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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 20/10

Started by JotaCC, 20 de October de 2010, 07:29

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JotaCC

Moisés: «Equipa mais madura e consistente»
central anotou melhorias

A primeira vitória do Sp. Braga na Champions não foi obra do acaso. Essa é a convicção de Moisés, que anotou melhorias significativas nos arsenalistas face aos dois desaires anteriores da fase de grupos. "A equipa foi mais madura e consistente. Contra o Shakhtar faltou alguma cabeça, sobretudo na segunda parte... Desta vez o grupo portou-se de forma diferente do que até aqui, e tudo fica mais fácil quando toda a gente defende e se criam tantas oportunidades assim", analisou o defesa-central, de 31 anos, considerando este desfecho merecido.

Apesar de o duelo de ontem ter o selo de decisivo, o brasileiro revelou que a equipa não se deixou afetar pelo nervosismo. Para além de o Partizan ter motivos para estar igualmente nervoso, uma vez que "também ainda não tinha vencido", Moisés confessou que no plantel todos acreditavam que a sorte ia começar a sorrir aos minhotos.

"Sabíamos que a qualquer hora as coisas iam começar a virar para o nosso lado, como aconteceu. Agora é dar sequência a este bom resultado", finalizou, apontando não só à Liga dos Campeões.


Lima: «Esta vitória coloca o Sp. Braga na luta»
DEDICOU O GOLO AO FILHO QUE VAI NASCER EM 2011

Quando a bola beijou pela primeira vez as redes do Partizan, Lima assinalou o golo inaugural do Sp. Braga na fase regular da Liga dos Campeões com uma curiosa homenagem. O avançado brasileiro, de 27 anos, nascido em Monte Alegre (Pará), correu para a linha lateral e pediu uma bola que de imediato colocou sob a camisola, simulando um barrigão e colocando o polegar na boca. Não era difícil adivinhar o motivo da comemoração. Lima contou-o na primeira pessoa: "Soube há pouco tempo que vou ser pai pela primeira vez e estou a viver um momento de grande felicidade, juntamente com a minha esposa, Valéria". Quanto ao golo que apontou, que se soma ao hat-trick que conseguiu no Ramón Sánchez Pisjuan, Lima considerou-o importante, "mas o melhor foi mesmo termos conseguido esta vitória, que nos coloca de novo na luta". Com este triunfo, "o Sp. Braga continua com a porta aberta".

Inferno em Belgrado

No outro lado, Moreira considerou que o Sp. Braga teve a sorte do jogo. "A nossa equipa foi mais forte, sobretudo na 2.ª parte, e quando tinha o jogo equilibrado sofreu o primeiro golo", considerou o médio português nascido em Bissau (Guiné). "O Sp. Braga pode contar em Belgrado com um ambiente infernal", concluiu.



RECORD

JotaCC

Noite histórica mantém Europa em aberto


Início sob brasas, luz ténue do apuramento acesa na pressão do embate com os sérvios, na necessidade de vencer. Uma bomba de Lima a levantar as bancadas, a sacudir a poeira da primeira etapa e, no plano mais realista e importante, a dar vantagem na luta pelo terceiro lugar, o pódio que atira para a via secundária, para a continuidade europeia pela porta da Liga Europa.

Foi uma bomba versão analgésico de efeito praticamente imediato, com os sinais de vitalidade dos guerreiros a mostrarem-se mais fortalecidos, com maior robustez e um rosto que deixou de ser pálido. Na segunda parte do filme, percebeu-se até que este Braga é melhor do que o Partizan e este balão de confiança pode até servir para o segundo round com os sérvios, daqui a quinze dias em plena Belgrado, onde a equipa de Domingos Paciência joga muito no tapete da Europa.

Os últimos dias do timoneiro dos minhotos devem ter sido marcados por algumas insónias, por uma dúvida existencial forte: manter a ousadia e correr os riscos que viraram pesadelos contra Arsenal e Shakthar ou jogar pelo seguro? Apesar de ter optado por quatro atacantesno onze inicial, a segunda opção tornou-se válida, com a cortina de contenção formada pela dupla Vandinho-Madrid e também pela segurança estratégica que Paulo César oferece, já que ao nível táctico o brasileiro costuma ser exemplar.

O resultado disto tudo, aliado a um Partizan de bloco baixo, foi o típico jogo do gato e do rato, com o felino à espreita na toca e o candidato a presa a esconder-se e, nesse capítulo, o Sporting Clube de Braga costuma sair sempre a ganhar. Foi a jogar da forma como mais gosta, com transições ofensivas, que o emblema minhoto caçou a sua presa. Olhou para o terreno que estava a pisar, avançou apenas pelo seguro e com eficácia acabou por matar o desafio, alcançando, à custa da frieza e das cautelas estratégias, uma vitória que fica para a história. Não foi a primeira ao som do hino da Champions, mas foi a debutante na fase de grupos da competição elite no velho continente.

"O segundo lugar é ainda alcançável"

Domingos Paciência ficou satisfeito com o triunfo obtido diante do Partizan de Belgrado e demonstrou esperança na luta pelo acesso à próxima fase da Liga dos Campeões. A satisfação do timoneiro extendeu-se inclusivamente à goleada aplicada pelo Arsenal de Londres ao Shakthar, facto que atirou ainda mais chama à esperança minhota.
O técnico minhoto admitiu que as mudanças operadas no onze inicial deveram-se à importância do jogo, nomeadamente a opção em Vandinho e Andrés Madrid "de modo a dar maior consistência no trabalho defensivo".

Na análise ao jogo, o técnico recordou que diante dos ucranianos o jogo "tinha dito que o jogo resolveu-se nos pormenores" e nesta partida o Sporting Clube de Braga "acabou por ser mais eficaz", "merecendo a vitória".
Acerca do futuro dos guerreiros do Minho defendeu que "há nove pontos e três jogos em disputa. O Arsenal é a equipa mais forte do grupo e está praticamente apurada, mas parece-me que o segundo lugar é alcançável. Vamos lutar pelo máximo de pontos possíveis, sabendo também que o terceiro lugar é uma forte possibilidade. A goleada do Arsenal foi o melhor resultado para nós".

