NOTICIAS DO ENORME DO DIA 27/11

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Surpresas na equipa fechadas a sete chave


Indiscutivelmente, a vitória ao Arsenal — e terceira seguida na Liga dos Campeões que mantém ainda em aberto o sonho dos oitavos-de-final — levantou a moral na equipa do Sp. Braga. As ausências forçadas dos titulares Alan e Luís Aguiar (por castigo) coincidem também com a subida de rendimento de vários jogadores arsenalistas sedentos de uma oportunidade no onze.

Há várias soluções como Elton, Meyong, Mossoró, Hugo Viana, e até Paulo César (já recuperado, consoante a actualização de ontem do boletim clínico), mas Domingos esconde os 'trunfos' e a estratégia para a recepção ao Nacional da Madeira, jogo a disputar amanhã no Estádio AXA (20h15), da 12.ª jornada da Liga Portuguesa, onde o Sp. Braga procura subir na classificação.
Fora do jogo, por lesão, estão Paulão, Hélder Barbosa e Quim, informou ontem o departamento médico do clube.


Matheus e Rodriguez na equipa da semana

Depois de ter sido laureado com a titularidade na 'dream team' da 5.ª jornada da Liga dos Campeões, numa escolha da UEFA baseada no seu desempenho individual, pelos dois golos ao Arsenal, Matheus entrou ontem também no onze da semana da Ch ampions, desta vez, numa votação eleita pelos adeptos (5,3) e especialistas (7).
O central Rodriguez também faz parte dos melhores da última ronda da Champions, tendo recebido 5,4 pontos na avaliação dos adeptos e 7,5 dos especialistas da UEFA.


CORREIO DO MINHO

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Sob o efeito de Salino

São vários os que defendem que o Braga é uma equipa com Salino e outra sem ele. Mas será assim? À luz dos resultados, a diferença é pouco clara. Afinal, o brasileiro participou na maior parte dos jogos durante a fase mais negra dos bracarenses - a excepção foi o embate com o Arsenal. No entanto, é por de mais evidente que a equipa sai a ganhar com o pequeno médio quando são analisados aspectos mais específicos do jogo. O mais importante prende-se com a capacidade de roubar bolas aos adversários, resultante da enorme pressão que normalmente exerce sobre quem a transporta. Além disso, é capaz de proteger o esférico como poucos, obrigando os opositores a recorrer várias vezes à falta para o travar, atitude que o próprio também não receia tomar para lhes quebrar o ritmo. É isto que dizem as estatísticas na Liga dos arsenalistas, que, com o enérgico Salino, recuperam em média 71,9 bolas e cometem cerca de 13 faltas por jogo, enquanto sem ele os valores baixam para 45 e 6,75, respectivamente.

Apesar de Vandinho ostentar o título de ladrão de bolas do Braga, Salino surge num respeitável quarto lugar entre os jogadores de campo, tendo imediatamente à sua frente dois defesas: Elderson e Moisés. A média do brasileiro ronda as 7,2 recuperações por jogo, mas convém vincar que, com a Naval, o Olhanense e o Rio Ave, Salino só entrou na segunda parte. Mas mesmo nesses encontros foi a tempo de deixar a sua marca, mormente contra os figueirenses, já que fez o passe para o golo que viria a selar o triunfo (3-1), marcado por Paulo César. E assim se explica o porquê de ser dos mais utilizados esta época.


Ladrão de bolas do Brasileirão

Independentemente do fraco rendimento da equipa onde jogava na altura, Salino esteve em grande destaque na edição de 2008 do Brasileirão. O Ipatinga, então treinado por Enderson Moreira, não conseguiu evitar a queda para a Série B, mas o médio foi o jogador que mais bolas roubou durante a competição. Ao todo, foram 73 em 28 jogos, o que lhe permitiu superar Ramalho, do Goiás, e Diguinho, do Botafogo. A proeza chamou novamente a atenção do Nacional, que na época seguinte apostou de vez no agora bracarense.



