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NOTICIAS DO ENORME DIA 25/02

Started by JotaCC, 25 de February de 2008, 08:22

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JotaCC

À meia-luz não vão lá

Novo passo atrás na (cada vez mais impossível) luta pelo título, com o Benfica a aumentar para 13 (cinco empates e uma derrota) o número de pontos perdido no Estádio da Luz - e convém lembrar que são 12 os pontos que distam para o líder, FC Porto. Ontem, o Benfica até pode queixar-se de alguma falta de sorte - se é que os factores aleatórios podem servir de justificação -, mas a verdade é que cada vez anda mais para trás, tendo apenas como consolo a carreira do Sporting, rival da próxima semana, a quem ganhou um ponto nesta ronda.

José António Camacho viu Makukula lesionar-se a poucas horas do encontro, tendo que alterar a estrutura táctica previamente acertada, deixando de lado o 4x4x2 para apostar apenas em Cardozo na linha da frente - Binya, Petit e Rui Costa formaram o triângulo do meio-campo, e Assis e Di María preenchiam as alas. Uma aposta que abanou com o golo madrugador do Braga (Quim não pode socar a bola para a frente) e que obrigou a equipa da Luz (normalmente já a jogar sobre brasas em sua casa, onde ainda não ganhou este ano para o Campeonato) a correr contra o tempo.

Ainda assim, destaque para a reacção dos encarnados que, sempre comandados por Rui Costa, não se desuniram e rapidamente chegaram ao intervalo. O cabeceamento de Luisão, aliás, foi apenas o justo prémio para um conjunto que, mesmo não tendo sido esmagador, já construía lances de perigo em catadupa, pecando "apenas" na finalização.

O cabeceamento de Nuno Assis às malhas laterais, logo aos 49', foi o mote para uma exibição de mais do mesmo. Ou seja, o Benfica continua a ser a única equipa a tentar o ataque, pressionou por completo o Braga (Manuel Machado abdicou por completo da discussão do resultado com a entrada de Frechaut para o lugar de César Peixoto, passando a jogar com três trincos puros), parecendo apenas uma questão de tempo (e de acerto no último remate) para que o triunfo surgisse.

A entrada de Mantorras e Adu deu nova alma aos encarnados, as oportunidades sucederam-se, mas para a história fica o resultado - e mais dois pontos perdidos.

Benfica 1 - Braga 1

Estádio da Luz

Relvado irregular

31220 espectadores

Jorge Sousa [AF Porto]

Bertino Miranda + António Vilaça

Artur Soares Dias

Benfica


Treinador José António Camacho

12 |Quim GR

22 |Nélson LD

4 |Luisão DC

8 |Katsouranis DC

5 |Léo LE

18 |Binya MD

6 |Petit MO a 65'

10 |Rui Costa MO

25 |Nuno Assis AD a 84'

20 |Di María AE a 79'

7 |Cardozo AV

24 |Butt GR

2 |Luís Filipe LD

3 |Edcarlos DC

30 |Adu AD d 84'

14 |Maxi Pereira AD

33 |Sepsi AE d 65'

9 |Mantorras AV d 79'

GOLO

1-1|21'

Luisão

Amarelos

67' Sepsi |77' Luisão | 83' Nuno Assis

Braga

Treinador Manuel Machado

31 |Kieszek GR

47 |João Pereira LD

3 |Paulo Jorge DC

2 |Rodriguez DC

25 |Miguelito LE

16 |Contreras MD

5 |Brum MO

21 |César Peixoto MO a 50'

18 |Zé Manel AD a 62'

99 |Matheus AE

29 |Linz AV a 73'

12 |Dani Mallo GR

13 |Carlos Fernandes LE

23 |Madrid MD

17 |Frechaut MD d 50'

88 |Vandinho MO

15 |Wender AE d 62'

20 |Jailson AV d 73'

GOLOS

0-1|5'

Zé Manel

Amarelos

20' Brum |45' Matheus | 59' Zé Manel | 88' Miguelito


O Braga um a um
Contreras contra eles

LUÍS PENA VIEGAS

3 Kieszek

Estreou-se no campeonato, depois de ter sido atirado às feras do Werder Bremen, na UEFA. Respondeu bem aí, respondeu bem na Luz, onde passou 45' a ver e outros 45' a defender. Na primeira parte, se calhar, até usou mais os pés do que as mãos. Na segunda, sim, já teve de se aplicar. No golo, nada a apontar-lhe.

2,5 João Pereira

De regresso à Luz, casa que tão bem conhece, fez de conta que não, que nada lhe era familiar. Apesar de menos afoito do que é costume, porque Di María o impediu, cotou-se em bom plano, enérgico. Só era escusada aquela entrada (44'), que até pareceu uma agressão, sobre Léo.

2,5 Paulo Jorge

Duro e liderante como sempre, diz que é uma espécie de patrão. E é mesmo. Andou em cima de Cardozo e não se esqueceu de dar uma ajuda aos laterais. Esqueceu-se foi de ir ao primeiro andar, no golo, mas a marcação era à zona. Por isso, nesse lance, há-de haver mais do que um culpado.

2,5 Rodriguez

Parece ser, finalmente, o Rodriguez da época passada. Mais forte e decidido, impôs-se bem a Cardozo (e também a Mantorras, depois), chegando até a mostrar os pormenores de classe que o distinguiram e chamam a atenção de vários clubes.

1,5 Miguelito

Não lhe correram bem os primeiros tempos de Braga e tarda em passar por cima desse início negativo. É um facto que, na Luz, também não era o sítio certo, ainda por cima frente ao seu ex-clube. O Benfica chegou a pôr três jogadores por ali, na sua zona. Um ponto a favor: é que às vezes enfrentou-os sozinho.

3 Contreras

Machado colocou-o a trinco, mas não foi só para defender ou ter mais gente no meio. O chileno tem bons pés, uns invulgares bons pés num central, e isso deu duas vezes mais segurança: na marcação e na transição. Mais, ainda evitou um golo certo de Nuno Assis (80') e tanto correu que acabou diminuído...

3 Roberto Brum

Os lances em que o Braga saiu bem, de cabeça levantada, passaram, invariavelmente, pelos seus pés. Combativo, mas mais livre para pensar após a entrada de Frechaut, soube segurar e gerir a bola. E ainda ameaçou Quim, do meio da rua (84').

2,5 César Peixoto

Apareceu, outra vez, como médio-interior. Um falso número 10, porque também se dedicou a tarefas defensivas. Precisamente as que cedo o desgataram, tanto que Machado trocou-o por Frechaut. Criativo, mas sem consequência, a não ser no golo: rematou, Quim largou, Zé Manel marcou.

2,5 Zé Manel

Fez o golo do Braga, num lance em que nem precisou de ir ter com a bola, ela encarregou-se de lhe chegar aos pés. Não ficou a viver disso, aplicando-se a fundo até ser substituído, por já não poder mais. É que acompanhar Léo não é para qualquer um...

2 Matheus


Por vezes quis fazer tudo depressa demais. É defeito? Não, é feitio, porque o brasileiro joga sempre nos limites. Não sossegou um minuto, quis ter a bola, quis ser decisivo, mas não foi. Porque nem sempre é possível e porque Nélson não deixou.

2 Linz

Não foi um avançado incómodo, predisposto a ir ao choque. Não foi, porque também não é essa a sua característica. Tem de ser servido e ontem ninguém o conseguiu fazer. Mas foi ele próprio, ao lançar César Peixoto para o lance do golo da sua equipa. De resto, não se conseguiu superiorizar, nem a Luisão nem a Katsouranis.

2,5 Frechaut

Se entrou com um nome na cabeça, era o de Petit, então a subir cada vez mais no terreno. Conseguiu contê-lo e o meio-campo bracarense passou a trabalhar melhor nessas circunstâncias.

