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Braga e a crise

Started by Olho Vivo, 29 de March de 2013, 03:34

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Augusto Gomes

Grande análise!
Porém, creio que a permanência do Euro, em Portugal, a curto/médio prazo,  só poderá ser conseguida à custa da depauperação da classe media e do aumento do desemprego, a par da saída para o estrangeiro de muita juventude - ainda estão abertas as fronteiras...
Mas aí pode haver revolta social grave que possa pôr em perigo a própria democracia, já que não temos actualmente a mentalidade de há 40/50 anos, de viver sem alguma qualidade de vida (carro e férias).
Receio que, com todas as desvantagens de longo prazo, a curto/médio prazo tenhamos que voltar ao escudo, criar moeda/inflação e viver essencialmente da produção interna (agricultura e pescas), que, aliás, é desde já urgente incrementar, por medida cautelar, áreas ainda por cima desestimuladas pela UE, no quadro da entrada na UE.
Uma coisa estou certo, é impossível pagar a divida, senão em 40 ou 50 anos, e através de reestruturações e até perdões parciais...
Conclusão: vamos ter que empobrecer!
FORÇA BRAGA, RUMO À LIGA DOS CAMPEÕES!!!

Olho Vivo

Lamento mas não era este o rumo que julguei que o meu tópico levaria. Acho o tema que a maioria dos "foristas" optou por abordar sumamente importante mas não era esse o meu alvo – nem acho que faria sentido discutir o assunto "crise" aqui, mesmo discordando do sentido geral de quase todas as análises aqui feitas. Se o quisesse fazer, não abriria o tópico nesta página.

A questão que pretendi colocar é em que medida o ambiente económico depressivo em que vivemos influencia no curto prazo, mas também no longo prazo, os destinos do clube, como instituição de âmbito regional, na medida em que também condiciona a estrutura socioeconómica da cidade e do seu espaço de influência.

Referi-me ao efeito do desenraizamento das pessoas. Este é um fenómeno da modernidade, como também sublinhei, e portanto não é exactamente novo, mas creio que sentiremos de uma forma muito mais evidente e intensa a mobilidade das pessoas. Não se pode menosprezar este efeito numa instituição que tem por base a identificação das pessoas com o seu espaço de vivência. O clube tem de perceber este fenómeno e, na medida das suas possibilidades, actuar no sentido de minorar os seus efeitos negativos (e até, eventualmente, tentar revertê-los a seu favor). É importante ser um clube acolhedor, que vá de encontro às pessoas e que se reja por valores; um clube que cultive uma imagem de (e que seja, de facto) uma pessoa de bem, que acrescenta algo ao tecido social que a rodeia: que promova a prática desportiva entre os jovens, complementando(?) um desporto escolar quase inexistente (e neste sentido, as modalidades amadoras são importantes), que se associe a iniciativas de mérito de âmbito local/regional e, muito importante, que exclua comportamentos que não condigam com os seus valores. É evidente que algumas coisas são mais fáceis de dizer do que fazer, mas há questões em que podemos fazer bem mais, assim haja vontade. Não é aceitável a passividade com que pactuámos (não só mas também a nível institucional) comportamentos como os que vimos já nesta temporada de alguns dos nossos adeptos, que arrastaram várias vezes o nosso nome pela lama. Temos a obrigação de actuar com coragem, sem a pequenez de apontar as falhas dos outros como se elas pudessem justificar ou limpar as nossas. É preciso alguma coragem, mas custa zero e é urgente. Cada vez que houver incidentes, doa a quem doer, ter a iniciativa de apresentar queixa formal junto das autoridades e contribuir com os nossos meios para encontrar culpados, eliminar sectarismos exacerbados das nossas bancadas e impedir que a nossa imagem seja manchada de forma vergonhosa, como tem sido. Temos de estar na vanguarda da luta contra a violência. Não há clube que possa crescer de forma sustentada e duradoura (e estou a pensar no longo prazo), maxime com as condicionantes que acima descrevi, sem ter uma imagem impoluta. O Desporto deve ser a antítese da Violência.

