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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 28/09

Started by JotaCC, 28 de September de 2012, 07:34

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JotaCC

Sporting de Braga: chegou a hora do dérbi

Clubes estão de costas voltadas, face a um corte de relações institucionais que perdura há dois anos. A polémica dos elevados preços dos bilhetes agita as hostes dos adeptos. Neste caso dos bracarenses, na medida em que o ingresso mais barato é de 25 euros. É mais um condimento para apimentar este 'dérbi' por si só marcante na história do futebol nacional.
O Sporting de Braga, com estatuto europeu reforçado, desloca-se a casa do rival quase na máxima força e os índices de confiança elevados, depois da goleada imposta ao Rio Ave (4-1) e a aproximação ao segundo lugar da tabela.
No 'berço' impera, igualmente, o entusiasmo na sequência do triunfo alcançado na jornada passada em Moreira de Cónegos. Foi o primeiro triunfo do Vitória e subsiste o desejo em dar continuidade aos triunfos.
O Sporting de Braga ocupa o terceiro lugar com sete pontos, enquanto o Vitória de Guimarães é nono classificado com 5 pontos. O jogo tem início às 21.30 horas, com arbitragem de Paulo Baptista.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Dérbi minhoto: Técnico reconhece jogo especial
Peseiro exige Braga mandão

O Braga vai assumir as despesas do jogo", assegurou ontem o técnico José Peseiro, na antevisão do dérbi minhoto, no recinto do V. Guimarães (hoje, 21h30, Sport TV 2).

"Alguma vez isso não aconteceu esta época? Com este treinador, a equipa ainda não mudou essa forma de estar. Se vamos conseguir ou não, veremos, mas o Braga é uma equipa marcadamente ofensiva e que quer sempre assumir o jogo, essa é a nossa filosofia", vincou.
O técnico dos arsenalistas reconheceu que vai ser um duelo "especial" e que "cria sempre emoção", embora vincasse que "todos os jogos valem três pontos". Observou, no entanto, ser natural que os jogadores se "sintam agitados, porque lêem os jornais e andam pela cidade", situação que, avisou, não quer ver reflectida no relvado quando o árbitro Paulo Baptista der início à partida. "Queremos estar equilibrados emocionalmente e tacticamente", concluiu.

CORREIO DA MANHA

JotaCC

DOMINGO DÉRBI TEM REPETIÇÃO NO 1.º DE MAIO

O Estádio 1º de Maio, em Braga, recebe domingo nova edição do dérbi. Então, será a vez das equipas B se defrontarem, para a 2.ª Liga. O vitoriano Kanu, que já representou os arsenalistas, é categórico. "Vamos ganhar", disse ao site do clube.


CASA VITORIANA À VOLTA DE 18 MIL ESPETADORES

A previsão dos responsáveis vitorianos aponta para uma casa na ordem dos 18 mil espectadores, acima do jogo com o Sporting (15683). De Braga nem meio milhar de apoiantes são esperados e quase em exclusivo pertence às claques de apoio.


ISMAILY NOVAMENTE EXCLUÍDO NO BRAGA

Ismaily está em gestão de esforço e cumpre um programa espécifico, após ter jogado com o Cluj, para a Champions. Desde esse jogo, as faixas foram alteradas e hoje estará uma dupla a fazer lembrar a época passada: Baiano e Elderson.


JN

JotaCC

V. Guimarães tenta alargar ao relvado a festa de aniversário

Os 90 anos do clube serão visíveis nas camisolas que vão ser estreadas no clássico do Minho. Tradição favorece equipa da casa

Atravessam fases distintas de uma história longa os dois rivais do Minho que hoje se reencontram no Estádio D. Afonso Henriques. O Sp. Braga continua a viver um período dourado, o V. Guimarães tenta recuperar do rude golpe financeiro que sofreu nos últimos meses. A conjuntura, porém, pode valer pouco para o resultado final. A avaliar pelas épocas mais recentes, a equipa da casa tem sabido contrariar o suposto ascendente do adversário.
É fácil perceber quão desequilibrada está a balança. Dos 53 jogos disputados em Guimarães para o campeonato, os vimaranenses venceram 35 e empataram 13, o que significa que o Sp. Braga venceu apenas em cinco ocasiões. A última delas aconteceu em 2005, com um triunfo por 2-0 (golos tardios de Delibasic e de João Tomás).
Desse jogo da 3.ª jornada, não sobra um único jogador em qualquer dos plantéis, mas de ambos os lados há elementos com experiência em jogos de alta tensão. Um deles, Custódio, que trocou Guimarães por Braga em 2010, soma 152 jogos na Liga principal portuguesa; outro, Alex, lateral direito do Vitória, leva mais um: 153.
Nos últimos encontros, porém, a escolha de Rui Vitória para o lado direito da defesa tem recaído sobre João Gonçalves. As opções do treinador do Vitória, de resto, não devem condicionar a estratégia dos visitantes, pelo menos a julgar pelo discurso de José Peseiro. "O Sp. Braga vai assumir as despesas do jogo?", perguntou-se na antevisão da partida. "Já viu alguma vez isso não acontecer esta época? Se vamos conseguir ou não, amanhã [hoje] veremos, mas o Sp. Braga é uma equipa marcadamente ofensiva e que quer sempre assumir o jogo, essa é a nossa filosofia", vincou o técnico.
A favor do Vitória, para além da estatística global, joga ainda o facto de os bracarenses não terem ainda vencido fora de casa esta época. Mesmo assim, somam mais dois pontos que o rival do Minho, que alcançou o primeiro triunfo justamente na última jornada e a poucos quilómetros de casa (1-0 em Moreira de Cónegos).
Para o embate desta noite, Rui Vitória promete uma equipa "a dar a vida" pelo clube, até porque os vitorianos têm uma motivação extra em semana de aniversário. De resto, os festejos do 90.º ano de vida do emblema minhoto serão bem visíveis em campo, quando os jogadores subirem ao relvado com a nova camisola, preparada para a ocasião e que ontem começou a ser comercializada.

