NOTICIAS DO ENORME DO DIA 12/12

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Domingos Paciência: "encarar este desafio como uma final"


Domingos Paciência pretende vencer a Taça de Portugal e apesar dos problemas que existem no grupo de trabalho espera que os jogadores apresentem "uma atitude competitiva acima da média". Para o timoneiro dos minhotos, o emblema arsenalista tem que jogar nos "limites" e encarar este jogo "como uma final", dada a importância do desafio. Até porque, em caso de vitória, um dos grandes candidatos ao triunfo fica pelo caminho...

"O calendário ditou o jogo nesta altura e há que encará-lo como se fosse uma final porque se queremos passar temos que jogar nos limites. Temos alguns problemas, logo se verá como a equipa se vai apresentar, espero que da melhor forma e com uma atitude competitiva acima da média", salientou Domingos Paciência.
Antes da partida para a Ucrânia, o presidente António Salvador, lançou um alerta para o grupo de trabalho, no sentido de existir maior humildade ao nível interno.

O treinador dos minhotos defende que há ambição no grupo de trabalho e destacou ainda alguns aspectos que explicam o actual comportamento na liga portuguesa. "A imagem que tem passado é a de falta de atitude e de humildade, mas infelizmente têm acontecido muitas expulsões e assumimos a nossa quota de erro aí. Apesar disso, não é fácil uma equipa ganhar jogos assim. Por outro lado, é preciso ver que esta é uma época diferente de todas pela participação na liga dos campeões. Sofremos um desgaste muito grande, físico e emocional, porque já jogamos desde a terceir a pré-eliminatória e só terminamos agora em Dezembro", recordou o timoneiro.

Os problemas do grupo de trabalho levaram Domingos Paciência a não confirmar "ausências nem presenças", mantendo todas as dúvidas até à hora do jogo.
No entender do treinador dos minhotos, nenhuma das equipas está a realizar uma temporada de grande nível, facto que aumenta as responsabilidades e a importância deste desafio. "É uma competição que ambos querem ganhar e é natural que seja um jogo diferente de todos os outros. Espero que seja um grande jogo e que a minha equipa consiga ser a melhor em campo. Tudo faremos para ganhar, mas também sabemos que vamos encontrar um Benfica forte, a querer mudar o rumo depois de uma derrota em casa e tem mentalidade e jogadores para isso", justificou.

A reabertura de mercado pode trazer novidades para a capital do Minho. Quer ao nível de entradas quer ao nível de saídas, até porque alguns dos elementos têm sido cobiçados, sendo mesmo que há quem termine o vínculo aos arsenalistas do final da temporada.
Domingos Paciência admitiu um cenário de mudanças no próximo mês de Janeiro, até porque "se os resultados não são os melhores" e as metas traçadas no arranque da temporada ainda são possíveis de obter "é natural que se possa reorganizar o plantel".
Sobre a possível entrada do médio brasileiro Vinicius, jogador que se encontra ao serviço da Olhanense, lembrou que o clube está atento a quem mais se destaca na liga portuguesa.


CORREIO DO MINHO

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A Champions já lá vai venha daí essa final

No limite. Benfica e Braga voltam a esgrimir argumentos esta temporada depois do magro triunfo dos encarnados na Luz, para o campeonato. Mas, desta vez, a prova (a Taça de Portugal, na sua IV eliminatória) é a eliminar e com toda a responsabilidade que isso traz aos clubes, ainda doridos de recentes derrotas. Trata-se de uma final antecipada para os dois.

Ambos foram eliminados, afinal, da Champions, estão longe do primeiro lugar do campeonato, ao contrário do que acontecera na última época, e não atingiram ainda o brilho de 2009/10, quando lutaram palmo a palmo, até à última jornada, pela conquista do campeonato.

E, desde essa altura, águias e arsenalistas também despertaram para uma rivalidade que estava adormecida - ou que nunca se verificara antes.

