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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 11/03

Started by JotaCC, 11 de March de 2011, 07:38

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JotaCC





Estrelas da casa brilham mais alto



Celtic, Sevilha, Arsenal e agora Liverpool. Colossos europeus vão caíndo no coliseu minhoto, perante uma equipa que deixou de ser uma surpresa no futebol europeu. O Sporting Clube de Braga é claramente já uma certeza neste universo, transmite classe e obriga a respeito.

É um novo senhor e está tudo em aberto para alcançar um degrau histórico, para atingir pela primeira vez os quartos-de-final de Liga Europa. Falta sobreviver ao inferno de Anfield Road e, pelo o que se viu, nesta primeira parte da eliminatória, há claramente condições para o conjunto de Domingos Paciência seguir em frente na prova.

A uma primeira parte de grande classe, com uma equipa de peito aberto a assumir os riscos, viu-se um Liverpool a encolher-se, a jogar para o zero-zero, a defender com três unidades cerradas no meio-campo (Lucas, Poulsen e Raúl Meireles). Aliás, o conjunto inglês entrou com muitas cautelas, muito respeito, ao ponto de deixar o ataque entregue apenas ao holandês Dirk Kuyt, na tentativa de aplicar a mesma receita do fim-de-semana passado, no triunfo sobre o Manchester United.

Contudo a formação de Domingos Paciência pressionou forte, obrigando os ingleses a recuar e a cometer erros e num desses lances o helénico Kyrgiakos foi obrigado a cometer grande penalidade sobre Mossoró. Coube a Alan lançar o remate para a história, coube ao extremo escrever nas estrelas o golo número 100 dos minhotos nas competições do velho continente.

A equipa gavalnizou-se ainda mais, manteve a pressão sobre as linhas contrárias, e o segundo golo andou perto. Aliás, foi o ferro que negou um destino ainda mais brilhante, aço incapaz de selar justiças, tal o remate de Sílvio, uma bomba de ressaca que merecia beijar as redes. Era justo ao intervalo uma vantagem de dois golos, até porque abria ainda mais os horizontes para a segunda mão, a realizar já dentro de oito dias.

Na segunda etapa viu-se um Braga a sofrer após a entrada de Andy Carroll. A pedra preciosa, avaliada em mais de quarenta milhões de euros, trouxe capacidade no jogo aéreo e alteração de sistemas: Kenny Dalgish abdicou de um elemento do meio-campo e abriu a sua frente de ataque com mais uma unidade.

Domingos Paciência viu-se na obrigação de colocar Paulão em campo para ganhar centímetros. A equipa perdeu alguma profundidade, mas no contra-golpe podia ainda ter chegado mais longe. Que o diga Hugo Viana, que quase surpreendia Reina.
Mesmo assim foi bom, muito bom, até porque a equipa viaja em vantagem.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Alan especialista em destroçar reds

O Braga mantém vivo o sonho de passar aos quartos-de-final da Liga Europa graças a um golo de Alan, fazendo do Liverpool o sexto adversário europeu a tombar no AXA esta temporada, depois de Celtic, Sevilha, Partizan, Arsenal e Lech Poznan. Um triunfo inteiramente merecido face a um adversário tido como candidato a levantar o troféu na final de Dublin, mas que ontem não mostrou qualquer argumento para conseguir tal proeza. A equipa de Dalglish, um dos míticos jogadores que nos anos 70/80 ajudou os "reds" a incendiar a Europa do futebol, viveu, basicamente, de Raul Meireles e de Kuyt, os únicos no onze que pareceram não ter aproveitado a amena tarde minhota para fazer uma sesta. Apesar de uma mão-cheia de ausências, onde se notavam, por exemplo, Gerrard e Suarez, a atitude do Liverpool frente ao Braga cheirou a desrespeito pelo adversário. Mais parecia que os 90 minutos de ontem eram uma mera formalidade, uma página inconsequente da eliminatória que os ingleses acreditarão, independentemente do resultado, qualquer que fosse, estar talhada para resolver em Anfield, o seu infernal recinto.

