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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 15/03

Started by JotaCC, 15 de March de 2012, 07:07

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JotaCC

Alan e Ruben Amorim a tempo do Benfica

Leonardo Jardim assumiu que não pretende queimar etapas, estabelecendo como meta prioritária o jogo que se segue. As atenções, no momento, até podem estar voltadas para o desafio de sábado com o Feirense, ou até para o jogo em Barcelos, na próxima quinta-feira, referente à meia-final da Taça da Liga. Mas a luta pelos primeiros lugares no campeonato, por certo, irá intensificar-se no início do mês de Abril, com os jogos com Benfica (Luz) e FC Porto (AXA). Alan, jogador que tem sido preponderante na equipa até se lesionar, estará recuperado nessa altura e pronto para entrar nas contas de Leonardo Jardim. O brasileiro realiza ainda trabalho no ginásio e até pode estar de regresso mais cedo que o previsto, e ser chamado já para o jogo em Barcelos.
Ruben Amorim, a mais recente baixa, por certo, só deve estar apto dentro de três semanas, prevendo-se o regresso à equipa na semana de preparação para o jogo com o Benfica, na Luz. Até lá, o Braga terá ainda de medir forças com Feirense, Gil Vicente e Académica.

Hélder Barbosa e Hugo Viana em risco de exclusão

Hélder Barbosa e Hugo Viana são os jogadores do plantel do Sporting de Braga em risco de exclusão, por terem visto já quatro cartões amarelos. Ambos fazem parte das opções de Leonardo Jardim e se virem o cartão amarelo no jogo com o Feirense, não podem alinhar diante da Académica mas já regressam para o Benfica.

Meia dúzia entregue aos clínicos

São seis os atletas do Sporting de Braga que estão aos cuidados do departamento médico. A Alan e Ruben Amorim, juntam-se ainda os jogadores Ewerton, Luís Alberto, Baiano e P. Vinicius.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

A vez de Ukra
JARDIM JÁ TEM A SOLUÇÃO PARA RENDER AMORIM

Ukra é o principal candidato a render o lesionado Ruben Amorim na única alteração prevista no onze do Sp. Braga para o jogo com o Feirense. O ex-jogador do Benfica, como se sabe, está lesionado e deve estar ausente pelo menos mais duas semanas, abrindo a vaga que Ukra vai ocupar. No jogo do último sábado, de resto, a opção de Leonardo Jardim recaiu logo no extremo quando Ruben Amorim saiu lesionado aos 7 minutos do jogo com a U. Leiria.

O único problema de Ukra é que ainda está paulatinamente a recuperar ritmo de jogo, depois do tempo perdido a da longa missão de sacrifício a que esteve sujeito na primeira fase da época devido a uma grave lesão no joelho esquerdo.

RECORD

JotaCC

Bipolarização está ameaçada

Em 77 épocas de existência, o principal campeonato nacional tem sido dominado por um previsível jogo de "pingue-pongue" entre clubes do Porto e de Lisboa. FC Porto, Benfica e Sporting são os grandes colecionadores de títulos e só não protagonizam uma corrida absolutamente fechada, porque Belenenses (1945/46) e Boavista (2000/01) também já entraram no álbum de ouro. Por duas vezes, fez-se a festa sem os três grandes, mas manteve-se de pé a tradição de só cantarem vitória clubes dos grandes centros.

Lá fora, semelhante tradição ou já pertence à pré-história ou simplesmente nunca existiu, como se verifica na Bundesliga, vencida por equipas de várias cidades, menos de Berlim (capital) e Hamburgo, as mais populosas da Alemanha.

A um ponto da liderança, o Braga tem então a responsabilidade de aproximar o futebol português dos principais campeonatos da Europa, funcionando como guia em caminhadas futuras de outros clubes. Mesmo pouco disposto a discorrer sobre "cenários virtuais", Mesquita Machado, o presidente da Câmara Municipal da cidade minhota, não esconde que gostaria de festejar semelhante feito já esta época. "Um dos grandes sonhos que tenho na minha vida é ver o Braga campeão", assumiu. E mais não diz para não correr o risco de se precipitar.

