NOTICIAS DO ENORME DO DIA 10/08

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SC Braga sai derrotado no duelo com Benfica (3-1)

O SC Braga lutou até ao limite, mas sem argumentos para ultrapassar o Benfica que acabou por construir uma vitória suada por 3-1, com golos de Seferovic, Jonas e Salvio. Hassan marcou para a equipa bracarense.

O alerta estava dado para o poderio dos encarnados, sobretudo, nos instantes iniciais. O SC Braga tentou ser Guerreiro em campo, nas o espírito não foi suficiente para travar o ataque das águias. Esta história até podia ter contornos diferentes, caso Vukcevic não tivesse desperdiçado a primeira grande ocasião logo aos sete minutos... Aliás, foi a partir daí que os pupilos de Rui Vitória deram corda ao jogo, aumentando a velocidade, com rápidas transições para o ataque. A jogar de uma forma célere e eficiente, sem surpresas, o Benfica acabou por chegar ao golo. Jonas efectuou o cruzamento para a estocada de Seferovic, a finalizar ao segundo poste.

O Benfica assumiu o domínio do jogo com destaque para a acção de Jonas, a baralhar as cartas e a distribuir trunfos no ataque. Todavia, os minhotos reagiram e apresentaram argumentos para discutir o resultado, com particular incidência na acção dos laterais, tanto Jefferson como Esgaio subiram bastante no terreno e chegaram a criar alguns calafrios no último reduto do Benfica. Aos 19 minutos, precisamente num ensaio protagonizado por Jefferson, Rui Fonte apareceu na área em condições de facturar mas Eliseu antecipou-se no corte. O jogo ficou, assim, aberto e a contagiar os milhares de adeptos que marcaram presença no Estádio da Luz. O Braga enfrentava o Benfica "olhos nos olhos", mas faltou maior eficácia no plano ofensivo.

Na baliza, Matheus ainda foi chamado à prova num potente remate de Seferovic (24 m), com o guarda-redes a brilhar, mas já não foi capaz de deter o remate de Jonas (30 m) após um alívio incompleto de Raúl Silva. O Benfica passou a ter a vantagem de dois golos, mas os Guerreiros nunca baixaram as armas. Ainda antes do intervalo, foi a vez de Hassan silenciar a Luz, reduzindo a diferença (2-1) depois de uma jogada de Esgaio pela direita. A estratégia montada por Abel começava a dar resultados, ao explorar as alas e ter a cobertura interior por Xadas e Ricardo Horta.

Na segunda parte, Hassan ainda gelou a Luz, quando colocou a bola no fundo da baliza de Varela mas o lance foi anulado por fora-de-jogo com recurso ao video-árbitro. O ritmo de jogo aumentou e, logo de seguida, o Benfica praticamente "mata" o jogo ao fazer o 3-1, com Salvio a finalizar um lance desenvolvido por Cervi.

Abel mexeu na equipa, ao apostar em Paulinho e a reacção do Braga voltou a ser evidente, chegando mesmo ao golo por Ricardo Horta mas acabou por ser anulado, apesar de persistirem dúvidas sobre a posição do jogador dos bracarenses.

CORREIO DO MINHO

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Competência e golos no arranque da águia
Luz Benfica inicia campeonato com uma vitória sobre o Sporting de Braga

