com "uma ratoeira". "O Moreirense tentou surpreender com três defesas e nós fizemos uma pequena ratoeira que saiu muito bem. A audácia que tivemos foi recompensada", concluiu.


FIGURA FÁBIO MARTINS ELOGIA ASSISTÊNCIA DE PAULINHO

Fábio Martins, a figura da noite em Moreira de Cónegos, considerou que o triunfo bracarense foi merecido. "Vitória foi justíssima e o golo só pecou por tardio", começou por dizer o extremo que partilhou o mérito do golo com Paulinho. "No lance do golo foi tudo muito rápido, mas o Paulinho fez um excelente cruzamento, e eu só tive de ter o discernimento de conseguir finalizar."


EUROPA LUDOGORETS VENCE E LEVA 20 JOGOS SEM PERDER

O Ludogorets reforçou a liderança na Liga búlgara ao vencer, por 4-0, na receção ao Etar, tendo agora mais cinco pontos do que o segundo classificado, o CSKA Sófia. Os golos foram marcados por Keseru (24', 59' e 85') e Vura (66'). O próximo adversário do Braga na Liga Europa soma agora 20 jogos consecutivos sem perder, contabilizando ainda o oitavo triunfo consecutivo.


ATENTOS CLUBES DE FRANÇA E ESPANHA FORAM A MOREIRA

Foram vários os clubes europeus que ontem se fizeram representar em Moreira de Cónegos. Bordéus, Lorient, Caen, Dijon e Lens, de França; Valência, Celta, Real Sociedad, Tenerife e Alcorcón, de Espanha; Newcastle e Southampton, de Inglaterra; Estugarda, da Alemanha; e Kansas City, dos Estados Unidos constituem o lote de clubes que enviaram emissários ao dérbi minhoto.

O JOGO

JotaCC

Vimaranenses empatam em casa diante do Portimonense. Sp. Braga vence em Moreira de Cónegos e sobe ao 4.º lugar

I LIGA O Vitória de Guimarães perdia em casa por 0-3 à passagem da meia hora, mas conseguiu anular a desvantagem e arrancar um empate a três golos, no derradeiro jogo da nona jornada da I Liga. Nakajima (16 minutos), Fabrício (19') e Pedro Sá (30') deram aos algarvios o que se julgava ser uma vantagem confortável. Contudo, os vimaranenses ainda foram a tempo de alcançar um ponto. Raphinha, que aos 41 minutos apontou o golo 3000 dos minhotos na I Liga, iniciou e completou (88') a recuperação. Pelo meio, marcou Rafael Martins (82').
Já o Sporting de Braga venceu ontem o Moreirense, por 1-0, e subiu ao quarto lugar da classificação da I Liga por troca com o Marítimo, que é agora quinto classificado. Os arsenalistas, que vinham de uma derrota caseira a meio da semana com o Ludogorets, da Bulgária, na Liga Europa, somaram o quarto triunfo consecutivo no campeonato graças a um golo de Fábio Martins quase em cima do apito final. "A sorte protege os que trabalham duro, os que perseguem o objetivo dentro de campo. A vitória é inteiramente justa. É curta para o que produzimos", disse no final o treinador Abel Ferreira.

DN

Bruno3429

Moreirense-Sp. Braga, 0-1 (crónica)
Triunfo arrancado a ferros num dérbi comemoção até ao final
Vítor Maia

Foi dessa forma que o Sporting de Braga regressou aos triunfos, depois da ressaca europeia. E logo no dérbi frente ao Moreirense.

No fundo, a sorte acabou por proteger a equipa mais audaz. Um golo Fábio Martins, - jogador avesso a desfechos precipitados - em cima da hora valeu o três pontos e uma confortável subida ao quarto lugar.

De resto, foi um dérbi jogado dentro de um estilo muito característico e com emoção do primeiro ao último segundo.