Se tudo correr de acordo com as expectativas, são esperados nas bancadas do D. Afonso Henriques entre 18.000 a 20.000 espectadores (os adeptos do Sp. Braga têm à sua disposição 500 bilhetes).

PUBLICO

JotaCC

TRAZ INTERNACIONAIS QUE EU LEVO ADEPTOS

O Vitória, contrariando a tendência da época passada, tem levado mais espectadores ao seu estádio do que o Braga, que por sua vez duplica o adversário no número de jogadores de seleção

Um confronto entre Vitória de Guimarães e Braga é daqueles jogos à medida da frase do mítico treinador do Liverpool Bill Shankly, quando dizia que "o futebol não é um jogo de vida ou morte, é muito mais do que isso!" Apesar do ambiente especial, cada um destes duelos tem características particulares, indiferentes à situação classificativa e até financeira dos dois rivais minhotos. No desta noite, a grande questão reside em saber se o Braga, com uma equipa recheada de internacionais – embora ainda em evolução, como sublinhou José Peseiro –, conseguirá contrariar o peso do D. Afonso Henriques e a motivação (mas também exigência) que as bancadas transmitem aos jogadores do Vitória.

Opostos Vitória distingue-se pela força dos adeptos e Braga tira partido do número de internacionais
Quando apelou ao fator emocional na conferência de Imprensa de anteontem, o treinador do Vitória não estava a socorrer-se de um lugar comum. Rui Vitória recorreu a máximas como "Vamos dar a vida pelo clube" e sublinhou a ideia de este ser "um jogo especial" que temporada, mais 6362 adeptos do que o recinto bracarense. O facto de um dos adversários, na primeira jornada, ter sido o Sporting não explica tal diferença, até porque na receção ao Estoril, o D. Afonso Henriques teve mais dois mil espectadores do que o AXA na visita do Rio Ave. E se alargarmos a análise à época passada, no fim da qual o Braga teve em média mais três mil espectadores do que o rival, confirmamos a ideia de que o dérbi minhoto é vivido mais apaixonadamente em Guimarães, cujo estádio recebeu mais 1300 pessoas.
Na estreia como protagonista neste jogo especial, Peseiro revelou estar a par da agitação que provoca, procurando serenar os ânimos. O objetivo, apontou, é ter a equipa equilibrada "emocional e taticamente", confiando em tirar partido da sua maioria de internacionais – o dobro do rival –, um "por maior" que permitiu ao Braga não só dar luta como até ultrapassar os três grandes.
Na formação vitoriana, que se estreou a vencer na Liga na última jornada, Toscano está de regresso, embora deva começar no banco. É mais uma opção atacante num grupo que tem o aliciante de poder passar o adversário na tabela classificativa em caso de triunfo, mantendo também a supremacia histórica nos jogos em casa (uma derrota em 28 anos).
Embalado pela goleada ao Rio Ave, depois de duas derrotas (Cluj e Paços de Ferreira), o Braga só deve apresentar uma novidade no onze, no lado direito da defesa, já que Salino, de forma surpreendente, não foi convocado, por opção.


"Assumir as despesas do jogo"

Treinador do Braga considera importante não colocar de parte o clima emocional à volta do dérbi e por isso quer uma equipa "equilibrada emocional e taticamente"

José Peseiro não quer ouvir falar em favoritismos no dérbi de hoje e até sorriu, com alguma ironia, quando foi questionado se a sua equipa tinha superioridade teórica. "Não aposto na internet, aliás, não gosto de apostar, mas o Braga vai para qualquer jogo para vencer. Não gosto de fazer cenários desse género [quem é favorito], o importante é estarmos sintonizados que temos capacidade e qualidade para vencer".
A frontalidade de Peseiro foi posta à prova quando lhe perguntaram se a sua equipa ia assumir o jogo. "Já viu alguma vez este ano a não assumir as despesas do jogo? É fácil a resposta, porque com este treinador o Braga não mudou a forma de jogar: assume o jogo e é uma equipa marcadamente ofensiva. Em alguns momentos não o consegue, mas a nossa filosofia é essa", garantiu. Por ser "um jogo especial", o treinador do Braga disse que toda a equipa o quer "sentir como tal ", considerando "importante haver emoção" e prometendo "estar equilibrados emocionalmente e em termos táticos".
José Peseiro deixou uma mensagem especial a quem sofre pelo clube: "Sabemos das expectativas criadas pelos adeptos bracarenses e não os queremos defraudar. Podem contar com a nossa postura mais forte e com uma entrega total. O importante para o treinador é que esse clima não seja colocado de parte, sabendo das nossas responsabilidades".
O Vitória é qualificado como "uma equipa boa, bem orientada" e que segundo Peseiro "terá vontade de vencer na sua casa". Um sentimento que o técnico quer contrariar. "Seja Champions ou não o mais importante é estarmos o melhor possível em todos os jogos. Teremos que estar no nosso melhor em termos individuais e coletivos", avisou.