Efectivamente, as relações entre os dois clubes degradaram-se depois da saída de Jorge Jesus para a Luz. Uma guerra que teve prolongamento nos treinadores; são pequenos ódios de estimação que ganham outros contornos quando as equipas estão frente a frente, e Jorge Jesus e Domingos Paciência não escondem que entre eles não existe empatia. Bem pelo contrário...

Para já, quem sorri mais é o treinador do Benfica, que tem uma pequena vantagem nos confrontos directos com o seu homólogo do Minho (2-1).

Mas Domingos não dá tréguas, já se sabe. E vai à Luz tentar roubar a continuidade na Taça de Portugal a aos encarnados.

Entre lesionados e castigados, porém, tem sete jogadores impedidos de actuar na Luz, alguns deles habituais titulares.

O treinador vai, pois, tentar superar essas baixas com um bom sentido táctico para dar um passo de gigante em direcção à final, meta que há 12 anos não é alcançada pelos arsenalistas. Aliás, tentará também ganhar ao Benfica na condição de visitante, objectivo conquistado apenas numa ocasião (1954) e no Estádio do... Jamor.

Melhor, aparentemente, está Jorge Jesus, que tem todo o plantel à disposição e surge empenhado em ultrapassar a crise que se instalou na Luz e que atingiu o cume depois da derrota com o Schalke e consequente eliminação da Champions. A vida não está fácil para Jesus, que tenta imitar José Antonio Camacho em 2003/04, a última vez que as águias conquistaram a Taça de Portugal, batendo na final o FC Porto.

Benfica | Braga

20h15 | Sport TV1

Estádio da Luz

Árbitro Carlos Xistra [AF Castelo Branco]

Assistentes Luís Tavares e Venâncio Tomé

-
Benfica

Treinador Jorge Jesus

12 Roberto GR

14 Maxi Pereira LD

4 Luisão DC

23 David Luiz DC

18 Fábio Coentrão LE

6 Javi García MD

5 Rúben Amorim AD

20 Gaitán AE

17 Carlos Martins MO

30 Saviola AV

7 Cardozo AV

-

1 Moreira GR

13 Júlio César GR

27 Sidnei DC

25 César Peixoto LE

2 Airton MD

8 Salvio AD

16 Felipe Menezes MO

10 Aimar MO

18 Weldon AV

11 Jara AV

31 Alan Kardec AV

21 Nuno Gomes AV

Braga

Treinador Domingos Paciência

1 Artur GR

28 Sílvio LD

48 Aníbal DC

2 Rodriguez DC

20 Elderson LE

23 Madrid MD

22 Luis Aguiar MO

25 Salino MO

30 Alan AD

9 Paulo César AE

85 Élton AV

-

84 Felipe GR

3 Paulão DC

16 Fortunato DC

27 Custódio MD

40 Guilherme MD

88 Vandinho MD

45 Hugo Viana MO

10 Hélder Barbosa AE

11 Keyta AV

19 Meyong AV



As Figuras

Benfica | Saviola
Com o pé a aquecer

É certo que, no jogo com o Schalke 04, não esteve em grande plano, mas também quem esteve na equipa do Benfica? Saviola não se tem exibido a um nível tão elevado como na época passada, mas é um jogador que a qualquer momento pode decidir. E tem vindo a marcar mais, com golos frente ao Beira-Mar e ao Olhanense. O argentino - que ontem festejou o seu 29º aniversário - não tem reagido bem às sucessivas substituições de que é alvo na segunda parte; nas duas últimas partidas, já alinhou os 90'.

Braga | Rodriguez
El Mudo "obrigado" a soltar a voz

Sem Moisés ao lado para dar indicações a um sector que tem sido muito fustigado com lesões esta temporada, o internacional peruano terá de vestir a pele do Xerife e, tal como em Donetsk, ser a voz de comando da defesa no Estádio da Luz. Pela frente terá Cardozo e Saviola, mas como ficou provado contra o Arsenal, tem os bolsos suficientemente largos para lá enfiar qualquer avançado. Está bom de ver que muito do sucesso defensivo que o Braga possa ter passará pela exibição de El Mudo.



