NOTICIAS DO ENORME DO DIA 29/11

[JotaCC]

Guerreiros regressam às conquistas no campeonato



Regresso às vitórias do Sp. Braga no campeonato. Depois da vitória sobre o Arsenal para a Liga dos Campeões, o Sp. Braga mantém-se na senda dos triunfos ao levar de vencida o Nacional da Madeir (2-0) com golos de Lima e Paulo César.

Primeira parte sem grandes motivos de interesse, apesar do Sp. Braga ter entrado em campo com o intuito claro de mandar na partida e tentar chegar ao tento de vantagem rapidamente.
No entanto, e apesar da entrada forte dos arsenalistas, que mostraram ambição de chegar ao golo cedo, as situações de perigo praticamente não surgiram, com excepção para um cabeceamento de Matheus ao lado da baliza defendida por Bracali.

Isolado após cruzamento da direita, e apesar de já não ter grande ângulo para rematar directamente à baliza, o avançado bracarense podia ter feito melhor pois só tinha o guardião do Nacional da Madeira pela frente.
O Braga não marcou, mas tentou mandar no desenrolar do jogo. No entanto, os insulares aguentaram bem a entrada mais impetuosa do Sp. Braga e começaram a equilibrar a partida. Tiveram oportunidade para alvejar a baliza defendida por Felipe, com o remate de Dejan a embater em Elderson e a encaminhar-se para fora das quatro linhas.

O intervalo chegou minutos depois, com o marcador a manter-se sem mexidas e o público presente nas bancadas a pedir alguma animação para a segunda p arte do encontro, até para fazer esquecer um pouco o enorme frio que se fez sentir no Estádio Municipal de Braga.

A etapa complementar começou novamente com os Guerreiros do Minho ao ataque e, logo aos 52 minutos, após a marcação de um pontapé de canto, Moisés, de cabeça, enviou o esférico à trave da baliza dos insulares.
Foi um primeiro susto para os madeirenses, mas o domínio territorial do Sp. Braga, apesar de se confirmar, não se transformava em situações de golo.
Apesar das oportunidades de golo flagrantes não surgirem, aos 64 minutos o árbitro Pedro Proença assinalou grande penalidade a favor do Sp. Braga, por falta de Claudemir sobre Matheus.

Chamado a converter, Moisés rematou frouxo para defesa de Bracali, mas na recarga, mais rápido que todos os adversários, Lima fez o primeiro tento da partida, sendo que depois do golo o jogo já quase não teve história.
O Nacional praticamente abdicou do ataque e o Sp. Braga foi controlando o rumo dos acontecimentos.

Dois minutos depois dos 90, num rápido contra-ataque, Paulo César fez o segundo golo e sentenciou o jogo. Após um livre directo do Nacional que bateu na barreira, contra-ataque rápido do Braga com Madrid a isolar Mossoró que centrou para a área onde apareceu Paulo César a finalizar com tranquilidade. Logo a seguir, Pedro Proença apitou para o final do encontro.


CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

Só aqueceu no fim

O Braga que deslumbrou frente ao Arsenal, na Liga dos Campeões, teve ontem grandes dificuldades para bater o Nacional, adversário igualmente com ambições europeias e que agora ultrapassou na tabela, embora em igualdade pontual. Apesar da exibição pouco conseguida, a jornada acabou por correr bem aos arsenalistas, que com os três pontos conquistados ontem ficaram a quatro do rival Guimarães, terceiro classificado; a apenas dois do Sporting, quarto colocado; e a um da sensacional Académica de Jorge Costa.

