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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 04/06

Started by Pé Ligeiro, 04 de June de 2006, 09:58

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Pé Ligeiro

Dois mil aplaudiram João Pinto
Nunca se tinha visto nada assim em Braga. Uma multidão de adeptos tornou quase impossível a permanência no auditório do Estádio Municipal, tantos eram os adeptos que queriam assistir à apresentação de João Pinto. Por entre cânticos de apoio e gritos de "campeão, campeão", o novo camisola 10 do Braga já começou a quebrar recordes e a fazer sonhar
JORGE FONSECA
Quem ontem, a partir do meio da tarde, se deslocasse para os lados do Estádio Municipal de Braga poderia ser levado a crer que havia jogo, tantos as pessoas com cachecóis e bandeiras que a pé ou de carro acorreram ao recinto. Decorrente disto, depressa o acesso ao parque de estacionamento ficou entupido para já não falar no átrio imediatamente antes do auditório. Cá fora, a multidão não parava de aumentar e os gritos de "João Pinto, João Pinto" pressagiavam o que estava próximo de acontecer. Consumada a invasão à sala da conferência de Imprensa, foi então possível dar-se a entrada do jogador, muito aplaudido e abraçado, conhecendo-se, nessa altura, o seu mais recente apelido, nesse momento cantado pela multidão "João Maravilha Pinto". Daí até ao início da conversa com os jornalistas ainda foram precisos alguns minutos de paciência, confirmando-se então aquilo que alguns responsáveis do Braga já confessavam à boca pequena: nunca se tinha assistido a nada igual em Braga na apresentação de um jogador. Hugo Leal, até então o mais mediático jogador a entrar no clube pela "mão" de António Salvador, ficou muito aquém no entusiasmo que desencadeou. Logo aqui se cifram as diferenças e as esperanças, João Pinto, mal chegou, bateu recordes.
Mais tarde, em conversa com os jornalistas, o presidente da SAD manifestou a esperança de que o jogador que pretende "seja uma bandeira do clube, possa trazer mais pessoas ao estádio na próxima temporada". Finda a conferência de Imprensa e depois de vestir a camisola 10 com o seu nome, foi prometido novo encontro no relvado, não só por ser uma prática habitual no clube, mas fundamentalmente devido à multidão que não coube no auditório. João Pinto subiu ao relvado e acabou "assaltado" novamente pela ânsia dos adeptos que invadiram o "tapete", aumentando para cerca de dois mil o número de curiosos presentes. Com apenas dois seguranças para tanto povo, resultaram nulos os apelos para que as pessoas recolhessem às bancadas e deixassem o craque dar os primeiros toques com a camisola do Braga. Ainda assim, o primeiro autógrafo foi para uma criança de aproximadamente três anos que "furou" a multidão e viu a bola autografada pelo novo menino bonito dos arsenalistas. E foi então que, no camarote VIP, surgiu Marisa Cruz, as atenções dividiram-se e os cânticos divergiram. Minutos depois, jogador e presidente abandonaram o recinto abraçados e tudo terminou sem incidentes.
João Pinto
"Ser uma bandeira do clube dá-me força"
À primeira pergunta sobre a sua passagem pelo Boavista, João Pinto fez notar que estava ali para falar do Braga e do prazer que lhe provoca, aos 34 anos, dar um salto qualitativo na sua carreira, afirmando-se pronto para ajudar o clube a consumar os objectivos delineados. Contudo, nas entrelinhas, foram várias os recados para quem ficou no Bessa
JORGE FONSECA
No seu primeiro contacto com os adeptos que encheram o auditório do Estádio Municipal, João Pinto revelou a acutilância e a personalidade que fizeram dele, no relvado, um ídolo de multidões por onde passou. Com um discurso pensado e objectivo, passou não apenas a mensagem do clube, mas também o seu entendimento de qual deve ser o caminho para o êxito, afinal o que todos na sala esperam para que ele contribua. As suas primeiras palavras foram para agradecer a recepção, interpretando-a como "demonstrativa da força do Braga". Continuando na linha de agradecimentos, disse: "Estou muito honrado pelo convite do presidente, pela forma como o fez, amável, com o muito respeito até pelo meu anterior clube, que demonstrou, e pela disponibilidade para esperar nas últimas duas semanas, o que prova a vontade que tinha que eu viesse para o Braga". Continuando com um discurso cirúrgico, atirou: "É sempre bom trabalhar onde nos desejam. É a melhor coisa que pode acontecer a um jogador. Estarei aqui com muita honra e prometo dedicação total e espero que os resultados sejam ainda melhores que os do passado recente". Nesta linha de pensamento, definiu como "metas" a "consolidação do Braga na Taça UEFA, atingindo a fase de grupos, sendo mais conhecido internacionalmente, assim como ser cada vez mais forte a nível interno".
Destacando a qualidade arsenalista nas últimas épocas, sublinhou a "imagem de equilíbrio" que o clube passa para o exterior, manifestando o desejo de, em campo, corresponder à aposta que foi feita. Quanto ao futuro, disse ter a sua nova equipa "uma base muito consistente, com óptimos jogadores", mas para melhorar "há que investir ano após ano", afirmando-se convencido de que "é isso que está a acontecer no clube, quando não abdica dos bons profissionais de que já dispõe". À pergunta sobre se a equipa pode almejar voos maiores, usou de cautela, sem esconder a sua natural ambição, afirmando que "apesar de os objectivos estarem bem definidos, ao longo do campeonato logo se verá o que vai acontecer". Depois de salientar o "passo em frente" na sua carreira que é assinar pelo Braga aos 34 anos, João Pinto disse não aceitar a ideia de ser um jogador decisivo dentro e fora do relvado, defendendo que todos os jogadores são importantes. "Chegar aqui com esta idade é uma sensação óptima, não uma carga. Ser uma bandeira do clube dá-me força", regozijou-se o jogador que, da conversa com Carlos Carvalhal, ao almoço, apenas revelou que o técnico lhe pediu "para ajudar o grupo".

