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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 08/05

Started by Bruno3429, 08 de May de 2016, 08:13

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Bruno3429

SC Braga empata em Coimbra e assegura o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa
Paulo Machado

Jogo de emoções fortes, com a pressão sobre os homens de Coimbra, mas neste exame fulcral o SC Braga passou com distinção. Nota suficiente, ao garantir o ponto que virtualmente garante o quarto lugar no campeonato da I Liga de futebol, e consequente apuramento directo para a fase de grupos da Liga Europa.A ausência de golos, no entanto, não espelha o jogo que assistimos no Estádio Cidade de Coimbra, dado o ritmo empregue pelas duas equipas no plano ofensivo.

O SC Braga assumiu as despesas do encontro, com Wilson Eduardo e Josué a ameaçar as redes de Pedro Trigueira. No lance mais perigoso dos bracarenses no primeiro tempo, aos 19 minutos, Wilson Eduardo aproveitou uma desatenção da defesa da casa, depois de um longo passe de Marafona, isolando-se diante da baliza e só uma grande defesa do guarda-redes Pedro Trigueira evitou a alteração no marcador.
Minutos depois, Pedro Nuno e Gonçalo Paciência comandaram a reacção da formação de Coimbra, com um remate por cima e para defesa apertada de Marafona. A partir daí, a Briosa estancou o ascendente bracarense. Mas, com o jogo mais emaranhado no meio-campo, não se viram novas ocasiões até ao intervalo.

Na entrada para o segundo tempo, a história foi quase semelhante ao primeiro tempo. A emoção regressou no início da segunda parte, com um remate ao lado de Josué, seguido de um tiro ao poste de Gonçalo Paciência (47 m). Oito minutos depois, o mesmo jogador forçou Marafona a mais uma defesa aparatosa com as pernas, num remate de longe. O guarda-redes do SC Braga registou um regresso em bom plano à baliza, pautando-se como um dos melhores elementos em campo.
Apesar da ousadia revelada pela equipa da casa, o SC não se acomodou ao empate.

Na baliza da Académica, por isso, foi a vez de Pedro Trigueira mostrar serviço, com uma defesa soberba a desviar para canto um livre perigosíssimo de Josué (76 minutos). Depois, no seguimento do novo lance de bola parada, Hassan cabeceou à barra. Paulo Fonseca decidiu apostar com as entradas de Stojiljkovic e Alan, que acabaram por dar dinãmica à equipa. Mas a pressão estava sobre os estudantes, na iminência de descerem de divisão.

No jogo do tudo ou nada, naturalmente, Filipe Gouveia arriscou tudo, reforçando a linha de ataque. Uma vez mais foi Gonçalo Paciência a destacar-se (84 m), num remate que Marafona desviou para a barra. Neste duelo entre o guarda-redes bracarense e o avançado de Coimbra, foi o minhoto quem levou sempre a melhor. Apoiados pelo público, que marcou presença em grande número, os estudantes lutaram até ao fim.

Mas chumbaram no exame final e confirmou-se a despromoção para a II Liga. O SC Braga, por sua vez, tem quase garantido o quarto lugar no campeonato, uma vez que detém uma vantagem de destaque sobre o Arouca (mais 14 golos), quando faltam disputar ainda dois jogos para o final da competição. E com este feito está igualmente selado o apuramento directo para a fase de grupos da Liga Europa.

Paulo Fonseca: "Confirmámos um dos objectivos da época"

Paulo Fonseca continua a fazer história no SC Braga e, ontem, deixou transparecer o sentimento de dever cumprido, embora não descure o que ainda está por conquistar.
"Um dos nossos objectivos era conseguir qualificação directa para a Liga Europa e isso está praticamente consumado, com uma diferença de golos de 14 a mais do que o Arouca. Fazer mais pontos do que a época passada não era um objectivo traçado", esclareceu, "queríamos era fazer uma melhor segunda volta do que a primeira e conseguimo-lo. Tal como conseguimos ficar nos quatro primeiros, que era nossa intenção desde início do campeonato, sabendo que era muito difícil ficar nos três primeiros", salientou o treinador.

