NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 15/04

[Kintaro]

Fugas de informação vetadas ao balneário
REGULAMENTO INTERNO REDISTRIBUÍDO AO PLANTEL
      
A inusitada frequência de notícias sobre incidentes disciplinares no plantel do Sp. Braga levou a SAD minhota a reforçar nesta semana o (já de si apertado) controlo da informação saída para o exterior a partir do balneário.

Em gozo de miniférias no estrangeiro, o presidente António Salvador agastou-se por ver publicitada a aventura nocturna de Paíto, Ricardo Chaves e Pedro Costa em vésperas do jogo com o Sporting e deu ordens para que fossem relembradas aos jogadores as normas que restringem à sala de imprensa os contactos com os órgãos de comunicação social.

Em conformidade, coube ao assessor da Administração, Amaral Correia, a missão de descer a meio da semana ao balneário para advertir os jogadores das penas pecuniárias a que os infractores estão sujeitos. A todos os jogadores foi entregue uma nova cópia do regulamento disciplinar e, para evitar mal-entendidos, o exemplar destinado ao polaco Chmiest foi traduzido em inglês...

in Record



Entre Chmiest e Diego

As ausências, por castigo, de Zé Carlos e de Nem para o jogo frente ao Benfica não anulam a fartura de opções que reina no plantel às ordens de Jorge Costa, uma novidade esta temporada em Braga. Contudo, outro problema se coloca ao técnico, que nos vários treinos à porta fechada que orientou esta semana teve oportunidade de ensaiar a estratégia que mais lhe convinha. Ora, se a ausência de Nem abre uma vaga preenchida e resolvida com a recuperação de Rodriguez, a questão à volta de quem vai suprir a ausência de Zé do Gol - que esta época, entre golos para a Liga e Taça de Portugal já festejou nove remates - continua por deslindar. É que Zé Carlos, embora tenha características de finalizador nato, define-se também por ser um grande "chato", correndo quilómetros na periferia da área em tentativas de recuperação de bola e/ou criação de linhas de passe para finalizações, normalmente rápidas. Para tal, bastará lembrar o golo que marcou ao Parma, no Estádio Municipal, onde uma aparição rápida e um gesto técnico acompanhado de remate começou a resolver a eliminatória para os minhotos.

Olhando para o banco dos suplentes, mais precisamente para Diego e Chmiest, percebe-se o quão diferentes são entre si e o quanto têm para caminhar até se equivalerem a Zé Carlos. Mas há mais factores a pesar: desde logo, Diego e Chmiest somam pouquíssimo tempo de utilização, desde que em Janeiro rumaram a Braga, somando o primeiro 388 minutos e o segundo 239. Golos é que nem vê-los, distinguindo-se o jovem brasileiro pelo tento que apontou em Parma, para a Taça UEFA, já em período de descontos, e o polaco pelos dois penáltis que "cavou" no confronto com o Estrela da Amadora. Por aqui e pela frieza dos números percebe-se o dilema do técnico, que tem ainda outra análise a fazer. Diego, pela qualidade técnica que detém, é um jogador para espaços mais amplos, enquanto Chmiest, embora viesse rotulado como um futebolista que gosta de jogar de costas para a baliza, sente-se melhor no papel de finalizador.

Será, então, entre um ataque muito móvel e sempre à procura de criar desequilíbrios e um avançado fixo na área à espera das assistências de João Pinto, Maciel e Wender que parece residir o maior problema de Jorge Costa na preparação do jogo. Hoje de manhã a equipa volta a treinar à porta fechada para o acerto dos derradeiros detalhes. A viagem para Lisboa acontecerá depois de almoço.



