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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 08/04

Started by Bruno3429, 08 de April de 2012, 11:09

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Bruno3429

Liderança mais distante
Paulo Machado

Segunda derrota em duas semanas. Cinco pontos, agora, separam o Sporting de Braga do primeiro lugar, que pertence aos 'azuis-e-brancos'. Golo de Hulk foi decisivo, no abate aos Guerreiros do Minho naquela que foi a primeira derrota em casa na presente temporada.
Típico de um jogo de campeões. Muitas cautelas, jogo de estratégia e a jogar pelo seguro, sem correr riscos. Assim, Sporting de Braga travou este duelo com o FC Porto, na expectativa de um lance de génio, ou o poder individual, conseguisse desatar o nó. No Porto, foi notório algum receio e apenas acelerava quando a bola chegava aos pés de Hulk.
O Braga - sem mexidas no onze - tentou pautar o seu jogo, como sempre, no colectivo, embora menos solto que o habitual dado que não sobraram espaços para Mossoró criar os habituais desequilíbrios.
O nulo persistiu, aumentando ainda a mais responsabilidade no desafio, quase uma final tendo em linha de conta o peso que poderia ter nas contas finais do campeonato. E o Porto deu um passo importante rumo ao título...

Não houve grande emoção ao longo da primeira parte, apesar de algumas ocasiões de perigo nas duas áreas. Nota de destaque para três grandes intervenções de Quim, numa grande noite, a ser determinante na formação bracarense. Por duas vezes, defendeu os remates de Lucho González, em jogadas semelhantes desenvolvidas por Hulk. Em cima do intervalo, o Braga ganhou espaço, crescendo no terreno e foi a vez de Hugo Viana colocar Helton à prova, com a partida a ganhar maior interesse. Mas, antes do apito para descanso, foi Hulk a desafiar, novamente, Quim que respondeu com uma soberba e complicada defesa.
Na entrada para o segundo tempo, Vítor Pereira lançou Varela para o lugar de Kleber (passou ao lado do jogo) e ganhou a aposta com a colocação de Hulk no meio do terreno. A pressão aumentou, mas foi o Braga quem esteve perto de inaugurar o marcador. Aos 47 minutos, Hugo Viana surge na área dos portistas em boa posição para marcar, mas rematou por cima, e nem queria acreditar.
O pior estava para vir... pouco depois, o Porto acabou por marcar, com Hulk (quem mais!) a rematar forte à entrada da área, sem hipótese de defesa para Quim. Foi um golpe na estratégia de Leonardo Jardim, que aguardou tempo em demasia para proceder a alterações.
Ainda assim, na hora de reagir, o Braga ainda esteve perto de chegar ao golo do empate, com Hugo Viana e Alan em evidência, mas Helton a manter a sua baliza inviolável.

O Porto ganhou fulgor com a entrada de Varela, e Jardim respondeu com Paulo César, Carlão e Nuno Gomes. Aos 79 minutos o Braga podia mesmo ter chegado ao golo do empate, com Paulo César a surgir na cara de Helton, mas o guarda-redes portista levou a melhor numa perdida incrível. O receio dos portistas tornou-se claro com Vítor Pereira a defender a vantagem, prescindindo de James para reforçar a defesa com Rolando. E assim os portistas seguraram a magra mas preciosa vantagem.


Leonardo Jardim: "Não fomos nada inferiores foi uma questão de eficácia"

Pela segunda vez seguida derrotado, mas não convencido da superioridade do FC Porto e do Benfica, na ronda anterior. Leonardo Jardim considerou que estes dois jogos importantes na luta a três pela melhor classificação na Liga Portuguesa foram resolvidos na questão da eficácia, pois em termos de futebol: "o Sp. Braga esteve ao mesmo nível" que os dois adversários.
"Não fomos nada inferiores ao Porto, nem ao adversário no jogo anterior. Mais uma vez joga-mos de igual para igual e só temos que lamentar a nossa falta de eficácia, pois em termos de qualidade de jogo voltamos a demonstrar porque estávamos a fazer um bom campeonato e jogamos para vencer em todos os jogos. Mas no futebol o que conta é a eficácia, nesse aspecto não fomos felizes e acabamos por perder mais este jogo", afirmou o timoneiro dos arsenalistas no final da partida, lamentando as oportunidades desperdiçadas.
Leonardo Jardim desvalorizou ainda o erro de Hugo Viana, na perda de bola que resultou no golo do FC Porto que decidiu a partida. "Somos um grupo. Somos o Sp. Braga e nesta equipa quando ganhamos, ganhamos todos, e quando perdemos, per-demos todos. É esta a nossa forma de estar. Não individualizamos exibições", explicou.

Quanto ao objectivos do Sp. Braga, Jardim reconheceu que o primeiro lugar ficou mais difícil mas não atirou a toalha ao chão e mostrou-se confiante para os quatro jogos que faltam.
"Cinco pontos é difícil de recuperar, mas este campeonato já mostrou também que é possível recuperar. Ainda há 12 pontos em disputa, e vamos continuar a lutar, jogo a jogo, pela melhor classificação possível. O nosso objectivo, nesta luta a três, continua igual, lutar pelo melhor lugar possível, e para além do primeiro lugar ainda há outra posição que podemos conquistar", frisou Leonardo Jardim.