Aleksandar Stanojevic: "vencer em Belgrado"

"Com esta derrota as nossas hipóteses estão mais reduzidas, mas vamos procurar vencer em Belgrado. Lamento não termos conseguido fazer o golo na segunda parte e depois acabamos por sofrer um golo nas fortíssimas transições que o Braga costuma fazer", defendeu o técnico do Partizan.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Braga menos romântico e mais eficaz

Está de volta o Braga europeu. O triunfo sobre o Partizan, com golos da dupla canarinha Lima e Matheus, coloca a equipa arsenalista na luta pela passagem à fase seguinte da Champions. Domingos Paciência deu mais cariz ofensivo à equipa e fez "jackpot".

Noite rija em Braga, com o primeiro triunfo da história arsenalista numa partida da fase de grupos da Liga dos Campeões. Foram os primeiros três pontos e também os primeiros golos, autoria de Lima e Matheus, dois dos trunfos de Domingos Paciência. O treinador bracarense trocou as voltas e foi ousado na abordagem à partida, apostando na dupla Matheus e Lima, que, juntamente com Paulo César e Alan, eram os homens de referência ofensiva.

A grande novidade foi Andrés Madrid, que esta época apenas tinha sido titular nos dois jogos da pré-eliminatória com o Celtic. O Partizan, na variante 4x4x2, com o luso-guineense Moreira, que já passou por Boavista, Aves e Gil Vicente, não demonstrou aquele atrevimento ofensivo que Domingos Paciência tinha vaticinado na véspera. Os sérvios demonstraram, isso sim, grande concentração defensiva e organização a meio-campo, onde, a determinado momento, no primeiro tempo, ganharam vantagem sobre Madrid e Vandinho. O jogo estava, assim, amarrado, sem ocasiões e lances de perigo. Mesmo em cantos, o Braga só dispôs de um nos primeiros 45 minutos.

O momento da viragem deu-se aos 35 minutos, quando Lima sofreu falta de Moreira, à entrada da área. Livre directo e, mais uma vez, o homem dos grandes momentos voltou a deixar a sua marca, batendo Stojkovic, que ainda tocou na bola. Depois de marcar ao Sevilha e ao F. C. Porto, Lima voltava a enviar a bola para o aconchego das redes. O Partizan ainda reagiu antes do intervalo e Lazevski, num remate cruzado, fez tremer a defesa bracarense.

Veio a segunda parte e aí o Braga soube gerir a vantagem e a responsabilidade de um resultado que lhe permite sonhar com tudo nesta edição da Champions. O treinador sérvio foi mexendo na equipa e Medo e Boya deram mais acutilância e profundidade, tendo Domingos Paciência respondido com Salino e Luís Aguiar, que muitos apostavam vê-los no onze inicial.

O jogo cresceu de emoção e chegava o momento de cerrar fileiras. Aí, o Braga mostrou a sua faceta menos romântica, que, porventura, lhe custou a derrota com os ucranianos do Shakhtar, na partida anterior, e foi mais pragmático.

Na baliza, Felipe correspondeu quando foi preciso, travando dois perigosos remates, e, em contra-ataque, Matheus deu a estocada final, mesmo no minuto 90, após assistência de Luís Aguiar, que foi bem lançado em velocidade por Alan.

A missão estava cumprida e a discussão pelo segundo lugar do Grupo H volta a estar em aberto, pois o Shakhtar (afinal, não foi só o Braga) também foi goleado pelo Arsenal, o líder da classificação, com o pleno de vitórias.


"O segundo lugar ainda é alcançável"

A noite de ontem correu de feição a Domingos Paciência. Não só o Braga somou o primeiro triunfo na Liga dos Campeões, frente ao Partizan, como se aproximou do Shakhtar, que foi goleado (5-1) pelo Arsenal. "Foi o melhor resultado para nos mantermos na luta. Há nove pontos em disputa, o segundo tem seis e nós três. Vamos tentar fazer o máximo de pontos, sabendo que o segundo lugar ainda é alcançável e o terceiro possível", afirmou o técnico, satisfeito pela exibição do Braga: "A equipa entrou bem e conseguiu controlar o jogo. Na fase inicial houve dificuldade de construção, mas, a partir do golo, a equipa ficou mais confiante".

Uma actuação semelhante à do jogo com o Shakhtar, mas em que "o pormenor fez a diferença". "Fomos mais eficazes que o Partizan e acabámos por ser uns justos vencedores", disse Domingos, justificando a mudança no sistema táctico: "Frente a um adversário directo havia que arriscar um pouco mais. Podíamos surpreender nas transições, daí ter colocado na frente quatro homens com mais velocidade".

Stanojevic insatisfeito

O técnico do Partizan, Aleksander Stanojevic, disse que a equipa "merecia mais", tendo acontecido o que mais temia, "sofrer outro golo num ataque rápido". "Em nossa casa, tudo será diferente", concluiu.


JN

JotaCC




Amor à primeira

O Braga não é burro nenhum e apesar da juventude na Liga dos Campeões mostrou ontem que aprendeu depressa a importante lição de controlar as emoções. O que lhe faltou na derrota caseira com o Shakhtar Donetsk sobrou-lhe ontem na vitória perante o Partizan, mostrando-se capaz de nunca perder o autocontrolo mesmo quando perdeu a compreensão do público. Aliás, ironia, os dois golos surgiram antecedidos de momentos em que se ouviam assobios vindo das bancadas e de adeptos que só aceitam o futebol se jogado ao ataque. Ao contrário da equipa, estão a demorar mais tempo a sair do sonho de estar a jogar a Liga dos Campeões.

O jogo começou a ser ganho no aspecto psicológico, mas porque isso não chega - mesmo no xadrez é preciso usar o corpo -, Domingos Paciência dispôs as suas peças de forma pouco habitual. Não é a primeira vez que desenha um 4x4x2, foi estreia absoluta jogar com dois trincos a separar o quarteto defensivo de quatro avançados ainda que apenas Lima e Paulo César tivesse mais liberdade para se portarem como tal. Ao contrário, Matheus, colocado na ala esquerda, e Alan tinham também de defender e equilibrar as forças no meio-campo, onde o Partizan tinha quatro elementos. Demora-se mais tempo a ler as duas frases anteriores do que o tempo que foi necessário para perceber que o Partizan ficaria radiante com o empate sem golos. E isso não ajudou ao espectáculo.