Com a "Pedreira" transformada num gigantesco frigorífico, o Braga não teve a arte de outros dias para aquecer o coração dos seus adeptos e fundir o adversário. Depois de queimar o Arsenal - 2-0 na Liga dos Campeões -, o que deixou Wenger em fúria, o Braga apresentou-se com um meio-campo pouco criativo, o que acaba por explicar as poucas ocasiões de golo criadas diante do Nacional, já que foram poucas as ocasiões, e normalmente resultantes de lances de bola parada, em que Bracali foi obrigado a tremer. É claro que este menor fulgor não foi apenas fruto da noite menos inspirada dos arsenalistas, mas foi, sobretudo, resultado da boa organização do Nacional. Num terreno em que não costuma dar-se bem, a equipa de Jokanovic mostrou ter a lição bem estudada e soube anular as principais unidades do adversário. Compactos e quase exclusivamente concentrados em defender, os madeirenses aprisionaram o Braga na sua teia, dando-lhe poucos espaços, e tempo para pensar o jogo, e nunca deixando de pressionar o transportador da bola. Face a estes argumentos, o Braga circulou a bola, teve mais posse, mas raramente conseguiu criar os desequilíbrios necessários para alvejar a baliza, já que a bola poucas vezes chegou jogável à área. Com Matheus e Lima nas alas e as marcações apertadas pelo flexível 4x4x2 nacionalista, o futebol ofensivo do Braga ressentiu-se. Lá atrás, Felipe, um mero espectador que apenas fez uma defesa digna do nome durante os 90', via a sua equipa jogar para os lados e para trás à procura de uma aberta que teimava em não aparecer. Foi assim durante todo o primeiro tempo, 45' com escassos motivos de interesse.

O segundo tempo aqueceu com uma cabeçada de Moisés à barra, mas seria Matheus numa investida rápida à área adversária a conquistar um penálti em que soube aproveitar-se da inocência de Claudemir. Moisés, chamado à cobrança, permitiu a defesa de Bracali, mas Lima, que pareceu estar já dentro da área no momento do remate, não perdoou na recarga. O jogo ficou mais aberto e a expulsão de Stojanovic alegrou ainda mais as adeptos da casa, mas o duplo amarelo a Salino reequilibraria tudo. De um livre frontal do Nacional nasceria o golo, com a bola a passar pelos três homens que saíram do banco, em mais uma transição rápida que é a imagem de marca da equipa.


O Tribunal de O JOGO

Um lance que começou e acabou mal, à luz das regras, marcou a vitória do Braga sobre o Nacional: Matheus ganhou um penálti com manha só decifrável pela televisão. De resto, a noite ficou marcada pela chuva de cartões, que reflecte a coerência do juiz.

Momento mais complicado

66' Houve alguma irregularidade na marcação do penálti de que resulta o primeiro golo do Braga?

Jorge Coroado

-

Não uma, mas duas. Primeiro, Moisés, quando corre para a bola, interrompeu a corrida, o que é proibido, desde o início da temporada. Depois, Lima, antes de o companheiro bater a bola, já tinha violado a menos de 9,15 m, pelo que o penálti deveria ter sido repetido.
Pedro Henriques

-

A grande penalidade deveria ser repetida, porque há jogadores de ambas as equipas que entraram na área antes da marcação da mesma. Antes ainda, Moisés fez a paradinha que, durante o movimento de corrida, é permitida; só não seria se tivesse sido feita em cima da bola.
Paulo Paraty

-

O facto de Moisés interromper a sua corrida não infere qualquer ilegalidade. Perante as leis do jogo e as imagens paradas da televisão, correcto seria que a marcação do penálti fosse repetido: Bracali movimenta-se e vários jogadores de ambas as equipas entram na área, antes de a bola partir. A prática tem levado a que não se repitam grandes penalidades...

Outros casos

64' É bem assinalado o penálti de Claudemir sobre Matheus?

72' Stojanovic é bem expulso?

74' A expulsão de Leandro Salino é justa?
Jorge Coroado

-

Compreende-se que, no terreno, o árbitro tenha assinalado, mas, visto na televisão, o que é diferente, foi Matheus que, ratão, foi bater com o pé no do adversário.

+

Atendendo ao critério disciplinar curto mostrado pelo árbitro, a partir dos 40 minutos, a expulsão foi bem efectuada.

+

Salino rasteirou por trás, foi imprudente e pouco atento ao critério do árbitro.

Pedro Henriques

+

Matheus, ao driblar Claudemir, acaba por ser tocado no pé esquerdo. É um lance de difícil análise, mas, com claro benefício para a decisão do árbitro.

