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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 30/03

Started by JotaCC, 30 de March de 2016, 09:27

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JotaCC

Só Vukcevic alinhou todo o jogo na seleção

Vukcevic foi o único dos internacionais da equipa arsenalista chamados às diferentes seleções nacionais que ontem foi utilizado a tempo inteiro. O médio montenegrino jogou os 90 minutos no encontro amigável que a sua seleção disputou com a Bielorússia e que terminou com um empate sem golos.
No campo quase oposto esteve Stojiljkovic. O avançado sérvio entrou apenas no período de descontos, no jogo particular que a Sérvia realizou diante da Estónia.


Nuno Almeida dirige jogo grande

O algarvio Nuno Almeida foi o juiz escolhido pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol para dirigir a receção do Benfica ao Braga, agendada para depois de amanhã, no Estádio da Luz. Na segunda- feira, o dérbi entre Sporting e Belenenses, no Restelo, terá arbitragem de Tiago Martins, de Lisboa, enquanto a deslocação do Tondela ao Estádio do Dragão será dirigida pelo setubalense Bruno Esteves. O portuense Rui Costa apitará, sábado, o Vitória de Guimarães-Boavista.

JN

JotaCC

Paulo Fonseca prepara visita à Luz ainda sem quarteto de luxo

O plantel do SC Braga recebe hoje quatro reforços de peso na preparação para o jogo com o Benfica, na sexta-feira, naquele que será o grande confronto da 28.ª jornada da I Liga Portuguesa de futebol. Os internacionais Rafa, Hassan, Stojiljkovic e Vukcevic apresentam-se na pedreira, depois dos serviços prestados às respectivas selecções.
No entanto, deste quarteto de luxo dos Guerreiros do Minho, que aumenta em flecha o potencial da equipa comandada por Paulo Fonseca para a visita ao reduto das águias, apenas o extremo português, Rafa, deverá integrar, sem limitações, o treino da equipa arsenalista marcado para esta manhã, uma vez que foi o que teve a viagem mais curta, relativamente ao jogo de ontem de Portugal com a Bélgica, disputado em Leiria.
Os restantes internacionais, com viagens mais longas, Hassan (Egipto), Stojiljkovic (a Sérvia jogou na Estónia) e Vukcevic (Montenegro) deverão ser poupados ao treino matinal e apenas fazer recuperação física.
Ontem, Paulo Fonseca orientou o treino, naturalmente, ainda sem estes internacionais e sem o avançado Rui Fonte, que continua a recuperar de lesão.
O plantel do SC Braga prossegue hoje a preparação para a deslocação à Luz, com mais uma sessão de treino às 10 horas da manhã, à porta fechada.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

SELEÇÕES SÓ NÃO POUPARAM VUKCEVIC
Hassan não jogou na vitória do Egito e Stojiljkovic entrou nos descontos do triunfo da Sérvia. Rafa também ficou no banco

Depois de terem sido titulares no primeiro jogo das respetivas seleções, só Vukcevic repetiu a presença no onze durante a ronda de ontem. O médio deve agora ser poupado do embate na Luz...



Apontado à titularidade no jogo decisivo do Egito frente à Nigéria – que acabou por qualificar os egípcios para a fase final da CAN'2017 –, Hassan nem sequer se sentou no banco de suplentes na partida de ontem, depois de ter feito parte do onze inicial no confronto da última sexta-feira.A opção do selecionador, o argentino Héctor Cúper, causou enorme estranheza no Egito, até porque não foi apontado qualquer problema de ordem física para justificar esta ausência – ainda que no final da primeira partida ele tenha dito que teve de queimar as substituições na Nigéria com jogadores cansados, e Hassan foi mesmo o primeiro a sair.Ao que tudo indica, no entanto, a ausência do ponta de lança do Braga aconteceu por mera opção técnica, tal como sucedeu com Stojiljkovic, que jogou apenas os minutos de compensação da vitória (1-0) da Sérvia sobre a Estónia. Os dois avançados estão aparentemente frescos para o embate da Luz, tal como acontece com Rafa, que também não jogou ontem por Portugal.
No que diz respeito aos internacionais, apenas Vukcevic causa alguma apreensão nos responsáveis do Braga. O médio repetiu ontem a titularidade nas eleção de Montenegro–venceu (1-0) a Bielorrússia e, mais do que isso, voltou a completar a totalidade da partida, devendo agora ser poupado no Estádio da Luz.As alternativas ao médio também oferecem totais garantias a Paulo Fonseca, pelo que a aposta para o centro do meiocampo deverá recair em Mauro e Luiz Carlos.
Quanto ao resto, o Braga vai, ao que tudo indica, apresentar a equipa na máxima força no Estádio da Luz, até porque entende-se que é preciso readquirir ritmo competitivo antes do embate com o Shakhtar Donetsk, havendo, ao mesmo tempo, quase uma semana para recuperar do esforço despendido no jogo com o Benfica.