Paulo Fonseca deixou ainda uma palavra de consolo ao adversário. "Lamento a descida da Académica, é um clube que faz falta à I Liga e espero que suba no próximo ano. Nós, confirmámos aqui um dos objectivos da época. Podíamos ter vencido. A Académica também teve oportunidades, mas foi um jogo sempre sob nosso domínio, com eles a defender mais baixo e procurarem desequilíbrios nossos para sair em contra-ataque", comentou o treinador do SC Braga. No horizonte, agora, está o jogo com o FC Porto (Taça) e ainda o Sporting (Campeonato). "Agora, queremos preparar o próximo jogo, com o Sporting, só depois disso pensaremos no jogo da Taça", apontou ainda Paulo Fonseca.

Correio do Minho

Bruno3429

Académica-Sp. Braga, 0-0 (crónica)
A Balada da Despedida soou ao fim de uma tarde sem golos
Por Redação   

«Sentes que um tempo acabou / primavera de flor adormecida / qualquer coisa que não volta, que voou / que foi um rio, um ar, na tua vida»: o tom é de fim de ciclo, há lágrimas nos rostos, o desfecho é incontornável. A Académica despediu-se este sábado da Liga, ao empatar 0-0 em casa com o Sp. Braga.

A Balada da Despedida do 5.º ano Jurídico de 1988/89 - com que se inicia esta crónica - é a música mais emblemática da serenata que todos os anos marca um fim de ciclo na vida de muitos estudantes, celebrado na Queima das Fitas de Coimbra.

Este sábado, em pleno período da festa estudantil, foi o seu tom lúgubre que marcou o adeus da Briosa à Liga, 14 anos depois. O Sp. Braga nem precisou de fazer uma exibição excepcional para conquistar um ponto e confirmar virtualmente o 4.º lugar, que lhe vale o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa, mesmo que não vença a final da Taça de Portugal.

O destino tem destas coisas. Calhou que a Académica se despedisse da Liga contra a única equipa que somava mais épocas seguidas do que ela no primeiro escalão do futebol português, além dos totalistas Benfica, FC Porto e Sporting, Ao fim de 14 épocas seguidas na divisão principal, a Briosa regressa à II Liga (de onde saíra em 2002). A certidão de despromoção foi traçada num fim de tarde sem golos.

A primeira parte valeu pela meia hora inicial. A Académica entrou com vontade de contornar o destino que já parecia traçado: logo aos dois minutos, Nii Plange falhou o desvio a um cruzamento perigoso de Aderlan.

No entanto, a iniciativa de jogo e a posse de bola logo passaram para o Sp. Braga. Wilson Eduardo e Josué cedo ameaçaram as redes de Pedro Trigueira. E, no lance mais perigoso dos minhotos no primeiro tempo, aos 19', Wilson Eduardo (antigo jogador dos estudantes) aproveitou uma desatenção da defesa da casa, isolou-se diante da baliza e só uma grande defesa do guarda-redes da Briosa evitou o 0-1.

Minutos depois, Pedro Nuno e Gonçalo Paciência comandaram a reação dos rapazes de preto, com um remate por cima e para defesa apertada de Marafona. A partir daí, a Briosa estancou o ascendente bracarense. Mas, com o jogo mais emaranhado no meio-campo, não se viram novas ocasiões até ao intervalo.

A emoção regressou no início da segunda parte, com um remate ao lado de Josué, seguido de um tiro ao poste de Gonçalo Paciência (47'). Oito minutos depois, o avançado emprestado pelo FC Porto forçou Marafona a mais uma defesa aparatosa com as pernas, num remate de longe.

O Sp. Braga não se acomodou com o 0-0 que o deixa virtualmente (mas não matematicamente) no 4.º lugar - tem seis pontos de avanço sobre o Arouca, igualdade no confronto direto, mas muito melhor diferença de golos. Primeiro, Pedro Trigueira teve de se esticar para desviar para canto um livre perigosíssimo de Josué (76'). Depois, no seguimento do novo lance de bola parada, Hassan cabeceou à barra.