António Salvador
"João Pinto vem para sermos o quarto grande"
António Salvador não poupou elogios na hora de apresentar João Pinto, enquadrando-o na lógica de crescimento e ambição do clube arsenalista. "O Braga orgulha-se de ter conseguido que o João Pinto aceitasse o convite, ajudando-nos a cumprir os objectivos. Ele veio para fazer com que o Braga se afirme como o quarto grande do futebol português e se qualifique para as provas europeias", sintetizou o presidente da SAD fazendo, em seguida, votos para que o jogador "se adapte a um clube que é tão enorme quanto tem sido a carreira dele".
Confirmando ter assinado um contrato válido por uma temporada com João Pinto, o dirigente arsenalista partiu então para as revelações do dia ao afirmar que "não só a contratação do jogador (a quarta da época a custo zero) não determina que estejamos a hipotecar o nosso futuro, como o orçamento para a próxima temporada será inferior ao que se verificou no último ano". E continuou: "A aquisição de João Pinto estará, dentro de dias, amortizada através de contratos que celebramos de sponsorização, publicidade e merchandising".
Lembrando os objectivos delineados, frisou o empenho da SAD "em fazer uma grande época, para estar mais perto dos lugares da frente". Continuando a falar do dono da camisola 10 do Braga, António Salvador defendeu que a forma de rentabilizar a entrada de João Pinto "passa pela capacidade da equipa se afirmar em termos nacionais e internacionais, cuja estabilidade continuará a ser um incentivo ao aparecimento de mais patrocinadores". "Queremos e esperamos que seja um jogador emblemático, que contribua para trazer mais gente ao estádio e isso vai, naturalmente, reflectir-se na receita", disse.

