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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 20/04

Started by Pé Ligeiro, 20 de April de 2007, 09:53

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Pé Ligeiro

E Frechaut lá deu uma mão...
PEDRO MIGUEL SILVA

Há dias de azar. Outros de sorte. Por vezes, basta haver um mero pormenor para a superstição vir, de novo, ao de cima. Frechaut bem se pode queixar do seu braço direito mas contra factos não há argumentos: José Pedro selou o triunfo e carimbou o passaporte para a final no Jamor.
A revolta interior sentida pelos bracarenses, contrastava, no final do jogo, com a euforia dos azuis. Mas para lá chegar, o Belenenses teve de suar e muito. É certo que iniciou o jogo praticamente a vencer – golo de Dady – mas este facto não lhe trouxe a necessária tranquilidade. Bem pelo contrário. Encolheu-se e convidou o adversário a agir depressa e... bem. Impulsionado por Vandinho e João Pinto, o Braga foi-se instalando no meio-campo e de lá não mais saiu. Até ao intervalo. Wender e Maciel, que há muito ameaçavam as redes de Marco, não fizeram mais do que o que já pairava no Restelo: o golo da igualdade.
"Bem dito intervalo", terão pensado os azuis. E assim foi. Mais serena, a equipa de Jorge Jesus deu mostras de respirar melhor e de conseguir manter o adversário à distância. O Braga baixou, claramente, o ritmo alucinante imprimido durante a etapa inicial e o Belenenses aproveitou para jogar com o tempo. O tal tempo que no prolongamento se encarregou de dar uma preciosa ajuda, quando Wender comete outra infracção (cortou bola com a mão) e vai mais cedo para os balneários.
Com mais uma unidade, o Belenenses cresce de produção mas chega à vantagem bafejada pela "tal" sorte que protege os audazes. Dady volta a ser um dos protagonistas e José Pedro o héroi acidental de um enredo com final previsto para 27 de Maio, no Estádio Nacional.
 
Belenenses 1 - Boavista 1 (2-1, a.p.)

Estádio do Restelo, em Lisboa
relvado em bom estado
8 mil espectadores
Jorge Sousa [AF Porto]
José Luís Melo + Eduardo David
Hélder Lamas
 
Belenenses

treinador Jorge Jesus
1 | Marco GR
2 | Amaral LD a 90'
13 | Rolando DC
25 | Nivaldo DC
4 | Rodrigo Alvim LE
5 | Rúben Amorim MO
11 | José Pedro MO
27 | Cândido Costa AD a 78'
10 | Silas AE a 78'
30 | Dady AV
99 | Garcés AV
73 | Costinha GR
17 | Gaspar DC
21 | Djurdjevic LE
6 | Sandro Gaúcho MD a 78'
24 | Carlitos AD a 90'
77 | Fernando AE a 78'
19 | Roma AV
Amarelos 28' Silas |78' Amaral | 102' Rúben Amorim
vermelhos Nada a assinalar
GOLOS
1-0|5'
Dady
2-1|110'
José Pedro g.p.
 
Braga

treinador Jorge Costa
1 | Paulo Santos GR
17 | Frechaut LD
3 | Paulo Jorge DC
5 | Nem DC a INT.
13 | Carlos Fernandes LE
88 | Vandinho MD
16 | Andrade MD a 80'
10 | João Pinto MO
19 | Maciel AD a 91'
15 | Wender AE
77 | Zé Carlos AV
12 | Dani Mallo GR
23 | Andrés Madrid MD
14 | Castanheira MO a 80'
7 | Davide AD a INT.
11 | Cesinha AE a 91'
18 | Diego AV
79 | Chmiest AV
Amarelos 19' Maciel |20' Wender | 26' João Pinto |28' Nem | 60' Carlos Fernandes | 97' Wender | 109' Frechaut | 120' Paulo Santos
vermelhos 97' Wender
GOLOS
1-1|34'
Maciel




TRIBUNAL O JOGO
Grande penalidade por assinalar contra o Braga

A arbitragem do juiz de Jorge Sousa não saiu imaculada do Restelo, pelo menos é essa a opinião do painel de antigos árbitros consultados por O JOGO. Com efeito, apesar de o árbitro portuense ter estado bem no lance decisivo do encontro, não teve idêntico desempenho no lance dividido, aos 81', entre Frechaut e Fernando considerando, na sua maioria, que a decisão de deixar prosseguir o jogo foi errada, ficando assim outra grande penalidade por assinalar contra o Braga. Nos restantes lances duvidosos nas duas áreas, o tribunal consultado considerou que os lances foram bem ajuizados. Quanto à falta de Paulo Santos as opiniões dividiram-se.
 
O CASO
110'

Frechaut corta a bola com a mão dentro da sua grande área após o cruzamento de Dady?
Jorge Coroado
+
A grande penalidade é inequívoca, pois Frechaut ao rodar o corpo sobre a esquerda efectuou um movimento alargado com o braço direito que travou a trajectória da bola. Bem o árbitro ao assinalar o castigo máximo.
Soares Dias
+
Pareceu-me que a grande penalidade existe, pois Frechaut, embora de costas para a bola quando se dá o cruzamento, levanta o braço e corta a bola com a mão. Penso que esteve bem o árbitro ao mostrar o cartão amarelo ao jogador do Braga.
Rosa Santos
+
O jogador do Braga corta a bola com o braço. O árbitro entendeu bem o lance e existe motivo para grande penalidade. O cartão amarelo foi bem mostrado, mas a jogada começa com uma falta sobre o jogador do Braga no meio-campo.
António Rola
+
Sim. Dady faz um cruzamento para dentro da área da grande penalidade e Frechaut faz uma rotação de corpo, com o braço direito joga a bola. Sendo assim esteve bem o árbitro em sancionar a respectiva grande penalidade.
 
OUTROS CASOS

72'
Rolando corta a bola com a mão dentro da grande-área após cruzamento de Carlos Fernandes?
81'
Existe falta de Frechaut sobre Fernando? Se sim, é dentro da grande-área?
90+2'
Davide corta a bola com a mão dentro da grande-área do Braga após o cruzamento de Rodrigo Alvim?
120'
Ficou por mostrar cartão vermelho a Paulo Santos por falta sobre Dady?
 
Jorge Coroado
+
A imagem televisiva permite dizer que a bola terá batido no ombro direito do jogador do Belenenses não havendo por isso razões para assinalar a grande penalidade. Esteve bem o árbitro do encontro ao não sancionar qualquer infracção.
-
A falta existiu porque Frechaut com o braço esquerdo no peito do adversário impediu que este jogasse a bola convenientemente acabando depois por o derrubar. Porque as faltas se assinalam onde acabam e não onde começam, a grande penalidade justificava-se.
+
Não houve qualquer infracção do jogador do Braga. A jogada em causa foi lícita e não justificava qualquer outra decisão do árbitro que fosse contrária à que tomou e bem.
-
Paulo Santos cometeu falta passível de cartão amarelo. O jogador do Belenenses não estava enquadrado para a baliza e não se encaminhava para a baliza. Contudo a forma veemente como protestou exigia do árbitro mais determinação e autoridade. Ficou o cartão vermelho por exibir.
Soares Dias
+
Penso que o Rolando joga a bola com o ombro e portanto não existe motivo para que o árbitro assinalasse a grande penalidade. Penso que o árbitro ajuizou correctamente o lance e as imagens televisivas provam-no.
-
Existe falta e motivo para a marcação de uma grande penalidade. O jogador do Braga com o braço esquerdo abraça o jogador Fernando impedindo-o de prosseguir com a bola. A lei é clara. Há infracção técnica e como é dentro da área ficou por marcar a grande penalidade. O árbitro estava noutro ângulo de visão e não viu.
+
A bola bate no corpo do jogador do Braga, mas este não joga a mesma com o braço. Naquele momento existe uma ligeira torção do corpo, mas a bola não bate no braço. Não há motivos para marcar qualquer infracção técnica. Esteve bem o árbitro.
+
Penso que o cartão amarelo é bem exibido, dado que o árbitro procurou gerir o estado de espírito dos jogadores. Considero que Paulo Santos não cortou um lance de possível golo. Porém, com os protestos do jogador do Braga, se surgisse o segundo cartão amarelo não seria de estranhar.
Rosa Santos
+
Penso que não há qualquer motivo para que fosse assinalada grande penalidade. Não existe qualquer intenção do jogador do Belenenses em jogar a bola com a mão. Bem o árbitro do encontro ao nada sancionar e ao deixar prosseguir o lance.
+
Penso que existe um agarrão do Frechaut e do Fernando. Vão os dois encostados e o árbitro esteve bem ao deixar seguir o lance. Mas se o jogador do Belenenses força a grande penalidade também está a cometer uma infracção.
+
Não vejo nenhum motivo para assinalar a grande penalidade. O jogador do Belenenses não joga a bola com a mão, por isso o árbitro esteve bem ao deixar prosseguir o lance e dar seguimento à marcação de um pontapé de canto.
-
Penso que a falta é do avançado. Paulo Santos salta à bola e Dady é que não deixa o guarda-redes do Braga jogar a bola. O cartão amarelo ao Paulo Santos foi mal mostrado, mas o jogador não pode protestar daquela forma.
António Rola
+
É um remate com alguma intensidade para dentro da grande-área, Rolando com os braços colados ao tronco faz um ligeiro movimento e a bola embateu-lhe no corpo sem que tenha havido qualquer infracção.
-
O que podemos observar é que Frechaut com o braço direito provoca o impedimento do jogador do Belenenses em chegar à bola. Dado que a infracção começa fora da área de grande penalidade, mas vindo a consumar-se a queda do jogador do Belenenses dentro desta deveria ser assinalada grande penalidade contra o Braga.
+
A bola embateu no corpo do jogador do Braga sem que este tenha cometido qualquer infracção. Bem o árbitro ao deixar prosseguir o jogo sem assinalar qualquer infracção.
+
Perante a falta cometida por Paulo Santos que impediu o adversário de prosseguir a jogada para a sua baliza esteve bem o árbitro ao sancionar tecnicamente a infracção e exibindo somente o cartão amarelo. Como estava outro jogador do Braga por perto esteve bem o árbitro.