Ricardo Amorim, administrador do superbraga.com, um dos sítios mais populares de adeptos do Braga na internet, entende as cautelas. "A hegemonia dos clubes das grandes cidades só mostra o estado microcéfalo e redutor do nosso futebol, onde não são dadas as mesmas oportunidades. É um reflexo de um Portugal centralista e da falta de reconhecimento às equipas fora dos grandes centros que se superam dentro de campo, quando se exibem ao mesmo nível dos chamados grandes", denunciou, queixando-se ao mesmo tempo de uma parte da comunicação social. "Apesar de defenderem, com alguma hipocrisia, o alargamento do espetro nacional futebolístico, continuam a privilegiar os três grandes. Quando o Braga vence FC Porto, Benfica ou Sporting, é sempre por demérito dos grandes, raramente por mérito nosso", desabafou. A sensação de abandono não reduz, porém, o otimismo de Ricardo Amorim. "Ao contrário do low-profile que o Braga tem mantido, que compreendo perfeitamente, estou profundamente esperançado que este será o ano do Braga".

Vocalista dos Mão Morta (banda de Braga), Adolfo Luxúria Canibal acha que os adeptos terão motivos para "festejar a dobrar" se o título viajar para o Minho. Certo de que a hegemonia das grandes cidades "é normal, sobretudo de Lisboa, porque é lá que está mais concentrado o dinheiro e as pessoas", o artista musical explica o crescimento gradual do Braga com o "dinamismo da cidade e o dinheiro que vai gerando" e acredita que a equipa de Leonardo Jardim terá uma importante intervenção na evolução dos campeões nacionais. "Primeiro só ganhavam equipas de Lisboa, depois apareceu o FC Porto e até o Boavista conseguiu um título", historiou, manifestando-se otimista. "O Braga é a equipa que está a jogar melhor e só depende de si. O FC Porto faz belíssimos jogos, como aconteceu contra o Benfica, mas alterna com outros cinzentos. Já o Benfica entrou com grande força, mas tem descido muito de produção", apreciou.


Jardim procura outro recorde

Um golo contra o Feirense é tudo o que o Braga necessita de fazer para que Leonardo Jardim escreva novamente o nome no livro de recordes do clube. Com 13 jogos consecutivos sempre a faturar para o campeonato, os arsenalistas estão a apenas um remate certeiro de superar o que a equipa orientada por Manuel Cajuda alcançou em 2000/01. Na altura, Fehér, Barroso e companhia conseguiram a proeza de marcar 23 golos nas primeiras 13 jornadas da competição, que, de resto, haveriam de concluir no quarto lugar. Então como agora, Sporting, FC Porto e Benfica estavam entre as vítimas. A única diferença é que o Marítimo foi o primeiro a colocar um travão ao ataque bracarense; agora não se sabe quem o fará, embora os "fogaceiros" tenham essa oportunidade no sábado.

Os adeptos costumam associar os golos a vitórias, mas, curiosamente, a espetacular série deste Braga teve início com os dois piores resultados possíveis no futebol: um empate (1-1, com o Benfica) e uma derrota (3-2, com o FC Porto). A partir daí começaram a surgir os triunfos e, pelo meio, até algumas goleadas (Paços de Ferreira, Olhanense e Vitória de Guimarães), que levaram a que durante este período os bracarenses tenham marcado 35 golos (!). De resto, a eficácia que têm revelado - com Lima em plano de evidência - fazem com que, no plano ofensivo, a presente época seja uma das melhores desde que o clube da Cidade dos Arcebispos se fixou em definitivo no principal campeonato português (1975/76). Com tudo isto, só faltam 11 tentos para que a melhor marca de sempre numa edição da prova também caia.


António Conceição coloca as fichas no ex-clube

Mais do que intrometer-se na luta pelo título esta época, António Conceição, ou Toni, como era conhecido antes de iniciar a carreira de treinador, está convencido que o Braga pode conquistá-lo. O antigo lateral-direito dos arsenalistas considera que estes têm "uma palavra a dizer neste campeonato" e justificou a ideia com o facto de a equipa estar "a jogar bem, de forma confiante a ganhar". "[O Braga] Tem tantas hipóteses de ser campeão como o Benfica ou o FC Porto. Gasta menos mas ganha o mesmo. É incrível o que se passa em Braga; é a demonstração de que uma gestão profissional pode ser alternativa a gastar muito dinheiro", elogiou o agora técnico do Astra (Roménia) ao sítio da Makefoot, sem o esconder que um dia sonha orientar o clube do coração. "Gostaria de treinar o Braga, no futuro. Mas não é por ser atualmente um dos grandes do nosso futebol; antes porque é o Braga", concluiu Toni.