"Tenho confiança em todos os jogadores"

Com o Rio Ave, Alan não saiu do banco. Uma situação normal? José Peseiro não respondeu diretamente à questão sobre o capitão, mas começou por lembrar que frente ao Beira-Mar nem sequer foi convocado. "Acredito e tenho confiança em todos os jogadores. É preciso haver gestão do plantel e, estando em várias frentes, quero ter todos os jogadores bem em todos os jogos", afirmou o técnico, sublinhando o excesso, saudável, de soluções naquele sector. "Temos vários jogadores de qualidade no meio-campo e é possível que isso aconteça mais vezes. Estão preparados para jogar e também para estarem a um bom nível quando são chamados depois de estarem no banco ou de não serem convocados".


Baiano chamado para o lugar de Leandro Salino

José Peseiro reservou uma surpresa. O brasileiro Baiano (na foto) foi chamado para o lugar de Leandro Salino, substituindo assim o compatriota na lista de convocados em relação à do jogo, em casa, com o Rio Ave. Até agora, Baiano foi titular em dois dos quatro jogos do campeonato (em casa com o BeiraMar e em Paços de Ferreira), não tendo ainda a oportunidade de se estrear nas competições europeias.
Ao contrário do que tinha acontecido com o Beira-Mar, em vésperas do decisivo jogo do play-off da Champions com a Udinese, José Peseiro não alinhou em poupanças, prevendo-se que a única alteração no onze seja mesmo a troca dos laterais no lado direito da defesa. O lateral-esquerdo Ismaily continua de fora por opção, enquanto Carlão é o único indisponível por razões de ordem física. O avançado brasileiro recupera de um traumatismo na coxa esquerda.


DIREÇÃO DO VITÓRIA JANTA SEM COMPANHIA DOS RIVAIS

A Direção do V. Guimarães vai promover o habitual jantar antes do jogo mas, segundo O JOGO apurou, nenhum elemento da SAD do Braga foi convidado. Certo é que António Salvador tem lugar no camarote presidencial. Falta saber se vai ou não assistir ao jogo ali.




V. Guimarães-Braga Adversários e felizes para sempre

Os melhores exemplos da sã rivalidade não falam de táticas, nem entram em despiques em campo. Por obra do Cupido, António Costa e Maria Rosário Teixeira são casados e insistem em jurar absoluta fidelidade a Braga e Vitória

"Mal chegam a casa dizem logo: ó mãe, já sei que amanhã vou ouvir os meus colegas". Mãe que se preze, sabe dar o devido valor às coisas e, nessa medida, a professora de Matemática não perde a cabeça com as derrotas
Dormir ao lado do inimigo pode ser o começo de uma admirável história de amor, sem fim à vista. Estranho? Olhando para o casal de professores António Costa e Maria Rosário Teixeira, adeptos do Braga e Vitória de Guimarães, respetivamente, percebe-se facilmente que afinal sempre é exequível. A rivalidade entre os dois clubes nunca foi tabu, "até porque os filhos são adeptos apaixonados do Braga", como explica a mãe, mas em casa impera "um pacto de não agressão" verbal. "Quando assistimos juntos pela televisão a um dérbi, quase ninguém se expressa, porque há respeito", explica António Costa ou simplesmente "Acosta" como é conhecido entre os foristas do sítio superbraga.com.
Atenta à explicação do marido, natural de Braga e residente em Guimarães, Maria Rosário acrescenta que o tal "respeito" envolve igualmente moderação na linguagem. "Eu sei que eles dizem asneiras nos estádios, mas em casa não admito", diz. "É uma catarse", graceja o docente de Artes Visuais e Geometria Descritiva. Mais indescritível é a tristeza que invade os miúdos (Tiago e Diogo) do clube. "Sou muito mais calma do que eles", sustenta, confessando que prefere ficar em casa a descansar em vez de se meter em confusões. "Até sabe bem ficar em casa sozinha quando eles vão para o futebol. Tiro férias deles . Até fui eu que os convenci a irem a Itália com o Braga", revela.
Para não variar, "Acosta" irá esta noite ao futebol com um amigo aposentado da polícia. No final, Maria Rosário conta festejar uma vitória por 2-1, o que não corresponde, sem espanto, com o prognóstico do marido. "Vai ficar 1-3, porque o Braga sofre sempre golos em Guimarães. Vão marcar o Éder, o Rúben Micael e o Paulo Vinícius", estima.



Mudar de clube ou fusão? Nem em ficção científica...

Nem por amor António Costa e Maria do Rosário alguma vez aceitarão mudar de emblema. Assinaram, como é sabido, pelo clube dos casados na mesma altura e no mesmo local, mas em relação a Vitória e Braga nem vale a pena insistir. "Isso nem pensar", reage a esposa, reprovando igualmente uma possível fusão dos dois clubes. Por aí, o marido assina por baixo. "Isso é sociologicamente impensável. Um clube jamais poderá substituir o outro. Devem antes crescer".


Paixão congelou no namoro e aqueceu com os filhos

O braguismo incondicional de António Costa entrou em fase de hibernação quando conheceu aquela que seria a futura mulher. Cruzaram-se numa escola de Fermentões (Guimarães) e durante dois anos, o tempo que durou o namoro até ao casamento, as conversas entre ambos eram sobre tudo menos... do Braga e Vitória. "Ele não ligava nada ao futebol", garante Maria Rosário. Será esta toda a verdade? O acusado apresenta uma versão relativamente diferente. "Bom, não era bem assim, até porque eu sou sócio do Braga há já 30 anos, mas, pronto, admito que abdiquei do futebol por causa do namoro", assume, acrescentando que os filhos Tiago (14 anos) e Diogo (12) "reacenderam" a tal paixão pelo Braga, sem beliscar minimamente "o amor pela esposa". Por "influência" do pai, denuncia Maria Rosário, ambos torcem pelo clube arsenalista e até são sócios com cadeiras anuais no AXA. "Moram em Guimarães, como nós, e nunca tiveram problemas ", garante António Costa. A ousadia tem, porém, limites, por questões de segurança. "Nunca os levo ao Estádio D. Afonso Henriques. Os dérbis são excessivamente condimentados por violência", justifica.