O Braga um a um
A marca de Maciel
JORGE FONSECA

 
5 Paulo Santos

Tocou pela primeira vez na bola aos 43', já depois de Dady ter feito um golo (5') e tentado, sem êxito, o bis (40') numa cabeçada que falhou o alvo. Na segunda parte quase não passou de um mero espectador de tal forma eficaz foi a missão dos companheiros à sua frente e no prolongamento foi quase um libero.
 
4 Frechaut

Opção para lateral, tinha ordem para subir e para rematar, o que fez aos 13', às malhas laterais, assistindo ainda Wender (19') para um golo que não foi. Depois do intervalo surgiu a central, onde começou por chegar tarde a uma cabeçada de Garcês (63') e acertou na atmosfera (68') num lance a pedir golo. Compensou aos 72' num corte arrojado a cortar caminho a um remate do avançado panamiano. No prolongamento pecou ao saltar de braço no ar no cruzamento de Dady e o árbitro marcou penálti.
 
5 Paulo Jorge

Começou o jogo com a missão de segurar Garcês e pautou toda a sua exibição por um grande rigor nas marcações, nunca deixando de incentivar o resto da equipa ou de partir para a bronca, como sucedeu a Wender no lance do golo inaugural da partida. Depois do 2-1 passou para avançado.
 
5 Nem

Dady andou sempre no seu perímetro e teve-o quase sempre controlado tendo ainda contribuído para a boa reacção dos minhotos à desvantagem. Saiu ao intervalo.
 
4 Carlos Fernandes

Não foi uma noite em que tenha estado muito bem, pelo contrário, denotando falhas no tempo de entrada aos lances e, para alguém que é alto, muita dificuldade no jogo aéreo, em particular no prolongamento, tendo ficado para trás no lance que ditou o penálti.
 
4 Andrade

Foi o mais discreto dos médios arsenalistas e quase só se viu na cobrança de livres onde, com excepção do que precedeu a sua saída (68') do jogo, quase não criou perigo.
 
6 Vandinho

Foi o mestre de cerimónias na primeira parte saindo dos seus pés as assistências para as jogadas mais perigosas dos minhotos, não se inibindo de suportar o transporte do jogo em todas as situações. Foi para trinco após saída de Andrade.
 
5 João Pinto

O confronto com Cândido Costa colocou-lhe à prova os nervos, mas nada que lhe tolhesse a imaginação e a capacidade de criar perigo, como foi o caso do passe que Wender transformou em golo de Maciel. Na segunda parte apenas um remate (87') com muito perigo, terminou o jogo em sub-rendimento.
 
6 Maciel

Intratável na direita, não deu um minuto de sossego a Rodrigo Alvim, sendo o mais inconformado e esclarecido dos avançados minhotos. Aos 15' acertou na barra e aos 18' pediu penálti, restabelecendo a igualdade aos 34' na cara de Marco.
 
4 Wender

Noite para esquecer do extremo que, por duas ocasiões, contribuiu para que a equipa ficasse em desvantagem, primeiro aos 5', quando desistiu de perseguir Dady no lance que terminou no 1-0 e, já no prolongamento, repetiu a mão na bola que cometera aos 19' e acabou expulso. Pelo meio, fez um jogo soberbo, em que o toque de calcanhar para o golo de Maciel foi do mais belo que se viu em campo.
 
5 Zé Carlos

Rematou uma vez à baliza (10'), numa bola que passou sobre a barra, mas foi no meio, ajudando um meio campo em défice, que foi mais importante.
 
4 Davide

Solução de recurso com a passagem de Frechaut para central acusou falta de rotina no posto de lateral-direito e cometeu alguns pecados no prolongamento quando a ansiedade cresceu.
 
5 Castanheira

Entrou para repor a frescura e mobilidade no meio campo dispensando particular atenção a Carlitos. Contudo, os "fogos" que foram surgindo, obrigaram-no a outras paragens.
 
3 Cesinha

Rendeu Maciel mas acabou a fazer de avançado centro após a expulsão de Wender, numa missão muito ingrata.



Jorge Costa
"Custa ver os jogadores a chorar"
JOANA REI

Perdido o sonho de chegar ao Jamor, Jorge Costa era o espelho da desilusão bracarense. Mas, para o treinador, pior do que perder o jogo – e a ilusão da final – , foi encarar o balneário, no final da partida. "O que me custa é entrar nos balneários e ver os jogadores a chorar... isso é que me custa", disse, após a partida.
Na segunda parte os sinais de cansaço foram evidentes na equipa arsenalista e, no prolongamento, o Braga não aguentou o esforço suplementar a que foi obrigado – até porque teve de jogar com dez cerca de vinte minutos. O jogo de segunda-feira, contra o Benfica também pesou nas pernas dos jogadores e Jorge Costa voltou a criticar o curto tempo de recuperação de que dispôs, uma vez que o Belenenses jogou no sábado. "Era óbvio que íamos acusar o desgaste de segunda-feira, mas isso é um problema que têm de colocar a quem marcou o jogo", analisou.
Quanto ao jogo, o técnico bracarense também não poupou a arbitragem de Jorge Sousa, especialmente no que toca ao penálti que decidiu o encontro. "Na primeira parte houve um lance sobre o João Pinto que era penálti e uma mão de um jogador do Belenenses, que não me pareceu intencional, mas que se o árbitro tivesse usado o mesmo critério que usou connosco teria de ter marcado grande penalidade", concluiu o treinador.


João Pinto
"O assistente riu-se na nossa cara"

A meia-final entre Belenenses e Braga foi decidida por uma grande penalidade a favor dos azuis, lance que deixa dúvidas a João Pinto. O camisola dez bracarense não escondeu no final do jogo a indignação com o trabalho da equipa de arbitragem, sobretudo com a actuação do assistente que deu a indicação a Jorge Sousa para marcar o penálti. "Além dos foras-de-jogo que nos marcou a toda a hora, o juiz de linha não viu um penálti sobre mim na primeira parte e depois, numa fracção de segundo, num lance muito rápido, marcou penálti e ainda teve o descaramento de se rir na nossa cara", sublinhou, acrescentando ainda: "Como é que os jogadores se vão aguentar quando o próprio juiz de linha se ri na cara dos jogadores e não tem respeito pelos jogadores?"
O futebolista sublinhou que o Braga "sai de cabeça erguida", frisando que a sua equipa "esteve melhor" do que o Belenenses.


IN O JOGO

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BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro


BELENENSES-SP. BRAGA, 2-1 (Dady 6', Maciel 35', Zé Pedro 111')
MINUTO A MINUTO, JOGADA A JOGADA


120'+1 - Jorge Sousa apita para o final da partida. O Belenenses está na final da Taça de Portugal e vai agora defrontar o Sporting, no Jamor, no dia 27 de Maio.