Alheio a este estado de espírito do candidato europeu , o Braga apresentou-se com a grande ambição de sempre e chegou à vantagem no primeiro lance de real perigo. Mossoró, o mágico que no domingo passado já destroçara outros encarnados, entrou na área e trocou os olhos a Kyrgiakos, que o derrubou. Na conversão do penálti, Alan marcou o centésimo golo dos arsenalistas nas competições europeias e deixou tudo em aberto para a segunda mão. Mesmo a perder, o sexto classificado da Premier League não largou o seu futebol defensivo, sem profundidade e órfão de ideias. Raul Meireles, o português que jogou a 10 e a extremo (!), é a referência da equipa e a bola ia ter com ele, invariavelmente, sempre que era preciso construir. O Braga controlou o jogo, geriu-o sabiamente e até poderia ter ampliado num remate de Sílvio à barra perante a um meio-campo defensivo amuralhado.

No segundo tempo, já com o gigante Carroll em campo, Kuyt perdeu o duelo com Artur nas únicas ocasiões de golo dos ingleses. Sempre a controlar, o Braga podia ter ampliado por Viana, mas também aqui o guarda-redes levou a melhor. A carga final do Liverpool foi apenas um fogacho que os bracarenses mantiveram sempre sob controlo, já com um terceiro central (Paulão) em campo. Como disse António Salvador, "o Braga já está habituado"; agora venha Anfield.


Arbitragem
Penálti indiscutível

Seis pares de olhos pregados no relvado evitaram casos. O penálti sobre Mossoró é indiscutível, até à vista desarmada e à altura de um quinto andar, num jogo levado nas calmas pela equipa do belga Gummieny.



O MOMENTO: 18' [1-0]
Em vantagem para Anfield

Alan partiu para a bola e bateu o penálti para a direita de Reina. O espanhol esticou-se, mas a colocação da bola, junto ao poste, não lhe deu chances. O castigo máximo que poderá valer os quartos puniu falta de Kyrgiakos sobre Mossoró.



Lances-chave

36' Kaká, após canto que marcara, assusta Reina com um remate cruzado sobre a direita e já de ângulo difícil. A bola bate nas malhas laterais.

38' Sílvio dispara à barra. A jogada inicia-se num livre de Hugo Viana, na direita, aliviado por Skrtel - perante a ameaça de Mossoró - para fora de área. De primeira, Sílvio atira a bola ao ferro.

45' Hugo Viana marca livre em posição frontal, mas longe da área, para defesa segura de Reina.

59' Kuyt beneficia de um ressalto e fica isolado frente a Artur, No duelo, o guarda-redes rouba-lhe a bola dos pés.

68' Kuyt volta a criar perigo. À entradada área do Braga, o holandês remata para grande defesa de Artur, que voa para desviar a bola para canto.

73' Reina evita golo de Hugo Viana num canto directo, defendendo para canto.



A ESTRELA: Alan 7
Uma prova de esforço superada com recital de maturidade

Experiente, ganha inteligência quando perde fulgor. E como a época já vai longa, foi nesse atributo que distingue os bons dos grandes jogadores que assentou uma exibição muito boa. Vistosa? Nem sempre. Útil? Mais do que isso. Alan teve muita bola e nunca a perdeu. Sacou faltas atrás de faltas e fechou linhas com mestria, sendo por isso um dos principais recuperadores da equipa. E claro, quando teve a responsabilidade (penálti) nos pés, não tremeu. Bola no ângulo e terceira vitória europeia a começar por si.


O Braga um a um
Alan e Mossoró em defesa da honra

Artur 6

Só Kuyt deu trabalho, mas Artur despachou-o sempre com agilidade. Primeiro numa saída arrojada (59') aos pés; depois num voo espectacular aos 68'.

Miguel Garcia 7

Excelente na marcação a Joe Cole e muito bem também no apoio a Alan. Não desequilibrou mas, mais importante do que isso, nunca se desequilibrou a si próprio nem à equipa.

Kaká 7

Apareceu em todos os sítios e acumulou intercepções tão milimétricas como decisivas. Até a ver o cartão amarelo esteve bem: Joe Cole seguia para a baliza em excelente posição para criar perigo.

Rodriguez 7

A mobilidade e (falta de) estatura de Kuyt deram-lhe muito jeito. A entrada de Carroll aumentou as dificuldades, mas o peruano não se perdeu. Teve de se readaptar, mas retomou a excelente exibição.

Sílvio 7

A trave ainda deve estar a abanar depois daquele tiro aos 38'. Para quem esteve em dúvida, aguentou muito bem Spearing e Raul Meireles. E, já perto do fim (85') teve novo ensejo para marcar.