Três alternativas de luxo

A boa época que Salino vem realizando tem complicado - e de que maneira - a entrada na equipa de jogadores que na temporada transacta eram quase intocáveis. Hugo Viana e Mossoró são agora uma espécie de alternativas de luxo ao brasileiro, um pouco à semelhança do que sucede com Madrid, embora o argentino jogue maioritariamente na posição 6. Uma coisa é certa: opções não faltam a Domingos para jogar ao lado ou à frente de Vandinho.



Braga-Arsenal no Topo

O Braga-Arsenal foi o programa mais visto da televisão portuguesa na última terça-feira. O encontro, que foi transmitido pela RTP 1, teve uma audiência de 15,3 por cento e um "share" de 36,3. De resto, estes valores foram cruciais para que o canal público acabasse o dia como o preferido dos espectadores, à frente da SIC e da TVI.



UEFA rendida a Rodriguez e Matheus

As distinções sucedem-se para os jogadores do Braga depois do importante triunfo contra o Arsenal. À inclusão de Matheusna equipa ideal da quinta jornada da Liga dos Campeões juntam agora a eleição para a "dream team" da semana para a UEFA, eleita por um painel formado por especialistas e adeptos. Mas Matheus, cujo segundo golo contra os gunners liderava até ontem a votação de melhor da semana para a TV Globo, não foi o único bracarense escolhido. O bom desempenho de Rodriguez, que anulou por completo Bendtner e Chamakh, também lhe mereceu um lugar no onze.


Cem desculpas para ver Madrid

Se for utilizado contra o Nacional, Madrid cumprirá o jogo número 100 no campeonato. Dirão os mais desconfiados que atingir este número após seis épocas e meia em Portugal é vulgar, mas quem conhece o percurso de sofrimento do argentino entende que o número tem efectivamente muito valor. Depois de época e meia fulgurante com Jesualdo Ferreira, o jogador entrou numa rota de lesões e alguma desmotivação adjacente que prejudicaram a mudança para um clube maior e lhe custaram de vez o epíteto de indiscutível.

Na época passada, Domingos Paciência recuperou o melhor Madrid. Não chegou para roubar o lugar a Vandinho, mas garantiu-lhe outra vez uma utilização regular e devolveu-lhe estatuto. Hoje, El Gringo é solução para substituir o capitão e nesta jornada até pode entrar em vez do castigado Luis Aguiar. Se o fizer, acrescentará a habitual qualidade que este ano, por exemplo, foi decisiva para eliminar o Celtic e ganhar ao Partizan. No plano interno, afinal aquele a que se refere esta marca, Madrid também não tem deixado ficar mal os treinadores. Nos 99 jogos anteriores, conseguiu 58 vitórias e apenas esteve em 23 derrotas.

A meia época que passou no FC Porto deu-lhe os únicos títulos (campeonato e Taça) da carreira e permitiu-lhe somar os únicos seis jogos desta série feitos com outra camisola que não a bracarense.

Médio-defensivo por excelência, fez apenas dois golos, mas prova com números que a ideia de que é pouco resistente fisicamente é falsa. É que nenhum dos treinadores com quem trabalhou teve o hábito de o substituir precocemente. Dos 99 jogos já disputados, 77 foram a tempo inteiro. Jesualdo foi o primeiro e o que mais o rentabilizou. Carvalhal já não "sacou" o mesmo rendimento, mas nem ele nem o sucessor - Rogério Gonçalves - prescindiram da sua utilidade. As lesões sérias começaram no segundo ano de Jorge Costa e agravaram-se com Manuel Machado, que numa primeira fase ainda tentou recuperá-lo, mas depois optou pelo brasileiro Roberto Brum. Jorge Jesus fê-lo passar o pior período da carreira. Tal como agora faz no Benfica com Javi García, Jesus raramente mudava o trinco que elegeu e moldou: Vandinho. Madrid viveu seis meses péssimos e só o resgate de Jesualdo, para o FC Porto, e o aparecimento de Domingos o ajudaram a reentrar nos eixos e poder então completar esta marca.

