NOTICIAS DO ENORME DO DIA 26/02

[JotaCC]

Guerreiros habituados a dar a volta por cima

É meramente um dado estatístico, vale o que vale, mas a equipa do Sp. Braga deu sempre, esta temporada, uma resposta positiva aos desaires, vencendo sempre o jogo seguinte, fosse em casa ou fora. E foram vários, já que das quatro frentes, encontra-se neste momento apenas na do campeonato.

O golpe sofrido no Estádio do Dragão foi pesado, mas não terá abalado a forte mentalidade competitiva dos 'guerreiros' de Domingos Paciência. Nova resposta esclarecedora será dada frente ao Olhanense. Um jogo onde os jogadores arsenalistas terão também a confortável almofada dos adeptos, prevendo-se nova casa cheia (recorde-se que as entradas são gratuitas).

Para além da vitória que se impõe, para manter o sonho vivo, pese a abordagem ao Olhanense de Jorge Costa mereça todos os cuidados, há também o cenário motivador da possibilidade dos rivais perderem pontos nesta jornada.

O FC Porto desloca-se a Alvalade, para medir forças com um Sporting sedento de triunfos, e o Benfica viaja até Matosinhos para o braço-de-ferro com o aflito Leixões, e que há quinze dias travou os portistas, no jogo de estreia de Fernando Castro Santos, antigo treinador do Braga.
Mas primeiro há que vencer o Olhanense, e o Sp. Braga já está calejado em dar a volta às adversidades e jogos difíceis.

Interrogação em torno do peruano

O plantel do Sp. Braga treinou ontem de manhã à porta fechada, na pedreira, mas segundo o que foi possível apurar em relação à principal dúvida do momento — o regresso do defesa central Rodriguez — mantém-se a interrogação. O peruano está na fase final da sua recuperação, mas ainda não é crível que possa ser já opção para o jogo de sábado, frente ao Olhanense. Uma coisa parece certa, Rodriguez só regressa se estiver a cem por cento.

E hoje ainda há treino, mais uma vez fechado. No final há convocatória e o suspense ficará, finalmente, dissipado.
De resto, Diogo Valente e Tiago Pinto continuam entregues ao departamento médico.
Fora de jogo estão, irremediavelmente, os castigados Mossoró (5.º amarelo) e Vandinho.


CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

Alan: «Resta ganhar para esquecer»
EXTREMO FALA EM REGRESSAR À LIDERANÇA
   
Alan fez ontem a antevisão da partida com o Olhanense. Numa breve declaração ao site do clube, o extremo brasileiro não podia fugir ao tema da semana, mas fez questão de só olhar para o que há para reconquistar na receção aos algarvios: "Já todos sabemos que o jogo com o FC Porto correu muito mal, mas agora só queremos voltar a ganhar para esquecer isso. Queremos vencer e chegar outra vez à liderança do campeonato. Isso é que é importante."

Em relação à temporada que está a realizar, Alan sente-se apenas como um elemento de equipa, apesar de reconhecer que está tudo "a correr bem". Para ele e para o Sp. Braga, uma determinação para comprovar no jogo com o Olhanense, onde Alan vai voltar a ver as bancadas do Estádio Axa completamente cheias. Um dado que incentiva, como o jogador registou: "Se tivermos uma enchente como foi no jogo com o Marítimo é a prova de que os adeptos estão com a equipa. Estamos a fazer tudo por tudo dentro do campo para que eles nos apoiem cada vez mais. Contra o Marítimo sentimos mais força. É importante ver toda aquela gente gritando e incentivando a equipa. Isso é motivador. Toda a gente gosta de ver os estádios cheios e quando as coisas correm bem ainda melhor. Eles que venham. Não vamos dececioná-los."

Organização

Refira-se que, em relação à organização do jogo, a SAD do Sp. Braga vai proceder da mesma forma que o fez na enchente com o Marítimo. Os sócios com lugar anual têm o seu posto reservado, enquanto o restante público basta deslocar-se ao estádio e entrar até encher!