2 Wender

Esforçou-se para não deixar que Nélson só pensasse em atacar e ainda tirou um amarelo a Luisão. Sem desequilibrar, foi um elemento útil na estratégia.

1,5 Jaílson

Umas acrobacias no ataque e uns... cortes importantes, na ajuda ao sector defensivo. Nada mais do que isso.


Manuel Machado

"Empate quebra ciclo menos positivo"

O Braga surpreendeu o Benfica, alcançando a vantagem no marcador, mas saiu do recinto dos encarnados com o empate, resultado que Manuel Machado admite ser favorável, face ao momento complicado da sua equipa. "Conseguimos um ponto no Estádio da Luz, num terreno difícil, e contra uma equipa candidata ao título", sublinhou o técnico, acrescentando: "Apesar de ser apenas um ponto, este resultado permite-nos quebrar um ciclo menos positivo." Como tal, Manuel Machado reconhece que abandonou a "Catedral" com "uma satisfação aceitável".

A forma como o Braga entrou no jogo agradou ao treinador, que apontou depois a justiça do resultado, pela forma como o Benfica respondeu à desvantagem: "Entrámos bem, conseguimos marcar e tivemos mais oportunidades para o fazer novamente. Depois surgiu a reacção natural do Benfica, mas a divisão de pontos é aceitável."

Manuel Machado acredita que o empate na Luz pode ser um bom tónico para melhorar na ponta final da época, mostrando-se confiante em garantir um lugar que dê acesso à Europa: "O objectivo de chegar aos lugares europeus está ao nosso alcance e acredito que a equipa, que tem falhado em detalhes e que nos têm custado pontos, vai dar um resposta condizente ao seu valor e ao que é necessário para atingir o objectivo."


Miguelito
"Quero recuperar a minha imagem"

O lateral-esquerdo Miguelito voltou pela primeira vez à Luz desde que se despediu do Benfica em Janeiro. O defesa garantiu após o fim do jogo que não guarda qualquer mágoa do emblema encarnado pelas poucas oportunidades que teve de jogar. "Aprendi muito no Benfica, só tenho de agradecer ao clube mas, claro, agora quero recuperar a imagem que deixei há duas temporadas no Nacional. Tive muito tempo sem jogar mas, aos poucos, estou a readquirir o ritmo", declarou Miguelito que, no final, recebeu a camisola de Freddy Adu. Sobre o empate, o defesa considerou-o um "tónico especial" para dar volta à série de resultados negativos.

Zé Manel

Zé Manel, que abriu o marcador, frisou que "o objectivo era conquistar os três pontos", mas admitiu que "levar um ponto da Luz é bom", realçando que "o resultado foi justo", pois "as equipas tiveram mais oportunidades para marcar ".

O camisola 18 admite que o Braga "tem estado aquém do que se esperava", mas agora só pensa em ganhar ao Guimarães.


O Tribunal de O JOGO
Lance de luisão dividiu o quarteto de especialistas

Não se pode dizer que tenha sido uma partida complicada para a equipa de arbitragem liderada por Jorge Sousa. No entanto, o painel de especialistas de O JOGO, dividiu-se na análise ao lance protagonizado por Luisão e Jailson na área do Benfica. Para Rosa Santos e Soares Dias, a acção do central encarnado exigia a marcação de grande penalidade, opiniões que divergem os veredictos de Jorge Coroado e António Rola. Outro dos lances que não suscitaram unanimidade foi o atraso de Rodriguez para o seu guarda-redes. Apenas Jorge Coroado considerou que se tratou de um passe deliberado , merecedor de livre indirecto.

O CASO
Toque do central encarnado deixa dúvidas

75'

Luisão comete falta sobre Jailson dentro da área?

JORGE COROADO


+

Há uma disputa de bola completamente normal, onde a estatura prevaleceu, não havendo razões para ser marcada grande penalidade.

SOARES DIAS

-

Sim, embora seja um lance de difícil análise. Fica a ideia que existe falta passível de marcação de grande penalidade. Pelo facto de os jogadores estarem concentrados na mesma zona, o árbitro não se terá apercebido e não marcou a grande penalidade.

ROSA SANTOS


-

Luisão deu um pontapé nas costas do adversário e não teve qualquer intenção de jogar a bola. Impunha-se marcação de grande penalidade e exibição de cartão vermelho.

ANTÓNIO ROLA


+

É um lance que deixa muitas dúvidas, porque a bola é jogada para a frente dos dois jogadores e Luisão ao tentar jogar a bola, provoca contacto com o adversário. No entanto, dou todo o benefício da dúvida ao árbitro.

OUTROS CASOS


44'

A entrada de João Pereira sobre Léo justificava sanção técnica e disciplinar?

63'

Deveria ter sido marcado livre indirecto, após o atraso de Rodriguez para o guarda-redes?

67'

Justifica-se a exibição de cartão amarelo a Sepsi, após entrada sobre João Pereira?

90'+2'


Há falta de Contreras sobre Mantorras dentro da área?

JORGE COROADO

-

Sim, João Pereira cometeu falta grosseira sobre Léo, desviando-o da disputa da bola, numa situação que exigia exibição de cartão amarelo.

-

Foi visível que Rodriguez, sem ninguém à ilharga, em lance não de recurso, com o pé direito jogou a bola efectuando movimento deliberado para trás. Ao jogar a bola com as mãos, o guarda-redes do Braga deveria ver a sua equipa punida com pontapé livre indirecto.

-

Sepsi não cometeu falta passível de advertência e João Pereira, que durante todo o jogo cometeu inúmeras infracções, ludibriou o árbitro, punindo o adversário sem razão.

+

Embrulharam-se os dois jogadores. No desembrulho, ambos caíram. No entanto, não se tratou de simulação nem de grande penalidade.

SOARES DIAS


+

Não, penso que não se justificava a sanção discplinar. Tratou-se de uma falta normalíssima, a merecer apenas sanção técnica, conforme o árbitro marcou e bem.

+

Não considero que tenha havido atraso deliberado. O Rodriguez está de costas para o seu guarda-redes e tenta apenas interceptar a bola, sendo que esta vai para trás.

+

Penso que o cartão é bem exibido, porque o jogador do Benfica não tem intenções de jogar a bola. A sua intenção foi simplesmente derrubar o adversário, pelo que o amarelo foi bem exibido.

+

Depois das repetições pode ver-se que Contreras joga a bola e o contacto é inevitável. Não era lance para grande penalidade. Esteve bem o árbitro.

ROSA SANTOS

+

Tratou-se apenas de uma obstrução do João Pereira, que não justifica sanção disciplinar.

+

Pela minha observação, penso que não é um passe ostensivo ao guarda-redes. Foi um ressalto de bola apenas. Esteve bem o árbitro.

+

Sim, é uma entrada por trás e como mandam as leis, a exibição de cartão amarelo justifica-se.

+

Não vejo qualquer falta, é um lance perfeitamente lance casual e próprio do jogo.

ANTÓNIO ROLA

-

João Pereira de uma forma ostensiva empurrou pelas costas Di María, antes desse lance. Aqui deveria o árbitro, para além da falta técnica, advertir o jogador do Braga com cartão amarelo, até porque João Pereira estava a reincidir em faltas constantemente sobre os adversários.

+

Estamos perante mais um lance que pode levantar alguma polémica, no entanto, enquanto técnico das leis de jogo interpreto que o jogador do Braga fez um corte e não passe ao guarda-redes.

+

O jogador do Benfica rasteirou o adversário, numa falta que por si só não justificava o cartão amarelo. No entanto, como o jogador do Benfica cortou uma jogada de contra-ataque do adversário, admite-se a exibição do cartão amarelo por essa razão.

