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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 31/12

Started by JotaCC, 31 de December de 2016, 09:19

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JotaCC

CAN leva Hassan por mais de um mês

O atacante egípcio rumou à seleção dos "Faraós" após o jogo de anteontem, com o Rio Ave, e só deverá voltar à "pedreira" lá para a segunda semana de fevereiro, após a mais que previsível caminhada do Egito até aos derradeiros jogos da CAN.
Sendo um dos principais candidatos ao título da Taça das Nações Africanas, que já venceu por sete vezes, o Egito deverá, pelo menos, chegar às meias-finais, o que reterá Hassan no torneio do Gabão pelo menos até dia 4 de fevereiro (jogo para atribuição do terceiro e quarto lugares). A final está marcada para dia 5.
Até lá, e se o Braga não for ao mercado procurar alternativa, o treinador Jorge Simão terá apenas um ponta de lança ao serviço, Rui Fonte, visto que a outra opção imediata, o sérvio Stojiljkovic, está lesionado e levará praticamente o mesmo tempo para se recuperar. Rodrigo Pinho, que foi recrutado à equipa B,é a outra solução.

JN

JotaCC

"Gostei da coragem do Jorge Simão"
PATRIMÓNIO É a palavra-chave nesta entrevista do presidente do Braga, que aborda treinadores, eleições e a chegada à era do cimento



"[Jorge Simão] é um treinador à Braga, ambicioso, ganhador, e que construiu a carreira sem favores" "Nunca consegui perceber a animosidade dos adeptos para com ele [Peseiro]" "Ao sair um treinador que apresenta bons resultados, somos obrigados a fazer a transição para outro, algo que nem sempre é fácil" "Para deixarmos sair um jogador importante nesta altura da época teria de ser com uma proposta muito, mas mesmo muito boa"

Com o pódio no campeonato e o despedimento de Peseiro ainda frescos, o presidente do Braga descreve um clube fabricante de valores que chegou ao momento de construir também a casa

António Salvador já tem as taças que lhe faltavam nos quase 14 anos de presidência do Braga e garante que está a poucos meses de ter também algo ímpar na história do clube: património. Até abril, pretende ver concluída a construção da academia do clube, uma obra com a qual está claramente obcecado (é preciso conversar com ele para perceber) e que impressiona quem, como a equipa de O JOGO, visita o estaleiro pela primeira vez. Foi já aos comandos de um clube do topo europeu (e no terceiro lugar da Liga) que António Salvador falou connosco desta vez, começando por tentar explicar uma das poucas falhas visíveis no Braga que reconstruiu: a incapacidade para manter um treinador dois anos seguidos.
Onde vai estar Jorge Simão daqui a seis meses, no Shakhtar Donetsk ou de regresso a Chaves?
—Espero que esteja no Braga. Isso é um desafio às probabilidades.
—É verdade. Se olharmos à história recente,é uma realidade à qual não podemos fugir. Mas tenho a máxima confiança no Jorge Simão e a prova disso é que lhe demos um contrato de ano e meio com mais dois de opção. É um treinador à Braga, ambicioso, ganhador, e que construiu a carreira sem favores. Mas sobre a questão das probabilidades, gostava de lembrar que o Braga é uma escola de treinadores. Posso dar os exemplos de Jesualdo Ferreira, Jorge Jesus, Domingos, Leonardo Jardim e Paulo Fonseca, que só não continuaram em Braga porque tiveram propostas de outros clubes.
Apesar de tudo, foram 16 treinadores em 14 anos, muitos deles despedidos.
—Grande parte dessas mudanças deveu-se ao facto de o Braga ter perdido nas épocas anteriores os bons treinadores para outros clubes. Ao sair um treinador que apresenta bons resultados, somos obrigados a fazer a transição para outro, algo que nem sempre é fácil. E depois nem todos conseguem ter sucesso. Jorge Simão apontou aos 65 pontos no campeonato.
Vai cobrar-lhe essa meta no final da época?
—Tenho de dar os parabéns ao Jorge Simão pela forma corajosa como se apresentou aos adeptos. De facto, colocou um objetivo alto, que também serve para responsabilizar os jogadores. Só fizemos mais pontos com o Domingos, quando fomos vice-campeões. O Paulo Fonseca, por exemplo, só fez 58 pontos. Gostei da postura do Jorge Simão na apresentação.
José Peseiro foi um desses treinadores de transição?
—Não. Na altura em que o contratei estava convicto de que era a melhor opção para o Braga. Com o Jesualdo Ferreira, foi o segundo regresso de um treinador. Ambos falharam.
Acabaram os regressos?
—É preciso contextualizar. O Paulo Fonseca disse-me que ia embora no dia seguinte à conquista da Taça de Portugal. Nessa conversa, ele deixou bem claro que tinha uma proposta irrecusável e que não havia condições para continuar em Braga. Obviamente que me apanhou desprevenido, até porque confrontei-o, antes da final do Jamor, com os rumores que se iam ouvindo e ele disse-me que ia continuar. A partir daquele momento, achei que o José Peseiro era a pessoa certa para treinar o Braga, pelo seu passado, pela forma como trabalhava, e também por ter conquistado uma Taça da Liga numa época em que ficou apenas a um ponto dos lugares de acesso à Liga dos Campeões.
Peseiro foi despedido pelos resultados, pelos adeptos ou pelo estado de espírito do presidente?
—Nunca consegui perceber a animosidade dos adeptos para com ele. É verdade que, na sua primeira passagem pelo Braga, perdeu o acesso à Liga dos Campeões para um clube como o Paços de Ferreira, o que torna a situação mais difícil de digerir, mas foi ele que nos qualificou para a Champions, após uma pré-eliminatória contra a Udinese, e nos ajudou a conquistar da Taça da Liga. Sinceramente, nunca percebi o clima de conflito com que ele teve de lidar desde o início desta época. Senti, em muitos dos jogos, que o rendimento da equipa e a estabilidade do treinador foram prejudicados por isso. Perdemos dois objetivos, a Liga Europa e a Taça de Portugal, mas foi depois da derrota com o Covilhã que a situação se tornou insustentável. Após esse jogo, conversámos e entendemos que a sua saída era a melhor solução para todos. Mas quero sublinhar que ele nos deixou no terceiro lugar do campeonato, com mais pontos e mais golos marcados do que na época passada. Dizem que a equipa não praticava um futebol espetacular, mas o que conta para mim são os resultados. Neste caso, o problema é que, depois de eliminados da Taça de Portugal, o clima se tornou insustentável.