Por outro lado, acho que não podemos alhear-nos das dificuldades que o ambiente económico depressivo impõe a clube e SAD, bem como ao tecido económico da região. Fiquei algo atónito por não ver aqui referenciada a notícia de graves dificuldades financeiras da(s) empresa(s) do presidente do clube, António Salvador. Sejam ou não meros rumores (e mesmo eu, que não vivo em Braga, já os ouvira), a verdade é que lhes foi dado destaque de primeira página – mesmo que num tablóide da pior espécie. E até penso ter lido que houve uma reacção oficial da empresa, confirmando dificuldades financeiras. Não quero nem tenho qualquer interesse em discutir questões relacionadas com as empresas de António Salvador (embora deseje sinceramente que as dificuldades possam ser ultrapassadas), mas não escondo alguma preocupação pelos possíveis efeitos que elas possam ter nas finanças da SAD e do clube. Mesmo tratando-se de instituições diferentes, não tenho dúvidas de que problemas nas empresas de António Salvador podem condicionar nomeadamente o acesso ao crédito de SAD e clube. Não sei qual a actual saúde financeira da SAD mas sei que mesmo empresas economicamente perfeitamente viáveis podem passar por severas dificuldades se a sua estrutura de financiamento não estiver acautelada. Tanto quanto sei, a banca tem restringido muito o acesso ao crédito e temo que, nas actuais circunstâncias, o clube e a SAD tenham sérias dificuldades em financiar-se, se disso tiverem necessidade. Temos um passivo controlado (mas não baixo), considerando o volume de proveitos que temos vindo a registar (no qual avultam as receitas de transferências). Mas nem proveitos equivalem a recebimentos (sabemos muito bem que ainda temos verbas avultadas a haver de várias transferências), nem é crível que algumas rubricas de proveitos não sofram uma quebra. Por isso, acompanho com alguma apreensão esta situação e vejo com algum espanto que a maioria dos adeptos continue a raciocinar como se não vivêssemos no meio desta crise, pedindo a aquisição deste e daquele ou a renovação daqueloutro por não importa que valor. A possível (provável depois de Segunda?) perda do terceiro lugar da Liga é, neste quadro, um revés significativo para SAD/clube, numa época em que essa posição dá acesso directo ao playoff da CL (e com um Sporting muito abaixo do seu potencial) e com um plantel de um nível talvez irrepetível num futuro próximo.

São estas questões que me preocupam, a propósito do clube...

Cmcorreia

Quote from: Olho Vivo on 04 de April de 2013, 15:57
...
Não sei qual a actual saúde financeira da SAD mas sei que mesmo empresas economicamente perfeitamente viáveis podem passar por severas dificuldades se a sua estrutura de financiamento não estiver acautelada. Tanto quanto sei, a banca tem restringido muito o acesso ao crédito e temo que, nas actuais circunstâncias, o clube e a SAD tenham sérias dificuldades em financiar-se, se disso tiverem necessidade. Temos um passivo controlado (mas não baixo), considerando o volume de proveitos que temos vindo a registar (no qual avultam as receitas de transferências). Mas nem proveitos equivalem a recebimentos (sabemos muito bem que ainda temos verbas avultadas a haver de várias transferências), nem é crível que algumas rubricas de proveitos não sofram uma quebra. Por isso, acompanho com alguma apreensão esta situação e vejo com algum espanto que a maioria dos adeptos continue a raciocinar como se não vivêssemos no meio desta crise, pedindo a aquisição deste e daquele ou a renovação daqueloutro por não importa que valor. A possível (provável depois de Segunda?) perda do terceiro lugar da Liga é, neste quadro, um revés significativo para SAD/clube, numa época em que essa posição dá acesso directo ao playoff da CL (e com um Sporting muito abaixo do seu potencial) e com um plantel de um nível talvez irrepetível num futuro próximo.

São estas questões que me preocupam, a propósito do clube...

Tenho tido muito puco tempo para escrever no forum, mas acho este tópico dos mais importantes. E a parte que sublinhei é a que mais me preocupa.
Espero sinceramente que a SAD tenha os pés assentes na terra, e que efectivamente haja um reajustamento do nosso orçamento face a relaidade económica do país.
Sei que muitos não estão de acordo, mas sinceramente é isso que espero.