RECORD

[JotaCC]

Mais mudanças do que nunca

Nunca Domingos Paciência teve tantas dores de cabeça para formar a equipa como actualmente. Com o aparecimento dos problemas físicos e dos castigos, o treinador tem sido constantemente obrigado a mexer e, no encontro com o Olhanense, vai apresentar o sexto "onze" diferente em seis jornadas nesta segunda volta. Desde a deslocação a Coimbra, a 17 de Janeiro, que o Braga não consegue repetir a equipa inicial para a Liga. Na altura, o técnico fez alinhar Eduardo, Filipe Oliveira, Moisés, André Leone, Evaldo, Vandinho, Hugo Viana, Mossoró, Alan, Meyong e Paulo César - os habituais titulares -, que uma semana antes tinham vencido, em casa, o Nacional. A partir do embate contra a Académica, porém, nunca mais estes 11 jogadores alinharam juntos.

Embora na primeira volta também tenha lidado com lesões (Rodriguez e Hugo Viana) e castigos (João Pereira e Vandinho), Domingos foi obrigado a mudar muito menos que nesta. Quando se comparam o número de alterações realizadas nas primeiras seis jornadas da Liga com as últimas, constata-se que treinador dos arsenalistas efectuou apenas metade (três). De resto, este mexeu apenas um total de sete vezes ao longo das 15 jornadas iniciais. Ou seja, apenas mais uma que entre a 16ª e a 21ª.

O primeiro problema com que se deparou Domingos Paciência no começo da segunda volta foi a lesão de André Leone. O brasileiro magoou-se no jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, contra o Freamunde, e teve de ser substituído por Rodriguez contra o Sporting. Seguiram-se os castigos aplicados pela Comissão Disciplinar a Vandinho e Mossoró - três meses e três jogos, respectivamente -, devido ao envolvimento nos incidentes ocorridos no Braga-Benfica; bem como o de Olberdam, que saltou do Marítimo para o Braga com uma suspensão de um encontro por cumprir. O treinador foi então obrigado a entregar a titularidade contra o Belenenses a Miguel Garcia (lateral-direito) e Luis Aguiar (médio-ofensivo), mas do embate no Restelo resultaram mais dois problemas que o impediram de repetir o onze na recepção ao Marítimo: a expulsão de Moisés e a lesão muscular de Paulo César. Domingos aproveitou a ocasião e, além de lançar Paulão para o eixo defensivo, introduziu Diogo Valente no lado esquerdo do ataque e Olberdam na posição 6, que Filipe Oliveira tão bem havia ocupado contra os azuis. No entanto, a malapata não terminou contra os madeirenses. Rodriguez e Diogo Valente foram, desta vez, as vítimas do fantasma das lesões, abrindo a porta ao regresso de Moisés e Mossoró frente ao FC Porto, contra quem o técnico teve ainda tomar outra decisão: lançar Paulo César ou Meyong? A escolha recaiu no primeiro, mas - e por esta altura tem existido sempre um mas - um problema físico (ler texto em cima) poderá afastá-lo frente à equipa de Olhão, contra a qual já não jogará Mossoró (castigado por já ter visto cinco amarelos).


Defesa foi o sector com mais mexidas

Apesar de o sector mais afectado pelos castigos da Comissão de Disciplinar da Liga ter sido o meio-campo, a defesa do Braga foi a que mais mudanças sofreu nestas primeiras cinco jornadas da segunda volta do campeonato. Por lesão (André Leone e Rodriguez), suspensão (Moisés) ou meramente opção (Miguel Garcia) técnica, Domingos Paciência apresentou quatro defesas diferentes. O sector intermédio e o atacante diferiram apenas nos últimos três encontros, sendo que na base das alterações do primeiro estiveram as penas aplicadas a Vandinho e Mossoró. As mexidas no mais ofensivo verificaram-se devido aos problemas físicos que Paulo César evidenciou depois do embate contra o Sporting.



