NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 03/01

[Olho Vivo]

Interesse do Olympiakos encanta médio argentino; António Salvador é que não está para aí virado

Madrid abre a porta de saída

Por antónio casanova

ANDRÉS MADRID duplamente notícia: a manhã começou com relatos do interesse do Olympiakos, um dos históricos da Grécia, na contratação do argentino e acabou com o médio a lamentar possível paragem devido a lesão muscular sofrida no treino. O futuro? Madrid faz planos à saída, pois quer jogar mais.

Formalmente, não há proposta alguma ou, pelo menos, Andrés Madrid desconhece a sua possível existência. O que há são rumores e informações várias que lhe foram soprando aos ouvidos ainda na Argentina, onde esteve a gozar a quadra natalícia.

Na Argentina, como ontem em Portugal, foi o Olympiakos o clube associado ao interesse nos serviços de Andrés Madrid. O jogador não fica indiferente aos relatos também provenientes da Grécia e, a ser verdade a disposição do histórico emblema grego em contratá-lo ao Sp. Braga, o sul-americano admite fazer as malas e mudar-se para paisagens helénicas já este mês. «Sim, gostava de sair», anuncia Madrid. «Quero, acima de tudo, jogar mais e se tiver oportunidade de o fazer noutro clube, fá-lo-ei», acrescenta — está assim explicado o desassombro com que o argentino encara a possibilidade de dizer adeus ao Minho, seja por empréstimo ou a título definitivo.

Autoriza, Salvador?

O problema maior será convencer António Salvador a libertá-lo dos compromissos com o clube, isto depois de na última temporada ter prolongado o contrato até 2012.

Ainda ontem, durante a apresentação de Miguelito, o líder bracarense negou a existência de convites para Madrid — «essas notícias só podem ser para chatear...» —, demonstrando igualmente total oposição à cedência do argentino.

O futuro do médio, em risco de perder os próximos jogos — Madrid saiu mais cedo do treino, devido a uma lesão muscular na coxa direita —, apresenta-se demasiado turvo.

in A BOLA

[Olho Vivo]

Frechaut a postos para Coimbra

Nuno Amaral

O regresso de Frechaut ao trabalho sem limitações foi a maior novidade do treino de ontem do Braga. O internacional português não tinha participado na sessão de anteontem, mas desta vez já esteve no relvado, mostrando-se a postos para participar no jogo de amanhã à noite com a Académica (20.30 horas, SportTV1), em Coimbra, que assinalará o regresso da Liga portuguesa e a abertura da 15.ª jornada.

Nessa partida, Frechaut poderá ser opção para o lugar de lateral-direito, em função da ausência forçada de João Pereira, que cumprirá um castigo por acumulação de cinco cartões amarelos no campeonato. Nos últimos jogos, o ex-boavisteiro tem jogado, e bem, no meio-campo, ao lado de Roberto Brum, mas o facto de ter experiência como lateral pode levar Manuel Machado a apostar na sua utilização na defesa.

Miguelito também poderá ser opção para a deslocação a Coimbra, até porque já está a treinar com o plantel desde domingo, e até constitui uma alternativa para lateral-direito, uma posição em que chegou a ser utilizado pontualmente pelo técnico minhoto quando ambos estavam no Nacional.

Fora do jogo com a Académica estão João Pinto, Zé Manuel e Baylón, que ontem continuaram a recuperar dos seus problemas físicos no relvado. Anilton Júnior ficou pelo ginásio a fazer tratamento a uma lesão e também não jogará amanhã.



Relançar a carreira é desejo de Miguelito

Nuno Amaral

Três dias depois de ter começado a treinar em Braga, Miguelito foi ontem apresentado oficialmente como reforço do clube minhoto até 2011. O lateral-esquerdo, que representou o Benfica na última época e meia, lamentou a falta de oportunidades que teve para se impor no clube da Luz e mostrou-se esperançado em relançar a carreira na equipa bracarense.

"Fui para o Benfica para aprender e agora cá estou em Braga para prosseguir a minha carreira e ajudar a equipa a conseguir os seus objectivos. Vim para Braga porque senti confiança das pessoas, que acreditam no meu valor, tanto a direcção como o treinador", afirmou Miguelito, que já trabalhou com Manuel Machado no Nacional "Não vou ter vantagens por esse facto. Vou, isso sim, ter de mostrar o meu valor, se é que algum dia alguém questionou o valor que tenho...".

António Salvador, presidente da SAD arsenalista, revelou que a contratação do lateral foi uma vontade demonstrada "desde a primeira hora" pelo treinador e sublinhou a ideia de que Miguelito não será o único reforço para o plantel no mercado de Inverno. O dirigente confirmou o interesse do Braga no central Alex, cujo passe pertence ao São Paulo, mas que poderá chegar ao clube minhoto por empréstimo até ao final da temporada. "A contratação de um defesa-central é indispensável e o tempo vai dizer quem é. Temos alguns em carteira, e o brasileiro Alex é um deles, mas pode ser ele ou outro", referiu Salvador, admitindo também a saída do plantel de três ou quatro jogadores, incluindo o médio Castanheira, que está na mira de vários clubes.

"O Castanheira tem mais dois anos de contrato. Todos temos um grande carinho por ele, mas é público que, nos últimos três ou quatro anos, deixou de ser primeira opção. Se mostrar vontade de encontrar uma alternativa até ao fim da época, estamos cá para conversar", afirmou o presidente da SAD minhota, aproveitando para desmentir que tenha recebido uma proposta para a transferência de Andrés Madrid.



Minhotos mais fortes

Joana Carvalho

O Braga iniciou 2008 com uma vitória animadora (2-0), na 5.ª jornada da Liga Intercalar. O Boavista, por sua vez, regressou às derrotas numa altura em que começa a ganhar confiança nos jogos da Liga.

Num terreno bastante difícil devido à intensa chuva que marcou toda a manhã, ambas as equipas conseguiram oferecer um bom espectáculo de futebol apesar da notada superioridade dos bracarenses.

O primeiro golo chegou pelos pés de Daniel que, oportuno, aproveitou da melhor forma a assistência de Lenny, e não deu hipótese ao guardião Carlos. O guarda-redes axadrezado continua a ser a segunda opção Jaime Pacheco para os jogos do campeonato nacional, tendo sido preterido por Peter Jehle a meio da primeira volta (no jogo com o Benfica), depois de uma série de más exibições.

A segunda metade da partida ficou marcada pelas expulsões do boavisteiro Ivan Santos, aos 67 minutos, e do bracarense Rui Lopes, quatro minutos depois, ambos por acumulação de cartões amarelos.

