NOTICIAS DO ENORME DO DIA 17/04

[JotaCC]

Domingos Paciência: "Joga-se muito neste jogo"

Não há volta a dar. O Sporting Clube de Braga não se entrega e enquanto as equações matemáticas mantiverem o sonho ligado esse é o objectivo dos minhotos. Olhar para o primeiro lugar, sem pensar sequer em quem está em perseguição. No desafio com o Leixões, na óptica de Domingos Paciência "joga-se muita coisa", mas para ambos os conjuntos: "O Braga na luta pelo primeiro lugar, o Leixões na luta pela permanência". "Existe pressão para os dois lados e no futebol é bom que assim seja", destaca.

"É um jogo com pressão, porque há objectivos a conquistar. É natural que haja pressão, mas o futebol é assim", desvalorizou Domingos Paciência a necessidade de ganhar, extraindo porém o aspecto positivo, centrando-o na motivação do grupo de trabalho.

Nas últimas temporadas o emblema minhoto tem tido muitas dificuldades em derrotar o conjunto de Matosinhos, contudo para Domingos "agora o momento é outro". "Sabemos que vai ser um jogo complicado e que o Leixões pode apresentar-se de duas formas: ou com um bloco baixo a explorar as transições ou a jogar ao ataque, já que precisa de pontos. Acima de tudo a equipa está preparada", salienta, asseverando ainda que "seja um grande jogo" e que "os adeptos venham em massa para vibrarem com o desafio e fazerem parte de mais uma alegria".
"Tenho consciência do que foi feito entre o Braga e o Leixões, mas agora a situação é diferente", disse, mostrando plena confiança para o desafio desta noite no Estádio Municipal de Braga.

A estrutura mais alterada

Questionado acerca das mudanças a realizar na equipa, o técnico destacou que "não é milagre fazer uma equipa", mas assumiu que "dos clubes que lutam pelo título ou que ainda podem lá chegar", o Sporting de Braga "é a estrutura que mais foi mexida", recordando as ausências de Hugo Viana, Mossoró e Vandinho, o trio que formou o meio-campo arsenalista na primeira volta do campeonato, mas também "a saída de João Pereira em Janeiro para o Sporting", outro dos titulares indiscutíveis na fase em que o conjunto minhoto liderou o campeonato.

Para além disso, Domingos Paciência não pode contar ainda com André Leone para este embate, mas apesar disso, destaca que "a equipa está pensada" com a clara intenção de conquistar os três pontos.

"Sou o treinador para a próxima época"

António Salvador defendeu durante a última semana que estava a preparar a próxima temporada com Domingos Paciência e que o técnico seria o homem do leme em 2010/2011 no Sporting Clube de Braga.
O timoneiro assinou por baixo o que disse o presidente arsenalista e com uma justificação clara: "se tenho mais um ano de contrato com o Sporting de Braga sou treinador para a próxima temporada".

Acerca de possíveis objectivos disse que "ainda falta muito para a próxima época", mas foi destapando o véu. "Este ano falhámos a Taça de Portugal e também a Taça da Liga. São objectivos a conquistar. Quanto ao campeonato, primeiro é preciso ver que plantel é que se forma, já que é uma prova de regularidade, mas vamos pensar nesta temporada, já que ainda falta muito para a próxima", acrescentou ainda.

Nesse prisma, recordou ainda as suas palavras no arranque da temporada, o dia da sua apresentação. "Quando aqui cheguei disse que queria fazer mais e melhor. Tenho orgulho em ficar na história de um clube com 89 anos, tal como tenho orgulho dos meus jogadores, da minha equipa. No início, as minhas palavras parece que provocaram um mal-estar, mas tenho orgulho de ser o treinador com mais pontos na história do Sporting Clube de Braga", afiançou.
"Gosto de colocar a fasquia alta e acima de tudo procuro melhorar ano após ano, mas volto a frisar que ainda estamos longe da próxima época", destacou ainda Domingos Paciência, garantindo que no próximo ano há novos objectivos e novas motivações.



Rodriguez ao lado de Moisés


Alberto Rodriguez está de regresso aos eleitos do Sporting Clube de Braga. Depois de ter falhado a deslocação a Leiria, por castigo, já que teve que cumprir uma série de cinco cartões amarelos, o central peruano foi chamado por Domingos Paciência e vai ter entrada directa no onze inicial, por troca com o brasileiro Paulão, que vai regressar ao banco de suplentes.

Domingos Paciência vai manter Moisés, Filipe Oliveira e Evaldo no quarteto defensivo, com essa única novidade, que se prende com a entrada do peruano, nos elementos que vão aparecer à frente do internacional da selecção nacional Eduardo.

No miolo, o timoneiro dos arsenalistas vai manter a aposta em Andrés Madrid e Luís Aguiar, sendo que ao nível ofensivo Paulo César e Alan vão continuar nas faixas, bem como a dupla formada por Rentería e Meyong deve continuar depois da boa prestação oferecida em Leiria, no último jogo dos arsenalistas e que conquistaram três pontos frente a um conjunto que apostou num futebol directo e com linhas bem definidas no aspecto defensivo.

Recorde-se que ausentes deste desafio estão Vandinho, por motivos disciplinares, e Hugo Viana, Mossoró, André Leone e Osvaldo, todos devido a problemas de índole física.
O jogo entre o Sporting Clube de Braga e o Leixões realiza-se no Estádio Municipal de Braga, a partir das 21.15 horas e vai ter arbitragem do setubalense Lucílio Baptista.

Frente-a-frente vão estar o segundo e o décimo quinto classificados da liga portuguesa. O conjunto minhoto possui 61 pontos e está na corrida pelo primeiro lugar, estando a seis pontos de desvantagem do líder Benfica, enquanto que a formação de Matosinhos, orientada pelo espanhol Fernando Castro Santos, que ingressou no futebol português pelas portas da capital minhota, ocupa o primeiro posto abaixo da linha de água, apenas com 21 pontos somados. Entre as duas equipas distam quarenta pontos.

O Leixões necessita urgentemente de pontuar, já que quando faltam apenas quatro jornadas para o final da prova, está a quatro pontos de distância do Vitória de Setúbal.

