NOTICIAS DO ENORME DO DIA 29/09

[JotaCC]

Sp. Braga: Um minuto fez desabar a equipa

Um minuto apenas fez desabar a estratégia bracarense. Foi um jogo sofrido, em que a resistência dos guerreiros do Minho durou até quatro minutos do apito final. O Sp. Braga esteve em desvantagem, reagiu, mostrou capacidade de sofrimento, atitude e coração guerreiro, mas com menos um jogador viu o Sporting tirar vantagem da superioridade numérica, com Cédric a selar o triunfo nos instantes finais. Vitória suada leonina, com um momento crucial a desequilibrar a história: aos 30 minutos, o Sp. Braga perdeu os dois centrais, por lesão de Paulo Vinícius e expulsão de Santos. Perdeu-se a defesa, o meio-campo e, acima de tudo, a estratégia da equipa.
Num onze com várias caras novas, o Sp. Braga foi surpreendido por um golo madrugador dos leões, logo aos quatro minutos. As duas equipas ainda se estudavam e o Sporting entrava em vantagem. Canto batido por Jefferson e Montero, na pequena área, cabeceou para o fundo das redes. Muitas culpas para a defesa bracarense no lance, que deixou o colombiano solto.

Os arsenalistas reagiram bem ao golo e com frieza partiram à procura do empate. Pardo deu o primeiro sinal, Carrillo quase apontou um auto-golo numa rosca que por pouco enganou Rui Patrício, mas foi o capitão Alan a repôr a igualdade no marcador. O experiente jogador empatou com um tiro fora da área de pé direito, remate em arco que traiu o guardião leonino.
E quando o golo relançava os guerreiros, um minuto bastou para fazer des abar a estratégia. Contra-ataque ultra-sónico de Montero, Paulo Vinícius tentou cortar a jogada, mas parou lesionado e Santos viu-se obrigado a fazer falta para travar o colombiano que se preparava para se isolar na cara de Eduardo. Paulo Baptista não teve dúvida e mostrou de imediato cartão vermelho ao jovem central. Num minuto, não só o Sp. Braga perdeu Paulo Vinícius por lesão - brasileiro saiu em lágrimas do relvado - como viu Santos expulso. Sem os dois centrais, Jesualdo Ferreira recuou Custódio e colocou em campo Hebert. Uma contrariedade que complicou a batalha dos guerreiros, que já tinham iniciado o jogo com um quarteto defensivo totalmente diferente dos últimos jogos - face às lesões de Joãozinho e Nuno André Coelho.

A jogar com dez unidades, e com Custódio recuado, o Sp. Braga perdeu criatividade no meio-campo, mas foi ao mais profundo da alma buscar uma capacidade de sofrimento incrível. Esperava-se uma segunda parte penosa, contudo os guerreiros aguentaram e resistiram ao assédio dos leões. Rafa deu frescura, Luiz Carlos segurou o meio-campo e Custódio esteve enorme no papel defensivo.
O Sporting demorou a tirar vantagem da superioridade numérica, mas tanto rematou e procurou o golo, que num momento de desgaste, a quatro minutos do fim, foi feliz. Na sequência de um canto Cédric selou o triunfo, com um tiro do meio da rua. Ficou ideia de que Eduardo podia ter feito mais...o coração guerreiro aguentou até onde pôde.

CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

Marcados pela mudança
JARDIM E JESUALDO MEXERAM NA ESTRUTURA COM PROVEITOS DISTINTOS

E à 6.ª jornada Leonardo Jardim e Jesualdo Ferreira promoveram as mudanças mais significativas nas respetivas equipas titulares. Por opção técnica ou forçados por lesão, os dois treinadores apresentaram onzes remodelados comparativamente às rondas anteriores.

Jardim (que já ganhara em Braga pelo Beira-Mar, em 2010) estabeleceu um novo máximo de alterações entre jogos oficiais, esta época, com Eric Dier, Capel e Wilson Eduardo a darem lugar a Marcos Rojo, André Carrillo e.... Diogo Salomão. O extremo, que esteve cedido ao Deportivo Corunha nas duas épocas anteriores, foi a surpresa da noite, tendo realizado o primeiro jogo pela equipa principal do Sporting desde 14 de maio de 2011, quando alinhou nos 12 minutos finais de uma vitória por 1-0 em... Braga.