Mas, porque esta postura podia ser um género de canto da sereia, o Braga manteve-se firme no propósito de não deixar-se contagiar pelo papel de favorito à vitória. Por isso, nunca deixou de estar atento na defesa e procurou sempre defender alto, coleccionando roubos de bola no meio-campo sérvio, como aquele que deu início ao lance em que Lima foi derrubado e o próprio Lima aproveitou para, na cobrança de um livre directo, inaugurar o resultado. Estavam decorridos 35 minutos e o Braga revelara aproveitamento máximo, marcando no primeiro remate que foi à baliza de Stojkovic. O facto havia motivado algum desconforto entre os adeptos do Braga, Domingos terá pensado que contra o Shakhtar havia feito muito mais para chegar ao fim sem nada.

Como no futebol a nota técnica desperta palmas mas não dá pontos, o Braga manteve-se igual todo o jogo e nem o intervalo trouxe novidades. É certo que o jogo estava longe de entusiasmar, mas a necessidade de ganhar deixou o Braga dependente disso. Para ajudar à festa, o Partizan também não queria nada com o estético e até chegou a ser lastimável assistir à sua forma de jogar, algo que mudou quando o treinador alterou a táctica - imitando o 4x4x2 do Braga, curiosamente - e, empurrado pela força do camaronês Boya, amigo de Meyong, levar perigo até à baliza de Felipe. Um lance, dois lances e, tão natural como a sede, os assobios anteciparam a chegada do segundo golo do Braga, que nem se pode chamar golo da tranquilidade porque chegou já em cima do minuto 90. Algo que nesta fase só poderia chegar num lance de contra-ataque, suposição levada à prática por Alan, Luis Aguiar e Matheus.

Braga - Partizan, 2-0

19h45

ESTÁDIO AXA

RELVADO Bom

ESPECTADORES 11 454

ARBITRAGEM

Árbitro Laurent Duhamel [FRA]

Assistentes Stéphane Duhamel/Christophe Capelli

Adicionais Olivier Thual/Clément Turpin

4ºÁrbitro Damien Ledentu

GOLOS

[1-0] Lima 35'

[2-0] Matheus 90'

BRAGA: Felipe, Sílvio, Moisés, Paulão, Elderson, Vandinho, Andrés Madrid (Luís Aguiar, 72), Alan, Paulo César (Leandro Salino, 69), Lima (Mossoró, 87) e Matheus.

TREINADOR DOMINGOS PACIÊNCIA

Suplentes não utilizados

Artur (GR); Aníbal (DC); Hugo Viana (MO); Elton (AV)

Remates totais 10

Remates à baliza 6

Cruzamentos 16

Cantos 4

Faltas cometidas 18

Posse de bola 49%

AMARELOS

Madrid 54'

Luis Aguiar 86'

VERMELHOS

Nada a assinalar

PARTIZAN: Vladimir Stojkovic, Aleksandar Milijkovic, Stefan Savic, Mladen Krstajic, Aleksandar Lazevski, Milan Smiljanic, Almami Moreira (Medo, 46), Nemanja Tomic (Stefan Babovic, 88), Sasa Ilic, Cléo e Marko Scepovic (Pierre Boya, 54).

TREINADOR ALEKSANDAR STANOJEVIC

Suplentes não utilizados

Zivkovic (GR); Stevanovic (LE); Stankovic (DC); Petrovic (MD)

Remates totais 13

Remates à baliza 9

Cruzamentos 9

Cantos 4

Faltas cometidas 19

Posse de bola 51%

AMARELOS

Moreira 31'

VERMELHOS

Nada a assinalar



ARBITRAGEM
Sem problemas

Descontado o facto de equiparem com calções e meias da mesma cor do equipamento do Partizan, a equipa de arbitragem francesa passou por Braga de forma discreta. Bem na disciplina, cuidadosa na lei da vantagem e acertada nas decisões técnicas.



MOMENTO

35' [1-0]
Lima veste o papel de protagonista

Quando num jogo as duas equipas elegem o colectivo como a principal arma de arremesso contra o adversário está criado o cenário perfeito para uma individualidade ascender à condição de estrela da partida. Lima, o goleador dos jogos importantes, assumiu então o papel, que lhe parece destinado no Braga europeu, de protagonista e assinou por baixo e com dedicatória ao filho que está para nascer um grande golo. Aliás, um golaço à Lima é a melhor definição. Um golaço na sequência de um livre directo cobrado na perfeição que Stojkovic foi incapaz de impedir, com a bola a entrar no ângulo.



Filme do jogo

7' Braga ao ataque. Cruzamento de Matheus e toque subtil de Paulo César, mas que um defesa sérvio desvia pela linha de fundo.

20' O Partizan está melhor desde o quarto de hora e concretiza a melhoria om um remate de fora da área, obra de Marko Scepovic que Felipe defende com aparente facilidade.

35' [1-0] Golo de Lima

49' Insistência ofensiva do Braga, com o cruzamento de Elderson a encontrar Paulão no meio da área para um cabeceamento com defesa artística de Stojkovic.

59' Boya cruza para o interior de área e vale ao Braga que Sílvio se antecipe a Tomic na melhor jogada de ataque do Partizan.

61' Livre directo, ainda longe da baliza do Braga, mas Medo remata forte e a bola sai ligeiramente por cima.

73' Luis Aguiar, acabado de entrar, vai ao lado esquerdo bater o livre para o segundo poste, onde surge Paulão a cabecear ao lado.

75' Perigo na área do Braga, com Tomic a cruzar, Boya a deixar passar a bola e Cleo, na cara do guarda-redes do Braga a falhar o remate. No meio da aflição, o Braga não afasta a bola e permite remate de Tomic para defesa de Felipe.