MINUTOS
180
Vukcevic jogou a totalidade dos dois jogos de Montenegro e dificilmente jogará de início na partida da Luz. Luiz Carlos e Mauro apontam à titularidade



Quarto lugar nos... convocados

Nas últimas 30 listas de jogadores chamados à seleção portuguesa, o Braga foi o quarto clube com mais convocatórias, um total de 59. Neste ranking, o Sporting é o clube que mais jogadores colocou na seleção principal (83), seguindo-se o Real Madrid (79) e o FC Porto (68). Zenit (47) e Benfica (40) seguem atrás do Braga. Na última convocatória para os confrontos com a Bulgária e Bélgica, os arsenalistas tiveram apenas um jogador, Rafa, isto apesar de Paulo Fonseca ter apresentado recentemente uma lista de sete possíveis candidatos.



TREINO TRÊS BÊS PARA SUPRIR AUSÊNCIAS

O treino de ontem, que decorreu mais uma vez à porta fechada, contou com a presença de três jogadores da equipa B, o central Artur Jorge, o extremo Alex Alcântara e o ponta de lança Carlos Fortes. Novamente sem os quatro internacionais que estiveram ao serviço dos respetivas seleções, Paulo Fonseca orientou um treino vespertino sem o lesionado Rui Fonte.



REGRESSOS
4

Rafa já vai participar no treino matinal de hoje, ao contrário de Vukcevic, Stojiljkovic e Hassan, que vão passar o dia a viajar. Os três jogadores só treinam amanhã com o plantel



Fonseca ganha a Vitória e perde com o Benfica
Ascendente sobre o treinador de nada valeu na primeira volta

O clube da Luz continua a ser o único que o Braga ainda não conseguiu sequer empatar nesta temporada; sexta-feira terá a primeira de duas oportunidades...

A derrota com o Benfica no jogo da primeira volta foi a primeira da carreira de Paulo Fonseca nos confrontos com Rui Vitória, sobrando nos restantes nove jogos entre os dois mais quatro vitórias e cinco empates para o atual treinador do Braga. A verdade é que os golos de Pizzi (3') e Lisandro López (11') na partida da Pedreira também transformaram o Benfica na única equipa que o Braga ainda não conseguiu sequer empatar ao longo desta temporada. O jogo de depois de amanhã no Estádio da Luz será a primeira de duas oportunidades que os arsenalistas terão para o fazer, tendo em conta que, após este embate para o campeonato, vai seguir-se outro (ainda sem data) para as meias-finais da Taça da Liga. Fazer uma boa exibição e garantir um bom resultado nesta sexta-feira são, obviamente, os objetivos dos minhotos, até como forma de ganharem confiança para a discussão que se segue com o Benfica, que vale a presença numa final da Taça da Liga. A questão aqui é que, apesar de Paulo Fonseca ter um ascendente sobre Rui Vitória, sucede precisamente o contrário nos confrontos com o Benfica. Ao longo destes anos, o treinador do Braga encontrou as águias em oito ocasiões, mas perdeu em seis, empatou uma e ganhou outra, precisamente na época passada, ao serviço do Paços de Ferreira, com um golo de penálti marcado no último minuto por Sérgio Oliveira.


JOGOS
8
Nos oito confrontos com o Benfica, Paulo Fonseca venceu apenas um, empatou outro e perdeu seis, um deles na visita à Luz quando treinava o FC Porto



Que Braga no Estádio da Luz?

Em vésperas de um confronto europeu com o Shakhtar e com quatro jogadores desgastados pelos jogos das seleções, Miguel Pedro e José João Torrinha falaram sobre as opções de Fonseca para a partida com o Benfica...