Resta dizer, que se no campeonato Madrid vai fazer 100 jogos, ao todo tem apenas mais 20. No fundo, corresponde à média do campeonato, por comparação com o número máximo possível de utilizações.



Rui Águas "enganou-se"

A história de Madrid em Portugal começa com Rui Águas. O Braga queria um avançado e o ex-goleador do Benfica e FC Porto foi à Argentina observar um referenciado. "Nesse jogo sobressaiu o Madrid. Gostei imediatamente. Curiosamente, foi num jogo de reservas. Ele tinha problemas com o clube a propósito da renovação e tinha sido afastado. Entretanto vi outro jogo e vídeos de exibições anteriores e confirmei tudo", disse a O JOGO.

Com 23 anos na altura, "mostrou-se logo interessado em vir para Portugal." Estreou-se a 4 de Fevereiro de 2005, contra o Guimarães. "Confirmou nas épocas seguintes tudo o que me tinha parecido", recorda, ele que chegou a acreditar que a carreira de El Gringo seria mais fulgurante. "Houve um momento que me pareceu óptimo para sair. As coisas não se concretizaram e não sei se ele terá desmobilizado, desmotivado. A isso juntou-se uma série de lesões", sublinhou.



Paulão sofre traumatismo e é baixa

Menos duas opções para Domingos Paciência na próxima partida. Paulão e Hélder Barbosa, dois clientes antigos do departamento médico, voltaram esta semana a parar. O defesa-central contraiu um traumatismo na coxa esquerda e intercala ginásio com corrida, estando garantidamente de baixa por mais alguns dias. Já Hélder Barbosa, ressentiu-se da entorse no tornozelo esquerdo e fez marcha-atrás na recuperação. Ainda não é desta, que faltam extremos, que terá oportunidade.



Paulo César passa teste e será convocado

Paulo César não se ressentiu da lesão nos dois treinos completos e bem puxados que experimentou devidamente inserido no trabalho que todo o grupo fez. A certeza da sua recuperação é agora total e, por isso, a convocatória para o jogo de amanhã é também certa. Por ter estado quase 20 dias parado, o mais provável é que o avançado se sente no banco de suplentes e jogue apenas alguns minutos, mantendo-se a dúvida sobre quem entra à direita no lugar de Alan. Lima e Mossoró são as hipóteses mais prováveis. Se o primeiro for o escolhido, então Elton deve encaixar no eixo do ataque.


Último sorriso em Braga foi com Jokanovic no banco

Desde que regressou ao escalão maior, em 2002/03, o Nacional tem vindo a fazer quase sempre excelentes campanhas, mas nunca o conseguiu à custa dos resultados obtidos em Braga, onde volta amanhã para disputar a 12ª jornada da Liga ZON Sagres. Aliás, a Cidade dos Arcebispos é mesmo uma espécie de fantasma dos insulares, que nunca conseguiram ganhar ali. Em 11 jogos disputados no reduto do Braga, todos a contar para o campeonato, o Nacional registou o péssimo pecúlio de nove derrotas e dois empates.

Depois de na época de estreia na Liga principal (1988/89) ter ido empatar a Braga (1-1), o Nacional só voltou a conquistar pontos na cidade minhota em 2006/07. Foi na última jornada dessa temporada, altura em que Jokanovic cumpria os primeiros jogos como treinador principal dos madeirenses, já que havia rendido Carlos Brito após a 25ª ronda. Nesse jogo, o Nacional esteve a ganhar (1-0), com um golo de Diego José aos três minutos, mas o Braga, de Jorge Costa, empataria pouco depois, por intermédio de Wender.