Hugo Viana 6

Na estreia de início como médio mais recuado, vestiu bem o fato de Custódio. Sem correr muito, esteve sempre no sítio certo para recuperar a bola. Deu-a sempre com segurança, embora sem passes de risco como contra o Benfica.

Leandro Salino 6

Na posição onde se sente melhor, recuperou fulgor e capacidade de trabalho. Importante a encurtar linhas e a fazer posse de bola.

Mossoró 7

O mágico foi sempre a primeira seta apontada à baliza de Reina. Inquietante para os médios adversários, ganhou o penálti que deu o golo e logo a seguir teve oportunidade para o matar, mas falhou o remate. Saiu porque era preciso defender. Está mesmo com a corda toda.

Lima 5

Tem sido recorrente vê-lo jogar de costas. Fá-lo bem, mas perde amplitude de acção. Segurou bem, mas foram raros os ensejos para bater Reina.

Paulo César 5

Interventivo como ninguém, mas trapalhão como nenhum outro. Importante para esticar o jogo na fase da pressão, perdeu tempo na hora de decidir.

Paulão 5

Regressou para emprestar centímetros e reequilibrar forças face à entrada de Carroll. E a verdade é que a segurança aumentou.

Meyong 3

Troca por troca numa fase em que a bola poucas vezes chegava à sua zona.

Hélder Barbosa -

Para queimar tempo.



História do jogo
Alan assinou o golo centenário

O golo 100 do Braga na UEFA chegou cedo e pelo pé do especialista em penáltis. Esta época, Alan marcara assim ao Celtic e ao Lech Poznan.

Quase 44 anos depois de ter marcado pela primeira vez, num jogo das competições europeias, o Braga chegou ao centésimo golo, que teve a assinatura de Alan. Em 1967, a equipa nortenha estreou-se na UEFA com um golo em Atenas, na casa do AEK. O centésimo foi festejado em casa, à custa do Liverpool e da pontaria de Alan, referência ofensiva da equipa e, nesta temporada, especialista em desequilibrar cedo e de penálti: este foi o terceiro golo europeu do brasileiro, que marcou sempre na primeira parte e na sequência de pontapés de grande penalidade. Foi assim que aconteceu no jogo com o Celtic, ainda na fase da Liga dos Campeões, com o Lech Poznan, já na Liga Europa e, ontem, no duelo com o guardião Reina.


Domingos Paciência

"Peço inteligência na segunda mão"

Numa escala qualitativa, ganhar ao Liverpool e manter acesa a chama de fazer mais história na Europa teve um significado "muito grande" para Domingos Paciência. O Braga não se encolheu no primeiro duelo e até parte em vantagem para a segunda mão. "Sabemos contra quem estamos a jogar: o Liverpool é uma equipa muito forte e este resultado deixa tudo em aberto para o jogo da segunda mão. Foi meia vitória. Lá, será mais um jogo difícil. Pelo que fizemos, especialmente na primeira parte, merecemos a vitória. Jogámos com grande mobilidade e posse de bola. Só foi pena não termos marcado o segundo golo", suspirou o treinador arsenalista, saudando, de seguida, o esforço da equipa. "As coisas poderiam ter sido diferentes, mas os jogadores estão de parabéns por aquilo que fizeram. Na segunda parte, sentimos dificuldade em impedir que o Liverpool pensasse o seu jogo de forma mais frontal e tudo se complicou. Em suma, foi um bom jogo e um bom resultado", resumiu.

Só não deu para descodificar totalmente o adversário inglês. "Era difícil prever o que poderia fazer o Liverpool, pois têm alternado muito em termos de sistema. No segundo tempo fizeram aquilo que receávamos: lançamentos longos para o Andy Carrol e muito desgaste sobre o Lima e o Mossoró. Felizmente, a equipa conseguiu adaptar-se", considerou. A uma semana do reencontro, Domingos Paciência já tem, porém, ideias bem precisas sobre o que pretende. "Há que procurar fazer um jogo inteligente na segunda mão. Fazendo um golo em Liverpool, tudo pode acontecer. Temos equipa para isso. Está tudo em aberto. Estamos no intervalo e a ganhar 1-0. Temos de ser inteligentes e ter capacidade de sacrifício contra esta grande equipa", pormenorizou.


