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Entrevista de João Pinto (O Jogo)

Started by Pedro_RBA, 14 de March de 2008, 14:34

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Pedro_RBA

Eu sei que o homem já não é do Braga, mas acho que ainda tem direito a um tópico nesta secção do SuperBraga. Se tiver errado podem move-lo sem problemas nenhum  ;)

"Agradeço o respeito"
J.F./J.M.


Terminada uma relação de ano e meio em Braga, João Pinto já esqueceu as polémicas e do mais difícil que lá viveu enunciou a relação jogador/treinador com o amigo de sempre Jorge Costa. Num discurso esclarecido e esclarecedor disse entender os objectivos avançados esta época e considerou razoável que o Braga quisesse ganhar um título.

P | No final da audiência que encerrou o inquérito que lhe foi aberto pela SAD do Braga disse que havia tirado as suas ilações. A que se referia em concreto?
R | Foi mais uma fase de aprendizagem na minha carreira...Em primeiro lugar fui mal entendido: porque tudo aquilo foi baseado numa fotografia que foi tirada ainda de tarde - e no Inverno anoitece muito cedo -, porque tinham dito que era numa discoteca, quando foi num restaurante. Foi uma série de mal-entendidos que coincidiu com uma fase má do Braga.

P | Acha que pagou por isso? Sentiu-se apontado como um dos rostos da crise que o clube estava a atravessar?
R | Não vou falar sobre isso, até porque as coisas entre mim e o Braga passaram-se pacificamente.

P | Foi a partir dessa altura que deixou de se sentir de corpo e alma no Braga?
R | Essa questão foi esclarecida na altura. O que houve foi um conjunto de coisas que me levaram a reunir com o presidente e tentar a rescisão amigável.

P | Representou o Braga no último ano e meio. Que diferenças sentiu na equipa da passagem da primeira época para esta?
R | Nos últimos anos o Braga foi uma equipa que se habituou a qualificar-se para as competições europeias e, inclusive, no ano passado atingiu uma fase que nunca na sua história havia acontecido. Obviamente, os objectivos aumentaram e quando a equipa chega a esta fase numa classificação muito aquém do que tem sido os últimos anos é natural que haja um desânimo de todas as partes, até mesmo dos sócios, habituados que estavam a ver-nos lutar por outras classificações. Isso tudo é consequência da ambição que o clube tem.

P | Mas o facto de terem sido anunciados novos objectivos no início desta temporada não significou um querer crescer depressa demais?
R | Se tivermos em atenção que estávamos a falar de Taça de Portugal e da Taça da Liga, acho perfeitamente razoável, bastando olhar para o que está a fazer o Setúbal, ainda por cima sendo a Taça de Portugal feita de grandes surpresas. Daí não achar nada de extraordinário, mas antes natural, essa intenção.

P | Concorda que no seu primeiro ano em Braga atingiu um rendimento surpreendente?

R | Passou algo importante, não só no Boavista com o Braga e anteriormente com o Boavista. Embora tenha enfrentado um choque ao passar de um clube grande para outro médio, com ambições completamente diferentes, mas houve uma coisa que foi óptima. Tive sempre muito bons colegas que me respeitaram. por vezes mais do que pessoas que me deviam ter respeitado e não o fizeram. Por isso afirmo que nos dois clubes eles foram fundamentais para o meu desempenho e estou-lhes agradecido por isso. Desde o primeiro dia respeitaram-me, sabendo do meu passado, inclusivamente houve miúdos que me pediram ajuda e opinião em determinadas coisas, não só dentro do campo como também fora dele. Isso foi óptimo

"Vamos com ele"

Marisa Cruz vai abandonar a TVI e deixar de ser a "cara" dos sorteios semanais do Euromilhões, caso João Pinto aceite um dos convites que tem para jogar no estrangeiro. "Claro que o vou acompanhar. Nós apoiamo-nos um ao outro e não faria sentido ele estar sem nós no estrangeiro. Logo que isso esteja resolvido deixarei de dar a minha contribuição na apresentação do sorteio. A esposa e o filho estarão sempre a acompanhar o João Pinto", sintetizou Mariza Cruz.

P | A possibilidade de ingressar no Toronto FC está descartada ou em banho-maria?
R | Está praticamente descartada, embora haja outras hipóteses. Aliás, a partir do momento em que saímos de Miami sem as coisas resolvidas é porque, à partida, já não seria para ficar. Ainda há dois dias recebi um telefonema a falarem-me de outras possibilidades de que ainda não posso falar porque não passam disso mesmo.