Golo minhoto perto do intervalo não atrapalhou as águias

O Benfica entrou com o pé direito na Liga e derrotou o Braga, por 3-1, na Luz. Apesar de algumas tremedeiras na defesa, visíveis ontem e na pré-temporada, os encarnados foram bem superiores e, por isso, mereceram a conquista do triunfo. Jonas foi o melhor elemento em campo, os 33 anos continuam sem lhe pesar nas pernas, e partiu dele o início do desmembramento da estratégia minhota.
A equipa de Abel Ferreira entrou em campo com um bom conceito de jogo, adiantada no terreno, e criou as primeiras oportunidades da partida. Incrível o falhanço de Vukcevic nos primeiros minutos. No entanto, bastou um desequilíbrio de Jonas no lado esquerdo, onde descobriu com precisão milimétrica o pé direito de Seferovic, para o Benfica se colocar no lugar que mais desejava, na frente do marcador, e com o controlo das operações.
O treinador Rui Vitória praticamente não mexeu na equipa que ganhou a Supertaça no sábado – apenas saiu o lesionado Grimaldo, por troca com Eliseu – e fez bem. A equipa jogou oleada, novamente com grande ambição ofensiva, e Jonas aproveitou um brinde dos arsenalistas para aumentar a vantagem. Sem travão, continuou a jogar em velocidade e podia ter concretizado mais. O Braga perdeu ânimo, mas teve fôlego para chegar ao golo, num excelente passe de Esgaio para a conclusão competente de Hassan. A defesa lisboeta não teve velocidade para esse lance nem para outros durante o jogo. Capítulo a rever até ao fim de agosto.
Esperava-se, após o intervalo, o mesmo Braga do arranque da partida, até porque reduzira o marcador numa altura crucial, mas o Benfica mostrou desde logo que não iria permitir atrevimentos. Com triangulações e transições rápidas, comandadas por Pizzi e bem coadjuvadas por Cervi e Salvio, a equipa dominava e procurava com ansiedade mais um golo. Chegou depois de um mau corte de um defesa bracarense, que empurrou a bola para a baliza e Salvio só teve de encostar.
Confortável no relvado, Vitória abdicou de Salvio e de Jonas quase no final, preferindo o controlo do jogo, com a entrada de Filipe Augusto para o meio-campo. Triunfo animador do Benfica frente a um dos adversários mais difíceis da Liga.


Uma assistência de luxo e um golo – que mais se poderia pedir a Jonas? O avançado brasileiro não precisa de correr muito, basta-lhe ser inteligente na leitura dos lances e estar no sítio certo. Excelente exibição.
Seferovic bate Matheus e, após o tento na Supertaça, voltou a marcar na estreia das águias na Liga
Os minhotos falharam na defesa, sobretudo na marcação a Jonas. Demasiada passividade no primeiro golo e erro terrível de Raul Silva no segundo. Jardel também não ficou bem na fotografia no tento do Braga.
Muitas dúvidas num lance em que Vukcevic agarra Jardel na área do Braga. Boa decisão no golo anulado a Ricardo Horta.


"Para mim, o golo de Horta é válido"

Ainda que resignado com a entrada em falso no campeonato, treinador do Braga lamentou a "falta de eficácia" e queixou-se da suposta falência do videoárbitro para explicar a derrota na Luz.
"Entrámos bem no jogo, as primeiras oportunidades foram nossas, mas não fomos capazes de concretizar e o nosso adversário marcou na primeira oportunidade. Acabámos muito bem a primeira parte e depois do 3-1 continuámos a ir à procura do resultado. Fizemos dois golos e aquilo que vejo é que o golo de Horta é válido e se esse golo tem sido validado, teríamos lutado pelo resultado até ao fim", resumiu Abel Ferreira, depois do encontro.O técnico braguista também deixou elogios ao Benfica, salientando que o adversário de ontem à noite "foi forte e eficaz".

JN

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Abel contra o golo anulado a Ricardo Horta
"Veremos se Rui Vitória não falará como eu quando jogar na Liga dos Campeões..."