Lima
"Foi pena faltar o segundo golo"


Lima passou em branco ante o Liverpool, mas tal não o incomoda, pois o que interessa é o triunfo bracarense. "Ainda não está nada definido", diz o avançado, ciente de que a equipa "jogou o suficiente para seguir em frente". A vantagem é magra para reforçar a segurança do Braga no jogo em Liverpool, daí que lamente ter faltado o segundo golo. "Foi pena não ter surgido, mas não deixa de ser um bom resultado", comentou o artilheiro dos bracarenses, admitindo que "a equipa está consciente das muitas dificuldades que terá pela frente", no embate da segunda mão. "Mas está preparada", garante, com convicção.

Pela "grandiosidade dos adeptos" dos reds, Lima sente que "tudo será diferente". Um facto a mais para o qual o Braga, repete, "está preparado". Para todos os efeitos, a equipa de Domingos Paciência está perante "uma oportunidade única de fazer, mais uma vez, história. Os nomes não contam; a camisola deles é bem maior do que a nossa mas não é assim que se ganham jogos". "Vamos para vencer", promete.

Hugo Viana
"Terreno e ambiente espectaculares"

Hugo Viana sabe bem o que espera ao Braga na segunda mão da eliminatória. O médio, recorde-se, já actuou em Inglaterra, ao serviço do Newcastle, e não tem dúvidas que será "um jogo diferente" aquele que terá lugar em Anfield Road. "Vamos ter pela frente um terreno e ambiente espectaculares, mas tentaremos reverter isso a nosso favor com uma boa organização", explica. No fundo, Hugo Viana pretende que o Braga repita os ingredientes utilizados ontem para deixar pelo caminho un histórico do futebol europeu e candidato a vencer a Liga Europa. "O Braga não está ao mesmo nível do Liverpool e só com muito trabalho e dedicação os podemos surpreender", refere.

Artur
"Estava à espera de mais trabalho"


Os 13 jogos sem perder que contabilizava o Liverpool rimaram com... nada em Braga. Entre os principais "culpados" esteve, obviamente, o brasileiro Artur, que, espante-se, confessou alguma desilusão pela falta de oportunidades para brilhar. "Estava à espera de mais trabalho. Atendendo ao valor da equipa e do campeonato que disputa, possivelmente o mais competitivo da Europa, previa um adversário mais complicado", testemunhou.

Satisfeito com o desfecho da primeira mão, o ex-guardião do Roma prevê dificuldades na deslocação ao Reino Unido, mas confia num bom resultado. "Será muito difícil em Liverpool. Vão partir para cima de nós. Vamos descansar, recuperar e contamos fazer um grande jogo", referiu.

Paulo César
"Em casa, eles são muito fortes"


Bastante batalhador, Paulo César deixou o relvado esgotado, já no período de descontos, e no final do encontro era a imagem da felicidade pelo triunfo sobre o Liverpool. "Demos um passo muito importante com esta vitória, mas sabemos que vamos ter um jogo muito difícil em Inglaterra", resumiu o avançado brasileiro.

Já a pensar no encontro da segunda mão, a realizar em Anfield, Paulo César está optimista, lembrando que o mais importante é "o Braga estar em vantagem na eliminatória". E para a segunda mão, espera um Liverpool "muito forte a jogar em casa" no encontro marcado para o próximo dia 17. "Se conseguirmos marcar vai ser bom", sentenciou, ambicioso, o número 9 bracarense.


Kenny Dalglish
"Sorte em sofrer apenas um"

Kenny Dalglish não gostou da primeira parte do Liverpool, que não soube explicar. "Foi má", criticou, desapontado: "Na segunda, melhorámos substancialmente, a entrada de Carroll fez-nos, de facto, melhorar, mas, com uma primeira parte assim, tivemos sorte em termos sofrido apenas um golo, porque jogámos mesmo muito mal".

Embora descontente, o treinador mantém a convicção de que, em Anfield Road, a equipa conseguirá ultrapassar o Braga. Antes, porém, há que "digerir o jogo, o resultado". "Até ao embate da segunda mão, acredito que temos capacidade de dar a volta ao resultado", afirmou, ainda sem saber se contará com Gerrard e insistindo que a "entrada de Carroll veio ajudar a uma melhor dinâmica" do Liverpool, insuficiente, ainda assim, para evitar a derrota. Apesar de aborrecido com o desempenho da equipa, Dalglish despediu-se com um cordial "obrigado".