Lista de convocados do Sp. Braga:
Guarda-redes: Eduardo e Pawel Kieszek;
Defesas: Filipe Oliveira, Moisés, Rodriguez, Paulão, Miguel Garcia e Evaldo;
Médios: Andrés Madrid, Olberdam, Luís Aguiar, Rafael Bastos e Peña;
Avançados: Rentería, Diogo Valente, Meyong, Matheus, Pau-lo César, Alan e Adriano.


CORREIO DO MINHO

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Rentería: «Treinador apoia-me»
FELIZ POR ESTAR A SER APOSTA EM BRAGA

Rentería tem sido um dos trunfos da equipa de Domingos Paciência nos últimos jogos e, naturalmente, a comunicação social colombiana não esqueceu o facto. Entrevistado pelo site Futbolred, o "extrovertido" avançado emprestado pelo FC Porto referiu que está a viver "um bom momento".

Não poupando elogios aos seus compatriotas que jogam nos dragões - Guarín e Falcão -, Rentería disse também que está a subir de rendimento depois de ter tido problemas num joelho. "Espero continuar a subir nesta fase crucial do campeonato, pois estamos empenhados todos na luta pelo título nacional", salientou.

"Sinto-me contente aqui em Braga, tratam-me bem e agora estão a dar-me a possibilidade de jogar, que é o que gosto e o que me fez aceitar o convite feito por este clube", acrescentou. O avançado colombiano, de 24 anos, fez mesmo questão falar de Domingos. "A equipa está num excelente nível e o treinador tem-me dado toda a sua confiança", completou quem se considera, ao lado de Falcão e de Guarín, uma espécie de embaixador da Colômbia no futebol português.


RECORD

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Atirar no próprio pé pode ser fatal

Fazer pontaria ao próprio pé raramente dá bom resultado para quem sonha com lugares cimeiros ou com o título, mas tem sido precisamente isso que tem acontecido quando o Braga encontra o Leixões para a Liga. Se, na época transacta, Frechaut vestiu a pele de carrasco dos arsenalistas apontando o autogolo que deu o triunfo (0-1) aos leixonenses no AXA, onde regressam hoje com a corda na garganta e a precisarem urgentemente de vencer para evitar o enforcamento, na primeira volta foi Moisés que calculou mal o "tiro" e acabou por acertar na própria baliza. No entanto, o Xerife tem vindo a afinar a mira nas últimas jornadas e ainda em Leiria esteve muito perto de marcar o primeiro golo no campeonato (Meyong ficou com os louros no último instante), num jogo em que os bracarenses tiveram de dar a volta a um resultado pela segunda semana consecutiva. E se na cidade do Lis as coisas acabaram por se compor, em Matosinhos a equipa minhota não foi além de um empate comprometedor, depois de também ter estado em desvantagem, e manteve o jejum de vitórias frente aos matosinhenses, que dura desde a época de 1988/89. Outro tiro no pé poderá revelar-se fatal nesta hora de decisões.

Braga

21H15 Sport TV 1

estádio Axa

Árbitro Lucílio Baptista [AF Setúbal]

Assistentes Venâncio Tomé e Mário Dionísio

Treinador

Domingos Paciência

1 Eduardo GR

27 Filipe Oliveira LD

5 Moisés DC

2 Rodriguez DC

6 Evaldo LE

23 Madrid MD

10 Luis Aguiar MD

30 Alan AD

9 Paulo César AE

19 Meyong AV

18 Renteria AV

31 Kieszek GR

15 Miguel Garcia LD

3 Paulão DC

13 Olberdam MD

20 Peña MO

22 Rafael Bastos MO

11 Diogo Valente AE

81 Adriano AV

99 Matheus AV

Leixões

Treinador Fernando Castro Santos

1 Berger GR

28 Jean Sony LD

27 Nuno Silva DC

13 Joel DC

33 Fernando Cardozo DC

5 Antunes LE

16 Fernando Alexandre MD

23 Seabra MO

8 Zé Manel AD

7 Hugo Morais AE

15 Pouga AV

12 Fonseca GR

4 Tucker DC

6 Bruno Gallo MD

19 Paulo Tavares MO

26 Léo AE

21 Tiago Cintra AE

80 João Paulo AV


Tridente desfeito

A única alteração nos convocados é a saída de Hugo Viana para a entrada de Rodriguez, que volta após castigo. O peruano será titular no lugar de Paulão, numa equipa que não terá mais mudanças em relação à que venceu o Leiria. Pela primeira vez esta época, Mossoró, Vandinho e Hugo Viana não estão convocados em simultâneo. Não resta ninguém do triângulo que encantou no início da época e Domingos até constatou que, dos candidatos ao título, nenhum teve de mudar tanto como ele.



Mau tempo "despe" AXA

Ou o tempo melhora, o que não é provável, ou o Estádio AXA vai ter uma moldura humana bastante inferior às últimas que foram registadas. A SAD bracarense está a oferecer bilhetes aos sócios e a disponibilizá-los a um euro para acompanhantes. Muitos já foram levantados, mas são também bastantes os que equacionam não comparecer no caso de continuar a chover. Os jogadores pedem apenas mais um esforço no apoio que lhes tem sido concedido.



Jesus e Beto trocam palavras

Mais que o autogolo apontado por Frechaut, o Braga-Leixões da época passada ficou marcado por uma troca de palavras azeda entre Beto e Jorge Jesus. Tudo por causa de um comentário efectuado durante a semana pelo treinador arsenalista, que colocou em causa a qualidade do guarda-redes leixonense devido à sua estatura. O agora portista não gostou, assim como o seu treinador na altura, José Mota, e no final aproximou-se o suficiente de Jesus para, de acordo com algumas pessoas que se encontravam no local, lhe dirigir alguns insultos. Curiosamente, os três protagonistas dessa acalorada discussão serão hoje apenas espectadores atentos.