Susto não afasta Nuno André Coelho

Já sem os brasileiros Ewerton e Paulo Vinícius para a deslocação a Santa Maria da Feira, Leonardo Jardim sofreu ontem um susto durante o treino, quando viu Nuno André Coelho receber assistência médica por ter sido atingido inadvertidamente num pé por um companheiro. Depois da intervenção dos fisioterapeutas do clube, o central conseguiu terminar a sessão sem qualquer problema, pelo que poderá manter o seu lugar na equipa titular frente ao Feirense.


Só Celtic e Partizan batem marca do duo ibérico

As onze vitórias consecutivas obtidas pelo Braga no campeonato têm sido muito valorizadas. E não é para menos. Afinal, só o Real Madrid o consegue imitar nesta altura da temporada. Contudo, a marca do duo ibérico ainda fica um pouco aquém da que foi alcançada pelo Celtic ou pelo Partizan no começo da época. Os escoceses, que vão bem encaminhados para resgatar o título aos arquirrivais Rangers, contabilizaram 17 triunfos consecutivos na Premier League, mais quatro do que somou a equipa de Belgrado na Liga Sérvia, na qual, de resto, só perdeu uma vez.


O JOGO

JotaCC

FC Porto desiste de equipa B. Sp. Braga e V. Guimarães só avançam sem pagar

O FC Porto desistiu de avançar com a constituição de uma equipa B na próxima época, depois de, na assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol, na segunda-feira, os clubes da II Liga terem exigido o pagamento de uma percentagem dos direitos televisivos dos emblemas que na próxima temporada vão colocar as suas equipas secundárias nessa competição.

"Dada a instabilidade gerada pelo presidente da Liga, que vai mudando de discurso, o FC Porto decidiu não avançar com a constituição da equipa B", disse ao PÚBLICO uma fonte oficial do clube portista, considerando que a "decisão é definitiva", uma vez que "não há garantias de estabilidade".

A decisão do FC Porto pode ser seguida por dois clubes minhotos. Uma fonte do Sporting de Braga garantiu ao PÚBLICO que o clube só terá equipa B "se não tiver de pagar qualquer percentagem para se inscrever". O mesmo diz José Pereira, director desportivo do Vitória de Guimarães, que só criará uma equipa B se não tiver de pagar.

Já o Benfica até está disponível para contribuir para um mecanismo de solidariedade em relação aos clubes da II Liga, mas apenas no caso de ser encontrada uma solução "lógica e estável", explicou uma fonte do clube da Luz. O Sporting reserva uma posição para quando houver uma decisão final sobre o tema.

O PÚBLICO não conseguiu ontem contactar o presidente do Marítimo, mas na véspera Carlos Pereira tinha-se mostrado confiante numa solução. Além dos seis clubes acima referidos, o Nacional também tinha manifestado a intenção de criar uma equipa B, embora Rui Alves considere que todo este processo está "ferido de ilegalidade".

Estas posições surgem depois de na assembleia geral de segunda-feira os clubes da II Liga terem exigido ficar com 3% dos direitos televisivos dos emblemas que vão ter equipas B. A proposta chegou mesmo a ser votada e aprovada por maioria, mas depois foi colocada em suspenso pelo presidente da mesa da assembleia geral. Mário Figueiredo, presidente da Liga, ainda propôs a redução desse mecanismo de solidariedade para 1%, mas a discussão não avançou.

O outro lado

O projecto de reactivação das equipas B foi aprovado em Dezembro pela Liga, ainda no mandato de Fernando Gomes, prevendo o alargamento da II Liga de 16 para 22 clubes. Teriam entrada as equipas B que estejam em actividade (Marítimo) e os cinco primeiros classificados da época anterior (FC Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga e V. Guimarães).