77' Salino recupera a bola e lança Matheus nas costas da defesa sérvia, que, depois, na cara de Stojkovic remata para defesa do guarda-redes sérvio.

79' Matheus, de novo, na área adversária, apercebe-se da saída de Stojkovic e cruza para trás, mas onde devia estar um companheiro de equipa estava o médio Medo.

84' O Partizan está por cima do Braga e uma perda de bola permite a Cleo arriscar o remate de fora da área. Resultado? Uma enorme defesa de Felipe.

90' [2-0] O golo chegou como só podia chegar, na conclusão de um contra-ataque que envolveu o passe de Alan para a Luis Aguiar e a assistência do uruguaio, que à saída de Stojkovic, tocou para Matheus fazer o golo fácil.


A figura


LIMA 7
Mais uma bomba do estranho goleador dos grandes jogos


Depois do hat trick em Sevilha, uma bomba ao FC Porto e ontem outra ao Partizan. Esta de livre directo e misturada com a precisão dos melhores geómetras. O goleador dos grandes jogos abriu caminho à vitória e permitiu ao Braga jogar da forma que sempre quis. Lima já tinha sofrido a falta, numa das muitas vezes em que rodou e partiu para cima dos defesas; foi travado na maioria delas, mas nunca lhe faltou coragem. Joga bem de costas para a baliza e ontem só lhe faltou mais apoio dos alas.



Lima contra a apatia

Felipe 6

Uma palmada impressionante após remate de Cléo (84') segurou a vitória. Foi herói depois de imenso tempo sem nada de exigente para fazer. E a seguir voltou a sair bem da baliza, quando os sérvios carregavam.

Sílvio 7

Talvez nunca tenha subido tão pouco como ontem. Mas quem se importa com isso quando se lembra dos dois cortes da segunda parte que valeram como golos? Tomic e Cléo estavam isolados... E, no segundo caso, o lateral chegou à bola em esforço.

Moisés 6

Sem Rodriguez, não chega marcar. Por isso, o destaque deve ser dado às capacidades que também mostrou como líbero. Não que tenha estado mal noutras funções, mas essas já há muito se sabe que desempenha com eficiência.

Paulão 6


Processos fáceis em 90' de concentração absoluta. Apesar de se queixar da coxa esquerda com recorrência, aguentou o sacrifício sem comprometer. As duas cabeçadas que podiam ter dado golo seriam um excelente prémio para a sua segurança.

Elderson 6

Sem arriscar, conseguiu uma exibição muito interessante. Não deu tréguas a Tomic, bateu-se bem com Boya e conseguiu apoiar o ataque. Só faltou definir melhor o último passe.

Vandinho 6

Foi assobiado quando abdicou de rematar para manter a posse de bola. Este é apenas um exemplo de como o capitão é sensível ao bem colectivo. Foi nessa toada que jogou, sempre bem no passe curto e solidário a apoiar colegas em apuros.

Madrid 6

Nem sempre bem na entrega, é verdade, mas extremamente importante a fechar caminhos. A inteligência é uma qualidade que não desaparece, e foi por isso que esteve quase sempre no sítio certo para interceptar bolas e desarmar.

Alan 5

Esforçou-se para compensar algum vazio a meio-campo, mas o jogo não lhe correu de feição naquilo que melhor costuma fazer: desequilibrar. Ainda assim, foi ele que isolou Luis Aguiar no lance que matou o jogo.

Matheus 6

Foi o primeiro e o último agitador da equipa. Pelo meio teve períodos de eclipse, mas por questões tácticas, uma vez que teve de fechar a esquerda e não atacar o meio. O renascimento após um primeiro quarto de hora endiabrado deu-se aos 78', quando falhou na cara de Stojkovic. A explosão aconteceu com o regresso ao meio: primeiro uma excelente jogada individual, depois a não desperdiçar o fácil 2-0.

Paulo César 5

Voltou ao centro após meses na esquerda e não se deu muito bem. Foi o mais fraco do ataque, ainda que tenha estado bem no posicionamento defensivo.

Leandro Salino 4

A velocidade que acrescentou foi importante para espoletar o contra-ataque que matou o jogo. A garra ajudou a segurar a vitória.

Luis Aguiar 5

Ofereceu nervo a um meio-campo cada vez mais encolhido. Inteligente a jogar no fora-de-jogo, foi assim que se conseguiu isolar e oferecer de bandeja o golo a Matheus.

Mossoró -

Entrou para segurar a bola, mas logo a seguir o Braga matou o jogo. Não teve tempo.


Domingos Paciência

"Estão abertas duas portas"

Domingos Paciência elogiou a sua equipa que, desta vez, conseguiu ter um elevado índice de eficácia. "A partir do momento em que fizemos o golo, ficámos ainda mais confiantes. Foi um jogo com muito equilíbrio, dentro do que tinha sido com o Shakhtar, mas houve um pormenor que fez a diferença neste jogo: vencemos pela nossa eficácia", defendeu o treinador do Braga. Domingos Paciência reconheceu que o resultado foi melhor do que a exibição: "Não fizemos um grande jogo, mas nesta competição é difícil ser superior aos adversários. Era muito importante por ficar para a história do clube com a primeira vitória na Liga dos Campeões e manter, sobretudo, as duas portas abertas".

O técnico acredita na passagem do Braga aos oitavos-de-final. "Por que não ganharmos fora? Temos jogadores com características que nos permitem sonhar, como mostraram num passado recente", disse, referindo-se ao jogo de Sevilha.

O treinador explicou ainda que arriscou um pouco ao jogar em 4x4x2 com dois médios recuados e dois extremos: "Era um jogo importante, com um adversário directo. Há que arriscar um pouco mais e, contra uma equipa que joga muito apoiado, podíamos surpreender no momento da transição. Jogámos com dois jogadores perfeitamente identificados, Madrid e Vandinho, com quatro homens na frente com mais velocidade; foi esse o grande objectivo deste jogo".