"Podemos fazer uma ou duas contratações"


Janeiro começa amanhã e traz com ele a reabertura das inscrições no futebol europeu. A porta não está fechada a reforços.
Para além dos regressos de Battaglia e Crislan, haverá mais contratações nesta reabertura de mercado? —O Jorge Simão pediu-me o regresso do Battaglia, que já estava definido, até porque não abundam os médios na equipa, sobretudo depois da lesão do Mauro. Mas ele foi claro nas conversas que tivemos: disse-me que o plantel tinha muita qualidade, que primeiro queria fazer uma avaliação dos jogadores que tem à disposição e que só depois, dependendo dessa avaliação, é que poderíamos avançar para uma ou duas contratações.
O médio Assis, do Chaves, pode ser contratado para o lugar de Mauro?
—Neste momento não existe nada de concreto, nem sequer falámos sobre isso. O jogador que o treinador me pediu para o meio-campo foi o Battaglia e esse já cá está. Agora, com tempo, vamos ver se será necessário contratar mais alguém.
Há hipótese de vender algum jogador em janeiro?
—Não recebemos nenhuma proposta, mas tudo pode acontecer. No entanto, para deixarmos sai rum jogador importante nesta altura da época teria de ser comum a proposta muito, mas mesmo muito boa para o Braga e para o próprio jogador.



"Academia será paga já no próximo mandato"

"No próximo mandato, que será o mais exigente que já tive, o Braga precisará mais de mim do que nunca" "Quero construir a academia, colocá-la a funcionar e pagá-la no próximo mandato" "Não vamos prejudicar a parte desportiva por causa da academia" "Quando cheguei, havia terrenos e quintas em nome do clube que nem lhe pertenciam, só porque o Braga, por ter utilidade pública, estava isento de IMT" "A oposição é sempre bem-vinda em tempo de eleições, desde que seja credível" "[Críticos] São pessoas que estão a tirar os esqueletos dos armários, pessoas que estiveram ligadas aos anos mais negros da história do clube" "Não tenho dúvidas de que [Jorge Mendes] vai continuar a ser um parceiro fundamental para o Braga" "Rafa foi um dos maiores negócios da história do clube"

O tema dominou de várias formas as três horas de convívio entre a equipa de O JOGO e o presidente do Braga. A academia é a menina dos olhos de António Salvador.