Poucos minutos depois do intervalo, António Caldas optou por substituir o único marcador do encontro, Daniel, por Pizzi. Uma opção que acabou por se revelar feliz. O avançado alargou a vantagem bracarense, numa altura em que os axadrezados começaram a mostrar vontade em dar a volta ao resultado.

Rui Raínho aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes Pawel para tentar, na recarga, supreender o bracarense. No entanto, o guardião polaco estava atento e fez uma excelente defesa perante o forte remate do junior boavisteiro.

No lance seguinte, e já a fechar o encontro, Pedro Moreira cabeceia dentro da grande área directamente para as mãos de Pawel, desperdiçando a última oportunidade de reduzir a desvantagem.

Manuel Machado, treinador minhoto, assistiu ao jogo na bancada.

O Braga, que actualmente ocupa a sexta posição na Liga, garantiu assim a primeira vitória na Liga Intercalar enquanto o Boavista soma a terceira derrota na prova.

in JN

[Olho Vivo]

Sp. Braga: Jogador mais antigo

Salvador 'despede' Castanheira

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, afirmou ontem que além de Miguelito (ex-Benfica) as contratações devem continuar, prevendo que nos próximos dias chegue um central. "Temos alguns em carteira e o brasileiro Alex é um deles, mas pode ser ele ou outro", disse.

Salvador anunciou ainda a saída de "três ou quatro jogadores", podendo um deles ser o esquerdino Castanheira, o atleta com mais anos de casa: "Tem mais dois anos de contrato e todos temos um grande carinho por ele, mas é público que nos últimos três ou quatro anos deixou de ser primeira opção. Se ele mostrar vontade de encontrar uma alternativa até final da época, estamos cá para conversar."

Já Miguelito lamentou as poucas oportunidades que lhe foram dadas no Benfica e mostrou-se satisfeito por reencontrar o treinador com quem trabalhou no Nacional (2005/2006), Manuel Machado: "Não vou ter vantagens por esse facto. Vou, antes, ter de mostrar o meu valor, se é que algum dia alguém o questionou."


Liga Intercalar: Minhotos Daniel e Pizzi inspirados no ataque

Primeira vitória

O Sporting de Braga garantiu ontem a primeira vitória na Liga Intercalar, ao vencer o Boavista no Campo da Pasteleira, no Porto, por 2-0, com golos de Daniel e Pizzi, um em cada parte.

De nada valeu à equipa axadrezada recorrer a alguns jogadores habitualmente utilizados por Jaime Pacheco na equipa principal, nem tão pouco ao facto de contar com alguns notáveis de um passado não muito distante. Ontem, diante dos bracarenses, o Boavista contou com o guarda-redes Carlos – ainda na última época disputou a Liga dos Campeões pelo Steaua de Bucareste – e o dianteiro Edgar, que ainda há algumas temporadas jogava pelo Málaga na competitiva liga espanhola.

Apesar dos argumentos do opositor, os arsenalistas não se intimidaram e chegaram à vantagem no marcador a cinco minutos do intervalo, quando Daniel surgiu à vontade na cara do guarda-redes axadrezado, após uma abertura de Lenny.

Com as duas equipas reduzidas a dez futebolistas – Ivan foi expulso no Boavista e Rui Lopes imitou-o no Braga –, os arsenalistas ainda aumentaram a vantagem no marcador por Pizzi (73'), após abertura de Philco. Na rectaguarda, o guarda-redes polaco Pawel punha termo às investidas dos boavisteiros. que quase reduziram sobre o apito final.

in Correio da Manhã

[Olho Vivo]

Hussain quase certo no xadrez do Bessa

PEDRO ROCHA/MELO ROSA/JOSÉ COSTA LIMA

O futuro de Hussain poderá ficar resolvido em jeito de leilão, ou talvez não. Lançado no mercado em busca de soluções para descolar do último lugar no campeonato, o Leiria depressa se candidatou a recebê-lo de braços abertos, mas deixou de estar sozinho na corrida pelo internacional catarense. Igualmente "compradores" nesta reabertura do mercado, Boavista e Académica apontaram recentemente baterias na direcção do extremo, e o clube do Bessa até já entabulou negociações com a SAD do Braga no sentido de assegurar o seu empréstimo ou até mesmo a sua cedência em definitivo, caso o jogador chegue a acordo com os minhotos para rescindir amigavelmente o contrato, válido apenas até ao final da época. Já conhecedor do interesse dos três clubes, incluindo a Académica, que, no entanto, ainda não contactou o clube arsenalista, Hussain está fortemente inclinado a aceitar o convite do clube do Bessa por uma questão de proximidade. Pouco disposto a mudar já de cidade - reside em Braga com a família -, o dianteiro aguarda apenas a chegada a Portugal do seu representante e, dentro de dois ou três dias, deverá mesmo apresentar-se no Bessa para assinar contrato... a menos que a Académica consiga vencer esta batalha a três, esgrimindo naturalmente outros argumentos. Curiosamente, Hussain destacou-se ontem frente ao Boavista, em jogo da Liga Intercalar, motivando inclusivamente a expulsão de um jogador adversário.

Por resolver continuam os casos de Lenny e Castanheira. Já com o rótulo de jogador excedentário, o primeiro deverá regressar ao Brasil até ao final do mês para receber novas ordens do Fluminense, que o cedeu, por empréstimo, até ao fim da época; já o segundo estuda propostas do Leixões e do Leiria. Com mais dois anos de contrato pela frente, embora cada vez mais tapado pela concorrência, o esquerdino tem luz verde da SAD para negociar com qualquer clube, e nesta altura o seu destino mais provável é o clube de Matosinhos, num quadro de empréstimo.



Lenny prefere continuar a jogar em Portugal

No dia em que amanheceu com a notícia de que o treinador não conta com ele, uma assistência de Lenny ajudou o Braga a vencer o Boavista (0-2) na Liga Intercalar, com o técnico Manuel Machado a ver na bancada. "É uma situação chata, porque vim para cá, no início da época, com vontade de jogar", comentou o atacante brasileiro, sem ponta de amargura. Os "percalços" próprios e alheios explicam a dispensa. Uma lesão e a mudança de treinadores não lhe deixaram muitas oportunidades, mas está convencido de que, onde lhas derem, não será uma decepção. "Sei que posso jogar e render", afirmou, depois de o ter mostrado em campo.

Do que foi noticiado, só o regresso ao Fluminense o decepciona. Sabe que, no, Brasil tem portas abertas, mas a prioridade é a mesma que o trouxe ao Braga: "Vim para cá, gostava de jogar neste país, neste continente. Quando tiver uma oportunidade, vou agarrá-la".