P | E ainda é possível que venha a jogar no Médio Oriente?
R | É, embora no Médio Oriente o campeonato tenha um calendário semelhante ao da Europa. Por isso, as transferências são em Abril ou Maio. Está em aberto, mas o que está mais próximo é a Major Soccer League, até porque começa este mês. Logo, há mais possibilidades de ingressar no campeonato norte-americano.

P | Caso estes cenários de jogar no estrangeiro não se concretizem, admite rever a sua posição?
R | Quando saí do Braga disse que estava tudo em aberto, mesmo o final da carreira. Tem havido convites para que continue, mas tenho uma vida para além do futebol, e, para mudar, terá que ser por uma coisa suficientemente atractiva. Como qualquer outra pessoa na minha situação faria.

P | Em condições normais, com esses factores todos conjugados, vê-se a jogar quantos anos mais?
R | Um ano. Aliás, eu já ando a fazer isto há cerca de três ou quatro anos. No final de cada época faço a avaliação do meu estado físico e, em comparação com o dos meus colegas, analiso o meu desempenho dentro de campo. Acima de tudo tenho que respeitar-me, não posso acabar a arrastar-me pelo campo.

P | Ao fim de tantos anos não se sente cansado do futebol?
R | Não! Se surgir uma oportunidade, nos Estados Unidos, no Dubai ou no Catar, tenho de a aproveitar. De facto será o meu último ano e vou experimentar uma coisa diferente. É provável que vá para um desses campeonatos, com um bom contrato. Jogar no estrangeiro dá uma motivação extra.

P | Vai ser um adepto de bancada ou de "sofá" no próximo "Europeu"?
R | Depende. Se estiver de férias vou ver alguns jogos mas não acredito que vá ver todos.

P | Terminada a era Figo, esta selecção esteve, na fase de qualificação, demasiado dependente das exibições de Cristiano Ronaldo, como chegou a apontar-se?
R | Acho que não, até porque ele foi criticado pelas exibições que fez na Selecção Nacional, por comparação com as realizadas no Manchester United. Não vejo que a Selecção Nacional dependa apenas de um jogador. Se Portugal se pendurar em um ou dois jogadores jamais conseguirá ganhar alguma coisa.

P | Depois de sair do Benfica para o Sporting esta é a primeira vez que passa um período sem competir. Como tem sido o seu dia-a-dia?
R | O meu dia-a-dia tem sido bastante preenchido. Normalmente vou ao ginásio de manhã, mas isso nem sempre é possível, já que por vezes tenho reuniões e outros assuntos para resolver. Depois fico pela loja, que é algo que me está a entusiasmar.

P | Fez 700 jogos e marcou 173 golos ao longo de uma carreira de 20 anos. Que significado tem isso para si?
R | [risos] São números engraçados. São muitos jogos, muitos estágios, muitos treinos, muitos anos, mas sinto-me confiante. Demonstra que ao longo destes 20 anos fui um jogador que praticamente jogou sempre, não é uma carreira com apenas 200 jogos.

P | E como foi ser treinado por um amigo de longa data como Jorge Costa? Foi difícil gerir a diferença de relacionamento que se impunha?
R | Foi uma situação que teve as suas coisas boas e más. Dentro do balneário eu tinha de ser o primeiro a dar o exemplo, respeitando-o enquanto treinador e enquanto meu amigo. Não o podia defraudar e até confesso que falei menos com ele quando passou a treinador do que durante o tempo em que foi adjunto. Precisamente porque tinha que haver ali um espaço, e nós nunca sabíamos, exactamente, onde era o limite e até onde podíamos ir. Por isso, quando o abordava para falarmos deixava sempre claro se o fazia na condição de amigo ou de jogador.

Saudações Ultras





ELSA

Não tive oportunidade de comentar a sua saída...

Sempre o admirei como jogador...penso que teve sempre um comportamento profissional em campo (tirando alguns casos pontuais...de um homem que fez 700(!!!) jogos).

Mostrou sempre muito respeito pelos clubes onde passou...nunca alimentou polémicas...não se vê muitos assim...e se calhar tinha tanto pra contar...

Nunca acreditei que os problemas no Braga passassem por ele...

Apesar de não ter sido brilhante, acho que teve uma prestação positiva no nosso clube...com ele em campo o nosso jogo tinha outra qualidade...nenhum outro naquela posição fez sequer nada parecido...é o que eu acho...

Boa sorte pra ele...

fjmp_scb

Acho que só tinha prestigio no Braga, mas ajudou-nos bastante.
[url="http://img246.imageshack.us/img246/3130/scbucm9.png"]http://img246.imageshack.us/img246/3130/scbucm9.png[/url]

ruis

O João Pinto podia sair dos relvados portugueses pela "porta grande", mas como tem ambição de ir ganhar uns petrodólares saiu pela porta pequena