Abel não mudou uma única peça na equipa que perdeu frente ao Ludogorets na passada quinta-feira. Um esquema com quatro defesas que rapidamente se transformava em três, face à profundidade dada por Jefferson. O posicionamento do lateral, convidava João Teixeira - o cérebro da equipa – a pisar terrenos interiores. Por sua vez, Manuel Machado mudou três jogadores em relação ao jogo da Taça de Portugal e apostou num ataque móvel com Zizo, Arsénio e Tozé.

Ainda assim, foi o Sporting de Braga a demonstrar que o desaire europeu não deixou marcas na sua ideia de jogo. Futebol apoiado, movimentações e trocas constantes, ideia de jogo bem vincada. Foi agarrado a essa interpretação de jogo que a equipa bracarense começou a partida. Com João Carlos Teixeira como o artista de todos os desenhos ofensivos, o Sp. Braga criou oportunidades em catadupa.

Paulinho, João Teixeira e Fransérgio foram os rostos da incapacidade do Sporting de Braga em materializar o ascendente nos vinte minutos iniciais da partida. Os cónegos sustiveram o ímpeto inicial do adversário e começaram a esboçar tímidas aproximações à baliza de Matheus. A exceção foi mesmo um disparo de Zizo que saiu a rasar o travessão e chegou verdadeiramente a assustar.

O crescimento do Moreirense  acabou, naturalmente, por equilibrar o jogo e retirar-lhe agitação tão intrínseca a dérbis. A formação de Abel pareceu ter esquecido as promessas de bom futebol exibidas durante a primeira vintena de minutos, acabando presa na bela organização dos cónegos.

E, nem nos primeiros minutos do segundo tempo, conseguiu libertar-se das amarras. Passes errados, decisões precipitadas e lances invariavelmente perdidos, perante um Moreirense confortável no jogo e que conseguiu ter algum ascendente. Duelos ganhos, inteligência nas saídas para o ataque, em suma, ligeira supremacia da formação orientada por Manuel Machado.

Abel tentou agarrar a equipa ao jogo e lançou Fábio Martins, substituição que se acabou por revelar decisiva no desfecho do encontro. Aliás, quem se dá ao luxo de ter jogadores como Ricardo Horta, Xadas, André Horta ou o próprio Fábio Martins no banco, está sempre mais perto de eventualmente vencer o jogo com uma troca.

Argumentos diferentes, competição idêntica.

Ricardo Horta entrou para o lugar do apagadíssimo Hassan e os bracarenses começaram a ensaiar o derradeiro assalto à baliza de Jhonatan. As oportunidades começaram a surgir, de forma consecutiva até e adivinhava-se o golo bracarense.

Jhonatan, com uma exibição assombrosa, ia adiando o que aparentemente era inevitável. Parou os remates de Paulinho e Ricardo Horta, mas nada conseguiu fazer perante a classe de Fábio Martins, em cima do minuto noventa. Servido por Paulinho, o extremo surgiu na cara de Jhonatan e com um toque com a parte exterior do pé, carimbou a diferença no marcador.

Esse golo deixa a formação visitada no fundo da tabela e sem conhecer o sabor do triunfo diante do seu público. Por sua vez, este triunfo arrancado a ferros atira o Sporting de Braga para o quarto lugar por troca com o Marítimo. E, acima de tudo, prova que há e continuará a haver sempre espaço para as individualidades marcarem a diferença.

Moreirense-Sp. Braga, 0-1 (destaques)
Classe de Fábio Martins a resolver.
Vítor Maia

A Figura: Fábio Martins

Substituiu João Teixeira, o melhor do Sporting de Braga até então. E em boa hora Abel Ferreira o lançou, diga-se. Assumiu o papel de herói ao apontar o tento solitário do encontro, ao desviar com classe, um cruzamento de Paulinho. Ganhou várias vezes a linha final, porém, nem sempre definiu da melhor forma. Precisa de minutos para continuar a crescer, porque o talento, esse, está todo lá. Uma exibição a reclamar um lugar no onze, sem dúvida.