Miguel Pedro José João Torrinha

Jogar com a melhor equipa ou poupar alguns jogadores? A pergunta é legítima e mereceu discussão no Minho Futebol Clube. Miguel Pedro não tem dúvidas de que o Braga vai "entrar para ganhar" no Estádio da Luz, independentemente do onze que Paulo Fonseca apresentar. "Tem sido assim ao longo de toda a época", disse. "Apesar disso, penso que o Paulo Fonseca não vai mexer muito, pelo menos na defesa e no meio-campo. No ataque a história pode ser diferente; pode poupar um dos avançados e jogar com o Wilson Eduardo, que até é melhor no contra- ataque", defendeu. José João Torrinha considera a questão pertinente. "É uma situação difícil de gerir, porque estes jogos dizem sempre muito aos adeptos. No entanto, analisando friamente, esta partida vale pouco para o Braga, que tem o quarto lugar garantido. O que interessa é a eliminatória com o Shakhtar", disse.
Para o adepto vitoriano, houve uma notícia que o deixou agradado: a reunião agendada para esta semana entre Sérgio Conceição e Júlio Mendes com o objetivo de abordar a questão da renovação de contrato. "Essa é uma boa notícia, independentemente do resultado. Preferia que o Sérgio Conceição continuasse na próxima época, mas o que quero mesmo é que esta situação se decida de uma vez por todas", sublinhou José João Torrinha.



RAFA

"Foi um dos melhores da Seleção no jogo com a Bulgária. Se Fernando Santos optar por aquele sistema tático, Rafa até é um sério candidato a ser titular no Euro'2016" — MP
"Não tenho dúvidas de que Rafa é um dos jogadores que estão certos na lista final para o Euro'2016" — JJT



JOSUÉ E OTÁVIO
"Otávio é um craque e é natural que o FC Porto o queira de volta, até porque não têm nenhum jogador com aquelas características" — JJT
"Por vezes até torcemos para que os emprestados joguem mal, para ficarmos com eles. Josué foi um grande reforço" — MP


EUROPA
"O Braga teve uma grande subida no ranking de clubes da UEFA e é cada vez mais conhecido pelos adeptos de futebol por essa Europa fora" — MP

O JOGO


JotaCC

Entrevista a Mauro: «Peseiro é agitado, Fonseca é inteligente»
Exclusivo com o médio do Sp. Braga, homem de confiança de Paulo Fonseca

Paulo Alves, José Peseiro, Jesualdo Ferreira, Jorge Paixão, Sérgio Conceição, Paulo Fonseca. Mauro já trabalhou com vários treinadores em Portugal e ficou com uma boa ideia de todos eles.
Em entrevista ao Maisfutebol, antes da visita do Sp. Braga à Luz, o médio brasileiro fala sobre esses técnicos e aproveita para explicar o que Fonseca – o treinador atual – pede aos jogadores que atuam na sua posição. No coração da equipa.
Mauro, 25 anos, leva 27 presenças em jogos oficiais e é um dos homens de confiança de Paulo Fonseca. Uma personagem discreta, até introvertida, e que merece outra atenção mediática.

O que diz aos seus familiares quando fala sobre o Sp. Braga?
«Digo-lhes que o Sp. Braga já é um clube de grande dimensão e ainda em crescimento. Queremos crescer mais e chegar perto dos três grandes. Com trabalho, humildade e ambição vamos lá chegar».

Joga numa posição fulcral. O que pede Paulo Fonseca aos dois médios centro?
«O Paulo Fonseca pede que façamos receção orientada e que nunca joguemos a bola para o mesmo lado. Pede para virarmos o flanco. Trabalhamos muito esse tipo de aspetos. O nosso treinador diz sempre que a melhor forma de defender é ter a bola. Por isso os médios têm de saber segurar a bola e circular».

Já jogou ao lado do Luiz Carlos, do Vukcevic e do Filipe Augusto. São muito diferentes?
«A nossa equipa é muito bem treinada. Jogue quem jogar, sabe perfeitamente o que tem de fazer dentro do campo. O mister fala connosco, pede-nos detalhadamente o que pretende e por isso as coisas correm bem. Ele nunca repete o onze inicial e mantém a equipa competitiva. Para mim é igual jogar com o Luiz, o Vuk ou o Filipe. Não importa quem joga ao meu lado. Não muda nada, a nossa forma de jogar é exatamente a mesma».

