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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 12/09

Started by JotaCC, 12 de September de 2010, 08:51

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JotaCC

Sp. Braga serviu vitória ao Dragão


Ficou perto do objectivo o Sp. Braga na deslocação ao Estádio do Dragão, em jogo da quarta jornada da Liga Portuguesa.
A derrota por 3-2 parece pesada para o que os arsenalistas fizeram frente ao FC Porto, mas o erros pagam-se caros e, ontem, isso ficou provado.
Por duas vezes em vantagem no marcador, o Sp. Braga não foi capaz de segurar o resultado e acabou por entregar a vitória ao Porto, como o próprio treinador, Domingos Paciência, admitiu.
O jogo prometia muitas emoções e cedo se percebeu que era o que ia acontecer. Apesar de nos primeiros minutos as equipas parecerem algo ansiosas, com muitos passes falhados de ambos os lados, as emoções começaram a aparecer com o primeiro remate do jogo a pertencer ao FC Porto, logo aos sete minutos.
Os dragões tentavam mandar no jogo, mas o Sp. Braga cedo demonstrou também qual era o seu objectivo para a partida e não permitiu que os comandados de Villas Boas se deslocassem com perigo perto do seu reduto mais defensivo.
E, após uma falta de Varela que travou um contra-ataque dos arsenalistas que podia ser perigoso, o Sp. Braga colocou-se em vantagem no marcador. Luís Aguiar, na marcação do livre directo resultante dessa falta, rematou com força e grande colocação e enviou o esférico para fundo das redes de Hélton, que nada podia fazer para evitar o golo.
O Sp. Braga estava, assim, por cima no jogo, mas o golo pareceu animar o FC Porto que se avançou para uma pressão alta e ataque constante. Fruto dessa maior pressão, aos 33 minutos o empate chegou por intermédio de Varela, que cabeceou com eficácia na área, após bela jogada de Hulk na direita do ataque.
O intervalo chegou pouco depois, com as duas equipas a pro-meterem muito para a etapa complementar.
Segunda parte com o FC Porto a entrar muito bem, tendo em Hulk a maior referência a nível ofensivo. O brasileiro, praticamente sozinho, carregou os dragões no ataque e conseguiu assustar o reduto mais defensivo dos Guerreiros do Minho.
No entanto, foi mesmo o Sp. Braga a conseguir fazer mexer novamente o marcador, no minuto 61, por intermédio do avançado brasileiro Lima que, com um portentoso remate a cerca de 30 metros da baliza do FC Porto, fez a bola sobrevoar Hélton e fazer dançar as redes colocando novamente os arsenalistas em vantagem.
Ainda festejavam nas bancadas os adeptos do Sp. Brag a e já o FC Porto empatava novamente a partida, desta vez com Hulk a aproveitar uma escorregadela de Elderson para facturar.
Grande jogo de futebol no Estádio do Dragão, com as duas equipas a demonstrarem toda a sua qualidade e a colocarem em campo tudo o que sabem.
Minutos depois, aos 70, o FC Porto dava a volta ao resultado e, pela primeira vez na partida, colocava-se na frente do marcador.
Com Falcão novamente na jogada (já tinha feito o passe para o golo de Hulk), Varela fez o terceiro dos dragões, aproveitando algum desacerto do lado direito da defesa arsenalista que, na altura, já era ocupado por Miguel Garcia, que rendeu Elderson após o segundo golo portista.
O Sp. Braga ainda tentou responder à desvantagem, mas nunca se mostrou capaz de contrariar um FC Porto moralizado por ter dado a volta a um resultado negativo.

André Villas Boas:
«Foi um jogo de grande intensidade emocional para as duas equipas. Duas boas organizações e duas equipas extremamente competitivas que são, para já, as duas melhores equipas do campeonato, talvez só a par do Guimarães. O mais importante era ter o controlo emocional. Quando se sofre um golo e se perde o controlo é que é grave. Se se perde o controlo entra-se num jogo de transições que não é o nosso. Fazemos um jogo de organização. Acho que é muito cedo para se fazer contas. É normal, mas é muito cedo. Qualquer ponto que os outros ganhem ao F.C. Porto será sempre uma grande bomba de oxigénio. Temos deslocações difíceis, o calendário começar a apertar. Só com uma grande capacidade de organização seremos capazes de ganhar».