Miguelito

"Não perdi tempo"

Apesar de já ter treinado com a equipa há dois dias, só ontem Miguelito foi apresentado como jogador do Braga para as próximas três épocas e meia. Na primeira conferência como jogador do emblema bracarense, o lateral-esquerdo abordou a sua nova aventura, não deixando de responder às perguntas sobre o seu passado recente. Tentado a comentar a experiência como jogador do Benfica, Miguelito foi claro: "Não creio que tenha sido tempo perdido. Na vida, estamos sempre a aprender." O jogador admitiu, porém, que duvidassem da sua qualidade futebolística depois de época e meia sabática. "Depois de ter jogado regularmente no Rio Ave e no Nacional, cheguei ao Benfica e não fiz muitos jogos. É natural que alguém ponha em causa o meu valor", expôs, reclamando que "faltaram oportunidades" para singrar na Luz. Agora, espera "ajudar o Braga a conseguir os seus objectivos".

Reencontro com Machado

Depois de ter sido orientado por Manuel Machado no Nacional, Miguelito volta a encontrar o seu antigo treinador no clube madeirense. Facto esse que, segundo o jogador, não implica que a sua tarefa esteja mais facilitada. " É bom voltar a trabalhar com o Manuel Machado, mas não vou ter vantagens em relação a isso, até porque o Braga tem excelentes jogadores . Tenho é de mostrar o meu valor", ressalvou.



Madrid lesionou-se e saiu mais cedo do treino

Uma dor na coxa direita motivou a saída precoce de Madrid do treino de ontem de manhã, no qual participaram apenas 18 jogadores (os restantes estiveram no jogo da Liga Intercalar com o Boavista).

O médio será reavaliado amanhã, estando assim posta de parte a possibilidade de se integrar na lista de convocados para o jogo de Coimbra.

Recuperado de um problema físico que anteontem lhe tinha motivado trabalho específico no ginásio, Frechaut treinou ontem sem limitações. O polivalente é opção para defrontar a Académica e deve substituir o castigado João Pereira no lado direito da defesa. De fora dos planos de Manuel Machado estão João Pinto, Anilton, Baylón, Bruno Tiago e Zé Manel.

Reforços só para a defesa

Como bom cicerone, António Salvador acompanhou Miguelito à sala de Imprensa para apresentar o novo reforço para a ala esquerda da defesa, afirmando que o ex-jogador do Benfica "era um futebolista em quem o treinador mostrou interesse". Quanto à vinda de mais atletas, o presidente do Braga foi vago. A expressão mais repetida por esta altura da reabertura do mercado adequa-se em pleno em relação ao reajustamento do plantel bracarense. "Reforços? Nem eu sei", brincou Salvador.

Mais a sério, o dirigente admitiu que o clube tem na mira várias opções para a defesa. "O Braga tem alguns jogadores em carteira, e o Alex é um deles", indicou, deixando bem claro que mais nenhum sector será reforçado. "É sabido que o treinador deseja reforçar o plantel, mas em princípio devemo-nos ficar pela defesa", insistiu. Quanto à hipotética saída de Madrid, dado como provável no Olympiacos, Salvador foi categórico: "Não sai!"

Camisola tamanho M

Se Miguelito se destaca pelas qualidades futebolísticas que levaram António Salvador a contratá-lo, a compleição física, essa, não entra nesse lote. Pelo menos a julgar pelo tamanho da camisola que futuramente irá utilizar: tamanho M! Caso raro? Nem por isso. É que há mais um jogador no Braga a vestir camisolas daquele tamanho. Quem? João Vieira Pinto.

Vítor Hugo no Gondomar

O central Vítor Hugo poderá reforçar o Gondomar (Liga Vitalis). Álvaro Cerqueira, presidente do clube candidato a receber a jovem promessa do Braga, viu-o ontem em acção como capitão da equipa que venceu o Boavista (0-2) na Liga Intercalar. A cedência ao Gondomar aumenta as hipóteses de este sénior de primeiro ano jogar com regularidade.



Centrais na agenda

FERNANDO ROLA

Um lugar europeu no final do Campeonato e uma presença igual ou melhor do que a da época passada na Taça UEFA - é necessário, pelo menos, passar mais uma eliminatória - é tudo quanto Manuel Machado tem de fazer para poder dizer que cumpriu os objectivos da temporada. Até esta altura, trabalhou com as escolhas feitas antes da sua chegada e que, em termos genéricos, terá de manter. Poderá agora fazer retoques, e será nestes que o técnico poderá marcar a diferença, ou, dito de outra forma, será nas escolhas que fizer agora que poderá impor de forma mais incisiva o estilo que quererá impor no futebol bracarense.

Pelas dispensas - para já, Lenny, mas, sobretudo, Hussain -, percebe-se que Machado persegue o rigor que normalmente caracteriza as suas equipas. O improviso só é tolerado, se o rendimento colectivo estiver no pico e garantir solidez do meio-campo para trás. Na verdade, é o sector defensivo que mais preocupações dá ao treinador. A contratação de Miguelito, caso o ex-benfiquista se adapte rapidamente à sua nova realidade, resolve o problema na esquerda, onde Machado não quer César Peixoto e olha Carlos Fernandes apenas como alternativa. Ficam as equações no eixo, que vêm do início da época. Rodriguez é uma incógnita, entre as lesões e as idas à selecção; resta Paulo Jorge e... possíveis tapa-buracos, como Frechaut. Se mais ninguém sair - Madrid, Linz, por exemplo -, a prioridade de contratações para Machado terá de ir para os centrais. Obviamente.

RELANÇAMENTO
Tudo para provar

Quem joga num dos três grandes, quando se transfere, chega ao novo clube como uma espécie de paradoxo: tem de jogar, porque se estava num grande é porque tinha valor; mas também tem de voltar a provar tudo, porque, se o tivesse feito antes, não teria saído do grande. Aí está a missão de Miguelito, provavelmente a começar já amanhã.

in O JOGO

[Olho Vivo]

Marítimo quer Lenny

Recentemente dispensado do Braga, o extremo Lenny poderá vir a reforçar o Marítimo. O jogador agrada ao técnico Sebastião Lazaroni e já fez saber que gostaria de continuar a jogar em Portugal. No entanto, Lenny está contratualmente ligado ao Fluminense, circunstância que obriga os responsáveis do clube madeirense a negociar a transferência com o emblema brasileiro que o cedeu ao Braga, no início desta época. No que depender do atleta, não será complicado, pois já ontem deixou claro que continua decidido a jogar com regularidade em Portugal, o que não sucedeu em Braga, onde foi pouco utilizado.

in O JOGO

[JotaCC]

BOAVISTA, 0 – SPORTING DE BRAGA, 2


NO APROVEITAR ESTÁ O GANHO


Em jogo da quinta jornada da Liga Intercalar, o Sporting de Braga foi vencer ao terreno do Boavista (0-2), alcançando o primeiro triunfo na competição. Um golo em cada parte fizeram o resultado final.