Os clubes das II Liga, no entanto, exigem uma compensação, pelo facto de terem de realizar mais jogos. "Haverá mais 11 jornadas para cada equipa. A própria Liga terá de organizar mais 222 jogos [462 em vez de 240], o que lhe custa um milhão de euros", diz Almeida Antunes, presidente do Atlético, sublinhando que as despesas dos clubes em deslocações e segurança vão aumentar. "É uma tragédia", argumenta o líder do clube lisboeta, embora considere que exigir 3% dos direitos televisivos dos maiores clubes "é um exagero" – no caso de alguns "grandes", essa verba atingiria valores a rondar os 500 mil euros.

Os clubes da II Liga recebem 150 mil euros da Olivedesportos pela transmissão de cinco jogos em casa e – como os "contratos estão assinados", diz Almeida Antunes – não têm perspectiva de receber mais com a entrada das equipas B, que tornam a competição mais atractiva.

O PÚBLICO tentou ouvir uma reacção da Liga, mas não foi possível.

Reunião na FPF

Este é mais um episódio de instabilidade no futebol português, depois da polémica gerada pelo alargamento da I Liga de 16 para 18 clubes, sem que haja descidas nesta época. Este tema, aliás, será hoje à tarde avaliado pela direcção da Federação Portuguesa de Futebol, que vai reunir-se com os sócios ordinários do organismo. Como o PÚBLICO avançou na quarta-feira, a direcção da FPF vai vetar o alargamento para 18 clubes, não por ser contra um aumento do número de clubes da I Liga, mas sim pelo facto de as regras estarem a ser alteradas a meio do jogo, o que, para os responsáveis federativos, colocará em causa a verdade desportiva.

PUBLICO

JotaCC

Alan subiu ao relvado

O plantel do SC Braga cumpriu esta manhã, à porta fechada, o penúltimo treino antes do jogo frente ao Feirense, sábado, às 20.15 horas, no Estádio Marcolino de Castro. O capitão Alan já subiu ao relvado para treino condicionado e exercícios específicos, mas não será opção para o jogo na Feira e não é certo que atue na meia-final da Taça da Liga, quinta-feira, com o Gil Vicente

Faz hoje três semanas que Alan sofreu uma lesão no ligamento lateral interno do joelho esquerdo frente ao Besiktas, na Liga Europa. Durante o processo de recuperação o extremo falhou os jogos com o V. Guimarães, Nacional e UD Leiria e só será devolvido à competição quando estiver a 100 por cento.

De baixa permanecem Rúben Amorim, com lesão muscular na coxa direita, Ewerton, a recuperar de uma tendinopatia no adutor direito, além de Paulo Vinicius e Baiano, ambos a desenvolver programa de recuperação a intervenções cirúrgicas. Luís Alberto treina-se integrado com o plantel.

A BOLA

JotaCC

SC Braga também não vai criar equipa B

À semelhança do que o FC Porto assumiu, o SC Braga também não deve avançar com a ideia de criação de uma equipa B.

Na base desta decisão do emblema minhoto estará a liderança instável e contestada de Mário Figueiredo, recentemente eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, avançam as rádios Antena 1 e Renascença.

Recorde-se que a criação das equipas B foi uma das ideias defendidas por Mário Figueiredo na sua campanha eleitoral na corrida à presidência da Liga mas as últimas notícias dão conta de alterações dos valores definidos para apoiar a criação destas equipas.

ZEROZERO

JotaCC

Equipa B não deve avançar
seguindo o exemplo do FC Porto

O Sp. Braga está a ponderar não avançar com a criação da equipa B. Os arsenalistas devem seguir o exemplo do FC Porto, que optou por deixar cair o projeto devido à liderança instável do presidente da Liga, Mário Figueiredo.

A informação foi avançada pela Antena 1 e pela Renascença. No último caso foi mesmo dito que a decisão está tomada.

RECORD

JotaCC

Nuno André Coelho sem restrições

Alvo de um traumatismo num pé no treino de quarta-feira, Nuno André Coelho reapareceu a cem por cento no treino desta manhã. Como se previa, o central recuperou facilmente do toque e está em condições de alinhar como titular no sábado, frente ao Feirense. A segunda novidade da sessão foi Alan, autorizado a trabalhar na relva, embora ainda afastado do grupo, estando o seu regresso previsto apenas para o fim do mês. Sem arranque à vista está agora a futura equipa B. A exemplo do FC Porto, o Braga não aceita abdicar de parte da verba dos direitos televisivos e publicidade estática em favor dos restantes clubes da II Liga e de ter de pagar pela inscrição da equipa B, no pressuposto de que essa receita seria canalizada para um fundo de solidariedade.