Uma sogra do melhor

Apesar de ser vitoriana, gosta de ver o genro feliz

Pai de Maria do Rosário, antigo guarda-redes, dirigente e sócio número 5 do Vitória de Guimarães; Laurentino Teixeira foi o primeiro teste de fogo superado por António Costa. Entrou na família de fininho e, aos poucos, conquistou o patriarca (já falecido). "Davam-se muito bem, fartavam-se de conversar. Nunca o reprovou por ser adepto do Braga", certifica a esposa. Por arrasto (ou talvez não), o professor de Artes Visuais deixou de ser um mero intruso para se tornar num estimável membro da família. "Sempre fui bem aceite; até a minha sogra já torce pelo Braga porque não gosta de me ver triste, isto à exceção dos jogos com o Vitória".

O Mercedes, a ofensa, o insulto e a cabeçada

O dia 2 de junho de 1988, um domingo, ficou marcado na cabeça de um desconhecido adepto do Vitória que se preparava para assistir a mais um dérbi com o Braga. Naquela altura, há mais de 20 anos, não havia sofás nos dérbis, só lugares no estádio porque as transmissões televisivas eram privilégios de apenas alguns jogos. Laureta está no centro da história.
Natural de Guimarães e formado no Vitória, o ex-defesa-esquerdo passou ainda pelo FC Porto antes de assinar pelo Braga. Já com um dinheirito na carteira, comprou um Mercedes, que pelos vistos causou inveja. No tal dérbi entre vitorianos e bracarenses, respeitante à época de 1987/88, e quando a entrada para os balneários do D. Afonso Henriques se f azia pelo lado oposto ao atual, a saída de Laureta do autocarro do Braga foi acompanhada por insultos de um adepto do Vitória, colocado numa parte superior. "Coisas do tipo chulo, vendido e traidor...", lembra o antigo jogador. Tempos diferentes, soluções diferentes. Laureta não se conteve e foi atrás do insulto. "Da parte de baixo do estádio perguntei-lhe se aqueles nome se eram para mim. O adepto disse - me que sim e lá fui ter com ele. Dei-lhe uma cabeçada e armou- s e uma confusão dos diabos, com a polícia pelo meio e tudo. Aliás, fui identificado pela polícia".
O jogo, respeitante à 37ª jornada, a penúltima do campeonato, era crucial para as duas equipas. Vitória e Braga lutavam para não descer depois de uma temporada com resultados dececionantes e o episódio da agressão no exterior do estádio só podia ter o mesmo efeito que atirar gasolina para uma fogueira. Quando Laureta entrou no balneário encontrou o treinador Vítor Manuel com as mãos na cabeça, quase a chorar, no seu estilo bonacheirão. "Lixaste-nos! Estamos feitos! E agora?", lamentou-se, segundo relato de Laureta, o técnico bracarense. Com a culpa às costas, o antigo defesa-esquerdo encontrou uma saída airosa. "Reuni os jogadores no balneário e gritei-lhes: vamos a eles, vamos ganhar isto". O Braga não ganhou, mas empatou, um resultado que lhe serviu perfeitamente para as contas. Para o Vitória o empate acarretava mais perigo, mas na última jornada também se safou. Quanto ao tal adepto, as coisas ficaram sanadas e ainda hoje Laureta o cumprimenta quando o encontra na rua.


Família responde aos insultos

Sendo natural de Guimarães, Azurém, mas tendo representado outros clubes – FC Porto, Braga, Gil Vicente e Académica –, quando Laureta vestia a camisola do adversário no D. Afonso Henriques o mais certo era haver confusão na bancada. Tanto o avô como o pai do ex.jogador não deixavam que ninguém o tratasse mal e, por vezes, lá tinham que arregaçar as mangas. Olhando para a bancada a partir do relvado, Laureta conseguia perceber à distância o que acontecia.


O JOGO

brigada da relote


brigada da relote


brigada da relote


JotaCC

João Ferreira dirige Gil Vicente-Moreirense; Hugo Miguel no Sp. Braga B-Vitória B

O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol nomeou o árbitro João Ferreira para o dérbi minhoto Gil Vicente-Moreirense, marcado para domingo, às 16 horas.

O árbitro de Setúbal será auxiliado por Luís Ramos e Rui Cidade.

Esta sexta-feira também foi divulgada a nomeação para o jogo Sp. Braga B-Vitória B, da 8ª jornada da 2ª Liga. O dérbi de equipas B vai ser dirigido por Hugo Miguel, de Lisboa, que contará com os auxiliares Nuno Pereira e Hernâni Fernandes.

GUIMARÃES DIGITAL

Bruno3429

V. Guimarães-Sp. Braga (antevisão): vizinhos de sorriso amarelo
Dérbi do Minho promete mais uma noite de emoções explosivas
Por Pedro Jorge da Cunha

O MOMENTO:

V. GUIMARÃES: o triunfo na visita ao vizinho de Moreira de Cónegos, o primeiro na Liga, devolveu tranquilidade a uma equipa que aprende novos hábitos. Hábitos impostos por uma conjuntura financeira difícil e, por conseguinte, limitativa. Rui Vitória aposta em alguns atletas ainda pouco habituados a lidar com a pressão enorme que é vestir a camisola vitoriana.