Abel Ferreira, treinador do Braga, deixou críticas ao videoárbitro, considerando que a sua equipa apontou "três golos", tal como o Benfica. Para o técnico, o golo invalidado a Ricardo Horta quando o resultado era de 3-1 "impossibilitou que o Braga lutasse até ao final pelos pontos". "Se o videoárbitro está aqui, é para ajudar, a minha assessoria e staff dizem-me que o golo do Horta é válido. Não sei se íamos ganhar o jogo, mas voltávamos a disputar o resultado até ao final. Continuámos a ter oportunidades, mas o nosso adversário foi forte e eficaz. Marcámos três golos e o nosso adversário também", apontou.
Ainda assim, Abel lamenta a forma perdulária como a sua equipa jogou na Luz. "Faltounos eficácia, entrámos bem no jogo e as primeiras oportunidades foram nossas. O Benfica marcou na primeira que teve, é uma característica que tem. A veia concretizadora do Jonas não é de hoje. A nossa intensidade e dinâmica é um traço para manter. Jogámos contra uma equipa que fez apenas uma mudança, face ao ano passado, entrou um avançado de grande qualidade, todos conheciam a forma de jogar do Benfica. Queria ver se tínhamos a coragem de ter a bola, gostei da minha equipa, não posso apontar nada aos jogadores. Agora, temos de fazer três perguntas mágicas: o que ficou deste jogo? O que podemos aprender? E o que vamos fazer da próxima vez? Vi uma equipa comprometida.Vamos lutar sempre para vencer. Queria ter onze Hortas no campo, com fome de bola", sustentou.
Para o treinador da formação bracarense, as diferenças financeiras entre os clubes vêm ao de cima em competição. "Se isto continuar assim, onde é que vai parar? Tenho orçamento de 15 milhões e os outros de 150 milhões de euros. O Benfica pode escolher o que quer internamente.Quero ver se o Rui Vitória, quando jogar na Liga dos Campeões, não falará da mesma maneira que estou a fazer", concluiu.


FILME DO JOGO
7' Perdida incrível de Vukcevic na cara de Varela: após iniciar a jogada e tabelar com Rui Fonte, falhou o remate.
15' [1-0] Jonas cruza da esquerda e Seferovic, oportuno, encosta na pequena área para o golo, antecipando-se a Jefferson.
20' Corte inextremis de Eliseu a tirar o golo do pé de Rui Fonte.
25' Seferovic foge pela esquerda e de ângulo apertado obriga Matheus a defesa para canto.
26' Jonas atira com perigo, ao lado, num cabeceamento após um canto.
30' [2-0] Pizzi marca um livre para a área bracarense e Raúl Silva tem um corte completamente despropositado, amortecendo a bola para uma excelente finalização de primeira de Jonas que atira a contar, colocando a bola fora do alcance de Matheus.
44' [2-1] Esgaio solicita a desmarcação de Hassan com um passe a rasgar e o egípcio foge a Jardelantes de faturar com um toque subtil na bola para a desviar do caminho de Varela.
45' Salvio, após passe de primeira de Pizzi, surge isolado na área do Braga, mas remata ao lado.
53 'Rogic oferece a bola a Seferovic com um passe sem sentido e o suíço só não bisa porque, já na cara de Matheus, Raúl Silva faz um grande corte.
57' [3-1] Salvio marca
61'Tiro de longe de Fransérgio um pouco por cima da barra.
64'Seferovic volta a testar a atenção de Matheus que defende para canto.
81'Jonas, em boa posição, atira rasteiro a rasar o poste.


Hassan promete grande temporada
Egípcio marcou pelo Braga e podia ter empatado... mas viu o 2-2 anulado por fora de jogo

"Só faltou sermos mais eficazes, controlámos por momentos..."
Avançado do Braga

Apesar da derrota na entrada na Liga, o bracarense Ahmed Hassan saiu da Luz encarando o futuro com otimismo, fruto da exibição positiva dos minhotos. Em termos individuais, saiu satisfeito com o golo apontado, prometendo dar tudo para continuar a render.
"Vamos fazer uma grande época. Fizemos um bom jogo, só faltou ser mais eficazes. Controlámos em vários momentos, tivemos muitas oportunidades, o que não é fácil nestes jogos, mas estivemos bem", começou por comentar o egípcio, nas entrevistas rápidas da Benfica TV. O atacante, que apontou o único golo do Braga – e ainda outro que seria o 2-2 e foi anulado por fora de jogo –, considerou que agora o Braga tem de "esquecer" a derrota de ontem e "pensar positivo". "Vou dar tudo, dar o máximo para ajudar a minha equipa", concluiu.

