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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 04/02

Started by JotaCC, 04 de February de 2010, 07:53

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JotaCC

Nem um Eduardo de luxo salvou pior Braga da época

Nem com três grandes penalidades defendidas por Eduardo o Sp. Braga conseguiu garantir o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, saindo derrotado do encontro com o Rio Ave, por 6-5, após a marcação de grandes penalidades, depois do encontro ter terminado empatado a zero, no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.
Naquela que foi uma primeira parte muito equilibrada em que as equipas não conseguiram superiorizar-se ao adversário, o Sp. Braga acabou por ter o sinal mais, por ter conseguido cons-truir mais e melhores oportunidades para abrir o activo. No entanto, a pontaria de Rafael Bastos, por duas vezes, não foi a melhor para aproveitar os excelentes cruzamentos dos seus companheiros.

Nos primeiros 45 minutos, maior predomínio atacante para os arsenalistas com o pormenor de todo o jogo do Sp. Braga passar pelos pés de Luís Aguiar, a jogar bastante mais recuado em campo do que aquilo a que nos habituou na temporada passada.
No entanto, o Rio Ave nunca se deixou abalar muito pela maior iniciativa atacante do Sp. Braga e foi tentando responder, procurando descortinar o caminho para o reduto mais recuado dos minhotos, mas sem conseguir incomodar verdadeiramente o guarda-redes Eduardo.
Quando a bola andou perto da baliza minhota o último passe não correu bem aos homens do Rio Ave e o maior perigo que criaram foi mesmo a conquista de alguns pontapés de canto.
O intervalo chegou sem alte-ração no marcador, mas com as equipas a criarem nas bancadas uma vontade de que na etapa complementar as coisas corressem de maneira completamente diferente.

Na segunda parte, o Rio Ave entrou mais perigoso, conseguindo mesmo encostar, em algumas jogadas, os arsenalistas à sua área defensiva, assustando, por vezes, Eduardo, que se mostrou sempre muito tranquilo e respondeu bem quando solicitado. O Sp. Braga respondeu com duas boas iniciativas de Matheus, que pecou na hora do remate, não conseguindo acertar com a baliza vilacondense e mantendo o empate no marcador.
Uma segunda parte muito incaracterística, praticamente sem oportunidades de golo e, sem qualquer novidade, a partida chegou ao fim do tempo regulamentar com o zero a zero a manter-se insistentemente no marcador.

Mais trinta minutos de jogo pela frente, mas nada de novo na partida. As equipas entraram no prolongamento demonstrando algum receio de atacar desenfreadamente, o medo de poder sofrer golo no contra-ataque era mais do que evidente. No Sp. Braga, as substituições realizadas pelo técnico Domingos Paciência não surtiram efeito e, com o Rio Ave a aproveitar todos os momentos para perde r preciosos segundos, o prolongamento che-gou mesmo ao final sem que qualquer oportunidade de perigo tivesse sido criada.
A decisão ficou para as grandes penalidades e aí, apesar de três defesas de Eduardo, a pontaria arsenalista não esteve bem e o Rio Ave acabou mesmo por levar a melhor, contando também com a estrelinha da sorte no penálti de Evandro que embateu na trave, em Eduardo e entrar.


Domingos Paciência: "Não fizemos um bom jogo"

Domingos Paciência entrou cabisbaixo na sala de conferências de imprensa, demonstrando perfeitamente que a eliminação da Taça de Portugal não estava nos planos do Sp. Braga.
Tendo isso em mente, o técnico bracarense reconheceu que este não foi um bom jogo da sua formação, que as oportunidades de golo não apareceram e que a equipa parecia bloqueada, principalmente a nível das transições.

"Não fizemos um bom jogo. Não conseguimos criar oportunidades de golos, estivemos muito presos e as transições não correram como deviam. O jogo esteve sempre muito bloqueado. É verdade que jogando em casa podíamos, e devíamos, fazer muito mais. O Rio Ave jogou sempre na expectativa, recuado no terreno e causou-nos grandes dificuldades para evoluirmos com a bola", referiu Domingos.

O treinador terminou a sua análise ao encontro afirmando que o plantel estava triste porque não conseguiu fazer mais e melhor do que aquilo que demonstrou na partida, lembrando, no entanto, que agora é tempo de levantar a cabeça e pensar já no próximo encontro.

Carlos Brito: "Fizemos um jogo quase perfeito"

No final do encontro, o treinador do Rio Ave mostrava-se muito satisfeito pelo facto da sua equipa ter conseguido ultrapassar o difícil obstáculo do Sp. Braga, assegurando a presença nos quartos-de-final da Taça de Portugal.
"Depois do jogo que fizemos, se calhar os penáltis seriam escusados. Na primeira parte da partida fomos um pouco passivos, refugiámo-nos muito no nosso meio campo defensivo e penso que acabamos por respeitar em demasia o adversário. Este não foi o melhor jogo do Sp. Braga, mas muito por culpa do que o Rio Ave fez ao longo da partida. Não deixámos o Braga jogar como habitualmente faz e fizemos um jogo quase perfeito. Penso que este foi o jogo em que o Braga foi mais manietado no seu estilo de jogo", referiu Carlos Brito, acrescentando que era preciso "recordar que esta equipa jogou há apenas dois dias atrás. Os níveis físicos não eram os melhores, mas mesmo assim os jogadores estiveram bem e por isso só tenho que lhes dar os parabéns".