Alan quer recuperar a liderança na Liga

O homem que minimizou a derrota pesada no Dragão tomou ontem a palavra para definir o objectivo imediato do Braga na Liga Sagres. "Tendo em vista o que temos vindo a fazer esta época, o jogo com o FC Porto correu-nos mal. Agora, o importante é ganhar em casa e voltar à liderança do campeonato", adiantou Alan, deixando no ar a ideia de que a equipa está tranquila e confiante para o encontro de amanhã, quando foi convidado pela TV Braga a enviar uma mensagem aos adeptos. "Gostaria que eles nos viessem apoiar e não vamos decepcioná-los",
prometeu.

E por falar em adeptos, recorde-se que o Braga vai voltar a abrir as portas do AXA frente ao Olhanense, à imagem do que fez com o Marítimo, na 19ª jornada. Volta, por isso, a prever-se uma enchente, o que motiva Alan. "Acho que todo o Mundo gosta, independentemente da profissão, que haja público. Para nós, é importante ver o estádio cheio e, quando as coisas correm bem, é melhor ainda. Contra o Marítimo, sentimos mais força e foi uma prova de que os adeptos estão connosco. Estamos a fazer tudo no campo para que eles nos apoiem cada vez mais", referiu o extremo brasileiro.

A atravessar a sua melhor época no que toca a golos desde que saiu do Marítimo em 2005 - leva cinco na Liga Sagres - e peça intocável para Domingos, Alan espera manter o pé no acelerador. "Estamos lutando. Pessoalmente, está a correr bem e espero que quer eu quer a equipa continuemos desta forma", disse, antes de reencontrar o Olhanense, adversário ao qual marcou na primeira volta (0-1) aos 93 minutos.



Entorse coloca Paulo César em dúvida

É a mais recente dor de cabeça de Domingos Paciência. Num lance em que se encontrava sozinho, Paulo César sofreu uma entorse no joelho direito no treino de terça-feira e, nos últimos dois dias, limitou-se a trabalhar de forma condicionada. O avançado brasileiro está, assim, em dúvida para o jogo de amanhã com o Olhanense, numa incógnita que será desfeita hoje ao final da tarde - a seguir ao treino marcado para as 15h30 - quando for divulgada a lista de convocados. Depois de não ter defrontado o Marítimo, devido a lesão, Paulo César regressou frente ao FC Porto, jogando a ponta-de-lança, pelo que esta entorse baralha ainda mais a previsão do onze contra os algarvios. Já inevitável é a ausência de Rodriguez. Ontem, o defesa-central peruano voltou a não treinar em pleno e vai falhar o segundo jogo seguido, por causa da mialgia na coxa esquerda.



Março será o mês da decisão

O Braga espera ficar a saber em Março a decisão do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol relativamente ao recurso que apresentou do castigo de Vandinho. Acusado de tentativa de agressão a Raul José, treinador-adjunto do Benfica, o médio foi punido com três meses de suspensão pela Comissão Disciplinar da Liga e, se o CJ não aceitar o recurso, terá mesmo de cumprir a pena até ao fim, só podendo voltar a jogar na penúltima jornada, se o jogo for depois de 2 de Maio.



Stélvio prestes a apresentar-se no 1º Agosto

Depois de ter sido operado a um problema ligamentar num joelho, Stélvio vai recuperar no Braga até meados de Março, seguindo depois viajem para Angola, a fim de incorporar-se no plantel do 1º de Agosto. A sua participação na CAN, ao serviço da selecção angolana, despertou a cobiça do clube de Luanda, que o vai receber por empréstimo do Braga até ao final da presente temporada. Jogar com mais regularidade é o objectivo do médio, de 21 anos, depois de na primeira metade da época ter feito apenas dois jogos ao serviço do Leiria, clube ao qual foi emprestado juntamente com Kalaba.



O JOGO

[JotaCC]

Sp. Braga
Alan quer minhotos no topo


"A derrota do Dragão foi apenas um jogo que correu mal. Nada mais. Agora, vamos ganhar em casa e recuperar a liderança, porque é na frente que o Sp. Braga merece estar". Assim falou Alan, desvalorizando a goleada sofrida na última jornada, em casa do FC Porto.