Domingos Paciência:
«Toda a gente viu que entregámos a vitória ao F.C. Porto. Dois lances nossos, um em que o Miguel escorrega e outro num ressalto. Acho que o F.C. Porto acaba por ser feliz. O Braga foi uma equipa muito coesa, conhecedora como joga o F.C. Porto. Conseguimos o objectivo que era fazer golos, mas chegamos ao final com a sensação de que perdemos por culpa própria. Acima de tudo ficou provado que o Braga é uma equipa que sabe aquilo que faz. Na primeira parte vimos um Braga inteligente e quando assim é o Braga é uma equipa forte. Não estava à espera deste resultado, não estava a espera de perder. Na quarta -feira é outro jogo [frente ao Arsenal], temos de estar mais concentrados para conseguirmos segurar resultados».



CORREIO DO MINHO

JotaCC

O incrível Hulk passou a genial e o FC Porto derrotou o Sp. Braga

A equipa de André Villas-Boas impôs-se ao vice-campeão e ainda ganhou pontos ao Sporting e Benfica nesta jornada

Grandes golos. Um jogo intenso. Com um estádio do Dragão cheio. Um espectáculo raro. Foi assim o primeiro confronto da temporada entre candidatos ao título. Os três pontos acabaram por sorrir ao FC Porto (3-2) frente a um Sp. Braga que parece estar melhor que na última época e disputou o resultado até ao derradeiro segundo. Mas perdeu e deixou o FC Porto cada vez mais só no topo da tabela. Muito por culpa do genial Hulk.

Este Sp. Braga, definitivamente, não é uma formação qualquer e teve o merecido respeito do FC Porto. Tirou mesmo partido de um disparate de André Villas-Boas que anulou Hulk, no início, quando o colocou sobre a esquerda, frente ao jovem internacional Sílvio, com Varela, que marcou dois golos, na direita, incapaz de causar mossa no lateral Elderson. A isto juntou-se um Sp. Braga tacticamente perfeito. Sem dar espaços no meio-campo portista. Com Moutinho tolhido por Leandro Salino (que esteve sempre muito bem no jogo) e a dupla Fernando-Belluschi incapazes de colocarem em campo a agressividade necessária. Permitindo à formação de Domingos uma tranquilidade surpreendente, tanto a defender, como a sair para o ataque.

O prémio surgiu (aos 15") com um golo notável de Luis Aguiar, de livre, com a bola a passar sobre a barreira sem defesa para Helton.

A perder, Villas-Boas passou finalmente Hulk para a direita e Varela para a esquerda. O ataque portista transfigurou-se. Com o brasileiro a surgir como grande figura e a ter ainda o condão de impedir as subidas de Paulo César, que se viu obrigado a funcionar quase como segundo lateral esquerdo, nas dobras a Elderson. O brasileiro deu o primeiro sinal de que poderia marcar a diferença quando (19") marcou um livre que levou a bola à barra. E, aos 33", passou por toda a gente e arrancou o cruzamento tenso para Varela fazer o empate de cabeça.

Mesmo com o empate, os forasteiros continuaram a ter um futebol mais colectivo, sem medo, enquanto os homens da casa viviam de desequilíbrios individuais, sobretudo por intermédio de Hulk. Só na segunda parte é que o FC Porto encostou de alguma forma o Sp. Braga. Aos 60", porém, Lima apanhou uma bola no meio-campo adversário, deu dois ou três passos e arrancou um remate notável de pé direito para um golo espectacular. Mas há sempre o FC Hulk e, aos 63", Falcao tocou em habilidade, Elderson escorregou e o brasileiro fuzilou Felipe.

O golo da vitória apareceu, aos 70", num lance em que Falcao ganhou a Moisés, caiu na área e a bola sobrou para Varela que encheu o pé. E garantiu os três pontos.