O Momento: minuto 90,  pura classe de Fábio Martins

O empate parecia o desfecho natural do jogo. É verdade que o Sporting de Braga dispusera de várias ocasiões para inaugurar o marcador, contudo, essas tentativas em força, ora saíam longe do alvo, ora Jhonatan agigantava-se e conservava o nulo no marcador. Porém, eis que Fábio Martins tentou algo diferente dos seus colegas: rematar em jeito. Acabou por ter sucesso. Cruzamento de Paulinho no lado direito, com o extremo a desviar a bola de Jhonatan, com a parte exterior da bota. Momento de classe pura, seguido de uma explosão na bancada atrás da baliza.

Outros destaques:

João Teixeira:

Está confiante, é notório na forma como joga. Bola colada ao pé direito, cabeça levantada e lampejos de classe: é um regalo vê-lo jogar. Abel dá-lhe liberdade para pisar terrenos mais interiores e é nesse espaço que se sente mais cómodo. Com uma  capacidade de passe acima de média, criou as melhores jogadas ofensivas da sua equipa, embora nem sempre os seus colegas lhes tenham dado o melhor seguimento. O pontapé de primeira após cruzamento de Esgaio é sintomático da qualidade técnica que possui. Quiçá, seja esta a sua época de maturação plena. Foi substituído à passagem da hora de jogo, numa altura em que os níveis de agressividade da partida aumentaram.

Rafael Costa:

Não é possante, nem um box-to-box. É sim, um jogador com características especiais. Interpreta o futebol como um jogo de enganos. E, depois, faz uso de uma inteligência e qualidade de passe superiores para servir da melhor maneira os seus companheiros. Nota para a intervenção decisiva a impedir que Paulinho correspondesse da melhor maneira ao cruzamento de Esgaio. Em suma, é o homem da batuta desta Moreirense e um jogador a pedir outros palcos.

Jhonatan:

Seguro fora dos postes, fiável entre eles. Com um punhado de boas intervenções, o guarda-redes do Moreirense foi o principal responsável pelo empate registado ao intervalo. Na retina ficou a defesa absolutamente assombrosa a remate de Ricardo Horta em cima da linha de golo, já na etapa complementar. Recrutado ao Joinville, está-se a afirmar como um dos bons guarda-redes da Liga.

Tozé:

Vagabundo na frente de ataque durante o primeiro tempo, médio ofensivo na etapa complementar e o mesmo desempenho. Foi o jogador que mais agitou o ataque da formação de Moreira de Cónegos. Velocidade, visão de jogo e técnica apurada ao serviço do coletivo, está a aproveitar cada minuto desta cedência ao clube minhoto. Saiu numa altura em que Manuel Machado procurou dar mais consistência ao meio-campo.

Ricardo Ferreira:

Tempo de corte perfeito, concentração nos limites. Desempenhou o papel de último homem da linha defensiva na perfeição. Não perdeu um único lance para os seus oponentes e tem todas as condições para se afirmar como o patrão da defesa bracarense. Em suma, justificou a titularidade.

Abel: «A melhor parte da viagem não é o destino, mas sim o caminho»
Vítor Maia

Abel Ferreira, treinador do Sporting de Braga, em declarações no Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo pela margem mínima frente ao Moreirense:

«A sorte protege os que trabalham duro. Protege aqueles que sabem o que fazem dentro do campo e os que insistem, mesmo sabendo que não vão ganhar sempre. A nossa exigência assim o obriga. Na minha perspetiva acabou por ser uma vitória curta face ao que produzimos. O Moreirense procurou surpreender-nos com uma linha de cinco defesas. Conheço o Prof. Manuel Machado há muito tempo, pontualmente, adapta-se à forma de jogar do adversário. Criámos nuances durante o jogo que nos permitiram criar oportunidades de golo suficientes para chegar ao intervalo na frente. Vitória da persistência de uma equipa que só tem um chip: jogar para vencer, contra quem for, onde for.