As eleições são em maio e, nessa altura, pela primeira vez, o Braga terá qualquer coisa de seu. Um projeto que Salvador não quer deixar noutras mãos. É candidato a um novo mandato.
Está à espera de uma oposição mais agressiva do que o habitual?
—Vou recandidatar-me porque tenho um projeto para concluir. É um projeto com o qual eu e os adeptos sonhamos há vários anos. Sei bem aquilo que era o Braga quando cheguei e o que me custou reestruturar o clube, financeira e desportivamente. E também sei bem o que se segue e é por isso que me vou recandidatar. No próximo mandato, que será o mais exigente que já tive, o Braga precisará mais de mim do que nunca. Os desafios são enormes. Primeiro, porque há uma consolidação que tem de continuar e depois porque foi iniciada a construção da Cidade Desportiva. A primeira fase vai estar em funcionamento antes do início da próxima época e há uma segunda fase que tem de ser terminada brevemente. E tem de ser concluída brevemente porque há um contrato que diz que, se as obras não estiverem todas concluídas nos próximos três anos, a Câmara Municipal de Braga pode reverter para si todos os terrenos que doou, incluindo as benfeitorias que tiverem sido feitas entretanto. É um assunto sério e no qual não podemos correr riscos. Recandidato-me para concluir uma obra que será o futuro do Braga. Quero fazê-la e deixá-la paga no próximo mandato. É esse o meu compromisso.
Está a dizer que vai pagar a construção da Cidade Desportiva em quatro anos?
—É esse o meu compromisso com os sócios. Quero construir a academia, colocá-la a funcionar e pagá-la no próximo mandato.
E de quanto dinheiro estamos a falar?
—Este é um projeto do clube, mas quem vai gerir e explorar a academia será a SAD. O investimento final será aproximadamente de 20 milhões de euros. Temos uma primeira fase de formação, que anda perto dos nove milhões de euros, enquanto a segunda fase, que contempla todos os serviços administrativos, pavilhão, áreas sociais, uma zona residencial para a formação, mais um miniestádio com capacidade para 2600 lugares, custará cerca de 11 milhões de euros. Tudo isto terá de ficar concluído no próximo mandato e faço questão de que também fique pago.
Esse projeto implica investir menos na equipa de futebol?
—Não vamos prejudicar a parte desportiva por causa da academia. Mas este é um projeto que visa reduzir, a médio prazo, os gastos com jogadores contratados, tendo em conta que queremos tirar um maior aproveitamento da nossa formação. Queremos ter mais jogadores da formação na equipa principal, mas, para isso, é preciso ter as condições que estamos agora a criar.
Entretanto, não respondeu à primeira pergunta: está à espera de uma oposição mais agressiva nas próximas eleições?
—A oposição é sempre bem-vinda em tempo de eleições, desde que seja credível e que traga ideias válidas para o debate. O que não posso aceita ré a crítica de pessoas que nem tenho palavras para qualificar... São pessoas que estão a tirar os esqueletos dos armários, pessoas que estiveram ligadas aos anos mais negros da história do clube e que estão sempre à espera de um desaire para criticar. Isso para mim não é oposição. Depois da última assembleia geral, até disseram que o Braga não é um clube transparente nas contas, quando somos um dos clubes mais transparentes em Portugal. Qualquer acionista ou sócio que vier às assembleias é esclarecido sobre todos os assuntos, para além do que já vem relatórios e contas. Essas pessoas também dizem que não há mística no Braga.
Que pessoas?
—Pergunto-lhes se têm um retrovisor para observarem o seu passado. Falam em crise quando ainda há meio ano ganhámos uma Taça de Portugal; nos últimos anos ainda fomos duas vezes à Liga dos Campeões, fomos vice-campeões nacionais, ganhámos uma Taça Intertoto e uma Taça da Liga, estamos permanentemente na Europa e ainda somos o terceiro clube nacional no ranking de clubes da UEFA, à frente do Sporting.
É a isto que chamam crise?
O Braga está a construir uma Cidade Desportiva, que é o único património que o clube vai ter para além dos seus sócios. Nunca falei sobre isto, porque sempre me centrei no futuro, mas quando estas críticas surgem de pessoas que estiveram no clube e até tiveram quintas, terrenos, apartamentos e bombas de gasolina doadas ... Aliás, quando cheguei, havia terrenos e quintas em nome do clube que nem lhe pertenciam, só porque o Braga, por ter utilidade pública, estava isento de IMT. E isto para que os seus donos não pagassem os respetivos impostos às Finanças... Era esta a gestão que essas pessoas faziam na altura. Sorte dos bracarenses e do Braga que tiveram o engenheiro Mesquita Machado a salvar muitas vezes o clube da descida de divisão, e sabe-se lá mais do quê, devido à incompetência de muitos dirigentes. Por isso é que não aceito que certas pessoas me venham falar em crise.
O que disse é grave. O que fez quando descobriu isso? E, mais uma vez, quem são essas pessoas? —Não interessa o nome das pessoas. O que fiz, mal aqui cheguei, foi ir às Finanças regularizara situação. Nunca quis falar do passado, mas, por exemplo, ainda há uns anos tivemos de pagar indemnizações por situações irregulares com terrenos vendidos nessa altura... E, mesmo quando isso aconteceu, não andei na praça pública a acusar A, B ou C, porque nunca foi essa a minha maneira de ser. Quando vim para o Braga, pediram-me para salvar o clube, dar-lhe credibilidade, sustentabilidade. Teria sido mais fácil criticar o passado, mas sempre preferi olhar para o futuro.
Não quer pôr nomes aos factos?
—Basta estar atento ao que tem acontecido nos últimos tempos para perceber de quem estou a falar. António Duarte tem sido um dos seus principais críticos...
—Não falo de nomes. Todos somos livres de diz e roque queremos, mas as críticas têm de ser sérias e honestas. E eu não considero que as críticas que têm existido sejam apropriadas à realidade.



"Peseiro pediu muito o Tomás Martínez"
Reforços caros e pouco utilizados: um ponto fraco da época

José Peseiro perdeu jogadores importantes e alguns dos substitutos que pediu continuam, até agora, sem efeitos práticos na equipa. Salvador não os descarta para já.
Qual é o lugar de Rafa na história do Braga?
—O Rafa tem um talento extraordinário,é um jogador com qualidades humanas e futebolísticas fantásticas. Quando o contratámos ao Feirense, toda a gente ficou de pé atrás. Mas ele começou logo a jogar, com o Jesualdo Ferreira,e todos percebemos que podia chegar ao patamar em que se encontra atualmente. Diziam que tinha talento, mas que gostava pouco de trabalhar... Ele sempre foi um jogador com o seu tempo, mas também com um grande sentido de responsabilidade, e que trabalhou muito para chegar a este patamar – só com trabalho se consegue lá chegar. É um dos melhores jogadores portugueses da atualidade.
E foi um jogador que José Peseiro não teve...
—Isso é muito subjetivo. Na época anterior, o Braga vendeu seis titulares: Pardo, Danilo, Éder, Ederlan Santos, Zé Luís e Rúben Micael.E quando o Paulo Fonseca chegou, só o Pardo ainda não estava vendido. Apesar disso, disse-lhe que tínhamos de preparar um plantel com as mesmas ambições. Provavelmente, no início da última época também toda agente dizia que tínhamos uma equipa pior do que no ano anterior e acabámos por fazer uma grande temporada, culminada com a vitória na Taça de Portugal. Este ano saíram Rafa, Luiz Carlos, Boly e Josué, quatro titulares, mas não considero que a equipa esteja mais fraca. Os jogadores que vieram tiveram o aval do treinador. Fomos buscar o Ricardo Horta (um internacional A) para o lugar do Rafa; fizemos um grande esforço financeiro para contratar o Tomás Martínez, um jogador que o Peseiro nos pediu muito; saiu o Boly e contratámos o Rosic, que já provou ser um central de grande qualidade. Ou seja, saíram quatro titulares, mas chegaram muitos jogadores de qualidade.
O Braga pode dar-se ao luxo de gastar mais de um milhão de euros em suplentes como Tomás Martínez ou Bakic?
—É evidente que não. O esforço financeiro que fizemos com esses jogadores obrigava-os a ter rendimento desportivo imediato e isso foi algo que não aconteceu, mesmo que tenham sido dois jogadores indicados pelo José Peseiro. Aliás, quando o Luiz Carlos saiu, ele pediu-me o Bakic, que já tinha mostrado qualidade no Belenenses.
Nunca lhe perguntou porque não jogavam mais?
—Costumo dar aos treinadores aquilo que eles me pedem para cumprir os objetivos,mas, a partir desse momento, só tenho de lhes perguntar pelos resultados desportivos. Não me intrometo em questões técnicas,nem pergunto porque motivo não joga A, B ou C.
E qual é a sua convicção sobre esses dois jogadores?
—São jogadores muito jovens, com grande potencial, e que vão ser importantes no Braga num futuro mais ou menos imediato.