André Villas-Boas

Treinador do FC Porto


"Foi um jogo de uma grande intensidade emocional e colectiva. Estas são as duas melhores equipas do campeonato. O mais importante era ter o controlo emocional, já que o nosso estilo é um jogo de organização. [Sobre a distância para os rivais] Acho que ainda é muito cedo, É uma situação anormal. É muito cedo e qualquer ponto que os rivais reduzam será sempre uma bomba de oxigénio para eles. Vamos manter a lucidez e continuar a pontuar, que, a partir de agora, vamos começar a ter um calendário mais difícil."

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga


"Fizeram dois golos em dois erros nossos e o FC Porto acaba por ser feliz. O Sp. Braga conseguiu fazer golos, mas perdemos por culpa própria. Não estava à espera de perder este jogo. O Sp. Braga é uma equipa que sabe aquilo que faz. Para o jogo da próxima quarta-feira, temos de ser mais rigorosos em termos defensivos para conseguir segurar resultados."


PUBLICO

JotaCC

Noite de gala no Dragão
Grande jogo no Dragão, onde o F. C. Porto reforçou a liderança com um bis de Varela

Quatro jogos, quatro vitórias, liderança reforçada, a cinco pontos do Braga e do Sporting, a nove do Benfica. O F. C. Porto venceu o Braga (3-2), mas sofreu a bom sofrer num grande jogo. Varela marcou dois golos, Hulk foi sensacional.

André Villas-Boas e Domingos Paciência têm muitos pontos de contacto. Um é um treinador a dar passos seguros, o outro foi um jogador brilhante e que também está a dar cartas como técnico. Ambos não fazem bluff. Defendem o jogo pelo jogo, gostam de assumir o risco e o futebol de ataque e ontem apostaram as fichas todas na vitória. Sem receios. Por isso, o Dragão assistiu a um desafio eléctrico: cinco golos e uma reviravolta sensacional do F. C. Porto. Esteve a perder por duas vezes, mas deu a volta e venceu por 3-2. Um bis de Varela, em mais uma noite de sonho de Hulk: marcou um golo e fez uma assistência.

Os dragões mostraram todos os predicados recentes, mas agora revelaram que são uma equipa com grande arcaboiço psicológico. Não se deixam abater, vão buscar forças ao infinito e são capazes de dobrar montanhas para agarrar a vitória. É um conjunto de aço, a antítese perfeita do conformismo que imolava o a equipa na época passada. Há mérito do treinador, que recuperou o código genético da equipa e o que é jogar à F. C. Porto. E agora sorri: liderança destacada no campeonato, a cinco pontos do Braga e a nove do Benfica. A passadeira está estendida...

Mas não foi fácil, porque o Braga é como um relógio suíço. Joga um futebol personalizado e teve o descaramento de perder o respeito pelo adversário. É essa a imagem de marca das equipas de Domingos Paciência, actuam no campo todo e respiram confiança nos ambientes adversos. Tudo somado, os minhotos foram os que mais problemas causaram aos dragões neste arranque de época e mancharam a folha imaculada da estatística de Helton. O guarda-redes sofreu o primeiro golo na Liga, na sequência de um livre directo do sempre perigoso Luís Aguiar.

O F. C. Porto entrou mal no jogo, mas tem individualidades para resolver os problemas mais complicados. Quando se tem Hulk em grande forma, como é o caso, quando se tem um jogador capaz de deixar os adversários à beira de um ataque de nervos, tudo é possível. E foi o brasileiro a rasgar a teia defensiva dos minhotos: mandou uma bola ao ferro e desenhou a jogada para o golo do empate, um excelente pique na direita, onde centrou para a cabeça de Varela.

Depois, a segunda parte foi de loucos. Um grande golo de Lima a dar a vantagem ao Braga, mas a tenacidade do dragão voltou a ser o fio condutor da noite. Hulk voltou a fazer uma grande jogada e a empatar o desafio. Depois, Varela fixou o 3-2 final. Quem pára este F. C. Porto?


JN

JotaCC

Cimeira do Dragão juntou os reais candidatos ao título

O duelo com muitos golos provou o excelente momento de forma de FC Porto e Sp. Braga. Bom sinal para a semana europeia

Com 26 jornadas por disputar, o FC Porto já tem nove pontos de avanço sobre o actual campeão e confirmou que é o favorito a arrebatar o troféu ao Benfica. Na segunda linha de candidatos está o Sp. Braga, derrotado ontem à noite, mas só depois de estar duas vezes em vantagem e ter provado que tem condições para honrar o futebol português na Liga dos Campeões.