Por seu lado, Jesualdo teve de efetuar quatro mexidas no onze (outro recorde), três delas na defesa, onde Dabó, Nuno A. Coelho e Joãozinho foram rendidos por Baiano, Paulo Vinícius e Elderson (primeiro jogo da época). A quarta novidade foi a troca de Luiz Carlos por Custódio, no miolo. Fruto da expulsão de Santos e da lesão de Vinícius (no mesmo lance!), o treinador dos minhotos viu-se na contingência de recuar Custódio para o eixo central, com Hebert a estrear-se na Liga.




Paulo Vinicius com lesão na coxa
brasileiro tem problema muscular

Paulo Vinicius contraiu uma lesão muscular na coxa direita. O brasileiro lesionou-se no lance que culminou com a expulsão de Santos e acabou rendido por Hebert aos 34'. Esta lesão não tem qualquer tipo de relação com aquela que manteve o camisola 26 afastado da equipa (esse problema foi no coxa esquerda), contudo Vinicius volta a parar, o que deixa Jesualdo Ferreira com um grave problema para a deslocação ao terreno do Nacional.

Para além de Vinicius, o técnico está também impedido de utilizar Sasso e Nuno André Coelho, ambos por lesão e Santos está fora das contas uma vez que foi expulso no embate de ontem. Hebert é assim a única opção de raiz, sendo que adaptação de Custódio e o recurso à equipa B são alternativas.

RECORD

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Forte: Sporting vence em Braga e passa para o 2.º lugar
Sporting de talento e trabalho bate Braga

Cédric, a quatro minutos do final, em remate de fora da área, desfez a igualdade a um golo que se registava. Sp. Braga com dez durante uma hora.

Convicção, alma e acreditar até ao final. Com estes ingredientes, o Sporting 'cozinhou' um triunfo justo em Braga, num jogo em que as circunstâncias também não favoreceram o adversário – perdeu os dois centrais num minuto. E desde os 31', jogou com menos um jogador, por expulsão de um dos centrais – Aderlan.

Mas disso não teve culpa o Sporting, que fez por ganhar o jogo, sobretudo com mais um jogador. Aí, foi melhor.

Até então, a partida esteve equilibrada, com o Sporting a entrar de rompante, num golo de Montero de cabeça, aos 5', após canto de Jefferson. A matreirice do colombiano valeu-lhe o 7º golo na Liga.

Mas o Sp. Braga reagiu, começou a ter mais bola e empatou aos 27', por Alan, num desenlace que já se anunciava, face ao ascendente dos bracarenses. Porém, a expulsão de Aderlan por falta sobre Montero, ainda na primeira parte, criou condições para um 'assalto' leonino no 2º tempo.

A saída de Salomão ao intervalo (estreia e logo a titular, mas com pouca agressividade) e a entrada de Wilson Eduardo aos 46' desde logo mostraram uma intenção ainda mais acentuada de 'forcing' sobre as linhas recuadas dos bracarenses.

O desperdício leonino foi-se avolumando – Wilson Eduardo e Carrillo tiveram ocasiões flagrantíssimas – enquanto os bracarenses estavam cada vez mais remetidos a tarefas de evitar que o Sporting não jogasse.

O esforço leonino traduziu-se na vitória, quando os jogadores optaram por tentar de longe, o que de perto andava a ser miragem. Cédric encheu-se de fé e coragem e desferiu um remate forte que deu golo (86'), com a colaboração de Eduardo. Os leões passaram o Sp. Braga na Liga e estão em segundo na classificação.