Paulão e Elderson para Domingos fazer bluff

Em Lisboa desde ontem à tarde, o Braga recusou divulgar o nome dos jogadores que fizeram a viagem. Um grupo maior do que o habitual, porque as dúvidas são muitas. Menos, contudo, do que as que ontem foram expostas. A versão oficial é que até à hora do jogo qualquer um dos cinco lesionados pode recuperar, e só nessa fase se decide quem entra ou não nos 18 a apresentar na ficha de jogo. A verdade é que alguns foram riscados ontem. É Domingos a fazer bluff e ao melhor nível de um profissional de póquer. Há dúvidas, sim, mas não tantas como as que foram veiculadas. A esta hora, Jorge Jesus não fará a menor ideia de que onze o Braga apresentará; pelo contrário, o treinador arsenalista tem o Benfica perfeitamente identificado.

Elderson e Paulão foram as últimas cartas a caírem na mão do treinador e aquelas que mais o fazem balançar. Ontem, ambos treinaram com uma intensidade próxima da desejável, e há a expectativa de que estejam aptos a alinhar esta noite. Principalmente o lateral-esquerdo, que não tem défice competitivo e evitaria a adaptação de Guilherme à esquerda ou de Custódio à direita. Paulão é um caso diferente. Não compete há quase dois meses, mas é o melhor arsenalista no espaço aéreo, e sabe-se como o Benfica (especialmente Cardozo) é forte nesse sector.

E depois, tentar a recuperação dos dois até ao extremo abre mais possibilidades de que pelo menos um possa jogar. Sem eles, a presença simultânea de Aníbal e Guilherme na defesa seria um marco de enorme risco devido à inexperiência de ambos.

Quanto a Lima e Moisés, nenhum ficou disponível a tempo. O primeiro enfrenta mesmo uma paragem de algum tempo, o que significa que nem contra a Académica deve estar apto. O segundo tem perspectivas mais animadoras.

Quanto ao resto do grupo, seguiu todo no autocarro, que estacionou à porta da sala de Imprensa e só recebeu os jogadores já depois de os jornalistas estarem longe. O segredo é a alma do negócio e pode estar na origem de uma vitória no Estádio da Luz, que seria histórica e, nesta fase da época, importantíssima para iniciar a remontada interna e ir ao encontro de um dos grandes objectivos da época: ganhar a Taça de Portugal.

Falta falar de Vandinho, único que O JOGO não conseguiu confirmar como convocado. Mas Andrés Madrid já sabe que vai jogar, o que significa que o brasileiro não recuperou ou que Domingos não quer mesmo arriscar. Utilizá-lo nestas circunstâncias seria mostrar ao argentino que não tem confiança nele, e não é esse - claramente - o caso. Até porque o médio já deu muitas provas.

Artur Moraes ganha raízes e Felipe já nem na Taça

A Taça costuma ser uma oportunidade para a rotação de guarda-redes, mas não o será neste caso. Artur Moraes é agora o número 1 da hierarquia bracarense, mas Felipe vai continuar no banco. É que o ex-Roma é titular há apenas dois jogos e continua a precisar de ganhar ritmo e a ambientar-se aos colegas de defesa que, se tudo lhe correr bem, terá à frente durante os próximos tempos. Felipe tem agora de aguardar por um deslize do colega. Em Janeiro pode sair; pretendentes, há bastantes.


Domingos Paciência
"Benfica está como nós"

Fez bluff a propósito dos convocados, mas não no que respeita ao momento da equipa. Domingos Paciência sabe que os dias já foram mais fáceis em Braga. O adversário é idêntico nesse capítulo. "São duas equipas que tiveram no campeonato passado um momento alto e que este ano não estão tão bem. Quem ganhar vai conseguir ganhar confiança. O Benfica está um pouco como nós. Analisados os rendimentos, nem nós nem eles estamos a conseguir o que pretendíamos no campeonato", respondeu o treinador, no lançamento de um jogo que encara como "uma final".