Ainda assim, a Briosa lutou até ao fim. Gonçalo Paciência voltou a ameaçar o golo (84'), num remate que Marafona desviou para a barra. E, empurrados pelo público, ainda com coração mas já sem razão, os estudantes lutaram até ao fim. Isso não bastou: em 2016/17, a Balada de Coimbra será ouvida na II Liga.

Académica-Sp. Braga, 0-0 (destaques)
A garra dos guardiões: Trigueira e Marafona intransponíveis
Por Redação     

Figura: Pedro Trigueira

É sintomático que uma equipa esteja obrigada a ganhar e o seu guarda-redes seja um dos melhores em campo. Trigueira salvou uma mão-cheia de ocasiões de golo do Sporting de Braga e acabou o jogo na área adversária, a tentar o golo que evitasse a confirmação da descida. Se todos tivessem a sua garra e abnegação, provavelmente a Briosa não estaria já condenada à II Liga.

Momento: minuto 84

Quando Marafona desviou para a barra mais um remate de Gonçalo Paciência, esvaíram-se aí as últimas réstias de esperança de a Académica se manter na I Liga. Foi a última grande ocasião de golo dos estudantes, novamente desperdiçada.

Outros destaques:

Marafona: Merecia tanto quanto Pedro Trigueira a distinção de melhor em campo. Por um punhado de vezes, evitou o golo dos estudantes. As suas mãos seguraram o praticamente certo apuramento direto para a fase de grupos da Liga Europa.

Luiz Carlos: Mostrou mais uma vez que é o pulmão do meio-campo bracarense. Incansável, a defender e a atacar, o médio brasileiro comandou as operações dos minhotos, que tiveram sempre mais posse de bola. Algum desacerto de Wilson Eduardo e Hassan na finalização impediu que os esforços do meio-campo minhoto rendessem a vitória.

Gonçalo Paciência: O avançado foi dos estudantes mais inconformados mas não teve sorte: enviou duas bolas ao poste. Essa infelicidade traçou o destino da equipa de Coimbra: a despromoção.


Paulo Fonseca: «Confirmámos um dos objetivos da época»
Académica-Sp. Braga, 0-0 (reportagem)
Por Redação   

Paulo Fonseca, treinador do Sp. Braga, na conferência de imprensa após o empate em Coimbra:

«Lamento a descida da Académica, é um clube que faz falta à I Liga e espero que suba no próximo ano. Nós, confirmámos aqui um dos objetivos da época. Podíamos ter vencido. A Académica também teve oportunidades, mas foi um jogo sempre sob nosso domínio, com eles a defender mais baixo e procurarem desequilíbrios nossos para sair em contra-ataque.»

«Agora, queremos  preparar o próximo jogo, com o Sporting, só depois disso pensaremos no jogo da Taça.»

«Um dos nossos objetivos era conseguir qualificação direta para a Liga Europa e isso está praticamente consumado, com uma diferença de golos de 14 a mais do que o Arouca. Fazer mais pontos do que a época passada não era um objetivo traçado. Queríamos era fazer uma melhor segunda volta do que a primeira e conseguimo-lo. Tal como conseguimos ficar nos quatro primeiros, que era nossa intenção desde início do campeonato, sabendo que era muito difícil ficar nos três primeiros.»

«Quanto à lesão de Boly, vai ser avaliado, vamos ver.»

Maisfutebol

Bruno3429

GOIANO: «QUARTO LUGAR DIFICILMENTE NOS ESCAPA»
Brasileiro viveu um misto de sentimentos

Marcelo Goiano viveu um misto de sentimentos nesta partida de Coimbra. Por um lado, a alegria de ter contribuído para o empate do Sp. Braga: "Matematicamente o objetivo do 4º lugar não está ainda garantido, mas dificilmente nos vai escapar"; por outro lado, triste pela despromoção da Académica, por onde já passou: "Claro que fico triste com a descida da Académica, porque fui muito feliz neste clube."
Sobre o jogo, o brasileiro considerou justo o resultado final: "Sim, acho que foi justo. Foi um jogo aberto, com as duas equipas à procura da vitória, como já estávamos à espera. Ninguém concretizou o objetivo de vencer, e a Académica é que acabou por sair prejudicada, porque desceu."