CORREIO DA MANHA

[JotaCC]

Fundo de jogo foi o trunfo do leão sereno
Foi já no final que o Sporting conseguiu desfazer o empate a jogar contra dez

TREINADOR DO SPORTING
"Vencemos na casa de uma excelente equipa. Em superioridade numérica, fomos superiores e ganhámos justamente" LEONARDO JARDIM

TREINADOR DO SP. BRAGA
"Mais uma vez cometemos erros que não podemos cometer. Das outras vezes crescemos, hoje perdemos o jogo" JESUALDO FERREIRA

O Sporting passou em Braga, firmando- se no segundo lugar da Liga, com uma vitória por 2- 1 que foi difícil de conseguir e chegou num tiro de Cédric de fora da área, depois de uma segunda parte em que o Sporting dominou amplamente.
O jogo ficou marcado pela expulsão de Aderlan Santos à meia hora. Até aí o Braga tinha sido melhor e o resultado era 1- 1, fruto dos golos de Montero ( 4') de cabeça num canto em que a defesa deixou o ponta de lança sozinho, e de um remate de Alan bem de fora da área em que Rui Patrício foi algo mal batido ( 27'). Mas depois Santos foi expulso, num lance em que Paulo Batista não teve dúvidas e talvez devesse ter: Montero adiantou a bola, foi ceifado pelo defesa, mas provavelmente a bola era mais do guarda- redes do que do ponta de lança. Certo é que no mesmo lance o Braga perdeu os seus dois centrais, porque Paulo Vincius se lesionou e teve que sair: entrou Hebert ( brasileiro, ex- Trofense) e Custódio recuou para central. O Braga tem a defesa toda no estaleiro, basicamente.
Na hora final a bola foi do Sporting e o Braga tentou jogar ao gato e ao rato, esconder a bola, ganhar faltas. Tentou mas não conseguiu, porque o Sporting não tem os melhores jogadores do mundo, longe disso, mas tem já um fundo de jogo muito interessante.
Fundo de jogo é ter consolidados alguns processos de jogo que levam a equipa a repetir e repetir as jogadas, o que lhe dá tranquilidade. Não é o máximo da fantasia, mas é o que se pede a uma equipa com ambições.
Apesar de o empate se arrastar até aos 86', a equipa foi acreditando que o golo chegaria. Essa foi a virtude dos comandados de Leonardo Jardim. E o golo chegou mesmo nesse tiro de Cédric já perto do final.

CIMA
Montero - Mais um golo, numa regularidade que impressiona, aproveitando uma falha da defesa num canto logo aos 4'. Mas de facto quer ser n.º 9 – quando entrou Slimani e passou a jogar atrás dele, desapareceu do jogo.
Alan -  Bom jogo, com um golo de meia distância, segunda parte a tentar ganhar faltas e reter a bola ou a não a perder quando a equipa tinha só dez homens. Foi o líder da resistência bracarense, mas não chegou para aguentar o nulo.

BAIXO
Rafa e Luiz Carlos - Os dois homens que entraram no Sp. Braga jogaram pouco – o primeiro é um jovem e esperava- se mais, mas nada lhe saiu e a equipa sentiu muito ele ter perdido tantas vezes a bola. Prometia mais?

JN

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Sporting vence em Braga apesar de exibição apagada
"Leões" jogaram uma hora em superioridade numérica, mas só no final do jogo garantiram o triunfo (1-2). Com a vitória, ultrapassaram os minhotos na classificação e são agora vice-líderes

O Sporting teve tudo a seu favor para vencer de forma confortável o jogo de ontem, em Braga, mas uma exibição pouco conseguida, sobretudo do seu sector atacante, colocou a equipa em dificuldades. Um golo madrugador e a expulsão de um adversário, ainda na primeira parte, quase não bastavam para abrir as portas a um triunfo que só foi garantido a quatro minutos do final do tempo regulamentar. Um remate de fora da área de Cédric, que deixou Eduardo mal na fotografia, fez o 1-2 final.