O extremo, a atravessar "um bom momento pessoal", como o próprio reconhece, garante que o Sp. Braga "tirou lições" do Dragão e vai voltar "muito forte". "Vamos ganhar ao Olhanense", reforçou. À convicção de vitória o brasileiro acrescentou um apelo aos adeptos: "É importante que venham em massa como fizeram contra o Marítimo. Dá força ouvir 30 mil a gritar. Não vamos decepcioná-los".

Mossoró falhará o jogo por castigo, tal como Vandinho. Como o boletim clínico não sofreu alterações, as novidades serão o regresso de Leone ao eixo defensivo, para jogar ao lado de Moisés, a titularidade do lateral direito Miguel Garcia e a adaptação de Filipe Oliveira ao lugar de trinco, em detrimento de Olberdam.

CORREIO DA MANHA

[JotaCC]

Encham o estádio

O pedido foi feito, ontem, por Alan, aos adeptos arsenalistas, prometendo-lhes que não ficarão desapontados com a equipa que quer regressar ao comando da Liga...

DIARIO DO MINHO

[Olho Vivo]

Agora, Braga é mesmo do Braga

Por Luís Octávio Costa

O Braga ganhou protagonismo. E está no 2.º lugar do campeonato. Conquistou o respeito dos adversários. E "adeptos cem por cento do Braga", numa cidade que já não se divide entre quem é do Benfica e do Sporting.

As caixas aveludadas com medalhões estão alinhadas na pequena biblioteca como se fossem condecorações de um general na reserva. Sentado à secretária, Barros Pereira, 73 anos, abre a segunda gaveta à direita e desdobra uma frase sua num jornal: "O Sporting de Braga é um mexilhão no meio da turbulência." Data de Novembro 1992, mas podia ser de hoje.

Autor de dois dos livros de história do Braga, Barros Pereira é do tempo em que o clube "comia migalhas" e em que a cidade ficava a anos-luz do mapa distorcido do futebol. "Se havia dois grandes ciclistas, um era do Sporting e o outro do Benfica." E se hoje o título de campeão nacional de futebol continua a ser monopólio das cidades de Lisboa e do Porto, o Braga espera poder continuar a ser o intruso. "Deixámos de ser o clubezinho que lutava para não descer de divisão e agora preocupamo-nos em encher o estádio. Braga já não é uma cidade com adeptos do Benfica e do Sporting. É uma cidade onde a juventude consegue envergonhar alguns pais", descreve, orgulhoso, o veterano "sócio dedicação" que já foi de tudo (secretário-geral do Braga, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, presidente da Associação de Futebol de Braga e do Conselho de Arbitragem da federação).

Os números são indesmentíveis. Os da tabela classificativa, que correm diariamente ao balcão dos cafés e das tascas (48 pontos, a um de distância do Benfica, 2.º lugar no campeonato), e os outros, os invisíveis, que revelam um clube em estado de ebulição. As linhas de evolução das vendas de bilhetes, do número de novos associados e dos lucros de merchandising têm sido mais ou menos paralela. Uma média de 14 mil espectadores no Estádio Municipal (aumento de oito por cento de 2007/08 para 2008/09 e de 14 por cento de 2008/09 para 2009/10), 24.100 sócios com quotas em dia (aumento de 23 por cento de 2007/08 para 2008/09 e de 19 por cento de 2008/09 para 2009/10) e um disparo da ordem dos 110 por cento na venda de camisolas dos "guerreiros do Minho", o lado mais blockbuster de uma agressiva campanha de marketing que vai às escolas do ensino básico e secundário (com camisolas e propostas de adesão), e depois leva os alunos ao estádio.

Actualmente, o nome da cidade confunde-se com o de um clube que não sabe muito bem o dia, o mês e nem sequer o ano em que nasceu ("aí por 1920", consta), mas que agora parece querer recuperar a sua identidade. "Isto já é uma grande cidade", aponta Barros Pereira. "A cidade está com o Braga e o Braga está com a cidade", resume Paulo "Bispo" Padeiro, com o melhor cabrito da região e a resposta mais rápida do Oeste. O Braga "não é o que era". "Agora, o Braga é Braga mesmo."