SP. BRAGA: a goleada aplicada ao Rio Ave permitiu digerir a surpreendente derrota na estreia da Liga dos Campeões. José Peseiro mantém a gestão do plantel e deverá apostar em dois laterais com poucos minutos nas pernas: Baiano e Elderson. O dérbi é sempre um bom momento para comprovar a qualidade de uma equipa.


AUSÊNCIAS:

V. GUIMARÃES: Marco Matias, João Amorim e Dinis (lesionados);

SP. BRAGA: Carlão e Ismaily (lesionado);


DISCURSO DIRETO:

Rui Vitória: «Nestes derbies nunca há favoritos, mas temos uma grande vantagem que é jogarmos no nosso estádio, perante os nossos adeptos. Grande parte dos pontos que temos hoje devem-se a eles e gostaríamos de lhes dar a alegria de uma vitória».

José Peseiro: «Para nós, todos os jogos valem três pontos, mas sabemos das expectativas dos bracarenses e não os queremos defraudar. Podem contar connosco e com a nossa entrega total».

Registo histórico:

O domínio do Vitória Guimarães na condição de visitado é evidente. Em 53 jogos, os homens da Cidade-Berço venceram 35 partidas, 13 empates e perderam apenas cinco vezes contra o Sp. Braga. Na época passada o jogo acabou empatado a uma bola: golo de Edgar para os visitados e de Paulo Vinícius para os arsenalistas.

EQUIPAS PROVÁVEIS:

V. Guimarães: Douglas; João Gonçalves, N'Diaye, Defendi e Addy; El Adoua e André André; João Ribeiro, Barrientos e Ricardo; Soudani.

Outros convocados: Delac, Alex, Siaka Bamba, Leonel Olímpio, Tiago Rodrigues, Toscano, Lalkovic e Baldé

Sp. Braga: Beto; Baiano, Douglão, Paulo Vinícius e Elderson; Custódio e Hugo Viana; Rúben Amorim, Mossoró e Rúben Micael; Éder.

Outros convocados: Quim, Nuno André Coelho, Djamal, Alan, Paulo César, Hélder Barbosa e Michel

Maisfutebol

Bruno3429

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-1 (crónica)
Do marasmo aos golos, do adormecimento à agonia vitoriana

Por Pedro Jorge da Cunha

A ideia não é agradável para as gentes de Guimarães, mas as provas são inequívocas: este Vitória não tem perfil para alavancar grandes feitos, entrar em poemas épicos, ser herói em cartas de amor. Não, não tem. A derrota, pungente, na receção ao mais adverso dos vizinhos é testemunha abonatória do que escrevemos.

Guimarães é e será sempre terra de conquistadores. Isso é indiscutível. Os tempos é que são de crise. Nas finanças e, por consequência, na equipa de futebol. A glória de outros tempos, as narrativas ao jeito da Ilíada, as obras impostas pelo domínio, todas fazem parte de um passado dolorosamente longínquo para a Cidade-Berço.

Ver um jogo deste Vitória, pelo menos em casa, é tocar chão sagrado e ficar surpreendido com a pobreza de algo tão grande. «Lindo, é uma desolação magnífica», terá dito o astronauta Buzz Aldrin a tocar na lua. A ideia é precisamente essa.

O Sp. Braga, rival e confrontador primordial, é que não tem qualquer culpa disso. Sem necessitar de efetuar um jogo tremendo, bem distante disso, os arsenalistas glosaram as limitações confrangedoras do Vitória e fizeram dois golos na segunda parte. O título não é um objetivo inverosímil.

O jogo remoía num ritmo conciliador, diplomático, inapropriado para um dérbi de severo contorno histórico. O Vitória afundava-se num ideal próximo da utopia, ao querer jogar um futebol apoiado sem ter qualidade para o fazer, e o Sp. Braga andava estranhamento satisfeito por não ser incomodado.

Bola a sulcar a linha divisória, balizas praticamente a salvo de qualquer atoarda, forças de bloqueio claramente superiores às ideias de investimento e crescimento. Andava nisto a partida, até que o génio de Alan e o oportunismo de Éder desfizeram a trégua sem sentido.

O Sp. Braga em vantagem aos 56 minutos e, perdoem-nos o cliché, o castelo a ruir como um baralho de cartas. O Vitória acabou ali, naquele avanço feliz da frente arsenalista. Daí até final só uma equipa mostrou capacidade e qualidade de voltar a fazer golos.

Não admirou, por isso, que Hugo Viana tenha aplicado o golpe de misericórdia a um Vitória já moribundo. Lance de confusão, bola na área vitoriana e o divino pé esquerdo do internacional português a por termo a toda e qualquer possibilidade de concórdia.

A pior agonia é a que ampara a lucidez da mente. O Vitória tem momentos em que agoniza e, o mais preocupante, é que está perfeitamente consciente disso.

Maisfutebol

Bruno3429

«Soubemos sofrer» - Éder
Por Redação

O avançado do SC Braga considera merecida a vitória no clássico minhoto.

«Foi uma grande vitória. Fizemos um bom trabalho, soubemos sofrer e foi uma grande exibição. É uma vitória merecida. Golo? Trabalho para isso e tenho sentido apoio da equipa, o que me ajuda a sobressair», disse à Sport TV no final do encontro em Guimarães.