Paulão de volta à acção

Paulão foi a primeira cartada de Domingos Paciência no decorrer do jogo. E para o central brasileiro foi um regresso à acção, depois de se ter lesionado frente ao FC Porto, no dia 13 de Fevereiro. Aumenta, assim, a concorrência no eixo defensivo e com um facto inédito: o treinador também tem Rodriguez, Aníbal e Kaká disponíveis. Uma fartura.


Raul Meireles assobiado

Raul Meireles era, evidentemente, o jogador do Liverpool mais familiar para os adeptos do Braga, factor que levou a que ouvisse... alguns assobios mais que os restantes colegas. Os lances de bola parada cobrados pelo internacional português foram o pretexto ideal para os bracarenses vaiarem o médio que trocou o Dragão por Inglaterra.


Ingleses até aplaudiram

Não foram muitos os adeptos que acompanharam o Liverpool até ao Estádio AXA - não eram mais de um milhar -, mas, e ainda assim, não deixaram de ser um exemplo. Momentos antes do início da segunda parte, o público bracarense coloriu as bancadas com um audível cântico e de cachecóis bem esticados, num belo momento que até os ingleses aplaudiram.


Qualidade certificada também na organização

A qualidade do Braga não mora apenas no plantel. O clube tem investido na eficiência ao nível da organização de jogos e, ontem, viu certificada essa capacidade segundo a norma de gestão ISO 9001. O intervalo foi momento escolhido para dar a conhecê-lo aos adeptos.

Liverpool marca pouco nos jogos da Liga Europa

Para eliminar o Braga, o Liverpool terá de contrariar a tendência recente dos jogos na Liga Europa: nos últimos oito desafios, a equipa inglesa nunca marcou mais do que um golo. A última vez que o fez foi a jogar em Anfield Road, com o Nápoles (3-1).



O JOGO

JotaCC

BBC SPORT

O Liverpool regressa a casa com um golo de desvantagem. Tudo começou num falta cometida por Sotirios Kyrgiakos sobre Mossoró na grande área. Na conversão do castigo, Alan não deu hipóteses com um remate potente. Andy Carrol viu um remate defendido pelo guarda-redes bracarense, já Dirk Kuyt atirou para fora numa das melhores oportunidades do jogo. O defesa Kaká escapou de um cartão vermelho na sequência de uma entrada à margem das leis sobre Carroll.

SUNDAY MIRROR

É quinta-feira, são seis da tarde... É mais um momento propício ao chá e ao tédio. Nem a introdução de Andy Carrol salvou o Liverpool, e Lewis Carrol conseguiu oferecer um final feliz. Por outro lado, Braga na Primavera também não é terra dos sonhos. Na primeira parte, o Liverpool conseguiu controlar durante longos períodos. A aparição de Carrol chegou a funcionar como bónus, tal era a força que colocava em campo, mas a defesa do Braga conseguiu resolver, recorrendo mesmo à violência. Kaká chegou mesmo a abalrroá-lo.

uefa.com

O Liverpool, que viajou para Portugal sem o lesionado Steven Gerrard e ainda sem o reforço de Inverno Luiz Suárez (não pôde ser inscrito na UEFA), abordou a partida de forma cautelosa. O Braga, assumiu as despesas do encontro desde o apito inicial, mas ia encontrando dificuldades.



JotaCC

Crónica de jogo
Braga nem necessitou de ser o Arsenal

O 100.º golo dos minhotos nas competições europeias permite-lhes viajar até Liverpool em vantagem

O Sp. de Braga não surpreendeu o Liverpool. Ganhou (1-0), mas não surpreendeu. Não quando a lista de vítimas na Europa já incluía Celtic, Sevilha e até o Arsenal. A equipa de Domingos Paciência viajará para Inglaterra em vantagem na eliminatória, que até poderia ser maior, e, pelo que se viu em Braga, em condições de a disputar. Ao revólver bracarense começa a faltar espaço para tanta marca, mas ontem o Arsenal minhoto nem sequer precisou de ser o Super-Braga de Sevilha ou o que bateu os gunners. Bastou-lhe ser competente contra um adversário com muitas libras e pouca ambição, que veio a Portugal com a ideia de que resolverá o que tiver de resolver em Anfield Road, mas que poderá ter perdido o estatuto de favorito pelo caminho.

O jogo começou com o Liverpool tão curto e com tanta contenção que se tornou expectável o 100.º golo do vice-campeão português nas competições europeias. Com qualidade, o Braga não teve dificuldade em tomar conta do jogo, fazendo de Artur apenas mais um espectador até ao intervalo. Raul Meireles era o apoio mais directo de Dirk Kuyt, que, desacompanhado, foi presa fácil para os centrais da casa. A primeira parte jogou-se no meio-campo inglês e levantou a questão: como foi possível este Liverpool, ainda que na versão sem Gerrard e Suárez, fazer três golos ao Manchester United?