O Sporting de Braga conquistou a primeira vitória na Liga Intercalar. Os bracarenses, que tiveram na eficácia e na solidez defensiva a receita para o triunfo, levaram a melhor sobre um Boavista que lutou muito, mas que revelou dificuldades para criar situações de finalização.
Apesar de ambas as equipas estarem encaixadas, o Boavista entrou com vontade de chegar cedo ao golo. No período inicial, a turma de Jaime Pacheco conseguiu empurrar o Sporting de Braga para a sua zona defensiva, embora revelasse muitas dificuldades para criar perigo junto à baliza do polaco Pawel.
A partir do primeiro quarto de hora, a equipa minhota conseguiu sacudir a pressão e passou a equilibrar o jogo, estendendo a sua equipa até à área contrária.
Aos 39 minutos, Daniel inaugurou o marcador, já depois das duas equipas terem estado perto de marcar. O avançado bracarense aproveitou uma grande jogada de Lenny para, cara a cara com Carlos, desviar a bola para o fundo da baliza. Estava feito o resultado ao intervalo.
A segunda metade iniciou-se a papel químico da primeira. Em desvantagem no marcador, a turma axadrezada ia tentando ganhar terreno, enquanto o Braga controlava, com alguma tranquilidade, todas as investidas contrárias. A excepção aconteceu ao minuto 55, quando o médio Pedro Moreira tirou dois adversários do caminho, mas já não teve forças para bater Pawel.
Aos 67 minutos o árbitro Daniel Santos quis puxar o protagonismo para si e expulsou Ivan, com duplo amarelo, depois de uma falta normal a meio-campo. Dois minutos depois, Rui Lopes também foi expulso, embora, neste caso, o segundo amarelo se tenha justificado.
Com menos dois jogadores em campo, houve mais espaço para jogar e foi o Braga que aproveitou esse facto para dilatar a vantagem e praticamente sentenciar a partida, graças a um golo de Pizzi.
Apesar de ainda haver vinte minutos pela frente, o vencedor estava encontrado até porque o Boavista baixou a sua intensidade de jogo.

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TREINADORES
JAIME PACHECO SATISFEITO COM A SUA EQUIPA
No final da partida, Jaime Pacheco era um técnico satisfeito com o desempenho da sua equipa, apesar da derrota. No entender do técnico axadrezado o Boavista "fez um jogo muito bom e não merecia ser derrotado".
"Estou muito agradado com o desempenho da minha equipa. Fizemos um jogo muito conseguido, com uma atitude excepcional e quando assim é não tenho nada a apontar aos jogadores", referiu Jaime Pacheco, entendendo que "o resultado final não espelha o que se passou em campo".
Ainda assim, o treinador boavisteiro salientou que "mais importante do que o resultado, foi a exibição da equipa". Neste sentido, Jaime Pacheco confidenciou que "tirou boas ilações sobre alguns jogadores". "Hoje (ndr: ontem), estes jogadores mostraram que podem ser opções credíveis para os jogos do campeonato, quem sabe até para jogar de início", completou o líder da equipa boavisteira.
Por seu turno, António Caldas realçou "a inteligência" com que a equipa do Sporting de Braga abordou a partida. "Conseguimos ultrapassar um adversário muito complicado, num terreno muito difícil para os jogadores. Penso que fizemos um bom jogo e conseguimos aproveitar alguns erros do Boavista", considerou o técnico bracarense, acrescentando que "o adversário valorizou a nossa vitória".

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FICHA

Boavista
Carlos; Ivo Pinto, Diakité (Alexandre, aos 45 minutos), Bruno Pinheiro e Rui Raínho; Essame, Pedro Moreira e Ivan; Hugo Monteiro, Laionel e Edgar (Hugo, 57).
Treinador: Jaime Pacheco.

Braga
Pawel; João Pereira, Jony, Vítor Hugo e Maicon; Abdou, Rui Lopes e Philco (Zé Pedro, 78); Lenny, Yasser (Edu, 70) e Daniel (Pizzi, 59).
Treinador: António Caldas.

Árbitro: Daniel Santos. Jogo disputado no Estádio da Pasteleira, no Porto. Ao intervalo: 0-1. Marcadores: Daniel (39) e Pizzi (72). Cartões Amarelos: Ivan (23 e 67), Rui Lopes (26 e 69). Cartões Vermelhos: Ivan (67) e Rui Lopes (69).

onortedesportivo

[JotaCC]

Lenny para a despedida



O desconforto estava por todo o lado, das bancadas desabrigadas ao relvado ensopado, como uma ameaça de tarde vã que o Boavista-Braga em versão rejuvenescida tratou de desmentir, com todo o vigor que a tarefa exigia. Golos de Daniel e Pizzi deram a vitória aos visitantes, mas quem resistiu à chuva iminente, por pura e heróica paixão axadrezada - a maioria dos adeptos era da casa - não saiu desiludido: o jogo foi bom e até as nuvens aguentaram hora e meia antes de desabarem de novo sobre a cidade do Porto.

Além do desconforto físico, uma espécie de prova de resistência psicológica para os jogadores dispensados por Machado e Pacheco marcava a tarde. Lenny foi quem melhor se saiu nesse desafio, ao bater Bruno Pinheiro e Ivo Pinto no lance de que resultou o primeiro golo do Braga. Hussain, outro que está de partida, também foi útil, ao precipitar a expulsão de Ivan Santos. Se essa desvantagem não marcou mais o confronto a culpa não foi dele, mas do cartão vermelho a Rui Lopes, que, em menos de três minutos, repôs a igualdade numérica. Mais três minutos e Pizzi decidia a partida, numa jogada de insistência, a única forma de bater um xadrez que se mostrava cada vez mais forte e crente, à medida que as circunstâncias pioravam. Pedro Moreira, Rui Rainho e Hugo Monteiro foram os rostos dessa resistência que, quase sempre, esbarrou em Pawel. Mas, quem alimentou durante todo o tempo o jogo axadrezado foi Laionel, o extremo-direito, campeão das faltas sofridas e principal vítima da descoordenação no momento de rematar - problema do Boavista que não é exclusivo deste campeonato.