Esta parece ser a descrição mais fiel de um clube cuja história é desportivamente bipolarizada. Ainda há quem se lembre do emblema em forma de bacalhau espalmado, da histórica algazarra numa assembleia geral que serviu para agradar a gregos e a troianos - os bracarenses sportinguistas mantiveram Sporting no nome, os bracarenses benfiquistas ganharam a cor vermelha do equipamento, que inicialmente era verde e branco - e de José Antunes Guimarães, o presidente da primeira subida à I Divisão Nacional que em Londres se apaixonou pela camisola do Arsenal.

"Não há milagres"

Miguel Pedro, neto do presidente que, dizem, deu a vida pelo clube, é mais um exemplo de uma paixão assolapada por Braga e pelo Braga. Foi um dos fundadores dos Mão Morta ("Olá! O meu nome é Miguel Pedro e sou o intelectual do grupo"), juntamente com Joaquim Pinto e Adolfo Luxúria Canibal, é baterista dos Mundo Cão e instrumentista dos Governo (com valter hugo mãe na onda Antony), director municipal da Câmara de Braga, presidente da Assembleia Geral da SAD bracarense (tomou as rédeas da Sociedade Anónima Desportiva durante o fenómeno) e tem "o clube no ADN, no código genético".

Aparentemente, não há truque nenhum para ele falar do clube com um sorriso nos lábios horas depois de o FC Porto ter deixado o Braga com uma mão à frente e outra atrás. Mas há. Há "adeptos" ("Um concerto dos Mão Morta tem mais gente do que muitos jogos em Coimbra ou em Leiria"), há uma "gestão para um resultado: a equipa profissional de futebol", há um "lógico processo de amadurecimento" e há António Salvador, "um homem pragmático" ("sabe de bola", traduz Barros Pereira, lembrando que foi o actual presidente do Braga o primeiro a recrutar Carlos Carvalhal, Jesualdo Ferreira e Jorge Jesus, actuais treinadores dos tradicionais três grandes) que soube rodear-se de "algumas pessoas bestiais".

"Enquanto os outros clubes têm orçamento para duas ou três equipas de qualidade, o Braga tem para uma equipa e meia. Trata-se de uma questão orçamental pura e simples. A lógica e as contas dizem-nos que uma época como esta pode acontecer de três em três ou de quatro em quatro anos. Não há milagres nem com a Nossa Senhora do Sameiro do nosso lado", diz Miguel Pedro, entre um telefonema de trabalho, um de lazer (o álbum Pesadelos de Peluche tem lançamento marcado para o dia 29 de Abril, no Coliseu de Lisboa) e um desabafo de túnel ("Fala-se no castigo do Hulk, mas não na ausência do melhor número seis do campeonato. O Vandinho faz uma falta...").

Amanhã é dia de jogo - o Braga recebe o Olhanense e, pela segunda vez, a entrada é gratuita. Objectivo: garantir mais apoio à equipa, "galvanizar os "guerreiros do Minho"".

"Agora é a valer"

Se a tradição diz que os adeptos do Braga não são incondicionais e que o Guimarães é que tem um público de excepção, a tradição já não é bem o que era. "Não vale a pena perder tempo a tentar convencer as pessoas mais idosas a mudar de clube", sublinha Ricardo Amorim, um dos administradores do site SuperBraga.com, reconhecendo "razões históricas" para a descaracterização e dispersão dos adeptos na cidade.

"É mais do que um mito. As pessoas que agora têm 40/50 anos são do Benfica porque quando escolheram clube o Braga estava na segunda divisão e quem ganhava era o Benfica. E há alguns anos, enquanto o Braga tentava não descer de divisão, quem ganhava era o FC Porto. Foram estes condicionalismos que afastaram as pessoas do seu clube", justifica.

Aliada a uma "atitude pró-activa", a nova realidade desportiva do Braga alterou o retrato-robô. "A nova onda de adeptos do Braga tem entre os 15 e os 25 anos", anota o administrador de um site que conta com 3300 inscritos no fórum (um em cada cinco é do sexo feminino), uma média de 160 mensagens e de 60 mil visualizações diárias. "Tenho três filhas em idade escolar e nas turmas delas os adeptos do Braga estão em larga maioria."