Nesta altura joga com regularidade no Sp. Braga. Mas nem sempre foi assim...
«É verdade. Os primeiros seis meses no Gil Vicente, por exemplo foram duros. Valeu-me a ajuda do Guilherme e do Cláudio, dois grandes amigos. Tive de treinar muito e adaptar-me. Foi um ano de aprendizagem».

Foi por isso que saiu de Barcelos? Para jogar mais?
«Achei que era mais fácil jogar na equipa B do Sp. Braga do que no Gil Vicente, que na altura estava na I Liga. O meu interesse maior era competir regularmente. Tinha 21 anos e o Braga deu-me excelentes condições para trabalhar. Correu bem e depois dei o salto para a equipa A com o José Peseiro».

Falemos dos seus treinadores em Portugal. O primeiro foi o Paulo Alves.
«O Paulo Alves é muito tranquilo, está sempre na dele. Gostei de trabalhar com o Paulo».

E com José Peseiro gostou de trabalhar?
«O plantel tinha muita qualidade e tentei agarrar a oportunidade que o Peseiro me deu. Era um treinador que gostava de por a equipa a jogar bom futebol, ofensivo. Um pouco à semelhança do Paulo Fonseca. Não podemos ter medo de ter a bola. Nos treinos e nos jogos o mister Peseiro é um pouco agitado, mas fora é um homem bom, de bom coração».

Mas a sua melhor temporada é com Jesualdo Ferreira.
«No ano seguinte chegou o Jesualdo e aprendi muito com ele. Joguei quase sempre a titular. Aprendi muito com ele, é o verdadeiro professor. Tive com ele, e com o Jorge Paixão, a minha época de afirmação, sem dúvida».

Uma afirmação que deu um passo atrás com Sérgio Conceição. Porquê?
«Tive algumas lesões na época passada. E eu nunca tinha passado por isso. Ganhei ritmo na equipa B e acabei por fazer um bom final de temporada. Só faltou mesmo ganhar a taça. Vamos tentar este ano novamente. Vamos fazer tudo o que podemos».

E de Paulo Fonseca qual é a ideia que tem?
«O mister Paulo Fonseca é muito rigoroso no treino. No balneário dá-nos liberdade, é equilibrado. É muito inteligente, lê bem o jogo e colocou a nossa equipa à imagem dele. Acreditamos nas ideias dele. Tudo o que ele nos passa é importante. Para agora e para o futuro da nossa carreira. É um homem ambicioso»

Quem olha para os seus dados percebe que falta uma coisa...
«Golos, não é? (risos) Na posição em que eu jogo, penso mais noutras coisas. É lógico que quero fazer golos, mas não estou obcecado. Longe disso. Curiosamente, no Jamor quase que marcava, mas passei ao Salvador Agra. Ele estava em melhor posição. Sei que o golo vai aparecer».

O Mauro é dos mais antigos no plantel. É um dos líderes?
«Bem, o nosso grupo é fantástico, toda a gente se dá bem, mas claro que o Alan é a voz mais importante. Só ele é que é líder».

Faltam menos de dois meses para o fim da época. O Sp. Braga tem muito em jogo. Como está a saúde do plantel?
«Bem, mas ainda não conseguimos nada. Falta muito para a época acabar. A motivação está em cima, estamos felizes, mas temos de manter o mesmo nível».



Mauro: andou na lavoura, vendeu fruta, quer ganhar na Luz

A vida de Mauro passou depressa. Pelo menos até agora e se a contarmos ao ritmo com que o médio fala. Despachado, sintético, objetivo. Decalque do papel que desempenha no meio campo do Sp. Braga. Não há enfeites, ornamentos inúteis, vírgulas ou adjetivos despropositados.

Mauro é o Guerreiro – do Minho, naturalmente – invisível. Atua nas sombras, com precisão e astúcia. É um dos homens da confiança de Paulo Fonseca e um dos mais antigos no balneário do excelente Sp. Braga versão 2015/16.

A entrevista ao Maisfutebol é um tratado de simplicidade, uma lição de sobrevivência+superação+resiliência.

A poucos dias da visita ao Estádio da Luz, casa do líder do campeonato, Mauro – 27 jogos e mais de 2000 minutos oficiais esta época – recorda a infância em Livramento de Nossa Senhora, estado da Bahia, da chegada a Portugal aos 19 anos, da época no Gil Vicente e da mudança para Braga.