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Moisés: «Nada vai perturbar-nos»
CAPITÃO GARANTE BALNEÁRIO BLINDADO AO EXTERIOR
   
Depois do afastamento da Taça de Portugal era importante saber se as notícias das suspensões de Vandinho e Mossoró justificavam de alguma forma a derrota de ontem. O capitão Moisés garantiu que o balneário arsenalista não foi nem vai ser afetado por estas situações.

"Esse é um assunto sobre o qual eu não devo nem quero falar. O que posso dizer-vos é que dentro do nosso grupo essas coisas não conseguem entrar. Não vão atrapalhar. Continuamos com um balneário muito forte e não é isto nem nada que vai perturbar-nos", assegurou o defesa-central brasileiro, vincando que o resultado negativo conseguido diante do Rio Ave não teve uma relação direta com o afastamento disciplinar de dois companheiros: "Não entrámos perturbados no encontro nem perdemos porque nos faltava este ou aquele jogador. Nós não vamos arranjar desculpas para a derrota. Estávamos e estamos cientes do que somos. Entrámos para ganhar, mas não foi possível. Numa competição deste estilo não se pode errar, porque ao mínimo equívoco estamos logo fora da prova. Temos de concentrar-nos na próxima partida."

RECORD

JotaCC

Taça de Portugal: Sp. Braga eliminado pelo Rio Ave nas grandes penalidades

O Rio Ave eliminou  o Sporting de Braga da Taça de Portugal, qualificando-se para as meias-finais da prova, ao vencer nos pontapés de grande penalidade depois do empate registado após prolongamento.
   
O anfitrião Sporting de Braga teve duas oportunidades de sair vencedor, mas Hugo Viana e Renteria desperdiçaram as defesas anteriores do seu guarda-redes e seria Rodriguez a chutar para fora o 18º. 'penalti', dando o triunfo à equipa de Vila do Conde.

O Rio Ave junta-se assim a FC Porto e Naval, faltando conhecer o vencedor do jogo entre Paços de Ferreira e Desportivo das Chaves que se realiza quinta feira.

Foi um jogo de fraca qualidade e o pior do Sporting de Braga em casa nesta temporada, claramente a sentir a ausência da segurança e dinâmica de Vandinho e, sobretudo, da capacidade de acelerar o jogo de Mossoró, jogadores castigados que assistiram à partida na tribuna ao lado do presidente "arsenalista", António Salvador.

O Rio Ave mostrou mais frescura física e, mesmo sem ter dominado o encontro, pertenceram-lhe em quantidade e qualidade os melhores lances da partida, pelo que foi indiscutivelmente um justo vencedor.

Na primeira parte, a equipa "arsenalista" até teve mais tempo a bola em seu poder, mas raramente conseguiu fazer alguma coisa de positivo com ela.

O Rio Ave foi equilibrando a contenda e protagonizou os principais lances de perigo: Chidi colocou Eduardo à prova (27), Sidnei cabeceou para defesa atenta do internacional português (29) e, logo a seguir, Wires rematou com muita força e a bola passou perto do poste esquerdo.

A equipa da casa só acordou nos últimos cinco minutos e apenas aos 39 criou a primeira jogada perigosa na primeira parte.

Alan cruzou da direita, mas Meyong e Rafael Bastos não conseguiram emendar para o fundo da baliza e o remate de ressaca que se seguiu, de Luís Aguiar, de fora da área, causou calafrios, mas apenas ganhou um canto.

Aos 44 minutos, jogada similar pela direita, agora com Filipe Oliveira a cruzar e Rafael Bastos a falhar o remate bem no centro da área.

No reatamento, a equipa de Vila do Conde entrou melhor e criou duas oportunidades no mesmo minuto (48) e pelo mesmo jogador, mas Eduardo defendeu bem ambos os remates de Sidnei.

Mas a segunda parte não trouxe um jogo melhor e as oportunidades de golo voltaram a ser praticamente inexistentes.

Aos 58 minutos, nota para uma boa iniciativa de Filipe de Oliveira que, já dentro da área, tirou alguns adversários do caminho, mas rematou muito por alto.

O Rio Ave respondeu aos 73 minutos com um excelente remate de André Vilas Boas, de fora da área, que obrigou Eduardo a uma boa defesa.

O jogo seguiu para prolongamento e os primeiros sinais de perigo pertenceram novamente ao Rio Ave: aos 97, após bom trabalho de Sílvio pela esquerda, Chidi rematou com muito perigo, mas a bola foi prensada para canto e aos 103 minutos o avançado nigeriano voltou a "disparar" de fora da área, agora para defesa vistosa de Eduardo.

Falha de ideias e "espremida" fisicamente, o único lance merecedor de destaque da equipa bracarense neste período foi um remate de Hugo Viana aos 119 minutos que saiu muito perto da baliza de Mora. O posterior desempate através de remates da marca dos 11 metros castigou o vazio da equipa bracarense.

Lusa

JotaCC

Com a magia suspensa a Taça foi pelos ares

Explicar o apuramento do Rio Ave com a falta de Vandinho e Mossoró é, obviamente, redutor. Mas que ajudou muito, lá isso ajudou. Ao nível do processo construtivo o Braga foi zero. Não significa isto que Luis Aguiar e Rafael Bastos não tenham qualidade. O primeiro até foi figura no passado e é um potencial titular no futuro. Usá-lo com trinco é um crime. Não é incansável como Vandinho nem liberta Hugo Viana para espaços onde o seu rendimento é superior. Pior é comparar Mossoró com Rafael Bastos. O primeiro é muito veloz, o segundo joga parado. Um transporta a bola, o outro tenta passá-la. Mossoró joga em linhas diagonais, Rafael Bastos não se desviou de uma recta vertical. Com três médios avessos a grandes correrias, e ainda por cima sem quaisquer rotinas, não era fácil ganhar.