Com vários lesionados nas duas equipas, bastava olhar para o banco de suplentes para perceber quem tem mais responsabilidades nesta eliminatória dos oitavos-de-final da Liga Europa. O do Braga tinha três jogadores do Vizela, o do Liverpool tinha o oitavo jogador mais caro do mundo, Andy Carroll.

Sólido na defesa e mais rápido e com mais gente na frente, o Braga marcou o único golo do encontro no seu primeiro remate a sério, que só aconteceu quando Kyrgiakos derrubou Mossoró e cometeu penálti. Alan não desperdiçou e trouxe justiça ao resultado, comprovada pelo facto de as restantes oportunidades até ao descanso terem acontecido perto de Reina - no mesmo lance, Mossoró falhou o remate num livre estudado e Sílvio enviou a bola à trave. As coisas mudaram na segunda metade. Dá mais jeito ter um avançado que custou 40 milhões no campo do que no banco e a entrada do ex-jogador do Newcastle virou os pratos da balança. Carroll começou a ganhar as bolas altas e a sua presença, retirando as atenções de Kuyt, criou logo as primeiras sensações de perigo junto à baliza de Artur. O holandês, servido por Meireles, teve a melhor oportunidade, mas o guarda-redes brasileiro defendeu (68"). No canto imediato, Kyrgiakos cabeceou para fora. O alarme soou na cabeça de Domingos, que fez entrar o central Paulão, subindo Kaká para trinco. Problema resolvido.

Hugo Viana e Sílvio tentaram aumentar a vantagem, mas não deu. Na segunda mão ficará a saber-se se foi um triunfo suficiente ou curto. Certo é que é mais um famoso, contra uma equipa que venceu cinco vezes a Liga dos Campeões.



Reacções

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga


"É uma vitória com um significado muito grande. Jogámos contra uma equipa muito forte, conseguimos este resultado e está tudo em aberto para a segunda mão. Merecemos este resultado, por tudo o que fizemos. Pena não termos conseguido o segundo golo, porque as coisas seriam diferentes na segunda mão. Foi uma segunda parte de muito sacrifício, mas foi um bom jogo e um bom resultado."


Paulo César


"Este é o primeiro tempo de uma eliminatória. Resta a segunda parte e vai ser muito difícil, mas demos um passo importante. Era bom para nós marcar em Liverpool, porque eles são muito fortes em casa. Vamos trabalhar bem durante a semana para tentar surpreender lá. Demos provas que os podemos eliminar, mas temos de ter respeito pelo Liverpool, que é uma grande equipa da Europa."


PUBLICO

JotaCC

Surpresa: Sp. Braga derruba na 'pedreira' o poderoso Liverpool
Mossoró desata nó dos ingleses

O Sp. Braga derrubou o poderoso Liverpool pela margem mínima (1-0) e vai a Inglaterra discutir o acesso aos quartos-de-final da Liga Europa. Alan fez o único golo da partida, na transformação de uma grande penalidade arrancada por Mossoró, aos 18 minutos.


Passada a emoção de ver pela frente craques como Glen Johnson, Carragher ou Joe Cole, o Sp. Braga fez-se cedo à vida contra um Liverpool passivo no meio-campo e surpreendente pela postura de contenção. A ordem de Domingos Paciência era clara: reeditar as rotinas do último jogo com o Benfica, que os minhotos venceram por 2-1.

O tento acabou por chegar após uma iniciativa de Mossoró. O brasileiro entrou pela direita na área e desatou o nó defensivo do Liverpool, levando Kyrgiakos a derrubá--lo à margem da lei. Alan foi chamado à conversão do castigo máximo e não falhou.

Para além do penálti de Alan, Sílvio rematou aos ferros antes do intervalo, num sinal claro do atrevimento minhoto. Os ingleses ainda esboçaram uma reacção, mas Raul Meireles falhou passes e o atacante Kuyt viu-se manietado pela dupla de centrais do Sp. Braga. Foi preciso o descanso para o Liverpool se encontrar e dar uma imagem convincente do seu valor.