Tradicionalmente, o Sporting de Braga tem sofridos vários dissabores neste campo. Hoje, de forma categórica, mas suada, garantimos os três pontos.»

[Vitória importante para subir ao quarto lugar]:

«Costumo dizer que a melhor parte da viagem não é o destino, mas sim o caminho. Sabemos o nosso destino, mas até lá chegarmos, temos de aprender, disfrutar e lutar. Foi uma vitória justa, repito. Só vamos chegar ao nosso destino em maio, até lá, temos de continuar firmes e fortes. Temos de cimentar processos e ganhar mais confiança na ideia de jogo. É com esta alma, capacidade física, táctica e técnica que vamos defrontar todos os adversários. Sabemos que não vamos vencer sempre, mas esta tem de ser a nossa identidade.»

[Exibição do Jhonatan]:

«O Jhonatan foi adiando como pôde o nosso golo. Fez uma grande defesa a remate do Horta e conseguiu adiar o que se estava a adivinhar. Foi uma vitória justa da nossa parte, mas não deixa de ser verdade que o Jhonatan fez uma boa partida.»

Maisfutebol

JotaCC

Abanão de Horta despertou "guerreiros" para a vitória
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Fábio Martins mudou sorte no último instante de uma noite que parecia decidida pelo instinto de Jhonatan

Salvo pelo gongo, o Sp. Braga instalou-se no cadeirão destinado ao quarto grande, gentilmente cedido pelo Marítimo, com um triunfo por 1-0 no campo do Moreirense. Esta vitória é momento crucial para as legiões comandadas por Abel Ferreira, cuja convicção não saiu abalada da derrota para a Liga Europa, como se infere da repetição do "onze" no regresso ao campeonato. Já a equipa de Manuel Machado, continua presa ao fundo da tabela. À confiança depositada por Abel nos mesmos "guerreiros" que capitularam frente ao Ludogorets, respondeu a equipa com uma entrada personalizada, a que só faltou o brilho do golo de Fransérgio (21') — na oportunidade mais flagrante, negada por Jhonatan — para ser verdadeiramente triunfante. O Moreirense, ainda à procura da primeira vitória caseira (só venceu um jogo, no Estoril, para a Liga), apresentou três alterações em relação às escolhas da Taça de Portugal, em Canelas. Mas Manuel Machado percebeu rapidamente que seria preciso apresentar mais do que uma boa organização para poder dar profundidade ao jogo e conseguir importunar Matheus.
Não surpreendeu que os "cónegos" só com mais de meia primeira parte disputada fossem capazes de penetrar com perigo na área bracarense, graças a um bom pormenor técnico de Tozé que Zizo tentou completar, mas que o corte providencial de Vukcevic desviou por cima da barra. Tozé tentaria mais uma vez, sem êxito, da mesma zona e o Moreirense resumia, assim, a primeira metade a dois momentos de relativo perigo, para além de um mergulho de Koffi, aos pés de Matheus, mas sem direito a penálti.
Para trás ficara, entretanto, o ensaio do Sp. Braga, a que nem Paulinho ou João Carlos Teixeira conseguiram dar sentido prático. O Sp. Braga acabaria por se perder no labirinto moreirense e esgotar a centelha e o fulgor iniciais, apesar das diligências e da insistência de Esgaio, principal municiador do ataque, que acabou também por render-se com o decorrer da segunda parte, em que foi notória a quebra de influência "arsenalista".
Sem ideias nem fluidez, o Sp. Braga caminhava a passos largos para um desfecho tão desinteressante quanto o jogo produzido, que só um cabeceamento de Ricardo Horta teve o condão de sacudir. Mas Jhonatan voltava a negar o golo aos bracarenses, com duas defesas de puro instinto e alguma sorte. O lance acabou por despertar o instinto guerreiro do Sp. Braga, que aos 90' alcançaria a vitória, numa finalização de Fábio Martins mesmo no limite.

