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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 03/04

Started by JotaCC, 03 de April de 2010, 07:39

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JotaCC

Guerreiros ressuscitados


Emoção, paixão e um jogo de nervos até ao apito final. Se à partida, um dérbi minhoto entre eternos rivais fazia prever um duelo renhido, os mais de 90 minutos disputados entre Sporting de Braga e Vitória de Guimarães foram electrizantes: quatro grandes penalidades, quatro expulsões e cinco golos, dois já para lá do tempo regulamentar. Uma luta épica, com os 'Guerreiros do Minho' a carimbarem a história com mais uma demonstração clara de raça, determinação e personalidade imensas. Mesmo depois de uma primeira parte apagada. E em desvantagem desde os 18 minutos.
Em sexta-feira santa, a fé iluminou os guerreiros, que souberam dar a volta, renascer da batalha da Luz e ressuscitar, deixando o Vitória pregado na cruz. O sonho do título continua vivo. E garantida está já a melhor classificação da história. Mesmo que com polémicas à mistura, num jogo ingrato para o trio de arbitragem.
O Sp. Braga entrou em campo com três caras novas no onze e deu o primeiro sinal com um remate de Matheus ao lado da ba-liza de Nilson, mas acabou por ser o Vitória a pressionar e a controlar o jogo até à meia-hora.
Num duelo assente na rivalidade histórica entre os dois clubes, dentro das quatro linhas também os nervos se exaltaram logo aos seis minutos com um lance polémico a aquecer os ânimos.
Canto mais curto de Andrezinho e, na área Moisés corta o lance com a cabeça, mas o árbitro Artur Soares Dias assinala prontamente grande penalidade. Que a acontecer seria um erro tremendo, já que o central desviou de cabeça. O juiz acabou por anular a decisão após conversa com o auxiliar Rui Licínio.
A controlar o jogo, o Vitória só não chegou ao golo aos 16 minutos, porque Eduardo aplicou-se para cortar um livre de Desmarets, precisamente o autor do golo que ditou a derrota arsenalista no jogo da primeira volta.
Bastaram, no entanto, dois minutos para os vimaranenses festejarem. Um tiro de Rui Miguel só parou no fundo das redes, numa jogada que deixa dú-vidas. Andrezinho lançou para a área e Marquinho amorteceu a bola, aparentemente com o pei- to, mas fica a sensação de ser com o braço.
O golo gelou a pedreira, mas o Sp. Braga reagiu (Moisés cabeceou ao lado) e chegou ao empate num lance, novamente, com uma mão à mistura. Falta sobre Rafael Bastos à entrada da área, na cobrança do livre de Luís Aguiar, Andrezinho desviou a bola com o braço e o árbitro assinalou grande penalidade. Apesar dos protestos, o castigo foi convertido por Alan que, depois de uma paradinha, atirou em cheio. Golo com dedicatória especial para Mossoró.
Na segunda parte, Domingos lançou Rentería para o lugar de Rafael Bastos, dando mais mobilidade ao ataque - o que faltou durante os primeiros 45 minutos - e o colombiano respondeu da melhor maneira. Falhou de forma inacreditável o golo, aos 62, quando tinha baliza aberta e tudo para marcar, mas acabou por ser decisivo ao 'arrancar' uma grande penalidade clara, depois de ter sido travado por Valdomiro. Chamado a marcar, Meyong não desperdiçou e deixou em delírio os adeptos.
Quando já ninguém esperava mudanças no marcador, uma falta de Rodriguez na área ditou novo penálti, desta vez a favor dos vimaranenses. Andrezinho empatou já no primeiro minuto dos descontos, mas as emoções não ficavam por aqui. Três minutos depois - no último dos quatro de descontos - Flávio Meireles puxa a camisola a Rentería e o juiz assinala grande penalidade. Meyong bisou e selou o triunfo arsenalista.
Com os ânimos à flor da pele, o Vitória terminou com apenas sete jogadores. A confusão estendeu-se também às bancadas, manchando um dérbi emotivo.

Domingos Paciência: "Árbitro não influenciou"

O dérbi minhoto entre Sp. Braga e Vitória de Guimarães ficou marcado por quatro grandes penalidades e quatro expulsões para os vimaranenses, mas para Domingos Paciência o árbitro Artur Soares Dias não teve influência no resultado final. "Da minha perspectiva, o árbitro acaba por não ter influência. Não foi um jogo fácil, nem para os jogadores nem para o árbitro. Há muitos lances para analisar. Em algumas situações fomos beneficiados, como em outras prejudicados. O jogo acaba por ficar decidido em lances de grande decisão, como penálties, mas no jogo jogado, o Sp. Braga teve as oportunidades mais flagrantes. Não entrámos bem no jogo, porque defrontámos uma equipa agressiva e muito forte. O penálti contra nós não existe e o penálti contra o Vitória pode não existir, mas já estávamos a ganhar", sublinhou o técnico, deixando claro, no entanto, que "a vida do árbitro complicou-se a certa altura".
Quanto ao futuro, Domingos Paciência foi peremptório e não se alongou: "vamos viver isto que se passou aqui. Foi um jogo atípico, mas com um ambiente fantástico. Foi um jogo emocionante". Sem pensar num lugar na Liga dos Campeões, o técnico confessar estar antes preocupado com os jogos que faltam para o fim do campeonato. "Nesta altura, preocupam-me os jogos que faltam. Vamos fazer a nossa parte e ganhar os nossos jogos. Sendo um campeonato a pontos, é natural que torcemos para que os adversários percam pontos".

Emílio Macedo da Silva, presidente do Vitória


"Assistimos a uma triste cena. Foi uma arbitragem desastrosa, sem nível, sem critérios, vergonhosa. Agora quero ver quem vai ressarcir o Vitória por ter acabado com sete jogadores em campo. O Vitória vai protestar o jogo. Vimos um vermelho no ar para o Rodriguez e ele continuou a jogar. O árbitro perdeu a cabeça, desde que marcou o penálti ao Sp. Braga e voltou atrás".