Em relação aos outros pontos concordo plenamente com o Olho Vivo, não tenho é tempo para mais explanações.
Cláudio Correia

disco infiltrator

Já tive oportunidade de insistir neste ponto e é essa a principal razão para classificar este atual treinador como, possivelmente, o pior que já passou pelo SCB.

O SCB ainda tem uma distância considerável para o Porto e Benfica a todos os níveis. Não podemos exigir que o SCB fique á frente desses dois clubes na classificação mas pode disputar um ou outro ponto e criar surpresas.

O Sporting atravessa um momento único, talvez o pior da sua história. O SCB está à frente do Sporting na classificação mas perde no confronto direto, algo que não poderia, ou não deveria, acontecer.

Mas, o que é grave, é que a distância do SCB para outros clubes como o Paços, Guimarães, Marítimo, Estoril etc é muito mas muito maior que a distância do SCB para o Benfica e Porto. Com isto, quero dizer, que o SCB teria que estar obrigatoriamente a uma distância pontual considerável desses clubes. E não é isso que se passa. O SCB tem condições que esses clubes nem ousam sonhar alcançar nos próximos tempos.

Mesmo assim, com todas estas condições a equipa de futebol do SCB não consegue ter um modelo de jogo, não consegue estar organizada, não transmite vontade, faz exibições paupérrimas e o desânimo e desmotivação estão instalados.

Não consigo associar isso a falta de sorte mas a incompetência total de quem está a treinar a equipa.

E, como foi muito bem referido, temos um plantel rico e que não vamos conseguir manter nos próximos tempos. Com esta má época não sei se não será um ciclo que termina. Termina porque não tivemos um treinador e gestor de equipa competente que assegurasse o que de muito bom vinha a ser feito. O presidente tem, também, grande parte de culpa ao despedir um excelente treinador e chamar um perfeito incompetente para o seu lugar.

Esses erros pagam-se caro mais ainda num período de crise séria que Portugal atravessa. Foram dadas condições excelentes mesmo em período de crise mas não houve competência para as gerir. Muito dificilmente essas condições se irão repetir.

Kilo

 Este é um assunto fundamental para a nossa sobrevivência.

Abrange muitas áreas da nossa realidade e vem numa altura crítica para o nosso futuro. Esta foi uma época em que, e apesar de alguns bons momentos, demos alguns passos atrás quando estes deviam ter sido em frente.

Entramos na Liga dos Campeões, vendemos o Lima e o Pizzi. Asseguramos, desta forma, o reforço do estatuto europeu (a presença no segundo pote do sorteio é algo de inimaginável até há bem pouco tempo) e asseguramos também que o orçamento desta época (o mais elevado de sempre e, para mim, exagerado) seria cumprido sem grandes sobressaltos. ((Pelo menos champions e Lima representaram entradas a pronto (cerca de 11 milhões) e sem problemas de haver atrasos)).

Depois disto, tivemos a sorte de ter um grupo relativamente acessível: um Man Utd dos melhores, mas que relaxa sempre nesta fase da competição (podiamos, com alguma sorte e menor azelhice, ter feito duas gracinhas), um Galatasaray competitivo, onde surgiram dois resultados "normais" e um Cluj que, por muita valia que tenha, não chega sequer perto da nossa qualidade. Perdemos, desta forma, alguns milhões em vitórias que deviam ter sido nossas e a continuação nas provas europeias (Liga Europa, mínimo exigível).

Internamente, e com um Sporting a roçar o ridículo, com um orçamento e plantel superiores à concorrência restante, o 3º lugar deveria ter sido pouco mais que um passeio. Sei que talvez seja arrogante da minha parte, mas é isso que sinto. Ainda não está perdido, longe disso, mas olhando à motivação e força do Paços e à nossa situação diametralmente oposta...começo a duvidar que seja possível.

E, numa altura de crise profunda, verbas como as que se praticam numa Liga dos Campeões, não podem ser desperdiçadas de maneira nenhuma.

Na Taça de Portugal, competição que era um objectivo forte, e num campo difícil, sim, mas com um adversário claramente inferior e diminuído, fomos incapazes de seguir em frente. Uma desilusão e fracasso extremos.