+

Stojanovic é advertido por entrar em "tackle" deslizante, de forma imprudente, sobre o adversário.

+

Salino é advertido por entrar, de forma imprudente, tocando e derrubando o adversário.

Paulo Paraty

+

Matheus terá forçado a queda, mas, Claudemiro não tem o seu pé esquerdo fixo, movimentando-o na direcção do movimento de Matheus. Aceito a decisão de Pedro Proença.

+

Sim. O cartão amarelo é bem exibido, pois há um "tackle" imprudente e Stojanovic já tinha um cartão amarelo. Decisão correcta.

+

Há uma rasteira imprudente de Salino ao seu adversário. Parece-me correcta a coerência demonstrada por Pedro Proença.

Apreciação global
Jorge Coroado

Estranhamente, para um árbitro de créditos firmados, um ataque de febre amarela de domingo à noite - exagerou na disciplina, não consistente tecnicamente.

Pedro Henriques

Jogo difícil, com algumas entradas duras, protestos e nervos à flor da pele. A equipa de arbitragem esteve globalmente bem e sai com nota positiva, tendo tomadas de decisão maioritariamente assertivas.

Paulo Paraty

Com algum excesso de cartões exibidos, Pedro Proença e a sua equipa mantiveram-se coerentes e iguais a si próprios, efectuando um trabalho aceitável, num jogo que não ofereceu grandes dificuldades, para além do caso principal.


O MOMENTO: 65' [1-0]
Lima emenda a asneira de Moisés

Estava muito difícil o Braga atingir a baliza do Nacional e os adeptos iam perdendo a paciência face às pouquíssimas ocasiões de perigo que a equipa contava até ao momento. Num lance de um para um entre Matheus e Claudemir, o lateral do Nacional foi inocente e Pedro Proença assinalou penálti. Na cobrança do castigo, Moisés permitiu a defesa de Bracali, que adivinhou o remate - fraco - para a sua esquerda e defendeu. Mais rápido que os adversários, Lima surge na área para fazer a recarga e não dá chances de nova parada a Bracali. Estava aberto o trilho da vitória.



Lances-chave

12' Claudemir "faz" de Bracali e evita o golo, cortando um cabeceamento de Elton após canto de Hugo Viana. Na sequência Matheus falha o remate ao segundo poste.

32' Todorovic ganha um ressalto à entrada da pequena área, após remate de Skolnik que Elderson ataca mal. O nigeriano compensa o erro e vai a tempo de desviar o remate que Felipe acaba por agarrar.

42' Mateus remata à entrada da área e mete a bola na baliza do Braga, mas Pedro Proença assinala, e bem, fora-de-jogo.

52' Moisés cabeceia à barra um canto de Hugo Viana, com Bracali a tentar, desesperadamente, chegar à bola.

65' [1-0] Lima marca na recarga a penálti de Moisés.

66' Leandro Salino descobre uma brecha na defesa e lança Matheus. Rapidíssimo, o extremo finaliza, já na área, com um remate rasteiro e cruzado que Bracali segura.

72' Matheus foge à marcação na área do Nacional para fazer um cabeceamento forte mas ao lado. O lance nasce de um livre de Hugo Viana.

90+3' [2-0] Após livre favorável ao Nacional, o Braga sai rápido para o ataque. Madrid abre largo para a esquerda, de onde Mossoró cruza para a área. Hugo Viana deixa passar a bola e Paulo César encosta


A ESTRELA: Lima 6
Deixem passar o homem-golo do campeonato

Se na fase de grupos da Liga dos Campeões é Matheus quem tem feito a maior parte dos estragos, no campeonato é Lima o bracarense que mais factura. O avançado, ontem adaptado a extremo por força da ausência de Alan, andou a maior parte do tempo ausente, mas apareceu no momento certo para abrir caminho ao quinto triunfo do Braga na prova. Tudo o que teve de fazer foi percorrer a passadeira que os defesas do Nacional lhe estenderam depois de Moisés falhar o penálti e marcar o quarto golo da conta pessoal na competição.