119' - CARTÃO AMARELO para Paulo Santos por falta sobre Garcés.

117' - Carlos Fernandes tira o terceiro golo ao Belenenses impedindo o remate de Fernando.

114' - Carlitos cruza da direita com muita força, com Garcés e Dady a falharem a intercepção. Os adeptos do Restelo entoam a canção "Cheira bem, cheira a Lisboa".

111' - GOLO DO BELENENSES... ZÉ PEDRO converte sem mácula a grande penalidade.

109' - Jorge Sousa assinala grande penalidade. Dady cruza e Frechaut corta com o braço direito

107' - Remate de Rodrigo Alvim com Paulo Santos a defender com os pés. Vandinho corta de qualquer maneira.

106' - Vandinho, que teve de receber assistência no último minuto da primeira parte do prolongamento, recuperou e está a jogar.

105' - INÍCIO DA SEGUNDA PARTE. Sai o Sp. Braga.

.......................................

105'+1 - FINAL DA PRIMEIRA PARTE DO PROLONGAMENTO.

105' - Jorge Sousa dá um minuto de compensação.

104' - Fernando remata de pé direito, com a bola a não sair muito longe do poste direito da baliza de Paulo Santos.

102' - CARTÃO AMARELO para Ruben Amorim.

101' - Wender não foi para o balneário, tendo-se deslocado para as bancadas para assistir aos restantes minutos do jogo.

97 ' - WENDER É EXPULSO por ver o segundo CARTÃO AMARELO (mão na bola) e consequentente VERMELHO. Sp. Braga joga agora com 10.

94' - Fernando cabeceia ao lado da baliza de Paulo Santos, após receber a bola de Dady.

92' - Nivaldo cabeceia com perigo à baliza de Paulo Santos.

90' - INÍCIO DO PROLONGAMENTO. Substituição no Sp. Braga. Saiu Maciel para a entrada de CESINHA. Os dois técnicos já esgotaram as substituições.

90'+4 - FINAL DA PARTIDA. Vai jogar-se o prolongamento.

90'+3 - CARTÃO AMARELO para Dady, que faz golo com a mão, após um cruzamento de Carlitos.

89' - Jorge Sousa dá mais três minutos.

89' - ENTRA CARLITOS para o lugar de Amaral.

87' - João Pinto remata de longe. A bola não sai muito longe da barra da baliza de Marco.

86' - Amaral abandona o relvado lesionado. Ruben Amorim joga momentaneamente a lateral-direito.

82' - Garcés volta a incomodar Paulo Santos, mas o remate é interceptado por Frechaut.

79' - Substituição no Sp. Braga. Sai Andrade e entra CASTANHEIRA.

79' - Livre tenso de Andrade para uma grande defesa de Marco.

78' - CARTÃO AMARELO para Amaral.

76' - Substituição no Belenenses. Saem Silas e Cândido Costa e entram SANDRO GAÚCHO E ROMA

72' - Lance de perigo para o Sp. Braga. Carlos Fernandes cruza da esquerda, Amaral corta para fora. A formação minhota reclama grande penalidade, considerando que o adversário desviou a bola com o braço. Jorge Sousa assinala canto.

69' - Cândido Costa remata de longe, a bola bate em Carlos Fernandes e o Belenenses ganha pontapé de canto.

66' - Wender coloca a bola em João Pinto, que já dentro da grande área deixa-se bater por Amaral.

62' - Rodrigo Alvim cruza da esquerda para Garcés, que estava em boa posição para fazer o segundo golo, mas cabeceia muito ao lado da baliza de Paulo Santos.

61' - Passe de Maciel para Wender, que remata muito ao lado da baliza de Marco.

59' - CARTÃO AMARELO para Carlos Fernandes por uma entrada fora de tempo sobre Cândido Costa.

58' - Cruzamento da direita de Cândido Costa. A defesa do Sp. Braga corta e é pontapé de canto para a formação do Restelo.

54' - Cruzamento de João Pinto, que cruza para a área para Zé Carlos, que no cabeceamento choca com Marco.

52' - David antecipa-se a Silas, corre até a grande área, mas o cruzamento sai tímido

48' - Falta de Rolando sobre Maciel. Na marcação do livre, Andrade remata contra a barreira acertando em Dady.

22:05 - INÍCIO DA SEGUNDA PARTE. Substituição no Sp. Braga. Sai Nem e entra DAVID.

........................................................

21:49 - INTERVALO.

46' - Livre para o Sp. Braga. Andrade remata contra a barreira.

45' - Remate de João Pinto à figura de Marco.

45' - Jorge Sousa dá mais um minuto de jogo.

43' - Remate de Dady do lado direito do ataque dos azuis do Restelo para as mãos do guardião bracarense.

40' - Grande perdida para o Belenenses. Silas centra da esquerda para Dady, que cabeceia ao lado da baliza de Paulo Santos.

35' - GOLO DO SP. BRAGA... Grande passe de calcanhar de Wender, com MACIEL a aparecer e a empatar a partida.

33' - Passe de Vandinho para Maciel, mas Rodrigo Alvim antecipa-se e corta de carrinho já dentro da área.

31' - Livre para o Belenenses. Zé Pedro coloca a bola na área, mas a defesa dos minhotos alivia com facilidade.

30' - Grande jogada de João Pinto a desmarcar Zé Carlos, que coloca a bola na baliza, mas o lance é anulado por fora-de-jogo.

26' - CARTÃO AMARELO para João Pinto por contestar uma falta sobre Cândido Costa. Gera-se um sururu entre jogadores das duas equipas no grande círculo. Jorge Sousa mostra CARTÃO AMARELO para Silas e Nem.

24' - Remate de Wender. A bola sai a poucos centímetros da barra

22' - Cândido Costa remata muito por cima da baliza de Paulo Santos, um lance que mereceu os aplausos do público do Restelo.

19' - CARTÃO AMARELO para Wender, que coloca a bola com a mão na baliza do Belenenses.

18 - CARTÃO AMARELO para Vandinho por simular uma grande penalidade.

15' - Maciel remata à barra. Passe de Vandinho a desmarcar Wender que centra para a zona central.

11' - Pontapé de canto para o Sp. Braga. Na marcação, João Pinto centra, mas o guarda-redes do Restelo antecipa-se e agarra a bola.

9' - Em contra-ataque, Zé Carlos, que recebe a bola de Nem, remata à baliza, mas a bola sai por cima da barra da baliza defendida por Marco.

6' - GOLO DO BELENENSES... DADY recebe a bola de Ruben Amorim e, à saída de Paulo Santos, não tem dificuldades em inaugurar o marcador, fazendo um chapéu de belo efeito.

3' - Mau cruzamento de Frechaut, que coloca a bola directamente para fora para alívio do guardião Marco.

2' - Primeiro remate à baliza do Belenenses. Rodrigo Alvim manda a bola por cima da baliza defendida por Paulo Santos.

21:02. COMEÇA O JOGO. Sai o Sp. Braga.

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Taça de Portugal, meia-final

BELENENSES-SP. BRAGA

Estádio do Restelo, Lisboa

Hora: 21:00

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

BELENENSES
Marco; Amaral, Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Ruben Amorim, Cândido Costa, Zé Pedro e Silas; Dady e Garcés

Suplentes: Costinha, Gaspar, Djurdjevic, Sandro Gaúcho, Carlitos, Fernando e Roma

Treinador: Jorge Jesus

SP. BRAGA
Paulo Santos; Frechaut, Paulo Jorge, Nem e Carlos Fernandes; Andrade, Vandinho, Wender, Maciel e João Pinto; Zé Carlos

Suplentes: Dani, Davide, Cesinha, Castanheira, Madrid, Diego Costa, Chmiest

Treinador: Jorge Costa




Inconformismo bracarense
CARLOS FERNANDES CONFRONTA MÁRIO MONTEIRO

Carlos Fernandes envolveu-se esta noite numa acesa troca de palavras com o preparador físico do Belenenses, Mário Monteiro.

Uma fonte do Belenenses revelou à agência Lusa que a situação começou ainda dentro do relvado, quando foi assinalada a grande penalidade contra o Sp. Braga, que acabou por permitir o apuramento dos azuis para a final da Taça de Portugal.