A partir daqui, e olhando já para a próxima época, acho que se prepara uma pequena revolução no plantel. Na minha opinião, faz todo o sentido.

O Quim é da casa, sim, o Viana é um jogador cheio de classe e único, o Salino é um bom defesa direito, o Carlão tem revelado ser um excelente profissional, depois de quase dispensado... E sim, percebo tudo isto, mas temos que olhar à nossa realidade e ao contexto do nosso campeonato. Justifica investir desmesuradamente em jogadores destes para termos estes resultados? Por muito que o Peseiro tenha contribuído para isso? Não me parece.

Prefiro a manutenção de dois/três jogadores à Braga (Alan, Custódio e Mossoró, p.e.), abdicar de quem ganha mais e/ou não rende. Tentar transferir alguns jogadores com mercado (Hélder Barbosa, Elderson, Douglão, Nac, Baiano..), mesmo que por valores mais baixos e, dessa forma, podermos segurar reais mais valias (Éder, por exemplo). Construir um plantel mais curto, tendo na equipa B jogadores que, a qualquer momento, possam ser chamados e ser opção na equipa principal (Luís Silva, Santos, Cristiano, Ezequiel...). E então, sim, se se conseguir o 3º lugar e se der para um ajuste com maior qualidade...porque não?

Outra coisa, chega de vedetas e jogadores que só querem ganhar ao fim do mês. Tragam-me jogadores profissionais, com capacidade de sacrifício e que lutem sempre, em todos os jogos, do princípio ao fim. Luiz Carlos, nesse aspecto, tem-me surpreendido agradavelmente.

Claro que, para tudo ter sucesso, é preciso um líder. Alguém que lidere o projecto e o leve a bom porto. Peseiro já mostrou que, infelizmente, não tem essa capacidade. O Braga já mostrou que, com alguma sabedoria e competência no banco, se pode ir longe...muito longe.

De toda esta teoria, venho ao ponto central focado pelo Olho Vivo. O contexto de crise e os adeptos.

Em Portugal, angariar adeptos, se não formos um dos três (agora mais a dois) do costume, torna-se uma tarefa hercúlea. Para o conseguir, temos que mostrar resultados (desportivos). Nesta época, demos facadas atrás de facadas a nós mesmos onde, sem dúvida nenhuma, a derrota da última segunda foi a mais forte de todas.

Sim, as pessoas tem menos dinheiro, sim, não é tão fácil trazer gente aos estádios e há uma debandada de muitos jovens para o estrangeiro. O Braga pouco pode fazer quanto a isso. Tem, isso sim, de continuar a ganhar, de ser profissional, de planear, de se mexer mais rápido do que os outros e de não entrar em loucuras. Tem der um clube mais "pró" modalidades e menos "só"futebol. Tem que mostrar que quer adeptos fortes, ao lado da equipa e sem a imagem que se colou ao longo desta época. Mas, tem também que ser mais activo e intransigente na defesa destes. Não chega um ou outro comunicado. De todo.

É com curiosidade que antecipo este final de época e o início da próxima.



magico_scbraga

Quote from: Zé Cometa on 05 de April de 2013, 00:12
Este é um assunto fundamental para a nossa sobrevivência.

Abrange muitas áreas da nossa realidade e vem numa altura crítica para o nosso futuro. Esta foi uma época em que, e apesar de alguns bons momentos, demos alguns passos atrás quando estes deviam ter sido em frente.

Entramos na Liga dos Campeões, vendemos o Lima e o Pizzi. Asseguramos, desta forma, o reforço do estatuto europeu (a presença no segundo pote do sorteio é algo de inimaginável até há bem pouco tempo) e asseguramos também que o orçamento desta época (o mais elevado de sempre e, para mim, exagerado) seria cumprido sem grandes sobressaltos. ((Pelo menos champions e Lima representaram entradas a pronto (cerca de 11 milhões) e sem problemas de haver atrasos)).

Depois disto, tivemos a sorte de ter um grupo relativamente acessível: um Man Utd dos melhores, mas que relaxa sempre nesta fase da competição (podiamos, com alguma sorte e menor azelhice, ter feito duas gracinhas), um Galatasaray competitivo, onde surgiram dois resultados "normais" e um Cluj que, por muita valia que tenha, não chega sequer perto da nossa qualidade. Perdemos, desta forma, alguns milhões em vitórias que deviam ter sido nossas e a continuação nas provas europeias (Liga Europa, mínimo exigível).