Não podia ter começado da melhor forma o jogo para a equipa de Leonardo Jardim, que marcou a frio o golo inaugural. Logo aos 4 minutos, Montero apareceu ao primeiro poste aproveitando a passividade da defesa do Sporting de Braga para desviar com sucesso o canto batido na direita.
Como seria de esperar, o Sp. Braga pegou no jogo, tentando chegar ao empate. E fazia-o jogando bem, com combinações em ambos os flancos que iam permitindo a construção de jogadas ofensivas. Mas os da casa não conseguiam criar boas situações de finalização e o primeiro calafrio para Patrício surgiu apenas aos 19 minutos, após um mau alívio de Carrillo.
Foi num lance individual que os bracarenses empataram. Alan soltou-se da marcação na zona central do terreno e rematou colocado para o fundo das redes sportinguistas (27'). Mas não demorou muito a festa bracarense, já que quatro minutos depois do golo ficaria reduzida a dez unidades. Fredy Montero estava sozinho com os dois defesas do Sp. Braga, mas conseguiu desenvencilhar-se de Paulo Vinicius, sendo depois travado por Santos. O avançado colombiano partia isolado, pelo que Paulo Baptista expulsou o homem da casa. Esse não foi, porém, o único contratempo para o Sp. Braga que, no lance imediatamente a seguir, ficou sem o outro central, por lesão.
Mas mesmo em inferioridade numérica durante uma hora, o Sp. Braga nunca desistiu de procurar o golo e Hebert (53') e Rafa (73'), podiam ter surpreendido. O Sporting não conseguiu nunca ser claramente superior e o desacerto dos extremos, sobretudo de Carillo, não permitiam à equipa construir boas ocasiões. De resto, foi do peruano a melhor ocasião do encontro (69'), mas atirou de forma displicente por cima da baliza.
O golo do triunfo surgiu num momento em que já começava a pensar-se no empate no municipal de Braga. Aos 86', na sequência de um canto, a bola sobrou para o lateral Cédric que rematou de forma frouxa. Foi o suficiente para bater de Eduardo.


Positivo/Negativo

Montero

Marcou e arrancou uma expulsão a um adversário. Não se pode pedir mais a um avançado que consegue inventar dois lances decisivos, mesmo quando os colegas de ataque estiveram apagados.

Alan

Os anos parecem não pesar no veterano extremo do Braga, que assinou mais uma boa exibição, não só pelo golo marcado, mas também pela forma como impulsionou sempre o ataque da sua equipa, mesmo em inferioridade numérica.

Salomão/Carrillo

A companhia de Montero no ataque não esteve em grande plano e foi muito por culpa disso que o Sporting teve tantas dificuldades em conseguiu os três pontos num jogo em que esteve uma hora em superioridade numérica.

PUBLICO

[JotaCC]

FRANGO E BÓNUS NO FESTIM DO LEÃO

Num canto cobrado por Jefferson, a defesa da casa ficou a dormir e viu o inevitável Montero cabecear para o fundo da baliza. Foi o sétimo golo do colombiano no que vai de campeonato.
Cédric é abraçado pelos companheiros, após fazer o golo da vitória. Montero, autor do primeiro, agradece aos deuses
O jogo entrou, então, na melhor fase, com ataque e contra-ataques sucessivos. Mas foi de um lance individual que o Braga chegou ao empate. Foi num remate de autor, de fora da área, que o incombustível Alan chutou para um golaço (27 m), que fez levantar a "pedreira".
O Braga estava recomposto, mas logo deitou tudo a perder. Paulo Vinícius cometeu um erro de principiante, perdeu a bola para Montero e foi em esforço tentar travar o colombiano. Lesionou-se e ficou pelo caminho. No desespero, Aderlan Santos foi a correr, fez falta e viu vermelho direto, porque era o último defesa. Num só lance, o Braga ficou com dez e sem os dois centrais. A equipa minhota teve de se remediar, durante uma hora, com Herbert e o recuo de Custódio.
Mesmo assim, o Braga não se desequilibrou. O Sporting teve sempre mais bola e criou muito tráfego na área minhota, sobretudo com as arrancadas de Jefferson e Carrillo , mas raramente criou perigo. Todos os remates foram à figura de Eduardo. Só por uma vez o peruano esteve perto de marcar: com a baliza à mercê, chutou para o Sameiro (69 m).
Amarradas e sem soluções, as duas equipas pareciam encaminhadas para o empate, até que Cédric armou "aquele" pontapé, que devolveu o Sporting às vitórias e pôs os leões à frente dos minhotos, no segundo lugar, a dois pontos do F. C. Porto.