O JOGO

Bruno3429

Nomeações para a 23.ª jornada
Por Redação


O Conselho de Arbitragem divulgou a lista de nomeações para a 23.ª jornada, que arranca esta sexta-feira com os jogos de FC Porto e Benfica, diante Nacional e Beira-Mar.

Na Madeira estará Carlos Xistra (AF Castelo Branco), enquanto o Benfica – Beira-Mar será arbitrado por Manuel Mota (AF Braga).

Duarte Gomes (AF Lisboa) foi o escolhido para dirigir o Feirense – SC Braga, enquanto Jorge Sousa (AF Porto) estará no Gil Vicente – Sporting que fecha a jornada na segunda-feira.

De destacar ainda o regresso às nomeações de Pedro Proença, que já não apitava em Portugal desde o clássico entre Benfica e FC Porto. Vai voltar no Académica - Paços de Ferreira, marcado para domingo.

Mapa completo de nomeações:

Sexta-feira, dia 16 de março:
Nacional – FC Porto, Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
Benfica – Beira-Mar, Manuel Mota (AF Braga)

Sábado, dia 17 de março:
UD Leiria – Rio Ave, Rui Silva (AF Vila Real)
Feirense – SC Braga, Duarte Gomes (AF Lisboa)

Domingo, dia 18 de março:
Académica – P. Ferreira, Pedro Proença (AF Lisboa)
V. Setúbal – Marítimo, João Capela (AF Lisboa)
V. Guimarães – Olhanense, Vasco Santos (AF Porto)

Segunda-feira, 19 de março:
Gil Vicente – Sporting, Jorge Sousa (AF Porto)

A Bola

JotaCC

#9
Lima, a história do goleador que queria ser famoso

Da distante paisagem amazónica para a fotografia: quem é o goleador do Sp. Braga e da liga portuguesa?

Lima respira fundo. Aos 28 anos pode dizer-se que concretizou a ambição de criança: é um jogador famoso. Do outro lado do Atlântico, dona Maristela emociona-se. A vida não é fácil para uma criança nascida na pequena cidade de Monte Alegre, no distante e amazónico estado do Pará.

«Ainda ontem comentava com ele por telefone», começa por dizer ao Maisfutebol. «No domingo, enquanto estava na missa, lembrei-me de tudo o que ele passou. De todos os sacrifícios que fez. Lembrei-me do dia em que ele me ligou a chorar: mãe, você faz anos e eu não tenho dinheiro para lhe enviar uma prenda.»

A história de Lima, no fundo, moldou-lhe o jeito para jogar futebol. Pode ver-se no temperamento. Combatente, esforçado, valente. «Eu respondia que não fazia mal. Que um dia ainda ia ser rico e dar-me prendas. Quando começou a ganhar dinheiro, no Paraná Clube, comprou-me uma casa.»

Cláudio (Gil Vicente) conheceu-o quando tentava impor-se no futebol. Era um jovem. Tímido e com muito acne. As borbulhas deixaram marcas que ainda se notam e que na altura o tornavam mais reservado: pouco saía de casa. Passava o tempos entre a televisão e a playstation. A amadurecer o sonho.

Hoje sente que chegou enfim onde sempre quis. «Com nove ou dez anos já dizia que um dia ia ser um jogador de futebol famoso no estrangeiro.» Carioca foi o primeiro treinador num clube a sério e reitera as palavras da mãe. «Apareceu-me aqui com 16 anos e só falava em ser famoso», conta.

A vida do melhor marcador da liga deu de resto muitas voltas. Na origem de todas elas esteve um nome: Coronel Nunes. É o presidente da federação de futebol do Pará e é também tio de Lima. «Com 16 anos levei-o para o Paysandu. Apostei que ele ainda ia ser um grande jogador», lembra.