O JOGO


JotaCC

"Rafa rendeu mais de 10 milhões em mais-valias"

O negócio não é dos mais simples de entender, embora os moldes em que foi feito sejam comuns a todas as SAD. Fica a garantia do presidente: o Braga saiu a ganhar e os sócios terão todos os esclarecimentos que quiserem, desde que os peçam.
Braga vendeu Rafa por 16 milhões de euros. Quanto desse dinheiro vai entrar nos cofres da SAD?
—A compra do Rafa ao Feirense foi partilhada com a Gestifute. Na altura, ficámos com 40%, a Gestifute com mais 40%, o Feirense com 10% e o António Araújo com os restantes 10%. Passado um ano, e numa altura em que ainda ninguém sabia qual o patamar a que Rafa chegaria, vendemos os nossos 40% a um fundo de investimento por 7,5 milhões de euros. Antes de o transferirmos, recomprámos essa percentagem mais os 40% da Gestifute, e vendemos os 90% por 16 milhões de euros ao Benfica – os 10% do senhor Araújo foram negociados diretamente com o Benfica. Feitas as contas, e já descontando todos os investimentos que tivemos de fazer, o Braga vai receber cerca de 10 milhões de euros em mais-valias com a venda do Rafa, num dos maiores negócios da história do Braga.
Como está a sua relação com Jorge Mendes?
—Temos uma boa relação. É um dos melhores empresários a nível mundial e tem sido um parceiro importantíssimo para o Braga, apesar de não ser o único. Mas não tenho dúvidas de que vai continuar a ser um parceiro fundamental para o Braga.
É devido a essa boa relação que se explicam negócios como o de Wallace ou do Danilo, em que o Braga funcionou como uma espécie de barriga de aluguer?
—Foram dois jogadores propostos pela Gestifute,mas naquela altura não tínhamos condições financeiras para investir neles. Por isso, aproveitámos desportivamente o Danilo enquanto cá esteve e ainda ficámos habilitados a receber uma verba no dia em que os dois fossem transferidos.

O JOGO

Bruno3429

Sub-17: Goleada no regresso aos triunfos

Dificilmente haveria melhor forma de os Sub-17 do SC Braga regressarem aos triunfos na 2.ª Fase – Zona Norte do Campeonato Nacional. Depois de dois empates consecutivos os Gverreiros do Minho receberam e venceram o Rio Ave FC por expressivos 6-0. Edu (16′), Samuel Costa (26′), Lucas (37′), Adriano Pereira (p.b, 45′) e Neto (48′ e 68′) fizeram os golos da equipa liderada por António Pereira na goleada aos vila-condenses.

Com este triunfo, o SC Braga seguem no segundo posto da tabela com 8 pontos, a um do líder FC Porto. Na próxima jornada os Gverreiros do Minho voltam a jogar em casa, recebendo o Palmeiras FC.

Ficha de Jogo

Onze inicial: Rui Ribeiro, Dias, Guilherme, Duarte, Vilela, David Veiga, Diogo Gonçalves, Lucas, Edu, Samuel Costa Neto

Suplentes: Bruno, Gabriel, Costinha (Dias, 34′), Schurrle, Tiago Antunes (Vilela, 53′), Pedro Tiago, Schneider (Diogo Gonçalves, 71′)

Golos: Edu (16′), Samuel Costa (26′), Lucas (37′), Adriano Pereira (p.b, 45′) e Neto (48′ e 68′)

SCBraga

JotaCC

PINHO ESPREITA VAGA DE HASSAN
Egípcio já partiu para a CAN e deixou o ataque limitado a Rui Fonte. O brasileiro pode aproveitar

Jorge Simão convocou-o para a receção ao Rio Ave e até pode mesmo colocá-lo a jogar frente ao Covilhã, agora que já não conta com Hassan. O centro do ataque está desfalcado, mas não há pressa em ir ao mercado

O cenário projetado quando Stojiljkovic se lesionou é agora uma realidade. Jorge Simão trabalha para encontrar soluções e este é mais um desafio que tem pela frente: dos três pontas de lança do plantel principal, apenas Rui Fonte está à disposição do treinador que acabou de chegar. Hassan despediu-se diante do Rio Ave rumo ao estágio de preparação para a CAN e ontem já não treinou em Braga. O regresso do egípcio está obviamente dependente do percurso da sua seleção, sendo que a competição africana vai decorrer no Gabão de 14 de janeiro até 5 de fevereiro. A vaga deixada em aberto por Hassan pode ser aproveitada por Rodrigo Pinho. O avançado brasileiro, que chegou ao Braga no arranque da temporada passada com o rótulo de segundo melhor marcador do Campeonato Carioca, ao serviço do Madureira, já foi convocado para o jogo com o Rio Ave, na Taça da Liga, e deverá continuar a fazer parte das opções de Jorge Simão para a partida de segunda-feira, com o Covilhã, também para esta competição. Rodrigo Pinho (25 anos) nunca justificou em Portugal o porquê da aposta do Braga. Mesmo no empréstimo ao Nacional na segunda metade da época passada não foi feliz (um golo em 12 jogos). Mas entretanto relançou-se ao serviço do Braga B. Apontou quatro golos nos últimos três jogos e Jorge Simão tratou de o promover à equipa principal. Face às circunstâncias, joga agora uma nova vida no clube. Stojiljkovic regressará no decurso de janeiro à competição, pelo que o Braga prefere esperar para ver do que partir já para a contratação de um ponta de lança.