O Braga um a um
Uma passadeira para Lima


Felipe 5

Deve ter passado um frio enorme, pois mais não foi que um comum espectador.

Sílvio 6

De regresso à titularidade após três jogos de ausência, aventurou-se mais no ataque durante a segunda parte, depois de na primeira ter anulado por completo Mateus.

Moisés 5

A sorte não quis nada com o Xerife nas acções ofensivas. Além de ter acertado na trave na sequência de um canto, não conseguiu enganar Bracali na marcação do penálti. A defender apresentou a eficácia habitual.

Rodriguez 6

Moveu uma marcação exemplar a Diego Barcelos e nem quando Mateus começou a pisar os seus terrenos facilitou. Está a atravessar um belo momento de forma.

Elderson 6

A forma como deu o corpo à bola a remate de Todorovic (32') ilustra bem o voluntarismo que teve na hora de defender. Subiu menos que o normal, mas o importante é que não facilitou na retaguarda.

Vandinho 6

Muito bem a anular a primeira fase de construção de jogo do Nacional, foi um dos responsáveis pelo facto de a bola raramente ter chegado jogável aos avançados contrários.

Salino 4

O excesso de vontade em recuperar rapidamente a bola levou-o a ser expulso, quando até estava a ser dos mais enérgicos.

Hugo Viana 5

Aposta para o lugar de Luis Aguiar, deu nas vistas essencialmente na marcação de lances de bola parada e, já nos descontos, ao deixar a bola passar por entre as pernas para Paulo César fazer o segundo golo do jogo.

Elton 5

Por muito que lute para arranjar espaços, não é fácil marcar golos quando a bola não lhe chega em condições. Na única ocasião que teve (12'), Claudemir travou-lhe os festejos quase em cima da linha.

Matheus 6

Mais comedido que nos últimos tempos, mas igualmente decisivo ao ganhar o penálti que desbloqueou o encontro. Além disso, arrancou a expulsão de Todorovic e ainda dispôs de duas boas ocasiões de cabeça para facturar.

Paulo César 5

Assobiado nas acções iniciais, matou o jogo no período de descontos.

Madrid 5

Grande abertura para Mossoró no lance do 2-0.

Mossoró 5

Entrou cheio de vontade e ofereceu de bandeja o golo a Paulo César.


Domingos Paciência
"É com esta atitude que se ganham jogos"

O intervalo do jogo 150 de Domingos Paciência como treinador principal foi crucial para o desfecho do jogo com o Nacional. A primeira parte do Braga foi para esquecer. "Sentimos muitas dificuldades na primeira parte. O Nacional apresentou-se muito fechado e a encurtar os espaços. Por outro lado, não tivemos a mobilidade e agressividade sobre a bola desejadas", recordou Domingos, falando com maior gosto da segunda fase do jogo, marcada pelos golos da vitória para o campeonato, o que já não acontecia há três jornadas consecutivas. "A equipa conseguiu libertar-se, criar mais espaços e ter mais mobilidade. Em suma, melhorámos em termos de intensidade de jogo, ficando assim mais próximos de marcar. Pelo que fizemos na segunda parte, acho que merecemos esta vitória", argumentou.

Alcançados os três pontos, Domingos continua a apontar para os lugares cimeiros. "Temos que recuperar, depois de termos perdido tantos pontos. O nosso objectivo é ficar nos quatro primeiros lugares. Não temos jogos fáceis pela frente. Como estamos envolvidos numa prova internacional, é também natural que os nossos adversários se apresentem sempre mais frescos do que nós. É com esta atitude que tivemos que se ganham jogos", disse.



Portas abertas amanhã

O fim do andamento negativo do Braga na Liga Sagres (já somava três derrotas consecutivas) coincidirá com um curioso intervalo no período de "clausura" absoluta que a equipa vinha cumprindo em treinos semanais. O plantel folga hoje, retomando o trabalho amanhã, às 10h30, no Estádio AXA, à porta aberta, já a pensar no jogo com o Leiria (sábado).