Essa foi a única vez que o Nacional não perdeu em Braga nas últimas duas décadas, e desde então nunca mais marcou sequer um golo. Nas últimas três visitas, averbou três derrotas, duas das quais com Jokanovic no banco. Em 2007/08 perdeu 1-0, e, na época passada, por 2-0, num período em que o sérvio era técnico interino devido ao problema de saúde de Manuel Machado, que pelo meio (2008/09) não fez melhor e perdeu (1-0).


O JOGO

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Matheus negociado para a Ucrânia
AVANÇADO VAI MUDAR DE CLUBE EM JANEIRO

Matheus vai deixar o Sp. Braga em janeiro. Esse é um dado adquirido e que permitirá à SAD realizar encaixe com um jogador que termina contrato em junho e que não vai renovar.

Ontem, o avançado reuniu-se em Espanha com emissários de um clube ucraniano, mas à hora de fecho desta edição não havia ainda dados concretos sobre a operação ou sobre o nome do clube interessado. Oferecido a vários emblemas, Matheus é nome de leilão com lucro garantido para a direção de António Salvador. O encaixe será sempre em baixa, já que o termo de contrato desvaloriza o jogador que tem cláusula de rescisão fixada em 5 milhões de euros.


RECORD

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Felipe diz estar bem em Braga

Guardião falou sobre o seu futuro; empresário esclarece situação do guarda-redes e de Elton.

Em declarações ao blogue do jornalista Estevan Ciccone, da rádio Bandeirantes, Felipe disse estar satisfeito no Braga e remeteu pormenores para Dezembro. «É complicado projectar as coisas, porque não sei qual é a posição do Braga. Em Dezembro veremos. Sei é que quero jogar, porque tenho o sonho de chegar à selecção. Convites do Brasil? Falou-se de mim e do Helton, do Porto, mas tudo o que sei é o que veio na Imprensa», disse.

Marcelo Robalinho, um dos empresários de Felipe e de Elton, esclareceu a situação dos jogadores: «Têm contrato até Junho, sem cláusula de rescisão. No caso do Elton, o Vasco da Gama tem direito de preferência caso o jogador regresse ao Brasil em Dezembro. Por agora, isso não se coloca. O projecto deles é singrar na Europa.» Mas o Braga está sujeito à lei da melhor oferta. Se na reabertura do mercado surgir uma proposta forte pelos jogadores, o clube tem de igualá-la para mantê-los.

A BOLA

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Domingos completa 150 jogos oficiais

Partida frente ao Nacional é um marco para o técnico. Champions e vice-campeonato entre as conquistas. Um bom pretexto para ganhar.

Foi frente ao clube que o projectou enquanto jogador, o FC Porto, que Domingos Paciência se estreou como treinador ao mais alto nível, ao serviço do União de Leiria. Uma derrota tangencial por 1-2 no Estádio do Dragão, a 28 de Agosto de 2006, na 1.ª jornada do Campeonato, inaugurou uma carreira com muito mais alegrias que tristezas e conquistas importantes, como o segundo lugar alcançado pelo Braga na época passada e o apuramento da equipa minhota para a fase de grupos da Champions.

Desde os primeiros tempos em Leiria, num trabalho elogiado que por divergências com João Bartolomeu não pôde concluir, até deixar a Académica no sétimo lugar, após dois anos marcantes em Coimbra, muita água passou debaixo da ponte. Em Braga, no projecto profissional mais arrojado da carreira, superou expectativas, pulverizou recordes internos, valorizou activos e alcançou um estatuto dificilmente igualável por quem, um dia, vier a sucedê-lo.

Sentimentos mistos

Amanhã, frente ao Nacional, é provável que estes quatro anos sejam revisitados em poucos segundos por Domingos Paciência, porque o momento é especial. O treinador do Braga irá comandar o 150.º jogo oficial da sua carreira.

A BOLA