Douglão: "Mostrámos sempre um grande futebol"

Apesar da derrota com o FC Porto, Douglão reforça a ideia que o Sp. Braga lutou de igual para igual com o adversário directo na luta pelo título nacional. O central brasileiro destaca a atitude forte da equipa e lamenta a falta de eficácia no ataque.
"A equipa mostrou-se forte desde o primeiro minuto de jogo, mas infelizmente não conseguiu um resultado positivo. Lutámos, mas não conseguimos dar a volta, porque não concretizámos as nossas oportunidades", explicou no final do encontro.
Para o brasileiro, o desaire com os azuis e brancos - o segundo consecutivo, após treze triunfos - não traduz a qualidade que a equipa tem demonstrado. Aliás, Douglão considera que o Sp. Braga demonstrou nesses dois encontros grande futebol.
"Não correram bem estes dois últimos jogos, mas a equipa teve sempre uma boa postura, tanto na Luz, como agora com o FC Porto, mostrámos sempre um grande futebol e jogámos de igual para igual com os dois adversários. Se tivéssemos concretizado as nossas oportunidades, as coisas seriam diferentes", sublinhou.
Quanto ao futuro, é claro: "é caminhando, o projecto do Sp. Braga e ficar nos quatro primeiros e está tudo em aberto". Sem falar em luta pelo título, Douglão lembra que pensam "jogo-a-jogo e o importante é procurar a vitória em Paços de Ferreira".

Correio do Minho

Bruno3429

Desalento

Aos 47 minutos, Hugo Viana teve a baliza toda à sua mercê para inaugurar o marcador, mas não acertou com ela. Aos 55, Hulk teve a sua oportunidade e não a desaproveitou, fazendo o 1-0, resultado com que terminou o encontro de ontem entre o Sporting de Braga e o FC Porto. Resultado que deixa o caminho mais estreito para o Sporting de Braga chegar ao título, e abre uma auto-estrada para o FC Porto.

Diario do Minho

Bruno3429

Douglão: «Jogámos olhos nos olhos»
Defesa do Sp. Braga lamenta erros na finalização
Por Pedro Jorge da Cunha

Douglão, defesa do Sp. Braga, em declarações aos jornalistas após a derrota por 0-1 diante do F.C. Porto:

«Acredito que podíamos ter ganho, mas infelizmente falhámos na finalização. Contra o Benfica perdemos com um golo aos 92 minutos, num lance que não pode suceder, e hoje voltámos a jogar olhos nos olhos do princípio ao fim. O árbitro? Se tivéssemos feito golos não falávamos sobre isso.»


Jardim: «Título? Já vi recuperações quando menos se espera»
Leonardo Jardim muda um pouco o discurso agora que está a cinco pontos da frente, mas frisa que o objetivo continua a ser o melhor lugar possível
Por João Tiago Figueiredo

Leonardo Jardim, treinador do Sp. Braga, comentando a derrota com o F.C. Porto, por 0-1, na sala de imprensa do Municipal bracarense.

«O equilíbrio foi a nota dominante. O Braga foi superior nas situações de finalização. Perdemos porque o adversário foi mais eficaz e aproveitou um erro nosso para se colocar em vantagem. Temos de lamentar a falta de eficácia, mas em comportamento mostramos porque é que o Braga está a fazer este campeonato. Quer na luz quer hoje não fomos inferiores em nada, só no resultado. Mas no futebol é isso que conta.»

[Sobre as contas na frente da Liga:] «Era um jogo importante na luta pelo primeiro lugar. Para a nossa luta era mais um jogo que queríamos vencer. Estamos a cinco pontos do F.C. Porto e a um do Benfica e faltam disputar 12 pontos. Queremos ficar o mais à frente possível.»

[Braga pode chegar ao título?] «Estamos a cinco pontos e sabemos que não é fácil, mas ainda existem 12 pontos em disputa. Já vi muito futebol e as vezes existem recuperações quando menos se espera. Temos de trabalhar para estar bem nos quatro jogos que faltam. Porto é o principal candidato? Depende do resultado do outro adversário. Mas como está na frente, é a melhor equipa nesta altura.»

[O que prefere no Sporting-Benfica?] «Nos jogos dos adversários normalmente deixo acontecer...Não temos interferência nesses jogos, por isso vamos esperar para ver.»

[Sobre os erros de Hugo Viana:] «É o grupo que assume os erros e os excessos individuais. Ganhámos todos e perdemos todos. É a nossa forma de estar. Não temos de culpabilizar ninguém. Quem perde é o Braga.»

Hugo Viana: «Não vou guardar boas recordações»
Médio do Sp. Braga lamenta o golo falhado e o erro que originou a arrancada de Hulk para o 0-1
Por Pedro Jorge da Cunha

Hugo Viana, médio do Sp. Braga, em declarações aos jornalistas após a derrota por 0-1 frente ao F.C. Porto:

«Foi um jogo estranho. Antes do Porto marcar tive a melhor oportunidade do jogo, mas rematei com o pé direito e falhei. Ainda por cima, falhei um passe a meio-campo que deu origem ao golo do adversário. Não vou guardar boas recordações deste jogo.»