Folar com sabor histórico


O terceiro lugar está garantido. Um marco histórico para o Sp. Braga. Desde 1921, o clube arsenalista nunca passou do quarto lugar na liga Portuguesa de Futebol, mas a brilhante campanha esta época garante já essa página de ouro no percurso do emblema minhoto. O triunfo de ontem, frente ao Vitória de Guimarães (3-2), garante 58 pontos e o segundo lugar da tabela, quando faltam cinco jornadas para o final do campeonato. Precisamente aquela que era a melhor marca pontual alguma vez alcançada pela equipa arsenalista (época 2005-2006).
Com o triunfo no dérbi minhoto, o Sporting de Braga tem agora mais 17 pontos do que o Sporting, quando estão 15 pontos ainda em disputa. Por isso, o terceiro lugar já ninguém o tira ao Sp. Braga. E a pressão sobre o Benfica intensifica-se. De olho no sonho do título.
A vitória no dérbi minhoto significa também um lugar para Domingos Paciência na história. O técnico não só alcança, para já, a melhor classificação de sempre, como mantém a equipa na luta pelo título e o acesso inédito à Liga dos Campeões. E ultrapassa a marca de máximo de vitórias - 17 - que Jesualdo Ferreira tinha alcançado em 2005/06. O registo é agora de 18 e pode continuar a crescer. Em termos de estatística, dos 39 pontos possíveis de obter no Estádio Municipal, o Sp. Braga só perdeu dois, fruto do empate perante a Naval.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Dérbi polémico mantém Braga na luta do título

Expulsões, penalidades e decisões erradas do árbitro tiveram influência directa num resultado final que penalizou V. Guimarães.

É da tradição que o dérbi minhoto seja um jogo electrizante, intenso, emotivo e, até, polémico. Ontem, foi tudo isso em doses industriais, com um triunfo suado do Sp. Braga frente ao V. Guimarães num jogo recheado de golos (quatro deles de grande penalidade), expulsões (quatro, todas a castigar os vimaranenses), distúrbios nas bancadas e resultado incerto mesmo, mesmo até ao final.

Os bracarenses, que só chegarem à vantagem no último dos oito minutos de descontos, após o que pareceu uma má decisão do árbitro Artur Soares Dias, continuam assim na peugada do líder Benfica, mantendo também distância segura para o 3.º classificado FC Porto.

Já o Vitória de Guimarães, que não merecia sair da Pedreira sem pontuar, pela forma como colocou em xeque os bracarenses no seu terreno, vê ameaçadas as suas aspirações europeias e, depois de ter terminado o jogo com sete unidades, devido a expulsões (três delas por protestos perante a actuação do árbitro), terá de preparar o próximo desafio sem quatro habituais titulares.

O árbitro Artur Soares Dias teve tarde de muito trabalho: puxou de 12 cartões, quarto deles vermelhos, e vislumbrou quatro grandes penalidades - num misto de decisões acertadas, duvidosas e erradas, que acabaram por ter influência no resultado final.

Aliás, a partida começou, praticamente, com os holofotes em cima do juiz portuense, que logo aos seis minutos viu o fiscal de linha ter de rectificar a decisão de assinalar uma grande penalidade a favor do Guimarães, por pretensa mão de Moisés.

Os vimaranenses não se destabilizaram com a hesitação do árbitro, e aos 18 minutos, inauguraram o marcador, por Rui Miguel.

O Braga, até então encolhido pela pressão dos visitantes, só aí conseguiu soltar-se. Mas apenas através de um castigo máximo, assinalado a quatro minutos do intervalo, restabeleceu o empate, por Alan.

Esperava-se que o segundo tempo, marcado pelas entradas dos trunfos bracarenses Renteria e Meyong, pudesse serenar um jogo disputado com nervos à flor da pele, e que até a 11 minutos do final foi disputado com garra, momentos de bom de futebol e iminentes situações de golo.

A partir de então, "o caldo entornou-se de vez" e o desfecho tornou-se imprevisível: duas grandes penalidades - para o Braga, aos 79', e para Guimarães já aos 92' -, incendiaram os ânimos nas bancadas, num rastilho de pólvora que pareceu ter contaminado o relvado e afectado ainda mais Artur Soares Dias, que no último suspiro do encontro descortinou uma falta inexistente de Flávio sobre Renteria na área, o que daria a Meyong a hipótese de ganhar a partida para o Sp. Braga.


DN

JotaCC

Liga: Equipa de arbitragem contestada por ambas as equipas
Braga vence nos...penáltis



Quatro grandes penalidades – mais uma do que o árbitro Artur Soares Dias voltou atrás na decisão –, quatro expulsões, cinco golos e um final dramático, que motivou protestos de ambas as partes e uma carga policial na zona onde se encontrava a claque do V. Guimarães. Ainda assim, o Sp. Braga saiu da luta por cima, desforrando-se da derrota imposta pelo vizinho na primeira volta, com três golos de grande penalidade (3-2).

Com o triunfo de ontem, o Sp. Braga mantém a pressão sobre o Benfica na luta pela liderança da Liga. Rui Miguel marcou o único golo sem a intervenção do árbitro Artur Soares Dias, aos 18'. Ainda assim, a equipa da casa protestou contra o juiz do Porto, alegando que a jogada certeira tinha sido amortecida pela mão de Marquinho. Antes, o árbitro tinha anulado uma grande penalidade por alegada mão de Moisés, depois de conversar com o seu auxiliar.

Aos 41', o Sporting de Braga empatou em novo lance com mão à mistura. A bola desviou no cotovelo de Andrezinho e Alan aproveitou para converter o castigo máximo e dedicar o golo a Mossoró. Depois, Meyong saltou do banco para converter outra grande penalidade, aos 79', por carga de Valdomiro sobre Rentería, o que valeu a expulsão ao central do V. Guimarães.

E numa altura em que os vitorianos se encontravam por cima, Rodriguez derrubou Roberto em zona proibida. Andrezinho transformou o castigo sem mácula, restabelecendo a igualdade nos descontos. Seguiu-se uma espiral de expulsões, a maioria por protestos; Andrezinho foi expulso no lugar de Flávio Meireles, que tocou sem falta em Rentería, mas viu o árbitro a decretar nova grande penalidade, que Meyong transformou com êxito.

FICHA DO JOGO

LIGA - 25.ª Jornada - 02/04/2010

Estádio Municipal de Braga - Assistência: 14 000

Golos: 0-1 R. Miguel (18'), 1-1 Alan (41'g.p), 2-1 Meyong (79'g.p), 2-2 Andrezinho (90+2'g.p), 3-2 Meyong (90+5'g.p)

SP. BRAGA

Eduardo, Filipe Oliveira, Rodríguez, Moisés, Evaldo, Andrés Madrid, Rafael Bastos (Rentería 55'), Luis Aguiar, Alan, Paulo César (Meyong 71'), Matheus (Hugo Viana 82').