Record

Bruno3429

Cenário negro da descida em Coimbra
Texto por Luís Rocha Rodrigues

A Académica é a primeira equipa despromovida na Liga NOS, depois de não conseguir mais do que um empate frente ao Braga.

Num jogo de tudo ou nada para a equipa de Filipe Gouveia, as tentativas foram várias, num desafio com bom ritmo e muita emoção.

O perigo andou perto das duas balizas, com os guarda-redes a brilharem e com os postes a serem também intervenientes no desafio.

Se por um lado, a Académica consumou a descida de divisão após 13 épocas no principal escalão do futebol nacional, do outro o Braga virtualmente assegurou o quarto lugar, já que a diferença de golos para o Arouca é enorme.

O fim da partida ditou lágrimas por parte dos conimbricenses, ainda que aplausos à equipa, que tem agora 25 pontos - conseguirá, no máximo, 28, pelo que só o Tondela está ao alcance.

Zerozero

JotaCC

Coimbra em lágrimas na hora da despedida
Académica despromovida 14 anos depois. Sp. Braga tem quarto lugar bem seguro. Arouca garante a estreia nas competições europeias

Desilusão dos jogadores da Académica após o empate com o Sp. Braga. Formação de Coimbra desceu à II Liga

É o adeus de um histórico aos principais palcos do futebol português. A Académica viu ontem consumada a despromoção ao segundo escalão, 14 anos depois, ao empatar sem golos frente ao Sp. Braga. Na hora da despedida, Coimbra teve mais lágrimas do que encanto. Assim que soou o apito final que sentenciou a época dos estudantes, a desilusão apoderou-se dos rostos de vários elementos do plantel. Muitos foram incapazes de conter as emoções, tendo acabado confortados pelos próprios adeptos, a quem agradeciam o apoio durante esta época malograda.
A equipa de Coimbra bem tentou, num último suspiro, inverter o rumo dos acontecimentos. Conseguiu dividir o embate com os bracarenses, mas não alcançou o golo que lhe permitiria chegar à derradeira jornada sem o destino traçado. No final, Fernando Alexandre disse tudo. "Se tivéssemos tido esta entrega ao longo de toda a temporada, a nossa classificação seria diferente", afirmou o capitão, visivelmente emocionado.
Embora boa parte dos adeptos tenha reconhecido o esforço dos jogadores nesta reta final, deixando escapar alguns aplausos, muitos foram os que deram asas à frustração. Várias dezenas fizeram mesmo questão de manifestar a sua insatisfação, brindando a comitiva com críticas e insultos, à saíO da do estádio. Os principais visados foram o treinador, Filipe Gouveia, bem como o presidente, José Eduardo Simões, a quem pediram incessantemente a demissão.
A última vez que a Académica tinha descido de divisão havia sido na longínqua época de 199899. Na altura, despontavam no plantel conimbricense alguns nomes carismáticos do clube, como João Tomás, Pedro Roma ou Mickey. Penou durante três épocas na II Liga até voltar a subir, pela mão de João Alves, fixando-se até hoje entre a elite do futebol nacional.
"É um clube que faz falta à I Liga. No próximo ano vou estar a torcer para que suba", fez questão de sublinhar Paulo Fonseca, que no jogo de ontem esteve no banco adversário. Do outro lado esteve Miguel Pinto, adjunto do castigado Gouveia. "Não foi hoje que descemos. Não foi este jogo que nos fez descer. Tivemos muitos erros que não devíamos ter tido", frisou. Quarto "reservado" O empate que de nada serviu à Académica permitiu ao Sp. Braga igualar os 58 pontos da época passada e "reservar" para si o quarto lugar, um dos principais objetivos delineados no arranque da temporada. O pior que pode acontecer aos arsenalistas é terminar em igualdade pontual com o Arouca. E, como ambos os confrontos diretos entre si terminaram com o mesmo resultado (empate a zero), o critério de desempate seria o goal average, em que o Sp. Braga tem uma folga de 14 golos que é mais do que suficiente. Arouca europeu Quem não precisou de sair do sofá para festejar durante o dia de ontem foi o plantel do Arouca. Graças à derrota do Rio Ave diante do FC Porto, a equipa arouquense assegurou matematicamente a qualificação para as provas europeias.
A presença nas pré-eliminatórias da Liga Europa, em 2016-17, marcará a estreia do Arouca em jogos europeus. Um feito superlativo para a equipa treinada por Lito Vidigal, que ainda há seis épocas militava na II Divisão, o terceiro escalão do futebol português.
Os arouquenses, que só na segunda-feira entram em campo para defrontar o Estoril, assinalou o feito com pompa e circunstância. À boa maneira inglesa, talvez inspirados pela forma como o plantel do Leicester celebrou a conquista da Premier League na casa do avançado Vardy, os jogadores juntaram-se em frente à televisão e publicaram nas redes sociais o vídeo dos festejos.