Por ser uma "competição que as duas equipas querem ganhar", Domingos espera um jogo "diferente" e, por isso, sabe que a crise será fintada pelas duas equipas. "Depois de uma derrota em casa eles querem mudar. E têm jogadores para isso. Nós também estamos preparados para ganhar", garantiu. "Com alguns problemas, é certo, logo se verá como a equipa se vai apresentar. Espero que da melhor forma e com atitude competitiva acima da média", reforçou.

Instado a comentar o pedido de humildade feito pelo presidente António Salvador, Domingos foi evasivo. "Às vezes pode parecer que falta humildade ou atitude. Mas há duas coisas importantes que têm acontecido. Uma são as expulsões nos últimos jogos. Nós assumimos os nossos erros, mas não é fácil a uma equipa com 10 jogadores ganhar os jogos. A outra é que esta é uma época diferente, muito desgastante em termos físicos e emocionais.

Vinícius a pensar no futuro

O treinador admitiu a reorganização do plantel como "necessária" e não desmentiu Vinícius, médio do Olhanense que está praticamente certo em Janeiro: "Aqui trabalha-se a pensar no futuro. Já temos jogadores referenciados para a próxima época. O Braga está atento aos jogadores que têm sido destaque. Se tiver condições para contratar, não põe de parte."


Herói de 1998 espera novo sucesso contra o Benfica

O dia 24 de Fevereiro de 1998 diz-lhe alguma coisa? A data não surge nos livros de História, mas está bem assinalada no álbum de memórias dos adeptos do Braga, já que foi a última vez que o clube se qualificou para uma final da Taça de Portugal, depois de derrotar (2-1), no Estádio 1º de Maio, o... Benfica. Um momento histórico para quem viu e participou nesse jogo, mas muito mais para quem o decidiu: Karoglan. Aliás, o croata confessou a O JOGO que se lembra desse encontro, o último entre os dois clubes nesta prova em 12 anos, "como se tivesse sido jogado ontem". "Foi a nossa maior alegria. A atmosfera era fantástica, porque o estádio estava cheio. Nunca tinha visto o 1º de Maio assim. Entrámos a perder, mas depois consegui marcar dois golos ao Preud'homme, um de livre e outro de cabeça, que nos apuraram para a final", descreveu.

Desde então muita coisa mudou, mas não a convicção de Karoglan que o Braga regressará ao Jamor um dia destes. O avançado até acredita que poderá ser este ano. "Vi o jogo com o Shakhtar e acho que o Braga poderá ganhar ao Benfica. Embora seja complicado, a equipa tem garra e luta sempre. Por isso, amanhã [hoje] será para ganhar", vaticinou.


Nova oportunidade para Elton

A ausência de Matheus (castigado) e Lima (lesionado) é oportunidade única para Elton se voltar a mostrar a Domingos. O brasileiro, que até já fez um golo nesta edição da Taça de Portugal - o 1º de Dezembro foi a vítima -, não esteve na ficha de jogo contra o Shakhtar Donetsk, mas tudo indica que actuará de início frente ao Benfica. Resta saber quem jogará a seu lado, sendo que, no encontro do campeonato, o treinador optou por colocar Alan (esquerda) e Salino (esquerda) nas alas.


Afastar as águias "dá" acesso às meias-finais

Do caderno de histórias da Taça de Portugal surgem apenas quatro vitórias do Braga em encontros contra o Benfica. Curiosamente, todos esses jogos se realizaram no Estádio 1º de Maio, dois deles nas meias-finais da prova. No entanto, a tendência quando os arsenalistas eliminam os encarnados numa das rondas anteriores é de no mínimo chegarem às semi-finais. Foi assim na edição de 1977/78, na qual os bracarenses acabaram por ser derrotados pelo Boavista antes do embate decisivo. Em 1965/66, porém, a equipa da Cidade dos Arcebispos acabou mesmo por vencer o troféu.


O JOGO

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ABC não falha em Lisboa

Não há dúvida de que o ABC gosta dos ares de Lisboa. Depois de vencer nos pavilhões do Sporting e do Belenenses, efectuou mais uma exibição inteligente na Luz. E o Benfica, que voltou a acusar a pressão de jogar perante o seu público, somou a terceira derrota consecutiva em casa em jogos do Andebol 1.