Domingos quer mais

Ainda não se pode chamar novela ao futuro de Domingos Paciência, mas é agora rara uma conferência de Imprensa em que esse não seja o assunto principal. António Salvador garantiu, esta semana, a continuidade do treinador. Domingos acredita que sim, mas não se comprometeu. "Se tenho contrato por mais um ano, é natural que ele o diga e eu também. Só tem de o dizer", respondeu, quando a pergunta pedia certezas sobre o seu próximo clube. Certo só mesmo que, para a próxima época, vai lutar por objectivos maiores. "Tenho orgulho por ter conseguido que esta equipa fique na história do clube e por fazer a melhor classificação de sempre. Quando disse que queria fazer mais e melhor, li coisas que não foram positivas. Parecia algo de transcendente. Gosto de colocar fasquias altas. Depois disto, o próximo objectivo será fazer melhor", avisou, referindo-se não só ao título de campeão nacional como à Taça de Portugal Millennium e Carlsberg Cup, competições nas quais foi eliminado precocemente.

Virando a agulha, o treinador do Braga não escondeu a decepção que foi ver o Benfica vencer o Sporting. "Não aconteceu o que desejávamos. Agora é esperar que o Benfica perca pontos. Mas isso só nos será benéfico se ganharmos os nossos jogos", alertou. "A cada jornada que passa fica mais difícil. Mas não há jogos ganhos antes de começarem. A intenção continua a ser atacar a liderança e não defender o segundo lugar", continuou, encerrando o tema.

António Salvador também recordou que a possibilidade de o Braga fazer 73 pontos e não ser campeão é quase inédita no principal escalão do futebol português. Domingos Paciência partilha da frustração do presidente. "Temos consciência do campeonato que estamos a fazer. Mas sabemos que este é o melhor Benfica dos últimos 30 anos. Numa situação normal, 72 ou 70 pontos poderiam dar para ser campeão. Vamos acreditar que isso ainda é possível."



Leixões com dupla face convida a mais um tiro nas tradições

Domingos reconhece que Braga e Leixões entrarão em campo pressionados. "Joga-se muito neste jogo. Mas o futebol é bom com pressão. É sinal de que há algo para conquistar", referiu, apostado em dar uma machadada nas 21 épocas que o Braga leva sem ganhar os matosinhenses para a Liga. "Temos consciência que os jogos não foram bons, mas o momento é outro", justificou. A única dúvida sobre o adversário é o modelo a adoptar. "Vai jogar com bloco baixo ou vem procurar a vitória? Nós estamos preparados para os dois tipos de situação", respondeu, sem arriscar um palpite.




Ainda o caso do aliciamento

Leixões e Braga cruzaram-se mais de uma vez esta época. Além do empate no Mar, as duas equipas foram protagonistas do caso do suposto incentivo oferecido pela SAD minhota aos jogadores leixonenses para vencerem na Luz. "Isso não terá influência neste jogo", garantiu Domingos. "Não teve qualquer cabimento e as situações foram colocadas cá fora para não denegrir a imagem do Braga", resumiu. E assim foi. Salvador denunciou o caso e o Braga ficou fora de suspeita.



Matheus candidato ao clube dos 100

Cinco temporadas depois de Jesualdo Ferreira o ter lançado contra o Estrela da Amadora, num encontro em que o Braga não foi além de um empate (1-1), Matheus prepara-se para realizar o centésimo jogo na Liga principal. Basta ser utilizado contra o Leixões para o brasileiro alcançar já hoje esse registo marcante, juntando-se assim a um clube cujo mais recente membro é Eduardo. Nada mau para um jogador que foi descoberto relativamente tarde para o futebol, uma vez que dos 14 aos 20 anos fez do futsal a sua modalidade de eleição. Não fosse Marcos Mendonça, treinador do Itabaiana (clube do Nordeste brasileiro), o avançado ainda hoje andaria pelos pavilhões, escapando à atenção de Jorge Regadas, que se deixou contagiar pelas suas virtudes e pediu de imediato a sua contratação para o Marco. Contudo, tal só foi possível graças à intervenção de um amigo pessoal, que, face às frágeis economias dos marcuenses, teve de adiantar 15 mil euros para a compra do passe do então ídolo da torcida do Itabaiana.

A história de Matheus em Portugal começou nessa época (2005/06) e bastaram seis meses para saltar do Marco, da então Liga de Honra, para o Braga. As oportunidades na Cidade dos Arcebispos, porém, foram poucas nos primeiros anos. Por isso andou pelo Beira-Mar e pelo Setúbal, onde começou a dar nas vistas como arma secreta antes de ser recuperado pelos arsenalistas. Hoje é um dos jogadores mais utilizados por Domingos Paciência, quando é necessário dar a volta a um jogo ou dar a estocada final no adversário. Só leva 840 minutos, distribuídos por 26 jogos - apenas quatro como titular -, mas esses foram suficientes para marcar quatro golos na Liga. Está a apenas um de igualar o seu melhor registo (cinco), obtido nos seis meses em que representou o Setúbal, em 2007/08.


Jorge Regadas
"Escolhi-o em 15 minutos"

A capacidade para revolucionar um jogo num curto espaço de tempo é uma das qualidades que mais impressionam em Matheus. Não admira por isso que Jorge Regadas nem sequer tenha precisado de 90 minutos para, em 2005, o contratar para o Marco. "Fui ver um jogo dele com um amigo e ao fim de 15 minutos escolhi-o logo como o jogador que queria", revela, a O JOGO, o actual treinador do Freamunde, que na altura se sentiu atraído pelas virtudes do brasileiro. "A minha análise foi muito simples: mesmo num relvado péssimo, ele revelou-se muito forte no drible, inteligente na forma como procurava os espaços vazios para se desmarcar e dotado de uma velocidade fora do normal", descreve. De resto, estas características levam o técnico a considerar o avançado arsenalista como "o melhor jogador do campeonato em situações de contra-ataque". Por isso tem pena que ele "tenha sido um pouco desaproveitado pelo Braga antes desta época e depois de sair do Marco". "Vejo nele qualidades para jogar num dos três grandes, embora agora o Braga também já tenha um estatuto muito semelhante. Ainda bem que o Domingos [Paciência] tem tirado o máximo partido das qualidades do Matheus", congratula-se.

O JOGO

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Domingos Paciência diz que continuará a lutar pelo primeiro lugar

O treinador do Sporting de Braga disse que esperava outro resultado do Benfica-Sporting da última jornada, mas assegurou que, enquanto for matematicamente possível, a equipa vai lutar pelo primeiro lugar da Liga de futebol.   
   
O Benfica, líder do campeonato com mais seis pontos que o Braga, recebeu e venceu o Sporting (2-0), na terça feira, em jogo que encerrou a 26. jornada, mas Domingos Paciência queria outro resultado.