+

Não, Mantorras, ao sentir o contacto do adversário, tentou tirar proveito dessa situação, pelo que considero correcta a decisão do árbitro ao nada ter assinalado.


Árbitro

Sem influência no resultado

O nervosismo que se apoderou de jogadores e adeptos da equipa da casa teve como resultado natural a contestação a Jorge Sousa, mas o árbitro não teve qualquer influência no resultado final. Ainda assim, algum desacerto no capítulo técnico.


O MOMENTO: 80'
Contreras salvador

O Benfica, mesmo sem grande discernimento, tinha assumido o risco de procurar o golo do triunfo com toda a artilharia pesada. Mantorras, recém-entrado, ganha espaço à entrada da área e isola, na direita, Nuno Assis. O camisola 25 "fuzila" Kieszek e, quando já se fazia a festa, surge Contreras, na linha de baliza a evitar o golo. A bola ainda sobra para Sepsi atirar... ao poste.


Lances-chave

5' [ 0-1 ] Servido por Linz, César Peixoto, à entrada da área, dispara com o pé esquerdo, com Quim a defender (mal) para a frente, surgindo Zé Manuel, sem oposição, a empurrar para o fundo da baliza.

7' Nuno Assis foge pela direita e cruza para a área onde Rui Costa, na zona do ponta-de-lança, cabeceia por cima da baliza defendida por Kieszek.

9' Agora é a vez de Nélson ir à linha final cruzar, surgindo Cardozo, dentro da área, a disparar de pé esquerdo, mas ao lado.

11' Linz estoira de fora da área, com Quim a revelar novamente dificuldade em segurar a bola, mas, desta vez, valeu o corte de Nélson.

15' Na sequência de um canto, o esférico sobra para Di María que, de muito longe, dispara ao lado da baliza do Braga.

18' Rui Costa tenta alvejar as redes bracarenses na sequência de um livre directo, mas a bola passa por cima da barra.

21' [1-1 ]

Na sequência de um livre indirecto, Rui Costa coloca a bola na área do Braga surgindo Luisão a saltar mais alto que toda a gente a cabecear para o fundo da baliza.

23' Petit parte em apoio ao ataque e, à entrada da área, tenta o "chapéu" a Kieszek, mas sem as medidas correctas.

24' É a vez de Cardozo tentar marcar de livre directo, mas também não consegue acertar na baliza.

26' Matheus, pela esquerda, foge a Nuno Assis, deixa Luisão para trás e cruza. Léo afasta contra... as costas de Katsouranis e a bola caminha caprichosamente para o fundo da baliza, mas Quim segura mesmo em cima da linha de golo.

49' Nuno Assis, na sequência de um livre cobrado por Rui Costa, "voa" ao primeiro poste e cabeceia às malhas laterais.

60' Di María ganha espaço na área do Braga, rodopia e dispara para defesa tranquila do guardião bracarense.

73' Cardozo, após cruzamento de Léo, cabeceia fraco, com Kieszek a segurar.

75' Katsouranis, de muito longe, atira muito perto do poste esquerdo da baliza do Braga.

90'+3' Canto favorável ao Benfica, com (quase) toda a equipa na área do Braga, Mantorras ganha na confusão e o esférico sobra para o pé direito de Nélson, que dispara de pronto. A bola ainda tirou tinta ao poste da baliza bracarense.


A ESTRELA: Luisão (3,5)

Insuperável durante toda a partida, chegou e sobrou para as encomendas. Além de ter congelado o ataque bracarense - Linz e Jailson não tiveram espaço para mostrar argumentos -, ainda foi lá à frente dar uma mão aos colegas mais avançados, cabeceando para o fundo das malhas de Kieszek, aos 21'. Pouco tempo depois, aos 51', voltou a estar em evidência após um canto de Nuno Assis, mas falhou o alvo.

13

Sempre que está disponível, joga como titular e esta época já foram 13 vezes. Apenas numa ocasião foi substituído - em Setúbal... lembra-se?

Não é só cabeça

Luisão apontou ontem o seu segundo golo esta temporada. O defesa-central tinha feito o gosto ao pé, perdão ao calcanhar, diante da Académica de Coimbra e, ontem, de cabeça, elevou para dois a sua conta pessoal.


O JOGO

JotaCC

E vão 13 pontos perdidos


O Benfica riu-se do Sporting, ontem à noite, mas muito pouquinho, bem menos do que esperava imediatamente depois de saber da derrota dos leões em Setúbal. Os encarnados não foram além de um empate (1-1) caseiro frente ao Braga, golos de Zé Manel e Luisão, deixando para trás a hipótese de marcar posição definitiva na luta pelo acesso directo à Champions. Mesmo num estádio efervescente de emoção (condição rara esta época) e a asfixiar o adversário nos últimos minutos, a vitória da equipa de Camacho esteve perto, mas não chegou a concretizar-se.

Ainda que longe do brilhantismo, houve exibição aceitável e se houvesse vencedor teria sempre de ser a formação lisboeta. O factor casa também persiste em não funcionar já lá vão 13 pontos perdidos (cinco empates e uma derrota), apesar de Rui Costa continua a pregar sozinho. Literalmente. E não é só porque quase todas as jogadas de ataque são da sua autoria. É ele que pensa o jogo, que pára, que o faz movimentar, enfim que o torna praticável para os colegas. Pena apenas para que se tenha apagado em demasia perto do final, momento em que era mais necessário. Factura paga bem caro. Assim, dista agora cinco pontos dos rivais da segunda circular e a apenas quatro do Guimarães, o mais perto perseguidor.

O Sporting de Braga, que tem oscilado demasiado nesta temporada em termos exibicionais, marcou logo que pôde o 1-0. Mas também não o merecia ainda. César Peixoto, que ontem actuou no centro do meio-campo, rematou, Quim defendeu para o lado e Zé Manel fez a recarga com êxito. No entanto, um excelente livre executado por Rui Costa e concretizado de cabeça por Luisão devolveu a calma a uma equipa encarnada que voltou a entrar mal em campo.

No entanto, a verdadeira surpresa (se assim podemos chamar nos dias de hoje) foi mesmo Matheus. A sua passagem pelo Vitória de Setúbal mudou-o para muito melhor, apresenta níveis técnicos do melhor desta Liga, e foi deliciosa aquela jogada em que provocou tal atrapalhação no último reduto lisboeta que Katsouranis rematou para a própria baliza, obrigando a boa defesa do guarda-redes do Benfica, em cima da linha de golo. O Estádio da Luz ficou mudo. Tal como Rui Costa, apagar-se-ia lentamente.

Após cada golo, as respectivas equipas carregaram no acelerador, futebol houve sempre pouco, mas sempre com sinal mais dos encarnados, especialmente na segunda parte, com atitude e generosidade louváveis. Léo mostrou novamente que será muito recordado para o ano, Di María está a melhorar de semana para semana e Nuno Assis está a atingir o melhor pico da época, assim como Luisão, cuja empatia com os adeptos está quase recuperada.

A entrada de Frechaut em campo mudaria o jogo dos bracarenses, remetendo-o completamente para o objectivo mínimo na viagem à capital o pontinho do empate. A partir daí, também chegaram rapidamente as dificuldades já conhecidas do Benfica, grande dificuldade em ordenar jogo ofensivo e esquema táctico um pouco anárquico. No fim, Camacho esteve longe de acertar nas substituições. Tirou os criativos Di María e Nuno Assis e colocou em campo os insípidos Mantorras e Adu. Resultado: o jogo tornou-se ainda mais afunilado no centro do terreno, que era afinal o grande desejo dos homens do Minho.