Artur Moraes, que correu o risco de se constipar nos primeiros 45 minutos, tal a ausência de trabalho, foi obrigado a aplicar-se após disparos de Kuyt, quase sempre a passe do português Raul Meireles. Domingos corrigiu posições e respondeu com a entrada de mais um defesa, mas o Braga não se livrou de mais sustos antes do apito final.

DOMINGOS: "TUDO EM ABERTO"

"Está tudo em aberto, mas temos equipa para fazer um golo em Anfield Road. Creio que merecemos vencer, pois fizemos uma grande partida", disse ontem Domingos Paciência, treinador do Sporting de Braga, após a vitória por 1-0 diante dos ingleses do Liverpool, na 1ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. "Estamos no intervalo da eliminatória. Esperamos aguentar a pressão em Inglaterra. Vamos tentar fazer um jogo inteligente na segunda mão [dia 17 de Março]", acrescentou o treinador dos arsenalistas.

FICHA DE JOGO

LIGA europa – 1.ª mão 'oitavos'

Estádio Municipal de Braga – Assistência: 12 000

SP. BRAGA: Artur Moraes, Miguel Garcia, Kaká, Rodriguez, Sílvio, Hugo Viana, Salino, Mossoró (Paulão 69'), Paulo César (H. Barbosa 90'), Alan, Lima (Meyong 76').

Treinador: Domingos Paciência

LIVERPOOL: Reina, Glen Johnson, Kyrgiakos, Skrtel, Carragher, Lucas Leiva, Poulsen (Andy Carroll 56'), Raul Meireles, Joe Cole, Jay Spearing, Dirk Kuyt.

Treinador: Kenny Dalglish

Golos: 1-0 Alan (18' g.p.)

Árbitro: Serge Gumienny (Bélgica) 6

Disciplina: amarelos: Kaká (26') e Poulsen (35').

Classificação do jogo 7

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Alan foi o senhor do golo 100

Mais um ano em cheio do SC Braga na Europa, pondo-se a jeito duma montra única e altamente apetecível. Liga dos Campeões e Liga Europa já valeram esta temporada 13 jogos à equipa de Domingos Paciência, tendo a recepção ao Liverpool terminado com o registo curioso e notável do golo cem dos bracarenses nas provas europeias.

Um sucesso alicerçado nas últimas campanhas com um crescimento notável na era António Salvador, que tem colocado a equipa na linha da frente do futebol nacional.

Depois da melhor classificação de sempre na Liga, surgiu o encanto maior duma estreia na Champions e agora surgem no horizonte os quartos-de-final da Liga Europa. Tudo muito rápido e deveras notável.

Alan é também já um dos melhores marcadores do Braga na Europa, passando a somar 4, os mesmos que Wender e Karoglan. Roland Linz e Matheus, ambos com 8, lideram esta lista, que abarca quatro provas da UEFA.

A BOLA

JotaCC

Sporting de Braga vence Liverpool graças a um penalti de Alan

E a Europa continua a surpreender-se

«Arsenalistas» conseguiram os dois objetivos definidos por Domingos Paciência para este jogo: Ganhar e não sofrer golos.

Com Leandro Salino e Mossoró de início, comparando com o «onze» que venceu o Benfica, o Sporting de Braga não se coibiu de pegar no jogo e cercar o Liverpool no seu meio-campo. O domínio territorial da equipa portuguesa, porém, não se traduzia em oportunidades de golo, apesar de Lima, Mossoró e Alan, com o apoio intenso do lateral Sílvio, manterem sob guarda a defesa inglesa. Foi numa dessas tentativas de entrada em velocidade pela «muralha» britânica que o brasileiro Mossoró conseguiu ultrapassar Kyrgiakos, que se viu obrigado a cometer falta, já dentro da área de rigor. Alan, encarregado da marcação do penálti, «disparou» para a direita de Reina e fez o golo que os bracarenses procuravam desde o início, embora de forma menos ousada que a investida veloz de Mossoró.
E foi a equipa «arsenalista» que manteve o domínio dos acontecimentos, com o Liverpool a tentar reagir, à procura da velocidade de Kuyt ou da tenacidade de Raul Meireles, que umas quantas vezes se posicionou entre os «centrais», oferecendo-se como alternativa ao ponta de lança holandês.
Talvez porque os primeiros minutos do período complementar se assemelharam aos acontecimentos da primeira parte, Kenny Dalglish tentou dar a «sapatada» na sua equipa, mexendo na estrutura tática, reforçando o ataque com Carrol e puxando Meireles para zonas mais recuadas.
Com esta troca, o Liverpool ganhou mais poderio aéreo, aproveitando os seus jogadores para investir nos passes longos para o novo «pivot» no ataque, que ia servindo Kuyt, Cole e Meireles. Domingos Paciência respondeu e trocou Mossoró pelo «central» Paulão e fez avançar Kaká para a posição de trinco, passando a disputar com Carrol as jogadas nas alturas. Uma cartada estratégica ganha pelo treinador português, manietando de novo os processos ofensivos dos ingleses.
E aos 85 minutos pertenceu à equipa da casa, embora menos incisiva do que no primeiro tempo, a melhor oportunidade, com Sílvio a tentar, de novo, rematar com sucesso, mas a bola saiu ao lado do poste de Reina.
A segunda «mão» dos oitavos de final vai jogar-se em Liverpool dia 17, às 20h05, no Estádio Anfield Road.