"Esperávamos que pudesse acontecer aquilo que tanto desejávamos, mas matematicamente ainda é possível e temos, treinadores, jogadores e adeptos, que continuar a acreditar e esperar que o Benfica perca pontos", disse na antevisão da receção ao Leixões, no sábado, na 27a jornada.

Durante a semana, o presidente "arsenalista", António Salvador, referiu a possibilidade de a equipa não ser campeã, mesmo se somar 73 pontos (se ganhar os quatros jogos que faltam), pontuação que, normalmente, é suficiente.

Domingos corroborou a ideia e "culpou" o Benfica por tal situação: "Se calhar, é o melhor Benfica dos últimos 30 anos, (porque)numa situação normal, 70 ou 73 pontos podiam dar para ser campeão, mas ainda faltam quatro jogos e temos legitimidade para pensar que os podemos ganhar", disse.

O treinador não atira a "toalha ao chão", mas reconhece que "se cada vez faltam menos jogos e se (o Benfica) não perde pontos, cada vez torna-se mais difícil. Vamos ver, resta respeitar quem temos pela frente, sendo que não há jogos ganhos antes de eles acontecerem", disse.

Sobre o jogo com a equipa de Matosinhos, com quem empatou no Estádio do Mar na primeira volta e perdeu na temporada passada em Braga, Domingos Paciência diz-se consciente das "dificuldades" e da importância do jogo.

"O Braga não tem conseguido bons resultados nestes jogos com o Leixões, mas o momento é outro. É um jogo em que se joga muita coisa, nós queremos chegar ao primeiro lugar, o Leixões quer conseguir a manutenção", lembrou.

Para o treinador, "é natural que haja pressão" nas duas equipas, dados os objetivos a alcançar, mas "o futebol é bom assim mesmo".

Domingos disse ainda que vai continuar a ser o treinador do Sporting de Braga na próxima temporada - "se tenho contrato por mais um ano, é natural que o presidente diga isso e eu também o digo" - e mostrou-se "orgulhoso" por alcançar a melhor classificação de sempre no clube minhoto.

"É com orgulho que encaro ter conseguido fazer com que esta equipa fique na história de um clube com 89 anos, mas, neste momento, lembro-me do que alguns disseram e escreveram de mim - e não foram coisas positivas - quando, no início da época, disse que queria fazer mais e melhor", recordou.

Para Domingos, "depois desta classificação, o objetivo para o ano é fazer melhor".

"Não conseguimos a Taça de Portugal, nem a da Liga, sabemos que campeonato é uma prova de regularidade, vamos ver que equipa vamos ter e qual a qualidade desse plantel para atacar determinado objetivo", sublinhou.

SIC NOTICIAS

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Braga de Domingos já é o melhor de sempre e ainda não acabou a época

A quatro jornadas do fim, esta equipa é já a que soma mais pontos na história do clube. Mesmo face a temporadas anteriores com 34 jogos

Domingos é fruto de uma boa colheita de António Salvador. O presidente do Sp. Braga é um perito na arte de escolher treinadores: os técnicos dos quatro primeiros classificados da Liga passaram por ou estão em Braga. Domingos é a mais recente descoberta de uma linhagem que conta com Jorge Jesus, Jesualdo Ferreira e Carlos Carvalhal. Só que o actual líder dos bracarenses conseguiu mais que os seus antecessores: mais pontos.

E são esses pontos (61) que fazem desta época a melhor de sempre na história do clube. Mesmo faltando quatro jornadas para o final do campeonato, esta equipa de Do-mingos ultrapassou o anterior máximo estabelecido por Jesualdo Ferreira, quando somou 58 pontos em duas temporadas consecutivas (2004-05 e 2005-06) e terminou no quarto lugar. Mas o feito de Domingos é ainda mais significativo se tivermos em conta os pontos obtidos esta década. Mesmo com campeonatos de 34 jornadas - o actual conta com 30 rondas - a equipa leva, em 26 jogos, mais pontos do que os alcançados nos anos anteriores. Mais: os 61 pontos que soma actualmente tornam esta formação a melhor segunda classificada da década à 26.ª jornada, igualando o feito do Sporting 2003-04, quando os "leões" distavam sete pontos do líder FC Porto.

73 pontos = quatro títulos

Agora, o Sp. Braga tem menos seis pontos que o Benfica de Jorge Jesus, líder da prova deste ano, uma situação idêntica à de Jesualdo Ferreira quando era treinador dos minhotos em 2004-05. Então, os bracarenses entraram na 26.ª ronda com menos cinco pontos que o primeiro, o Benfica de Trapattoni - no final, a formação arsenalista terminaria, no entanto, no quarto posto, num campeonato de 34 jornadas.

Com o recorde relativo ao total de pontos já batido, Domingos pode, a partir daqui, somar pontos que ficarão, decerto, na história por muito tempo. Caso chegue ao fim somando por vitórias os encontros em falta (quatro), alcançará a meta de 73 pontos, contabilidade que ainda poderá dar-lhe o título esta época - caso o Benfica escorregue -, como teria significado quatro títulos desde que o campeonato passou a contabilizar as vitórias com três pontos.

Estes números não só teriam arrebatado o título ao Benfica de Trapattoni - terminou a prova com 65 pontos - como teriam garantido um tricampeonato entre 2006 e 2009: o FC Porto de Jesualdo acabou com 69 (duas vezes) e 70 (em 2009).



Atento ao
Domingos ainda acredita, mesmo sem o Sporting
 
Domingos disse que esperava outro resultado no Benfica-Sporting da última ronda, mas alertou que, enquanto for matematicamente possível, a equipa vai lutar pelo primeiro lugar.

O Benfica recebeu o Sporting mas saiu incólume do confronto e continua com os mesmos seis pontos de diferença para o Sp. Braga. "Esperávamos que pudesse acontecer aquilo que tanto desejávamos, mas matematicamente ainda é possível e temos - treinadores, jogadores e adeptos - que continuar a acreditar e esperar que o Benfica perca pontos", disse antes do jogo com o Leixões de hoje.