Éder destacou ainda a importância da vitória sobre o rival minhoto: «Foi essa a mensagem que o mister nos passou - sabíamos que era um jogo importante para os nossos adeptos e foi com grande determinação que conseguimos vencer.»

A Bola

JotaCC

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-2 (destaques)
Custódio, senhor do meio-campo em terra de conquistadores

A Figura: Custódio
Senhor jogador. Médio esclarecido, homens de convicções fortes na hora do passe. Pensa e define com rapidez e precisão, cobre bem a zona frontal aos centrais e é quase sempre o motor de arranque nas transições ofensivas. Ganhou dimensão, ganhou influência e saiu de Guimarães como a melhor unidade do Sp. Braga. Foi imenso no combate da intermediária, sem nunca perder a influência de escolher o melhor caminho. É de inteligência que também se fazem os bons jogadores.

O Momento: Alan e Éder desequilibram
Num dos poucos lances de bom futebol, o jogo foi decidido pela dupla Alan/Éder. O brasileiro encarregou-se da organizar a jogada e incomodar o lateral vitoriano, o internacional português colocou a bola no fundo das redes. Tudo definido.

A Desilusão: dérbi morno
É um jogo especial, movido por uma rivalidade ancestral, e dele se esperam sempre jogos emocionantes. Não foi o caso. É justo, de resto, dizer que a partida foi uma desilusão em quase todos os aspetos. Ritmo baixo, pouco choque, tudo demasiado brando e natural.

OUTROS DESTAQUES

Alan
Espicaçado pelas recentes passagens pelo banco, Alan respondeu com uma exibição à moda antiga. O momento mais alto foi, naturalmente, a assistência para o golo de Alan. Antes e depois teve uma disponibilidade enorme na cobertura defensiva e no lançamento do ataque. Este é o Alan que o futebol português aprendeu a admirar.

Ricardo
Joia da coroa vitoriana, símbolo de rebeldia devidamente gerida e qualidade exposta aos olhos de todos. Este menino tem tudo, mas tudo mesmo, para vir a ser um tremendo futebolista. Muito rápido, bons pés, fisicamente forte e até perigoso no jogo aéreo. Foi, de resto, nas alturas que cabeceou para o lance de maior perigo no primeiro tempo. A bola saiu a rasar o travessão da baliza arsenalista. Aos 18 anos acumula exibições convincentes e um capital de confiança impróprio para tão imberbe idade.

David Addy
Segunda vida, segundo fôlego, prova decisiva de um lateral olhado de lado no F.C. Porto. Resposta interessante, principalmente nas subidas pelo corredor esquerdo. Três cruzamentos bem medidos, uma ou outra combinação interessante com os colegas da frente, desenvoltura física e concentração defensiva assinalável. Amadureceu bem. As passagens por Coimbra e pela liga grega fizeram-lhe bem.

Éder
A herança, pesada, começa a ser aproveitada. Os golos de Lima são agora responsabilidade de Éder. Para já, três. Nada mau. Dois ao Rio Ave e um em Guimarães, repleto de oportunismo. O trabalho de Alan na esquerda foi ótimo e Éder, à verdadeiro ponta-de-lança, apareceu ao segundo poste a encostar para a baliza deserta. Lutou do princípio ao fim, muitas vezes sem apoio nem definição possível. Jogou de costas para a baliza, solicitou uma e outra vez os médios até ser recompensado com o tal golo. O internacional português está a fazer pela vida.

Hugo Viana
Após três jogos menos bom, as pazes feitas com uma excelente atuação na segunda parte e um golo cheio de fúria e convicção.


MAIS FUTEBOL

Bruno3429

Vitória diz que é injusto, Peseiro acha o contrário
Treinadores em desacordo sobre o desfecho do derby do Minho
Por Redacção

Os treinadores de V. Guimarães (Rui Vitória) e Sp. Braga (José Peseiro) em declarações à Sport TV após o triunfo bracarense no derby, por 2-0, no Estádio D. Afonso Henriques:

Rui Vitória

«Perdemos e há que assumi-lo. Queríamos outro resultado. A equipa balanceou-se um bocado e em duas saídas para o ataque o Braga fez dois golos. A equipa bateu-se e trabalhou, o resultado acaba por ser um pouco injusto, porque o jogo foi muito equilibrado. Na segunda parte tentámos arriscar um pouco mais e empatar. O Braga com a experiência que tem acabou por definir. Os pormenores ditaram o resultado. Sem triunfos em casa? Queremos dar alegria aos adeptos, mas ainda vamos somar muitos pontos. O importante é não perder o nosso rumo. Há objetivos imediatos, mas não só.

José Peseiro

«Tinha dito que o jogo valia apenas mais três pontos, mas sabia das expectativas dos bracarenses. Este triunfo vai para eles, é uma vitória justa. Não controlámos os primeiros 15 minutos. Estávamos à espera, eles tiveram uma postura agressiva e pressionante. A partir daí controlámos o jogo, com alguns erros, mas com uma exibição sólida. Mesmo quando o Guimarães quis pressionar nós conseguimos sair com qualidade. Solidez defensiva? Ainda hoje estava a comentar que na estatística da liga somos a equipa que menos remates sofre. As oportunidades que nos criaram não foram assim tantas, mas isto por vezes é relativo. A equipa defendeu bem, não sofrer golos é bom. As vitórias dão confiança, as coisas consolidam-se com trabalho e vitórias.»