A chave da vitória dos minhotos esteve na organização defensiva. No primeiro tempo, os comandados de Jorge Rito fecharam bem os caminhos da baliza, não dando espaços aos melhores finalizadores adversários e impedindo os encarnados de rematar da zona dos nove metros. Depois, em rápidos contra-ataques, iniciados normalmente por Tiago Pereira e Humberto Gomes, os visitantes construíram uma vantagem confortável.

Na segunda parte, marcada por lances mais agressivos nem sempre bem ajuizados pelos árbitros, David Tavares e Nuno Roque ainda remaram contra a maré, mas os benfiquistas ficaram mais nervosos à medida que o tempo avançava, enquanto os bracarenses geriam tranquilamente o jogo. No final, José António Silva ouviu comentários amargos por parte de alguns adeptos.


Figura: Luís Bogas
Frieza na altura certa

A sua estatura foi importante nas acções defensivas do ABC, particularmente na intercepção de passes e no bloqueio dos remates. No segundo tempo, o lateral-esquerdo aproveitou a leitura de jogo dos centrais para marcar seis golos.


O JOGO

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SP. Braga: Domingos vê partida com o Benfica como uma final
"Vamos jogar nos limites"

O calendário ditou o jogo nesta altura e há que encará-lo como se fosse uma final, porque, se queremos passar, vamos ter de jogar nos limites", disse ontem Domingos Paciência, técnico do Sp. Braga, no lançamento do jogo frente ao Benfica, referente à IV eliminatória da Taça de Portugal.

Domingos está confiante num bom desempenho no Estádio da Luz, mas não esquece as muitas baixas (lesões e castigos), que podem, inclusivamente, motivar o recurso a alguns jogadores do Vizela, clube-satélite dos minhotos.

"Temos alguns problemas. Logo se verá como a equipa se vai apresentar. Espero que da melhor forma e com uma atitude competitiva acima da média", frisou.

Embora reconheça que nenhuma das formações atravessa um bom momento, espera um "grande jogo". "É uma competição que ambos querem ganhar e é natural que seja um jogo diferente de todos os outros. Espero que a minha equipa consiga ser a melhor em campo. Tudo faremos para ganhar, mas também sabemos que vamos encontrar um Benfica forte, a querer mudar o rumo, depois de uma derrota em casa. Tem jogadores e mentalidade para isso", sublinhou.

Domingos admite que a "imagem que tem passado [do Sp. Braga] é a de falta de atitude e de humildade", mas destacou dois aspectos que ajudam a explicar a época menos feliz: as muitas expulsões, nas quais assume a "quota-parte de erro" da equipa, e a participação na Champions, que implicou "um desgaste muito grande, físico e emocional".

VINÍCIUS QUASE CERTO NO SP. BRAGA

O mercado está prestes a reabrir (Janeiro) e Vinícius, do Olhanense, é um dos nomes mais falados para reforçar o Sp. Braga. Uma hipótese que Domingos Paciência não descarta, admitindo que o clube "está atento a quem mais se destaca na Liga". "Se os resultados não são os melhores, é natural que se possa reorganizar o plantel", reconheceu ontem o treinador dos arsenalistas.

António Salvador, presidente do Sp. Braga, já terá, inclusivamente, um acordo de princípio com Isidoro Sousa, presidente do Olhanense, para a compra do médio brasileiro de 24 anos.

O dirigente rubro-negro reconheceu, esta semana, a existência de várias propostas – a melhor delas vinda de Itália –, mas, segundo o CM apurou, a vontade do jogador passa por rumar ao Minho.

O negócio deverá incluir a cedência definitiva do passe de Fernando Alexandre, médio emprestado pelo Sp. Braga aos algarvios.