Os comandados de Domingos tiveram o mérito de "bisar" na baliza azul e branca e assim entrar na história do campeonato como a primeira equipa a marcar golos a Helton, ontem mais intranquilo que o habitual. A qualidade técnica dos bracarenses (belíssimos golos de Luís Aguiar e de Lima!) provocou naturalmente uma quebra de rendimento do capitão portista, cujo nervosismo não se estendeu à restante defesa.

Tanto Rolando como Maicón estiveram soberbos, forçando o opositor a usar as armas de que dispôs no meio-campo. E nunca foram escassas, sublinhe-se. A meia hora inicial, que coincidiu com a superioridade minhota, teve basicamente a ver com o nível do trabalho efectuado pela dupla Vandinho/Salino mas também pela capacidade de entreajuda de Alan e Paulo César. Ou seja, durante muito tempo, o FC Porto esteve em situação de clara inferioridade numérica, o que forçou Hulk e Varela a um esforço extra, apenas premiado na segunda parte depois de Rúben Micael ter rendido o fatigado Moutinho.

Quatro minutos depois da primeira alteração efectuada por Villas-Boas, os dragões empataram (2-2) e na sequência do erro mais clamoroso cometido pelo lateral Elderson. O nigeriano escorregou, Hulk aproveitou e... dois minutos depois Domingos fez o inevitável e trocou Elderson por Miguel García. Como é evidente, o técnico visitante não estava era a contar com a repetição do "filme", cabendo a García protagonizar um desarme infeliz na área, coincidente com o segundo (e decisivo) golo de Varela. No fundo, os problemas... laterais de Domingos revelaram-se problemas centrais e quando foi necessário recorrer ao banco, aí perdeu de forma nítida a batalha com Villas- -Boas.


Romaria minhota não deu para fazer a festa

2500 adeptos viajaram de Braga sem qualquer incidente mas com acesas trocas de palavras nas imediações do estádio

A maior enchente dos últimos tempos no Dragão, com 47 617 adeptos, beneficiou em boa medida do "arraial minhoto" que o Porto presenciou no início da noite de ontem. De Braga veio um contingente de peso: 2500 adeptos, que lotaram o sector destinado aos apoiantes da equipa visitante. Não era pois de estranhar que minutos antes do início da partida não parasse o corrupio de autocarros de adeptos bracarenses junto a uma das portas do estádio. A tal ponto que as próprias forças da autoridade perderam a conta aos visitantes. "Tínhamos a indicação de que viriam de Braga cerca de 23 autocarros, mas eu já contei bastantes mais entretanto. Não param de chegar...", revelou ao DN um responsável da PSP, que sublinhou o facto de não ter ocorrido qualquer incidente durante a viagem. Houve sim provocações de parte a parte nas imediações do estádio, em grande medida proporcionadas pelo facto de alguns portistas que saíam do metro se cruzarem com os apoiantes bracarenses. Ainda assim, tudo se limitou a trocas acesas de palavras, que não obrigaram a polícia a intervir.

Já dentro do estádio, o clima era de festa... Da bancada dos Super Dragões surgiu uma nuvem de fumo azul, pouco antes da entrada das equipas, o que obrigou a um atraso no apito inicial da partida. Porém, quem fez primeiro a festa do golo foram os bracarenses, graças a um livre de Luís Aguiar. Do lado portista, os cânticos de incentivo não pararam e o estádio entrou em delírio pouco mais de um quarto de hora depois, com um desvio vitorioso de Varela. O arraial minhoto voltou na segunda parte, graças a um extraordinário golo de Lima, mas durou apenas dois minutos: Hulk estremeceu as bancadas ao restabelecer a igualdade e Varela voltou à acção para garantir aos dragões uma vitória que confirmou a liderança e serviu de mote a uma festa que continuou animada.