Estamos aquém do que se esperava"


José Manuel

Avançado do Braga


"Viemos com o objectivo de ganhar. Um ponto na Luz é bom, mas queríamos a vitória. Estivemos bem e criámos algumas oportunidades ao longo do jogo. Este resultado pode ajudar-nos. Estamos aquém do que se esperava, mas queremos melhorar. Vamos trabalhar para ganhar na sexta-feira ao Guimarães. É um dérbi".



JN

JotaCC

Um ponto de esperança
O Sporting Clube de Braga não encetou a viragem total, contudo alcançou um ponto de esperança para o futuro. O arranque dos minhotos foi bastante positivo, tal como a organização demonstrada em praticamente todo o desafio.

O Sporting Clube de Braga alcançou um ponto na deslocação ao Estádio da Luz (1-1). Não foi dada a viragem total no conjunto minhoto, que continua sem vencer no ano cívil de 2008, mas o ponto é um  golpe de esperança importante para olhar para o último terço do cam-peonato com outra confiança.
A entrada galopante dos minhotos em campo foi a alavanca para a exibição produzida. Surpreendente a forma atrevida e organizada como o Sporting Clube de Braga mostrou o peito no arranque à águia e o golo de Zé Manel aos seis minhotos foi celestial para transmitir um sopro de tranquilidade aos comandados de Manuel Machado.

O Benfica praticamente só criou perigo em lances de bola parada e foi num desses lances que a equipa de José António Camacho chegou à igualdade por intermédio de Luisão. Após o golo assistiu-se ao melhor período dos encarnados, como que galvanizados com o empate. A formação arsenalista passou por  alguns sobressaltos, mas não perdeu o sentido e poderia ter chegado inclusivamente ao segundo golo. Primeiro por intermédio de Roland Linz e depois numa jogada de Ma-theus, com Petit quase a fazer auto-golo.

Na segunda etapa e com a colocação de Frechaut em campo, o Sporting Clube de Braga voltou a estender-se mais no terreno, faltando apenas confiança para arriscar mais no ataque. A conquista de pontos era importante para o Sporting Clube de Braga e nesse sentido a equipa teve tendência a encolher, ao invés de arriscar mais na procura de um triunfo, algo que na Luz foge à 54 anos.

CM

JotaCC

Benfica voltou a empatar na Luz e está cada vez mais dependente do futebol de Rui Costa


Sp. Braga entrou impetuoso e marcou cedo, obrigando
os "encarnados" a um esforço maior no jogo.
Mas não houve futebol
nem forças para a vitória


A O Estádio da Luz está transforma-
do num inferno para a equipa do Benfica. Ontem, frente ao Braga, em-
patou a um golo e perdeu o 13.º pon-
to para a Liga em jogos na sua casa. A noite só não foi pior porque o Sporting perdeu na visita ao Vitória de Setúbal. Na próxima jornada, os dois "grandes" de Lisboa, que estão cada vez mais longe do líder FC Porto, defrontam-se em Alvalade.
O Braga começou o jogo como um sapo que incha para não ser comido pela serpente: muito agressivo, no sentido positivo, na luta pela posse de bola, muito rápido no ataque e apostando em trocas constantes entre o avançado Linz, os extremos Matheus e Zé Manel, e o médio de apoio César Peixoto. Essa atitude assustou o Benfica, cujo baralhamento na defesa ajudou os arsenalistas a inaugurarem o marcador logo no minuto cinco: Matheus rematou, Quim defendeu para o lado esquerdo e Zé Manel antecipou-se a Léo, empurrando para dentro da baliza.
Para o encolhimento do Benfica também contribuiu a decisão de Manuel Machado em colocar dois jogadores a marcar Rui Costa - Contreras e Brum - e a reacção de Camacho ao problema de última hora do avançado Makukula (mialgia): escolheu Binya e deixou Maxi Pereira no banco e, se em condições normais o camaronês é pior a construir jogo do que o uruguaio, desta vez nem a destruir esteve bem. Passes disparatados, cortes falhados e descoordenação nas marcações, de tudo se viu na equipa "encarnada" no primeiro quarto de hora. Poucas vezes passou a linha de meio-campo e o melhor que conseguiu foi um remate, de cabeça, de Rui Costa.
Foi precisamente o médio que re-
volucionou o jogo. A subida de Petit no campo obrigou os médios defensivos do Braga a desdobrarem-se nas
marcações. Rui Costa ganhou espaço para assumir a coordenação do ataque e, com ajuda dos laterais, Nélson e Léo, abriu espaços na defesa bracarense. Os jogadores do Braga reagiram com faltas junto da sua grande área, erro que pagaram caro - foi num desses lances que nasceu o empate (21"): Rui Costa marcou o livre e Luisão bateu Kieszek.
O golo abalou ainda mais os arsenalistas, que continuaram a cometer muitas faltas, principalmente nas laterais (o melhor que conseguiram nessa fase foi um corte de Léo, em cima da linha, impedindo um auto-golo de Katsouranis). À excepção de um chapéu de Petit, dois minutos após o golo de Luisão, as melhores oportunidades do Benfica nasceram todas de lances faltosos e assistências de Rui Costa: Cardozo (24"), Petit, por duas vezes (43" e 45") e Nuno Assis (49") poderiam ter aproveitado melhor os passes acertados do número dez.
Não marcou e perdeu o controlo da partida quando Manuel Machado trocou César Peixoto por Frechaut. Mais um médio-defensivo, mais um jogador para marcar Rui Costa. O Braga abdicava do ataque e apostava em segurar o empate, estratégia que poderia ter sido um tiro no próprio pé, mas resultou em cheio, porque Camacho demorou uma eternidade a reagir. Apenas a troca de Mantorras pelo apático Di María agitou o ataque do Benfica: um minuto depois de ter entrado, o angolano isolou Nu-
no Assis. O remate foi salvo em cima da linha por Contreras. Nélson, nos descontos, teve a última hipótese de evitar o empate.
Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa. Assistência 31.220 espectadores.
Benfica Quim 5, Nélson 6, Luisão 6, Katsouranis 5, Léo 6, Binya 4, Nuno Assis 6 (Adu -, 84"), Petit 6 (Sepsi 5, 65"), Rui Costa 7, Di María 4 (Mantorras 6, 78") e Cardozo 5.
Sp. Braga Kieszek 6, João Pereira 6, Rodríguez 6, Paulo Jorge 6, Miguelito 6, Contreras 6, Roberto Brum 6, Zé Manel 5 (Wender 5, 62"), César Peixoto 6 (Frechaut 6, 50"), Matheus 7 e Linz 5 (Jaílson -, 73").
Árbitro Jorge Sousa 6, do Porto.
Amarelos Roberto Brum (20"), Matheus (45"),
Zé Manel (59"), Sepsi (67"), Luisão (77"),
Nuno Assis (83") e Miguelito (88").
Golos 0-1 por Zé Manel, aos 5"; 1-1 por Luisão, aos 21".
Benfica 1
Sp. Braga 1



Reacções

José Antonio Camacho

Benfica

"Tentámos marcar de todas as formas, mas não conseguimos. Quando a bola entra está tudo bem, quando a bola não entra é pior. Acho que fizemos tudo para ganhar a partida. Estamos a fazer os nossos jogos. Se temos cinco pontos de vantagem é porque devíamos ter cinco pontos de vantagem. [A ausência de Makukula] Não podia jogar. Tinha queixas de manhã e por isso não jogou."

Manuel Machado
Braga

"É um ponto no Estádio da Luz, contra uma equipa que luta pelo título, e apesar de ser só um ponto adiciona alguma coisa [à nossa classificação] e quebra, de alguma maneira, um ciclo menos positivo. O objectivo [de chegar garantir um lugar que dê acesso à Taça UEFA] está ao alcance, porque a equipa, neste último terço do campeonato, vai dar uma resposta condizente com o que vale."