CORREIO DA MANHA

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Treinadores às portas do Inferno

Quem for eliminado esta noite, na Luz, arrisca-se a ir para o desemprego. Benfica-Sp. Braga promete

Os destinos de Jorge Jesus, 56 anos, e Domingos Paciência, 41, começaram a cruzar-se no início da época passada, quando o Benfica contratou o então técnico do Sp. Braga, obrigando os minhotos a ir a Coimbra buscar um treinador com a escola do FC Porto.

O bom trabalho de Jesus foi, na prática, herdado por Domingos em Braga. Ambos protagonizaram depois uma época inesquecível, tendo, afinal, sido a melhor das suas carreiras. Lutaram pelo título de campeão nacional até à última jornada. O Benfica acabou por cortar a meta em primeiro mas a festa fez-se também em Braga, graças à melhor classificação de sempre e a inédita qualificação para a Liga dos Campeões.

Há um ano eram só sorrisos. Agora, as nuvens negras pairam sobre as suas cabeças. Esta noite, no Estádio da Luz, os dois técnicos defrontam-se para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. Quem for eliminado ficará com a margem de manobra muito reduzida à frente das suas equipas. Jorge Jesus ficou ligado à pior participação de sempre do Benfica numa fase de grupos da Champions e quase perdeu a vaga na Liga Europa. Além disso, já deixou fugir a Supertaça e leva oito pontos de atraso em relação ao líder do campeonato, o rival FC Porto, frente a quem foi goleado por 5-0.

Domingos Paciência pode orgulhar-se daquilo que a sua equipa fez na Liga dos Campeões, mas o problema é que a nível interno os primeiros lugares já estão longe e o apuramento para as provas da UEFA da próxima época pode estar em risco via campeonato, pelo que, se for fechada a porta da Europa através Taça de Portugal, a margem de manobra do treinador diminui drasticamente, pois esfuma-se o sonho antigo de conquistar este troféu pela segunda vez.

Os treinadores de Benfica e Sp. Braga estão por isso em situações pouco católicas. A prová-lo está, por um lado, a necessidade que o presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, sentiu de, por mais de uma vez, afirmar que Jesus tem o seu lugar seguro. No Minho, o primeiro sintoma de turbulência foi sentido segunda-feira, à partida para a Ucrânia, quando o presidente António Salvador expressou o seu desacordo com Domingos, que na véspera tinha justificado a derrota em Leiria com os alegados erros da arbitragem. "As decisões do árbitro foram correctas. Tem faltado humildade no campeonato", atirou o líder bracarense.

A partir das 20.15, Jesus e Domingos defrontam-se pela oitava vez. A história dá vantagem ao bracarense, que venceu por duas vezes e apenas perdeu uma. O resultado habitual tem sido o empate (em quatro ocasiões), só que desta vez tem de haver um vencedor... Em teoria, o Braga está mais frágil devido às ausências de Mossoró, Miguel Garcia e Matheus, por castigo, Elderson, Paulão, Moisés, Vandinho e Lima, por lesão.


DN

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Vandinho viajou para Lisboa

Médio brasileiro queixou-se de problemas musculares, mas pode ser chamado a jogo.

Aparentemente, era um dos casos menos complicados que o departamento médico do Braga tinha para resolver e, talvez por isso, Vandinho tenha integrado a lista de convocados, que, desta vez, Domingos Paciência entendeu não divulgar.

No treino de anteontem, o médio brasileiro queixou-se de problemas musculares na coxa esquerda, situação que o forçou a reduzir o andamento, mas que não deverá afastá-lo do encontro de logo à noite, com o Benfica.

Mas, mesmo que não venha a ser utilizado, a presença de Vandinho no grupo é extremamente importante, e o mesmo se aplica a Moisés.

O defesa-central recupera de lesão, mas também ele é um dos capitães da equipa minhota e com voz activa, o que poderá ser extremamente importante num desafio como aquele que os guerreiros do Minho terão pela frente na Luz.

Para colmatar as baixas, Domingos incluiu os jovens Aníbal e Guilherme, que esta temporada já rodaram no Vizela. O central foi mesmo uma das agradáveis surpresas no jogo da Champions, com o Shakthar.

A BOLA