GRANDES DA EUROPA ESPIAM NA PEDREIRA

O Braga-Sporting teve muitos observadores estrangeiros, alguns de grandes emblemas, como o Barcelona, o Dortmund ou o Manchester United. O Marselha, o Lyon e o Celta de Vigo também se fizeram representar.


Algarvios conquistam primeira vitória

NA MELHOR exibição da época com outra atitude e dinâmica, o Farense impôs um jogo de sentido único, que resultou nos golos de Rambé (34) e Adelaja (50) que valeram o primeiro triunfo no campeonato. A jogar em 4-4-2, com dois dianteiros altos na frente, os algarvios cedo assumiram as rédeas do encontro, perante um Braga B muito apático.

JN

[JotaCC]

LEÃO FELIZ NA CASA DOS AZARES
ANIMADO>>Assim foi o espetáculo, até ao minuto 31, quando o Braga perdeu os dois centrais e o Sporting ficou com maior obrigação de vencer o jogo

Em campo estiveram duas equipas que podem lutar pelo título e devem perder o embaraço de o dizer

O Sporting viveu uma noite de felicidade ao arrancar em Braga uma vitória que lhe permitiu sentar-se no segundo lugar do campeonato, sem ser brilhante, sem ser até coerente na forma de aproveitar o facto de o adversário jogar durante uma hora com menos um jogador. É empírico falar-se em justiça do vencedor, porque na realidade os minhotos conseguiram jogar de igual para igual, mesmo com uma equipa remendada por força da expulsão de Santos e da lesão de Paulo Vinícius, os dois centrais, tudo dentro do minuto 31. A sorte faz parte do jogo, tanto como o azar... e os bracarenses tiveram de sobra, até por sofrerem o golo da derrota a quatro minutos do final, quando já se pensava num empate.
Seria mais justo assim? Talvez. O empate seria um prémio para o esforço minhoto, mas, mais do que isso, para a qualidade de jogo que manteve, mesmo quando ficou em inferioridade numérica. Poucas vezes se percebeu que o Sporting andava em campo com um a mais, e isso não foi apenas por demérito leonino. Uma bomba, já no final, estragou o sonho de o Braga seguir em segundo lugar, mas só lhe pode ter provocado frustração, porque Jesualdo Ferreira tem a equipa no caminho certo, não há mais dúvidas.
O jogo teria sido bem mais divertido, como estava a ser, se levado com 22 em campo até ao final. Seria, seguramente, mais aberto, mas ainda assim foi um espetáculo intenso, com ambiente nas bancadas, bom ambiente, apesar da guerrilha de palavreado de mau gosto entre as claques. E é horinha de pararem com essa história do quarto grande; pelo menos ontem, de miudinho s ó mesmo a chuva chata. Do que se tratou foi de uma conversa entre duas equipas que podem lutar pelo titulo, e devem perder o embaraço de o dizer.

O jogo abriu com um golo de Montero, obviamente, e acelerou o Braga para uma reação forte, sempre de olhos na baliza de Patrício. O empate aconteceu, merecido, e em jeito de momento para a posteridade. Um golão de Alan. Pouco depois, Montero de rato passou a ratoeira para os dois centrais bracarenses e "acabou" com a ideia de um grande espetáculo de futebol . Jesualdo remedou e a equipa aguentou-se até ao intervalo. Era importante para os dois treinadores.
O que falaram não se sabe, mas o espetáculo perdeu alguma animação, houve mais Sporting, mas sempre que o Braga procurou o ataque obrigou a uma forte concentração da defesa leonina. Wilson Eduardo numa ala, Carrillo na outra, não entenderam muito bem que a ideia era servir o ponta de lança, procuraram muitas vezes o lance individual; é verdade que criaram alguns problemas a Eduardo, mas não foi o melhor caminho escolhido. Houve outro, que foi o remate de meia distância. Nem sempre resulta, olhem, ontem, foi em cheio. Cédric tirou do bolso um pontapé daqueles surpreendentes, de belo efeito. São bons momentos de futebol, no caso, serviu para transportar o leão até ao segundo lugar como em tempos idos e elevar a animação para os lados de Alvalade. A frustração, essa ficou em Braga, mas tanto azar num jogo só até incomoda. E por isso é que o conjunto de Jesualdo foi sob palmas tomar banho.