Nota-se o efeito bola de neve. O Braga ganhou protagonismo ("Aparece na televisão todos os fins-de-semana", lembra Miguel Pedro), conquistou verdadeiros seguidores ("Os novos adeptos são cem por cento do Braga", assegura Ricardo Amorim) e o respeito dos adversários ("Nos jogos com o Benfica chateava-me sempre e agora não. Continua a haver benfiquistas na bancada, mas contêm-se, sabem que o Benfica já não vem cá passear...", comenta Paulo Padeiro, que só desfaz o sorriso de orgulho para falar do "frio e inacessível" Estádio Municipal. "Afasta os adeptos. Há pessoas que vão ver os juniores e os jogos da Liga Intercalar só para matar saudades do Estádio 1.º de Maio").

Mudança duradoura? Barros Pereira acabara de dobrar pelos vincos a sua última entrevista na condição de presidente do Conselho de Arbitragem ("Já cumpri a minha missão neste lugar. A minha neta pode orgulhar-se de mim por ter passado pelo lamaçal sem ter sujado as calças", pode ler-se no recorte de 1998). Fez um compasso de espera, sorriu e respondeu com a convicção de quem coloca a identidade do Braga à frente de qualquer título. "Agora é a valer, é para ficar."

Público

[JotaCC]

Minhotos tentam reerguer-se depois da ida ao tapete

A expectativa é óbvia: depois do violento KO no Dragão, o Sp. Braga de Domingos consegue recuperar os sentidos que o têm feito protagonizar a mais sensacional campanha desta Liga? À partida, o prato é convidativo para repor as energias dos minhotos. Do outro lado estará Jorge Costa, que partilhou balneário com Domingos no FC Porto e que regressa a Braga, onde começou a carreira de treinador, com um Olhanense notoriamente de outras lutas - a da fuga aos últimos lugares.

No Sp. Braga faltam Mossoró (castigado) no meio-campo e Rodriguez (lesionado) na defesa para a missão de reerguer um candidato ao título.

Olhanense

Sp. Braga

Últimos três jogos

1950/51 3-1

1949/50 2-1

1948/49 0-1

Local: Estádio AXA, Braga

Hora: 19.15 (amanhã)

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)

Transmissão: Sport TV1

DN

[JotaCC]

JOSÉ GONÇALVES VICE-CAMPEÃO REGIONAL DA ZONA NORTE

José Gonçalves, atleta do Sporting Clube de Braga, conquistou o título de vice-campeão regional, da zona norte, em Boccia, em prova realizada nos dias 20 e 21 de Fevereiro, em S. Romão do Coronado, na Trofa, entre 40 atletas de 9 clubes.

José Gonçalves venceu todos os jogos efectuados até à final, tendo eliminado os seus colegas de clube Mário Peixoto (5-4), nos ¼ de final e Luís Silva (3-1) na ½ final.

Na final da prova, José Gonçalves encontrou o atleta do CRPC Porto, Armando Costa, que tinha vencido o atleta do SC Braga, José Macedo, na ½ final por 4-3. Foi batido na final por 4–5, num jogo muito disputado, em que a partida estava empatada a 4–4 no penúltimo parcial, tendo sido decidida na última bola do parcial final.

Na discussão dos 3º e 4º lugares, estiveram os atletas do SC Braga, José Macedo e Luís Silva, tendo a vitória sorrido a Luís Silva por 4-1.

De realçar ainda que esta prova contava para o apuramento dos 4 primeiros atletas da zona norte para a fase final do campeonato nacional, sendo que o Sporting Clube de Braga conseguiu apurar 3, José Gonçalves, Luís Silva e José Macedo. Este foi um resultado brilhante para a delegação do clube, uma vez que conseguiu 3 dos 4 lugares em disputa para a fase final. A classificação dos atletas da SC Braga, entre 40 atletas de 9 clubes, foi a seguinte:

- José Gonçalves: 2º

- Luís Silva: 3º

- José Macedo: 4º

- Mário Peixoto: ¼ final

- José Gomes: 1/8 final


II TORNEIO DE BRAGA DE BOCCIA


A Secção de Desporto Adaptado organizou, no dia 29 de Janeiro, o II Torneio de Braga de Boccia.