Internamente, e com um Sporting a roçar o ridículo, com um orçamento e plantel superiores à concorrência restante, o 3º lugar deveria ter sido pouco mais que um passeio. Sei que talvez seja arrogante da minha parte, mas é isso que sinto. Ainda não está perdido, longe disso, mas olhando à motivação e força do Paços e à nossa situação diametralmente oposta...começo a duvidar que seja possível.

E, numa altura de crise profunda, verbas como as que se praticam numa Liga dos Campeões, não podem ser desperdiçadas de maneira nenhuma.

Na Taça de Portugal, competição que era um objectivo forte, e num campo difícil, sim, mas com um adversário claramente inferior e diminuído, fomos incapazes de seguir em frente. Uma desilusão e fracasso extremos.

A partir daqui, e olhando já para a próxima época, acho que se prepara uma pequena revolução no plantel. Na minha opinião, faz todo o sentido.

O Quim é da casa, sim, o Viana é um jogador cheio de classe e único, o Salino é um bom defesa direito, o Carlão tem revelado ser um excelente profissional, depois de quase dispensado... E sim, percebo tudo isto, mas temos que olhar à nossa realidade e ao contexto do nosso campeonato. Justifica investir desmesuradamente em jogadores destes para termos estes resultados? Por muito que o Peseiro tenha contribuído para isso? Não me parece.

Prefiro a manutenção de dois/três jogadores à Braga (Alan, Custódio e Mossoró, p.e.), abdicar de quem ganha mais e/ou não rende. Tentar transferir alguns jogadores com mercado (Hélder Barbosa, Elderson, Douglão, Nac, Baiano..), mesmo que por valores mais baixos e, dessa forma, podermos segurar reais mais valias (Éder, por exemplo). Construir um plantel mais curto, tendo na equipa B jogadores que, a qualquer momento, possam ser chamados e ser opção na equipa principal (Luís Silva, Santos, Cristiano, Ezequiel...). E então, sim, se se conseguir o 3º lugar e se der para um ajuste com maior qualidade...porque não?

Outra coisa, chega de vedetas e jogadores que só querem ganhar ao fim do mês. Tragam-me jogadores profissionais, com capacidade de sacrifício e que lutem sempre, em todos os jogos, do princípio ao fim. Luiz Carlos, nesse aspecto, tem-me surpreendido agradavelmente.

Claro que, para tudo ter sucesso, é preciso um líder. Alguém que lidere o projecto e o leve a bom porto. Peseiro já mostrou que, infelizmente, não tem essa capacidade. O Braga já mostrou que, com alguma sabedoria e competência no banco, se pode ir longe...muito longe.

De toda esta teoria, venho ao ponto central focado pelo Olho Vivo. O contexto de crise e os adeptos.

Em Portugal, angariar adeptos, se não formos um dos três (agora mais a dois) do costume, torna-se uma tarefa hercúlea. Para o conseguir, temos que mostrar resultados (desportivos). Nesta época, demos facadas atrás de facadas a nós mesmos onde, sem dúvida nenhuma, a derrota da última segunda foi a mais forte de todas.

Sim, as pessoas tem menos dinheiro, sim, não é tão fácil trazer gente aos estádios e há uma debandada de muitos jovens para o estrangeiro. O Braga pouco pode fazer quanto a isso. Tem, isso sim, de continuar a ganhar, de ser profissional, de planear, de se mexer mais rápido do que os outros e de não entrar em loucuras. Tem der um clube mais "pró" modalidades e menos "só"futebol. Tem que mostrar que quer adeptos fortes, ao lado da equipa e sem a imagem que se colou ao longo desta época. Mas, tem também que ser mais activo e intransigente na defesa destes. Não chega um ou outro comunicado. De todo.

É com curiosidade que antecipo este final de época e o início da próxima.

Excelente comentário, em que abordaste .. quase tudo. De se lhe tirar o chapéu!  ;)
Braga - Uma cidade, um clube, uma só paixão.