DN

JotaCC

Sem encanto na despedida
Coimbra Académica despromovida 14 anos depois

A semana mais aguardada do ano em Coimbra, em que se vive a Queima das Fitas, fica marcada, este ano, por um momento de angústia: a Académica confirmou ontem a descida à LigaPro, de onde havia subido, também na semana da festa académica, em 2002.
Jogadores da Briosa choram. Depois, quando abandonaram o estádio, foram insultados pelos adeptos
O ponto final de 14 anos no escalão principal do futebol português foi dado com o empate de ontem, frente ao Braga. Um jogo em que os estudantes até demonstraram vontade de dar a volta à situação, mas a posição aflitiva e os nervos acabaram por definir o destino da formação ontem treinada por Miguel Pinto, por castigo de Filipe Gouveia. Nii Plange e Gonçalo Paciência foram quem os que tiveram as melhores ocasiões para reverter a situação, mas o primeiro não chegou à bola a tempo e o segundo, por duas vezes, acertou nos ferros.
Mais desinibida, a equipa bracarense podia ter tornado a despedida dos estudantes mais amarga. Wilson Eduardo obrigou Trigueira a duas grandes defesas, enquanto a meia distância de Josué causou calafrios. Não faltou também uma bola no ferro, de Hassan, num canto.
Insultos no fim
A balada diz que Coimbra tem mais encanto na hora da despedida, mas o adeus dos estudantes à Liga nada teve de encantador. No final, os adeptos insultaram jogadores e treinador e pediram a demissão do presidente José Eduardo Simões.

JN

JotaCC

MAIS BRAGA NUMA DESPEDIDA BRIOSA
Académica não conseguiu evitar a descida de divisão. Arsenalistas garantiram o quarto lugar


A Académica regressa à II Liga 14 anos depois. Ontem, apesar da muita vontade, não conseguiu vencer um Braga que foi sempre superior. A dor mora em Coimbra

Último lance da partida. Livre para a Académica. Trigueira na área, num amontoado de gente. Os adeptos, todos de pé, gritavam pela Briosa. Era o último fôlego, deles e dos jogadores. O lance morreu nas mãos de Marafona e o estádio silenciou-se. Um silêncio assustador, de dor. Os jogadores caíram no relvado, um a um; a Académica desceu de divisão! Voltava à II Liga, 14 anos depois. O Braga, esse, segurou o quarto lugar, não em definitivo, mas quase (tem uma enorme vantagem de golos sobre o Arouca, o critério de desempate que se aplica neste caso), e garantiu a entrada direta na fase de grupos da próxima Liga Europa.
O jogo foi bom, emotivo, sempre com o Braga por cima, a dominar, e a Académica a apostar tudo no contra-ataque ou num lance de bola parada para manter viva a esperança de levar a decisão para a última jornada. Até podia ter ganho, quando Gonçalo Paciência acertou em cheio na barra (83'), mas os factos mostraram que foi sempre a equipa de Paulo Fonseca que esteve mais perto da vitória. Trigueira, em grande na baliza, manteve o sonho até ao final, com uma mão-cheia de boas defesas, mas depois faltou sempre qualquer coisa para que a Académica saísse viva da partida de ontem. O que sobrou em vontade faltou em qualidade no momento ofensivo. Mas não foi neste jogo que a Briosa desceu de divisão – um empate com o Braga seria quase sempre um bom resultado –, foi nos sete anteriores, em que conquistou apenas dois pontos.
Quanto ao Braga, fez uma exibição competente, atingiu a mesma pontuação da primeira volta (Fonseca tinha dito que queria fazer mais pontos e sobra-lhe o Sporting...), mas está sem vencer fora desde 18 de fevereiro, quando foi ganhar ao terreno do Sion, num total de nove jogos. Muito tempo. Podia ter sido ontem, mas Trigueira evitou o regresso. Sobrou o quarto lugar; segue-se o Sporting e a final do Jamor.