«Sabemos que o Porto aproveita muito bem os erros alheios e eles em vantagem controlaram bem a partida. Mesmo assim, em contra-ataque, podíamos pelo menos ter empatado.»

[Sobre a corrida ao título]
«Faltou-nos eficácia e mais concentração em pequenos detalhes. Temos tudo para acabar bem o campeonato, dentro dos nossos objetivos. Nunca dissemos que eramos candidatos, apenas queríamos alimentar esse sonho e vamos continuar a fazê-lo.»

[Sobre a arbitragem]
«O árbitro esteve bem e não há nada a dizer.»

[Sobre a seleção nacional]
«Não é por estes lapsos que tive, que poderei ir ou deixar de ir à seleção.»

Maisfutebol

Bruno3429

Sp. Braga-F.C. Porto, 0-1 (crónica)
A estranha noite em que o pé direito de Hulk foi rei
Por Pedro Jorge da Cunha

A atração pelo hostil impulsiona o F.C. Porto para um sítio melhor. É no grau máximo da dificuldade que a equipa se transcende: Luz e Braga são argumentos convincentes e frescos na memória. Grande resposta do dragão na pedreira, liderança consolidada e Hulk a resolver 90 minutos de história riquíssima.

Há uma pulsão que mexe a alma azul e branca, agita-lhe o orgulho e torna-a melhor. Sempre em campos de tormenta e sangue. Porquê? Os bons mistérios levam anos a serem decifrados. Mais fácil é registar o adeus minhoto ao título.

A quatro jornadas do fim, o Sp. Braga desaparece do retrovisor azul e branco. Os minhotos terão adiado, certamente, um sonho legítimo e ajustado. Duas derrotas consecutivas perante os dois mais sérios contendores evocam uma limitação que, por certo, Leonardo Jardim já terá sinalizado.

A palavra passa para o Benfica. Segunda-feira, em Alvalade, a margem de erro da águia é zero.

Voltemos aos entes estranhos do jogo. Hulk tudo solucionou da forma menos esperada. De pé direito, apenas pela terceira vez desde que está no Dragão.

Para se perceber o pasmo, podemos dizer que foi o mesmo que ver Guilherme Tell a acertar na maça de G3, Zorro desembainhar um lança-misseís ou Dirty Harry gritar «make my day, punk» de fisga na mão.

Uma impossibilidade, afinal, tão real. O golo surgiu aos 55 minutos, nasceu torto e acabou debruado da maneira menos previsível. Passe errado de Hugo Viana, que minutos antes falhara um golo certo, assistência soberba de James Rodríguez e arrancada estoica de Hulk até definir como lhe contávamos.

E se a forma poderá surpreender, o conteúdo não. O golo foi, aliás, a lógica de uma atuação autoritária, a fremir ardências e a delirar uma e outra vez amostras de beleza apreciável.

Exceção feita a um período inicial de registo xadrezista - Karpov e Kasparov pensativos numa mesa sensaborona - o F.C. Porto teve mais arrojo, mais ambição, mais qualidade. Lucho, de resto, anunciou por duas vezes no primeiro tempo o que aí vinha. Dois passes de Hulk, dois remates para defesa de Quim.

Isto, ainda antes do guarda-redes do Sp. Braga voar para a defesa do ano, da época, da vida. Bomba de Hulk e estirada extraordinária do internacional português.

Tudo isto eram indicadores preciosos do acosso azul e branco, interrompido apenas de longe a longe e quase sempre sem grandes motivos de alarme. A exceção será o tal falhanço de Hugo Viana, mesmo antes do único golo do jogo.

Sejamos claros: o F.C. Porto sai de Braga muito mais favorito ao título do que na hora da chegada. O desabrido de Hulk, o talento de James e a surpresa agradabilíssima de Steven Defour encobriram a queda física de Lucho, a noite fraca de Alvaro Pereira, a ausência de Fernando e um equívoco chamado Kléber.

Claro que o Sp. Braga tentou, arriscou na fase do desespero e teve fases interessantes. Tudo insuficiente para quem jogava a decisiva cartada na candidatura ao título. A cidade engalanou-se, o estádio exultou e esperou uma resposta que não surgiu.

Faltou a letalidade de Lima, a inteligência de Mossoró, a liderança de Alan. Faltaram demasiadas coisas para um jogo só. Restam as promessas e os sintomas animadores de uma temporada brilhante, ainda assim.

A noite foi do pé direito de Hulk e a arbitragem de Olegário Benquerença esteve em bom nível. Esta Liga é mesmo um lugar estranho.