O JOGO

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Ambição e inteligência

SP. BRAGA NUNCA SE FECHOU ATRÁS E FEZ HORA E MEIA TENTANDO CHEGAR COM ÊXITO À BALIZA ENCARNADA

Foi um Benfica pressionante, com eficácia no ataque organizado, nas saídas rápidas e nas combinações de aproximação à baliza, aquele que defrontou e bateu o Sp. Braga na noite de ontem. A equipa comandada por Rui Vitória soube criar condições para chegar ao golo e teve arte para se posicionar a preceito, evitando assim que o adversário tivesse condições para jogar nas imediações da baliza defendida por Bruno Varela. Em determinados momentos do jogo, o campeão foi mesmo asfixiante, pressionando o Sp. Braga perto da sua grande área, utilizando para isso elevado número de jogadores [1].
Uma das principais razões para a qualidade global que o jogo teve foi a estratégia ambiciosa de Abel Pereira – não se satisfez apenas em travar o adversário. A equipa nunca se fechou atrás e passou hora e meia tentando acercar-se da baliza de Bruno Varela; atuou sempre muito junta e, se é verdade que raramente tirou partido disso para ser contundente no ataque, introduziu muitos grãos de areia no desenvolvimento do futebol encarnado. Num 4x4x2 em que as faixas ficaram entregues aos defesas laterais, com os extremos de pé trocado (o canhoto Xadas na direita e o destro Ricardo Horta na esquerda) em zonas centrais, o Sp. Braga obrigou o Benfica a jogar muitas vezes com o intuito de aproveitar o espaço entre as costas dos defesas e a frente do guarda-redes [2].
Ao equilíbrio que o jogo teve quase sempre mas que aumentou a partir de certa altura, o tetracampeão respondeu com a utilização de elementos táticos que domina na perfeição, o principal dos quais relativo à forma eficaz como se torna, sem bola, uma equipa coesa, curta e sempre bem posicionada [3]. Apesar do golo de Hassan, que fez o Sp. Braga reentrar na discussão do resultado, o Benfica nunca se deixou afetar por isso e manteve o domínio.


Hassan lamenta ineficácia

Autor do golo do Sp. Braga, Hassan lamentou a ineficácia dos arsenalistas. "Fizemos um bom jogo. Só faltou sermos mais eficazes. Em vários momentos, controlámos o jogo e tivemos muitas oportunidades, o que não é fácil neste tipo de jogos. Estivemos bem", considerou o avançado, em declarações à BTV. O egípcio, de 24 anos, sublinhou que o momento não é para desanimar. "Vamos olhar para o próximo jogo e esquecer o de hoje [ontem]. Vamos pensar positivo e tentar ganhar os próximos duelos, que são importantes", acrescentou, prometendo, ainda: "Vou dar tudo cada vez que tenha oportunidade."


"O golo do Horta era válido"

"SEI QUE ESTE SISTEMA NÃO VAI ELIMINAR TODOS OS ERROS, MAS DISSERAM-ME QUE OS ERROS GROSSEIROS SERIAM"

Faltou eficácia ao Sp. Braga nos minutos iniciais?
– Fomos uma equipa que procurou jogar olhos nos olhos, mas o nosso adversário foi eficaz. O Jonas não precisa de muitas oportunidades, e o segundo golo é de uma inteligência de quem está cá há muito tempo. Depois houve o 3-1 mas tivemos dois golos anulados, e um deles a minha assessoria diz-me que o golo do Horta era válido. O VAR está aqui para resolver isso. Sei que este sistema não vai eliminar todos os erros, mas disseram-me que os erros grosseiros seriam eliminados. –Os orçamentos ditamleis? – Temos um orçamento de 15 milhões de euros e os nossos adversários de 150. Quando Rui Vitória falar na Liga dos Campeões dirá a mesma coisa. Os grandes quando querem um jogador nosso chegam e acabam por levá-lo.
– O que falta ao Sp Braga para ser grande?
– Uma divisão financeira mais justa. Estou insatisfeito com o resultado, mas feliz com a equipa.

RECORD