Durante a semana, o presidente António Salvador referiu a possibilidade de a equipa não ser campeã, mesmo se somar 73 pontos (se ganhar os quatros jogos que faltam), pontuação que, normalmente, é suficiente. Domingos corroborou a ideia e "culpou" o Benfica por tal situação. "Se calhar é o melhor Benfica dos últimos 30 anos. Numa situação normal, 70 ou 73 pontos podiam dar para ser campeão, mas ainda faltam quatro jogos e temos legitimidade para pensar que os podemos ganhar", vincou.O treinador não desiste, mas reconhece que "se cada vez faltam menos jogos e se [o Benfica] não perde pontos, torna-se mais difícil". "Resta respeitar quem temos pela frente, sendo que não há jogos ganhos antes de eles acontecerem", disse.

Domingos garantiu ainda que vai continuar a ser o treinador do Sp. Braga na próxima época - "Se tenho contrato por mais um ano, é natural que o presidente diga isso e eu também o digo" - e mostrou-se "orgulhoso" por alcançar a melhor classificação de sempre no clube minhoto.


PUBLICO

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«Preferia o Braga mas o campeão será o Benfica» – Cristiano Ronaldo


Não evitou rir-se quando disse que desejava que o Sp. Braga fosse campeão, mas não tem dúvidas de que será o Benfica a festejar o título. Numa entrevista para meios de comunicação social de todo o mundo, falou da sua época, do Real Madrid, da Selecção e de muito mais. E ainda não deu por perdida a temporada: a final, o Mundial está à porta...

Faltam quatro jornadas para o fim da Liga portuguesa.O que pensa que vai acontecer?

Parece-me claro que o Benfica vai ganhar o Campeonato este ano. Tem sido a equipa mais forte e não tem demonstrado pontos fracos nos momentos decisivos da competição. Pessoalmente, gostava que ganhasse o Sp. Braga [ri-se] que também tem feito um bom campeonato. Tem mostrado uma equipa muito forte, com menos condições que os grandes, mas o Benfica vai ganhar.

O Real Madrid perdeu no Estádio Santiago Bernabéu com o Barcelona e ficou em desvantagem na Liga. Também já perdeu a hipótese de ganhar a Champions, em Madrid. Como analisa este momento?

Demos uma boa resposta contra o Almería [vitória por 2-1]. Não fizemos um grande jogo mas conseguimos ganhar, que era o mais importante. Esta vitória dá-nos confiança para o jogo de domingo [amanhã, contra o Valência]. O Barcelona é uma das melhores equipas do mundo mas espero que perca pontos já com o Espanhol. Continuo a acreditar que podemos ganhar a Liga

Que balanço faz da sua temporada?

Sinto-me bem com o que tenho feito individualmente, mas não colectivamente. Por razões simples: não estamos em primeiro e já fomos eliminados da Champions e da Taça do Rei. Mas volto a dizer que acredito na Liga. Ainda tenho muito para aprender e ganhar em Espanha. Não é verdade quando as pessoas dizem que a minha vida mudou muito de Manchester para Madrid. Só que às vezes também não é fácil jogar no melhor clube do mundo. Mas estou cada vez mais convencido de que este clube é a minha cara. Estou contente aqui e quero ganhar pelo Real o que ganhei pelo Manchester United.

A BOLA

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Domingos Paciência ainda tem esperança de chegar ao título


Apesar de não ter servido de muito torcer pelo Sporting frente ao Benfica na passada terça-feira, Domingos Paciência confessou à TSF que ainda mora uma réstea de esperança em Braga.


O treinador do Sporting de Braga disse esta sexta-feira que esperava outro resultado do Benfica-Sporting da última jornada, mas assegurou que, enquanto for matematicamente possível, a equipa vai lutar pelo primeiro lugar da Liga de futebol.

«Esperávamos que pudesse acontecer aquilo que tanto desejávamos, mas matematicamente ainda é possível e temos, treinadores, jogadores e adeptos, que continuam a acreditar e à espera que o Benfica perca pontos», disse na antevisão da recepção ao Leixões, no sábado, na 27.ª jornada.

Quanto ao Benfica, Domingos admite que a equipa "encarnada" desta época «se calhar, é o melhor Benfica dos últimos 30 anos, [porque] numa situação normal, 70 ou 73 pontos podiam dar para ser campeão, mas ainda faltam quatro jogos e temos legitimidade para pensar que os podemos ganhar», disse.

Sobre o jogo com a equipa de Matosinhos, com quem empatou no Estádio do Mar na primeira volta e perdeu na temporada passada em Braga, Domingos Paciência diz-se consciente das «dificuldades» e da importância do jogo.

«O Braga não tem conseguido bons resultados nestes jogos com o Leixões, mas o momento é outro. É um jogo em que se joga muita coisa, nós queremos chegar ao primeiro lugar, o Leixões quer conseguir a manutenção», lembrou.

Domingos disse ainda que vai continuar a ser o treinador do Sporting de Braga na próxima temporada, «se tenho contrato por mais um ano, é natural que o presidente diga isso e eu também o digo» e mostrou-se «orgulhoso» por alcançar a melhor classificação de sempre no clube minhoto.

«É com orgulho que encaro ter conseguido fazer com que esta equipa fique na história de um clube com 89 anos, mas, neste momento, lembro-me do que alguns disseram e escreveram de mim - e não foram coisas positivas - quando, no início da época, disse que queria fazer mais e melhor», recordou.

TSF

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Sporting de Braga vence Leixões (3-1)

Dois golos de Alan e um de Moisés selaram hoje a vitória do Sporting de Braga sobre o Leixões (3-1), na 27.ª jornada da Liga Sagres, reduzindo para três pontos a distância face ao líder Benfica.

Com a 13.ª vitória em 14 jogos em casa (apenas um empate, frente à Naval), os "arsenalistas" somam agora 64 pontos, contra 67 dos "encarnados", líderes do campeonato, que jogam domingo em Coimbra, frente à Académica.

Já o Leixões, que entrou em campo sabendo que um dos adversários na luta pela manutenção, o Olhanense, tinha perdido com o Marítimo, desperdiçou o ensejo para reduzir a distância e mantém-se na zona de despromoção, no penúltimo lugar.