A "traição" da Marisa
No dia em que almoçou com o técnico Carlos Carvalhal e ficou a conhecer, a fundo, a estratégia do técnico para o Braga, João Pinto levou um banho de multidão jamais visto na cidade na recepção a um jogador. O primeiro contacto com a massa adepta foi no auditório e depois no relvado a presença de curiosos mais do que duplicou, tornando numa (quase) grande confusão a apresentação do atleta. Tudo isto até que, no camarote VIP, Marisa Cruz se deu a mostrar, dando autógrafos e aceitando posar para a fotografia. Conhecida adepta do Sporting, não resistiu a um "agora é que me vão chamar traidora!" quando colocou o cachecol do Braga ao pescoço. Do relvado ouviram-se então assobios e cânticos à sua sensualidade...
 
Procurar casa é o próximo passo
Quem acompanha o Boavista sabe que para João Pinto ir treinar bastava apenas atravessar a rua, de tão próximo o seu apartamento está do Estádio do Bessa. Face à nova realidade, o jogador entende que já não faz sentido continuar a viver paredes-meias com o anterior clube e promete "mudar-se de armas e bagagens para Braga nos próximos dias". De resto, o jogador confirmou que já anda a procurar casa na Cidade dos Arcebispos, afirmando, por entre sorrisos, que "não deve ser fácil chegar do Porto ao Braga de manhã".

Mora é hipótese remota
J.F./R.N.F.
A chegada de João Pinto não encerrou o capítulo das aquisições em Braga, longe disso, com o próprio presidente a assumir que vão chegar "mais um ou dois jogadores", entre eles um guarda-redes. Nesta lógica, sabe O JOGO, o guarda-redes do Rio Ave, Mora, foi contactado há dias para saber da sua disponibilidade para rumar a Braga. Em final de contrato, o jogador confirmou o contacto efectuado pelos minhotos há cerca de uma semana mas não deu azo a desenvolvimentos. "Ainda estou à espera da resposta do Rio Ave à minha proposta para renovar, até lá não vou considerar outros convites", disse a O JOGO o guardião catalão.
Entretanto, foi possível apurar que Mora inclui uma lista de três guarda-redes. sendo, para já, remota a possibilidade de rumar a Braga.


Paíto é  alternativa a Rossato
António Salvador confirmou o possível interesse do Braga na cedência de Paíto, que ontem assinou contrato com o Maiorca, mas situou a possibilidade de haver negócio na circunstância de falharem os esforços para a continuidade de Rossato na equipa. "O Rossato é a nossa prioridade, o Paíto será uma alternativa caso não cheguemos a acordo com a Real Sociedad", revelou o líder da SAD minhota. Sobre Paíto, o presidente revelou que poderia ter ingressado no Braga em Janeiro, "o que só não aconteceu porque o técnico não quis, o que foi uma pena". Com ainda algumas questões pendentes no plantel, Salvador prevê a chegada de "mais um ou dois jogadores" que formarão um plantel com 25 futebolistas.
IN OJOGO


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Ouro de 35 quilates
NUNCA visto, mas previsível, excitante: eternamente adolescente, João Pinto arrastou cerca de duas mil pessoas ao forno do Estádio Municipal de Braga para a mais sumptuosa e emotiva apresentação de um jogador em toda a história do clube.
Resistente, sobrevivente, cerebral ou maquinal, João Pinto, à porta dos 35 anos, continua a marcar os andamentos por onde passa, e a sala de conferências do Municipal de Braga foi ilustração perfeita do que será a época: uma loucura. Sensivelmente um ano depois da primeira tentativa, o Sp. Braga conseguiu deslocar para o Minho um dos grandes futebolistas portugueses de sempre, carregado de títulos, ainda presente no top 5 dos marcadores e internacionalizações ao nível da Selecção A, mesmo sem jogar a esse plano há quatro anos. Olhando à extraordinária época no Bessa, é de esperar tudo deste palmo e meio de gente, em que circula uma corrente permanentemente efervescente, que ainda dominou a tabela dos seres superiores da última edição da Liga. O Sp. Braga fez um grande esforço, que o seu presidente, António Salvador, garante ser largamente compensado através de uma imagem dourada e particularmente rentável. E para atingir, desde já, o fulgor de uma apresentação memorável, a aposta parece ganha: João Vieira Pinto teve uma realíssima passadeira vermelha aos pés, Braga enrouqueceu de cânticos antes de enlouquecer com o futebol dessa fábrica de golos que tem uma patente fixa há duas décadas: JVP, ou, se quisermos, ouro de lei. Puríssimo, de quase 35 quilates.
Salvador rendido
António Salvador considera que João Pinto vai ser o orgulho de Braga. "O seu carisma vai atrair muita gente e patrocínios", diz, tranquilizando as massas: "Não existirá derrapagem, garanto que os custos da próxima época serão inferiores aos da última." Os objectivos, esses, estão bem definidos. "Consolidar a Europa e fazer uma aproximação aos grandes", enumera.