Positivo | Negativo

Rui Costa

O Benfica só jogou futebol quando o número 10 se libertou das marcações e enquanto as suas capacidades físicas o deixaram ter influência.

Matheus
O remate que obrigou Quim a defender para o lado e deu o golo a Zé Manel foi o ponto alto de um período em que o ex-jogador do Setúbal foi a maior dor de cabeça da defesa benfiquista.

Di María
Mais uma oportunidade desperdiçada. O melhor que conseguiu foi um remate perigoso na primeira parte. Talvez beneficie de um factor que o desculpabiliza: foi o jogador "encarnado" que mais sofreu com o jogo faltoso do Braga.

Binya

Muito mal a atacar, péssimo a defender. Não travou César Peixoto durante o ímpeto inicial do Braga e ainda ajudou o adversário com cortes falhados e passes disparatados. Katsouranis fez-lhe companhia na pior fase da equipa.

PUBLICO

JotaCC

#4
Benfica cede empate «caseiro» frente ao Sp. Braga

O Benfica cedeu hoje um empate (1-1) na recepção ao Sporting de Braga, na 20ª jornada da Liga de futebol, perdendo mais terreno para o líder FC Porto, que venceu sábado o Paços de Ferreira (3-0).

Antes do "derby" lisboeta, a equipa "encarnada" concedeu o oitavo empate da temporada, quinto na condição de visitado, depois da vitória no reduto da Naval 1º de Maio (2-0). Zé Manel adiantou os forasteiros, aos cinco minutos, e Luisão empatou, aos 21.

O Benfica, agora com 38 pontos, menos 12 do que os bicampeões, aumentou, apesar do empate, para cinco pontos a vantagem sobre o Sporting, derrotado em Setúbal (1-0) e ultrapassado pelo Vitória de Guimarães, que segue a quatro pontos dos "encarnados".

O Sporting Braga, sem vencer desde Dezembro (na 13ª jornada, em Paços de Ferreira, por 2-0), caiu para o nono lugar, com 26 pontos, no que foi o seu 10º encontro consecutivo sem ganhar em todas as competições e o sétimo no campeonato.

Já com José António Camacho, ausente dos treinos desde o empate (2-2) em Nuremberga para os 16avos-de-final da Taça UEFA, o Benfica contou no banco de suplentes com o norte-americano Freddy Adu, que estava fora da convocatória e entrou em detrimento de Makukula, ausente da ficha de jogo devido a uma mialgia na coxa direita.

Sem o internacional português, nem Cristian Rodriguez, o treinador "encarnado" utilizou o esquema "4-3-3", apenas com Cardozo na frente de ataque.

Na baliza manteve-se Quim, com Nélson, Luisão, Katsouranis e Léo na defesa, Petit, Binya e Rui Costa no centro do terreno e Nuno Assis e Di Maria nas alas.

O técnico Manuel Machado também dispôs a equipa em "4-3-3", com Kieszek na baliza, João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge e Miguelito no sector mais recuado, Contreras, Roberto Brum e César Peixoto no meio-campo, e os avançados Zé Manel, Linz e Matheus.

Na primeira oportunidade da partida, o Sporting de Braga apresentou eficácia, com um golo de Zé Manel, aos cinco minutos, aproveitando uma defesa incompleta de Quim, a um remate rasteiro e cruzado de César Peixoto.

A resposta da equipa "encarnada" começou por partir da ala direita, com Nuno Assis e Nelson a cruzarem, por duas vezes, para desvios pouco certeiros de Cardozo e Rui Costa.

Aos 11 minutos, os comandados de Manuel Machado voltaram a assustar Quim, que voltou a não agarrar um remate de fora da área do avançado austríaco Linz, sem consequências.

Um remate do argentino Di Maria ao lado da baliza bracarense, aos 15 minutos, funcionou como um "despertador" para o Benfica, acordando os 31.220 espectadores no Estádio da Luz e dando inicio a uma sequência de oportunidades, que viriam a culminar no empate.

Antes do golo de Luisão, aos 21 minutos, num forte cabeceamento, em plena área, aproveitando um cruzamento, na sequência de um livre da esquerda, de Rui Costa, que já havia rematado por cima da baliza, num livre directo.

Também por cima saíram os remates do "capitão" Petit, que tentou um "chapéu" a Kieszek, aos 23 minutos, e do paraguaio Cardozo, num livre directo, no minuto seguinte.

À reacção do Benfica, o Sporting Braga respondeu com uma investida de Matheus, aos 26 minutos, ultrapassando toda a defensiva "encarnada", ludibriando o guarda-redes e Luisão, obrigando a um corte "perigoso" de Petit, na direcção da própria baliza, que Quim defendeu sobre a linha de golo.

Depois de um período morno, Rui Costa, aos 42 e 45 minutos, sempre de livre, tentou repetir a assistência, no entanto, em ambas as ocasiões Petit errou o alvo de cabeça.

Na segunda parte, depois de Nuno Assis enviar uma bola às malhas laterais da baliza do Sporting Braga (50 minutos), apenas Cardozo, aos 74 minutos, obrigou Kieszek a defender um cabeceamento, que saiu à figura do guarda-redes polaco.

Do lado bracarense, que espreitava o contra-ataque, apenas dois remates de Matheus, um para defesa de Quim e outro, de livre directo, por cima da baliza, levaram perigo à baliza "encarnada".

Aos 65 minutos, Camacho apostou no romeno Sepsi para a ala esquerda, substituindo Petit, colocando Di Maria na direita e Nuno Assis como médio mais ofensivo, fazendo recuar Rui Costa.

Já depois da entrada de Mantorras, o Benfica dispôs das melhores ocasiões da segunda parte, com um remate de Nuno Assis, assistido por excelente passe do avançado angolano, cortado sobre a linha de golo do chileno Pablo Contreras.

Ao "cair do pano", Carozo e Nelson ainda tentaram bater o guarda-redes polaco do Sporting de Braga, mas faltou eficácia.



Camacho elogia domínio do Benfica, que se vencesse em casa poderia lutar pelo título

O treinador de futebol do Benfica, José António Camacho, elogiou hoje o domínio "encarnado" sobre o Sporting de Braga (1-1), que "esteve sempre a defender", admitindo que se ganhasse os jogos em casa poderia lutar pelo primeiro lugar.
"Se tivéssemos ganho os jogos aqui, estávamos em primeiro lugar, com certeza", afirmou, em conferência de imprensa, o técnico espanhol, frisando que não faltou atitude à equipa no empate de hoje, no Estádio da Luz: "atacámos, atacámos, atacámos...".

Camacho prosseguiu: "quando disser que falta atitude, estou a meter-me com os meus jogadores, que fizeram tudo para ganhar", sustentou, sublinhando que o Benfica "meteu o Braga para trás, sobretudo na segunda parte e quis ganhar".

Para o técnico "encarnado", faltaram golos à exibição encarnada, reconhecendo que "há muito para jogar", mas depende de terceiros para obter uma melhor classificação do que o segundo lugar.

"Não depende de nós, depende deles (FC Porto)", disse Camacho, manifestando-se desagradado com a "pressão" sobre a utilização de dois avançados: "é uma brincadeira, estamos a falar do Benfica, sempre a pressionar por causa de jogar, ou não, com dois avançados (...) penso que não é para tanto".

Antevendo o jogo de quarta-feira, para a Taça de Portugal, diante do Moreirense, da II divisão, o técnico do Benfica reconheceu que a equipa "encarnada" é favorita, referindo que "não há equipas pequenas".

Já sobre o próximo adversário na Taça UEFA, Camacho classificou de "grande equipa" o Getafe (venceu hoje por 1-0 no reduto do Real Madrid), explicando que "não tem grandes figuras do futebol, mas tem bons jogadores e está a fazer a sua história".