A dinâmica do miolo é o pão que tem alimentado o sonho do Braga. Com a magia castigada terça-feira, suspensa ficou também a Taça de Portugal Millennium. Pelo menos até para o ano. O Braga pode queixar-se da Comissão Disciplinar da Liga.

Ainda assim, deve ser dado mérito ao Rio Ave. Carlos Brito adiantou a linha de médios, para obrigar o Braga a lançar bolas de muito longe. Vítor Gomes e Tarantini foram tampões eficazes e inteligentes a sair no apoio às combinações entre lateral e extremo. Os lances mais bonitos até foram dos visitantes, embora os mais perigosos tenham sido minhotos.

O Rio Ave também jogou feio, mas foi mais organizado e tacticamente mais eficiente. Também recorreu ao chutão, mas esteve mais perto dos processos que o caracterizam. E foi consistente: em 120 minutos não mudou de figurino nem oscilou de rendimento. Em resumo, foi melhor. Ligeiramente, é verdade, mas suficiente para justificar a sorte nas grandes penalidades. E foi tanta... Eduardo defendeu três, Mora apenas dois, tal como contra o Guimarães na eliminatória anterior. O Braga teve duas oportunidades para fechar a série, o Rio Ave só uma. E quando Evandro atirou à trave, a bola caiu nas costas do guarda-redes bracarense e entrou na baliza. Pelos minhotos, foi Rodriguez a mandar pelos ares o sonho de Salvador levantar um troféu. Rematou por cima, literalmente. Hugo Viana já havia feito o mesmo.

Braga 0-0 Rio Ave (5-6 g.p.)

Estádio AXA

relvado bom

6000 espectadores

Árbitro Hugo Miguel (AF Lisboa)

Assistentes Ricardo Santos e Pedro Garcia

4º árbitro Ricardo Oliveira

Treinador Domingos Paciência

1 Eduardo GR 6

27 Filipe Oliveira LD 5

5 Moisés DC 5

2 Rodriguez DC 4

6 Evaldo LE 5

10 Luis Aguiar MD 4

45 Hugo Viana MD 6

22 Rafael Bastos MO a 54' 2

30 Alan AD 6

19 Meyong AV a 69' 3

99 Matheus AE a 97' 3

31 Kieszek GR

15 Miguel Garcia LD

3 Paulão DC

20 Peña MO d 69' 5

11 Diogo Valente AE

18 Renteria AV d 54' 5

81 Adriano AV d 97' 2

amarelos 33' Alan

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [1+1+0] Remates para fora [1+3+2] Faltas [5+6+6] Cantos [3+1+0] Foras de jogo [1+0+2]

Carlos Brito Treinador

74 Mora GR 6

30 Wires LD 5

2 Gaspar DC 7

5 Jeferson DC a INT 5

25 Sílvio LE 5

14 André Vilas Boas MD 5

83 Tarantini MO 6

10 Vítor Gomes MO a 106' 6

7 Wesllem AD a 80' 5

15 Chidi AV 5

19 Sidnei AE 6

1 Trigueira GR

23 Fábio Faria DC d INT 5

16 Terroso MD

17 Adriano MO

77 Bruno Gama AD d 80' 6

4 Evandro AE d 106' 2

21 Nélson Oliveira AV

amarelos 39' Wires, 53' Wesllem

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [2+3+1] Remates para fora [1+3+2] Faltas [6+7+5] Cantos [4+1+1] Foras de jogo [7+2+2]


Arbitragem

Dois braços nenhuma dúvida

Dois lances polémicos para ajuizar. No primeiro, Chidi ainda marca, mas o árbitro considera que uma mão do nigeriano faz Eduardo soltar a bola. Outro braço, mas o de Rodriguez também em foco: na linha de área, pareceu acidental. A Hugo Miguel também.


O MOMENTO

Rodriguez lançou a festa

Mora foi herói contra o Guimarães, na eliminatória anterior, mas desta feita foi preciso a ajuda do bracarense Rodriguez para voltar a ser o mais saudado pelos colegas. O espanhol já tinha defendido dois penáltis, quando o central peruano rematou muito por cima da sua baliza, para desespero dos arsenalistas. Como Gaspar marcara anteriormente, a festa no AXA foi verde e branca.


Lances-chave

29'

Wesllem cruza largo para Sidnei, que de cabeça tenta fazer chapéu a Eduardo. O guarda-redes do Braga segura.

39'

Luis Aguiar abre para Alan, que na direita cruza para Meyong. Este falha e a bola sobra para Rafael Bastos, mas o brasileiro atrapalha-se e, só com Mora, não acerta na bola.

44'

Lance idêntico ao anterior. Mas é Filipe Oliveira quem cruza para nova atrapalhação de Rafael Bastos.

48'

Chidi remata, mas a bola é interceptada e cai em Sidnei. Em boa posição remata cruzado. Eduardo tira com o pé.

60'

Filipe Oliveira ameaça o passe, mas entra na área e em excelente posição enche o pé. A bola sai muito por cima da baliza de Mora.

76'

Alan isola Matheus, que entra na área, descaído para a esquerda. O remate é bom, mas rasa o poste de Mora.

87'

Bruno Gama conduz o contra-ataque e joga para a entrada de Sidnei, que na passada remata à malha lateral.


O Braga um a um


Eduardo 6

Teve duas intervenções decisivas e ainda adiou as contas do Rio Ave na série de penáltis.