DN

JotaCC

Um líder, dois campeões

O FC Porto ganhou um grande jogo de futebol ontem à noite. Tão grande, de facto, que lhe permitiu amealhar não só os três pontos que discutiu no Dragão com o Braga, mas também os dois que o Sporting perdeu em Alvalade e os três que o Benfica deixou ficar em Guimarães. De uma cajadada, a equipa de André Villas-Boas acertou em cheio nas três lebres que lhe discutem o primeiro lugar na corrida pelo título, assegurando uma vantagem considerável na frente do pelotão. Para o conseguir, o FC Porto teve de vencer o maior obstáculo que encontrou esta temporada - sim, mesmo maior do que o Benfica - num duelo que lhe testou os limites e que lhe esgotou as forças, mas que também revelou uma equipa suficientemente madura para reagir às contrariedades sem ceder aos ataques de ansiedade que lhe tolhiam os movimentos num passado recente. Pela frente, o FC Porto encontrou um Braga enorme, maior do que qualquer dos ditos grandes, capaz de olhar o líder nos olhos sem piscar e de o obrigar a dar absolutamente tudo para não deixar nada para trás. Aliás, durante muito tempo, foi a equipa de Domingos que esteve por cima de um jogo que também foi decidido no tabuleiro de xadrez onde mandam os treinadores.

André Villas-Boas cumpriu a máxima que aconselha a não mexer em equipa que ganha e apresentou o 4x3x3 do costume, embora de início com Hulk à esquerda e Varela à direita de Falcao. Domingos foi mais criativo. O treinador do Braga inverteu o triângulo do meio-campo, colocando Salino ao lado de Vandinho na dupla de pivôs defensivos, e fazendo Luis Aguiar avançar para o apoio directo a Lima, no ataque, assegurando o encaixe perfeito com o trio do miolo portista. Mais do que isso, o treinador do Braga fez a sua defesa subir, diminuindo a distância para o meio-campo e aumentando exponencialmente a densidade populacional na zona onde o FC Porto gosta de trocar a bola. Uma jogada arriscada, atendendo à velocidade de Hulk e Varela nas alas, mas bem sucedida na forma como durante muito tempo conseguiu asfixiar a criatividade do meio-campo portista. De resto, essa subida das linhas recuadas do Braga permitiam à equipa de Domingos pressionar alto e começar a construção ofensiva já muito perto do meio-campo portista, garantindo muitas vezes a igualdade numérica com os defesas portistas. O lance do primeiro golo - um livre fabuloso de Luis Aguiar - nasceu precisamente de uma recuperação de bola no meio-campo ofensivo que obrigou Fernando a cometer falta em zona frontal.

André Villas-Boas reagiu à desvantagem deslocando Varela para a esquerda e devolvendo Hulk à direita onde o Incrível iria explorar as debilidades defensivas de Elderson até à exaustão... de ambos. Foi Hulk quem desenhou o primeiro golo do FC Porto, ultrapassando o lateral em velocidade, para oferecer a igualdade a Varela, e também foi Hulk quem marcou o segundo dos portistas, mais uma vez às custas de Elderson, desequilibrado pelo passe de calcanhar de Álvaro Pereira. Domingos acabaria por ceder à evidência, trocando o nigeriano por Miguel Garcia que iria para a direita, libertando Sílvio para a marcação a Hulk na esquerda. Antes disso, Lima tinha contrariado o domínio que o FC Porto exerceu durante quase toda a segunda parte com mais um golo monumental, garantido por um remate disparado a cem quilómetros por hora e a uns bons trinta metros da baliza de Helton.

Ao fim de uma hora, o jogo estava empatado e, mais do que isso, dividido e tão imprevisível e incerto como quando começou. O FC Porto dominava, forçava, empurrava, mas o Braga não torcia. Acabaria por quebrar num lance de insistência de Falcao, que deixaria a bola à mercê de Varela para um remate indefensável. Aos 70 minutos, o FC Porto chegava à vantagem pela primeira vez. O Dragão explodiu, mas voltaria a engolir em seco quando percebeu as dificuldades de Hulk numa altura em que Villas-Boas já tinha esgotado as substituições. O Braga percebeu a fragilidade e carregou, o FC Porto reconheceu a debilidade e resistiu. Ambos como campeões.