REGRESSO BATTAGLIA APONTA À MADEIRA

Battaglia não será inscrito a tempo de defrontar o Covilhã, depois de amanhã, pelo que tem a estreia prevista no regresso ao Braga para a próxima jornada do campeonato, dia 7 de janeiro, na Choupana, frente ao Nacional. O médio argentino acompanhou Jorge Simão na mudança do Chaves para o Braga e pretende definitivamente afirmar-se no clube arsenalista.

O JOGO

Bruno3429

RUI FONTE MAIS PRODUTIVO MAS AGORA SEM PARCEIRO
Hassan partiu rumo ao Egito para disputar a CAN e Stojiljkovic está lesionado

Depois da razia de centrais, ainda no tempo de José Peseiro, agora é o ataque do Sp. Braga que quase não tem opções. Ontem, Hassan despediu-se dos colegas e partiu rumo ao Egito para disputar a CAN, Stojiljkovic está lesionado e ainda longe de voltar aos relvados. Das primeiras opções só resta Rui Fonte.

Curiosamente, o antigo jogador do Benfica chegou aos sete golos na derrota frente ao Rio Ave e tem tudo para fazer desta a sua temporada mais certeira na 1ª Liga. O melhor registo era o do ano passado, com apenas mais um. Oito é o número de golos que leva Wilson Eduardo, o melhor marcador da equipa, ele que deverá ser o eleito de Jorge Simão para atuar ao lado de Rui Fonte no decisivo embate com o Covilhã, para a Taça da Liga.

Nessa partida, o treinador deverá fazer algumas alterações, até pelas dificuldades que a equipa apresentou diante do Rio Ave. Xeka e Ricardo Horta são candidatos à titularidade. Por Braga há ainda outro avançado: Rodrigo Pinho foi dispensado no início da época, renasceu na equipa B e foi chamado de urgência face às baixas já referidas no ataque. Agora tenta convencer o novo treinador.

Autor: Ricardo Vasconcelos

Record

Bruno3429

Liga: horários da 16ª à 18ª jornada

A Liga divulgou os horários dos jogos das próximas três jornadas, da 16ª à 18ª, com o regresso da competição a ser marcado para 7 de janeiro, sábado, com a deslocação do Sp. Braga ao Nacional às 11h45, no mesmo dia em que o Benfica se desloca a Guimarães.

Tal como o clube minhoto anunciou, o duelo com as águias está agendado para as 18h15 desse sábado, sendo o terceiro jogo do dia. Antes, o Sp. Braga desloca-se à Choupana e o Marítimo joga no Estoril (16 horas). Ainda no dia 7, o FC Porto desloca-se à Mata Real, partida agendada para as 20h30.

No domingo, dia 8, mais quatro jogos: dois às 16 horas, Tondela-Arouca e Rio Ave-Desp. Chaves, um às 18 horas, Boavista-V. Setúbal e por fim o Sporting-Feirense, às 20h15.

Na segunda-feira, Moreirense e Belenenses fecham a jornada às 20 horas.

Das duas seguintes jornadas, destaque para os jogos às 16 horas. O Benfica joga em casa a jornada 17 e 18, com Boavista e Tondela, e ambos os jogos são nesse horário, sendo o primeiro ao sábado e o segundo ao domingo.

O FC Porto também realiza as duas partidas em casa: a da 17ª jornada com o Moreirense, às 18 horas de 15 de janeiro (domingo), e a da 18ª jornada às 16 horas com o Rio Ave.

Já o Sporting tem duas deslocações, ambas a começar às 18h15, com o Desp. Chaves (sábado, dia 14) e Marítimo (sábado, dia 21).

Convém referir que entre as jornadas 17 e 18 realizam-se os quartos de final da Taça de Portugal. Pode consultar os horários AQUI.

HORÁRIOS

16ª jornada


Nacional-Sp.Braga, 7 de janeiro, às 11h45
Estoril-Marítimo, 7 de janeiro, às 16 horas
V. Guimarães-Benfica, 7 de janeiro, às 18h15
Paços de Ferreira-FC Porto, 7 de janeiro, às 20h30
Tondela-Arouca, 8 de janeiro, às 16 horas
Rio Ave-Desp. Chaves, 8 de janeiro, às 16 horas
Boavista-V. Setúbal, 8 de janeiro, às 18h00
Sporting-Feirense, 8 de janeiro, às 20h15
Moreirense-Belenenses, 9 de janeiro, às 20 horas

17ª jornada

Arouca-Estoril, 13 de janeiro, às 20h30
V. Setúbal-Nacional, 14 de janeiro, às 16 horas
Benfica-Boavista, 14 de janeiro, às 16 horas
Desp. Chaves-Sporting, 14 de janeiro, às 18h15
Feirense-V. Guimarães, 14 de janeiro, às 20h30
Marítimo-Paços de Ferreira, 15 de janeiro, às 16 horas
FC Porto-Moreirense, 15 de janeiro, às 18 horas
Belenenses-Rio Ave, 15 de janeiro, às 20h15
Sp.Braga-Tondela, 16 de janeiro, às 20 horas