Filipe Oliveira 5

Dá sempre jeito contar com a disponibilidade de um lateral-direito para dar algum embalo ofensivo. Não comprometeu a defender.

Moisés 5

Demorou, mas acabou por ser um elemento estabilizador do centro da defesa.

Rodriguez 4

Não esteve tão seguro como o seu companheiro, cometendo alguns deslizes.

Evaldo 5


Deu elasticidade ao corredor esquerdo, sem hipotecar a segurança defensiva.

Luis Aguiar 4

Limitou-se a servir de filtro, deixando para Hugo Viana o trabalho mais elaborado e nem nos passes acertou nos cálculos.

Hugo Viana 5

Foi dos poucos que conseguiram quebrar a letargia e dar algum ritmo ao meio-campo e esticar o jogo. Falhou um dos penáltis.

Rafael Bastos 2

Teve duas excelentes oportunidades para aumentar a adrenalina no jogo, mas atrapalhou-se diante da baliza.

Alan 6

É um homem de muita fé, caso contrário teria desistido de carregar a equipa às costas. A bola atingiu o último terço de terreno, graças ao seu esforço.

Matheus 3

Muito desorientado na condução do jogo ofensivo.

Meyong 3


Acabou por ceder a posição mais avançada para servir Matheus, mas andou sempre distante do objectivo.

Renteria 5

Foi um elemento muito insistente.

Peña 5

Fez mexer qualquer coisa na equipa.

Adriano 2

Acrescentou pouco.


Domingos Paciência

"Podíamos ter feito mais e criar golos"

Se houve algo que fez a diferença "num jogo bloqueado", no entender de Domingos Paciência, foi "a agressividade do Rio Ave". O treinador do Braga reconheceu que a equipa "podia ter feito mais e criar desequilíbrios", sobretudo em casa, mas rendeu-se à inevitabilidade da "lotaria dos penáltis". Não se falou directamente dos castigos de Vandinho e Mossoró, contornando-se o assunto pela observação da falta que fizeram. "Recebemos a notícia de que não poderiam jogar antes do jogo. No caso do Vandinho, trata-se de uma posição fundamental; sem um médio-defensivo complica-se muito, pois fomos obrigados a improvisar, pondo o Hugo Viana e Luis Aguiar nessa posição. São rotinas que se ganham com Vandinho e Mossoró e que não são fáceis, depois, de recriar", comentou Domingos Paciência, admitindo que "a transição defesa-ataque não foi das melhores". Do outro lado, acrescenta, "o Rio Ave esteve na expectativa e a aproveitar os espaços concedidos" pelo Braga, que parece ter estado condenado "a um dia em que não tinha de passar a eliminatória e que não correu nada bem".

Estão "tristes" os bracarenses não só por terem conhecido o sabor da derrota, mas porque "não foi possível conseguir fazer mais". Agora, é tempo de enxugar as lágrimas e arregaçar as mangas, pois "apenas caiu um objectivo", restando o campeonato no caminho do líder da Liga Sagres, este bem mais aliciante. "Temos de estar preparados para este tipo de resultados. Temos de nos concentrar para o jogo em Belém; este [o de ontem] já faz parte do passado. Vamos continuar a lutar pelo campeonato", garante.


Moisés

"Balneário continua forte"

Os castigos de Vandinho e Mossoró - os dois viram o jogo ao lado do presidente António Salvador - não serviram de desculpa a Moisés. O capitão evitou frisou que o grupo está unido. "Saímos da Taça de cabeça erguida, só temos de tentar fazer o nosso melhor nos próximos jogos e essa questão não nos vai afectar, pois o balneário continua forte."


Luto contra o Marítimo

Está em marcha uma campanha entre os adeptos para que todos se vistam de negro no próximo jogo caseiro, contra o Marítimo. A ideia é exibir luto pelos castigos a Vandinho e Mossoró. Ontem, numa tarja, lia-se que "Vieira e Ricardo Costa marcam mais golos que Cardozo e Saviola", numa crítica directa ao presidente do Benfica e da CD da Liga.

O JOGO

JotaCC

Vermelhos de indignação

A simpatia que, durante anos, obrigou o Braga a disputar ao Benfica os adeptos da própria cidade desvaneceu-se com a discussão do título e os castigos que sobraram do confronto entre as equipas, na nona jornada. Quem esteve na bancada não esqueceu o que viu e ficou impune - a provocação de Di María junto do banco de suplentes da casa - nem acredita na justiça da Comissão Disciplinar (CD). Nas ruas e nos gabinetes, o desabafo é unânime: "O Braga está a incomodar muita gente". Há mais do que emoções, porém, a marcar a ressaca da decisão dos processos disciplinares que privaram a equipa de Domingos Paciência de Vandinho por três meses e de Mossoró por três jogos (Ney cumpre castigo no Setúbal). Nuno Albuquerque, jurista que já exerceu funções na Liga, rotula as decisões de "absurdas" e lembra que divergem do espírito do Regulamento Disciplinar, que privilegia as multas às suspensões, pelo óbvio empobrecimento do espectáculo em cuja valorização assenta a existência da Liga. Questiona, ainda, a medida que estas sanções estabelecem para futuros processos disciplinares. Para Mesquita Machado - o autarca que há um ano, por causa de um "roubo escandaloso" no Benfica-Braga, se demitiu da presidência da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol -, esta polémica ilustra as palavras de então de Jorge Jesus, hoje treinador do Benfica e, na altura, líder de um Braga que só admitia campeão na Playstation. Fartos deste jogo que sentem viciado, os adeptos admitem todas as teorias: até a de que dar o título ao Benfica seria útil ao Governo, para distrair da crise. Unânime é, ainda, a sensação de que "tudo isto é muito mau". Desigual.