OS TREINADORES


"Foi, seguramente, dos jogos de que mais gostei, a todos os níveis. Não ganhámos, e até acho muito injusto, porque estivemos muito bem. É com esta atitude que queremos os jogadores"

Jaime Pacheco, treinador do Boavista


"Foi um jogo num terreno difícil. A equipa esteve foi inteligente e forte. Ultrapassou os obstáculos, o terreno e um Boavista forte, que valorizou a vitória"

António Caldas, treinador do Braga


Boavista 0 - Braga 2


Estádio |Pasteleira | Porto
Árbitro | Daniel Santos [AF Porto]

Boavista
Carlos
Ivo Pinto
Bruno Pinheiro
Diakité INT
Rui Rainho
Essame
Pedro Moreira
Ivan Santos
Laionel
Edgar 57'
Hugo Monteiro
Treinador Jaime Pacheco

Ricardo Neves
Jaime
Alexandre INT
João Reis
Rui João
Djibril
Hugo 57'

Cartões Amarelos
Ivan Santos 23' e 68'; Essame 68'

Cartões Vermelhos
Ivan Santos 68'

Braga
Pawel
João Pereira
Vítor Hugo
Jony
Maicon
Abdou
79' Philco
Rui Lopes
70' Hussaine
59' Daniel
Lenny
Treinador António Caldas

Ricardo
Bruno Tiago
79'Zé Pedro
70'Edu
59'Pizzi
Ruca
Alex

Marcadores
[0-1] Daniel 38';
[0-2] Pizzi 73'

Cartões Amarelos
Rui Lopes 26' e 70'

Cartões Vermelhos
Rui Lopes 70'

o jogo

[JotaCC]

Sp. Braga: João Pinto sai em 2008


João Pinto revelou esta quinta-feira, em entrevista ao «Público», que deixará a liga portuguesa em 2008.

Mas, se aparecer o convite certo, o jogador agora no Sp. Braga poderá prolongar a carreira por mais alguns meses, no Qatar ou nos Estados Unidos. João Pinto revela que há ano e meio teve uma proposta do New England Revolution, de Boston, e outra de um clube na Califórnia. Mas acabou por ficar.

Na entrevista, João Pinto manifesta-se ainda desfavorável à participação de estrangeiros na selecção portuguesa.

maisfutebol

[JotaCC]

Hussain a caminho do Bessa



OBoavista prepara-se para garantir mais um reforço na reabertura do mercado, com a contratação ao Braga do extremo Hussain Yasser. O internacional do Qatar já chegou a acordo com o clube do Bessa, que lhe fez uma proposta para um contrato de ano e meio, faltando apenas acertar os pormenores da transferência com a SAD bracarense.

Hussain chegou ao Minho no início desta época, mas perdeu o lugar na equipa com a chegada do treinador Manuel Machado, que não o inclui nos planos para o resto da temporada. A saída do plantel arsenalista tornou-se, por isso, inevitável, e o Boavista surge como o clube ideal para o extremo dar continuidade à carreira em Portugal, ganhando a corrida a outras equipas que estavam interessadas nos seus serviços, como a União de Leiria.

As boas relações existentes entre os dois clubes, que ficaram bem patentes nos últimos meses, sobretudo na altura da transferência de Roland Linz, devem facilitar o negócio, que ficará fechado a breve prazo, para que o jogador comece a treinar o mais rapidamente possível às ordens de Jaime Pacheco. Curiosamente, Hussain jogou ontem na equipa do Braga que derrotou o Boavista, por 2-0, numa partida a contar para a 15.ª jornada da Liga Intercalar...

jn

[JotaCC]

Artur Soares Dias dirige jogo entre Académica e Sporting de Braga     


A Liga de Clubes escolheu hoje o árbitro Artur Soares Dias, do Porto, para o embate de sexta-feira, entre o Sporting de Braga e a Académica de Coimbra, em jogo da 15.ª jornada da Liga Bwin.

A deslocação dos bracarenses à cidade dos estudantes marca o regresso do escalão máximo, depois da paragem, devido às férias natalícias.

O portuense Rui Costa vai estar na deslocação do Vitória de Guimarães à Reboleira, marcado para domingo.

Árbitros e jogos da 15.ª jornada da Liga Bwin

Sexta-feira
Académica - SC Braga
Artur Soares Dias (Porto)

Sábado
Vitória Setúbal - Benfica
Paulo Paraty (Porto)
Boavista - Sporting
Bruno Paixão (Setúbal)

Domingo
Paços Ferreira - União Leiria
João Vilas Boas (Braga)
Marítimo - Leixões
Cosme Machado (Braga)
Estrela Amadora - Vitória Guimarães
Rui Costa (Porto)
FC Porto - Naval 1.º Maio
Paulo Pereira (Viana Castelo)

Segunda-feira
Belenenses - Nacional
Duarte Gomes (Lisboa)
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Frechaut está recuperado e é opção para Coimbra    




Frechaut treinou hoje sem qualquer limitação e entra nas contas de Manuel Machado para a deslocação a Coimbra, agendada para depois de amanhã.

A recuperação de Frechaut é uma óptima notícia, já que o médio defensivo tem-se cotado como uma das melhores unidades nos últimos encontros do Sporting de Braga.

Ainda entregues ao departamento clínico, embora em situação de recuperação progressiva, estão Zé Manel, João Pinto e Jair Baylón.

antena minho

[JotaCC]

Miguelito é a primeira prenda para Manuel Machado



O esquerdino Miguelito foi, ontem, apresentado como reforço do Sporting de Braga, com o presidente, António Salvador, a anunciar que outros vão seguir-se, que Andrés Madrid é para ficar... mas que outros vão partir.

Diario do Minho

[JotaCC]

João Pinto ao Jornal Publico

"Sair do Sporting foi o maior erro da minha carreira"