18ª jornada

Paços de Ferreira-Moreirense, 20 de janeiro, às 20h30
FC Porto-Rio Ave, 21 de janeiro, às 16 horas
Marítimo-Sporting, 21 de janeiro, às 18h15
Arouca-Boavista, 21 de janeiro, às 20h30
Feirense-Estoril, 22 de janeiro, às 16 horas
Benfica-Tondela, 22 de janeiro, às 16 horas
Belenenses-V. Setúbal, 22 de janeiro, às 18h00
Sp. Braga-V.Guimarães, 22 de janeiro, às 20h15
Desp. Chaves-Nacional, 23 de janeiro, às 20 horas

Maisfutebol

Bruno3429

Novo ano do Sporting Clube de Braga arranca com 'bis' frente ao SC Covilhã

Um início de ano a pensar em vingança. É assim que o Sporting Clube de Braga vai começar o ano de 2017, tendo pela frente, como primeiro desafio do novo ano, uma repetição de um jogo que realizou há apenas 15 dias. A recepção ao Sporting Clube da Covilhã marca o arranque de um novo ano civil para os Guerreiros do Minho que querem 'vingar-se' da eliminação da edição de 2016/2017 da Taça de Portugal, acontecida no passado dia 14 de Dezembro precisamente aos pés dos beirões (1-2).

Sem grande tempo para descansar, os arsenalistas apostam tudo na vitória nesta segunda jornada do Grupo C da Taça da Liga, o único resultado que interessa depois da derrota, também por 2-1, na recepção ao Rio Ave, na primeira jornada da prova. Para manterem as aspirações de seguir em frente na competição, os bracarenses só podem pensar em vencer e esperar também pelo resultado da partida que coloca frente-a-frente as equipas do Marítimo e Rio Ave, que se defrontam apenas no dia seguinte.

Enquanto avançam com a preparação e a pensar no encerramento do ano desportivo, decorre na rede social Facebook uma votação para eleger aquele que, na opinião dos adeptos, foi o golo do ano 2016 apontado por jogadores do SC Braga.

Em votação estão cinco tentos que fizeram levantar os adeptos no estádio, pela qualidade das jogadas e pelos momentos de enorme brilho que os jogadores arsenalistas proporcionaram. Os golos de Rafa contra o Sporting, Stojiljkovic contra o FC Sion, Josué contra o União da Madeira, Pedro Santos contra o Vitória Sport Clube de Ricardo Horta, no recente jogo contra o Paços de Ferreira são os lances nomeados e que se encontram a votação online.
Também online, no seu Facebook oficial, o SC Braga lembrou que ontem se assinalou o 13 aniversário da inauguração oficial do Estádio Municipal de Braga.

Correio do Minho

Bruno3429

Paulo Fonseca: «Foi o melhor ano da minha carreira»
ENTREVISTA: treinador do Shakhtar Donetsk conta como está a correr a adaptação a uma Ucrânia ainda a sarar as feridas da guerra e analisa momento da Liga portuguesa
Pedro Jorge da Cunha

Conquistou a Taça de Portugal, mudou-se para um dos grandes da Ucrânia e está a ter um arranque absolutamente brilhante. Ainda não perdeu nem na Liga nem na Liga Europa onde, de resto, ganhou todos os jogos. Por tudo isto, Paulo Fonseca não tem dúvidas: 2016 é um ano dourado na sua carreira. O mais brilhante até ao momento, aliás, como o próprio defende.

O atual treinador do Shakhtar Donetsk concedeu uma entrevista ao Maisfutebol em que deu conta sobre o seu processo de adaptação a um pais dividido, num clube que joga longe da sua cidade por causa da guerra e não vê ainda perspetivas de lá voltar. Mas tem uma certeza: «Os resultados estão a ultrapassar as nossas expectativas.

Ainda um olhar sobre a Liga portuguesa. «Vejo mais jogos agora», confessa, com especial interesse em dois clubes especiais na sua carreira: Paços de Ferreira e Sp. Braga.

O Paulo chegou a um clube que vive um momento delicado por motivos extradesportivos, pela situação da Ucrânia após a guerra que tirou o Shakhtar de Donetsk. Já se consegue ver sinais de melhoria?

«Vai ser difícil voltar a Donetsk nos próximos tempos. Sou treinador do Shakhtar e nunca lá fui, é triste. O estádio sofreu pequenos danos com a guerra e nesta altura é utilizado pelo nosso presidente como ponto de refeições da cidade, ele alimenta muita gente».

O que implica no dia a dia esta situação?

«Temos um desgaste enorme. A nossa base está em Kiev, mas em casa jogamos em Lviv ou em Kharkiv. Fazemos milhares de quilómetros a mais do que seria normal. É duro mas motivante. Para os jogadores ainda é pior, até porque temos compromissos nacionais e internacionais».

A nível pessoal, como está a correr a adaptação a um clube com a dimensão do Shakhtar?

«Substituí um treinador que esteve 12 anos no clube. O início foi complicado, reconheço. Cheguei, tentei aplicar as minhas ideias, mas há sempre resistências. E neste caso, compreensivelmente, ainda mais. Com o tempo conquistei o grupo e a experiência está a ser fantástica. A equipa ganha e joga um futebol muito atraente, até na Liga Europa. Os resultados estão a ultrapassar as nossas expetativas».

Como analisa o plantel que tem à sua disposição?