Decisivo. Alan apontou o golo que colocou o Sporting de Braga em vantagem sobre os ingleses do Liverpool.


FICHA
Sporting de Braga, 1
Artur; Miguel Garcia, Alberto Rodríguez, Kaká e Sílvio; Leandro Salino, Hugo Viana e Mossoró (Paulão, aos 69 minutos); Alan, Lima (Meyong, 77) e Paulo César (Hélder Barbosa, aos 92).
Treinador: Domingos Paciência.
Liverpool, 0
Reina; Carragher, Kyrgiakos, Skrtel e Glen Johnson; Poulsen (Andy Carrol, 57), Lucas e Raul Meireles; Spearing, Joe Cole e Dirk Kuyt.
Treinador: Kenny Dalglish.
Árbitro: Serge Gumienny (Bélgica). Jogo disputado no Estádio Municipal de Braga, perante 12 mil espetadores. Ao intervalo: 1-0. Marcador: Alan (18). Cartões amarelos: Kaká (26) e Poulsen (35).


Domingos satisfeito


'Podemos marcar em Anfield Road '


O treinador do Sporting de Braga acredita que está tudo em aberto na eliminatória. Para o jogo da segunda «mão», Domingos acredita que a sua equipa pode fazer um golo. 'Foi um bom jogo e um bom resultado, que deixa a eliminatória em aberto. Tem um significado muito grande. É meia vitória. Falta o jogo lá. Temos equipa para fazer um golo em Anfield',

PRIMEIRO DE JANEIRO

JotaCC

Vandinho está recuperado

Finalmente livre de pesadelos com lesões, o SC Braga treinou esta manhã sem qualquer registo de mazelas contraídas frente ao Liverpool. Foi uma sessão de regeneração física para os titulares do embate com o conjunto inglês, mas que também mostrou já a plena disponibilidade de Vandinho.

O trinco brasileiro reúne desde já todas as condições para ser incluído nos eleitos para a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, jogo a realizar na próxima quinta-feira em Anfield Road.

A cabeça dos bracarenses está, de momento, centrada nesta competição, já que o encontro com o Olhanense foi adiado para 27 de Março. Elderson, Custódia e Vinícius prosseguem como casos clínicos.

Domingos Paciência concede amanhã folga aos seus atletas.

A BOLA

JotaCC

Hugo Viana pode rumar à Alemanha

Hugo Viana, jogador do Sporting de Braga está na lista do Hannover, clube que ocupa a terceira posição da liga alemã. De acordo com o site calciomercato, o jogador português está já em negociações para se transferir na próxima temporada para o clube dos portugueses Carlitos e Sérgio Pinto.

O negócio poderá render cerca de dois milhões ao emblema bracarense. A confirmar-se a transferência trata-se do terceiro país estrangeiro onde Hugo Viana irá jogar, depois de experiências em Espanha (Valência e Osasuna) e Inglaterra (Newcastle).

O JOGO

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Hugo Viana apontado ao Hannover

O médio Hugo Viana está a ser apontado como alvo do Hannover, actual terceiro classificado da Bundesliga que pretende contratar o jogador do SC Braga para a próxima temporada.

De acordo com o portal calciomercato, Hugo Viana estará mesmo em negociações com o clube germânico onde militam os portugueses Sérgio Pinto e Carlitos.

O negócio poderá render dois milhões euros ao clube minhoto que, no início da época, contratou o jogador a custo zero depois deste ter rescindo com o Valência.

A BOLA