FILME DO JOGO

2' Aderlan ganha espaço na direita, cruza tenso para a entrada da pequena área, mas Nii Plange falha o desvio por pouco. 12' Remate forte de Josué, Trigueira defende com uma palmada. 17' Pontapé longo de Marafona, Iago deixa bater a bola, que lhe passa por cima; Wilson Eduardo fica isolado, remata, mas Trigueira salva a Académica.
23' Gonçalo Paciência atira para defesa difícil de Marafona. No contraataque, Josué remata junto ao poste. 47' Excelente jogada de combinação do Braga, culminada com um remate de Josué a sair perto do poste. 48' Cruzamento de Rafa bem medido, Gonçalo Paciência antecipa-se a André Pinto e atira em bom estilo ao poste. 55' Remate de Gonçalo Paciência, a bola sofre um desvio e Marafona consegue defender com os pés. 76' Livre de Josué.A bola ainda desvia na barreira e Trigueira defende para canto. Na sequência do lance, Hassan cabeceia à barra.
85' Alan isola Hassan, mas Trigueira faz mais uma grande defesa.



LESÃO BOLY EM DÚVIDA PARA A RECEÇÃO AO SPORTING

Boly é o mais recente caso clínico do Braga. O defesa-central saiu durante a segunda parte (64') com suspeitas de uma lesão muscular na coxa esquerda que, a confirmar-se, o afastará dos jogos com o Sporting e FC Porto, da final da Taça de Portugal. Hassan e Stojiljkovic, que estavam em risco de exclusão, não viram o cartão amarelo e estão disponíveis para a receção ao Sporting.



RAIZES GOIANO TRISTE PELOS AMIGOS QUE FEZ NA ACADÉMICA

Marcelo Goiano lamentou a descida da Académica, onde se estreou na I Liga. "Fui muito feliz e fiz muitos amigos aqui, mas é a vida no futebol", reagiu o defesa do Braga, na ressaca de um jogo que "podia ter dado golo para qualquer uma das equipas". "Infelizmente, acabou com a descida da Académica. Ao Braga resta "esperar o resultado do Arouca", mas o quarto lugar já não foge.



Trabzonspor insiste
Clube turco esteve em Coimbra, no jogo com a Académica, a observar jogadores do Braga

Os turcos do Trabzonspor tem cinco jogadores do Braga referenciados, além do treinador Paulo Fonseca, na lista de potenciais reforços

O Trabzonspor, que segundo a imprensa turca pretende assegurar os serviços de Paulo Fonseca para a próxima temporada, enviou um representante a Coimbra para assistir ao jogo de ontem. Para além do anunciado interesse no treinador, tem sido ainda noticiada a intenção da equipa do português Bosingwa e do paraguaio Óscar Cardozo avançar para a contratação de vários jogadores do Braga, como são os casos de Boly, Goiano, Mauro, Vukcevic e Hassan. Para além do Trabzonspor, também estiveram no Estádio Cidade de Coimbra representantes do Atalanta (Itália), Guingamp (França), Steaua Bucareste (Roménia) e ainda do Tondela, que recebe a Académica na próxima jornada do campeonato.



Benfica é que lucrou com a arbitragem "piscarrética"

Como adepto do Braga, é difícil dizer que clube prefiro que ganhe. Preferia mesmo é que não houvesse campeão. Pode ser?