Foi o típico jogo com duas partes distintas: na primeira, superioridade absoluta da equipa da casa, com dois golos marcados e outros tantos falhados na cara do guarda-redes; na segunda, boa resposta do Leixões, reduzindo a diferença, mas insuficiente para amealhar pontos.

Se Domingos Paciência disse não saber que Leixões iria enfrentar, os primeiros minutos tiraram quaisquer dúvidas: Fernando Castro Santos fez alinhar um bloco muito baixo e com uma defesa com três centrais.

Mas mesmo com o eixo defensivo reforçado, a equipa de Matosinhos foi incapaz de cortar um passe de cerca de 30 metros, de Andres Madrid, que encontrou Alan isolado perante Berger.

Depois, com muita classe, o ala brasileiro fez um belo "chapéu" de pé esquerdo e dessa forma o golo inaugural.

O primeiro remate do Leixões surgiu aos 14 minutos, por Antunes, forte, mas à figura de Eduardo, e pouco depois (19) Matheus, isolado, falhou o segundo golo, rematando primeiro contra Berger e depois para fora.

Tucker lesionou-se nesse lance e teve mesmo de ser substituído, mas então o Leixões repartia mais o jogo e, aos 30 minutos, criou muito perigo com um remate de Hugo Morais, em posição frontal, valendo o corte providencial de Madrid.

Mas o segundo golo dos bracarenses surgiu pouco depois (34), novamente por Alan (oitavo golo no campeonato), de cabeça, após excelente centro de Filipe Oliveira e culminando uma grande jogada coletiva dos minhotos.

A equipa da casa podia mesmo ter ido para o intervalo ainda mais confortável não fosse o reduzido faro goleador de Renteria - isolado, chutou fraco contra Berger (37)) - e um choque entre o colombiano e Matheus, que se estorvaram mutuamente e desperdiçaram um belo centro de Evaldo (39).

O Leixões entrou bem melhor no segundo tempo e antes do golo, teve dois lances que foram o seu prenúncio, com remates de João Paulo (48) e Fernando Alexandre (52), este com Eduardo a defender com dificuldade, a dois tempos.

O golo marcou-o Pouga, aos 56 minutos e de cabeça, após canto de Antunes da esquerda, num lance com culpas para Eduardo, que teve uma péssima saída dos postes.

Os bracarenses fizeram uma segunda parte bem mais fraca, tendo mesmo passado por alguns calafrios, e só aos 85 minutos descansaram, com o golo marcado por Moisés, após canto de Luís Aguiar da esquerda, já depois de Meyong ter desperdiçado a única oportunidade da equipa neste período (70).

Ficha de jogo:

Jogo no Estádio Municipal de Braga.

Sporting de Braga - Leixões, 3-1

Ao intervalo: 2-0.

Marcadores:

1-0, Alan, 07 minutos.

2-0, Alan, 34.

2-1, Pouga, 57.

3-1, Moisés, 85.

Equipas:

- Sporting de Braga: Eduardo, Filipe Oliveira, Moisés, Rodriguez, Evaldo, Madrid, Luís Aguiar, Matheus (Peña, 88), Alan, Renteria (Meyong, 59), Paulo César (Diogo Valente, 82).

(Suplentes: Kieszek, Paulão, Miguel Garcia, Diogo Valente, Peña, Adriano, Meyong).

- Leixões: Berger, Nuno Silva, Tucker (Joel, 21), Fernando Cardozo, Fernando Alexandre, Jean Sony, Seabra, Hugo Morais (Tiago Cintra, 67), Antunes, Zé Manuel (João Paulo, 46), Pouga.

(Suplentes: Fonseca, Gallo, Joel, Paulo Tavares, Tiago Cintra, Léo, João Paulo).

Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Moisés (50).

Assistência: 14 011 espectadores.

O JOGO

[JotaCC]

Sp. Braga supera Leixões (3-1)


Frente a frente em Braga, o segundo e o 15.º classificados, em lugares espelhados da classificação. Acompanhamos em directo o Sp. Braga-Leixões, para a 27.ª jornada da liga.

Sob arbitragem de Lucílio Baptista, as equipas alinham:

SP. BRAGA: Eduardo; Filipe Oliveira, Rodriguez, Moisés e Evaldo; Alan, Madrid e Luís Aguiar; Paulo César, Rentería (Meyong, 58) e Matheus (Penã, 88).
SUPLENTES: Kieszek, Paulão, Diogo Valente, Miguel Garcia, Meyong, Peña e Adriano.

LEIXÕES: Berger; Sony, Nuno Silva, Tucker (Joel, 20), Fernando Cardozo e Antunes; Seabra, Fernando Alexandre e Hugo Morais (Tiago Cintra, 66), José Manuel (João Paulo, intervalo) e Pouga.
SUPLENTES: Fonseca, Gallo, Joel, Paulo Tavares, Tiago Cintra, Léo e João Paulo.

Marcador: 1-0 por Alan (7); 2-0 por Alan (34); 2-1 por Pouga (55); 3-1 por Moisés (85)



Alan: «Agora é torcer pela Académica»

O avançado do Sp. Braga, autor de dois golos frente ao Leixões, diz que a sua equipa «ainda está na luta».

«O primeiro golo? Foi um grande passe do Madrid, toquei por cima e fui feliz. Demonstrámos mais uma vez que estamos na luta e agora vamos torcer pela Académica. É mais uma pressão em cima deles [Benfica], estamos à espera de tudo», disse na flash-interview da SportTV.


Domingos pressiona Benfica: «Vamos ver se é desta»

O Sp. Braga venceu o seu jogo e espera agora para ver o que o Benfica fará em Coimbra. Domingos Paciência reconhece segunda parte menos conseguida frente ao Leixões.

«Era importante ganhar para continuarmos a acreditar no primeiro lugar. Eu disse antes que seria um jogo difícil, pena que o Renteria e o Matheus não tenham conseguido converter as oportunidades que tiveram, pois teríamos ido para o intervalo mais descansados. Depois a equipa não entrou bem na segunda parte, perdemos confiança e os primeiros minutos foram do Leixões. Mas é uma vitória justa e seria desnecessário termos sofrido aquele golo», disse na flash-interview da SportTV.

O técnico recusou que o mau momento tenha sido falta de frescura física e sorriu sobre ficar no sofá a ver o Benfica jogar: «Vamos ver se é desta.»