Treinador: Domingos Paciência

V. GUIMARÃES

Nilson, Alex, Lazzaretti, Valdomiro, Andrezinho, Moreno (F. Meireles 46'), João Alves, Nuno Assis, Desmarets, Rui Miguel (J. Gonçalves 83'), Marquinho (Roberto 67').

Treinador: Paulo Sérgio

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

Disciplina: amarelos: Alex (40'), Moreno (44'), L. Aguiar (52'), Andrezinho (64' e 90+4'), Rodríguez (90+1'), Meyong (90+7'), Eduardo (90+8'), Paulão (90+8') VERMELHO: Valdomiro (77'), João Alves (90+4'), Andrezinho (90+4'), Desmarets (90+8')

Classificação do jogo: 4


CORREIO DA MANHA

JotaCC

SC Braga vence Vitória em jogo cheio de polémica                  



O dérbi minhoto que abriu a 25ª jornada da Liga Sagres foi um dos jogos mais incaracterístico deste campeonato.  O jogo terminou com cinco golos, quatro expulsões e quatro pénalties. Com dois golos já depois do tempo regulamentar, um para cada equipa, foram os homens da casa que acabaram por vencer o jogo grande da jornada, por 3-2.


Meyong entrou na segunda parte para bisar e decidir o dérbi a favor do Braga.

No Minho, um jogo entre SC Braga e Vitória de Guimarães é sempre um jogo especial, mas já há muito tempo que um dérbi não tinha tanto em jogo. Os arsenalistas ainda acreditam no título e têm um lugar na Liga dos Campeões para manter; os vimaranenses desejavam manter-se na luta pela quarto lugar do campeonato.

Os treinadores decidiram surpreender e ambos apresentaram alterações nas equipas iniciais. Domingos Paciência deixou Hugo Viana e Renteria no banco de suplentes e decidiu dar a oportunidade a Matheus e RafaelBastos. Já Paulo Sérgio optou por jogar com Marquinho em detrimento de Roberto, concedendo também a Rui Miguel a titularidade no encontro.

Num jogo considerado de alto risco, esperavam-se muitos adeptos nas bancadas do Estádio AXA. No entanto, o mau tempo que se registou em Braga fez com que não estivessem mais de 15 mil pessoas nas bancadas.

A partida iniciou-se muito equilibrada, com ambas as equipas a procurarem desde cedo um golo que lhes desse vantagem. O golo não surgiu de imediato, mas a polémica sim. Cinco minutos de jogo e primeiro caso do encontro. Livre lateral para o Vitória. Bola para a área, onde Moisés cabeceia. O árbitro viu penálti, por mão. Mostra o cartão amarelo ao jogador bracarense e assinala grande-penalidade. No entanto, após conversa com o auxiliar, Artur Soares Dias volta atrás na decisão e tanto o pénalti como o amarelo ficam sem efeito. Estranha mas correcta esta decisão do árbitro do Porto.

O jogo manteve-se equilibrado e ambas as equipas dispuseram de boas ocasiões para inaugurar o marcador. Foi então que apareceu Rui Miguel.O médio tem andado de pé quente, e após assistência de Marquinho, rematou colocado, fazendo o primeiro golo da partida para o Vitória de Guimarães.

Após o golo vimaranense o jogo acalmou, e passou a ser jogado mais no meio-campo, com as equipas a não criarem situações de perigo perto das balizas.

Aos 39 minutos, após um livre de Luís Aguiar, Andrezinho corta a bola com a mão. Artur Soares Dias aponta para a marca de grande-penalidade, desta vez sem voltar atrás na sua decisão. Alan, com toda a calma do mundo, engana Nilson e faz o empate para a equipa da casa com dedicação especial para o lesionado Mossoró, que não jogará mais esta época.
Empate justo ao intervalo

A segunda parte inicia-se com um Vitória de Guimarães superior. A equipa de Paulo Sérgio controlava a partida, trocando bem a bola e remetendo o SC Braga para o seu meio-campo defensivo. Apesar desta superioridade, os vimaranenses não conseguiram criar grande perigo para a baliza de Eduardo.

A melhor oportunidade do jogo surgiu para o Sp. Braga. Renteria completamente isolado, foi demasiado displicente, e não conseguiu dar vantagem aos bracarenses. No entanto, aos 76 minutos, após um desentendimento entre Gustavo e Valdomiro, Renteria surge novamamente isolado, com Valdomiro a agarrá-lo e causar pénalti. O central vimaranense foi expulso, e Meyong, que tinha entrado para o lugar de Paulo César, não vacilou e colocou o Braga em vantagem no jogo pela primeira vez.

O jogo aproximava-se do final e tanto no campo como fora dele o ambiente era cada vez mais quente. Começam a jogar-se os descontos e o Vitória partia em busca da igualdade. Após um cruzamento da ala esquerda vimaranense, Rodriguez apoia-se em Roberto para cabecear a bola, o árbitro não exita: grande-penalidade para o Vitória. Rodriguez leva amarelo, Artur Soares Dias pensa que é o segundo e expulsa-o; no entanto o central peruano ainda não tinha visto qualquer cartão, o que levou o árbitro da partida a anular, mais uma vez, uma decisão sua. Chamado a marcar, Andrezinho não desperdiçou o pénalti, empatando novamente a partida.

Três pénaltis, uma expulsão e uns quantos equívocos, mas o jogo ainda não estava concluído. 94 minutos, Renteria sente um pequeno puxão na camisola e atira-se para o chão na área vimaranense. O juiz do Porto aponta pela quinta vez (!) para a marca de grande-penalidade. Na sequência do lance, João Alves e Andrezinho não se contêm nos protestos e são expulsos. Meyong, chamado novamente a converter o castigo máximo, engana  Nilson e faz o 3-2 para o SC  Braga. Após o golo, Desmarests também foi expulso, reduzindo o Vitória a sete elementos.

O jogo terminava segundos depois. O SC Braga vingava assim a derrota da primeira volta no D. Afonso Henriques e mantinha a esperança na conquista do título. Os vimaranenses atrasam-se na luta pelo quarto lugar e ficam privados de quatro jogadores para o próximo encontro.

Num jogo que se previam quente devido à rivalidade entre os dois emblemas vizinhos, foi um homem do Porto que se tornou protagonista. Artur Soares Dias errou, corrigiu, voltou a errar, apontou cinco vezes para a marca de grande-penalidade, mostrou sete amarelos e cinco vermelhos . Números incríveis para um jogo só.