Camacho realçou que é "muito mais importante o segundo lugar na Liga", explicando: "dá acesso à Liga dos Campeões, enquanto a Taça UEFA não dá nada para a próxima época, só prestigio".

Por seu lado, o técnico do Sporting de Braga, Manuel Machado, considerou "aceitável" o resultado obtido no Estádio da Luz: "adicionámos um ponto e quando o sinal é mais, é positivo".

Segundo Manuel Machado, o Sporting Braga "entrou bem, fez um golo", apesar de ter perdido "um pouco o controlo da situação" com golo de Luisão.


LUSA

JotaCC

Manuel Machado: «Quebrámos ciclo negativo»
TÉCNICO CONTINUA A ACREDITAR NO OBJECTIVO EUROPEU
      
O empate diante do Benfica deixou Manuel Machado bastante satisfeito. "É difícil conseguir um ponto na Luz, o estádio de um candidato ao título. Além disso, de um certo modo, quebrámos um ciclo negativo", afirmou o treinador bracarense no final da partida.

Optimista e confiante, Manuel Machado também sublinhou que a sua equipa tem todas as condições para alcançar as metas traçadas no início da época e que passam, essencialmente, pela conquista de um lugar europeu. "O objectivo está ao alcance. Estou certo de que a equipa vai dar uma boa resposta neste terço final de campeonato", sublinhou.

RECORD

JotaCC

Sporting de Braga empatou a uma bola com o Benfica, na Luz. O técnico do Braga diz que este empate é o quebrar de um ciclo menos positivo.     




O quebrar de um ciclo menos positivo, é assim que o treinador do Sporting de Braga vê o empate a uma bola ontem, com o Benfica.

Zé Manel do Sporting de Braga inaugurou o marcador, aos cinco minutos. No fnal do encontro, o atleta dizia que a conquista de um ponto é muito importante mas soube a pouco.

Com este empate, o Braga ocupa o nono lugar com 26 pontos, a apenas cinco de um lugar europeu.

Já o Benfica está agora a 12 pontos do líder, o FC Porto. Ontem também o Sporting perdeu terreno para o líder ao ser derrotado pelo Setúbal por 1-0.

A 20ª ronda termina segunda-feira, com a recepção da Académica ao Boavista.


ANTENA MINHO

JotaCC

#7
Benfica empata com Sporting de Braga


O Benfica cedeu este domingo um empate (1-1) na recepção ao Sporting de Braga, na 20ª jornada da Liga de perdendo mais terreno para o líder FC Porto, que venceu sábado o Paços de Ferreira (3-0).
   
Na primeira oportunidade da partida, o Sporting de Braga apresentou eficácia, com um golo de Zé Manel, aos cinco minutos, aproveitando uma defesa incompleta de Quim, a um remate rasteiro e cruzado de César Peixoto.

A resposta da equipa "encarnada" começou por partir da ala direita, com Nuno Assis e Nelson a cruzarem, por duas vezes, para desvios pouco certeiros de Cardozo e Rui Costa.

Um remate do argentino Di Maria ao lado da baliza bracarense, aos 15 minutos, funcionou como um "despertador" para o Benfica, acordando os 31.220 espectadores no Estádio da Luz e dando inicio a uma sequência de oportunidades, que viriam a culminar no empate.

Antes do golo de Luisão, aos 21 minutos, num forte cabeceamento, em plena área, aproveitando um cruzamento, na sequência de um livre da esquerda, de Rui Costa, que já havia rematado por cima da baliza, num livre directo.

À reacção do Benfica, o Sporting Braga respondeu com uma investida de Matheus, aos 26 minutos, ultrapassando toda a defensiva "encarnada", ludibriando o guarda-redes e Luisão, obrigando a um corte "perigoso" de Petit, na direcção da própria baliza, que Quim defendeu sobre a linha de golo.

Na segunda parte, depois de Nuno Assis enviar uma bola às malhas laterais da baliza do Sporting Braga (50 minutos), apenas Cardozo, aos 74 minutos, obrigou Kieszek a defender um cabeceamento, que saiu à figura do guarda-redes polaco.

Do lado bracarense, que espreitava o contra-ataque, apenas dois remates de Matheus, um para defesa de Quim e outro, de livre directo, por cima da baliza, levaram perigo à baliza "encarnada".

Ao "cair do pano", Cardozo e Nelson ainda tentaram bater o guarda-redes polaco do Sporting de Braga, mas faltou eficácia.

No estádio da Luz, sob arbitragem de Jorge Sousa, as equipas alinharam da seguinte maneira:

Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Katsouranis, Léo, Binya, Nuno Assis (Adu, 84), Petit (Sepsi, 65), Rui Costa, Di Maria (Mantorras, 78) e Cardozo.

Suplentes: Butt, Edcarlos, Luís Filipe, Sepsi, Adu, Maxi Pereira e Mantorras.

Sporting Braga: Kieszek, João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge, Miguelito, Contreras, Roberto Brum, Zé Manel (Wender, 62), César Peixoto (Frechaut, 50), Matheus e Linz (Jaílson, 73).

Suplentes: Dani Mallo, Carlos Fernandes, Frechaut, Andrés Madrid, Vandinho, Jaílson e Wender.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Roberto Brum (20), Matheus (45), Zé Manel (59), Sepsi (67), Luisão (77), Nuno Assis (83) e Miguelito (88).

TSF

JotaCC

Juvenis
   
1ª fase do campeonato nacional terminou

Este domingo acabou a 1ª fase do campeonato, com o destaque para o FC Porto que impôs uma derrota por 15-0 ao Moimenta da Beira

A 1.ª fase do campeonato nacional de juvenis terminou com uma goleada pouca habitual do FC Porto, por 15-0, na recepção ao Moimenta da Beira.

Já o Benfica venceu (3-0) a U. Leiria, enquanto o Sporting não conseguiu melhor do que um empate (0-0) com o Belenenses.

Após as 22 jornadas desta fase, seguem em frente os três primeiros de cada série: V. Guimarães, Sporting de Braga e Penafiel (Série A); FC Porto, Leixões e Naval 1.º de Maio (Série B); Benfica, Sporting e Belenenses (Série C); Estoril-Praia, Vitória de Setúbal e Corroios (Série D).

22.ª e última jornada da 1.ª fase:

SÉRIE A:

Famalicão - Desportivo de Chaves, 0-2
Vianense - Varzim, 3-6
Cerveira - Mirandela, 1-0
Freamunde - Vitória de Guimarães, 0-5
Sporting de Braga - Paços de Ferreira, 2-1
Amares - Penafiel, 0-1

Classificação: Vitória de Guimarães termina em 1.º lugar, com 51 pontos, seguido de Sporting de Braga (48) e Penafiel (43).

RR

JotaCC

João Pinto: «Quando estou num clube é de corpo e alma»
MÉDIO JUSTIFICA DECISÃO DE RESCINDIR O CONTRATO   
      
João Vieira explicou na tarde desta segunda-feira, em conferência de imprensa, as razões que o levaram a optar pela rescisão de contrato com o Sp. Braga, pouco dias depois de ter mantido conversações com o Toronto FC, clube que disputa a Major League Soccer (MLS, a principal Liga de futebol da América do Norte).

"Na semana passada, dei autorização para o presidente do Sp. Braga negociar um possível contrato com um clube da Liga norte-americana [o Toronto FC]. Estive três dias lá, houve um bom entendimento, mas em concreto não existe nada, não há nenhum compromisso", afirmou o médio, que antes do contacto com os jornalistas despediu-se dos colegas de plantel.

A decisão de interromper a ligação com o clube minhoto, segundo João Vieira Pinto, surgiu após o regresso dos Estados Unidos. "Quando voltei decidi que era melhor rescindir o contrato com o Sp. Braga. Quando estou num clube é de corpo e alma. Com o estado de espírito que estava depois de vir dos Estados Unidos não podia continuar. Sendo assim, fui o primeiro a pedir a rescisão do contrato", explicou o jogador.