O estouro improvável

Talvez já nem os sportinguistas acreditassem que a vitória fosse possível, porque os caminhos que escolheram para chegar à baliza foram quase sempre os piores. Ninguém contava que Luiz Carlos, desconcentrado, perdesse a bola no meio-campo e ficasse a lamentar a situação, em vez de atacar o lance. A bola perdeu-se para Cédric, ou melhor, este ganhou-a e soube preparar o pé para um estouro, ainda bem longe da baliza. A bola foi direitinha para o lado direito de Eduardo, que não fica bem na fotografia. Estava adiantado e deslocado da posição, ou seja, também ele não contava com a bomba de Cédric que deu três pontos e o segundo lugar aos leões.


FILME DO JOGO

5' [0-1] apontado do lado direito por Jefferson para o coração da área, onde surge Montero, que escapa à vigilância do gigante Ederzito e remata de cabeça, sem hipóteses para Eduardo.

19' Bom trabalho de Eder, a ganhar espaço para um cruzamento largo. Pardo chega atrasado.

27' [ 1-1] No momento mais espetacular da noite, protagonizado por Alan: remate de meia distância meio em jeito, meio em força. Patrício nada pôde fazer.

31' Paulo Vinícius perde a bola para Montero em zona proibida, o colombiano com espaço parte em direção à baliza, Santos tenta desfazer o lance mas acaba por tocar no sportinguista, travando-lhe a marcha. Vermelho direto. Vinícius fica lesionado e sai, na sequência do lance.

42' Estouro de Rojo, grande defesa de Eduardo.

43' Salomão ganha espaço e entra pela esquerda, rematando na diagonal para uma defesa de Eduardo.

50' Alan tenta o chapéu desde o meio-campo e quase apanha Rui Patrício desprevenido.

53' Hebert, em boa posição, atira de cabeça ao lado.

69' Em excelente posição, já dentro da área, Carrillo falha o golo 'certo'.

70' Wilson Eduardo falha por pouco o golo, com um remate cruzado da direita.

73' Rafa tenta a sorte, mas tem azar: o remate sai a lado.

86' [ 1-2] Cédric marca para o Sporting.


Espingarda Alan só deu para ferir o leão

Eduardo 4 Sem hipóteses no desvio triunfal de Montero, chegou a ser um bico de obra, defendendo perigosos remates de Rojo (42'), Salomão (43'), Cédric (58') e Wilson Eduardo (71'). Quando a noite parecia correr de feição, facilitou no golo de Cédric.


Asas > Alan fez miséria pela direita, mas foi pelo corredor central que arrancou o golo arsenalista

Baiano 6 Controlou bem Salomão ao ponto de provocar a migração do extremo. Acertado nos cruzamentos, combinou bons lances com Alan.

Paulo Vinícius 3 Reapareceu e desapareceu num estalar de dedos. Foi, aliás, por causa de uma picada na coxa direita que se deixou bater por Montero.

Santos 4 Enquanto esteve em campo, fez tudo bem, incluindo o toque sobre Montero, punido com expulsão. Um castigo irónico.

Elderson 6 Tornou a ausência de Joãozinho num problema irrelevante. Controlou bem Carrillo e Salomão, passando por dificuldades apenas com Wilson Eduardo.

Custódio 6 Médio por pouco tempo, formou com Hebert uma dupla de centrais improvável, transmitindo segurança na defesa.

Mauro 5 Dinâmico a perseguir o portador de bola, raramente funcionou como complemento de Micael a distribuir jogo.

Rúben Micael 5 Enquanto teve frescura física, atirou-se aos leões sem qualquer receio, passeando a classe habitual.

Alan 7 Talhado para grandes jogos, somou o quinto golo ao Sporting com um remate de meia distância notável, em folha seca. Até ao fim, deu o espetáculo do costume.

Pardo 4 Tanta correria para um único disparo para a pedreira.

Éder 5 Observado no AXA pelo selecionador nacional, testou a atenção de Rui Patrício com um remate cruzado e um desvio de cabeça à figura.