PÚBLICO - Manuel José comparou-o no passado a um frango de 18 escudos, mas o Benfica nem isso pediu por si em 2000. Como encara o modo como saiu da Luz?
JOÃO PINTO - Deixei de ter condições para trabalhar por causa de Vale e Azevedo. Mas o custo zero
beneficiou-me, até porque tinha mais quatro anos de contrato.
Teve azar com os treinadores estrangeiros?
Com os que o Vale e Azevedo trouxe. Toda a estrutura estava fragilizada e quiseram sacrificar-me por não ganhar nada há muito tempo, não defender o suficiente e marcar poucos golos. Ainda hoje não sei os verdadeiros motivos que levaram os treinadores [Jupp Heynckes e Graham Souness] a embirrarem comigo. O destino encarregou-se de mostrar que tudo era desajustado.
Esperava o sucesso que teve no Sporting?
Só não esperava ser tão bem recebido pelos sócios. Escolhi o Sporting numa altura em que era assediado por gigantes - depois do Euro 2000, tive dirigentes do Liverpool dentro do meu carro, o pessoal da Fiorentina foi ao hotel da selecção falar comigo, fui contactado pelo Arsenal, o Aston Villa e o Valência. Em Alvalade, davam-me o que pretendia, que era lutar pelo título, andar nas competições europeias e ter acesso à selecção. E um bom contrato de trabalho.
Porque é que o Sporting não o segurou em 2004?
Queria que renovasse e, embora me custe admitir, errei tanto ou mais do que eles nas negociações. Não tive a noção das dificuldades que o futebol português estava a atravessar, nomeadamente o Sporting. Aquilo coincidiu com o meu processo de divórcio e um problema que tinha tido com um sócio. Era um mar de coisas para eu pensar e pouca frieza para decidir. Acabei por escolher a pior das hipóteses. Sair do Sporting foi o maior erro da minha carreira.
A sua transferência para Alvalade está em tribunal por suspeitas de burla, com José Veiga no centro da acção. Como é que está o processo?
Aguardo uma decisão. Anda em fase de investigação e já disse tudo o que tinha a dizer a quem de direito. Em breve saberemos quem fez a denúncia anónima.
Recebeu a totalidade do prémio de assinatura e os valores do contrato com o Sporting?
Não posso falar sobre isso.
Como é que são as suas relações com Veiga?
O contacto diminuiu, mas continua-mos amigos. Não tenho razão para deixar de o ser.
E que relação tem com os dirigentes do Sporting?
Boa, como sempre.
Esteve para voltar ao Benfica. O que é que correu mal?
Houve conversas só. Diz-se que alguém lá dentro ter-se-á oposto.
O que se seguiu foi Boavista e Sp. Braga e uma popularidade sem precedentes nesses clubes.
Estava à espera de ser acarinhado no Bessa, onde me formei. O Sp. Braga surpreendeu-me na minha apresentação, com o estádio cheio.
Na última entrevista ao PÚBLICO, lamentou não ter representado o FC Porto. Ainda pensa assim?
Gostava muito de ter jogado lá. Cresci ao lado do velho Estádio das Antas e o FC Porto era o meu clube de pequenino.
Em duas décadas a jogar, ouviu mais os conselhos dos outros ou guiou-se pela própria cabeça?
Se ouvisse os outros, tinha emigrado quando estava no Benfica. Cheguei a ter o Bayern interessado, em 1997.
Arrepende-se de ter ficado?
Não.
Carlos Queiroz foi o treinador que mais o marcou?
Foi um dos... Estava à frente do seu tempo, numa fase de grande mudança no futebol português. Não foi por acaso que fomos campeões do Mundo.
Se o Boavista não tivesse dado uma dúzia de bolas de couro para o levar da Areosa, o que seria hoje?
Jogador. Nasci para isto. M.R.D.
"Não tive a noção das dificuldades que o futebol português estava a atravessar. Acabei por escolher a pior das hipóteses."

"Sou contra estrangeiros na selecção"


João Pinto, que admite terminar a carreira nos EUA ou no Qatar, recorda com mágoa o afastamento da selecção e critica algumas opções

Passaram duas décadas, mas João Vieira Pinto lembra-se como se fosse ontem da mudança para o Boavista aos 13 anos - a troco de meia dúzia de bolas de couro -, dos torneios em que foi campeão do mundo de juniores e do momento em que os portugueses começaram a falar na "geração de ouro". O jogador, calmo, comunicativo e equilibradíssimo, a contrastar com a imagem dos primeiros tempos no futebol, quando fervia em pouca água, ganhou muitos títulos e honras após a exibição brilhante de Riade e de Lisboa. Foi campeão no Benfica e no Sporting, chegou aos 467 jogos no escalão principal, marcou 114 golos na Liga e mais 23 na selecção, que representou em 81 ocasiões. Hoje, procura a despedida ideal do futebol português, na certeza de ter fôlego para mais uns meses de competição no Qatar ou nos Estados Unidos. E na convicção de escrever uma nova página dourada, desta feita com a caneta do SC Braga.
PÚBLICO - É inevitável falar da sua passagem pelo Mundial de 2002. A agressão ao árbitro Angel Sanchez foi uma história mal contada aos portugueses?
JOÃO PINTO - De facto, estava com os punhos cerrados e a protestar de forma exagerada e a fotografia mostra o momento em que me encostei ao estômago do árbitro. Como ele fez um movimento de dor, acharam que foi agressão.
Como é que viu o alegado murro de Scolari a Dragutinovic?
Foi mais evidente. Agora, cada um interpreta como quer.
Chegou a pedir desculpas ao árbitro?
Falei com ele na FIFA, pessoa simpaticíssima, com vontade de resolver as coisas. Pedi-lhe desculpa pela reacção intempestiva à expulsão e ele disse-me que, depois de me conhecer, já não me castigaria da mesma forma. No tribunal da FIFA, foi uma das pessoas que mais me ajudaram, para que o meu castigo não fosse exemplar como queria a APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol].
Ficou decepcionado com a AFAP?
Nunca lhes vou perdoar. Enquanto a FIFA e o próprio árbitro tinham dúvidas quanto à agressão, a APAF tinha certezas e fez um julgamento sumário, como se eu fosse a origem dos males do futebol português.
Cortou relações com árbitros?
Não [risos]. Quando falo da APAF, não me refiro a todos os árbitros, até porque alguns já terminaram a carreira. Há árbitros bons e há maus. Dou-me bem com vários.
A federação apoiou-o como esperava?
Fui apoiado, mas tenho a sensação de que não conheci todos os contornos do apoio. Aquilo que vi na altura foi a federação, juntamente com o Sporting e o Sindicato de Jogadores, a tentar amenizar o castigo. Agora, não sei o que foi negociado. Digo isto, porque não faz sentido a federação lutar para que o meu castigo fosse menos grave e depois não me convocarem mais para a selecção.
Quais as verdadeiras razões do afastamento da selecção?
O afastamento foi claramente por causa do castigo. Agora, o que é que foi dito, se foi alguma coisa combinada ou não, não sei. Certo é que não foi o Scolari que decidiu, porque antes dele também não fui convocado. Deve ter havido alguma coisa nos bastidores.
Nunca perguntou a Gilberto Madaíl?
Depois do castigo, não voltei a estar com ele.
Pensou que tudo se ia resolver e ia voltar à selecção...
Cumpri quatro meses de suspensão de toda a actividade, com dois meses de pena suspensa. Na prática, foram dois meses sem jogar, porque os outros apanharam a paragem do campeonato. Estava convencidíssimo que ia voltar quando atingisse os meus melhores índices exibicionais.
Conhece pessoalmente Luiz Felipe Scolari?
Conheci-o no Sporting, porque ele ia às vezes à academia. Cumprimentei-o e pareceu-me simpático, pelo menos naquele momento. Não tive tempo para o conhecer muito nem para falar de selecções.
Olhando a frio, quem perdeu mais: você ou a selecção?
Ninguém ficou a ganhar.
O curioso é que continua na lista dos cinco melhores marcadores das selecções e dos jogadores mais internacionais.
Não passei de forma discreta. Goste-se ou não de mim, ninguém pode apagar o papel que tive na selecção. Guardo a sensação de dever cumprido e é muito bom. Se não tivesse estado na selecção, o futebol não seria nada para mim.
Gosta que se distinga a "geração de ouro" das outras?
Adoro. Começaram a chamar "geração de ouro" ao grupo de jogadores que se destacou depois do Campeonato do Mundo de Juniores de 1989, em Riade, e do Mundial de Juniores de 1991, em Lisboa. Tive o privilégio de ser campeão nas duas vezes. Ouro puro [risos].
O que faltou à sua geração para ser perfeita?
Ganhar um título internacional. Estivemos quase.
Os jogadores que Scolari tem chamado para a sua posição são melhores que você?
São mais novos.
Tem fé e revê-se na actual selecção?
Não dá para comparar com a "de ouro". Ganhar títulos vai ser difícil, mas acredito que temos selecção para continuarmos a ser respeitados a nível internacional
Vai vê-la no Europeu de 2008?
Na televisão.
E se a equipa for à final, vai à Suíça?
Não.
Como vê a naturalização de estrangeiros para jogar na selecção?
Sou contra os estrangeiros na selecção, porque uma selecção deve ser genuína e deve haver um fio de identificação entre os jogadores e entre o grupo e a equipa técnica. Não sou daqueles que gostam de ganhar a qualquer preço.
Eusébio nasceu em Moçambique e é um símbolo da selecção. É um caso comparável?
Estamos a falar de Moçambique, Angola e Guiné, ex-colónias portuguesas até há pouco tempo e com ligação forte à cultura do nosso país. Quem não tem familiares ligados a essas terras? O Brasil é diferente, porque os brasileiros não se identificam com a pátria portuguesa. Sinceramente, não acredito que o povo português seja a favor de tantos brasileiros - já lá estão dois, mais o treinador e ainda se fala na possibilidade de mais naturalizados. Lá porque uma selecção se dá bem, não somos obrigados a imitá-la. O tempo vai mostrar que não é a melhor política.
Porquê?
Portugal tem produzido atletas fora de série e é pena não os aproveitar na selecção. Temo pelo futuro do sector da formação porque estão a chamar estrangeiros para posições onde o talento português abunda. Isto não quer dizer que os brasileiros que lá estão são maus, antes pelo contrário: são óptimos e estão nos melhores clubes do mundo.