Éder: «Foi uma grande vitória»
Avançado do SP. Braga destaca que quando a equipa está bem, há sempre quem sobressaia a nível individual
Por Redacção

Éder, avançado do Sp. Braga, em declarações à Sport TV após o triunfo bracarense no derby com o V. Guimarães, por 2-0, no Estádio D. Afonso Henriques:

«Foi uma grande vitória, fizemos um bom trabalho desde início. Fizemos uma grande exibição e a vitória é merecida. O mister passou a mensagem de libertar-nos da pressão do derby. Sabíamos que era um jogo importante e vencemos com determinação. Trabalho para marcar golos, a equipa trem jogado bem e isso faz com que os jogadores sobressaiam.»

Maisfutebol

JotaCC

I Liga: Sp. Braga vence derby minhoto em Guimarães

O Sporting de Braga venceu hoje fora o Vitória de Guimarães, por 2-0, em jogo da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, mantendo-se no terceiro lugar da competição.
No Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, os golos dos bracarenses foram apontados pelos portugueses Éder (55 minutos) e Hugo Viana (86).
Com este triunfo, o Sporting de Braga manteve o terceiro posto, com os mesmo 10 pontos do FC Porto, que joga no sábado com o Rio Ave, e menos um do que o Benfica, que hoje venceu o Paços de Ferreira (2-1). O Vitória de Guimarães desceu para 10.º, com cinco pontos.

DIARIO DIGITAL

JotaCC

VIT. GUIMARÃES-SP. BRAGA, 0-2
Sporting de Braga vence dérbi em Guimarães

Éder e Hugo Viana materializaram a superioridade diante do Vitória de Guimarães e mantêm o Sporting de Braga no pódio da Liga.

O Sporting de Braga fez a festa no dérbi de Guimarães, ao derrotar a equipa do Vitória, por 0-2, esta sexta-feira, em jogo da quinta jornada da Liga.
Os internacionais portugueses Éder (55') e Hugo Viana (85') fizeram os golos do triunfo dos arsenalistas, ambos na segunda parte, e garantiram a vitória num jogo onde os pupilos de José Peseiro se superiorizaram diante da equipa às ordens de Rui Vitória.
Os bracarenses já não venciam no D. Afonso Henriques há sete anos, mas conseguiram chegar aos dez pontos no campeonato e igualaram, provisoriamente, o FC Porto no segundo lugar.

DN

Bruno3429

«Fizemos uma exibição sólida e consistente» - José Peseiro
Por Redação

O treinador do SC Braga, José Peseiro, considerou justa a vitória da sua equipa em Guimarães e diz que foi importante não sofrer golos.

«É uma vitória justa. Não controlámos os primeiros 15 minutos mas a partir daí fizemos uma exibição sólida e consistente. O 2-0 é um resultado justo para o que se passou. Defendemos bem. Não sofrer golos é bom, dá-nos mais confiança. É uma vitória que é importante também para o próximo jogo (na Turquia frente ao Galatasaray)», afirmou Peseiro em declarações à Sport TV.

A Bola

JotaCC

Éder: «Foi uma grande vitória»
Avançado do SP. Braga destaca que quando a equipa está bem, há sempre quem sobressaia a nível individual

Éder, avançado do Sp. Braga, em declarações à Sport TV após o triunfo bracarense no derby com o V. Guimarães, por 2-0, no Estádio D. Afonso Henriques:

«Foi uma grande vitória, fizemos um bom trabalho desde início. Fizemos uma grande exibição e a vitória é merecida. O mister passou a mensagem de libertar-nos da pressão do derby. Sabíamos que era um jogo importante e vencemos com determinação. Trabalho para marcar golos, a equipa trem jogado bem e isso faz com que os jogadores sobressaiam.»

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JotaCC

Sp. Braga vence Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques por 2-0

Com golos de Éder e Hugo Viana, o Sporting de Braga venceu hoje o Vitória, por 2-0, na quinta jornada da Liga Zon Sagres, apenas o sexto triunfo em 54 encontros entre os velhos rivais em Guimarães.

O último triunfo dos bracarenses na ''Cidade Berço'' datava da época 2005/06 e, apesar de não ter feito uma exibição de gala, o Sporting de Braga mereceu por inteiro a vitória e fez um bom teste para o jogo da Liga dos Campeões, na terça-feira, na Turquia, diante do Galatasaray.

Os golos foram marcados por Éder, aos 55 minutos, e Hugo Viana, aos 86, coroando uma segunda parte totalmente bracarense.

A equipa orientada por José Peseiro vestiu o ''fato de macaco'' e foi pragmática, rigorosa na defesa e eficaz no ataque, obtendo três importantes pontos em casa do eterno rival, que ainda não conseguiu vencer em casa esta época.

O Vitória de Guimarães voltou a mostrar carências sobretudo ofensivas e é evidente a falta de um estratega como Nuno Assis, que saiu para o Chipre no último defeso.

O treinador do Sporting de Braga prometeu que a equipa ia assumir as despesas de jogo desde o início, mas não conseguiu cumprir porque o Vitória não deixou os ''arsenalistas'' terem a bola durante grande parte da primeira parte e foi mesmo a primeira equipa ter algum ascendente na partida.

Aos 10 minutos, Soudani em excelente posição (mas em fora-de-jogo) rematou com muito perigo após um bom centro de Ricardo, o jovem extremo de 18 anos que deu muito que fazer a Elderson na primeira parte.

E foi mesmo Ricardo que esteve perto do golo quando o seu cabeceamento passou a rasar a barra da baliza de Beto (18 minutos), após um excelente cruzamento de Addy, naquela que foi a melhor oportunidade da equipa da casa no primeiro período.

A resposta do Braga surgiu pouco depois (22), com Mossoró a ''descobrir'' Hélder Barbosa solto na área, mas o ''canhoto'', em excelente posição, rematou com o pé direito, muito fraco e torto.