FC Porto, 3 - Braga, 2

Estádio do Dragão

Relvado Bom

Espectadores 47617

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)

Golos

0-1 Luís Aguiar 18'

1-1 Varela 33'

1-2 Lima 61'

2-2 Hulk 63'

3-2 Varela 70'

FC Porto

Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, João Moutinho (Ruben Micael, 66), Belluschi, Varela (Souza, 82), Hulk e Falcao (Cristian Rodriguez, 77).

Treinador André Villas-Boas

Braga

Felipe, Sílvio, Moisés, Rodriguez, Elderson (Miguel Garcia, 65), Vandinho, Luís Aguiar (Hugo Viana, 72), Leandro Salino, Alan, Paulo César e Lima (Matheus, 67).

Treinador Domingos Paciência


O Braga um a um
Ataques com bomba sem cobertura lateral

Felipe 6

Sem hipótese nos dois primeiros golos, adiou o terceiro duas vezes, após remates de Hulk. No terceiro, o remate é à queima, mas a bola passa entre ele e o poste...

Sílvio 5

Impiedosa teria sido a marcação a Varela se o tivesse acompanhado no primeiro golo. No segundo, já estava do lado contrário.

Moisés 6

Falcao nunca lhe ganhou no ar e pelo chão só uma vez, num lance que deu golo.

Rodriguez 5

Depois de uma primeira parte imaculada, viu-se grego face a Hulk na segunda. E "enterrou" no golo do brasileiro.

Elderson 2

Arrasado por Hulk no primeiro golo do FC Porto e... no segundo. Teve outras falhas de marcação e Domingos não o deixou chegar ao fim.

Vandinho 6

Regularidade é a sua imagem de marca. Dobrou os laterais sem perder controlo no meio.

Leandro Salino 5

Uma formiga de trabalho, excelente na recuperação de bolas, mas nem sempre eficiente na entrega.

Luis Aguiar 6

Fora de posição, falhou combinações fáceis, mas foi fantástico na primeira zona de pressão. O golo de livre, a 29 metros da baliza, é notável.

Alan 6

Incisivo como extremo, acumulou com funções de 10 quando a equipa teve a bola. Foram imensas as vezes que apareceu no meio a tentar o último passe.

Lima 6

O sacrifício a que se sujeitou para segurar Rolando e Maicon teve a melhor recompensa com aquela bomba magnífica que a 100 km/h só parou no fundo da baliza.

Paulo César 5

Primeira alavanca a sair para o contra-ataque. Foi nesse papel que iniciou a jogada do segundo golo. Antes, aos 30', rematou com muito perigo.

Miguel Garcia 3

Na primeira jogada em que interveio foi tão banalizado como Elderson. Estava frio...

Matheus 4

Prefere jogar em contra-ataque, mas teve de o fazer bem colado lá na frente. Deu trabalho.

Hugo Viana 4

Um remate e a fluidez habitual a receber e passar.



Domingos Paciência

"Entregámos a vitória com dois erros "

Domingos Paciência confessou que não gostou de abandonar o relvado do Dragão sem pontuar. O técnico lamentou sobretudo "os dois deslizes" que, no seu entender, agilizaram os golos do FC Porto. "Entregámos a vitória ao FC Porto em dois lances que foram dois erros nossos: Elderson escorregou, não conseguindo tirar a bola, e o outro golo aconteceu num ressalto do Miguel Garcia. Assim, o FC Porto acabou por ser feliz", comentou Domingos Paciência, esboçando um certo desalento. "Temos de ficar tristes por isso; pois é frustrante para a minha equipa perder desta maneira, depois de ter estado em vantagem por duas vezes", completou.