Lima
"Estava louco para marcar"

Só ter talento não basta para marcar golos impossíveis. Lima assinou mais um na Champions, o primeiro da partida, e voltou a garantir que nada se faz sem trabalho, muito trabalho. "O mérito vai para os treinos. Dedicamo-nos muito para aproveitar estas oportunidades", contou. O avançado falava da bomba que abateu o guarda-redes Stojkovic e, naturalmente, irradiava felicidade. "Estou muito feliz. Estava louco para marcar. Soube há pouco tempo que a minha mulher, a Valéria, está grávida e dedico o golo ao meu filho", confessou, manifestando-se esperançado num futuro próximo ainda mais risonho na prova. "Pensamos em muita coisa nesta competição. Vai ser muito importante fora, contra o Partizan", observou. Tudo correu bem, e até o sistema táctico em que apostou Domingos Paciência não causou estranheza. "Os jogadores só têm de ser inteligentes e adaptar-se bem", referiu. Por falar em público, ainda não foi desta que o Estádio AXA encheu, e apenas resta uma oportunidade. "A cidade tem de se mobilizar contra o Arsenal", desafiou.


Sílvio
"Estivemos bem do princípio ao fim"

O arranque aos soluços do Braga não passou de uma mera impressão para Sílvio. Satisfeito pelo êxito, o lateral deu mesmo conta de um jogo bastante pendular por parte dos arsenalistas. "Já sabíamos que o Partizan é uma grande equipa, mas apresentámo-nos bastante fortes e merecemos ganhar. Acho até que começámos muito bem. Foi assim do princípio ao fim", assegurou. Alcançado o terceiro lugar no grupo, Sílvio não se dá por satisfeito. "Já que ganhámos, vamos continuar a lutar", testemunhou, empenhado em "trabalhar e merecer a titularidade".


Alan
"Vamos a Belgrado lutar pela vitória"

Tão preciso nos cálculos matemáticos como a armar lances de ataque, Alan saboreou com pragmatismo a vitória sobre o Partizan, dando-lhe a relevância devida. "Entrámos bem e fizemos o nosso golo. Foi uma vitória importante, porque deixa tudo em aberto na luta pelo segundo lugar. A equipa jogou sempre com o propósito de vencer", asseverou o avançado, manifestando-se motivado para a viagem futura à Sérvia. "Vamos a Belgrado lutar pela vitória para garantir desde logo a Liga Europa e ainda manter o sonho do segundo lugar", precisou. 



Fernando Couto

"Lutar pelo segundo"

Habituado a andanças prolongadas na Liga dos Campeões, Fernando Couto acredita que o Braga não se ficará por aqui em matéria de êxitos. "Foi uma vitória importante para a nossa continuidade na prova. Depois de termos feito dois jogos menos conseguidos em termos de resultados, conseguimos fazer um bom jogo, que abre caminho para o futuro. Há a possibilidade de chegarmos ao segundo lugar, e é isso que desejamos", avaliou o "manager" do Braga, agora sim sem qualquer dúvida de que a equipa sérvia poderá sofrer nova derrota em Belgrado. "O Partizan é uma equipa ao nosso alcance e por isso vamos lutar pelo segundo lugar. No pior dos casos, vamo-nos bater pelo terceiro, que dá acesso à Liga Europa", garantiu.


Adeptos sérvios preocupavam, mas portaram-se bem

As quase duas centenas de adeptos do Partizan que se deslocaram a Braga estiveram longe de se revelar... feios, porcos e maus, em termos de comportamento, durante a sua curta estadia na cidade. Depois dos graves incidentes protagonizados pelos "tifosi" sérvios em Génova, no recente Itália-Sérvia, havia preocupações acrescidas em torno do jogo de ontem, mas os apoiantes da equipa de Belgrado não causaram problemas. Divididos entre os que viajaram num autocarro (quatro dias de viagem) a partir da capital sérvia e outros (emigrantes) oriundos de diversas cidades europeias, estavam sob vigilância não só da polícia sérvia, que fez deslocar a Braga pelo menos dois elementos, como ainda da portuguesa. Aliás, como é habitual nestas circunstâncias houve cooperação entre ambas as entidades e, do lado português, estiveram no activo agentes da PSP que se integraram na força portuguesa na altura do conflito da ex-Jugoslávia. Numa tarde soalheira, os adeptos sérvios vaguearam alegremente pelo centro da cidade antes do jogo, sendo depois escoltados, em dois autocarros ("veículo com equipamento de correcção ambiental", podia ler-se num dos veículos), pelas forças policiais até ao Estádio AXA.



Inédito: oito estrangeiros num onze

Pela primeira vez na história da Liga dos Campeões, uma equipa começou um jogo com oito estrangeiros nascidos no mesmo país. O Braga foi o protagonista dessa proeza, entrando para o encontro com o Partizan com oito brasileiros na equipa inicial (Felipe, Moisés, Paulão, Vandinho, Alan, Paulo César, Matheus e Lima). Só Sílvio (português), Elderson (nigeriano) e Madrid (argentino) tinham outra nacionalidade. Aliás, no banco de suplentes encontravam-se mais quatro jogadores nascidos no País do Samba, e dois deles (Leandro Salino e Mossoró) acabaram mesmo por ser lançados por Domingos Paciência, que não se livrou de ouvir alguns assobios no momento em que decidiu substituir Lima (autor do 1-0)



O JOGO

JotaCC

A ANÁLISE DE JVP

Braga-Partizan, 2-0

1
Mais prático do que bonito


O Braga precisava de uma vitória, fosse ela justa ou injusta, porque a equipa necessita de recuperar a confiança que já teve. Não foi um jogo muito bonito, mas o triunfo é justo. O Braga jogou com realismo, pode afirmar-se que foi cauteloso, e isso percebeu-se no onze inicial, porque mesmo tendo quatro avançados em campo, a presença nada comum de uma dupla de pivôs defensivos denunciava por si só as cautelas existentes. Importante para a equipa foi mesmo cumprir o objectivo: ficar bem encaminhado no sentido de poder saltar para a Liga Europa, sem perder de vista que tem hipóteses de chegar ao segundo lugar e passar à fase seguinte da Champions, embora esta parte se anteveja mais complicada de conseguir.