Paulo Sérgio indignado com arbitragem, Domingos Paciência "feliz"com vitória num jogo "emocionante"

Domingos Paciência falou com naturalidade dos lances polémicos da partida. Segundo o técnico bracarense tratou-se de "um jogo atípico" com a vida do árbitro a complicar-se a certa altura. "Não foi um jogo fácil, nem para os jogadores nem para o árbitro. Há muitos casos para analisar.Em alguns fomos beneficiados, outros prejudicados. O jogo acaba por ser decidido em penalties. O penalty contra nós não existe, como o penalty contra o Vitória pode não existir", afirma Domingos. Sobre o futuro, o técnico do Sp.Braga afirma que nesta altura "só preocupam os jogos que faltam" e mostra-se ambicioso: "vamos fazer a nossa parte e ganhar os nossos jogos".

Paulo Sérgio recusou-se a aparecer na conferência de imprensa. No entanto, em declarações à Sporttv, o técnico vimaranense mostrou-se muito indignado com a arbitragem: "O pecado que cometemos foi termos marcado.Marcámos dois golos, mas se tivéssemos marcado três, teria havido quatro ou cinco ou seis penalties, não sei". Apesar da insatisfação, Paulo Sérgio deixou palavras de apoio aos seus jogadores e aos associados. "Tenho que dar os parabéns aos meus jogadores e à multidão de adeptos vimaranenses que vieram a este estádio", afirmou.

No final do jogo, Emídio Macedo, presidente do Vitória SC,compareceu na sala de imprensa para afirmar que o seu clube iria protestar ojogo: "O Vitória vai protestar o jogo. Vimos um vermelho no ar para o Rodriguez e ele continuou a jogar. É um erro técnico! O nosso capitão não recebeu nenhuma justificação do árbitro". As críticas a Artur Soares Dias não se ficaram por aqui. Emídio Macedo diz ter assistido a "muitas cenas tristes no jogo". "Nuncavi um árbitro marcar um penalty e, passar minuto ou minuto e meio, voltar atrás. O terceiro penalty, quem viu as imagens, não tem dúvidas, e quanto a mim, o primeiro também não existe. Vou ter de dizer ao Andrezinho para cortar o braço. Assistimos a uma triste cena. Foi uma arbitragem desastrosa, sem nível,sem critérios, vergonhosa. Agora quero ver quem vai ressarcir o Vitória por ter acabado com sete em campo, atirou indignado o presidente do Vitória de Guimarães.

Na próxima jornada o Sporting de Braga desloca-se ao terreno do União de Leiria, ao passo que o Vitória de Guimarães recebe, no D. AfonsoHenriques, a formação do Olhanense.

ComUM

JotaCC

Do sonho ao título são mais de 11 metros

A história deste jogo tem de se contar de trás para a frente. As três expulsões de jogadores vimaranenses no último minuto não reflectem apenas o desespero de quem sentiu um ponto a fugir depois de ter empatado já após os 90 minutos, mas também a fúria acumulada cinco penáltis depois de ter começado o recital de Artur Soares Dias. O primeiro, favorável ao Guimarães, morreu à nascença, pois o árbitro voltou, e bem, com a palavra atrás. Os outros encerram dúvidas e provocaram a discórdia que haveria de definir o vencedor deste jogo: três para o Braga, um para o Guimarães.

O dérbi minhoto foi quase sempre mal jogado, mas superou todas as expectativas nos capítulos da emoção e da intensidade. Com tantas penalidades e quatro jogadores expulsos, era impossível não ser assim. Também houve desacatos nas bancadas, e até Rodriguez expulso por acumulação de... um amarelo. Mais um erro pelo qual Soares Dias se penitenciou logo, noutro exemplo de que o juiz estava de cabeça perdida. Se Vítor Pereira estivesse na bancada, substituía-o imediatamente. Assim, o árbitro ainda teve tempo de voltar a errar ao assinalar o último castigo máximo, o tal que permite a este jogo figurar no livro de honra desta Liga como o jogo da época com mais penáltis assinalados; há exactamente uma volta, no Leixões-Nacional, João Capela assinalou três.

Objectivamente, ninguém pode dizer que a globalidade do jogo mostrou uma equipa melhor do que a outra. Ambas se superiorizaram a espaços e se igualaram no número de oportunidades criadas. O Vitória começou muito melhor. Rafael Bastos continua inadaptado e abre um buraco enorme no meio-campo que condiciona a acção dos avançados. Pior, oferece total liberdade ao adversário para assumir o jogo e controlar a bola. Luis Aguiar, que funciona bem como muleta de ataque , esteve sempre muito recuado. O Braga melhorou no período entre o golo do empate e o que daria a primeira vantagem. Mas nunca acima do razoável. Ao Guimarães faltou um Nuno Assis próximo do habitual; nessa fase em que o Braga se abriu, teria sido de uma utilidade extrema.

A vitória no dérbi permite manter o sonho do título vivo. Para lá chegar, contudo, é preciso retomar a forma antiga, pois nos próximos jogos não haverá três penáltis para atalhar caminho. A ausência de Mossoró é um obstáculo difícil de superar, mas ontem até foi o desejo de lhe oferecer a vitória que ajudou os bravos guerreiros a erguerem-se após o duro golpe que foi o penálti cometido por Rodriguez aos 90'. Nessa altura, ninguém esperava outro resultado que não o justo empate, que só satisfazia o Guimarães. Para Domingos, só a vitória permitia fazer história: ontem igualou os 58 pontos de Jesualdo Ferreira, mas garantiu um inédito terceiro lugar. É o melhor Braga de sempre.