A obsessão que vem de longe

O avançado começou a jogar na rua e deu os primeiros pontapés a sério no pequeno São Francisco Sport. «É um clube aqui de Monte Alegre, para onde foi jogar com onze anos», diz a mãe. «Foi com o irmão gémeo Roberto, que nunca levou o futebol tão a sério. Não foi tão determinado.»

No Paysandu LIma foi campeão e deu o salto. «Fez um ataque demolidor com outro miúdo, o Waldir, que também fez um carreira bonita. No final do segundo ano veio cá o Paraná e pagou para levar os dois.» Lima era um júnior. Mudou de estado e foi para longe da família. Tornou-se um goleador.

«Na altura já era bom, mas hoje está muito mais forte. Muito potente.» Toda a gente se surpreende aliás com a força de Lima: a massa muscular é admirável. «Sempre foi muito saudável, nunca teve doenças», diz a mãe. «Sai ao pai. Já o irmão gémeo também é assim forte», adianta o tio.

A mãe acrescenta outro pormenor. «Sempre teve cuidado com ele e orientou-se para o futebol. Com nove anos, jogava com rapazes de treze. Eu não deixava, mas ele e o irmão fugiam. Ia para o campo e ficava da parte de fora a defendê-los. Discutia com os mais velhos. Muitas vezes brigava mesmo.»

«Deu-me muitas dores de cabeça. Jogava descalço e um dia rasgou o pé. Outro dia teve uma luxação na clavícula. Mas voltava. Dizia sempre: mãe, só com os mais velhos fico mais forte.» A determinação levou-o longe. Disputou aliás duas Libertadores: uma no Santos e uma no Paraná.

Foi em Portugal, no entanto, que Lima atingiu o estrelato. «Quando ele foi para o Belenenses, disse-lhe que tinha de ir a Fátima. E ele foi. Graças a Deus adora Portugal e quer acabar aí a carreira.» O tio vai mais longe. «Gostava que ele fosse à seleção portuguesa. Pode ser um novo Deco.»


Como é que Lima faz os golos?
Análise aos tentos que o brasileiro já marcou e como isso se encaixa no futebol do jogador

Dezassete golos no campeonato não são apenas um cartão de visita: são sobretudo um bilhete de identidade. Em cada um deles surge a impressão digital de Lima. O brasileiro do Sp. Braga é o melhor marcador da liga e é sobretudo um detonador da candidatura dos minhotos ao título.

No fundo Lima não se limita a fazer golos: constrói-os. Para além dos dezassete golos que marcou, já fez seis assistências: duas para Hélder Barbosa, duas para Alan, uma para Ukra e uma para Nuno Gomes. O Braga, esse, fez 47 golos no campeonato. Metade deles passaram por Lima, portanto.


Lima: os tempos do Cabeça, pai-de-santo no Vizela
A histórias de quando o goleador da liga portuguesa era apenas um rapaz tímido à procura de cumprir o sonho

«Bom rapaz, de coração grande!» O elogio sai desinteressado. A amizade é demasiado grande para cobrar o que quer que seja. Cláudio é um admirador de Lima. «Desde 2003, nos nossos tempos do Vizela». Pois, é surpreendente e terá escapado não só aos mais distraídos. A primeira passagem de Lima por Portugal foi há nove anos. Uma passagem discreta, marcada pelo desajustamento.

«Ele chegou em dezembro e andava sempre sozinho, perdido. Por isso aproximei-me dele, convidei-o para jantar em minha casa e fundámos uma empatia que dura até hoje», conta ao Maisfutebol o defesa central do Gil Vicente.

Cláudio é o melhor amigo de Lima no futebol português. Acolheu-o no seu lar, fez de irmão mais velho. Ensinou-o a cozinhar e a vestir-se condignamente. «O Lima era muito novo, muito menino. Não saía de casa e por isso ajudei-o no que foi possível. Ele é um homem excecional.»

Sempre foi, de resto. «Excecional e inseguro», muito por culpa de uma educação extremamente humilde e honesta. As recordações invadem a conversa, o discurso é feito de passado, de lembranças, até de gargalhadas nostálgicas.