A cotovelada amiga e a saída em ombros

Quem assistiu ao treino matinal do Braga, ontem nos relvados de apoio do Estádio Municipal, não satisfez a curiosidade de saber qual o onze que Jorge Costa fará alinhar na Luz. Numa sessão em que a totalidade do plantel voltou a marcar presença, a peladinha em campo curto não desfez nenhuma dúvida, pelo contrário, até as adensou, nomeadamente quando o técnico ensaiou um meio campo com Madrid, Vandinho e Castanheira, um cenário nada provável, atendendo à que parece continuar a ser a intenção do técnico, de manter, pelo menos, Frechaut na zona intermédia. Zé Carlos, impedido por castigo de alinhar na Luz, teve um lance infeliz ao atingir com uma cotovelada a face de Davide, que ficou caído no relvado. A assistência não chegou e o jogador prosseguiu o aponto sem mais exigências. Noutro âmbito, João Pinto acabou por ser a figura da manhã ao apontar o último golo da peladinha, o que lhe valeu a saída em ombros. Bom prenúncio?



Invasão será no Restelo
Visita à Luz "passou" para segundo plano, pois as meias-finais da Taça despertam maior interesse e duas viagens seguidas a Lisboa sai... caro

Da jornada dupla em Lisboa que marca a agenda do Braga, o duelo com o Belenenses é a prioridade dos adeptos. Em tempo de recessão e numa altura em que as férias ainda vão longe - só uma pequena franja poderá ficar na capital até à noite de quinta-feira -, muitos fizeram contas à vida e resolveram prescindir do embate de amanhã com o Benfica, para o campeonato, para poderem puxar pela equipa no Estádio do Restelo, onde estará em jogo o apuramento para a final da Taça de Portugal, sendo certo que a conquista de um título é um dos desígnios do clube. Quando subir amanhã à noite ao relvado do Estádio da Luz, os arsenalistas poderão avistar nas bancadas cerca de uma centena de indefectíveis, todos eles pertencentes a claques, mas será contra o emblema da Cruz de Cristo que se sentirão mais aconchegados, quase como em casa, pois começam a esgotar-se os 700 ingressos solicitados ao Belenenses.

Como motivação extra, o Braga até já se comprometeu a transportar gratuitamente todos os adeptos que comprem bilhete e, nesse sentido, prevê-se que amanhã sejam pedidos muitos mais, entre 500 e 700, o que configura uma eventual invasão de minhotos... a Belém. Se forem contados pelo menos 1200, poderá ainda falar-se no estabelecimento de um recorde especial em jogos disputados fora de casa e a sul do rio Mondego. Já numa leitura sem fronteiras, semelhante número significará a conquista de um segundo máximo, pois nesta época foram contados perto de 2500 adeptos no Estádio do Dragão, quando a 3 de Março o Braga mediu forças com o FC Porto, em jogo da 20.ª jornada. Quem tiver tempo e disponibilidade financeira para se fazer à estrada nos próximos quatro dias, quase num vaivém constante entre Braga e Lisboa, de modo a não perder pitada dos duelos com o Benfica e Belenenses, saiba que terá de percorrer cerca de 1500 quilómetros. Serão muitas horas a rodar no asfalto e em muitos casos durante a madrugada.



Jornalista vigia Chmiest

Contratado em Janeiro para render Marcel, Marcin Chmiest entrará numa próxima reportagem do jornal Varsóvia Przeglad Sportowy sobre todos os jogadores polacos que actuam na Liga portuguesa. Michal Kolodziejczyk, o jornalista que assinará o artigo, já se encontra em Portugal e ontem deu um pulo até Braga, onde tentou recolher depoimentos sobre Chmiest, que, como é sabido, tem sido pontualmente utilizado por Jorge Costa. Os restantes alvos do matutino polaco são Slusarski (Leiria), Kazmierczack (Boavista), Kaziu (Boavista) e Grzelak (Boavista), mas o repórter Kolodziejczyk não se ficará por aqui, pois conta ainda assistir a alguns jogos do campeonato de modo a aproximar-se da verdadeira realidade do futebol luso. Para começar, amanhã marcará presença no Estádio da Luz para ver o Benfica-Braga... talvez com Chmiest.

in OJOGO



Sad bracarense tem mais 25 dias para anunciar se quer o polaco para a próxima época
Chmiest decide-se em Maio

CHMIEST é, por estes dias, nome em foco na cidade de Braga, mediatismo conferido pela eventual presença a titular no jogo de amanhã. E, com a Liga a chegar ao fim e o empréstimo a expirar — os minhotos têm até 10 de Maio para accionar a cláusula de opção —, é bom que o polaco aproveite bem todos os minutos de acção, sob pena de ver antecipado o final da aventura lusa.