Sp. Braga-F.C. Porto, 0-1 (destaques bracarenses)
«Estrelas» apagaram-se e o melhor foi Miguel Lopes
Por João Tiago Figueiredo

A figura: Miguel Lopes

Enfrentou o «patrão» de língua entre os dentes e mangas arregaçadas. Portista por contrato, bracarense de alma e coração nos 90 minutos que durou o jogo. Pegou de estaca na equipa, já se entende a bom nível com Alan e mostrou ser seguro a defender. Mas não ficou por aí. Subiu no flanco, aproveitando o espaço que havia. Tirou um amarelo a Defour. Tentou ser perigoso. Mostrou serviço e provou que o Sp. Braga pode confiar nele. E o «patrão» também. Num jogo em que as «estrelas» do Sp. Braga se eclipsaram foi um lateral direito contratado em Dezembro a dar o exemplo.

A desilusão: Hugo Viana

Primeiro tempo normal, segunda parte estranhamente má. A perdida escandalosa na cara de Helton, a abrir, foi o prenuncio de novo erro comprometedor. Ele que vai ganhando fama pela raridade dos passes que erra, falhou quando não podia. Entregou mal, James recuperou e Hulk marcou. A exibição fica logo manchada e mesmo que tenha ficado perto de marcar, num livre ao seu estilo que ninguém percebeu bem como não entrou, será mais fácil lembrar o que fez de mal. Foi mais visível.

Outros destaques

Quim
Os últimos tempos não foram os mais fáceis para Quim, sobretudo depois do erro que custou a final da Taça da Liga à sua equipa. Mas a sua experiência não o deixa vacilar e o Sp. Braga pode agradecer-lhe, por exemplo, não ter saído em desvantagem para o intervalo. É verdade que os dois remates de Lucho não obrigavam a esforços demasiados, mas o venenoso pontapé de Hulk, quase sem ângulo, mostrou o melhor Quim da noite. Fantástica a defesa. No golo de Hulk, porém, podia ter feito melhor. E só por isso não foi o melhor bracarense. Mas, aí, o fator surpresa também jogou contra si: é que nem sempre o portista remata com o pé direito...

Nuno André Coelho
Não foi por ele. A mensagem é simples e direta. O central português é outro que apareceu tarde na época, por infortúnio no arranque, mas já é indiscutível. Meteu Kléber no bolso e só não teve pernas para Hulk no lance do golo. Mas não era fácil, é preciso dizer. Positivo, por fim.

Lima
Duas oportunidades, zero golos. Não foi o matador que o Sp. Braga precisava. Na primeira parte aproveitou o espaço na esquerda para arrancar para a área e atirar rasteiro, mas ao lado. No segundo tempo, já com o Sp. Braga em desvantagem, desviou um canto ao primeiro poste, mas por cima. Foi a face visível do trabalho do brasileiro que talvez se tenha afastado em demasia das zonas de decisão.

Mossoró
Passou ao lado do jogo. Sem rasgo, sem criatividade, não soube aproveitar a ausência de Fernando para fazer miséria a partir da sua posição. Não se viu no primeiro tempo, pouco melhorou no segundo. É verdade que o miolo portista esteve em noite inspirada e não era fácil contrariar aquele tridente, mas pedia-se mais a quem atua numa posição tão fulcral.

Maisfutebol

Bruno3429

Incrível passo para o título
HUGO SOUSA

No ombro a ombro com a concorrência direta, o Braga cedeu. Lutou, esperneou e mostrou carácter, mas cedeu. Duas derrotas consecutivas cavaram um fosso de pontos que, mesmo num campeonato de loucos como este comprovadamente é, transforma o título num objetivo mais complicado para quem nunca o assumiu como tal, simplificando a equação: dependendo do Benfica, a corrida pode agora ficar resumida a dois. O FC Porto, isso é garantido, acendeu uma luz no labirinto que tem sido esta reta final do campeonato, ganhando um fôlego renovado.

Vítor Pereira também o ganhou. Justamente criticado noutras ocasiões, desta vez o treinador acertou em cheio na leitura, incluindo a que fez ao seu próprio erro: apostar em Kléber de início. Era suposto que o brasileiro acrescentasse mobilidade ao ataque, mas o que se viu foi moleza. Pior ainda: o facto de Hulk e James, sobretudo este, não serem extremos clássicos foi permitindo ao Braga ganhar do lado direito asas que Vítor Pereira quis cortar. E cortou mesmo, tirando da manga Varela. Foi dois em um: além de sacrificar Kléber, que pouco acrescentava, conseguiu abafar Miguel Lopes. Há mais a favor dele. O golpe cirúrgico de tirar o anedótico Álvaro Pereira antes que da sucessão de asneiras do uruguaio resultasse um mal maior e ainda a súbita alteração de planos quando, ao perceber que Leonardo Jardim se preparava para juntar Nuno Gomes a Carlão, Paulo César e Lima, decidiu congelar a entrada de Djalma e apostar em Rolando. Para aqueles que, como ele diz, veem o futebol em papel quadriculado, não passou ainda despercebido certamente o facto de ter resistido a inventar no desenho do meio para solucionar a ausência de Fernando.

Dito isto, chegamos a Defour. O belga jogou como nunca se tinha visto antes, sem tremer na responsabilidade de guardar as costas a Moutinho e Lucho, e sem poupar no atrevimento com que se chegou à frente. Uma surpresa que encheu o campo e que contribuiu para anular pontos fortes do adversário, ajudando a engolir a influência de Mossoró e Hugo Viana, sobretudo quando o Braga foi obrigado a responder à desvantagem.