PUBLICO

Bruno3429

«O ruído em torno do VAR não ajuda nada» - António Salvador
Pedro Lobão

O último fim de semana voltou a ficar marcado por algumas críticas à arbitragem e ao funcionamento do videoárbitro, mas esta terça-feira, à margem da apresentação do cartão de saúde do SC Braga, António Salvador apelou à calma e à compreensão.

«Há situações a corrigir mas percebemos que é uma ferramenta nova que esta época começou a estar ao serviço do futebol. Agora é preciso afinar mas o ruído que se faz à volta dela também não ajuda nada. É preciso haver alguma compreensão para que a cada fim de semana possa servir melhor os interesses do futebol», argumentou.

Num tom apaziguador, o líder dos bracarenses apelou ainda ao diálogo quando confrontado com a possível greve dos árbitros nos jogos da Taça da Liga.

«Acho que isto não é bom para o futebol nem para a categoria. Deveria ter havido diálogo para que não se chegasse a este ponto. É uma situação que a Liga, a Federação Portuguesa de Futebol e a APAF devem resolver e creio que ficará resolvido a seu tempo», afiançou.

A Bola

Bruno3429

#8
Salvador: «Este plantel tem o nível do que foi à final da Liga Europa»
Presidente e treinador do clube bracarense mostraram-se ambiciosos na apresentação do Cartão de Saúde do SCBraga
Bruno José Ferreira

O moral está em alta em Braga. O triunfo em Moreira de Cónegos valeu a subida ao quarto lugar, o que confirma o bom arranque de época que a equipa bracarense está a protagonizar. À margem da apresentação de um novo produto do clube, o Cartão de Saúde do SC Braga, António Salvador comparou esta equipa com a que chegou à final da Liga Europa e Abel Ferreira deu a entender que acredita que se podem estar a construir bases para no futuro chegar ao título.

«Não queremos que o Sp. Braga seja só um clube de futebol, mas que tenha uma dimensão social e que traga vantagens aos associados. É mais um passo importante, não só na área desportiva mas também social», começou por dizer António Salvador sobre a iniciativa em causa.

Falando em futebol, o líder máximo do Sp. Braga referiu que este plantel pode atingir o nível do plantel que em 2011 disputou a final da Liga Europa. «Este plantel é um dos mais jovens de sempre do Sp. Braga e, se não o mais jovem, é um dos mais jovens da Liga. Disse depois da derrota em Setúbal que este é um dos melhores planteis que o Braga teve nos últimos dez anos, provavelmente ao nível daquele que foi à final da Liga Europa. Reafirmo que, podendo ainda não ser uma verdadeira equipa como a que foi à final, acredito que com o passar do tempo iremos chegar ao nível desse plantel», sublinhou.

Um discurso ambicioso acompanhado por Abel Ferreira, embaixador do Cartão de Saúde do SC Braga. O técnico foi questionado se o título passa pela cabeça dos responsáveis, respondeu que a distância é grandes e acrescentou que são necessárias bases sólidas.

«Já ouviram falar muitas vezes numa palavra, que é equilíbrio. Entendo que essa seja a ambição, o sonho, mas sabemos que a distância para a realidade é grande. Começámos a construir uma equipa com catorze jovens jogadores, talvez sejamos das equipas mais jovens da Europa, portanto temos de construir bases sólidas e quando chegar a altura de assumir esse objetivo serei o primeiro a encarar essa ambição e essa força. O que queremos agora é manter-nos focados nos objetivos assumidos para esta época e nada nos vai desviar disso», atirou.

Para já o treinador foca se nos objetivos desta época. «Acima de tudo sempre esperei compromisso desta equipa. Não vou fugir nem um milímetro daquilo que são os objetivos traçados coletivamente no início: queremos lutar pela Taça da Liga, queremos lutar pela Taça de Portugal, queremos passar à fase seguinte da Liga Europa e queremos acabar nos quatro primeiros. São objetivos muito claros e é por isso que vamos lutar sabendo que o caminho é longo e duro», concluiu.

Maisfutebol