Sobre o futuro, que para já está indefinido, João Vieira Pinto disse que vai estudar algumas propostas do mundo árabe. "Há outras possibilidades no Médio Oriente. Vou pensar e decidir da melhor forma com a família."


RECORD

JotaCC

João Pinto diz ter futuro em aberto

João Pinto formalizou esta segunda-feira a rescisão de contracto com o Sp. Braga. O jogador diz que tomou esta decisão para reorganizar o seu futuro profissional, o qual está ainda em aberto. Certo é ter convites dos Estados Unidos e do Médio Oriente.
ASF
«Está tudo em aberto. Neste momento não existe só a possibilidade de jogar nos Estados Unidos, pois também tenho convites do Médio Oriente. Mas, agora, vou ter todo o tempo para repensar sobre todo o meu futuro», afirmou o jogador, que assumiu ter passado três dias na semana passada nos Estados Unidos, onde negociou com o Toronto FC.

Confirma-se assim que João Pinto, de 36 anos, deverá mesmo prosseguir a carreira no estrangeiro, isto depois de uma experiência infeliz no At. Madrid em 1990. Boavista, Benfica e Sporting são os restantes clubes por que passou o jogador.

A BOLA

Olho Vivo

#11
Se há adeptos que ainda não perceberam as razões por que o fc porto tem o benfica a 12 pontos de distância é só assistirem a um jogo no estádio da Luz

Vive-se enorme confusão nos domínios da águia...

Por José Manuel Freitas

«Vá lá, que o Sporting ainda fez pior do que nós.» Esta ideia manifestada por um adepto benfiquista no final do jogo de ontem é o espelho fiel do estado de espírito reinante nos domínios da águia. Os seguidores do Benfica, outrora optimistas e felizes com os desempenhos do seu emblema por saberem que a luta pelos títulos era dominante e constante, conformam-se com aquilo que lhes é oferecido e reagem com frases como aquela que reproduzimos a pequenos estímulos, como os desaires do vizinho de Alvalade, incapazes de encontrarem antídoto ou mera explicação para a enorme confusão que domina o futebol produzido por esta equipa. É por isso que só mesmo os mais desatentos não compreenderão porque motivo o FC Porto tem 12 pontos de vantagem e caminha com a maior tranquilidade do mundo para a conquista de mais uma Liga. E se assim se mantiverem, duvidando da mensagem que lhes é passada, só têm um remédio: assistam a um jogo no Estádio da Luz e vejam com os próprios olhos.

Grande responsável ao longo do seu historial por grande fatia do prestígio que o futebol português conquistou, o Benfica da actualidade é uma pálida imagem desses tempos áureos e de quase completo domínio, e mesmo em tempos recentes, quando até nem tinha equipas de estalo, havia uma situação em que os encarnados eram implacáveis: a matriz não era adulterada. Hoje, o futebol praticado por este Benfica assenta na confusão, não tem estilo, não tem marca, joga-se muito ao sabor do vento e quando Rui Costa não está fresco, como se viu ontem, é tudo feito com muita vontade mas com pouco nexo. Rui Costa não é eterno, já afirmou mesmo que deixará de jogar no final da temporada, e esse é mais um enorme problema para o Benfica do futuro. Ninguém é insubstituível, tudo bem, mas se o clube não encontra alguém da sua igualha para pelo menos fazer algumas das coisas que ele ainda faz... será ainda mais penoso ver jogar o Benfica.

Aliás, quase que nos arrependemos das ideias expressas em A BOLA a propósito do jogo realizado na Luz pelos encarnados com a Naval, pois a actualidade diz-nos que ficou pelas promessas aquela equipa pujante, criativa, galvanizante com a chancela de Camacho. E é pena, porque mesmo sem Rodriguez, Maxi Pereira e Nuno Gomes neste jogo com o Sp. Braga, o Benfica tem obrigatoriamente de jogar mais futebol, mesmo com o respeito e méritos que são devidos à equipa minhota, que neste jogo fez pela vida, só mesmo na parte final abdicou do 4x3x3 e colocou, como diria José Mourinho, o autocarro à frente da baliza de Kieszek, pois até então discutiu em todos os palmos de terreno a conquista dos três pontos.

Arte reduzida coração intenso

Camacho voltou a jogar apenas com um ponta-de-lança (Makukula nem sequer esteve no banco), regressando aos dois médios mais defensivos (Petit e Binya), acreditando que a criatividade de Rui Costa, Nuno Assis e Di María seria a indicada para servir Cardozo, mas faltou-lhe analisar um pormenor: o 4x3x3 minhoto, com César Peixoto a vagabundear nas costas dos três da frente — apenas dois, porque Linz foi um zero na Luz.

Essa atitude surpreendente dos minhotos valeu-lhe um golo madrugador, mais uma situação de grande perigo por Matheus, que Quim anulou, e foi só depois disto que o Benfica despertou, obviamente impulsionado pelo maestro. Por isso chegou ao golo, teve de seguida mais dez minutos empolgantes, mas como não ganhou vantagem, parece-nos, quis guardar forças para o segundo tempo. Porém, assim não aconteceu, porque a arte reduziu-se à expressão mínima e foi o coração a mandar, mal como sempre acontece.

Foi duro para quem viu quase toda a segunda parte. Quase toda porque Mantorras transporta consigo o ânimo que é a marca dos benfiquistas. Só que em dez minutos na maior parte das vezes os milagres não acontecem. Esteve perto, naquele remate de Nuno Assis, mas o pé de Contreras acabou por garantir ao Sp. Braga merecido ponto, porque se alguém tinha que desfazer a confusão que se generalizou... era o Benfica.

Jorge Sousa (5) — Como o jogo foi fraquinho, Jorge Sousa foi na onda e equivocou-se tantas, tantas vezes...



Treinador bracarense aceita bem o desfecho e promete lutar pela Europa

Manuel Machado: «Divisão de pontos aceitável»

Por António Barroso

O treinador do Sporting de Braga, Manuel Machado, aceitou com agrado o resultado final da partida, atendendo ao que aconteceu dentro das quatro linhas. «Adicionámos um ponto e quando o sinal é mais, isso é aceitável», começou por dizer, antes de analisar com maior profundidade a partida: «Penso que o Sporting de Braga entrou bem, fez um golo, teve mais uma oportunidade ou duas, podia até ter aumentado a vantagem.»

No entender do técnico bracarense, a reacção do adversário foi compreensível e poderosa, mas nem por isso Manuel Machado deixou de salientar que as coisas correram dentro do esperado, não havendo, nunca, desnorte da sua equipa: «Perdemos um pouco o controlo da situação na reacção do Benfica, que acabou por empatar no primeiro tempo. Depois, na segunda parte, e apesar da maior iniciativa do Benfica, que era esperada por nós, fizemos um jogo em que controlámos a partida. Por isso, no final, a divisão dos pontos acaba por ser aceitável, pelo menos do meu ponto de vista.»

Manuel Machado, que jogava muito do seu futuro junto da massa associativa dos minhotos nesta partida com o Benfica, dado que os últimos resultados dos bracarenses deixaram a desejar e motivaram contestação, acabou por sair mais forte da deslocação a Lisboa e não escondeu a sua confiança em relação ao futuro: «Acredito que neste último terço do campeonato iremos conseguir cumprir o nosso objectivo, condizente com aquilo que vale a equipa.»



Prémio para uma equipa que não se limitou a defender

João lutou pelo ponto que Contreras agarrou

Por LUÍS FILIPE SIMÕES

Não poderia ter começado melhor a viagem do Sp. Braga, com José Manuel a marcar o primeiro golo bracarense no novo Estádio da Luz logo aos cinco minutos. Mas houve depois de saber sofrer e afastar o assédio do Benfica e aí Contreras foi gigante e agarrou o empate.