O II Torneio de Braga de Boccia inseriu-se numa parceria organizativa entre a Escola Secundária de Carlos Amarante e a Secção de Desporto Adaptado do Sporting Clube de Braga, com o apoio dos Serviços Sociais (Desporto) da Universidade do Minho.

Este torneio serviu a formação dos futuros técnicos de dinamização desportiva do Curso Tecnológico de Desporto, criando competências para a concepção, planeamento, realização e avaliação de eventos para populações especiais. Aos atletas do Sporting Clube de Braga permitiu o acesso a uma prova de preparação competitiva, no final do seu ciclo de preparação pré-competitiva, realizada no plano formal, com apoios técnico-desportivos à avaliação da sua prestação na prova, e em local de excelência.

[JotaCC]

Domingos: «Estamos motivados e concentrados»
BRACARENSES SEM TRAUMAS APÓS GOLEADA NO DRAGÃO
   
O Sp. Braga recebe amanhã o Olhanense, no regresso aos jogos da Liga depois da goleada sofrida no Dragão. Domingos Paciência afirma que a equipa não está abalada e até aponta baterias para o topo da classificação, lugar que perdeu, precisamente, na ronda passada.

"Temos todos os motivos para acreditar que é possível voltar a liderar a Liga. Vamos fazer um esforço para que isso aconteça. Temos apenas uma derrota contra os candidatos e ainda faltam 10 jogos", atirou, antes de abordar o estado dos seus atletas: "Temos consciência do que fizemos num passado recente , ganhámos mais jogos do que aqueles que perdemos ou empatámos e, por isso, só vejo motivos para estarmos concentrados e motivados. O jogo do FC Porto não é um sinal para ficarmos alarmados".

RECORD

[JotaCC]

«Temos todas as razões para nos sentirmos motivados» - Domingos


Apesar da pesada derrota (5-1) diante o FC Porto, na última jornada, o treinador do Sporting de Braga, Domingos Paciência, afirma que a sua equipa tem todas as condições para se sentir motivada e continuar na luta pelo título.

«A dez jornadas do fim, estamos na luta com o Benfica e FC Porto. Temos todas as razões para nos sentirmos motivados e para acreditar que é possível liderar esta Liga», disse Domingos na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de amanhã (19.15 horas) com o Olhanense.

O técnico dos arsenalistas garante que «o estado de espírito da equipa tem de ser o melhor» após o desaire com o FC Porto: «Temos a consciência do momento que atravessamos e do que fizemos e também do que temos de fazer para continuarmos nos três primeiros lugares. Isso passa pelo jogo com o Olhanense, que será difícil, mas temos de dar o nosso melhor e vencer.»

Sobre o facto de o Sporting de Braga entrar em campo primeiro que o Benfica – também joga sábado (20.15 horas) no Estádio do Mar – Domingos sublinhou que os minhotos têm de pensar nas suas «capacidades» para vencer: «Quanto menos jornadas faltam, mais contas se fazem e sabemos que a margem é cada vez menor. Os nossos adversários também não terão jogos fáceis mas compete-nos pensar no que temos de fazer.»

Com Rodriguez, Madrid, Tiago Pinto e Diogo Valente lesionados e com Vandinho e Mossoro castigados, Domingos admitiu que poderá voltar a mexer na equipa: «Infelizmente, poderei faze-lo. Só quem anda distraído ou tem má fé coloca em causa as minhas opções. Desde 1 de Fevereiro, temos sido forçados a fazer alterações devido a castigos e lesões. É sempre complicado. Temos feito alterações por obrigação. Mesmo assim, temos tido capacidade para responder e só perdemos um jogo.»

Domingos falou ainda sobre o prémio «fair-play» atribuído à equipa: «Alguém anda errado. Pela segunda vez na época recebemos o prémio fair-play, o que também quer dizer que alguém está atento e que vê que há uma equipa que gosta de jogar futebol e tem comportamento correcto. Mesmo assim, temos tido jogadores castigados, o que não corresponde à realidade da equipa.»

A BOLA