Tudo acaba como deve ser. A olhar para os próximos compromissos e as quatro frentes de combate. Mauro, guerreiro silencioso, andará por lá.

Conheça melhor este médio de 25 anos. Discreto e fiável. Os adjetivos ficam por nossa conta.

Está em Portugal há quatro anos. No Brasil onde começou a jogar futebol?
«Nasci numa cidade pequena, a cinco horas de Salvador. Saí de lá com 16 anos e fui para Goiânia. É nessa altura que começo a olhar o futebol de forma séria, no Atlético Goianiense. Aos 19 anos subi ao plantel profissional e assinei contrato por quatro meses. O René Simões era o treinador e lançou-me no Campeonato Estadual».

A sua família apoiou essa mudança para tão longe?
«Entre os 16 e os 19 anos não recebia salário. Sobrevivi com a ajuda de amigos dos meus pais. Receberam-me na casa deles e ajudaram-me muito».

E já atuava no meio campo, como agora?
«Sim, sempre joguei nesta posição. Volante, como dizemos no Brasil».

Mudou-se para Portugal com 19 anos. Como foi contratado?
«Vim para o Gil Vicente através do empresário António Teixeira. Ele continua a ser o meu representante, aliás. Fiz um ano em Barcelos e ele depois apareceu-me com a possibilidade de integrar os quadros do Sp. Braga, na equipa B. Sou o mais antigo do plantel, depois do Alan e do Baiano».

Falemos um pouco da sua família. Há mais algum futebolista?
«Tenho quatro irmãos. Duas raparigas e dois rapazes. Nenhum gosta de jogar futebol (risos). O único que jogava na família era o meu pai, mas só a um nível amador. Ele sempre foi apaixonado por desporto».

O que recorda da sua infância em Livramento?
«Joguei muito futebol na rua. Os meus dias eram muito longos. Começava na escola pela manhã, jogava à bola e ainda ia ajudar o meu pai na lavoura. Aos sábados ia com a minha mãe para as feiras vender fruta e outros produtos. Dava para ganhar algum dinheirinho. Era uma vida dura. O meu pai era um guerreiro, nunca nos deixou faltar nada».

E hoje em dia consegue recompensá-lo por esse apoio?
«Os meus pais já não trabalham. Estão aposentados e bem. Sei que estão muito orgulhosos do meu trajeto no futebol e eu fico emocionado por chegar a esta idade e poder ajudá-los. Sair de uma cidade pequena do interior baiano, como Livramento é, e estar agora a disputar jogos da Liga Europa... é muito bonito».

Visita Livramento com regularidade?
«Volto lá todos os anos de férias. Levo 30 ou 40 camisolas do Sp. Braga e ofereço aos amigos todos. Eles até lutam para ter uma (risos). Sei que a população se junta para ver os nossos jogos, principalmente na Liga Europa. É bom saber que sou um embaixador do Sp. Braga no Brasil».

Está completamente adaptado a Portugal e a Braga?
«Sim, sou um rapaz tranquilo. Adoro estar em casa com a minha esposa. Dentro do campo gosto de trabalhar e procuro jogar de forma simples. Nessa posição é o que se exige. Não posso estar muito tempo com a bola. Tenho de receber e fazer a equipa jogar para a frente. Sou apaixonado por Braga. E este já é o meu clube de coração. Fui bem recebido e procuro retribuir. Adoramos viver nesta cidade, as pessoas são acolhedoras».

O Sp. Braga está em quatro provas e visita a Luz na sexta feira. Para o grupo é possível dividir todos esses compromissos e manter a qualidade?
«Sim, há muita qualidade na nossa equipa. Quem joga, joga bem. Pensamos só no próximo jogo, é mesmo assim. Conseguimos dividir bem todos os objetivos. O mister coloca em campo quem está melhor em termos físicos, não é rodar por rodar».

Como está a equipa a preparar esta visita ao Benfica?
«Temos noção da importância do jogo. Com a nossa humildade habitual, vamos para a Luz tentar a vitória. Fazer o nosso jogo e vencer».

Jonas e Renato Sanches: são eles os perigos identificados?
«Conheço bem o Jonas, do Grémio e do Valência. Tem muita qualidade, mas não é só ele. São todos. Não vale a pena pensar só no Jonas. O Renato tem qualidade e agressividade. É o futuro de Portugal. Vamos jogar da forma que temos jogado sempre. Não vamos mudar só por ser na Luz».

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