O jogo seguia equilibrado, agora com os bracarenses com mais posse de bola, mas sem criar grandes situações de perigo junto da baliza vitoriana.

Aos 40 minutos, terá ficado por marcar uma grande penalidade a favor dos visitantes, porque Mossoró foi derrubado dentro da área por El Adoua e não fora, como o árbitro, Paulo Baptista, assinalou.

O único golo da partida surgiu bem cedo na segunda parte (55): Alan ''fugiu'' a João Gonçalves e assistiu Éder que só teve que encostar.

Rui Vitória demorou 10 minutos a mexer na equipa, mas foi pouco audaz, limitando-se a refrescar o meio-campo e o ataque (entradas de Tiago Rodrigues e Lalkovic para os lugares de Leonel Olímpio e João Ribeiro) e só a oito minutos do fim arriscou com a entrada de Baldé para o lugar de André.

As mudanças, contudo, tiveram efeitos nulos já que a equipa continuou muito encolhida e sem um sopro de criatividade.

O Sporting de Braga dominava a partida e depois de ameaçar por duas vezes, marcou mesmo, por Hugo Viana (86) após um grande trabalho de Rúben Micael do lado esquerdo.

O Vitória ainda enviou uma bola ao poste logo a seguir, por Soudani, num lance fortuito, mas a equipa já estava há muito rendida à superioridade do adversário.

FUTEBOL 365

JotaCC

Vitória de Guimarães-Sporting de Braga
Nem o duelo do Minho maquilhou a diferença que separa os dois rivais

O Sporting de Braga voltou a vencer em casa do seu principal rival (0-2), algo que não acontecia há sete anos. Nem o equilíbrio habitual em duelos regionais como o desta noite no Minho conseguiu disfarçar a diferença que hoje separa os dois emblemas. De um lado, o plantel de Liga dos Campeões dos bracarenses, do outro, um Vitória em reconstrução devido à grave crise financeira que atravessa.

E a formação bracarense nem precisou de forçar muito o andamento. Bastou um golo para selar o sexto triunfo do Sp. Braga em Guimarães ao longo de toda a história, algo que tinha acontecido pela última vez em 2005-06, com Jesualdo Ferreira.

Éder, aos 55', começou a desenhar o triunfo. O ponta-de-lança concluiu à boca da baliza um lance criado por Alan que, na esquerda, fez o que quis do adversário, cruzando depois com precisão. O Sp. Braga concretizava no início da segunda parte o ascendente com que tinha regressado do intervalo. E fixaria o resultado final já perto dos 90', por Hugo Viana.

Se os visitantes foram mais eficazes na segunda parte, os 45 minutos anteriores tinham sido pouco interessantes, com as duas equipas mais preocupadas em não cometer erros. As cautelas levaram a que a primeira grande oportunidade de golo tenha surgido apenas aos 18', numa boa iniciativa do ataque vimaranense, que fez a bola rodar da direita para a esquerda, onde o lateral Addy apareceu a cruzar para o interior da área. Entre os defesas do Sp. Braga, Ricardo desviou a bola, mas esta saiu ligeiramente por cima.

Os bracarenses responderam à primeira tentativa da equipa da casa dois minutos depois, com um remate de Mossoró, por cima da baliza. No lance seguinte, Hélder Barbosa falhou o remate, mas, à meia-hora, o guarda-redes Douglas ia estragando a pintura. Mostrou demasiada passividade perante Éder e rematou contra o avançado, com a bola a pingar sobre a linha, mas conseguiu emendar a tempo, evitando o golo.

O Guimarães tremeu. João Gonçalves também falhou pouco depois (39') num que quase dava golo. Na sequência, a bola sobrou para a entrada da área, onde Mossoró apareceu em boa posição, sendo derrubado por El Adoua. O árbitro assinalou livre, mas ficou a sensação de a infracção já ter sido cometida dentro da grande área.

Depois do intervalo, o Sp. Braga surgiu melhor e chegou cedo ao golo. O Vitória foi obrigado a ir à procura do empate, mas sem grande qualidade. Rui Vitória demorou dez minutos a mexer na equipa — trocou um médio defensivo (Olímpio) por um médio de ataque (Tiago Rodrigues, jogador da equipa B) —, mas não teve sucesso com as mexidas. Em vez de ser a equipa da casa a criar mais lances de perigo, continuou a ser o Sp. Braga a ter as melhores oportunidades, especialmente no contra-ataque. E foi num desses lances que acabou com a partida, graças a um remate perfeito de Hugo Viana (86').

POSITIVO
Alan Aos 33 anos, continua a ter classe e clarividência suficientes para ser o principal municiador do ataque da equipa. Ontem, foi dos seus pés que saiu o lance do primeiro golo bracarense.

Éder O ponta-de-lança fez o seu terceiro golo em dois jogos e lutou muito na frente de ataque, mesmo na pior fase da sua equipa. Está a assumir-se como um goleador português a ter em conta, começando a fazer esquecer Lima.

NEGATIVO
V. Guimarães Mesmo mergulhado numa grave crise e com um plantel muito jovem e inexperiente, esperava-se mais da equipa vimaranense num duelo regional com uma história que lhe é favorável no D. Afonso Henriques. Enquanto o jogo foi lento, ainda disfarçou debilidades, mas depois foi incapaz sequer de reagir ao golo sofrido. Rui Vitória também não foi feliz a mexer na equipa e entregou, cedo de mais, o triunfo ao adversário.

PUBLICO