O problema foi mais desagradável porque o técnico pensava que "a equipa manteria a organização, o que não aconteceu; reagindo mal ao segundo golo".  Ainda assim, Domingos Paciência retirou indícios positivos da atitude do Braga, "uma equipa muita coesa e encaixada no sistema do FC Porto". "Não estava à espera de perder este jogo". "Na primeira parte, vi um Braga inteligente no jogo e muito coeso, conhecedor como joga o FC Porto", realçou. Por entre a frustração, o técnico extraiu sempre a melhor parte do que a sua equipa fez, e o principal "foi conseguido - que era fazer golos". "Mas chegámos ao final com a sensação de que perdemos por culpa própria. Acima de tudo, ficou provado que o Braga sabe aquilo que faz". Tão cedo Domingos Paciência não esquecerá "um grande jogo, com muitos golos e emoção, no qual o Braga esteve em vantagem por duas vezes". "Acho que o resultado também poderia pender para o nosso lado". E o que fez o FC Porto? "Tirando a situação do golo, na primeira parte, não me lembro que tenha tido outras oportunidades", disse, reconhecendo Hulk como um dos pontos fortes dos dragões. "Sabíamos onde estavam: nas alas, nos processos ofensivos dos laterais e na mobilidade dos médios. Hulk foi forte no um-para-um e teve mérito no lance do golo de Varela; sendo um dos pontos de desequilíbrio do FC Porto. Quando queria segurar as alas, colocando o Miguel, acabámos por sofrer mais um golo", lamentou. A tristeza pela derrota não abala a confiança de Domingos Paciência para o resto do campeonato, nem o facto de o Benfica estar a nove pontos do FC Porto constitui uma certeza sobre o desfecho da prova. "À quarta jornada", argumenta, "ninguém é campeão, ou desceu de divisão ou garantiu um lugar na Europa". "Nada está decidido e ninguém desiste de nada. Nesta altura, é muito precoce tirar conclusões", acrescentou, concentrando-se já no encontro com o Arsenal. "Teremos de estar mais concentrados para conseguirmos segurar os resultados".


A moda de palito

Álvaro Pereira, o palito, deixou ontem os adeptos incrédulos com uma farta cabeleira que chegou a dar a impressão de que Ronaldinho Gaúcho ou Drenthe tinham mudado para o lado esquerdo da defesa portista. Os companheiros foram surpreendidos e, divertido, o guarda-redes Beto disse que aquele penteado "tinha de ser notícia". E foi.

Bola de golfe para Felipe

O início da segunda parte foi atrasado por causa de objectos arremessados por adeptos portistas para baliza onde se posicionava Felipe, guarda-redes do Braga. Num ápice, e sem que nada o justificasse, choveram moedas, isqueiros e até bolas de golfe. Felizmente, os prevaricadores tinham má pontaria e não acertaram no "goleiro".



Ilustres olheiros

Rapid de Viena e Arsenal, adversários de FC Porto e Braga nas competições europeias, enviaram emissários ao Dragão. Mas não estiveram sozinhos na bancada. Manchester United, Chelsea, Barcelona e PSG a encabeçarem a lista de ilustres. Houve mais: Rennes, Hannover 96, Bayer Leverkusen, Chievo, Everton, Salamanca ou Anderlecht.

Hulk ganhou a aposta

Hulk e Felipe estiveram juntos no plantel do Vitória da Bahia, como O JOGO escreveu, e o guarda-redes do Braga tinha mesmo dito que estava a pensar apostar com o avançado portista que ele não lhe marcaria. Não se sabe se a aposta foi para a frente, mas a verdade é que Hulk ameaçou e marcou mesmo. No fim trocaram camisolas. Felipe paga o jantar?

Fumarada atrasa jogo

Segundos antes da entrada das equipas em campo, os SuperDragões abriram várias latas de fumo azul, criando uma enorme nuvem que pairou sobre o tapete do estádio durante alguns minutos. De tal forma que chegou a temer-se que o apito inicial de Pedro Proença teria de ser atrasado. Não foi, mas o FC Porto não se deve livrar de uma multa.



Vandinho pronto para a Champions

"O pensamento era sempre vencer", começou por dizer Vandinho, no final de um jogo que classificou "de bonito". O Braga esteve por duas vezes na frente do marcador, perdeu, mas o médio dos bracarenses deixou o Dragão de consciência tranquila. "A equipa, ainda assim, foi feliz, porque trabalha muito, infelizmente não conseguiu levar daqui os três pontos, como era a nossa intenção". "Foi um jogo bonito; fizemos tudo para ganhar. Agora, vamos levantar a cabeça, pois temos muito campeonato pela frente", disse Vandinho, garantindo que a derrota não deixou feridas para quarta-feira, ante o Arsenal. "Esse é outro jogo e sabemos o nosso valor".