Braga 3-2 Guimarães

Estádio axa

relvado bom

13 059 espectadores

Árbitro Artur Soares dias (AF Porto)

Assistentes Rui Licínio e João Silva

4º árbitro Vasco Santos

-
Braga

Treinador Domingos Paciência

1 Eduardo GR 6

27 Filipe Oliveira LD 5

5 Moisés DC 4

2 Rodriguez DC 4

6 Evaldo LE 6

23 Madrid MD 5

10 Luis Aguiar MO 5

22 Rafael Bastos MO a 55' 3

30 Alan AD 7

99 Matheus AV a 83' 5

9 Paulo César AE a 71' 5

-

31 Kieszek GR

15 Miguel Garcia LD

3 Paulão DC

45 Hugo Viana MO d 83' 3

11 Diogo Valente AE

18 Renteria AV d 55' 5

19 Meyong AV d 71' 6

-

Golos: [1-1] 41' Alan (g.p.) [2-1] 79' Meyong (g.p.) [3-2] 90+6' Meyong (g.p.)

amarelos 52' Luis Aguiar, 90' Rodriguez, 90+6' Paulão, 90+6' Eduardo

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [5] Remates para fora [4] Cruzamentos [12] Cantos [6]

Faltas [17] Posse de bola [50%]
Guimarães

Treinador Paulo Sérgio

1 Nilson GR 4

79 Alex LD 6

22 Gustavo DC 4

5 Valdomiro DC 3

31 Andrezinho LE 3

18 Moreno MD a INT 4

80 João Alves MO 5

10 Nuno Assis MO 4

17 Rui Miguel AD a 84' 6

39 Marquinho AV a 68' 5

20 Desmarets AE 4

-

50 Serginho GR

34 Leandro DC

98 Bruno Telles LE

26 Flávio Meireles MD d INT 5

11 Renan MD

13 Jorge Gonçalves AD d 84' 3

9 Roberto AV d 68' 5

-

Golos [0-1] 18' Rui Miguel [2-2] 90+1' Andrezinho (g.p.)

amarelos 41' Alex, 44' Moreno, 64' e 90+4 Andrezinho, 90+5 Roberto

vermelhos 78' Valdomiro, 90+4' João Alves, 90+4' Andrezinho, 90+5' Desmarets

Remates à baliza [7] Remates para fora [5] Cruzamentos [20] Cantos [3]

Faltas [16] Posse de bola [50%]


Arbitragem
Só um auxiliar sai ileso

Do trio de arbitragem, só Rui Licínio sai ileso. Foi ele que evitou que Artur Soares Dias assinalasse um penálti injusto aos 7'. Decisivo foi também o outro auxiliar, Rui Silva, mas por apontar braço de Andrezinho no golo do empate. Falta de coragem do árbitro principal, que estava mais bem colocado. Quanto às expulsões, só ele sabe o que terá ouvido...



O Momento: 90+6' [3-2]
Renteria aproveitou desnorte de Soares Dias e Meyong deu corpo à vitória

É verdade que Andrezinho tocou nas costas de Renteria quando este entrava na área, mas aparentemente sem intensidade para que o colombiano se desequilibrasse. O desnorte de Artur Soares Dias incentivava a que o avançado caísse, e este assim fez. O árbitro ainda teve dúvidas, mas lá apontou para a marca dos 11 metros pela quinta vez em 90 minutos (na primeira alterou depois a sua decisão). Meyong não desperdiçou o primeiro bis da época e reacendeu a chama do título. Com a compensação já esgotada e o Guimarães reduzido a sete jogadores, a vitória estava garantida. Respirou-se de alívio na bancada.


Lances-chave

7' O árbitro assinala mão de Moisés dentro da área. Chamado pelo assistente, reconsidera e anula o penálti que assinalara.

17' Livre frontal. Desmarets vai colocar na área, mas vê Eduardo adiantado e remata directo. O guardião brilha e tira para canto.

18' [0-1] De costas para a baliza, Marquinho amortece com o peito para a entrada da área, e Rui Miguel aparece a rematar para golo.

32' Canto para Luis Aguiar, e Matheus, de cabeça, remata a rasar o poste.

41' [1-1] Luis Aguiar bate um livre contra o braço de Andrezinho, dentro da área. O árbitro assistente considerou intencional a acção. Alan converteu o respectivo penálti.

63' Alan isola Renteria e Matheus. A bola fica nos pés do colombiano, mas este, com a baliza aberta, hesita, atrapalha-se, e Valdomiro acaba por interceptar.

67' Eduardo repõe a bola em Moisés, que está apertado e perde para Nuno Assis. O médio entra na área e assiste Marquinho, que chega ligeiramente tarde para a emenda.

78' Valdomiro atrasa a bola contra Gustavo. Este não estava à espera, e Renteria aproveita para se isolar. Valdomiro agarra-o até à área, e Meyong converte o penálti respectivo.

90' Rodriguez salta com as mãos sobre Roberto dentro da área. Penálti convertido por o Andrezinho.

90+6' [3-2] Meyong marca novo penálti.



A Estrela: Alan (7)
Andrezinho despertou o seu maior pesadelo

Quando Artur Soares Dias considerou que Andrezinho jogou a bola com o braço, o lateral do Guimarães estaria longe de imaginar que esse minuto (40') despertaria o seu maior pesadelo: Alan. O extremo até vinha revelando algumas dificuldades para criar desequilíbrios, mas a partir do momento em que bateu a grande penalidade - alcançando assim o sexto golo na Liga - subiu drasticamente de produção e transformou-se na maior fonte de perigo do Braga.

História do jogo
Como sofre o coração de Mossoró

Os companheiros dedicaram os golos ao médio brasileiro, que vibrou da bancada com o triunfo frente ao rival minhoto.
Os adeptos do Braga cantam que "ninguém pára o Mossoró", e a verdade é que, mesmo limitado na locomoção, o médio esteve no Estádio AXA para ver os companheiros dedicarem-lhe os três golos que marcaram ao Guimarães. Alan foi o primeiro, exibindo para a bancada uma camisola com o número 8 que lhe havia sido arremessada por Jorge Vital, e Meyong repetiu-lhe o gesto. O coração do brasileiro, a bater mais depressa que o habitual devido à intensidade do encontro, pulou de alegria e quase não aguentou. "Depois deste jogo, do coração não morro mais", confessou entre sorrisos o bracarense, que agradeceu "o apoio dos adeptos e dos companheiros". "Assim, o tempo vai passar rápido", acrescentou.



O Braga um a um
Alan vai à fonte de Meyong

Eduardo 6

Nunca se deixou surpreender e evitou com segurança todos os remates, exceptuando os de Rui Miguel e Andrezinho.

Filipe Oliveira 5

Teve dificuldade para controlar Desmarets, que se mexeu quase sempre nas suas costas.

Moisés 4


Perturbado por um erro que o árbitro quase cometia, deu muito espaço a Marquinho no lance do golo do 0-1 e quase ofereceu o 1-2 a Assis (66').

Rodriguez 4

Estava a fazer um jogo impecável até ter uma branca e cometer o penálti que deu o 2-2.

Evaldo 6

Além de ter fechado bem o seu flanco, ainda evitou que um erro de Moisés (66') resultasse em males maiores.

Madrid 5

Entrou a cometer muitos erros no passe, mas com o tempo acalmou, obrigando Assis a procurar outros terrenos.