Cada vez mais orgulhoso
Aos ombros do povo bracarense e orgulhoso com mais uma recepção apoteótica. Eis João Pinto na versão Sp. Braga: "Já sei o como é a força do Sp. Braga, uma recepção desta natureza é sempre muito importante, impõe respeito, exige mais responsabilidades." Numa oposição objectiva à ideia de João Pinto e mais dez, o futuro 10 bracarense afirma que será apenas mais um a ajudar "na maior projecção de uma equipa que se vem afirmando com autoridade", manifestando-se extremamente honrado pelo convite que recebeu e reforçando, então, ideias ambiciosas: "Creio que já todo o País olha para o Sp. Braga como um clube ambicioso e equilibrado, com uma base muito boa. A afirmação internacional será um expoente que todos querem atingir, porque em relação ao campeonato vamos indo e vamos vendo..." O pequeno génio está para as curvas: "O último campeonato correu-me bem, este pode correr ainda melhor. E é bom ainda ser bandeira de um clube aos 34 anos. É muito motivador. Estou cada vez mais orgulhoso!"

IN A BOLA

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João Pinto: «Construir clube cada vez maior»
APRESENTADO EM CLIMA DE EUFORIA

João Pinto foi apresentado num ambiente de grande euforia, em Braga, numa sala de imprensa repleta de sócios que não quiseram perder a chegada do mais recente reforço da equipa. O ex-jogador boavisteiro, de 34 anos, mostrou-se feliz pela forma como os responsáveis bracarenses conduziram o processo e manifestou o desejo de ajudar o clube a cimentar uma posição de destaque no futebol português.

"Só posso prometer dedicação total esperando que os resultados nos venham a ser favoráveis. Tudo faremos para que o Sp. Braga seja cada vez maior", afirmou JVP.

"A disponibilidade demonstrada ao longo destas quase duas semanas e principalmente pela vontade demonstrada, tal e qual como o treinador, para que eu viesse representar este clube, deixaram-me bastante honrado, fazendo-me aceitar o convite", admitiu o o quarto reforço do Sp. Braga, depois de Zé Carlos (ex-Marítimo), Ricardo Chaves (ex-Setúbal) e Maciel (ex-União de Leiria).

Sublinhando que "é sempre bom trabalhar onde se é desejado", João Pinto agradeceu a forma como foi recebido pelos associados, considerando que "foi uma boa demonstração da força do Sporting de Braga".

Entretanto, o presidente António Salvador afirmou estar "orgulhoso por João Vieira Pinto ter aceite representar o clube" e mostrou-se confiante de que o jogador vem ajudar o emblema bracarense "a concretizar os objectivos a que se propôs para a próxima temporada".

"É um jogador que vai ajudar à afirmação desta colectividade como quarto grande do futebol português, bem como à consolidação do clube no futebol europeu. Espero que, após esta calorosa recepção, se adapte rapidamente a esta cidade e a este enorme clube, tão grande como ele tem sido na sua carreira. Que nos venha a dar muitas alegrias que é o que todos nós desejamos", adiantou.

João Pinto assinou por uma época, com o clube a deter uma cláusula de opção para uma outra temporada.

IN RECORD
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