Ao fim de muitas crónicas neste meu espaço no jornal O JOGO, lá terei que falar de arbitragens. Tentei nunca o fazer, na verdade, mas existem momentos em que é impossível deixar passar em claro este tema. E o que se passou com o SC Braga nos dois últimos jogos faz com que seja obrigatório falar dos árbitros. Foram dois jogos bem diferentes, no que à arbitragem diz respeito (e não só, pois ganhámos um jogo e perdemos outro), por isso irei analisá-los em separado. Para o jogo contra o Vitória de Setúbal, para a Liga NOS, viajou do Algarve um árbitro de nome Piscarreta. A arbitragem foi má, mesmo má. Muitos erros, penálti mal assinalado, muitos cartões amarelos sem motivo aparente, expulsões inacreditáveis, etc...Foi tão má a arbitragem que teve o mérito de consensualizar o juízo que os treinadores das duas equipas fizeram sobre a atuação do árbitro, no final do encontro: para o treinador do Vitória de Setúbal, a marcação do (inexistente) penálti contra a sua equipa não se compreende; além disso, as expulsões dos jogadores do Braga aparecem, para Quim Machado, unicamente para compensar o penálti mal marcado. Já Paulo Fonseca insurge-se contra os nove amarelos mostrados aos seus jogadores, muitos dos quais sem motivo, com ênfase para as duas inacreditáveis expulsões em lances que nem falta foram. Ora, se a arbitragem não agradou nem a uns nem a outros, então ninguém saiu beneficiado. Ninguém? Será mesmo? Se seguirmos o ensinamento de Noam Chomsky, para quem a resposta a muitas questões sobre a sociedade moderna passa pela pergunta "quem lucra?", então poderemos considerar que quem "lucrou" com tal arbitragem "piscarrética" foi o clube que de seguida iria enfrentar o Braga, pois ficou com a certeza de que nem Ricardo Ferreira nem Vukcevic poderiam entrar no jogo. E assim passamos ao jogo da Taça da Liga contra o Benfica. Para o jogo da Luz contra o SL Benfica, Vítor Pereira entendeu nomear Tiago Martins, um verdadeiro prodígio da arbitragem portuguesa. Na verdade, ainda que o Regulamento da FIFA para licenciamento de árbitros internacionais refira expressamente que os árbitros designados "devem ter arbitrado regularmente na principal divisão do seu país durante pelo menos dois anos", Tiago Martins, quando foi designado para internacional, tinha dirigido, ao que parece, apenas... 2 jogos na divisão principal de futebol (?!). Independentemente disso, a verdade é que a dualidade dos critérios no que respeita a faltas a meio campo, cartões, ou lances interrompidos pelo árbitro, sempre que o Braga criava perigo, sem que ninguém conseguisse perceber porquê, mesmo com recurso à repetição em câmara lenta, e principalmente à marcação dos fora de jogo foi incrível e gritante (e condicionou o resultado do encontro): pelo menos 4 fora de jogo assinalados indevidamente ao Braga, daquelas jogadas em que os jogadores ficam isolados, na cara do golo... ao contrário, nunca havia fora de jogo e mesmo o 2.º golo do Benfica, em fora de jogo (milimétrico, é certo), não é assinalado, com um critério totalmente distinto do que foi utilizado nas jogadas de perigo do Braga. Aliás, até parecia uma ação concertada entre Benfica e árbitros: na segunda parte, em que o Benfica sobe as suas linhas defensivas, jogando praticamente com os seus centrais junto da linha de meio campo, cada bola colocada nas suas costas tinha sempre o correspondente "levantar da bandeira" do fiscal de linha. Mau demais... Quando me perguntam, como adepto do Braga, qual o clube que, neste campeonato, prefiro que o ganhe, a resposta é bem difícil: de um lado, temos o Sporting com o "Presidente-adepto da claque", que dispara contra tudo e todos, um verdadeiro Iznogoud, que só quer califa no lugar do califa-Benfica, apoiado por um Octávio Machado no limiar da inimputabilidade desportiva e o egocêntrico treinador JJ, o "automelhor treinador do mundo"; do outro lado, o hegemónico, monopolista e tentacular SL Benfica, a lançar mais uma OPA sobre o futebol português. Preferia mesmo é que nenhum ganhasse, que este ano não houvesse vencedor. Pode ser?

O JOGO