Luís Aguiar 5


Livrou-se da letargia que o afectou na primeira parte, melhorando quando jogou mais à frente no terreno.

Rafael Bastos 3


Nunca assumiu a organização do jogo ofensivo e por isso foi o primeiro a sair.

Paulo César 5

À esquerda ou no meio, foi um dos mais activos do ataque.

Matheus 5

É um quebra-cabeças quando joga simples e foi o primeiro a alvejar Nilson. O pior foi quando se agarrou à bola...

Renteria 5

Sofreu dois penáltis, e o último até deu o triunfo ao Braga! Mas falhou um golo incrível.

Meyong 6


Enganou Nilson nas duas grandes penalidades que cobrou, atingindo o nono golo na Liga.

Hugo Viana 3


Sete minutos regulares.


O JOGO


JotaCC

Domingos Paciência
"Não crucifiquemos ninguém"

Foi uma vitória do Braga, num jogo marcado por muitos casos, como considerou Domingos Paciência. "Não foi um jogo fácil nem para os jogadores nem para o árbitro. Houve muitos lances que requerem análise, pois em casa é fácil analisar, mas no terreno torna-se mais difícil. O penálti do golo do Guimarães não existiu e é provável que a nosso favor também não tenha existido um. Foi um jogo de grandes decisões nos penáltis", referiu.

Domingos destacou ainda: "Em jogo jogado o Braga foi superior e teve as melhores oportunidades. Frente a uma equipa agressiva, não entrámos bem."

Depois, voltou a falar da arbitragem. "Quando o árbitro marcou penálti a nosso favor e depois voltou com a decisão atrás, aceitámos e noutras situações o adversário não aceitou as decisões da equipa de arbitragem", acusou.

A vitória de ontem aproxima o Braga do Benfica e mantém a diferença para o FC Porto. "Vamos pensar no que se passou aqui e nas situações de um jogo atípico, mas um grande espectáculo emocional. Faltam cinco jogos e vamos procurar ganhá-los. Torcemos para que os nossos adversários directos percam pontos, mas temos que pensar é em vencer os nossos", concluiu o treinador do Braga.



Moisés

"Árbitro foi correcto"

Protagonista do primeiro lance polémico do jogo, Moisés tem a certeza de que Artur Soares Dias procedeu bem ao revogar o penálti inicialmente assinalado. "O árbitro cumpriu as regras ao mudar os planos", sentenciou o capitão arsenalista, garantindo que o árbitro teve o cuidado de explicar a não expulsão do central Rodriguez. "Ele informou-se junto do auxiliar e percebeu que o Rodriguez não tinha visto o primeiro amarelo. Tomou a decisão correcta", reforçou.



O Tribunal de O JOGO


Que Artur Soares Dias interferiu no resultado foi a opinião unânime do painel de especialistas do Tribunal O JOGO. Não restou qualquer dúvida quanto ao erro do árbitro do Porto em relação à última grande penalidade, já nos descontos, que acabaria por marcar o desfecho do encontro com a vitória do Braga. Garantem que Renteria não foi travado em falta por Flávio Meireles. À excepção de António Rola, todos concordaram com o penálti aos 77'.


Momento mais complicado

90'+4' Flávio Meireles cometeu penálti sobre Renteria?

Jorge Coroado

-

Aqui, o árbitro borrou a pintura deixando-se ludibriar. Se mais tranquilo, teria acabado o jogo sem assumir a decisão errada que teve.
Rosa Santos

-

Foi um lance decisivo, pois o árbitro teve influência no resultado. Renteria deveria ter sido punido com um cartão amarelo por simular grande penalidade.
António Rola

-

Renteria não sofreu qualquer falta que provocasse a sua queda. Esteve mal o árbitro ao sancionar penálti, um lance que teve influência no resultado.

Outros casos

6' Artur Soares Dias fez bem ao voltar atrás na decisão de assinalar penálti?

19' Golo do Guimarães foi marcado de forma legal?

39' Houve intenção de Andrezinho em desviar a bola com braço?

77' Penálti bem assinalado por infracção de Valdomiro?

90'+1' Rodriguez apoia-se sobre Roberto. É falta para penálti?


Jorge Coroado

+

Esteve bem o árbitro ao corrigir a decisão inicial por indicação do árbitro-assistente.

+

As imagens não esclarecem se a bola vai ao peito ou perto do braço. O árbitro tinha um ângulo de visão mais positivo.

+

Há, de facto, um movimento com o braço esquerdo, afastando o lance para grande penalidade.

+

Valdomiro começou a agarrar fora, largou e voltou a agarrar, contribuindo para a queda de Renteria. Penálti justificou-se.

+

Rodriguez apoiou-se objectivamente no adversário, ganhando posição para cabecear. Grande penalidade inequívoca.

Rosa Santos

+

O árbitro esteve bem; Moisés toca a bola com a cabeça e não com a mão.

+

É um golo legal. Pelo que se vê nas imagens, a bola bate-lhe no peito numa zona que os regulamentos aceitam.

+

Ele podia não ter intenção, mas ao saltar desviou com o cotovelo que está voltado para a frente do corpo, desviando a trajectória da bola.

+

Sim, o jogador do Guimarães agarrou ostensivamente o adversário, largou e voltou a agarrar na área. Penálti e vermelho correctos.

+

Rodriguez apoia-se, fazendo grande penalidade que, a meu ver, merecia ter sido punida com vermelho.

António Rola

+

O árbitro equivocou-se e teve a ajuda preciosa do árbitro assistente, que lhe permitiu corrigir o erro grave. Lance que marcou o trabalho do árbitro.

+

O jogador do Guimarães que passa a bola ao colega fê-lo de forma legal. O golo é limpo.

+

É um lance que permite várias interpretações, no entanto o jogador do Guimarães fez um movimento lateral com o braço junto ao corpo.

-

Não. Renteria foi agarrado e sofreu uma segunda falta fora da área de grande penalidade. O árbitro errou.

+

Rodriguez carregou o adversário pelas costas. Esteve bem o árbitro ao assinalar grande penalidade.

Apreciação global

Jorge Coroado

Foi um jogo muito difícil com decisões certas, mas teve muitas outras erradas. Há ainda a registar um penálti por assinalar por desvio de um remate de Alan.

Rosa Santos

Jogo muito difícil, com um ou outro lance que se poderia censurar. Má arbitragem por ter tido influência no resultado.