Discurso directo

"O golo foi importantíssimo, porque era fundamental uma vitória. Trabalhámos muito durante todo o jogo, porque o Nacional dificultou bastante. Fomos felizes, deu para esquecer o passado

Lima, Braga


"Não cometi qualquer penálti sobre o Matheus. Simplesmente caiu. Depois na conversão, eles fizeram aquela paradinha e invadiram a grande área. Houve uma montanha de erros

Claudemir, Nacional



O JOGO

[JotaCC]

Crónica de jogo
Braga quebra jejum de triunfos na Liga

Boa exibição na Champions não teve seguimento na recepção ao Nacional, mas os minhotos conseguiram regressar às vitórias

Só a recarga de um penálti foi capaz de desatar o nó num jogo de futebol de pouca qualidade, protagonizado ontem à noite por Sporting de Braga e Nacional. A boa notícia para os vice-campeões nacionais é o triunfo (2-0), que põe fim a uma sequência de três derrotas consecutivas. Mas a equipa minhota não deu seguimento à boa exibição que tinha feito, na quarta-feira, frente ao Arsenal. Numa noite fria, voltou a mostrar a sua cara menos alegre, como tem sido hábito na ressaca dos jogos europeus.

O Braga acusou também as ausências dos castigados Alan e Luís Aguiar. Sem o extremo, que costuma ser o principal agitador do ataque, as principais iniciativas ofensivas estiveram entregues a Matheus. O brasileiro, com o moral em alta depois dos dois golos marcados frente ao Arsenal, foi o mais inconformado.

As suas investidas foram os únicos momentos de alguma qualidade de uma primeira parte em que não existiram lances de perigo real junto das duas áreas. O lance de maior perigo da primeira parte pertenceu a Stojanovic, à passagem da meia hora. Na sequência de um canto, o defesa do Nacional - que parte de posição irregular - obrigou Felipe a uma defesa apertada. Até então, apenas de bola parada as duas equipas tinham conseguido chegar perto das balizas adversárias.

O intervalo fez bem ao jogo e as duas equipas regressaram mais agressivas. Logo aos 52", Moisés esteve perto do golo, cabeceando à barra da baliza do Nacional. Catorze minutos depois, a história do jogo tornou-se mais clara. Matheus caiu após contacto com Claudemir dentro da área e o árbitro Pedro Proença entendeu assinalar grande penalidade, decisão muito contestada pelos insulares. Mas num jogo de tão pouca qualidade, até essa ocasião foi desperdiçada por Moisés. Valeu a atenção de Lima, que foi o mais rápido a abordar a bola largada por Bracali e fez o golo.

O árbitro voltou a estar em evidência pouco depois, expulsando, em poucos minutos, um jogador de cada conjunto: Stojanovic viu o segundo amarelo aos 71", Leandro Salino também saiu mais cedo do campo, aos 74".

Com mais espaço em campo, Domingos jogou pelo seguro, trocando Lima por Andrés Madrid. O Nacional, que foi sempre uma equipa pouco esclarecida, tentou chegar ao golo numa iniciativa final, mas foi o Braga que aproveitou para, na sequência de um contra-ataque, pôr termo à discussão do resultado. Paulo César, regressado à competição após lesão, fez o resultado final.

O triunfo valeu ao Braga uma subida do 10.º para o 6.º lugar e pôs fim a uma série negra na Liga, entre os meses de Outubro e Novembro.



Reacções

   

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga

"Sentimos muita dificuldade na 1.ª parte. O Nacional esteve muito fechado e nós com pouca agressividade. Na segunda, a diferença foi de intensidade e, quando assim é, estamos mais próximos de marcar. Pelo que fizemos na 2.ª parte merecemos este resultado. Depois de vários pontos perdidos, temos que recuperar para chegar o mais acima possível e para atingir o nosso objectivo, que é um dos quatro primeiros lugares".