A retirada



"Adorava terminar a carreira nos EUA"

2008 vai ser o ano da sua retirada?
Do campeonato português, sim. Mas posso mudar-me em breve para os Estados Unidos ou para o Qatar, se as coisas forem favoráveis às minhas pretensões. A minha ideia é jogar futebol até ao final da época ou mais alguns meses depois de Maio. Os Estados Unidos são o futebol-indústria na sua mais pura essência: adorava terminar lá a carreira.
Teve convites, portanto.
Há um ano e meio tive um para jogar em Boston, no New England Revolution. Depois tive um contacto de um empresário português que vive na Califórnia e faz parte de uma agência de promoção de actores e artistas. Queria levar-me para Los Angeles, não sei se era para o Galaxy. Sinto-me tentado a aceitar agora, se ainda estiverem interessados.
Como vai ser a sua ponta final na Liga?
Gostaria de acabar no quarto lugar, com uma óptima prestação do Sp. Braga nas competições europeias. Vai ser uma ponta final feliz, por ter estado presente nesta fase de afirmação única do clube.
Quando é que vai regressar à competição?
O diagnóstico feito pelos médicos aponta para mais três semanas de paragem. Estou optimista e estabeleci o final de Janeiro como limite para o regresso, a tempo de participar nos jogos cruciais da Taça UEFA. Acredito que o Sp. Braga pode fazer história frente ao Werder Bremen.
Já deu a entender que não depende do futebol. Isso dá-lhe um desprendimento útil?
Dá. Mais que o dinheiro, é o gozo que me faz correr aos 36 anos. Sinto-me bem fisicamente e, se não tivesse esse gozo, não jogava.
O processo disciplinar que lhe foi instaurado pelo Sp. Braga levou-o a pensar numa "reforma" antecipada?
Entristeceu-me, porque foi uma atitude precipitada do clube. Provei que as acusações eram falsas e tudo acabou bem. Não queria sair assim, orgulho-me do meu profissionalismo. Para sair, que seja pela mesma porta por onde entrei.

Publico

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Vítor Hugo estreia-se na convocatória para a Académica

A estreia do jovem central Vítor Hugo, é a principal novidade da convocatória de Manuel Machado para o jogo do Braga, amanhã, em Coimbra, diante da Académica. Quanto a Paulo Jorge está de regresso, depois de cumprir um jogo de suspensão. O treinador bracarense elegeu ainda Anilton Junior, já recuperado de um problema físico e consequentemente apto para jogar. João Pereira ficou de fora por estar suspenso por um jogo, na sequência do quinto cartão amarelo. Baylón, João Pinto, Zé Manel e Madrid estão todos eles lesionados. CONVOCADOS: Paulo Santos, Dani, Rodriguez, Paulo Jorge, Brum, Jorginho, João Tomás, Carlos Fernandes, Castanheira, Wender, Frechaut, Jaílson, César Peixoto, Anilton, Linz, Vítor Hugo, Vandinho e Sélvio Cruz.

o jogo

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Sp. Braga: Manuel Machado fala da Académica, de bacalhau e de lagosta


O treinador do Sp. Braga Manuel Machado disse esta quinta-feira que espera uma Académica igual à do seu tempo. O treinador dos bracarenses vai reencontrar esta sexta-feira em Coimbra, pelas 20.30 horas, a equipa que dirigiu no início da presente época.

«É mais um adversário, aí sou pragmático. Não há que misturar nem pessoas, nem afectividades com a realidade do jogo. São 90 minutos que valem três pontos e o jogo centraliza-se por aí, independentemente da equipa vir de amarelo, azul ou preto, como é o caso. A ideia é ganhar os três pontos», sintetizou Manuel Machado.

Miguelito, contratado recentemente ao Benfica, poderá ser a grande novidade do lado do Sp. Braga, mas como lateral direito no lugar do castigado João Pereira: «Tirei ilações ontem e hoje vamos ver que decisão tomar, entre ele e o Frechaut.»