Hebert 5 Boa estreia. Chegou a dominar nas alturas e, num livre de Alan, apareceu a desviar de cabeça com perigo.

Rafa 4 Trouxe mais velocidade ao flanco direito e, com um remate rasteiro, por entre as pernas de Jefferson, testou a atenção de Rui Patrício (73').

Luiz Carlos 3 Muito azarado. Ao perder uma bola, ficou a protestar em vez de reagir e Cédric aproveitou para fazer o 1-2.



Paulo Vinícius sai a chorar e permite estreia de Hebert

O minuto 31 do jogo com o Sporting foi fatídico para o Braga, mas inesquecível para Hebert. Sem que nada o fizesse prever, o central viu precipitada a estreia no campeonato – só tinha jogado pela equipa B – devido à expulsão de Santos e à lesão muscular de Paulo Vinícius (será reavaliado amanhã). Aliás, o brasileiro de 29 anos, que havia rendido o também lesionado Nuno André Coelho, não disfarçou a tristeza pela infelicidade, utilizando a camisola para limpar as lágrimas.



Alan chega aos 26 golos e já ameaça João Tomás

A receção ao Sporting confirmou a tendência de Alan para marcar frente aos leões. O extremo fez o gosto ao pé aos 27 minutos, num remate de fora da área, aumentando para cinco o número de golos obtidos contra a equipa de Alvalade. Além disso, já leva um total de 40 pelos arsenalistas, 26 dos quais para o campeonato. Com isso, aproximou-se de João Tomás (décimo, com 28) na lista de melhores marcadores da história dos minhotos na Liga.



Paulo Bento esteve no AXA a ver dez selecionáveis

Com os jogos frente a Israel e Luxemburgo, de qualificação para o Mundial'2014, mesmo ao virar da esquina, Paulo Bento aproveitou o Braga-Sporting para avaliar o momento de forma de uma dezena de selecionáveis. Do lado arsenalista alinharam Eduardo, Éder, Rúben Micael e Custódio, enquanto nos leões jogaram Rui Patrício, Cédric, William Carvalho, André Martins, Adrien e Wilson.



Campeões de futebol de praia homenageados

O intervalo do jogo com o Sporting serviu para a SAD do Braga homenagear a equipa de futebol de praia, que se sagrou campeã nacional da modalidade logo na estreia. Jogadores e treinadores foram chamados um a um pelo "speaker" de serviço e exibiram aos adeptos o troféu conquistado a 8 de setembro, na Figueira da Foz.



Noite de reencontros para todos os gostos

Negócios à parte, não faltam boas amizades entre os profissionais de Braga e Sporting, e o "fenómeno", perfeitamente legítimo, não se deve apenas ao facto de Jesualdo Ferreira e Leonardo Jardim já terem representado os dois clubes. Adrien e Edinho, por exemplo, foram companheiros na Académica e, mal terminou o jogo, não espantou que o médio e o avançado matassem saudades em pleno relvado; ao mesmo tempo que se registavam curiosas conversas entre Jesualdo Ferreira, o treinador do Braga, e Rui Patrício, o guarda-redes do Sporting. Já nos bastidores do AXA, o ex-leão Joãozinho, impossibilitado de alinhar pelo Braga devido a lesão, trocou impressões com Marcelo Boeck, o guarda-redes suplente do Sporting.

O JOGO

[JotaCC]

"Há uma falta clara no segundo golo..."