"Quando a grande penalidade foi marcada houve aí uma troca de palavras entre Mário Monteiro e Carlos Fernandes. Agora, quando o nosso preparador físico ia para o carro, Carlos Fernandes saiu do autocarro e foi tirar satisfações. Valeu que vieram dois seguranças deles (do Braga) e retiraram de ali Mário Monteiro."



Autocarro de adeptos azuis apedrejado
ÂNIMOS EXALTADOS À SAÍDA DO RESTELO


Um autocarro com adeptos do Belenenses foi apedrejado à saída do Estádio do Restelo, onde Belenenses e Braga disputaram a meia-final da Taça de Portugal, contou à agência Lusa José Pinto, responsável pelo aluguer do veículo.

Quando o veículo, que transportava simpatizantes do clube da cruz de cristo residentes na Trafaria, passava junto dos autocarros dos adeptos do Sp. Braga foi obrigado a parar para dar passagem. De acordo com o relato de José Pinto, de um dos veículos bracarenses "com os tejadilhos abertos", vários simpatizantes da formação nortenha começaram a arremessar pedras e garrafas.

"Felizmente não ficou ninguém ferido. Foi apenas um susto. Quando íamos a passar junto dos autocarros do Braga fomos atingidos por pedras e garrafas de um deles, que tinha o tejadilho aberto. Não ficou nenhum vidro partido, mas há al gumas amolgadelas na chapa", disse o responsável.



IN RECORD

BRAGA SEMPRE MAIS!

nandes



Jamor estava ali tão perto...



O Sporting de Braga foi ontem extremamente infeliz, no Estádio do Restelo, e acabou eliminado nas meias-finais da Taça, ao perder por 2-1, no prolongamento, com um penalty "forçado".  



Eliminação inglória... a do Sp. Braga, ontem, no Estádio Restelo, aos pés do Belenenses, nas meias-finais da Taça de Portugal. A equipa bracarense esteve quase sempre por cima do jogo, mas não evitou que a decisão fosse levada para prolongamento e no 'tempo-extra' acabou eliminado, por 2-1, um pouco "empurrado" pelas más decisões de Jorge Sousa, que fragilizaram a equipa no momento crucial da eliminatória. O lance da grande penalidade pareceu  demasiado forçado... e matou aí as esperanças arsenalistas de ir ao Jamor. Já com a equipa reduzida a dez unidades, face à expulsão de Wender, depois do penalty de Zé Pedro a equipa bra-carense não teve mais força anímica e descernimento para evitar a derrota.
Decididos a fazer história e a "vingar" a desfeita de 1986 os jogadores bracarenses até entraram des-temidos no Restelo! Completamente virados para o ataque, desde o primeiro minuto, o Sp. Braga cometeu, todavia, um erro de palmatória aos cinco minutos... uma distração na ala esquerda da defesa arsenalista, permitiu ao Belenenses rasgar um rápido contra-ataque e inaugurar o mar- cador. Sem marcação, Dady surgiu rapidíssimo (após grande passe de Ruben Amorim) e à saída de Paulo Santos 'picou' a bola para o fundo da baliza bracaren- se. Um balde d'água fria que não esmoreceu, no entanto, a determinação dos pupilos de Jorge Costa.
Sem nada a perder, a equi-pa bracarense não se deixou abater pela adversidade, e  — empolgados pela imensa onda bracarense que invadiu Belém — continuou o jogo com uma atitude impla-cável. A partir deste mo- mento só deu mesmo Sp. Braga, com o guarda-redes Marco a ser bombardeado por todos os lados. Zé Carlos deu o primeiro aviso, aos nove minutos. À passagem do quarto de hora, Maciel rematou com estrondo à barra da baliza do Belenenses. Uma excelente reacção do Sp. Braga, que iria dar os seus frutos.
Com o jogo amplamente dominado, fruto de um futebol muito personalizado, a equipa bracarense encostou o Belenenses às cordas, e aos 34 minutos restabeleceu a igualdade, com um golo de belo efeito de Maciel, a dei-xar em delírio a massa adepta bracarense. Foi um golo espectacular do ataque do Sp. Braga. João Pinto iniciou a jogada, assistiu Wender na área, que com um toque de calcanhar soberbo, desmarcou Maciel que só teve que 'picar' a bola por cima de Marco, a coroar uma jogada ofensiva digna de figurar no compêndio.
Após o golo do empate, os jogadores do Sp. Braga bai-xaram um pouco o ritmo, para recuperar o fôlego, altura em que o Belenenses voltou a dar um ar da sua graça junta da baliza de Paulo Santos. Aos 41 minutos, Dady voltou a surgir guloso na área bracarense, mas cabeceou ao lado.
Ao intervalo, o resultado era mais penalizador para o Sp. Braga, pois foi a única equipa que jogou ao ataque desde o primeiro minuto. O Belenenses de Jesus revelou-se demasiado calculista e jogando apenas no erro da formação minhota.
A segunda parte não foi tão bem jogada. A qualidade do espectáculo ressentiu-se, mas quando estava em jogo o acesso a uma final, a atitude das duas equipas foi compreensível. Nestes segundos 45 minutos, o Braga não foi tão determinado, mas teve sempre o jogo controlado, e foi a equipa que mais procurou desatar o nó. Falhou na finalização.
Com a eliminatória "encalhada" no final do tempo regulamentar, foi preciso tempo-extra para apurar o vencedor. A toada de equilibrio mantevê-se no prolongamento, com as duas equipas a mostrar muito  respeito mútuo, mas aos 98 minutos, novo balde d'água fria para as hostes bracarenses, face à expulsão de Wender, a deixar a equipa reduzida a 10 heróis. Depois veio o penalty aos 109 minutos e esse lance acabou com o sonho bracarense...




In Correio do Minho




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Penálti de Zé Pedro põe Belenenses na final


E o adversário do Sporting na Taça de Portugal é... o Belenenses. Dezoito anos depois a equipa do Restelo volta a pisar o relvado do Jamor naquele que é o grande sonho, agora concretizado, do treinador Jorge Jesus e que vê ainda o passaporte carimbado para a Taça UEFA. Emocionante. É no mínimo a palavra que caracteriza o encontro de ontem, onde duas equipas de segunda linha nacional, demonstraram bem como se pratica um futebol de primeira. Mas só uma poderia ganhar e a decisão só chegou mesmo no prolongamento e através de uma grande penalidade, convertida pelo "herói" Zé Pedro. Mas mesmo assim os sonhos do Sporting de Braga não ficaram totalmente desfeitos. Como prémio de consolação ainda podem sonhar com a Europa, que agora está a poucos pontos de ser alcançada, via campeonato.

Jorge Jesus fez jus à máxima "em equipa que ganha não se mexe" e manteve o onze que deu as últimas cinco vitórias consecutivas ao Belenenses, sem medo de apostar numa corrente mais ofensiva. Do lado do Braga, Jorge Costa estruturou uma equipa bem diferente daquela que alcançou o empate na Luz e apostou tudo, apesar de pontuais limitações.

O jogo era de cariz especial e iniciou cheio de emoção. Com as bancadas do Restelo bem compostas - há muito tempo que não sentiam tanto calor humano -, o Belenenses galvanizou-se com todo o apoio. Confortáveis no seu reduto não demoraram até alcançarem o golo. Precisamente aos cinco minutos. Num rapidíssimo contra-ataque e com um sublime passe de Ruben Amorim, o cabo-verdiano Dady, com mestria e de pé canhoto, fez adiantar o marcador.

De sorrisos abertos e confiança acrescida os azuis quiseram permanecer donos do jogo, mas a formação bracarense reagiu de imediato. Zé Carlos avisou com um remate à figura de Marco e chegou mesmo a cheirar a golo quando Wender, completamente sozinho na grande área, acabou por desperdiçar. Mas o recado ficou dado e a festa da Taça ainda mais aguerrida.

E como o prometido é devido e depois de demais ameaças, Wender protagonizou um momento único. Parecia atrapalhado com a bola, mas rodopiou sobre si mesmo, deu um toque de calcanhar e Maciel apenas teve de concluir o remate, estabelecendo a igualdade. Mais emoção ainda.

A segunda parte tornou-se mais nervosa e também enervante. A vontade de alcançar o Jamor era sentida a cada jogada, a cada passe, a cada falta...e foram muitas. E sofreram a bom sofrer até ao prolongamento, que acabou mesmo por ver, através de uma grande penalidade, a vitória azul e uma festa hilariante.