«Um dia tivemos um jantar do Vizela. Eu fui buscá-lo, ele abre a porta e estava todo vestido de branco», lembra Cláudio. «Blazer branco, camisa branca, calças brancas, sapatos brancos. Ele parecia um pai de santo! Só deixei ele sair assim de casa porque estávamos atrasados.» E mais gargalhadas.

«Imagine como foi a reação das pessoas do clube quando chegámos ao restaurante. Eu e um pai de santo.»

A origem da alcunha: O Cabeça

Lima tinha 19 anos e marcas de uma puberdade por abandonar. «A cara dele ainda estava cheia de espinhas. Isso prova o quão novinho era. Também por isso era mais recatado. Só connosco era mais extrovertido e brincava mais.»

Envergonhado, borbulhas na cara, um alvo irresistível para as brincadeiras dos colegas. «Começámos a trata-lo por Cabeça. Eu pegava com ele, dizia que ele era muito feio e se não fosse jogador de futebol ia morrer solteiro. Hoje em dia é casado e tem um filho. É uma felicidade vê-lo tão bem», acrescenta Cláudio.

Viveram lado a lado seis meses. Partilharam rituais básicos do quotidiano, desabafos e sonhos. «No início o Lima era todo educadinho, nunca queria mais comida, nem incomodar. Mais para o fim já devorava feijão preto e oferecia-se para cozinhar. Cresceu, amadureceu e foi uma pena vê-lo regressar ao Brasil no final da temporada. Faltou-lhe jogar mais vezes.»

Sete anos depois, um Cabeça diferente

Em Vizela ainda falam de Lima. Cláudio continua a viver na cidade e a frequentar os sítios que frequentava com o menino que tinha acne. «Ele já tinha um pontapé forte e movimentos de bom avançado. Faltava-lhe a intensidade que tem hoje. Quando veio para o Belenenses, em 2009, já era outro jogador. Vi um avançado feito. E atualmente está ainda melhor.»

Cláudio bem pode dizê-lo. Nem a profunda amizade que os une impediu Lima de estilhaçar o Gil Vicente. Um grande ponta de lança é assim: durante 90 minutos não sente um pingo de piedade. «Em Braga ainda controlei a fera. Perdemos 3-1, mas ele não marcou. Em Barcelos não tivemos hipóteses. O Lima marcou os três golos do jogo. Um dos quais absolutamente fantástico.»

Apito final, duche bem quente e a amizade de volta ao conforto do costume. Com feijão preto, mas sem qualquer peça de roupa branca. «É isso mesmo. O jogo acaba e o Lima volta a ser o meu Cabeça.»

MAIS FUTEBOL

JotaCC

Lima: a obsessão pelos golos bonitos vem de longe
Os caminhos que conduziram o goleador até Braga: o futuro termina no Minho?

A tendência não é de hoje. Lima sempre foi um avançado propenso para golos de elevada nota artística. Luiz Alberto é proprietário da agência LA Sports e garimpou-lhe o talento ainda no Brasil. Ao Maisfutebol confirmou esta quase-obsessão pelos pontapés de fora da área.

«Mal vi um vídeo dele percebi que estava perante um atacante raro. Não era um jogador de encostar só para o fundo da baliza. Diria mesmo que o Lima só gostava de marcar golos bonitos, espetaculares», revela o amigo e ex-representante de Lima.

Além dessa capacidade inata, e perfeitamente atualizada, Luiz Alberto ficou impressionado com outras marcas comportamentais. «Ele era, acima de tudo, extremamente profissional em tudo o que fazia fora do campo. Não hesitei em levá-lo para o Avaí, para o Santos e depois para a Ucrânia», garante Luiz Alberto.

A Ucrânia que, coincidentemente, assinala o momento mais difícil na carreira de Lima. «Recebemos uma proposta oficial, tudo documentado, e o Avaí aceitou libertá-lo. Viajámos para a Ucrânia e quando chegámos lá tudo correu mal.»

Resumidamente, as condições propostas pelo Metalist FC não passavam de um engodo. Lima reagiu mal. «A esta distância posso dizer que foi o melhor para a carreira dele. O Lima e eu rejeitámos a oferta e surgiu o Belenenses no caminho dele. O regresso a Portugal aconteceu de forma muito rápida e o resto da história vocês já conhecem.»