António Rola

Soares Dias, o mais recente árbitro internacional, provou que ainda não tem maturidade e experiência quando confrontado com situações difíceis para decidir. Terá de reflectir sobre esta arbitragem.


O JOGO

JotaCC

Festa bracarense em jogo de loucos

O Braga venceu (3-2) o V. Guimarães, num dérbi de loucos, com quatro golos de penálti, dois deles nos descontos. Os vimaranenses tiveram quatro jogadores expulsos e sofreram uma derrota amarga perante o rival, que diminuiu para três pontos a diferença para o líder Benfica.

Jogadores do Braga dedicam golo a Mossoró, que está lesionado


O lesionado Mossoró lá teve a prenda prometida pelos colegas de equipa, caso ganhassem, mas o folar foi arrancado a ferros. Foi entregue no último lance, com muita polémica à mistura, e endossado por Meyong, que saltou do banco na segunda parte e foi determinante.

Com esta vitória, o Braga mete pressão no Benfica, que tem menos um desafio (joga depois de amanhã na Figueira da Foz, com a Naval) e viu encurtada para três pontos a diferença para o vice-líder. Por outro lado, este 3-2 deixa os arsenalistas mais confortáveis no segundo posto, com vista para a Champions, pois dilataram para oito pontos a vantagem em relação ao F. C. Porto, que defronta hoje o Marítimo.

A festa, no AXA, foi bracarense, mas os foguetes, por mais do que uma vez, estiveram para ser guardados no baú. Ainda com a derrota na Luz atravessada na garganta, a equipa de Domingos Paciência abordou, de início, o jogo com intranquilidade. Um penálti mal assinalado, e depois anulado pelo árbitro Artur Soares Dias, contribuiu para o desnorte bracarense, tirando disso partido o Guimarães, que chegou à vantagem nesse período, por Rui Miguel, num belo remate de primeira à entrada da área.

A custo, o Braga reergueu-se, mas só de penálti, e por Alan, que igualou o marcador no final de um intenso e bem disputado primeiro tempo, como manda um embate entre os dois grandes rivais minhotos.

Na segunda parte, Domingos jogou duas cartadas, Rentería e Meyong, e colheu os dividendos, num misto de engenho e de sorte. O avançado colombiano substituiu a aposta falhada Rafael Bastos e esteve nos lances capitais que conduziram ao caos vimaranense. Arrancou duas grandes penalidades, a última delas duvidosa, e estendeu a passadeira para Meyong resolver o encontro.

O golo da sentença final surgiu no sétimo minuto de descontos, quando Soares Dias tinha, inicialmente, dado apenas quatro, e depois de Andrezinho ter empatado a dois golos já durante o tempo extra, num final electrizante, talvez demasiado castigador para um V. Guimarães que se bateu até à última gota e viu, em desespero, três jogadores serem expulsos (João Alves, Andrezinho e Desmarets), depois de Valdomiro já ter tido o mesmo destino.




Vitória de Guimarães vai protestar jogo com o Sporting de Braga


O presidente do Vitória de Guimarães anunciou que o clube vai protestar o jogo que perdeu com o Sporting de Braga (3-2), da 25.ª jornada da Liga, marcado por uma arbitragem polémica de Artur Soares Dias.

Com o presidente do Sporting de Braga na sala de imprensa, o líder vimaranense Macedo da Silva disse que a primeira e terceira grandes penalidades foram mal assinaladas, mas o argumento para protestar o jogo é outro.

O Vitória entende que o árbitro cometeu um "erro técnico" ao mostrar um cartão vermelho a Rodriguez, no lance do penalty a favor dos vitorianos (90+2), mas que o central peruano continuou em campo e que "capitão" da equipa, Andrezinho, "não recebeu nenhuma explicação por causa do cartão vermelho". 

"Entendi que devia vir aqui depois de assistir a tão tristes cenas neste jogo. Nunca vi um árbitro marcar uma grande penalidade e passado um minuto e meio, penso que através das novas tecnologias e do quarto árbitro, voltar atrás", lamentou ainda o dirigente. 

O presidente vitoriano, que substituiu Paulo Sérgio na conferência de imprensa devido ao "desgaste" do treinador, disse não ter nada contra o Sporting de Braga, mas sim contra "a vergonhosa arbitragem" do portuense Artur Soares Dias, que "passou a internacional sem critério". 

"Quem vai ressarcir o Vitória por ter acabado com sete jogadores em campo: bem sei que o Vitória está a incomodar muita gente, mas não é assim que o futebol ganha credibilidade, foi uma vergonha para o futebol português, saio envergonhado deste estádio", disse Macedo da Silva. 

Já o treinador do Sporting de Braga, Domingos Paciência, considerou que a arbitragem "não teve influência" no resultado de um jogo em que foram marcadas quatro grandes penalidades e quatro jogadores da equipa visitante foram expulsos. 

"Não foi um jogo fácil nem para os jogadores, nem para o [árbitro] Artur Soares Dias, mas há muitos lances para analisar e é mais fácil fazê-lo em casa do que aqui", reconheceu Domingos Paciência. 

"Há situações em que fomos prejudicados, outras em que fomos beneficiados, mas se analisarmos o jogo jogado, o Braga tem as oportunidades mais flagrantes, mas não entrou bem perante uma equipa agressiva, com uma atitude muito forte", acrescentou. 

Para Domingos, "a arbitragem acaba por não ter influência no resultado final", uma vez que o "penalty" contra o Braga "não existe, assim como o último talvez também não". 

"Não vamos crucificar ninguém, porque foi um jogo muito difícil", disse, destacando o "ambiente fantástico, uma rivalidade muito grande, um espectáculo emocional em que os adeptos têm grande influência". 


JN

JotaCC

Crónica de jogo
Penáltis disfarçam os problemas do Sp. Braga

Num dos derbies minhotos mais acidentados de que há memória, o Guimarães (que ameaça protestar o jogo) sofreu o golo da derrota nos instantes finais

Três penáltis, o último assinalado nos instantes finais dos descontos, permitiram ao Sp. Braga vencer o Guimarães, por 3-2, naquele que terá sido um dos clássicos minhotos mais acidentados e polémicos de que há memória. Depois do desaire na Luz, foi muito a custo que a equipa bracarense reencontrou o caminho da vitória, que lhe permite continuar a sonhar com o título e, pelo menos, manter a vantagem para o FC Porto.