"Seria uma grande satisfação chegar ao fim com o empate, seria para festejar

Jesualdo Ferreira tentou passar ao lado das questões de arbitragem, procurando dar mais ênfase "aos comportamentos e atitudes dos jogadores", mas não deixou de fazer um reparo à atuação de Paulo Baptista. Em causa não está o lance que resultou na expulsão de Santos, mas antes o que esteve na origem do 1-2. "Não estou a dizer que o árbitro não esteve bem. No entanto, aos 86' há uma falta clara numa segunda bola que o árbitro não vê e dessa falta nasce o golo", referiu o treinador dos arsenalistas, para quem "existiram dois jogos". "Um até aos 31', em que o Braga foi muito superior ao Sporting, e o segundo a partir daí, em que perdemos a defesa e o meio-campo, obrigando-nos a reorganizar em cima das dificuldades. Fomos a equipa possível e fizemos um jogo de solidariedade. Mesmo assim, tivemos momentos de domínio, como se percebe pela posse de bola final (47% e 53%), e fomos capazes de espreitar o resultado durante muito tempo", analisou, confessando não se recordar de ter passado por um momento em que perdeu dois jogadores num espaço de segundos.
Apesar de tudo, Jesualdo reconhece que "o Braga falhou" neste jogo com o Sporting. "Seria uma grande satisfação chegar ao fim com o empate, seria até para festejar, tendo em conta o que aconteceu, a verdade é que perdemos por não termos sido competentes em determinadas alturas", vincou o técnico dos minhotos, que gostava de estar melhor classificado. "Esperava que a equipa fosse capaz de crescer em competição e ganhar posições. Mas existiram um conjunto de situações que não permitiram. A classificação que temos é boa, tendo em conta tudo o que se passou, mas, para mim, poderíamos estar mais acima", concluiu.



Perder dois centrais num minuto não acontece todos os dias

O minuto 31 do jogo de ontem vai seguramente para o álbum dos azares do Braga. Num lance rápido em que Montero mostrou que é felino mesmo, Jesualdo Ferreira perdeu os dois centrais: Paulo Vinícius lesionou-se e perdeu a bola para o sportinguista, que se ia isolar. Santos travou-o e viu (bem) o vermelho. O professor, logo aí, teve de remendar a zona central da defesa, e isso acabou por lhe limitar toda a estratégia. Já Leonardo Jardim teve tudo para mexer serenamente na equipa, mas talvez tenha demorado a fazê-lo. Ao intervalo fez sair Salomão, a novidade no onze, para a entrada de Wilson Eduardo; foi mais perigoso o leão pelo lado direito. Outra alteração foi a entrada de Vítor, que deu mais velocidade ao meio-campo. E em que é que demorou? Talvez ao fazer entrar Slimani muito tarde no jogo. Afinal, do outro lado só estavam dez...



Braga já aponta à Madeira Sporting pensa no Vitória

Alinhados nas folgas (hoje) e no regresso aos treinos à porta fechada (amanhã), Braga e Sporting já fazem contas à próxima jornada. Os bracarenses terão pela frente, no próximo domingo, uma difícil visita ao Estádio da Madeira, frente a um Nacional vitaminado pela vitória em Vila do Conde, e até lá Jesualdo Ferreira terá de resolver dois novos problemas: encontrar um substituto para Santos (expulso) e outro para Paulo Vinícius (outra vez lesionado). Já o Sporting, agora segundo classificado, recebe em Alvalade o Vitória de Setúbal, no sábado.



FC Porto entre tubarões Barcelona e United

A duas jornadas de receber o Sporting – o jogo está agendado para o último fim de semana de outubro –, o FC Porto enviou um emissário ao AXA para tirar notas sobre a equipa de Leonardo Jardim. Foi, de resto, o único clube nacional que marcou presença no recinto bracarense, que juntou nas bancadas olheiros de dois tubarões do futebol europeu: Barcelona e Manchester United. Além destes, também solicitaram convites Lyon, Celta de Vigo, Borússia de Dortmund e Marselha.



RED BOYS DE PARABÉNS

A claque do Braga, os Red Boys, assinalou o seu 21º aniversário com uma coreografia. Entre as várias tarjas exibidas, destaque para a mensagem deixada. "21 anos a honrar o passado e a construir o futuro com a solidez do presente", lia-se. Já os adeptos leoninos atiraram uma farpa a Jorge Jesus. "E se fosse eu...", questionaram sobre os incidentes de Guimarães.



ADEPTOS DO BRAGA INDIFERENTES A JARDIM

O técnico do Sporting, Leonardo Jardim, regressou ontem a Braga, onde comandou a equipa minhota na temporada 2011/12, mas os adeptos não se manifestaram saudosistas em relação ao madeirense. Quando o nome de Jardim foi anunciado pelo "speaker" de serviço no Estádio AXA, os adeptos ficaram indiferentes ao treinador do emblema de Alvalade.


O JOGO