Até ao golo de Hulk, que já se explica melhor, sobressaiu um perfeito jogo de equilíbrios. Respeito de parte a parte, entrecortado com tentativas, também elas repartidas, de assalto às balizas que tornavam o empate ao intervalo num resultado justo. Só era injusto não haver golos. Num espelho fiel do que tem sido este campeonato, com vantagens construídas em cima de deslizes dos adversários, este jogo não foi diferente: em cima de uma asneira grossa de Hugo Viana (que se seguiu a uma outra, do mesmo Viana, que não conseguiu marcar na cara de Helton uns minutos antes...), James desenhou uma assistência que Hulk transformou num remate-cruzado sem defesa.

O golo obrigava o Braga a responder com firmeza, mas, apesar das tentativas, a recolocação do FC Porto em campo chegou para as encomendas - Defour e Moutinho mais próximos; Lucho também mais contido, mas com Varela e Hulk, especialmente este, a manterem a defesa bracarense em sentido. Leonardo Jardim tentou o jogo de banco que lhe competia, sem o efeito desejado.

Escaldado por vantagens curtas que se esfumaram noutros jogos, o FC Porto, com bom controlo de bola na parte final, manteve-se firme a segurar as pontas. Falta saber se é desta que dá continuidade ao novelo, sem enrolar nas quatro jornadas que o separam da revalidação do título.


O MOMENTO

56' [0-1]
Uma asneira, um golo... um campeonato?


A bola parecia estar, e estava mesmo, sob o controlo de Hugo Viana, mas, surpreendentemente, este distrai-se e comete um erro grosseiro, entregando-a a James. O colombiano não perde tempo a lançar Hulk, que corria pela direita à espera do passe. Desprevenido, Nuno André Coelho ainda tenta a dobra, deixando espaço livre para Hulk avançar e ganhar enquadramento para o remate. Já na área, descaído sobre o lado direito, o Incrível aposta num remate cruzado. Quim ainda toca na bola, mas não consegue evitar o golo. Decisivo neste jogo. Sê-lo-á também na atribuição do título?


Lances-chave

6' Passe longo de Nuno André Coelho que Álvaro Pereira não consegue cortar. Mossoró cruza e Helton defende a dois tempos.

12' Arrancada de Hulk pela direita, a passar Hugo Viana. O brasileiro entra na área e assiste Lucho, que vinha de trás. Remate sai fraco e à figura de Quim.

25' Livre de Alan a sobrevoar a defesa portista e a ressaltar na relva, sem desvio.

28' Abertura soberba de James embala Hulk, com Elderson dar-lhe espaço. O brasileiro avança para a área e volta a assistir Lucho na meia-lua. O remate volta a sair sem força, mas ainda obriga Quim a uma defesa acrobática.

29' Resposta do Braga. Hugo Viana, também soberbo na abertura, lança a corrida de Lima, que deixa Otamendi para trás. Descaído sobre a direita, já na área, o brasileiro remata cruzado. Ao lado.

32' Mossoró destapa o caminho de Alan, à direita. O cruzamento sai-lhe tenso e o corte de Otamendi chega a assustar Helton. Canto.

35' Miguel Lopes arranca sem oposição, aproximando-se perigosamente da área, onde surge Defour a barrar-lhe o caminho, em falta. Viana marca o livre e atira com força, para defesa de Helton.

43' Álvaro Pereira combina com James, que, já na área, assiste a entrada de Hulk, à esquerda. De ângulo apertado, o Incrível remata com força para uma extraordinária defesa de Quim.

45' Do meio-campo, vendo Helton adiantado, Viana tenta surpreendê-lo num livre. Helton, atrapalhado, perde a noção do lance e cede um canto algo disparatado.

47' Varela perde a bola, Hélder Barbosa aproveita e deixa Viana na cara de Helton. O remate sai para as nuvens. Perdida incrível.

56' [0-1] Golo de Hulk.

57' Viana lança Lima, que cruza e Otamendi impede que a bola chegue a Mossoró.

60' Viana, num livre de ângulo apertado a castigar mão de Álvaro Pereira, atira com força, valendo o corte de Maicon.

78' Canto de Viana e cabeceamento de Lima. Ao lado.

80' Deslize de Defour, a bola sobra para Carlão, que assiste Paulo César, à direita. Este cruza e a interceção de Otamendi, complementada por Helton, é determinante.

90'+2' Alex Sandro, isolado na área, tenta o remate e vale a atenção de Nuno André Coelho



O Tribunal de O JOGO
Arbitragem de elite

Olegário Benquerença teve nota positiva do Tribunal de O JOGO no encontro mais mediático de uma época em que esteve afastado bastante tempo por lesão. Os nossos especialistas em arbitragem consideram que apenas num lance esteve mal, pois Sapunaru viu incorretamente um cartão amarelo, na sequência de uma falta sobre Lima. Num jogo sem casos polémicos, o árbitro internacional de elite foi mais elogiado do que corrigido.