Foi um daqueles jogos em que, daqui a muitos anos, poderemos dizer que "estivemos lá". Não tanto pela qualidade do espectáculo, que até deixou muito a desejar, antes por um conjunto de circunstâncias pouco habituais: um penálti marcado (a favor do Guimarães) e logo depois (bem) anulado pelo árbitro, mais quatro penáltis assinalados e marcados (três a favor do Braga e um do Guimarães, sendo que os dois últimos, um para cada lado, aconteceram já nos descontos) e quatro expulsões, com o Guimarães a terminar o jogo com apenas sete jogadores em campo. Como se isso não bastasse, houve ainda problemas nas bancadas, com a polícia a ser obrigada a fazer uma carga sobre os adeptos vimaranenses que transformavam as cadeiras em objectos voadores. E tudo terminou com os altifalantes a difundir uma música dos Trabalhadores do Comércio adequada à situação: Chamem a Polícia...

A verdade é que foi à custa dos penáltis (três dos quatro foram bem assinalados) que o Braga conseguiu disfarçar os problemas e dar a volta ao resultado. Esta equipa bracarense já não tem a mesma qualidade que aquela que comandou o campeonato durante uma série de jornadas. Porque lhe falta Vandinho e Mossoró, porque teve de vender João Pereira e porque não tem substitutos à altura, demasiados problemas para um conjunto a quem sempre faltou um avançado com golo nas botas.

Domingos Paciência tinha dito que o seu trabalho durante a semana havia sido principalmente de recuperação psicológica. Mas durante a maior parte do tempo, principalmente após o sexto minuto, quando aconteceu o penálti-que-afinal-não-era-penálti, o que se viu foi uma equipa sôfrega e nervosa. Por culpa própria e por mérito de um Guimarães que se apresentou bem organizado e que mostrou mais qualidade de jogo durante a primeira parte. Num jogo com poucas oportunidades, os vimaranenses marcaram aos 18", com Marquinho a assistir com o peito (os bracarenses acharam que foi com o braço) Rui Miguel, que concluiu com um remate delicioso. O Sp. Braga chegaria ao empate, aos 39", por Alan, no primeiro penálti da noite, após a bola ter embatido no braço de Andrezinho.

Na segunda parte, o Sp. Braga melhorou um pouco, mas o Guimarães defendeu-se bem, o que levou Domingos Paciência a arriscar, alargando a frente de ataque a quatro homens. Mas Renteria demorou quase um fim-de-semana prolongado a decidir-se pelo remate e a melhor oportunidade do jogo, de bola corrida, deu em nada. Estavam as coisas neste pé quando, aos 77", os centrais do Guimarães tiveram um distracção, permitiram que Renteria se isolasse e fosse agarrado fora e também dentro da área. Valdomiro foi expulso e Meyong colocou o Sp. Braga a vencer.

Já nos descontos, e na sequência de um livre, Rodriguez apoiou-se em Roberto na área para chegar mais alto e, na sequência do penálti, Andrezinho repôs a igualdade. E já se esperava o apito final quando Renteria voltou a cair na área, mas desta vez sem falta. Indiferente aos protestos (e às expulsões) do adversário, Meyong marcou o golo da vitória.


Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga

"Não foi um jogo fácil, nem para os jogadores nem para o árbitro. Há muitos casos para analisar. Fomos beneficiados em alguns e prejudicados noutros. No jogo jogado, o Braga teve as oportunidades mais flagrantes. Não entrámos bem no jogo e defrontámos uma equipa agressiva. O penálti contra nós não existe, como o penálti contra o Vitória pode não existir. A vida do árbitro complicou-se a certa altura. Foi um jogo atípico."Emídio Macedo

Presidente do V. Guimarães

"O terceiro penálti não deixa dúvidas e quanto a mim o primeiro também não existe. Vou dizer ao Andrezinho para cortar o braço. Assistimos a uma triste cena. Foi uma arbitragem desastrosa, sem nível, vergonhosa. Vamos protestar o jogo. O Rodriguez viu vermelho e continuou a jogar. É um erro técnico. Julgo que o árbitro perdeu a cabeça, desde que marcou o penálti ao Braga e voltou atrás."

PUBLICO

david

«Arsenalistas» voltam ao trabalho depois de "derby" polémico
Por Pascoal Sousa

Os minhotos voltaram este sábado ao trabalho depois da polémica vitória de ontem sobre o Vitória de Guimarãos por 3-2.

Mateus não treinou, ficando apenas pelo ginásio depois de ontem ter levado uma pancada no joelho que não constitui por agora um grande problema. Já Rodriguez treinou limitado. O jogador não estará presente no próximo jogo da equipa contra a União de Leiria por acumulação de amarelos.

Sem surpresas André Leone continuou o seu tratamento no ginário. O Sp. Braga folga amanhã e regressa ao trabalho segunda-feira às 15h30.

No rescaldo do jogo contra o Vitória de Guimarães, foram contabilizadas 700 cadeiras arrancadas pelos adeptos vimaranenses. O clube de Braga está agora a preparar o relatório para entregar à Liga de forma a que o clube de Guimarães se responsabilize pelos estragos.

Ainda ontem, alguns carros de adeptos do Sp. Braga viram os vidros dos seus carros estilhaçados. Carros estes que estavam estacionados por trás da bancada vimaranense.
12:45 - 03-04-2010
A BOLA

david

Minhotos apresentam prejuízos à Liga
CADEIRAS PARTIDAS DURANTE O DÉRBI COM O V. GUIMARÂES

Na sequência do escaldante dérbi de sexta-feira com o V. Guimarães (3-2), o Sp. Braga contabilizou os estragos e apresentou a conta dos prejuízos à Liga. No total, foram cerca de 700 cadeiras partidas, num encontro onde se verificaram vários desacatos entre os adeptos.

Há ainda a registar vários carros particulares com vidros partidos na zona de estacionamento do Estádio Axa. Contudo, neste caso terão de ser os donos das respetivas viaturas a apresentar queixa.

Entretanto, a equipa minhota regressou ao trabalho este sábado de manhã, sendo que Matheus, titular no encontro de ontem, ficou-se pelo ginásio. Já o peruano Rodríguez realizou treino condicionado, não constituindo qualquer dor de cabeça para Domingos Paciência visto que vai cumprir um jogo de suspensão na próxima partida dos bracarenses. Leone, por seu turno, continua a recuperar de uma lesão muscular.

O Sp. Braga regressa ao trabalho na 2.ª feira, às 15.30.
Autor: ANTÓNIO MENDES
Data: Sábado, 3 Abril de 2010 - 12:42
RECORD