A BOLA

[JotaCC]

Domingos Paciência: «Vitória justa»
A OPINIÃO DO TREINADOR BRACARENSE

Domingos Paciência, treinador do Sp. Braga, ficou satisfeito com mais um triunfo da sua formação, desta feita ante o Leixões, por 3-1.

"Era importante ganhar para continuar a pensar no primeiro lugar, apesar de ter avisado que não era nada fácil. Estivemos bem na primeira parte, mas na segunda as coisas não correram bem, o que fez com que a equipa ficasse com menos confiança. Contudo, é uma vitória justa", revelou.

"Em termos físicos a equipa está bem e sinto-me tranquilo relativamente a isso", disse depois, em alusão à alegada falta de frescura física da formação.

A terminar Domingos foi questionado sobre o seu sentimento relativamente ao encontro do Benfica, que amanhã alinha com a Académica. E foi irónico, aludindo à possibilidade das águias perderem pontos: "Vamos ver se é desta..."

RECORD

[JotaCC]

Braga vence Leixões (3-1) e mantém-se no encalço do Benfica

Dois golos de Alan e um de Moisés selaram hoje a vitória do Sporting de Braga sobre o Leixões (3-1), na 27.ª jornada da liga de futebol, reduzindo para três pontos a distância face ao líder Benfica.

Com a 13.ª vitória em 14 jogos em casa (apenas um empate, frente à Naval), os "arsenalistas" somam agora 64 pontos, contra 67 dos "encarnados", líderes do campeonato, que jogam domingo em Coimbra, frente à Académica.

Já o Leixões, que entrou em campo sabendo que um dos adversários na luta pela manutenção, o Olhanense, tinha perdido com o Marítimo, desperdiçou o ensejo para reduzir a distância e mantém-se na zona de despromoção, no penúltimo lugar.

Foi o típico jogo com duas partes distintas: na primeira, superioridade absoluta da equipa da casa, com dois golos marcados e outros tantos falhados na cara do guarda-redes; na segunda, boa resposta do Leixões, reduzindo a diferença, mas insuficiente para amealhar pontos.

Se Domingos Paciência disse não saber que Leixões iria enfrentar, os primeiros minutos tiraram quaisquer dúvidas: Fernando Castro Santos fez alinhar um bloco muito baixo e com uma defesa com três centrais.

Mas mesmo com o eixo defensivo reforçado, a equipa de Matosinhos foi incapaz de cortar um passe de cerca de 30 metros, de Andres Madrid, que encontrou Alan isolado perante Berger.

Depois, com muita classe, o ala brasileiro fez um belo "chapéu" de pé esquerdo e dessa forma o golo inaugural.

O primeiro remate do Leixões surgiu aos 14 minutos, por Antunes, forte, mas à figura de Eduardo, e pouco depois (19) Matheus, isolado, falhou o segundo golo, rematando primeiro contra Berger e depois para fora.

Tucker lesionou-se nesse lance e teve mesmo de ser substituído, mas então o Leixões repartia mais o jogo e, aos 30 minutos, criou muito perigo com um remate de Hugo Morais, em posição frontal, valendo o corte providencial de Madrid.

Mas o segundo golo dos bracarenses surgiu pouco depois (34), novamente por Alan (oitavo golo no campeonato), de cabeça, após excelente centro de Filipe Oliveira e culminando uma grande jogada colectiva dos minhotos.

A equipa da casa podia mesmo ter ido para o intervalo ainda mais confortável não fosse o reduzido faro goleador de Renteria - isolado, chutou fraco contra Berger (37)) - e um choque entre o colombiano e Matheus, que se estorvaram mutuamente e desperdiçaram um belo centro de Evaldo (39).

O Leixões entrou bem melhor no segundo tempo e antes do golo, teve dois lances que foram o seu prenúncio, com remates de João Paulo (48) e Fernando Alexandre (52), este com Eduardo a defender com dificuldade, a dois tempos.

O golo marcou-o Pouga, aos 56 minutos e de cabeça, após canto de Antunes da esquerda, num lance com culpas para Eduardo, que teve uma péssima saída dos postes.

Os bracarenses fizeram uma segunda parte bem mais fraca, tendo mesmo passado por alguns calafrios, e só aos 85 minutos descansaram, com o golo marcado por Moisés, após canto de Luís Aguiar da esquerda, já depois de Meyong ter desperdiçado a única oportunidade da equipa neste período (70).

JN

[JotaCC]

Sp. Braga-Leixões, 3-1 (crónica)
E amanhã o Benfica não pode falhar...

Ponto prévio: a boa época do Benfica não é alheia a este Sp. Braga. A equipa de Domingos não cede um milímetro na ambição e obriga o Benfica a estar nos limites. Semana após semana, vitória após vitória, o líder percebe cada vez melhor que não pode falhar. A ser campeão, não o será por falta de comparência.

Veja a ficha do jogo

Mérito do Braga, claro. Muito mérito de Domingos, aliás. A vitória sobre o Leixões foi limpinha, porventura escassa, demasiado perigosa até um certo ponto, mas limpinha, como se disse, e audaz na origem. Audaz na forma como o treinador pensa o jogo, na forma como o reinventa e reinventa também a equipa.

O recuo de Alan para uma posição ligeiramente mais atrasada, por exemplo, mudou tudo. O brasileiro parece ter maiores obrigações de cobertura e uma preocupação mais defensiva, mas é só teoricamente, porque na prática permite-lhe surgir esquivo na zona de finalização e criar situações de superioridade numérica.

Foi a partir daí aliás que esse mesmo Alan marcou dois golos à ponta-de-lança, sempre com o mesmo movimento rápido, a fugir às marcações no espaço entre o central e o lateral, para surpreender os adversários e criar mais uma alternativa de remate. Madrid e Filipe Oliveira colocaram-lhe a bola, o brasileiro fez a vitória.

Foi só um susto, vá lá

É justo dizer que a boa exibição do Sp. Braga também foi provocada pela ausência de oposição. O Leixões é uma equipa frágil, muito frágil, sem talento para atacar, nem tão pouco ambições para o fazer com talento. Na primeira parte viveu da velocidade de Zé Manuel, na segunda das bolas longas para Pouga e João Paulo.