Momento mais complicado


58'

Álvaro Pereira vê amarelo por cortar a bola com a mão. Foi dentro ou fora da área do FC Porto?


Jorge Coroado

+

A infração foi cometida fora da área de grande penalidade do FC Porto. Álvaro Pereira foi objetivo no gesto efetuado, justificando o livre direto e o cartão amarelo exibido.


Pedro Henriques

+

Álvaro Pereira toca na bola com o braço de forma deliberada e ostensiva. Uma infração fora da área passível de livre direto e de cartão amarelo por corte de ataque prometedor.


José Leirós

+

Uma boa decisão. Álvaro Pereira movimentou o braço para intercetar a bola fora da área, sendo bem exibido o cartão amarelo e bem assinalado o livre direto.


Outros casos


23'

É bem mostrado o cartão amarelo a Sapunaru por infração cometida sobre Lima?


35'

Corretamente assinalada, fora da área do FC Porto, a falta de Defour sobre Miguel Lopes?


74'

Hugo Viana vê cartão amarelo após entrada por trás sobre Lucho. Decisão acertada?


Jorge Coroado


-

Sapunaru empurrou o adversário em zona de terreno neutra, com alguns outros colegas em seu redor e em jogada não prometedora. A exibição do cartão amarelo é, pois, uma decisão exagerada.


+

Defour rasteirou Miguel Lopes "in extremis", fora da área de grande penalidade. Cartão amarelo e livre direto bem decididos.


+

Hugo Viana não tinha condições para jogar a bola e, por ter chegado ligeiramente atrasado, rasteirou Lucho. Foi imprudente: cartão amarelo bem exibido.


Pedro Henriques


-

O livre direto é corretamente assinalado, pois Sapunaru empurrou Lima de forma negligente pelas costas. Se o cartão amarelo foi pela infração, não se justificou.


+

Defour toca com o pé direito no pé esquerdo de Miguel Lopes, rasteirando-o fora da área. Livre direto e cartão amarelo por corte de ataque prometedor.


+

Hugo Viana é bem advertido por entrar por trás, de forma imprudente, sobre Hulk, cortando desta forma uma saída em ataque rápido.


José Leirós


-

Sapunaru empurrou e derrubou Lima. A falta foi bem assinalada. O cartão amarelo foi exibido indevidamente, atendendo a que não era uma jogada prometedora.


+

Sim. Livre direto bem assinalado fora da área. Defour rasteira Miguel Lopes a centímetros do limite da entrada da área. É bem exibido o cartão amarelo ao jogador do FC Porto.


+

Falta bem assinalada e bem mostrado o cartão amarelo a Hugo Viana, pois este rasteirou Hulk por trás e deliberadamente. O árbitro, atento, cumpriu a lei.


Apreciação global


Jorge Coroado


Jogo com ritmo elevado, mas sem muitos confrontos diretos. Foi invariavelmente bem ajuizado, com atuação arbitral muito positiva que não fica manchada por uma falha disciplinar.


Pedro Henriques


Uma excelente arbitragem. Olegário decidiu bem tecnica-mente nos principais lances, fez uma gestão disciplinar adequada ao nível do jogo e foi muito bem auxiliado.


José Leirós


Olegário erra pouco. Quando o faz, é problemático, mas ontem, num jogo difícil, esteve sempre perto dos lances, realizando uma arbitragem segura, excelente e quase sem erros.


O Jogo

Bruno3429

O Braga um a um

Um Miguel Lopes de seleção
BRUNO FILIPE MONTEIRO

Quim 6

Testado por Lucho em duas ocasiões (11' e 27'), evitou de forma soberba que Hulk marcasse de um angulo apertadíssimo, mas foi incapaz de travar o remate do brasileiro já na segunda parte.


Miguel Lopes 7

Se Paulo Bento se deslocou a Braga para o ver, então terá levado excelentes indicações no bloco de notas. O lateral esteve irrepreensível na marcação a James, Hulk e Varela, e ainda revelou um enorme pulmão para percorrer o flanco direito. Numa das subidas quase arrancou um penálti a Defour. Na segunda parte esteve um pouco mais discreto.


Douglão 6

A saída de Kléber ao intervalo reflete bem a forma impiedosa como o marcou. Imperturbável, mesmo quando Hulk passou para o meio, escolheu quase sempre o timing certo para roubar a bola aos adversários.


Nuno A. Coelho 6

Procurou fechar as poucas fendas que se foram abrindo e acumulou vários cortes importantes, o último dos quais já nos descontos, a negar os festejos a Alex Sandro. Quando teve espaço, aproveitou para sair a jogar; quando não teve, optou (bem) pelo passe longo para os extremos.


Elderson 5

Face aos problemas que Hulk e James lhe poderiam colocar, aventurou-se pouco no ataque e procurou, no mínimo, dificultar as ações dos portistas. A decisão acabou por se revelar positiva, já que somou cortes providenciais e só por uma ou outra vez foi ultrapassado.


Custódio 5

Lutou muito para manter equilibrada a luta do meio-campo e não teve receio de assumir a organização do jogo ofensivo quando Hugo Viana não conseguia livrar-se da marcação.