Adeptos admitem manifestação na sede da Liga

A indignação dos adeptos do Braga perante as decisões da Comissão Disciplinar da Liga alimentou os fóruns de discussão dos sítios da internet dedicados à paixão pelo emblema que lidera o campeonato. No SuperBraga.com, um dos mais completos e abrangente no que respeita à informação e discussão do clube, sugeria-se, ontem, a hipótese de organizar uma manifestação, para dar corpo e voz à revolta bracarense. O destino da marcha minhota seria a cidade do Porto, onde está localizada a sede da Liga, o organismo que tutela os campeonatos profissionais. A ideia deveria ser debatida no intervalo do Braga-Rio Ave, de ontem. Entoar por todos os estádios um célebre cântico antibenfiquista e exibir tarjas de descontentamento foram outras sugestões.



Inquérito de rua

João Gomes Gonçalves (reformado)
"Lisboa é Lisboa e o resto do País não conta"


"Não há resposta para isto! O presidente do Benfica é que sabe o que se está a passar... acho que ele tem alguma coisa a ver com isto. Não faltam situações esquisitas e parece premeditado: querem penhorar o autocarro do Braga; dizem que o Braga anda a combinar coisas com jogadores de outras equipas, o que é tudo mentira. O Braga, pelos vistos, nunca poderá ser campeão nacional. Está a incomodar muita gente. Temos um presidente à altura, mas Lisboa é Lisboa, está tudo dito, o resto do país não conta."

Lígia araújo (modista)
"Braga ganha no campo e os outros por fora"


"Os castigos são totalmente injustos e, ainda por cima, ao fim de tanto tempo! O que dá para perceber é que é para desestabilizar uma equipa que está em primeiro lugar. Se não estivesse, nada disto aconteceria. É muito estranho que sejam divulgadas coisas deste género em momentos tão próximos dos jogos, pois dos outros não falam. O Braga ganha nas quatro linhas e os outros ganham por fora. Mostramos a todos que as vitórias são conseguidas com mérito e bom futebol. A equipa está unida e isso é que interessa."

Adriano Ribeiro (vendedor ambulante)
"É tudo uma brincadeira de mau gosto"


"Podiam ter decidido os castigos muito mais cedo, mas nota-se que não querem. É tudo muito forçado: os alegados subornos e almoços... É tudo uma brincadeira de mau gosto. O Braga em primeiro lugar está a incomodar muita gente. Se não fosse por isso, não haveria estas coisas estranhas. Isto vai ser a 'matar', até ao fim, mas a equipa vai superar estas contrariedades. As pessoas podem vir a manifestar-se aqui na cidade: o Braga nunca chega ao título por causa destas polémicas todas. Há quem queira cortar as pernas ao Braga."

Armando Passos (vendedor)
"Tudo isto revolta as pessoas"


"Isto parece-me ser uma situação muito forçada e, no fundo, para prejudicar o Braga, pois não há nada em concreto nem imagens que provem seja lá o que for. É tudo forjado, sobretudo as histórias dos alegados aliciamentos. Se o Braga não ocupasse o lugar em que está, nada disto aconteceria. Em campo, ganhamos com mérito. Esperemos que isto não afecte a equipa, embora seja inevitável, em termos psicológicos. Tudo isto revolta as pessoas. Temos aqui adeptos muito ferrenhos que poderão acabar por se manifestar."

Paula Coimbra (restauração)
"Tudo isto é para beneficiar o Benfica"


"Tudo isto é muito mau e, de certa maneira, é para beneficiar o Benfica, que fez grandes contratações, tem de justificar o investimento, e não está a conseguir. O Braga merece estar em primeiro, porque tem ganho de uma forma limpa. Se não estivesse na liderança, não seria atingido, porque antes nunca se viu tal coisa... Parece que, no campeonato português, só os grandes é que têm direito a estar no primeiro lugar. Ainda por cima, as imagens não provam nada, no caso do Vandinho. Como pôde ser castigado?!".

João Carvalho (padeiro)
"O Benfica é que está por detrás de tudo isto"


"Há uma equipa que esteve envolvida em todos os casos dos túneis e não foi penalizada: o FC Porto tem dois jogadores suspensos, o Braga três. Não se vê nada que prove que o Vandinho tenha feito algo; no caso do Mossoró, o castigo é bem aplicado. Denúncias de aliciamentos? Até parece que o Braga tem muitos milhões para gastar! O Braga incomoda os dois grandes, mas para mim é o Benfica que está por detrás disto tudo, porque investiu muito dinheiro para ser campeão e se não for nem faço ideia do que acontecerá na Luz."

António Peixoto (aposentado)
"Benfica treme por todos os lados"


"Tudo isto é manobra para denegrir clube e cidade. Os castigos são injustos. Eu estava no jogo e vi o Di María a atirar a bola contra o banco de suplentes do Braga e cuspir! Devia haver castigos também para o Benfica! O Braga é um clube sério e está a criar problemas ao Benfica, que treme por todos os lados e está a arranjar confusões, porque não derrota o Braga nas quatro linhas. O senhor da Comissão Disciplinar, Ricardo Costa, como é benfiquista, toma partido... A Liga devia representar todos os clubes e não o faz."