Chegou a Braga quase incógnito. As referências eram relativamente elogiosas, os DVD com diversas jogadas e muitos golos suficientemente apelativos (como quase todos os DVD...), mas entre dar um tiro no escuro e apostar no seguro o treinador de então, Rogério Gonçalves, optou por deixar o polaco de fora da lista da UEFA — Diego e Andrade foram as apostas, que se revelariam as mais adequadas.

Foi-se Rogério Gonçalves, ficou Jorge Costa a liderar a equipa e, aos poucos, Chmiest começou a demarcar espaço, a coleccionar minutos, garantindo também a titularidade com E. Amadora e Beira-Mar. Mas golos... zero.

A seis jornadas do fim do campeonato, e a menos de um mês de o Sp. Braga anunciar ao Odra Wodzislaw, clube detentor do passe de Chmiest, se quer ou não exercer a cláusula de opção, cai-lhe verdadeiramente do céu a provável titularidade na Luz — Zé Carlos está castigado —, palco perfeito para tentar convencer Jorge Costa e a SAD bracarense de que vale a pena investir cerca de 500 mil euros na aquisição dos seus direitos desportivos.

Ou será que António Salvador, líder do emblema minhoto, considera esse valor demasiado elevado para um avançado que continua a seco e o melhor que conseguiu em sete jogos foi arrancar dois penalties frente ao E. Amadora.

in abola



Minhotos na capital para dois grandes momentos

A temporada desportiva do Braga conhece esta semana dois momentos fundamentais. Os arsenalistas jogam amanhã (19.45 horas, SportTV1) no Estádio da Luz, onde não vencem desde 1954/55, e caso consigam quebrar esta tradição dão um passo de gigante rumo às competições europeias da próxima época. Apenas três dias depois, a equipa de Jorge Costa defronta o Belenenses em busca de um lugar na final da Taça de Portugal, via alternativa para chegar à Taça UEFA.

Tudo a postos em Braga para dois encontros decisivos

O saldo dos jogos no ninho da águia é claramente negativo para o emblema minhoto. Em 50 jogos para o campeonato, o Braga venceu apenas um e empatou nove, sendo que as igualdades têm sido mais comuns no passado recente nas últimas sete épocas, por exemplo, o Braga conquistou pontos em três ocasiões. Para contrariar a tradição, Jorge Costa conta com o plantel quase na máxima força, sendo que Nem e Zé Carlos, castigados, são os únicos impedidos de defrontar o Benfica. No entanto, é natural que os dois brasileiros sejam convocados, de forma a seguir viagem com a equipa para a capital. A razão é simples: após o jogo da Luz, o conjunto minhoto fica em Lisboa a preparar a meia-final da Taça de Portugal com o Belenenses, estando agendadas duas sessões de treino (terça e quarta-feiras) para o Estádio Nacional. Assim, o técnico dos minhotos deve fazer uma convocatória mais alargada para precaver eventuais problemas físicos, sendo que, no treino de ontem, não se registaram quaisquer ausências. Maciel e João Pinto voltaram a treinar sem limitações, tal como Andrés Madrid, que, ao que tudo indica, pode voltar mesmo a ser titular já frente ao Benfica.

Philco em observação

Entretanto, o Braga já começa a preparar tranquilamente a próxima época, estando confirmado que Philco se encontra a treinar à experiência na Cidade dos Arcebispos. Trata-se de um médio ofensivo brasileiro que está às ordens de Jorge Costa há cerca de um mês, mas segundo fonte da SAD arsenalista nenhuma decisão foi tomada. O atleta tem um pré-acordo que apenas se vai tornar em vínculo definitivo, no final da temporada, caso as suas características agradem à equipa técnica.

in JN