2
Dupla Madrid-Vandinho mais previsível para acabar do que para começar o jogo


O jogo começou como se esperava, com o Braga a ter mais iniciativa, mais posse de bola, mas apresentando dificuldades de penetração no último terço do campo. O domínio exercido não se traduzia em lances de perigo ou oportunidades de golo. Porquê? Porque este não era o Braga dinâmico a que nos habituou durante toda a época passada e em alguns jogos desta temporada.

A aposta em Madrid e Vandinho, dois bons jogadores, mas de características semelhantes, retirou dinâmica à equipa e prejudicou a primeira fase de construção. São ambos jogadores de recuperação e entrega, ao contrário de outros, como Salino e Luís Aguiar, mais dados à progressão com a bola, mais dinâmicos, criativos e desequilibradores. Notava-se que o Braga tinha vontade de ganhar, uma ideia sobre a forma como o fazer, mas sem soluções práticas para marcar, apesar dos quatro avançados e embora tenha jogado de forma diferente do habitual, com Matheus encostado à linha e Paulo César pelo meio, pisando demasiadas vezes os mesmos terrenos que Alan. A dinâmica ficava aquém do que seria desejável. Tenho para mim que uma dupla com as características da Madrid-Vandinho seria bem mais previsível para acabar o jogo em vantagem do que para começar.

3
Lima fez um grande golo na única oportunidade da primeira parte


Valeu ao Braga, para desbloquear a situação, o recurso à bala parada, especialidade cada vez mais importante em jogos desta importância. Lima fez um grande golo, mas também é verdade que aconteceu na única oportunidade da primeira parte. Para esse período, o Partizan tinha uma estratégia diferente: apostou na contenção e na organização defensiva, pondo bastante agressividade na luta pela bola, mas sendo impotente para criar lances de perigo e limitando-se a reagir ao golo sofrido.

Se era verdade que, pelos problemas já apontados, o jogo do Braga tinha dificuldade em fluir, esbarrando constantemente na muralha sérvia, não é menos certo que o Partizan também fez pouco pelos pontos nesse período.

4
Tudo muda com Salino e Luis Aguiar


A segunda parte foi mais bem jogada. O Braga entrou melhor, procurou o segundo golo sem se expor demasiado, soube espreitar o erro do adversário e teve dois lances, ambos de cabeça, por Moisés e Paulão, em que o marcador podia ter funcionado. Só que, por volta aos 60', bastou um lance para que, a seguir, o Partizan ganhasse supremacia. Elderson cometeu o erro de, mesmo sem adversário por perto, fechar demasiado e permitiu uma penetração perigosa do extremo, o que assustou a equipa. É um defeito deste jogador, que já no jogo da Luz fechou demasiado por dentro, deixando Carlos Martins sozinho nas costas, em lance que deu golo.

De repente, o Partizan tornou-se mais atrevido e foi melhor entre os 60 e os 75'. O jogo tornou-se perigoso para o Braga, que voltou a pegar no jogo após as entradas de Salino e Luís Aguiar, pois com eles em campo aumentam a dinâmica, a criatividade e os passes de risco. Aliás, Matheus podia ter acabado com o jogo mais cedo após passe de Salino, mas Stojkovic defendeu bem.

5
Grande trabalho de Alan no 2-0


Numa partida em que não houve lugar a grandes destaque individuais, é de realçar o trabalho de Alan no lance do segundo golo. A recuperação de bola e o passe a rasgar que deixou Luís Aguiar sozinho foram a parte mais meritória do lance. O resto - receber a bola, tocar para o lado e fazer o golo - foi a parte simples. O segredo do golo, mais do que merecido naquela altura, esteve no trabalho de Alan e na forma como este desequilibrou a defesa do Partizan.


O papel do Braga contra a depressão nacional

Pragmático quanto baste, o Braga inscreveu mais uma proeza na sua história: obteve a primeira vitória na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Num País por estes dias depressivo até mais não, o sucesso do Braga tem o condão de funcionar como válvula de escape para as agruras da vida de um segmento da população - a indefectível do emblema minhoto mas também a capaz de perceber não ser o futebol um sector demoníaco da vida em sociedade.

Ao vergar o Partizan de Belgrado através dos golos de Lima e Matheus, o triunfo do Braga é ainda assim muito mais do que reparador momentâneo de um estado de espírito - e não custará nada admitir que após uma entrada-tremeliques a valer-lhe duas goleadas sofridas, com o Arsenal e o Shakhtar Donetsk, estava a instalar-se na estrutura do vice-campeão nacional um ambiente carrancudo em busca de razões exteriores (e virtuais) para justificar as derrapagens...

A vitória de ontem, de facto, além de alavancar as hipóteses de ultrapassagem da fase de grupos - o que juntaria um superlativo à já proeza - significa algo de essencial e escasso nos tempos que correm: somar mais 800 mil euros a um pecúlio já bem interessante (contabilizam-se agora dez milhões de euros). Mais: reforça as hipóteses de Portugal consolidar-se no ranking da UEFA numa posição que lhe permitirá voltar a ter o acesso directo em 2012/2013 de uma segunda equipa na liga milionária, sinónimo de prestígio e facturação de mais milhões.

Quando o País ciranda em volta da redução drástica do dinheiro circulante nos bolsos de cada um, a primeira vitória do Braga na Liga dos Campeões tem, pois, o condão de contrariar essa norma. E embora por momentos curtos estanca algumas depressões...


O JOGO

JotaCC

Crónica de jogo
Lima apareceu e o Braga ganhou

Golaço do brasileiro disfarçou exibição pobre e abriu o caminho para a primeira vitória dos bracarenses na fase de grupos da Champions

Lima é um daqueles jogadores talhados para aparecer nos grandes momentos. Foi o herói da equipa em Sevilha ao marcar três golos quando a equipa precisava de entrar na fase de grupos. Foi a estrela na recepção ao Partizan (vitória por 2-0) e retirou a equipa de problemas com um grande golo. Um livre a cerca de 30 metros, de pé direito, que não deu possibilidades de defesa a Stojkovic.