Hugo Viana 4

Revelou a qualidade e a classe habitual no passe, isolando por duas vezes Lima, e até obrigou Helton a um par de defesas difíceis na marcação de livres. Contudo, falhou em dois momentos cruciais: aos 47' perdeu uma ocasião incrível com o pé direito e aos 54' entregou a bola a James no lance que decidiu o jogo.


Mossoró 5

Entrou a todo o gás, sendo o principal fator de desequilibro no primeiro tempo. Após o intervalo apagou-se.


Alan 5

Destacou-se mais pela ajuda que deu a Miguel Lopes a fechar o lado direito do que a atacar. Nessa vertente, teve apenas um tiro perigoso (61') antes de ser substituído.


Hélder Barbosa 4

De falta de entrega ninguém o pode acusar. Porém, já teve jogos mais exuberantes a atacar. Neste, pouco ou nada incomodou Sapunaru.


Lima 4

Sentiu muitas dificuldades para se libertar do colete de forças em que Otamendi o envolveu, acabando por surgir apenas duas vezes no encontro a ameaçar a baliza de Helton: primeiro teve um disparo perigoso ao lado (29'), depois, de cabeça, desviou para fora um canto cobrado por Hugo Viana (78').


Paulo César 3

Pouco solicitado, só por uma vez ultrapassou Alex Sandro.


Carlão 2

Não se fez notar.


Nuno Gomes -

Jogou pouco tempo.


Braga a ver passar o sonho

Os adeptos do Braga não aderiram à ideia de formar um cordão humano para acompanhar a equipa nos cerca de nove quilómetros que separam o local de estágio, no Bom Jesus, do AXA, mas nem por isso a viagem deixou de ser marcante. O percurso, de resto, impossibilitava essa manifestação, uma vez que parte do trajeto é feito em via rápida. No entanto, os bracarenses fizeram questão de se concentrar junto da unidade hoteleira que acolheu a comitiva, mais de duas horas antes do pontapé de saída, para poderem saudar jogadores e técnicos, que, ao longo do caminho para o estádio, viram as bordas da estrada pintadas com o vermelho e branco dos cachecóis a acenar-lhes, num cenário inédito.

Braga saiu à rua para ver passar a equipa, recebida no AXA por mais de uma centena de entusiastas, alguns dos quais fizeram questão de esperar para receber também o FC Porto, embora num ambiente menos caloroso.


FC Porto deu recorde ao AXA

A este grande jogo do campeonato correspondeu o recorde de assistência do AXA: 25 971 espectadores viram o encontro com o FC Porto, superando a marca de 25 072, relativa à receção ao Rio Ave. Nessa altura, porém, a SAD abriu as portas do AXA, pelo que, além do recorde, o desafio de ontem deu lucro.


Cinco mil livros para Timor-Leste

O Braga associou-se à campanha de recolha de livros a enviar para Timor Leste promovida pela associação de apoio à lusofonia Karingana wa karingana (Era uma vez), que decorre até dia 15.

Além de ter reunido cinco mil livros, o clube juntou-lhes uma camisola, autografada por todo o plantel e entregue por Nuno Gomes aos promotores da iniciativa, ao intervalo.

Dois dias de folga para as equipas

Aproveitando o facto de no próximo fim de semana o campeonato parar para se disputar a final da Taça da Liga, os treinadores de FC Porto e Braga deram duas folgas às equipas. Assim, o próximo treino será terça.


Leonardo Jardim
"Não fomos inferiores ao FC Porto"

Toda a reportagem de ANDRÉ MORAIS/MÓNICA SANTOS

Quando confrontado com as consequências da derrota com o FC Porto para a aspiração do Braga ao título, Leonardo Jardim fez questão de esclarecer que esse "não era o único objetivo" da equipa, mas "apenas um objetivo possível". "Agora, com cinco pontos de diferença, claro que é mais difícil, mas ainda existe outro lugar que faz parte dos nossos planos e queremos ficar o mais à frente possível", declarou, apontando ao segundo posto, ocupado pelo Benfica. Tal como diante dos encarnados, também ontem "o Braga não foi inferior ao FC Porto": "O momento do jogo foi uma perda de bola em transição, da qual resultou o golo do FC Porto. O equilíbrio foi a nota dominante, o Braga até nas situações de finalização criadas foi superior, mas acabou por perder, porque o adversário foi mais eficaz, aproveitou um erro nosso para se colocar em vantagem." Leonardo Jardim reconheceu que "a eficácia é extremamente importante" e que foi aí que o Braga falhou, embora continue a acreditar na "qualidade de jogo" e em finais felizes para a equipa.