Predrag Jokanovic

Treinador do Nacional


"[O que faltou?] Faltou o árbitro não apitar o penálti. Até ao penálti, o jogo estava completamente controlado, Não sou especialista, mas creio que a paradinha já não existe. Depois o jogador que marcou o golo estava já sete ou oito metros dentro da área quando o penálti foi marcado. O Braga é uma grande equipa, tentámos empatar o jogo, mas a eficácia do Braga no último minuto foi perfeita".


PUBLICO

[JotaCC]

Braga sofre para voltar às vitórias


Depois de três derrotas seguidas, o Braga voltou aos bons resultados na Liga, derrotando o Nacional, por 2-0, num jogo que teve uma primeira parte para esquecer, mas no qual a equipa de Domingos Paciência fez, depois do intervalo, o suficiente para merecer os três pontos.

Ainda assim, só no último minuto dos descontos é que a equipa minhota pôde suspirar de alívio, pois os madeirenses discutiram o resultado até ao momento em que Paulo César, numa jogada perfeita de contra-ataque, parecida com as que valeram o histórico triunfo ao Braga sobre o Arsenal, definiu o resultado.

As equipas deitaram ao lixo os primeiros 45 minutos, tal foi a pobreza do futebol praticado. O Nacional assumiu que o 0-0 lhe interessava, pelo que as culpas pelo mau jogo têm de ser entregues aos anfitriões. Demasiado recuada no terreno e sem velocidade, a equipa bracarense pareceu não perceber a mensagem, passada na véspera pelo treinador, de que a estratégia utilizada no jogo com o Arsenal não era a adequada para ganhar ao Nacional.

O panorama mudou no segundo tempo, mas só depois do penálti que lhe caiu do céu, por falta de Claudemir sobre Matheus, é que o Braga justificou a vitória. Moisés marcou mal o castigo máximo, valendo a atenção de Lima para desfazer o nulo. Seguiram-se duas expulsões, uma para cada lado (Stojanovic e Salino), que abriram o jogo e trouxeram, finalmente, alguma emoção a uma noite gelada. Nos últimos minutos, os insulares subiram finalmente no terreno, à procura do empate, tendo os minhotos aproveitado os espaços para fazer o 2-0. De contra-ataque, a sua imagem de marca...


JN

[JotaCC]

Domingos: «Fizemos tudo para vencer»
TÉCNICO SATISFEITO COM TRIUNFO
   

"O grande objetivo era voltar a ganhar no campeonato. Os jogadores fizeram tudo para vencer este jogo depois de uma partida com muita exigência com o Arsenal. Era natural que não pudéssemos estar a 100 por cento ou perfeitos. Felizmente a equipa conseguiu ser mais agressiva e ter mais intensidade na 2.ª parte. O Sp. Braga foi quem mais fez para ganhar este jogo. Quanto ao lance contestado pelo Nacional, não o vou comentar. Vem aí um ciclo de jogos exigente, com jogos com a U. Leiria, o Shakhtar e o Benfica."


RECORD

[JotaCC]

Difícil: Arsenalistas derrubam Nacional e sobem quatro posições
Vitória a ferros do Braga

Triunfo arrancado a ferros do Sp. Braga, num jogo com duas expulsões e uma exibição marcadamente defensiva do Nacional. Lima marcou aos 66' e Paulo César confirmou a vitória no fim, permitindo aos minhotos uma subida de quatro posições, até ao sexto lugar da classificação.

Antes do intervalo, a tónica do jogo foi sempre a mesma. Viu-se um Sp. Braga com mais posse de bola e voluntarioso no ataque, mas impotente diante da organização defensiva do Nacional. É que a equipa de Domingos Paciência não conseguiu melhor do que um remate às malhas laterais, por Matheus, e apesar das corridas do avançado Elton, pela primeira vez titular.

O resto do primeiro tempo foi Hugo Viana de chuteiras desafinadas nas bolas paradas, o Nacional a jogar de forma previsível e muitos cartões amarelos, que provocariam duas expulsões na etapa complementar, para cada uma das equipas – primeiro Danijel Stojanovic, depois Leandro Salino.