Lima
"Sim, foi um grande golo"


O quarto golo de Lima marcado aos portistas foi o único que não garantiu um empate. "Sim, foi um grande golo, mas infelizmente não valeu os três pontos. Há que levantar a cabeça pois ainda há muito para rolar. Perdemos nos detalhes", analisou. Agora, o brasileiro quer manter a inspiração contra o Arsenal. "Espero estar iluminado para voltar a marcar e ajudar o Braga. Mostrámos que somos competentes para qualquer estádio", fechou.

Luis Aguiar
"Derrota vai dar-nos força"


Desiludido com o resultado, Luis Aguiar ficou agradado com a exibição. "Colectivamente, fizemos um grande jogo e muitas coisas boas. Claro que há outras para corrigir", analisou, ele que este ano se estreou a marcar. Aguiar está "tranquilo" porque "o campeonato está no início e todos vão perder pontos." Segue-se a Liga dos Campeões. "Será um jogo diferente, muito importante. A equipa está confiante e esta derrota não prejudica. Aliás, até vai dar força", sorriu.


Arsenal goleou e Wenger destaca qualidade do Braga

O Arsenal, que o Braga enfrenta na quarta-feira, goleou o Bolton (4-1) e isolou-se na segunda posição do campeonato inglês, aproveitando o deslize do Manchester United [ver página 31]. Sem Vermaelen na defesa, Wenger estreou Squillaci e poupou Clichy, apostando em Gibbs do lado esquerdo. No ataque, não se notaram as ausências dos lesionados Van Persie ou Walcott, com Chamakh a mostrar credenciais, devidamente apoiado por Fàbregas, Arshavin e Rosicky. Nasri ficou no banco. O Bolton ainda conseguiu chegar ao intervalo empatado, respondendo ao golo inaugural de Koscielny, mas voltaria à vantagem com um golo de Chamakh e, já a jogar contra 10, ampliou a diferença, com golos de Song e Vela.

No Final, Wenger explicou a opção pela "rotatividade", designadamente no que respeita à saída de Clichy do onze. E, sem que tenha ligado essa poupança ao jogo com o Braga, alertou os ingleses para o erro que é menosprezar a equipa portuguesa. "Uma vitória na quarta-feira é vital para nós, porque há quem esteja a menosprezar as equipas do nosso grupo. O Braga ficou à frente do FC Porto no último campeonato e nós, por experiência própria, sabemos que o FC Porto é uma excelente equipa. Além disso, é preciso não esquecer que eliminaram o Sevilha", avisou.


O JOGO

JotaCC

«A nossa equipa quis vencer» - Vandinho

O médio brasileiro Vandinho destacou esta noite, depois da derrota frente ao FC Porto, a qualidade do espectáculo que as duas equipas proporcionaram.

«A nossa equipa quis sempre vencer. Este foi um grande jogo, no qual trabalhámos muito e marcámos dois golos, fruto disso», disse o jogador.

«Penso que foi um jogo bonito, temos que levantar a cabeça, há muito campeonato pela frente. Na quarta-feira é outro jogo, só temos que levantar a cabeça e demonstrar valor», acrescentou o futebolista, agradecendo «o apoio de todos os adeptos».


A BOLA

Bruno3429

«Estamos preparados para vencer títulos» – António Salvador
Por Redacção

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, defende que a equipa está «preparada» para vencer títulos e que é capaz de jogar para vencer «em qualquer campo».

«Acho que sim. Depois de termos alcançado a fase sustentabilidade, estamos preparados para vencer títulos. Pode surgir esta temporada ou no próximo ano», afirmou António Salvador, em entrevista à TVI

O máximo dirigente «arsenalista» acredita que a equipa está pronta para a estreia na Liga dos Campeões: «Está preparada. O plantel e equipa técnica têm qualidade, Depois, o Sp. Braga é uma equipa organizada e com boas condições de trabalho.»

António Salvador também abordou a recandidatura à presidência: «Fui convidado para a missão de colocar o Sp. Braga noutro patamar. Esse objectivo foi alcançado. Depois, não sou eterno e era importante aparecerem outros candidatos.»

O actual presidente não confirmou se vai recandidatar-se: «No dia da aprovação das contas vou revelar a minha decisão, mas sinto um enorme orgulho por ter dirigido este clube.


A Bola