In JN




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BELENENSES, 1 – SPORTING DE BRAGA, 1 (2-1, APÓS PROLONGAMENTO)


FRESCURA FÍSICA VALE SONHO DA FINAL




O Belenenses apurou-se para a final da Taça 18 anos depois e vai defrontar o Sporting na final do Jamor. Os de Belém aproveitaram da melhor forma a menor frescura física do Braga, equipa que ainda no tempo regulamentar esteve melhor.



Num ambiente poucas vezes visto no Restelo – uma excelente moldura humana – assistiu-se a um jogo vivo e com incerteza no marcador até ao fim. O Beleneneses, a jogar perante o seu público, entrou bastante aguerrido e não foi com surpresa que se adiantou no marcador à passagem dos cinco minutos de jogo. Excelente passe de Ruben Amorin, a desmarcar Dady e este em grande velocidade – ninguém conseguiu acompanhar o buliçoso extremo –«picou» o esférico à saída de Paulo Santos que foi pouco lesto. No entanto, a reacção bracarense não se fez esperar. Os comandados de Jorge Costa equilibraram a partida e apoderaram-se do meio-campo. Aos nove minutos Zé Carlos disparou com relativo perigo, fazendo passar a bola ligeiramente por cima da baliza de Marco.
Aos 15 minutos, nova ocasião para os minhotos restabelecerem a igualdade. Vandinho efectua um passe a desmarcar Wender, com este a cruzar atrasado na área. Maciel de costas, virou-se e rematou à barra da baliza do Belenenses.
Mais próximo da área contrária, o Braga foi criando «frisson» no último reduto visitado. De novo Maciel, simula claramente uma grande penalidade, quando constatou que não chegava à bola.
Volvido um minuto, após cruzamento para a área belenense, Wender introduziu a bola na baliza, com a mão. Jorge Sousa, implacável, admoestou o avançado com cartão amarelo.
Se a partida já estava equilibrada, mais equilibrada ficou, tendo-se chegado ao intervalo com uma igualdade justa. Para a etapa complementar, Jorge Costa retirou de campo Nem, um dos amarelados, e fez entrar Davide, colocando Andrade no eixo defensivo conjuntamente com Paulo Jorge. Os segundos 45 minutos decaíram de qualidade, tendo se assistido, praticamente, a um jogo mais rijo na zona intermediária.
Os «arsenalistas» não se deixaram surpreender pelo início fulgurante do Belenenses e entraram no segundo tempo.
Numa segunda etapa sem grandes ocasiões de golo, foi o Braga a ter aos 78 minutos um bom ensejo para se colocar em vantagem. Livre marcado por Andrade, Marcos defendeu para a frente, tendo faltado alguém para a recarga.
Chegava-se ao final do tempo regulamentar com uma igualdade a uma bola, sendo necessário recorrer a mais 30 minutos de jogo. Os homens de Belém entraram melhor e criaram duas ocasiões para desfeitear Paulo Santos, ambas de cabeça. Primeiro Nivaldo cabeceia por cima, mas com muito perigo e, depois, foi a vez de Fernando aparecer cara-a-cara com o guardião «arsenalista» mas a cabecear – de cima para baixo – mas por alto.
Mais complicada ficou a vida do Braga, quando ficou reduzido a dez unidades, por expulsão de Wender, aos 98 minutos. Visivelmente debilitada – jogou na segunda-feira passada na Luz com o benfica –, a formação bracarense foi cedendo no meio-campo perante um Belenenses a denotar melhor frescura física. Aos 110 minutos, Dady tentou o cruzamento, mas encontrou a mão de Frechaut pelo caminho.
Grande penalidade indis-cutível e cobrada com sucesso por José Pedro.
A partir daqui, sem poder de reacção, o Braga não teve tempo nem frescura física para aletrar o resultado, sendo que o Belenenses defronta o Sporting na final do Jamor.

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FICHA

Belenenses
Marco; Amaral (Carlitos, aos 89 minutos), Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Cândido Costa (Sandro Gaúcho, 77), Rúben Amorim, Zé Pedro e Silas (Fernando, 77); Dady e Garcês. Treinador: Jorge Jesus

Sporting de Braga
Paulo Santos; Frechaut, Paulo Jorge, Nem (Davide, 46) e Carlos Fernandes; Andrade (Castanheira, 79), Vandinho, Wender e Maciel (Cesinha, 91); João Pinto e Zé Carlos. Treinador: Jorge Costa

Árbitro: Jorge Sousa, do Porto. Jogo no Estádio do Restelo, em Lisboa, perante cerca de 12 mil espectadores. Ao intervalo: 1-1. Marcadores: Dady (5), Maciel (34) e Zé Pedro (111). Cartões amarelos: Maciel (18), Wender (19 e 98), João Pinto (26), Nem (27), Silas (27), Carlos Fernandes (59), Amaral (78), Dady (90+3). Cartão vermelho: Wender (98), Rúben Amorim (102), Frechaut (110) e Paulo Santos (118).



In O Norte Desportivo





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nandes




Belenenses,2-Sp.Braga,1

Belém no Jamor,Jesus sobe ao céu



Intensa, vibrante, arduamente disputada. Foi assim a meia-final que opôs o Sp. Braga ao Belenenses, que coloca este último na final do Jamor 18 anos depois de ter batido o Benfica, por 2-1, com golos de Juanico e Chico Faria.

A bem da verdade, os arsenalistas mereciam ter acabado com o suspense durante os 90 minutos, mormente na primeira parte, altura em que foram muito mais equipa que o Belenenses, completamente adormecido à sombra do golo madrugador obtido, com classe, por Dady. E como quem não mata, morre...

A sagacidade de Jesus
A final do Jamor, um justo prémio para qualquer das formações pelas campanhas que vêm fazendo ao longo da temporada, pesou muito mais no conjunto da casa. Neste aspecto, Jorge Costa tinha razão. A experiência dos seus futebolistas pesou, sem que tal se materializasse em golos... válidos – foram bem anulados dois tentos aos minhotos.

O Sp. Braga, enquanto teve pernas, revelou sempre, através do seu trio de ataque, uma acutilância e uma qualidade que os azuis tiveram dificuldades em suster – nervosismo, respeito, medo...

O encontro parecia não ter solução, as claques puxavam; neste particular uma salva de palmas para os quatro mil apaniguados que vieram de Braga e que fizeram do Restelo campo neutro.

Até que Jorge Jesus, que já entrou direitinho para a história do Belenenses, percebeu que não podia deixar a equipa como estava. Apostando no relógio e no contínuo desgaste dos bracarenses, com menos dois dias de descanso, reforçou o meio-campo com o panzer Sandro Gaúcho e o ataque com o extremo Fernando, capaz de esticar o jogo até ao último terço de terreno bracarense. Chegava a vez do Belenenses mandar depois de ter revelado uma alma invejável ao suster o maior poderio adversário.

Bola para Carlitos...

O empate não servia ao extenuado Sp. Braga, que, sejamos sinceros, tudo fez para ganhar o encontro nos 90 minutos regulamentares. Jorge Costa fez o que pôde Jesus também, por isso lançou, no início do prolongamento, a sua melhor cartada - Carlitos. Este deu a primeira estocada no Sp. Braga, com piques atrás de piques – todos o procuravam. Chegou-se a uma altura em que Jorge Costa meteu dois elementos a cobrir o experiente extremo.

A estocada final haveria de ser dada por um dos melhores bracarenses sob o relvado. Wender meteu mão à bola, propositadamente, e viu, justamente, o segundo amarelo. Foi o fim do Sp. Braga.

Encostados às cordas, os minhotos viram-se a perder na conversão de uma grande penalidade bem assinalada por mão na bola de Frechaut, na área de rigor, após cruzamento de Dady.

José Pedro não merecia ter desfeito a igualdade, pela má exibição realizada, mas, na hora da verdade, não falhou.

Até final o Belenenses esteve sempre mais perto do 3-1 que o Sp. Braga do 2-2.

Em resumo, a final do Jamor será lisboeta, com um duelo interessante entre Sporting e Belenenses, mas se tivesse sido dividida entre Lisboa e o Minho também não tinha ficado nada mal.

Ficam três perguntas: Porque é que uma equipa tem cinco dias para descansar e outra apenas dois? Falta de coordenação entre Liga e Federação? Merece o Sp. Braga pagar por isso?  