O futebol foi pouco para quem aspira a um salto até ao pódio e mais ainda para quem tinha trocado um domingo em casa pelas temperaturas negativas da "pedreira". Um tiro aos ferros do Nacional, aos 53', ameaçou o golo do Sp. Braga. Moisés tentou responder da melhor maneira a um canto de Hugo Viana. O mesmo Moisés falhou a conversão de um castigo máximo aos 66', mas Lima estava no sítio certo para dar o triunfo aos locais.

O golo de Paulo César surgiu já em cima do apito final, graças a um contra-ataque rápido conduzido por Mossoró e Hugo Viana.


CORREIO DA MANHA

[JotaCC]

Salvador na televisão

António Salvador vai participar esta noite no programa 'Dia Seguinte', na SIC Notícias. O presidente do SC Braga deverá abordar a carreira do SC Braga na época, do campeonato à Liga dos Campeões, mas também a recondução na liderança do clube.

Na próxima sexta-feira, em assembleia geral, Salvador vai ser mandatado para presidir o emblema bracarense durante mais três anos.

O programa 'Dia Seguinte' para vai o ar, em directo, a partir das 22 horas. Guilherme Aguiar (FC Porto), Rui Gomes da Silva (Benfica) e Dias Ferreira (Sporting) são os comentadores residentes.

A BOLA

[JotaCC]

Regressos de Luís Aguiar e Alan

Luís Aguiar e Alan regressam esta semana ao painel de opções do treinador Domingos Paciência. O médio e o extremo cumpriram castigo na recepção ao Nacional e estão às ordens para o encontro do próximo sábado, frente ao União de Leiria.

Em sentido inverso, o médio Salino, expulso (duplo cartão amarelo) no jogo de ontem, falha a partida com os leirienses. Leandro Salino foi um dos titulares do Braga na vitória sobre os nacionalistas, por 2-0.

O plantel dos minhotos está de folga e inicia amanhã a preparação para o jogo em Leiria. O central Paulão e o atacante Hélder Barbosa, com problemas físicos, falharam a partida frente ao Nacional, e aguardam reavaliação.

No boletim clínico, espaço ainda para o guarda-redes Quim, a recuperar de uma grave lesão sofrida na pré-temporada.

A BOLA

[Bruno3429]

«Podemos quebrar a bipolarização do futebol português» - António Salvador

António Salvador prepara-se para ser reconduzido a novo mandato à frente do SC Braga. Em entrevista ao programa Dia Seguinte, emitido pela SIC Notícias, deixou garantias de continuar motivado para ajudar a crescer o clube. Objectivo principal: quebrar aquilo que considera ser a bipolarização do futebol português.

«Acredito que o SC Braga pode quebrar a bipolarização do futebol português, formada por Benfica e FC Porto, com o Sporting a seguir um pouco ao lado», vincou o líder dos bracarenses, já depois de ter garantido que continua com «grande motivação» para continuar à frente dos destinos do clube.

Para tal, António Salvador diz que o clube tem de continuar o «crescimento sustentado dos últimos anos», prosseguindo «numa política de rigor». O próximo passo será apostar na formação («mesmo que seja difícil uma vez que não temos instalações próprias», referiu), mas até lá assume que será sempre necessário vender jogadores: «O SC Braga sempre foi vendedor e todos os anos temos feito equipas novas, uma vez que têm saído sempre três ou quatro jogadores da equipa principal. Mas para nos mantermos no actual patamar isso tem de continuar.»

Já sobre o técnico Domingos Paciência, que está no último ano de contrato, António Salvador explicou que não tem pressa para renovar, até porque tem total confiança da sua parte: «Há tempo para tudo e primeiro vamos concentrar-nos nos nossos objectivos, nomeadamente na qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões e recuperar algumas posições no campeonato. O Domingos já está num grande clube e acredita que pode conquistar títulos no SC Braga. Por isso, tenho a certeza que vai continuar.»

A finalizar não quis responder suposta ligação ao FC Porto e deixou mensagem aos adeptos: «Acreditem sempre que o SC Braga pode vencer.»~

A Bola