José Pinto Lopes (trabalhador-estudante)
"É uma boa estratégia para mascarar a crise"


"Não nos conseguem ganhar no campo e tentam vencer na secretaria. As imagens não esclarecem nada, está tudo feito. Nas vésperas dos jogos aparecem sempre estas coisas para desestabilizar o Braga. Algo tem de ser feito pela Liga e pela Federação, porque assim ninguém acredita no futebol. Atravessamos uma grave crise financeira e a melhor maneira de o Governo a esconder, a fazer esquecer, será o Benfica ser campeão. Porquê? Porque a maioria é benfiquista. É uma boa estratégia para mascarar a crise."


3 perguntas a...

1

Que comentário lhe merecem os castigos da Comissão Disciplinar da Liga aos incidentes do Braga-Benfica?

2

O Braga está a pagar o preço de se intrometer na discussão do título?

3

Este episódio poderá afectar o percurso da equipa de Domingos Paciência?


Nuno Albuquerque, Jurista
"Esta decisão é um absurdo"


1

A decisão é um absurdo, por várias razões. Já nem sequer faço processos de intenção, comparando com outros processos disciplinares em curso, de que todos temos conhecimento. É uma decisão gravosa, vai ao arrepio do espírito do Regulamento Disciplinar, que privilegia a sanção monetária, em contraponto à suspensão, permitindo que o activo mais importante, que é o espectáculo desportivo, não fique privado dos seus actores, para bem da competição. Não deixa de ser também evidente que, enquadrando os factos como estão enquadrados, o Regulamento Disciplinar tem outro tipo de recursos para sancionar este tipo de infracção, sem necessidade de molduras tão gravosas como esta, que, como é evidente, cria uma situação desproporcionada, absurda para a infracção em causa. Como espectador, questiono-me: quando houver uma agressão daquelas que, por vezes, acontecem no decorrer das partidas, como todos já vimos, como será um jogador suspenso? Será por um ano ou uma coisa do género. Insisto: não tem sentido, é um absurdo.

2

Não quero fazer juízos de intenção e, enquanto jurista, gostava que os não houvesse. Mas, enquanto espectador, fazendo a análise do que está em causa, muitas coisas ficam por responder.

3

Necessariamente, qualquer decisão deste âmbito afectará qualquer equipa. Acredito que esta equipa, como a outra que, a seguir, também vai ser sancionada, saberão, em campo, dar a melhor resposta a situações deste género.

Mesquita Machado, Presidente da Câmara Municipal de Braga
"É um alvo a abater e um escândalo"


1

Isto é uma autêntica vergonha, um escândalo. Quando o Braga começa a incomodar, há que tentar inibir a capacidade futebolística do Braga na secretaria. Assisti a esse jogo, e com muita tristeza lhe digo que quem provocou essa confusão foi Di María. Há imagens em que se vê ele a provocar, a atirar uma bola e a cuspir na direcção do banco do Braga. O autor da confusão sai ilibado, e depois tenta-se punir inocentes, dois jogadores que são pilares da estrutura da equipa. O Braga estava a incomodar e, como tal, há que abater ou condicionar um poderoso candidato à conquista do título.

2

Com certeza que sim. O Braga é um alvo a abater. Incomoda. Evocarei aqui as palavras de Jorge Jesus, na altura treinador do Braga, quando, depois de a equipa ter sido escandalosamente roubada - é o termo -, na Luz, disse que a única hipótese que tinha de ganhar o campeonato no Braga era a jogar na Playstation. Ele já não joga na Playstation, comanda uma das equipas que a dispensam.

3

Não! Cada vez seremos mais fortes, e aqueles que tentam abater o Braga, com estas atitudes, só estão a dar-nos mais energia para ultrapassarmos os obstáculos, a fazer com que sejamos mais fortes.

Carlos Coutada, Presidente da Associação de Futebol de Braga
"Braga estava a incomodar"


1

Naturalmente que, como observador atento a estas situações que, ultimamente, têm envolvido o Braga, não posso deixar de afirmar que me sinto surpreendido pela negativa, e até indignado pela forma como este caso foi resolvido, e que me parece, de forma objectiva, não estar conseguido, em termos de justiça, no apuramento da responsabilidade dos intervenientes naquela confusão. Surpreende-me muito que tenham sido os dois jogadores do Braga punidos, e da maneira como foram, e ainda tendo as imagens como prova, sabendo-se que não houve qualquer participação do árbitro e da Liga... Não me parece a mais justa.

2

Diria isso, sim, mas, não apenas tendo como base estas decisões disciplinares. Há também um outro tipo de notícias que têm vindo a cair na opinião pública e colocam em causa a honradez e a dignidade do clube. São um absurdo, as aludidas tentativas de aliciamento a jogadores, para estarem mais motivados para ganhar a um outro candidato ao título. Essas e outras notícias dão a entender que o Braga está a incomodar muita gente. Não se percebe de outra forma o que tem vindo a acontecer.

3

Como os responsáveis da equipa têm vindo a afirmar, estão a acautelar a possibilidade de isso acontecer. Que isso é o objectivo final de tais notícias, isso é: a desestabilização de um grupo de trabalho. Acredito que conseguirão blindar o plantel perante estas atitudes espúrias e desavergonhadas.


O JOGO

JotaCC


Líder do campeonato eliminado

Na Taça jogou o "braguinha" e o Rio Ave aproveitou

Há duas versões do Sporting de Braga na época 2009/10: o "super Braga" da Liga e o "braguinha" das taças. Ontem, nos quartos-de-final da Taça de Portugal, foi a segunda que surgiu. O líder do campeonato mostrou-se apático e falível. O compacto Rio Ave agradeceu e venceu nas grandes penalidades.