Aos 27 anos, o brasileiro rendeu já muito mais que os 200 mil euros que os bracarenses pagaram por ele. Só ontem amealhou 800 mil, o que já permitiu ao presidente António Salvador arrecadar nesta prova, sem receitas de bilheteira, dez milhões de euros. Mais. Com este resultado, fechado com um segundo golo de Matheus, deixou a equipa com as portas da Liga Europa abertas e ainda a esperança de continuar na Champions.

O avançado, que na época passada estava no Belenenses e apenas se distinguiu pelos golos que marcou ao FC Porto, conseguiu também salvar Domingos, que apostou num novo figurino do Braga e apresentou uma equipa tolhida. Apostou num 4x4x2 claro, com dois médios-defensivos (Andrés Madrid e Vandinho) e Paulo César no meio e a funcionar como o homem que deveria pegar e dar criatividade ao jogo.

O plano de voo começou a tremer quando o pressuposto de que os laterais compensariam em termos ofensivos não funcionou. Nem Elderson, nem Sílvio conseguiram subir pelos seus corredores. Piorou com a incapacidade de Paulo César de dar dinâmica à equipa. Enfim, uma partida em que os bracarenses tiveram muito pouco a ver com aquela formação que actua habitualmente em 4x2x3x1. Ganharam. Mas o espectáculo foi penoso e a equipa nunca conseguiu ser superior a um Partizan que para os padrões da Liga dos Campeões é claramente um adversário menor. No Municipal de Braga, contudo, teve momentos em que foi, apesar de todas as limitações, superior em vários momentos à equipa portuguesa. O desequilíbrio surgiu no grande remate de Lima.

Os sérvios adiantaram-se no terreno na segunda metade. Primeiro com a entrada de Medo, para o lugar do português Moreira, e pouco depois com a aposta em Boya por troca com Scepinic. A equipa transfigurou-se e passou a pressionar muito mais a defesa da formação da casa. Foram momentos em que Felipe brilhou. Principalmente depois de uma excelente defesa a remate de fora da área (83") de Cléo.

Mas este também é o cenário que o Braga mais gosta. Domingos deu finalmente o fato de gala à sua equipa. Passou a jogar em 4x2x3x1, com as entradas de Salino e Luís Aguiar, permitindo outra capacidade nas transições. A equipa ganhou outra criatividade. Aos 77", Salino ofereceu o golo a Matheus que foi incapaz de bater o guarda-redes ainda ligado contratualmente ao Sporting. O golpe fatal para os sérvios aconteceu a dois minutos do final, numa jogada de contra-ataque: Alan recuperou uma bola, correu muitos metros, entregou a Luís Aguiar e este deu de bandeja o golo a Matheus. Finalmente, respirou de alívio Domingos Paciência.

   

Reacções
   
Domingos Paciência

Treinador do Braga


"Senti que a equipa entrou bem e que conseguiu controlar o jogo. Houve momentos de alguma dificuldade na primeira fase de construção, mas com o primeiro golo ficámos mais confiantes. Foi um jogo dentro daquilo que tinha acontecido com o Shakhtar, mas desta vez fomos mais eficazes. Era um jogo importante com um adversário directo. Era preciso arriscar mais. O sistema não mudou assim tanto. Há nove pontos em disputa. Temos três jogos pela frente. O Arsenal é a equipa mais forte do grupo, e mais uma vez provou isso. O segundo lugar ainda é alcançável e o terceiro é perfeitamente possível".

Stojkovic

Jogador do Partizan


"Não estamos contentes. Merecíamos muito mais. Tivemos mais oportunidades, devíamos ter marcado um golo. Dou os parabéns ao adversário, mas em Belgrado o jogo vai ser muito diferente".


PUBLICO

JotaCC

215 minutos depois, Sp. Braga despertou na Champions



Golo de Lima fez história e Matheus, no minuto final, carimbou a primeira vitória na Champions. Bracarenses estão agora a três pontos do segundo, o Shakthar Donetsk.

O Sporting de Braga alcançou ontem a primeira vitória na sua ainda curta história na Liga dos Campeões. Frente ao Partizan era obrigatório vencer, sobretudo para puderem sonhar ainda com o apuramento para a próxima fase, mas também com a Liga Europa, competição essa para onde cairá o terceiro classificado. Um golo de Lima, aos 35 minutos (215 minutos depois da estreia na Champions), deu novas esperanças na terra dos arcebispos e Matheus, aos 90', tranquilizou por completo os adeptos bracarenses.

Domingos Paciência sabia que tinha de ganhar, por isso mudou o habitual esquema, optando por dois médios mais defensivos (Vandinho e Madrid), mas com quatro jogadores totalmente ofensivos. Esta mudança fez-se sentir, sobretudo na primeira parte, pois a equipa sentia falta de um médio capaz de construir de trás para a frente, cargo esse habitualmente entregue a Luís Aguiar, Mossoró ou Hugo Viana (todos no banco).

A primeira parte acabou, por isso, por ser um conjunto de 45 minutos sonolentos, até porque o Partizan foi a Braga com uma estratégia defensiva, em busca de um ponto (ou com muita sorte três). Os arsenalistas erravam passes atrás de passes, não criavam oportunidades e o golo de Lima, de livre directo (com colaboração do ex-Sporting Stoijkovic), caiu do céu.

Mesmo sem qualquer das equipas mostrar futebol digno de Liga dos Campeões, a verdade é que o segundo tempo na Pedreira de Braga foi um pouco melhor do que os tais sonolentos 45 minutos iniciais. E foi-o porque o Partizan precisava de ir atrás do prejuízo e também porque o Sp.Braga sabia que não poderia passar 45 minutos a defender o resultado.

Por tudo isto abriram-se brechas de um lado e do outro e as oportunidades de golo surgiram. Mas só Matheus conseguiu encontrar novamente o caminho do golo, aos 90', isto já depois das muitas oportunidades falhadas por Alan, pelos bracarenses, e Cleo, Savic e Ilic do lado dos sérvios.