«A crise na Ucrânia obrigou ao aparecimento de muitos jogadores nacionais. E o jogador-tipo ucraniano é humilde e disciplinado. Há imensos atletas brasileiros, de qualidade, e o desafio foi uni-los e colocá-los a jogar de forma harmoniosa».

E em relação à Liga ucraniana, o que tem achado?

«Há dois clubes a lutar pelo título e os restantes praticam um futebol hiper-defensivo. Mesmo quando estão a perder, não é fácil vê-los a abdicar dessa estrutura rígida. É difícil jogar contra equipas assim e fazer golos. O país está numa fase de transformação a todos os níveis. Até na seleção as coisas estão a mudar. O Shevchenko está a implementar novas ideias».

Mas continua a ser um campeonato com características bem diferentes do resto da Europa. Até no que diz respeito ao calendário, não é?

«Exatamente. Agora, no dia 14 de janeiro concentramo-nos em La Manga, o sul de Espanha. Ficamos aí nove dias e a 25 chegamos a Lagos, no Algarve. Faremos em Portugal um estágio de 16 dias para preparar os dois jogos contra o Celta de Vigo».

À distância consegue acompanhar o futebol português?

«Vejo agora mais jogos da nossa Liga do que via (risos). Sigo com especial atenção o Paços Ferreira e o Sp. Braga. A luta pelo primeiro lugar está muito interessante e, conhecendo bem o Jorge Jesus, não me acredito que o Sporting esteja fora de combate. Estou a gostar muito do V. Guimarães do Pedro Martins e também dos resultados do Sp. Braga no campeonato. Benfica e FC Porto estão bem, sem dúvida».

Como viu a saída de José Peseiro do Sp. Braga?

«Os adeptos são muito exigentes e querem ver uma equipa dominadora em todos os momentos, com bola no meio-campo ofensivo, sem receio e a jogar no risco. Os resultados no campeonato estavam a ser bons, mas parece ter faltado qualquer coisa».

Que memórias vai guardar deste ano?

«Levámos o Sp. Braga às meias finais da Taça da Liga, à vitória na Taça de Portugal, aos quartos de final da Liga Europa e ao quarto lugar no campeonato. Foi o melhor ano da minha carreira».

Maisfutebol

Bruno3429

O ano de 2016 visto por Paulo Fonseca no Maisfutebol
Treinador do Shakhtar Donetsk faz o balanço de um ano que, também para ele, foi inesquecível
Pedro Jorge da Cunha

Como faz habitualmente, o Maisfutebol voltou a convidar uma das figuras do ano para fazer um balanço do mesmo. Desta feita a escolha recaiu em Paulo Fonseca, treinador que se reergueu plenamente depois da experiência falhada no FC Porto e foi mesmo um dos nomes mais fortes do panorama futebolístico nacional.

A conquista da Taça de Portugal pelo Sp. Braga foi o ponto alto e a transferência para o Shakhtar Donetsk, sendo escolhido para suceder a um histórico como Mircea Lucescu, a prova definitiva da forma como já é encarado na Europa do futebol.

Paulo Fonseca terminou o ano com uma fase de grupos exemplar na Liga Europa, com seis vitórias em outros tantos jogos, e com uma vantagem de 13 pontos para o Dínamo Kiev no campeonato, onde também ainda não perdeu.

Por tudo isto é com propriedade que Paulo Fonseca analisa um ano que, certamente, irá recordar com um sorriso quando fizer a retrospetiva da carreira.

Para já, ficam, em discurso direto, as escolhas de Paulo Fonseca para os principais destaques do ano de 2016.

FIGURA DE FUTEBOL NACIONAL: Fernando Santos

. «É uma escolha obrigatória. Deu a Portugal a maior conquista de todos os tempos. O Europeu de 2016 ficará gravado a letras de ouro na nossa memória coletiva enquanto apaixonados por futebol. Vi a final durante o estágio em Horst (Holanda), com toda a estrutura do Shakhtar Donetsk. Foi uma festa enorme no fim, durante algumas horas acabou a pacatez nesse local fantástico (risos)».

FIGURA DE FUTEBOL INTERNACIONAL: Cristiano Ronaldo

. «É incontornável. Escolho o Cristiano não por ser português, é importante sublinhar, mas por ter feito mais um ano com números sobre-humanos. Além do Euro 2016, o Cristiano conquistou a Liga dos Campeões e agora recentemente a Bola de Ouro. Nunca o tive como adversário, mas conheço-o relativamente bem e é um privilégio para Portugal ter uma figura destas. Só um verdadeiro animal competitivo consegue manter, com a idade dele, os registos do Cristiano. Eu adoro o Messi, como adorei o Maradona, mas é injusto compará-los. Aliás, digo muitas vezes que gostava de ver o Maradona a jogar no futebol de hoje e perceber como reagiria. E digo-o porque tenho a sensação de que o Messi já o superou».

MOMENTO DE FUTEBOL EM PORTUGAL: Final do Euro2016

. «Estas primeiras escolhas andam todas à volta do mesmo porque estamos a falar do dia mais importante da história do futebol português. Acompanhei ao longe, pela televisão, mas percebi que todo o país saiu à rua e celebrou de uma forma comovente. Nunca vou esquecer essas imagens, ainda por cima num período em que socialmente o quadro não é perfeito, longe disso. O futebol tem também esta mais-valia em determinados momentos: une as pessoas de uma forma inigualável».

MOMENTO DE FUTEBOL INTERNACIONAL: Portugal-França

. «Podia ter também escolhido a final da Liga dos Campeões, mas para manter a coerência do meu raciocínio, e porque este jogo é mais do que um mero momento para Portugal, também o incluo nesta categoria. Portugal foi falado em todo o mundo, em todo o planeta. Quando é que isto voltará a suceder?».