Kieszek

A imparável cabeçada de Luisão fez temer o pior, mas o guarda-redes soube encontrar forma de fazer exibição positiva.

João Pereira

Nas bancadas era bem visível um cartaz que dizia que a casa do lateral-direito do Sp. Braga é o Estádio da Luz. Por aqui nasceu e ontem provou que aqui se sente mesmo em casa. Será que alguém consegue pensar que não teria lugar neste Benfica?

Paulo Jorge

Com Cardozo muito só no ataque, teve actuação segura e sem sobressaltos.

Rodriguez

Novamente uma actuação acima da média. Muito eficaz este peruano.

Miguelito

Começou muito nervoso, mas no segundo tempo já foi melhor. Justificou a aposta de Manuel Machado.

Brum

O jogo acabou por ser resolvido na luta pelo domínio no meio-campo e aí o brasileiro esteve muito bem. Excelente passe para César Peixoto no lance do golo.

César Peixoto

Dos seus pés saiu o remate que permitiu a recarga vitoriosa a José Manuel. Com o tempo perdeu fôlego e acabou por ser substituído.

José Manuel

Soube fugir a Léo e aos cinco minutos marcava o primeiro golo do Sp. Braga no novo Estádio da Luz. Acabou por sair de campo aos 61 minutos, mas até lá estava a conseguir criar problemas à defesa do Benfica com o seu futebol veloz.

Linz

Pura e simplesmente não existiu. Sim, estava só na frente e a bola não lhe chegava. Sim, é verdade que poucas vezes teve oportunidade de remate. Não, não procurou ser mais feliz. Entregou-se à marcação e deixou-se estar tranquilamente entre Luisão e Katsouranis.

Matheus

Excelente jogo do brasileiro que começou a época em Setúbal. Correu, driblou, deixou Nélson à beira de um ataque de nervos. Excelente!

Frechaut

Entrou muito cedo... para defender o empate.

Wender

Não foi capaz de desequilibrar a favor dos bracarenses.

Jailson

Alguns minutos em campo.







Um ponto é bom

José Manuel (Sp. Braga)

Queríamos três pontos, mas um ponto na Luz é bom. O resultado é justo. Estamos aquém do que se esperava, os resultados não são aquilo que queríamos. Vamos levantar cabeça e tentar ganhar o jogo de sexta-feira, que é um derby



Nada a provar

Miguelito (Sp. Braga)

Foi um regresso normal ao Estádio da Luz, como já tinha voltado a outros campos por onde já passei. Estive aqui um ano afastado do futebol, mas já não tenho de provar nada a ninguém. Agora temos de pensar no jogo de sexta



Jogámos bem

Roland Linz (Sp. Braga)

Foi positivo, na primeira parte jogámos bem, na segunda o Benfica foi mais forte e o 1-1 é justo. Saí, pois o treinador entendeu que devíamos jogar em contra-ataque. Aceito isso. Espero estar no Euro-2008 pela Áustria para fazer uma surpresa



Esperava vencer

João Pereira (Sp. Braga)

Não foi o regresso que queria, pois empatámos o jogo e esperava vencer. Neste momento o meu clube é o Sp. Braga e é nele que penso, a minha ligação ao Benfica acabou. Quem ganha o Sporting-Benfica? Estou preocupado com o V. Guimarães...

A BOLA

JotaCC

João Pinto pondera continuar carreira nos Estados Unidos

O futebolista internacional português João Vieira Pinto confirmou, hoje, em Braga, a possibilidade de continuar a sua carreira nos Estados Unidos, dando-a por encerrada em Portugal.
O antigo campeão do Mundo de sub-20 por Portugal - em 1989 e 1991 - despediu-se hoje dos seus companheiros no Sporting de Braga, depois do seu pedido de rescisão de contrato ter sido aceite pela Direcção ''arsenalista''.

João Pinto esteve na semana passada, devidamente autorizado, nos Estados Unidos para estudar uma proposta de um clube - cujo nome não divulgou - e, embora não tenha confirmado qualquer acordo, solicitou a rescisão do contrato com os bracarenses.

''Reuni-me com o presidente do Braga e pedi-lhe autorização para me deslocar aos Estados Unidos para negociar um possível contrato com uma equipa norte-americana. A autorização foi-me dada amavelmente pelo presidente, estive lá três dias e ficou tudo em aberto, mas, concretamente, não existe nada que possa fazer assumir qualquer compromisso'', disse João Pinto.

Depois de ter elogiado o comportamento da SAD bracarense ao libertá-lo do seu compromisso, João Pinto pouco acrescentou em relação ao seu futuro, apenas referindo que poderão surgir notícias dos Estados Unidos nos próximos dias.

Além dos Estados Unidos, o futebolista confirmou ter recebido propostas do Médio Oriente, mas sublinhou que a sua decisão não se prendia apenas a factores financeiros.

O jogador desfez ainda todas as dúvidas quanto à sua continuação no futebol português, ao anunciar que a sua carreira como futebolista ''acabou em Portugal'' e, quanto ao contrato da sua vida, disse que foram feitos ao longo da sua carreira.

''Esta é mais uma aventura e se puder ser bem remunerado, óptimo. A minha vida foi sempre ligada ao futebol, mas tenho outras coisas que me irei habituando a fazer'', afirmou.

Na hora de terminar a carreira em Portugal, João Pinto não tem dúvidas de que ''as contas estão acertadas'' com o futebol.

''Devo muito ao futebol, mas posso dizer que nos pagamos mutuamente. Dei muito e recebi muito'', salientou.

Hoje, na hora da despedida aos seus companheiros no Sporting de Braga, João Pinto referiu ter-se deslocado aos balneários para lhes dar força e para que recebam ''o que merecem''.

''O Braga é uma equipa com grande potencial, com óptimos jogadores e merece discutir outro lugar'', disse João Pinto, cuja saída do plantel ''arsenalista'' surge numa altura em que acabava de recuperar de uma lesão, que o impediu de dar o seu contributo à equipa nos dois últimos meses.

O próprio João Pinto reconheceu que esteve lesionado ''cerca de mês e meio, com um problema no pé esquerdo''.

''Estive algum tempo parado. Estava desanimado por causa dessa lesão, pois gostaria de ter ajudado mais a equipa do que ajudei e, quando surgiu esta possibilidade, falei com o presidente e pedi-lhe autorização para a estudar'', sublinhou.

João Vieira Pinto, 36 anos, iniciou a temporada da melhor forma, com um golo frente ao FC Porto (2-1) em Braga, na primeira jornada, naquele que foi o único tento marcado esta época ao serviço dos bracarenses.

O seu último jogo, oficial, foi frente ao Marítimo, a 02 de Dezembro, tendo coincidido, também, com o último triunfo do Braga (2-1) nesta temporada.

Depois disso, marcou apenas uma presença na equipa, para a liga Intercalar, frente ao Gondomar, no dia 23 de Janeiro. No total, esta época, participou em nove jogos pelo Braga, sete como titular e dois como suplente utilizado.

Ao longo da sua carreira, João Pinto alinhou pelo Boavista, clube que o lançou no futebol nacional e que representou em três ocasiões, tendo ainda passado pelo Benfica, onde foi campeão em 1993/94, Sporting, sagrou-se campeão em 2001/02, e Sporting de Braga.

O avançado teve ainda uma experiência mal sucedida no estrangeiro, quando foi contratado, na temporada de 1990/91, pelos espanhóis do Atlético Madrid, mas nunca representou a equipa principal, tendo ficado integrado no Atlético Madrileno, equipa B dos ''colchoneros''.

LUSA