Luiz Alberto afastou-se da gestão da carreira de Lima. Fica «orgulhoso», no entanto, por ter participado «numa parte importante» da mesma. «Ele amadureceu e atingiu o auge do seu jogo aos 26/27 anos. Vai marcar golos bonitos e menos bonitos por muitos mais anos.»

Antes de explodir em Braga, Lima deu nas vistas no Belenenses: o clube haveria de descer de divisão num ano em que o avançado fez sete golos. Foi a época da revelação e o início de uma paixão entre Portugal e o brasileiro.

Ele que tinha sido cobiçado pelo Brondby antes de vir: preferiu no entanto regressar à liga nacional, agora bem mais maduro do que sete anos antes no Vizela.

No final dessa época, surgiu o interesse do Sporting. Costinha e Carvalhal gostavam do avançado, mas temeram pela idade. Os 26 anos deixaram-nos receosos. Os mesmos 26 anos, aliás, que levaram o F.C. Porto a não passar da referenciação do avançado. António Salvador foi mais rápido e garantiu de imediato o jogador.

António Conceição foi treinador de Lima na segunda metade da época no Restelo e admite que desafiou o Sp. Braga a ser corajoso.

«Houve alguém de muita responsabilidade no Sp. Braga que me ligou e me perguntou por ele. Disse-lhe logo que deviam contratá-lo. Acho que o clube já estava inclinado a fazê-lo, mas queria saber se as opiniões coincidiam», confessa.

«Fico feliz por ver que hoje é um jogador fundamental no Sp. Braga.»

Curiosamente, um ano depois o Besiktas ofereceu três milhões por Lima. António Salvador achou que três milhões era brincadeira. Provavelmente fez bem.

Mas aos 28 anos, pode dizer-se que o futuro acaba em Braga?

Nomeações: Xistra no Nacional-F.C. Porto
Manuel Mota no Benfica-Beira Mar


Carlos Xistra foi o árbitro nomeado para o Nacional-F.C. Porto, jogo que abre a 23ª jornada da Liga. Será auxiliado por José Cardinal e Luís Marcelino.

No Benfica-Beira Mar, também marcado para sexta-feira, estará Manuel Mota, com Duarte Gomes nomeado para a visita do Sp. Braga a Santa Maria da Feira.

Jorge Sousa, que sofreu uma quebra de tensão no jogo da Liga dos Campeões entre Inter e Marselha, estará totalmente recuperado, uma vez que foi nomeado para o Gil Vicente-Sporting.

Destaque ainda para Pedro Proença, árbitro principal no jogo de Milão, que volta a apitar um jogo da Liga, no caso o Académica-P. Ferreira, depois da polémica no clássico entre Benfica e F.C. Porto.

Olegário Benquerença está dispensado para dirigir jogos no Qatar, neste próximo fim de semana.

Nomeações da 23ª jornada:
Benfica-Beira Mar: Manuel Mota
V. Setúbal-Marítimo: João Capela
Gil Vicente-Sporting: Jorge Sousa
U. Leiria-Rio Ave: Rui Silva
Nacional-F.C. Porto: Carlos Xistra
Académica-P. Ferreira: Pedro Proença
V. Guimarães-Olhanense: Vasco Santos
Feirense-Sp. Braga: Duarte Gomes

MAIS FUTEBOL

JotaCC

SAD vai lançar comunicado a anunciar fim da equipa B

O SC Braga vai pronunciar-se oficialmente sobre o futuro da equipa B em comunicado oficial, que deverá ser publicado dentro de alguns minutos. À semelhança do FC Porto, a SAD deverá anunciar o fim do projeto, por não concordar com o pagamento de uma percentagem da verba dos direitos televisivos e da publicidade estática, receita que seria utilizada para um fundo de solidariedade que beneficiaria os restantes emblemas da Liga Orangina.

O SC Braga fez atempadamente a pré-inscrição da equipa B na Liga, que não foi mais do que um sinal da sua disponibilidade para avançar com o projeto. No entanto, nos atuais moldes, a segunda equipa não irá seguramente ver a luz do dia. Para a SAD, a inscrição da equipa B na Liga Orangina deve estar subordinada às mesmas regras dos restantes clubes, não havendo a mais pequena margem para negociar qualquer tipo de contrapartida financeira.

A BOLA