EQUIPA DO ANO: Benfica

. «Muitos apontavam o Sporting e o FC Porto como principais candidatos ao título. O Benfica mudou de técnico, chegou a estar a oito ponto de diferença, e o Rui Vitória teve o enorme mérito de não quebrar. As mudanças na vida são sempre duras e o Rui teve uma energia notável, suportou muita coisa. A saída do Jorge Jesus provocou uma onda de choque, os resultados iniciais do Benfica não ajudaram e a verdade é que a equipa chega ao fim e é campeã nacional. Acredito que não tenha sido uma época fácil para o Rui. É um bom líder e acreditou sempre nas suas ideias, mesmo quando estava a ser atacado por todos os lados. Temos um trajeto muito parecido e ainda me lembro de um Estrela da Amadora-Benfica em juniores, comigo num banco e o Rui no outro. Bons velhos tempos (risos)».

JOGO DO ANO: Sp. Braga-Sporting, 4-3 (Taça de Portugal)

. «Aconteceu em dezembro de 2015, mas teve influência direta na nossa conquista da Taça de Portugal de 2016. Foi o meu melhor jogo enquanto treinador de futebol. Senti-me um privilegiado por ter estado nele e ter saído vitorioso. Bom futebol, muitos golos, emoção até ao fim... o Sp. Braga fez 58 jogos na época passada, 58! Este simboliza, mais do que a final do Jamor, onde não fizemos uma exibição forte, tudo aquilo que pretendíamos».

TREINADOR DO ANO: Fernando Santos

. «Repito a escolha e espero que seja ele também o escolhido na gala da FIFA em janeiro. Curiosamente, não foi meu treinador por muito pouco. Quando cheguei ao Estrela da Amadora, o Fernando estava a sair para o FC Porto. É um homem encantador, um verdadeiro tipo porreiro».

MOMENTO 2016 DE PAULO FONSECA: Conquista da Taça de Portugal

. «O Sp. Braga perseguia há 50 anos este objetivo e tinha ficado a minutos de consegui-lo na época anterior. Tinha mesmo de ser, fosse de que forma fosse. Foi uma tarde maravilhosa, a atmosfera do Jamor é verdadeiramente especial. Tinha este sonho de criança. Não consegui cumpri-lo enquanto jogador, cumpri-o enquanto treinador. O momento da subida à tribuna, a chegada das equipas ao estádio, é um dia incomparável. Espero voltar um dia».

DESEJO 2017 DE PAULO FONSECA: Título nacional da Ucrânia

. «O Shakhtar não vence há dois anos, precisamente desde que deixou de ter Donetsk como base, em virtude da guerra que ainda atormenta essa zona. Não jogamos em casa, alternamos entre Lviv e Kharkiv, e o grau de dificuldade aumenta. O Shakhtar é um dos dois maiores clubes do país e já tivemos um jogo com 642 pessoas na bancada, porque não estamos a jogar na nossa cidade. Temos ambições também na Liga Europa, vamos apostar muito forte contra o Celta de Vigo, mas o grande objetivo este ano é mesmo o campeonato da Ucrânia».

Maisfutebol

Zav

António Salvador explica relações com presidentes e negócios de Rafa, Celis e Boly

O presidente do Braga concedeu uma grande entrevista ao jornal O Jogo, na qual se referiu a vários temas da atualidade portuguesa, começando por dizer que «a centralização dos direitos televisivos morreu de vez».

A propósito de Celis, jogador pretendido por José Peseiro, mas que seria desviado pelo Benfica, o líder dos minhotos admitiu ter estado «não muito tempo sem falar com ele, porque ele apareceu logo depois» para conseguir a aquisição de Rafa, que se confirmou.

«O José Peseiro pediu-me para fazer todos os possíveis para contratar o Celis, mas agora, com o passar do tempo, acho que o Benfica não tomou a melhor decisão», considerou, ele que depois se referiu a Rafa e ao facto de não ter cedido em relação aos interesses dos minhotos, mesmo apesar de manter uma relação de amizade com Pinto da Costa - que o tentou várias vezes para o FC Porto.

«As pessoas, sejam do FC Porto, Benfica ou Sporting, sabem que eu defendo o Braga. Neste caso, estabeleci as regraspara vender o Rafa, que eram do conhecimento público, e a partir daí não cedi, independentemente da amizade com A, B ou C. Depois, chegou-se a um determinado ponto em que o Braga deixou de controlar a situação, desde que os seus direitos estivessem salvaguardados, e foi o Rafa, e o próprio representante, quem decidiu qual o clube em que em ele prosseguiria a acarreira», registou.

O presidente minhoto pronunciou-se também sobre o negócio de Boly para o FC Porto, que não se fez mais cedo porque era seu desejo ter Josué, só que este preferiu rumar à Turquia, o que retardou o acordo.

Por fim, Bruno de Carvalho e uma «forma de estar no futebol que é diferente de todos os outros presidentes», na visão de António Salvador.

«Respeito-a e aceito, mas muitas vezes essas convicções precisam de resultados desportivos e espero que ele não seja traído por eles. Há pessoas que também fazem falta ao futebol por terem uma forma diferente de estar e de conviver. O Bruno de Carvalho é uma dessas pessoas», elogiou.

ZEROZERO

Bruno3429

Wilson Eduardo deve falhar receção ao Covilhã

Wilson Eduardo está a contas com uma tendinite e não deve recuperar para o encontro de segunda-feira com o Covilhã, para a Taça da Liga.

Já os centrais Rosic e Velázquez reintegraram os trabalhos e podem ser opção para o treinador Jorge Simão, que agendou novo treino para a tarde do dia de Ano Novo.

A Bola