Ficha de Jogo

Estádio do Restelo, em Lisboa
Assistência: 8 000 espectadores
Belenenses: Marco; Amaral (Carlitos, 90), Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Ruben Amorim; Cândido Costa (Sandro Gaúcho, 78), Silas (Fernando, 78) e José Pedro; Dady e Garcés
Treinador: Jorge Jesus
Sp. Braga: Paulo Santos; Frechaut (Davide, 46), Paulo Jorge, Nem e Carlos Fernandes; Andrade (Castanheira, 80), Vandinho e João Pinto; Maciel (Cesinha, 91) , Zé Carlos e Wender
Treinador: Jorge Costa
Golos: 1-0, Dady (5); 1-1, Maciel (34); 2-1, José Pedro (112 gp)
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Maciel (19), Wender (20+98), João Pinto (27), Silas (28), Nem (28), Carlos Fernandes (60), Amaral (78), Dady (90+2), Ruben Amorim (102), Frechaut (110) e Paulo Santos (120). Cartão vermelho para Wender (98)


Após o encontro

Cena de pugilato no Restelo



Verdadeiramente inacreditável o que se passou no parque automóvel do Estádio do Restelo, numa altura em que a maioria da comitiva do Sp. Braga já se encontrava junto ao autocarro que a ia fazer regressar ao Minho.

O Sportugal assistiu a uma corrida desenfreada de futebolistas minhotos rumo ao preparador físico dos azuis, Mário Monteiro.

Luís Filipe, Zé Carlos, João Pinto, Paulo Santos e Carlos Fernandes eram os mais exaltados. A situação atingiu tais proporções, que Jorge Costa e Jorge Jesus tiveram de intervir. A polícia e o corpo de segurança do Sp. Braga evitaram o pior.

Chegou-se a um ponto em que havia imensos futebolistas bracarenses a ameaçar verbalmente Mário Monteiro. Jorge Jesus pedia para que ninguém o agarrasse, e Cabral Ferreira reclamava junto das autoridades para que sustessem a má disposição dos elementos do Sp. Braga.

Ao que parece, quando foi o penalty que ditou o desfecho da eliminatória, Mário Monteiro e Carlos Fernandes desentenderam-se. A coisa não ficou esclarecida, tendo o preparador físico, segundo elementos do Sp. Braga, espicaçado os futebolistas minhotos quando estes se preparavam para rumar a Braga.

Enfim, independentemente das culpas, foi muito feio o que se passou no final de um encontro que foi vibrante... dentro das quatro linhas.




Melhores e piores do Restelo

Melhores



Vandinho – 45 minutos de luxo. O brasileiro encheu o campo na primeira parte, mostrando dotes de mestre na arte da antecipação e lançamento do ataque à baliza adversária. No segundo tempo ficou um bocadinho mais escondido.

Wender – O passe para o golo de Maciel merece ser visto e revisto por quem gosta de futebol. Muito activo no flanco esquerdo do ataque, ganhou o duelo a Amaral. As suas diagonais, com presença assídua na área de rigor deram muito que fazer à defensiva do Restelo. Podia ter evitado a infantilidade que deu origem ao segundo amarelo.

Dady – A unidade mais do ataque dos azuis, sublime o toque que colocou o Belenenses em vantagem. Depois foi mal servido, mas quando a bola lhe chegava aos pés notava-se a diferença, talvez por isso tivesse feito aquele cruzamento que Frechaut interceptou com o braço. Está em forma e é um dos indiscutíveis de Jorge Jesus.

Ruben Amorim – Perante a apatia de José Pedro e Silas e a indisciplina táctica de Cândido Costa teve de suportar sozinho o meio-campo dos donos da casa – e ainda acabou o jogo a defesa direito. O passe para o golo inaugural do encontro é um momento de fino recorte de um jogador jovem, que acusou pouco a pressão mas que precisa de crescer futebolisticamente se quiser pensar em vôos maiores.

Carlitos – A arma secreta. Entrou no início do prolongamento para eliminar o último fôlego dos bracarenses. Missão superada, com distinção.

Piores

Silas e José Pedro – Os artistas do meio-campo do Belenenses meteram folga num dos jogos mais importantes das suas carreiras. Poucas vezes mostraram o talento que se lhes conhece e ainda menos vezes ajudaram a equipa em situação defensiva. O esquerdino, mesmo assim, subiu de rendimento após a saída de Silas. O penalty da vitória foi uma prenda imerecida.

Maciel – É certo que fez o golo do empate, contudo, é imperdoável ter-se mandado para o chão, a pedir penalty quando já tinha ultrapassado Marco e via a baliza escancarada. Procurou enganar o árbitro, expulsar um colega de profissão e ainda prejudicou a sua equipa. Por tudo isto, claramente, um dos piores.


Veterano do Sp. Braga

João Pinto: "Juiz de linha riu-se na cara dos jogadores"  



O jogador do Sporting de Braga fez acusações graves no final do encontro das meias-finais com o Belenenses.

Em declarações ao flash interview, João Vieira Pinto acusou o fiscal de linha que marcou a grande penalidade a favor do Belenenses de se ter rido para os jogadores visitantes.

"O juiz de linha teve o descaramento de se rir na cara dos jogadores. Depois como é que querem que a gente não reaja?", questionou.

O futebolista acusou o fiscal de linha de prejudicar a equipa bracarense desde o início, ao assinalar foras-de-jogo e também por não ter marcado um penalty a favor do Sp. Braga.

João Pinto deu "os parabéns ao Belenenses" pela qualificação para a final", mas considerou que a sua equipa foi "melhor durante os 90 minutos."


Treinador do Sp. Braga

Jorge Costa monossilábico e mal disposto



Jorge Costa apresentou-se na sala de imprensa do Estádio do Restelo com um semblante carregado e dispensando poucas palavras para os jornalistas presentes, fazendo mesmo questão de falar afastado do microfone para complicar a vida de quem estava a trabalhar.

O técnico bracarense apontou o dedo à arbitragem pela derrota desta quinta-feira. "Na primeira parte há um lance de penalty, na segunda parte houve outro lance", afirmou Jorge Costa.

"Houve cartões amarelos a mais para a equipa do Sporting de Braga", queixou-se o treinador.

"Quando o Belenenses marcou o primeiro golo, o meu jogador estava de costas para a bola", concluiu Jorge Costa dizendo que o jogador do Sporting de Braga pensava que o lance estava parado.

In Sportugal
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Pedro-SCB

Belenenses na final da Taça de Portugal

O Belenenses venceu o Sporting de Braga por 2-1 (após prolongamento), no Estádio do Restelo, e garantiu presença na final da Taça de Portugal (27 de Maio), defrontando o Sporting, que eliminou ontem o Beira-Mar (2-1). José Pedro sentenciou o jogo (111 m), na marcação de uma grande penalidade.
ASF
Antes de mais, um grande espectáculo, entre duas boas equipas do campeonato. Emoção até ao fim, com a vitória a sorrir aos azuis do Restelo, aqueles que evidenciaram maior frescura física no prolongamento. O Sporting Braga pode queixar-se do calendário... Depois de ter jogado na segunda-feira com o Benfica, os bracarenses foram esta noite sujeitos a enorme desgaste. Ainda assim, bateram-se bem e só claudicaram no prolongamento, também por «culpa» de Wender, que cortou um lance com o braço, viu segundo amarelo e deixou a sua equipa fragilizada.

O Belenenses começou bem o jogo e adiantou-se no marcador logo aos cinco minutos, através de Dady (um dos melhores em campo) e na sequência de jogada de contra-ataque conduzida por Ruben Amorim. Os bracarenses reagiram e passaram a mandar no jogo, com João Pinto (excelente exibição) a empunhar a batuta no meio-campo e a empurrar os azuis para terrenos mais recuados. O golo da igualdade surgiu sem surpresa, aos 35 minutos, por intermédio de Maciel. A jogada começa em João Pinto, que endossa a bola para Wender, este isola Maciel, que remata por cima do guarda-redes Marco.

Estava tudo em aberto para a segunda parte. O Belenenses regressou melhor do balneário, com boa circulação de bola e a impor-se ao adversário. Jorge Jesus fez entrar Sandro Gaúcho, de forma libertar Ruben Amorim para missões mais ofensivas; Jorge Costa respondeu com a entrada de Castanheira, que se encarregou de vigiar o talentoso jovem do Restelo. Aproximava-se o final dos 90 m, a toada de equilíbrio persistia e adivinhava-se o prolongamento.