Pelo meio marcou um golo caído do céu aos trambolhões, numa saída em falso de Eduardo que permitiu a Pouga o desvio de sucesso. Por essa altura motivou-se e chegou a lançar algum receio em Braga. Nunca ameaçou verdadeiramente a vitória adversária, mas conseguiu lançar alguma apreensão na equipa bracarense.

Pelo menos durante umas dezenas de minutos. Moisés fez o terceiro golo e repôs a justiça mínima no resultado. O Sp. Braga foi sempre melhor, criou oportunidades de golos com uma cadência interessante, dominou completamente o jogo e ganhou com toda a naturalidade do mundo. Está aí para a luta. Até ao fim, claro.



Alan: «Agora vamos torcer pela Académica»

Alan, autor de dois golos na vitória do Sp. Braga sobre o Leixões (3-1), na flash interview após o jogo

(Sobre o primeiro golo da partida) «Foi um grande passo do Madrid, vi o guarda-redes a sair, toquei por cima, fui feliz.»

(Continuam a acreditar que é possível chegar ao título, agora à espera do jogo do Benfica em Coimbra?) «Demonstrámos mais uma vez que continuamos na luta e vamos torcer pela Académica. É mais uma pressão em cima deles.»


Domingos quer «ver se é desta»; Castro Santos diz que ponto fugiu

Os treinadores de Sp. Braga, Domingos Paciência, e Leixões, Castro Santos, em declarações à Sport Tv após a vitória dos bracarenses na jornada 27 da liga:

Domingos Paciência

«Era importante ganhar para continuar a acreditar. Agora, disse que ia ser difícil e foi. A equipa entrou bem contra um Leixões de bloco baixo. No entanto, a equipa interpretou bem isso e chegou ao 2-0 em duas situações de procura de bola nas costas da defesa. Pena que Rentería e Matheus não tenham aproveitado as oportunidades, pois íamos para o intervalo com maior vantagem.»

«Na segunda parte, o Sp. Braga não entrou bem. O Leixões fez uma alteração e meteu um avançado, a equipa perdeu confiança e os primeiros minutos foram do Leixões. Depois do terceiro golo tudo foi diferente. O 2-1 pôs a equipa intranquila. Se a equipa acusa cansaço? Em termos físicos estou tranquilo.»

«Temos consciência de que quando perdemos jogadores habituados a forma de jogar, desde saída de João Pereira, Vandinho, Mossoró temos um método diferente de jogar. Ainda bem que jogadores estão a assimilar bem. Das três equipas que lutam pelo título fomos a que mais danos sofreu na estrutura.»

[sobre agora ir ver, do sofá, o adversário em campo, à espera de um deslize do Benfica:] «Vamos ver se é desta»

Castro Santos

«Cometemos dois erros defensivos grosseiros, em bolas fáceis de cortar e isso custou-nos. O Sp. Braga é uma equipa que é muito trabalhadora, faz muito bem as transições. Na segunda parte estivemos melhor, marcámos um golo e estivemos perto do segundo, embora quase sempre que a bola chegava perto da área do Sp. Braga havia uma falta do Leixões. No momento em que estamos, não valem boas actuações e acho que deixámos fugir um esta noite.»

«Sabíamos que não seria fácil pontuar aqui e tentei dizer à equipa que era possível. Mas a luta continua, mesmo pelo resultado do Olhanense [perdeu na sexta-feira]. Vai depender das últimas três jornadas. O calendário não é fácil, mas prefiro que seja contra os nossos adversários directos, o que permite encurtar distâncias. Temos agora a Académica e o Olhanense e aí, sim, vamos jogar o nosso futuro.»



Sp. Braga-Leixões, 3-1 (destaques)

Alan, um médio goleador
Desceu no terreno para ficar mais perto do golo. Voltou a actuar no meio-campo, numa posição mais defensiva, mas com liberdade para entrar na área e criar situações de superioridade. É um jogador inteligente, com capacidade de penetração e por isso a aposta tinha tudo para dar certo. Como deu: dois golos e o triunfo.

Filipe Oliveira, cada vez melhor
Demorou a convencer, sobretudo na direita da defesa, sobretudo depois da saída de João Pereira, teve até um ou outro jogo infeliz, mas o tempo tem revelado um lateral melhor. Acima de tudo quando não tem de defender tanto. Esta noite teve pouco que defender e atirou-se para o ataque, criando por exemplo o segundo golo.

Luís Aguiar, uma louca corrida atrás do tempo
Não há dúvidas: o uruguaio é um homem de luta. Demorou a entrar numa equipa que estava bem, recebeu agora um par de oportunidades e não as quer desperdiçar. Corre como um louco, ataca, defende, remata e até faz aberturas perfeitas, como aquela que deixou Rentería na cara do Berger e que o colombiano falhou.

Madrid, um minuto de arte e muitos de esforço
A vitória do Sp. Braga começou em Madrid: fantástica abertura, a rasgar toda a defesa do Leixões e a deixar Alan na cara de Berger, para um chapéu perfeito e o primeiro golo. A assistência lançou-o para um jogo muito rigoroso, esforçado, no qual mostrou excelente posicionamento e habitual inteligência defensiva.

Pouga, não havia muito mais a fazer
Marcou o golo que relançou a ambição do Leixões em arrancar um ponto em Braga, num golpe de cabeça perfeito, que aproveitou a má saída de Eduardo. No resto esteve lutador, esforçado, pediu bolas, deu trabalho pelas barbas a Rodriguez e Moisés e tentou o impossível. Não havia muito mais que pudesse fazer.


Sp. Braga-Leixões, 3-1 (ficha)
Dois golos de Alan mantêm pressão na luta pelo título

O Sp. Braga cumpriu o objectivo de manter até ao fim a pressão na luta pelo título, ao vencer o Leixões por 3-1 neste sábado, em partida da 27ª jornada da Liga.

Dois golos de Alan, aos 8m e 35m, colocaram o Sp. Braga na frente. O Leixões reagiu na segunda parte, ainda reduziu, num golo de Pouga aos 57m, mas o Sp. Braga acabou com as dúvidas aos 85m: marcou Moisés, para selar o resultado.

Sorrisos em Braga, tristeza em Matosinhos, com nova derrota e menos uma jornada para recuperar na luta pela manutenção.

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