Com os três primeiros pontos, o Sp. Braga encaixou também mais 800 mil euros, totalizando agora 10 milhões de euros por esta participação na Champions.


figura do jogo
Lima

› Idade 27 anos

› Posição Avançado

› O brasileiro não foi o melhor em campo (esse título deve ser entregue ao seu compatriota Felipe), mas foi determinante o seu golo aos 35 minutos, de livre directo, garantindo os três primeiros pontos dos bracarenses na Liga dos Campeões. Entra para a história.

DN

JotaCC

Champions: Triunfo deixa tudo em aberto para o Sp. Braga no grupo H
Lima abre porta europeia à bomba

Lima foi determinante na vitória do Sp. Braga sobre o Partizan, ao apontar o primeiro golo da partida, na marcação de um livre directo (35'). Vertiginoso e delirante, por ter sido disparado a uns 30 metros da baliza, o petardo de Lima destacou-se num jogo globalmente fraco e devolveu à equipa de Domingos Paciência a esperança no apuramento.


O futebol é um deporto colectivo, mas o livre de um homem individualista como Lima explica em boa parte o êxito que o Sp. Braga teve frente ao Partizan, na terceira jornada do Grupo H da Champions. Por outras palavras, metade do jogo não assumiu contornos de Liga dos Campeões. Passes errados a mais, ideias a menos e duas equipas muito próximas nos 'repelões' a meio-campo. A outra metade do jogo teve mais interesse e trouxe outro golo, mas não foi o suficiente para roubar protagonismo a Lima, o avançado que já tinha brilhado com um hat-trick na qualificação épica contra o Sevilha.

Diga-se que o livre directo que permitiu a Lima resolver o jogo teve um culpado português: Moreira, médio luso que representou o Boavista, derrubou Madrid. Depois do intervalo, as atenções concentraram-se na entrada de Luís Aguiar, que trouxe mais dinâmica ao sector intermediário dos minhotos, e na explosão de movimentos de Matheus. Matheus, com a ajuda de Alan e Luís Aguiar, fez o golo da tranquilidade do Sp. Braga. No fim.

"FOMOS MAIS EFICAZES"


"Foi uma vitória bastante importante para nós, por ter sido contra um adversário directo. O pormenor decisivo é que nós fomos mais eficazes do que o Partizan." Foi assim que o treinador Domingos Paciência analisou o jogo de ontem.

"Senti que a equipa esteve bem e que conseguimos controlar o jogo apesar das dificuldades sentidas na primeira fase de construção de jogo", prosseguiu. Quanto ao possível apuramento, Domingos Paciência disse que o 2º lugar é alcançável e que o 3º é possível porque existem nove pontos em disputa.

FICHA DE JOGO

Liga dos campeões 3.ª jornada

Estádio Municipal Braga – Assistência: 15 000

SP. BRAGA: Felipe, Sílvio, Paulão, Moisés, Elderson, Vandinho, Madrid (Luís Aguiar 73'), Alan, Paulo César (Salino 69'), Lima (Mossoró 87'), Matheus.

Treinador: Domingos Paciência

PARTIZAN: Stojkovic, Miljovic, Savic, Krstajic, Lazevski, Moreira (Medo Kamara 46'), Smiljanic, Sasa Ilic, Tomic, Scepovic (Boya 54'), Cléo.

Treinador: A. Stanojevic

Golos: 1-0 Lima (35'), 2-0 Matheus (89')

Árbitro: Laurent Duhamel (França) 7

Disciplina: amarelos: Moreira (30'),Madrid (53'), Luís Aguiar (86')

Classificação do jogo 5

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Sp. Braga já começou a preparar 8.ª jornada

O plantel do Sp. Braga começou na manhã desta quarta-feira a preparar o jogo com o Olhanense, marcado para sábado à noite e referente à 8.ª jornada da Liga.

Na sessão de trabalho, realizada à porta fechada nos relvados anexos do Estádio AXA, reinou a boa disposição depois da primeira vitória na Liga dos Campeões, a qual mantém vivo o sonho de qualificação para a fase seguinte da prova.

Os próximos dias serão decisivos para Léo Fortunato e Rodriguez. Os defesas estão limitados por problemas físicos, pelo que o treinador Domingos Paciência não sabe ainda se pode contar com os jogadores para o compromisso com os algarvios.

A BOLA

Bruno3429

Sp. Braga coloca bilhetes à venda para jogo com Olhanense
Por Redacção

O Sp. Braga colocou esta quarta-feira à venda os bilhetes para o jogo com o Olhanense, sábado às 21.15 horas.

Os ingressos encontram-se disponíveis na loja do clube no Braga Parque, no centro de atendimento ao sócio nas Galerias do Bingo e na secretaria do Estádio 1.º de Maio.

Os preços para os sócios do clube minhoto oscilam entre um e cinco euros, para o público em geral entre oito e 20 euros.

Os interessados poderão também adquirir um lugar anual, com preços partir de 15 euros, para assistirem aos restantes jogos do campeonato no Estádio AXA.

A Bola

JotaCC

Benquerença regressa em Alvalade
Leiriense no SPORTING-RIO AVE


Um mês e meio depois do polémico V. Guimarães-Benfica, Olegário Benquerença voltou a ser nomeado para um jogo. O árbitro de Leiria irá apitar o Sporting-Rio Ave, no domingo, em Alvalade.

No Portimonense-Benfica estará Hugo Miguel e no FC Porto-U. Leiria.

O albicastrense Carlos Xistra ficou de fora das nomeações, depois da polémica arbitragem no encontro entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, que levantou muitas críticas dos dragões e até um "mea culpa" do técnico "azul e branco".

Lista de nomeações para a 8.ª jornada:

Académica-Nacional: Paulo Baptista
Paços de Ferreira-Beira-Mar: Hélder Malheiro
V.Setúbal-Vitória de Guimarães: Pedro Proença
Sp. Braga-Olhanense: Artur Soares Dias
Marítimo-Naval: Rui Costa
Sporting-Rio Ave: Olegário Benquerença
Portimonense-Benfica: Hugo Miguel
FC Porto-Leiria: Vasco Santos

RECORD