As equipas entraram no prolongamento com muitas cautelas. Um erro poderia deitar tudo a perder... Como veio a acontecer. A expulsão de Wender deixou os bracarenses fragilizados e o Belenenses aproveitou para pressionar, tanto mais que revelava maior frescura física. Numa jogada em que Dady tentava isolar-se, Frechaut cortou o lance com o braço direito. Voluntária ou involuntariamente, o certo é que o árbitro não teve dúvidas. José Pedro, chamado a transformar o castigo máximo, sentenciou o jogo e colocou os azuis do Restelo na final da Taça de Portugal.

Depois de início de época atribulado, em consequência do denominado «caso» Mateus, o Belenenses é a grande sensação da época. Quarto classificado no campeonato e finalista da Taça de Portugal... é obra! Jorge Jesus e os seus pupilos estão de parabéns.

Estádio do Restelo, em Lisboa

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

BELENENSES – Marco; Amaral (Carlitos, 89 m), Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Ruben Amorim; Cândido Costa (Sandro Gaúcho, 77 m), Silas (Fernando, 77 m) e José Pedro; Garcês e Dady.

SP. BRAGA – Paulo Santos; Frechaut, Paulo Jorge, Nem (Davide, 46 m) e Carlos Fernandes; Vandinho e Andrade (Castanheira, 79 m); Maciel (Cesinha, 91 m), João Pinto e Wender; Zé Carlos.

Ao intervalo: 1-1

Final dos 90 m: 1-1

Resultado final, após prolongamento: 2-1

Golos: 1-0, Dady (5 m); 1-1, Maciel (35 m); 2-1, José Pedro (111 m), de grande penalidade.

Belenenses apurado para a final da Taça de Portugal (27 de Maio), vai discutir o troféu com o Sporting, que venceu ontem o Beira-Mar (2-1).

O Belenenses qualificou-se pela oitava vez para a final da Taça de Portugal, depois de ter conquistado o troféu por três vezes.

Cartão amarelo a Maciel, Wender, João Pinto, Silas, Nem, Carlos Fernandes, Amaral, Dady, Ruben Amorim, Frechaut e Paulo Santos.

Cartão vermelho (segundo amarelo) a Wender (98 m).

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«Era evidente que iríamos acusar desgaste» (Jorge Costa)

Jorge Costa não calou a revolta no final da partida, em relação ao árbitro e seus auxiliares, mas também quanto ao facto de a sua equipa ter sido obrigada a disputar dois jogos em escassos dias.

«Custa-me ver os jogadores a chorar! Se foi um jogo desgastante para a minha equipa? Essa pergunta deve ser dirigida a quem marcou os jogos para segunda e quinta-feira! Um jogo desta importância, depois de ter jogado na segunda-feira (com o Benfica), era evidente que iríamos acusar desgaste...»

«Enquanto o Braga teve força, foi muito superior ao Belenenses. Criámos oportunidades e acabámos por sofrer um golo num lance em que o meu jogador até estava de costas. Na primeira parte houve um lance sobre João Pinto em que é penalty. E outro em que a bola bateu no braço de um jogador do Belenenses, também sem intenção. Seguindo o mesmo critério, também seria penalty... Cartões amarelos em demasia, enfim, houve muita coisa má!»

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«Teve o descaramento de rir na cara dos jogadores» (João Pinto)

João Pinto deu os parabéns ao Belenenses, mas considerou que «o Braga foi melhor durante os 90 minutos», ao mesmo tempo que lamentou a actuação de um dos árbitros auxiliares:

«Aquele juiz de linha, desde o início do jogo, além dos foras-de-jogo que nos assinalou, não viu um penalty sobre mim, na primeira parte, e depois numa fracção de segundo, num lance muito rápido, conseguiu ver uma grande penalidade contra o Braga. Depois disso, ainda teve o descaramento de rir na cara dos jogadores do Braga... Como é que os jogadores aguentam uma situação destas, numa meia-final da Taça de Portugal? Como querem segurar os jogadores, se o próprio juiz de linha de linha não tem respeito por eles? Só lamento isso!»

in abola

Pedro-SCB

Taça de Portugal: Belenenses-Sp. Braga, 2-1 a.p. (crónica)

Foram precisas horas extraordinárias para encontrar o segundo finalista da Taça de Portugal. Tudo apontava para uma partida muito equilibrada entre Belenenses e Sp. Braga e assim foi. Só mesmo numa grande penalidade se encontrou o adversário do Sporting. Ganhou a equipa que faz a viagem mais curta até ao Jamor.

Tal como tinha acontecido na última ronda da Liga, frente ao E. Amadora, o Belenenses entrou forte no jogo e marcou cedo. Estavam cumpridos apenas cinco minutos da partida quando o inevitável Dady inaugurou o marcador, dando o melhor seguimento a um grande passe de Ruben Amorim.

O golo, no entanto, teve duplo efeito. Deu uma desejada vantagem ao Belenenses, está claro, mas adormeceu a equipa. O Sporting de Braga subiu no terreno e começou a tirar proveito da sua arma preferencial: a velocidade dos extremos. Maciel e Wender meteram a quinta, conduzidos por um João Pinto que, aos poucos, se foi libertando da marcação de Ruben Amorim. O meio-campo bracarense começava a superiorizar-se, muito também por culpa de Vandinho, que aproveitava o facto de Silas estar entregue a Andrade para subir e desequilibrar, através de passes de ruptura.

Foi assim que surgiu o primeiro aviso do Sp. Braga, à passagem do primeiro quarto de hora. Vandinho assistiu Wender na área e este cruzou para Maciel, que atirou à barra. Pouco depois mais dois avisos, quase em jeito de brincadeira. Primeiro Maciel surgiu na área isolado, mas depois de passar Marco atirou-se para o chão (18m). Um minuto depois foi Wender a marcar um golo com a mão. O árbitro Jorge Sousa estava atento em ambas as ocasiões e «brindou» os jogadores com o amarelo.

Mas estava dado o recado e pouco depois o golo ia ser a valer. Combinação entre os três suspeitos do costume, com João Pinto a servir Wender na área e este a tocar de calcanhar para Maciel, que fez o empate.

Mais equilíbrio, menos espectáculo

No segundo tempo o Belenenses equilibrou as operações, face a um Sp. Braga que tinha agora Davide no lugar de Nem (Frechaut passou para central). A partida ficou mais repartida, mas também menos espectacular. Os lances de perigo sucediam-se em ambas as balizas, mas sem que os principais intervenientes conseguissem desequilibrar. J. Pinto, Wender e Maciel caíram de produção em relação à primeira parte; a equipa da casa continuava refém de Zé Pedro e Silas, que teimavam em não aparecer na partida.

Ambos os técnicos perceberam que era preciso mexer. Jesus trocou Silas e Cândido Costa por Sandro Gaúcho e Fernando. Jorge Costa colocou Castanheira no lugar de Andrade. Mas nos últimos dez minutos nenhuma das formações arriscou, com medo de dar um passo em falso. Dady ainda colocou a bola no fundo da baliza, já em período de descontos, mas com a mão.

A traição de Wender deixou o Sp. Braga entregue aos braços de Frechaut

Havia mais trinta minutos para jogar e Jorge Costa lançava o último trunfo, Cesinha, que entrou para o lugar de Maciel. A equipa do Belenenses apresentava algo remendada, uma vez que Jesus tinha ficado sem Amaral (lesionado) e tinha colocado Carlitos, ficando Ruben Amorim a lateral direito. O Sp. Braga surgiu no tempo extra completamente de rastos, e a tarefa ficou ainda mais complicada com a expulsão de Wender, aos 97 minutos. No que restou do prolongamento foi ver os «arsenalistas» remetidos à defesa e o Belenenses à procura do golo da vitória. E este surgiu aos 109 minutos. Jorge Costa tinha dito que o jogo se iria resolver nos pormenores e assim foi, para sua infelicidade. Frechaut travou um cruzamento de Dady com o braço e permitiu a Zé Pedro, de grande penalidade, colocar o Belenenses na final da Taça.