A aposta inicial de Domingos falhou. Ainda na ressaca dos castigos a Vandinho e Mossoró, o treinador escolheu dois reforços para os lugares no meio-campo. O que não era expectável era Bastos surgir como titular, o que levou à deslocação do outro reforço (Luís Aguiar) para o lugar de Vandinho como médio defensivo. Resultado? Bastos foi um corpo estranho à equipa, Hugo Viana andou perdido e Aguiar eclipsou-se.

No Rio Ave já se sabia que não havia João Tomás (transferido), Carlos (castigado) e José Gomes (por opção). A estes, Carlos Brito juntou Fábio Faria e Bruno Gama (no banco). Mas o Rio Ave mostrou-se a equipa de sempre: certinha no passe, rigorosa tacticamente, mas displicente no ataque.

O jogo foi mau. E as culpas vão todas para a equipa de Domingos. O Rio Ave, com recursos limitados, fez (bem) o seu jogo. Teve mais (e melhores) oportunidades e nunca se remeteu exclusivamente à defesa. Foram precisos 27" para aparecer o primeiro remate (Chidi à baliza de Eduardo). O Sp. Braga apenas se mostrou nos últimos 5" da primeira parte e repetiu a dose nos últimos 45.

Após uns penosos 120", o inevitável: dois zeros a colorir o marcador e a lotaria dos penáltis. E tal como tinha acontecido na ronda anterior, frente ao V. Guimarães, o Rio Ave foi mais feliz.


PUBLICO

JotaCC

Taça de Portugal: Golos só na marcação de grandes penalidades
Rio Ave troca voltas aos bracarenses

O Rio Ave derrubou o líder Sp. Braga nas grandes penalidades (5-6), juntando-se ao FC Porto e à Naval nas meias-finais da Taça. Depois de uma igualdade a zero no tempo regulamentar e no prolongamento, os vilacondenses foram mais eficazes e ainda beneficiaram dos remates desajustados de Hugo Viana e Rodriguez.

Prevaleceu, assim, a experiência do Rio Ave nos penáltis, tal como já tinha cilindrado da mesma maneira o V. Guimarães. E de nada valeu o esforço de Eduardo, que defendeu três (Wíres, Fábio Faria e Sílvio).

O Sp. Braga apresentou-se sem alguns artistas. Vandinho e Mossoró, castigados, ficaram sentados ao lado do presidente António Salvador, em clara provocação à CD da Liga de Clubes. Os substitutos Rafael Bastos e Luís Aguiar não comprometeram. Quem acabou por destoar foram os avançados. A ausência de Paulo César, lesionado, foi assim muito mais notada. Meyong não se entendeu com Matheus, Rentería não aproveitou os passes de Hugo Viana, Peña agarrou-se demasiado à bola. O melhor Sp. Braga chegou, a espaços, no prolongamento. Esforço inglório, porque Mora e o central Gaspar chegaram para evitar o golo.

Não foi mais vistoso o futebol do Rio Ave. A equipa de Carlos Brito apostou num jogo cauteloso, organizado e dependente dos fogachos de Chidi. Quando Chidi mostrou pontaria, Eduardo respondeu com uma defesa espectacular.

FICHA DO JOGO

Taça Portugal - Quartos-de-final - 03/02/10

Estádio Axa (Braga) - Assistência: 12 000

Resultado: 0-0 (5-6 após a marcação de grandes penalidades)

SP. BRAGA

Eduardo, Filipe Oliveira, Moisés, Rodriguez, Evaldo, Rafael Bastos (Rentería 54'), Luis Aguiar, Hugo Viana, Alan, Meyong (Peña 70'), Matheus (Adriano 97').

Treinador: Domingos Paciência

RIO AVE

Mora, Wires, Gaspar, Jefferson (Fábio Faria 46'), Sílvio, Tarantini, Vilas-Boas, Vítor Gomes (Evandro 106'), Wesllem (Bruno Gama 81'), Chidi, Sidnei.

Treinador: Carlos Brito

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa) 6

Disciplina: amarelos: Alan (34'), Wires (39'), Wesllem (53')

Classificação do jogo: 5


CORREIO DA MANHA

JotaCC

Salvador quer 30 mil no estádio em protesto
LÍDER BRACARENSE REAGE EM CARTA ABERTA
   
O presidente do Sp. Braga publicou uma carta aberta na página oficial do clube a pedir um apoio o apoio de todos os adeptos e, como forma de protesto sobre os recentes castigos a Vandinho e Mossoró, quer um estádio cheio na receção ao Marítimo, do próximo fim-de-semana:

"Nesse dia, as portas do Estádio Axa irão abrir-se, sendo a entrada gratuita para todos os bracarenses, sendo vital encherem as bancadas de vermelho e branco. Queremos 30 mil a puxar pelo Sp. Braga, para demonstrarem total solidariedade para com o nosso grupo de trabalho."

António Salvador também não deixou de criticar a decisão da Comissão Disciplinar da Liga, liderada por Ricardo Costa.

"Não serão "alguns doutores" que nos irão parar nem derrubar. Todas as manobras de desestabilização (e estamos preparados para que mais jogadas de bastidores surjam até ao final da época) apenas nos fazem mais fortes e mais unidos para lutarmos juntos (dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos) contra as atrocidades e barbaridades que temos vindo a assistir", referiu, prosseguindo:

"Podem castigar-me, multar-me ou tentar silenciar-me, mas nunca deixarei de defender a honra do nosso clube contra todos aqueles que nos tentam prejudicar, a cobro de objectivos escondidos e estratégias tenebrosas, mas que são facilmente perceptíveis por todos que acompanham o futebol português."