Hugo Viana
"Falhei e eles aproveitaram"


Hugo Viana reconheceu que teve influência direta na derrota do Braga, tendo referido também que o jogo se decidiu "nos pormenores". "Antes do golo do FC Porto, tivemos as melhores oportunidades. Aliás, eu tive a melhor oportunidade, com o meu pé direito, mas falhei... Depois sofremos um golo por culpa de um passe que eu falhei. Sabíamos que eles aproveitam bem os espaços no meio, eu falhei e eles aproveitaram. Depois, o FC Porto controlou, mas nós ainda podíamos ter feito o golo. Não tivemos a sorte do jogo", explicou Hugo Viana, para quem a diferença na partida esteve nos pormenores que "decidem os jogos". "Agora, vamos levantar a cabeça e temos tudo para acabar bem o campeonato. Candidatos? Nunca fomos e nunca o assumimos. Havia uma ansiedade enorme para que assumíssemos a candidatura, mas nunca o fizemos, porque esse nunca foi um objetivo. Queríamos alimentar o sonho até ao final e é isso que vamos fazer." Hugo Viana também não acredita que "os dois lapsos" de ontem consigam apagar "tudo o que de bom tem feito", referindo ainda que acredita "até ao fim" que pode estar no Campeonato da Europa.


Douglão
"Ainda não acabou..."


Para Douglão, o Braga teve possibilidades para ganhar, mas "falhou na finalização". "Tal como no Estádio da Luz, neste jogo jogámos de igual para igual do princípio até ao fim. Demonstrámos um grande futebol, e fizemos uma grande partida; e já contra o Benfica sofremos um golo aos 90+2', num lance que não podia ter acontecido", destacou o central que vê ainda outras oportunidades para a equipa. "Vamos continuar a caminhada, pois o campeonato ainda não acabou. O projeto do Braga é ficar nos quatro primeiros lugares, onde ainda está." "O título? Temos de pensar jogo a jogo, e tentar a vitória com o Paços de Ferreira", concluiu.


Quim
"Estamos dentro dos objetivos"


Quim sofreu um golo, o único do triunfo do FC Porto, apontado por Hulk, mas não considerou tal facto como sendo sinal de fraqueza do Braga, pelo contrário. "Sinto que a equipa esteve bem. O FC Porto foi mais feliz. Há que dar-lhe os parabéns", comentou Quim, já de olhos postos nos desafios que se seguem. "Temos de continuar a trabalhar da mesma forma", reagiu o guarda-redes dos bracarenses após uma derrota que, no seu entender, não afasta o Braga do trajeto planeado no início da época. Até porque, argumenta, "quem nos colocou na luta pelo título foi a comunicação social". "Estamos dentro dos nossos objetivos", e especifica quais são eles realmente: "O objetivo foi sempre estar nos três primeiros, e é onde estamos."


Lima premiado pelos golos de março

Antes do pontapé de saída, o AXA aplaudiu Lima, que recebeu o prémio de melhor jogador do mês de março atribuído pela Liga e correspondente à votação de todos os treinadores dos campeonatos profissionais.

O avançado brasileiro do Braga marcou em cinco dos seis jogos do mês passado (só ficou em branco na Luz); em fevereiro, marcara sete golos e também fora distinguido. Em ambos os casos, um outro bracarense, Hugo Viana, foi o segundo mais votado.

O Jogo

JotaCC

Disputado: FC Porto reforça o primeiro lugar
Dragão ganha asas em Braga

Um golo de Hulk fez a diferença num jogo bem disputado e poderá ter afastado o Sp. Braga da luta pelo título. Acossado pela necessidade de ganhar, o FC Porto voltou a cumprir a missão com um triunfo, garantindo uma distância provisória de quatro pontos sobre o Benfica, que só joga amanhã em Alvalade.

Emocionante, intensa e até louca. Assim foi a primeira parte, com boas oportunidades e defesas de outro mundo para ambas as equipas. Primeiro apareceu o FC Porto, com Lucho e Hulk a lançar fogo pelos olhos, para compensar a apatia do ponta-de-lança Kléber, que se perdeu entre um mar de pernas minhotas e na própria insegurança.

Em concreto, sempre que os dragões carregaram, o guarda-redes Quim apareceu no sítio certo. A prova foi a forma como resistiu a um remate em zona frontal de 'El Comandante' e como travou uma 'bomba' de Hulk, construída já perto da linha de fundo.

No lado minhoto, Mossoró, Lima e Hugo Viana destacaram-se com acções venenosas, tolhendo a paciência aos defesas portistas e a Defour, que ficou com missões defensivas no meio-campo dos dragões. Lima isolou-se várias vezes e, numa delas, disparou uns palmos ao lado da baliza. Já Viana obrigou Helton a aplicar-se quase tanto como Quim, na cobrança de um livre directo.

Ficou a sensação de que o empate se ajustaria até ao fim. Puro engano, porque o intervalo fez melhor ao FC Porto, de tal modo que a equipa de Vítor Pereira passou a dominar o jogo, obrigando o Sp. Braga a cometer erros. Daí ao golo foi uma questão de minutos. James aproveitou um mau passe dos minhotos para isolar Hulk que bateu Quim de forma perversa, com o pé direito. O Sp. Braga procurou reagir no contra-ataque. Jardim fez mesmo entrar toda a artilharia do ataque. Sem efeitos práticos, já que o FC porto voltou a surgir mais perigoso e quase cheirou o segundo golo, perto do fim.

CORREIO DA MANHA