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Jorge Jesus fala em justiça, Jorge Costa em dualidade de critérios

Jorge Jesus, treinador do Belenenses, não tem dúvida da justiça do resultado que coloca a sua equipa na final da Taça de Portugal, enquanto Jorge Costa, técnico do Sp. Braga, justifica a derrota com a dualidade de critérios do trio de arbitragem, ambos após o final do jogo, que terminou com a vitória dos azuis, por 2-1:

«[Jorge Jesus] Parabéns aos meus jogadores, pela festa, vencemos uma rival digno, forte. O Sp. Braga foi uma equipa muito atrevida que nos criou imensas dificuldades e que chegou ao empate com todo o merecimento. No intervalo, disse aos meus jogadores que iamos ganhar, pois o Sp. Braga encontrava-se pior fisicamente por ter tido menos tempo de descanso, e esperei o mais que pude para fazer as mudanças. Era preciso acordar os adeptos do Belenenses e esta final é mais uma forma de dar identidade a este grande clube. Penalty? Não sei se vai dar que falar. O que sei é que foi merecido, pois tudo fizemos para estar na final.»

«[Jorge Costa] Custa ver os jogadores a chorar no balneário. Acabámos por sofrer um golo [do penalty] num lance em que o jogador está de costas. Há um outro lance sobre João Pinto que também é penalty, há uma bola que bate na mão de um jogador do Belenenses sem intenção, mas pelo mesmo critério devia ter sido penalty e houve amarelos em demasia. Cansaço? Essa pergunta não deve ser feita a mim, mas a quem faz o calendário. É óbvio que jogar à segunda e à quinta desgasta.»

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Ânimos a ferver no final do Beleneses-Sp. Braga

A meia-final a Taça de Portugal entre o Belenenses e o Sp. Braga, que terminou com um desfecho feliz para os «azuis» do Restelo, depois de prolongamento (2-1), acabou com os ânimos exaltados no relvado, com vários jogadores do Sp. Braga a perseguirem a equipa de arbitragem liderada por Jorge Sousa, e prosseguiram, mais tarde, junto aos balneários, onde estava estacionado o autocarro do Sp. Braga.

Uma troca de palavras mais acesa entre Mário Monteiro, preparador físico do Belenenses, e alguns elementos da comitiva minhota, levou a uma reacção intempestiva dos jogadores do Sp. Braga. Carlos Fernandes, seguido por alguns companheiros, saiu mesmo do autocarro, na perseguição do elemento da equipa técnica da equipa do Restelo, mas a polícia evitou que chegasse a haver contacto físico entre os dois lados.

«Houve um pequeno incidente entre jogadores e dirigentes no final, mas não chegou a haver contacto físico. Os ânimos ainda estavam a ferver, mas não foi nada de especial», contou o comissário Silva Cruz, responsável pelo dispositivo de segurança que acompanhou o jogo desta noite.

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Zé Pedro (Belenenses): «Coloquei a equipa merecidamente na final»

Zé Pedro, médio do Belenenses, após a qualificação da sua equipa para a final da Taça de Portugal, esta noite, no Restelo, frente ao Sp. Braga, por 2-1, em declarações ao flash interview da RTP:

«Sou um dos batedores de penalties da equipa, para o campeonato já houve três e marquei os três. Claro que é um momento de tensão, pois estamos no prolongamento, o Sp. Braga está mais cansado que nós... Optei por um lado e coloquei o Belenenses merecidamente na final.»

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Taça de Portugal: Belenenses-Sp. Braga, 2-1 a.p. (destaques)


Dady
Mais um golo que o consagra como um fenómeno na presente temporada. Foi o sexto consecutivo e o oitavo nos últimos nove jogos, contando sete da Liga e dois da Taça. Esta noite, ao lado de Garcês, pareceu um «sprinter», sempre em posição de arranque, à espera das solicitações dos seus companheiros mais recuados. E não foi preciso esperar muito para transformar a primeira em golo. Ruben Amorim deu o tiro de partida e a «gazela» Dady lá arrancou, com um primeiro toque para ganhar espaço, um segundo para fugir a Carlos Fernandes e um terceiro, à matador, para fazer o chapéu a Paulo Santos que vinha ao seu encontro. Perfeito. Perto do final da parte, voltou a estar perto do golo com um desvio de cabeça a cruzamento de Maciel. Já no prolongamento, arrancou o penalty que valeu o «bilhete» para o Jamor.

Ruben Amorim
Exibição de cinco estrelas do jovem médio do Belenenses, não só nas acções defensivas, com especial dedicação a João Pinto, mas também na construção do jogo da sua equipa, como é bom exemplo o lance do primeiro golo. Com as marcações apertadas na zona central, Ruben arrancou com a bola nos pés, ganhou uns bons metros antes de lançar Dady, com um passe bem medido, para a galopada final do avançado. A defender varreu toda a zona central, tentando interceptar os muitos passes em profundidade dos minhotos, mas raramente tirou os olhos de João Pinto, pisando a sua sombra em todo o campo.

Vandinho
Uma das chaves da excelente reacção do Sp. Braga ao primeiro golo do Belenenses. Começou o jogo ao lado de Andrade, à frente da defesa, mas depois aproveitou muito bem a ausência de marcação para subir no terreno, soltar João Pinto e abrir espaços nas alas para as investidas de Maciel e Wender. Muito bem ainda na recuperação de bolas, ganhando muitos lances nos momentos de transição, travando o ataque do Belenenses e relançando a sua equipa para a área de Marcos.

João Pinto
Depois de «menino d¿ouro» no Benfica e de «grande artista» no Sporting, João Pinto já merecia um novo cognome em Braga. Esta noite pareceu rejuvenescido, pelo menos na primeira parte, tal a intensidade com que se aplicou no jogo, correndo quilómetros para fugir à marcação de Ruben Amorim e para estar sempre o mais próximo da bola. Ganhou vários lances de um-para-um para depois soltar Silas e Maciel nas alas ou tentar assistir Zé Carlos ao centro. Foi ele que iniciou o lance que deu origem ao golo do empate, com uma boa abertura para Wender.

Elos mais fracos
Amaral, no lado direito da defesa do Belenenses, e Carlos Fernandes, no lado esquerdo do último reduto do Braga. Não foi por acaso que o jogo se desenrolou quase sempre sobre o mesmo flanco, na primeira parte, e no lado contrário, na segunda. As duas equipas perceberam rapidamente que era por aqueles lados que tinham mais facilidades de progressão e procuraram explorar as fragilidades do adversário. Amaral jogou sempre demasiado recuado, oferecendo pouca oposição a Wender. Carlos Fernandes colou-se em demasia aos centrais, para compensar as subidas de Frechaut e também ofereceu muitos espaços a Cândido Costa e Dady.

Truques
Bem tentaram enganar Jorge Sousa mas o árbitro do Porto, com uma boa disponibilidade física, acompanhou sempre os lances de perto e nunca caiu nos engodos. O primeiro foi Maciel que, depois de se destacar na área, deixou-se cair perante a saída de Marcos. No minuto seguinte foi Wender que, sem centímetros suficientes para chegar a uma bola, recorreu à mão para a desviar para as redes. Uma segunda mão, já no prolongamento, haveria de resultar na expulsão do brasileiro. Dady não se quis ficar atrás e, já sobre o minuto noventa, também esticou uma mãozinha, numa última tentativa para evitar o prolongamento. Por curiosidade, foi também uma mão (ou um braço), a de Frechaut, que decidiu a eliminatória.

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Taça de Portugal: Belenenses-Sp. Braga, 2-1 a.p. (ficha)

O Belenenses é o segundo finalista da Taça de Portugal, depois de vencer esta noite o Sp. Braga, no Restelo, por 2-1, após prolongamento.

Dady colocou a equipa da casa a vencer logo aos cinco minutos, vantagem que durou até aos 34, altura em que Maciel empatou o desafio.

O segundo tempo não revelou o fulgor do primeiro, recuperado, no entanto, no prolongamento, essencialmente devido à maior entrega do Belenenses. No final da primeira parte desse período, Zé Pedro, na marcação de uma grande penalidade, sentenciou a eliminatória.

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João Pinto (Sp. Braga): «O árbitro auxiliar não viu um penalty sobre mim»


João Pinto, avançado do Sp. Braga, após a eliminação da sua equipa nas meias-finais da Taça de Portugal, esta noite, no Restelo, frente ao Belenenses, por 2-1, em declarações ao flash interview da RTP:

«[Saímos] de cabeça erguida. Antes de mais, quero dar os parabéns ao Belenenses, apesar de considera que o Sp. Braga esteve melhor nos 90 minutos. O que sei é que aquele árbitro auxiliar, além dos foras-de-jogo, não viu um penalty na primeira parte sobre mim e, depois, consegue ver um contra o Sp. Braga. E ainda consegue rir na cara dos jogadores do Sp. Braga. Como querem que os jogadores se sintam respeitados?»

in maisfutebol