RECORD

JotaCC

António Salvador abre portas para recepção ao Marítimo

A direcção do Sporting de Braga decidiu abrir as portas do Estádio Municipal de Braga na recepção ao Marítimo, da 19.ª jornada, para que os bracarenses possam mostrar "total solidariedade para com o grupo de trabalho".

Numa carta aberta dirigida aos sócios e adeptos "arsenalistas" e publicada no sítio do clube na Internet, o presidente do clube, António Salvador, apelou à união e apoio em torno da equipa, dados os "factos ocorridos recentemente e que penalizam fortemente" a equipa.

"Há muito que manobras estranhas e inqualificáveis estão a ser urdidas nos corredores do poder tendo apenas um objectivo: parar o Sporting de Braga", pode ler-se.

Segundo António Salvador, "o que os adversários não têm conseguido fazer em campo, tem sido tentado nos bastidores por alguém que tudo tem feito para manchar o bom-nome do Sporting de Braga e tirar brilho à sua excelente campanha futebolística".

Por isso, o dirigente exortou os adeptos bracarenses não só ao apoio à equipa, mas também fazendo "ouvir o seu protesto contra as atrocidades" que têm sido feitas "desde o início da temporada".

Assim, frente ao Marítimo, a 14 de Fevereiro, em jogo da 19.ª jornada, a entrada será gratuita para todos os sócios e adeptos: "Queremos 30 mil bracarenses a puxar pelo Sporting de Braga para demonstrarem total solidariedade para com o nosso grupo de trabalho".

"Não serão alguns 'doutores' que nos irão parar nem derrubar. Todas as manobras de desestabilização - e estamos preparados para que mais jogadas de bastidores surjam até ao final da época - apenas nos fazem mais fortes e mais unidos para lutarmos juntos contra as atrocidades e barbaridades que temos vindo a assistir", lê-se ainda.

Segundo o dirigente, o Sporting de Braga é, "de forma legítima, o líder do campeonato nacional" e "não precisa de antecipar jornadas para ser o primeiro (o Benfica passou quarta-feira a contar mais três pontos, depois de ter antecipado a recepção à União de Leiria), mas fora das quatro linhas tudo têm feito para lhe retirar esse estatuto".

António Salvador acaba a carta garantindo que vai continuar a defender o "bom-nome" do clube.

"Podem castigar-me, multar-me ou tentar silenciar-me, mas nunca deixarei de defender a honra do nosso clube, contra todos aqueles que nos tentam prejudicar a cobro de objectivos escondidos e estratégias tenebrosas, mas que são facilmente perceptíveis por todos que acompanham o futebol português", finaliza.

O JOGO

ruilopes

Mossoró, Vandinho e Ney "ilibados" nos relatórios
JORGE SOUSA E DELEGADOS DA LIGA NÃO MENCIONAM AGRESSÕES 
 
 

 
 
   
   

Os relatórios do árbitro e dos delegados da Liga presentes no jogo entre Sp. Braga e Benfica, da 9.ª jornada, não referem quaisquer agressões de Vandinho, Mossoró ou Ney.

A Comissão Disciplinar (CD) da LPFP suspendeu terça feira aqueles jogadores do Sp. Braga com três meses, três e dois jogos respetivamente, por tentativa de agressão de Vandinho ao treinador adjunto do Benfica, Raul José, e por agressões consumadas de Mossoró e Ney a Cardozo.

No entanto, no relatório do árbitro Jorge Sousa, que a Lusa transcreve, a única agressão, mútua, que consta é a ocorrida entre André Leone e Cardozo, que resultou na expulsão de ambos ao intervalo.

"Logo após o apito final para a primeira parte, o jogador n.º 30 do Benfica [Saviola] e o jogador n.º 99 do Braga [Matheus] tiveram uma pequena discussão à entrada do túnel, sendo de imediato separados pelo árbitro assistente n.º 1", pode ler-se no relatório.

Em seguida, continua Jorge Sousa, "alguns jogadores de ambas as equipas travaram-se de razões à entrada do túnel gerando-se uma confusão".

"Do local onde me encontrava apercebi-me apenas de alguns jogadores a discutirem uns com os outros. Sou informado pelo árbitro assistente, que naquele momento se encontrava mesmo à entrada do túnel, que o atleta n.º 4 do Braga [Leone] e o atleta n.º 7 do Benfica [Cardozo] se agrediram mutuamente", e foram, por isso, expulsos.

"Entretanto, os atletas dirigiram-se para o final do túnel que, sendo de pouca luminosidade, não deu para ser descortinada mais nenhuma situação", concluiu Jorge Sousa.

Os relatórios dos delegados da Liga confirmam a versão contida no relatório do árbitro. "Após o final do primeiro tempo, subitamente e repentinamente (sic), após uma pequena discussão de alguns jogadores do Benfica e alguns elementos do banco de suplentes do Braga, todos os outros agentes desportivos que estavam no terreno de jogo entraram dentro do túnel a discutir e a empurrarem-se mutuamente", lê-se.

Em seguida, conta o delegado Carlos Marques, "entram também vários ARD (stewards), que os tentaram separar". Instalada a "confusão", o delegado assume: "Não posso precisar se houve alguma agressão".

"O árbitro e os restantes elementos da equipa de arbitragem colocados à entrada do túnel tiraram notas e informaram-me que consideraram expulsos os jogadores do Sporting de Braga n.º 4 e do Benfica n.º 7".



Data: Quinta-Feira, 4 Fevereiro de 2010 - 18:14