Uma equipa à imagem de Boavista e Paços de Ferreira

Caracterizando a equipa agora às ordens de Domingos Paciência, o treinador «arsenalista» não espera grandes surpresas: «Os jogadores são os mesmos e não me parece que com o mesmo material se possa fazer obra diferente. A equipa utiliza os mesmos jogadores que eu utilizava e em termos tácticos não é possível com bacalhau cozinhar lagosta.»

A grande força da equipa está na entrega dos jogadores: «É uma equipa de grande disponibilidade e muito voluntária na forma como está no terreno, à imagem do Boavista e Paços de Ferreira, sem grandes primores tácticos, mas que de alguma maneira compensa isso pela forma combativa como se entrega ao jogo.» Manuel Machado disse ainda que o rendimento da Académica não tem sido assim tão negativo se tivermos em conta que ocupa o 12º lugar com 14 pontos: «O rendimento da equipa acaba por ser muito igual ao que teve nas duas meias voltas da época anterior em que lá estive. Faz 13/14 pontos em cada uma delas. Foi o que conseguiu fazer na época passada e é o que está a acontecer este ano.»

maisfutebol

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Manuel Machado reencontra Académica
MIGUELITO PODE ESTREAR-SE... A DEFESA DIREITO
   
      
      
O treinador do Sporting de Braga, Manuel Machado, disse hoje esperar uma Académica praticamente igual à do seu tempo, no encontro a disputar sexta-feira, em Coimbra, da 15ª jornada da Liga.

Agora a orientar os arsenalistas, Machado vai reencontrar a equipa que comandou durante a temporada passada e as primeiras jornadas da época em curso, num encontro em que assume a luta pelos 3 pontos, sem misturar aí qualquer tipo de afectividade.

"É mais um adversário, aí sou pragmático. Não há que misturar nem pessoas, nem afectividades, com a realidade do jogo. São 90 minutos que valem 3 pontos e o jogo centraliza-se por aí, independentemente da equipa vir de amarelo, azul ou preto, como é o caso. A ideia é ganhar", afirmou.

Numa análise à sua anterior equipa, agora orientada por Domingos Paciência, o treinador do Sporting de Braga disse: "os jogadores são os mesmos e não me parece que com o mesmo material se possa fazer obra diferente. A equipa utiliza os mesmos jogadores que eu utilizava e em termos tácticos não é possível com bacalhau cozinhar lagosta".

"O rendimento da equipa acaba por ser muito igual ao que teve nas duas meias voltas em que lá estive. Faz 13/14 pontos em cada uma delas. Foi o que conseguiu fazer na época passada e é o que está a acontecer este ano", prosseguiu.

No entanto, Manuel Machado considera que a Académica "é uma equipa de grande disponibilidade e muito voluntária na forma como está no terreno, à imagem do Boavista e Paços de Ferreira, sem grandes primores tácticos, mas que compensa com a forma combativa como se entrega ao jogo".

Novidade para este jogo poderá ser a utilização do ex-benfiquista Miguelito - primeiro reforço de Inverno do Sporting de Braga - como lateral direito, no lugar do castigado João Pereira, com Manuel Machado a adiar a decisão até à hora do jogo.

"Tirei ilações ontem (quarta-feira) e hoje e vamos ver que decisão tomar, entre ele e o Frechaut", afirmou.

Manuel Machado abordou ainda a recente paragem dos campeonatos de futebol: "sempre que se fala delas, manifesto-me no sentido negativo do que as mesmas trazem à indústria futebol. Não vejo que benefício possa ser tirado da interrupção dos campeonatos".
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Miguelito fora dos convocados
VÍTOR HUGO NOS ELEITOS
   
      
      
Miguelito não foi convocado por Manuel Machado para o jogo com a Académica, marcado para amanhã. Em contraste, Vítor Hugo é opção para Coimbra.

Em conferência de imprensa, o treinador tinha manifestado indecisão sobre a utilização do lateral esquerdo proveniente do Benfica ou de Frechaut no lugar de João Pereira (castigado), mas acabou por deixá-lo de fora da deslocação a Coimbra.

Anilton Júnior, que durante a semana trabalhou limitado, recuperou e foi convocado, o mesmo não acontecendo com o médio Andrés Madrid, depois de ter abandonado o treino de quarta-feira, com dores na coxa direita.

Paulo Jorge está de regresso depois de cumprir um jogo de castigo.

record

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Vítor Hugo estreia-se nos convocados

A estreia do jovem central Vítor Hugo é a principal novidade da convocatória do Sp. Braga para o jogo com a Académica, que se disputa sexta-feira em Coimbra, no arranque da 15.ª jornada da Liga.

Anilton Junior, recuperado de um problema físico, regressa às opções de Manuel Machado, tal como o «capitão» Paulo Jorge, após cumprir um jogo de castigo.

Em sentido inverso, João Pereira, suspenso por um jogo, e Baylón, João Pinto, José Manuel e Madrid, lesionados, são «baixas» para a deslocação à cidade dos estudantes. Miguelito, recém-chegado à cidade dos Arcebispos proveniente do Benfica, ainda não foi contemplado.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Paulo Santos e Dani;

Defesas: Rodriguez, Paulo Jorge, Carlos Fernandes, Frechaut, César Peixoto e Vítor Hugo Anílton;

Médios: Roberto Brum, Jorginho, Castanheira e Stélvio Cruz;

Avançados: João Tomás Wender Linz Vandinho Jaílson
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«Vamos a Coimbra para somar os três pontos» (Manuel Machado)

Manuel Machado está decidido a somar os três pontos no regresso a Coimbra, agora no comando técnico do Sp. Braga, naquele que vai ser o primeiro jogo na Liga após a pausa natalícia, antecedida por um empate na recepção ao Boavista.

Manuel Machado

O timoneiro do Sp. Braga recusa a ideia de que o jogo em Coimbra sirva para «recuperar os pontos» perdidos frente aos axadrezados, frisando que «a única coisa que importa é o facto de estarem em disputa três pontos». «É com o objectivo de os alcançar que vamos lá, independentemente da cor do equipamento do adversário», frisou.

Manuel Machado, conhecedor profundo da Académica, entende que o plantel agora orientado por Domingos vale pela «muita disponibilidade e voluntarismo» com que se entrega aos jogos, e não tanto pela valia técnica dos jogadores.

O técnico da formação minhota não deixou de criticar a paragem no futebol português, notando que «não há densidade de jogos», o que, para além de prejudicar o rendimento dos atletas, é igualmente «negativo para a indústria [do futebol], que se quer mais rentável».

a bola