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Entrevistas a jogadores do SC Braga

Started by Luso, 12 de November de 2016, 12:19

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Luso

Aproveito o dia de hoje que há 2(?) entrevistas a jogadores nossos para abrir o tópico e colocar-se aqui sempre que houver uma entrevista ao todos os nossos (ex-)jogadores

Quote from: JotaCC on 12 de November de 2016, 09:40
"Já vi dez vezes a final do Jamor"

Irmão mais novo do campeão europeu José Fonte, Rui Fonte detalhou, em entrevista a O JOGO, o percurso de uma carreira que teve como ponto alto o golo marcado na final da Taça da época passada

"Na época passada, o Braga apostou em mim apesar de estar lesionado. Estarei eternamente grato por isso"
"A conquista da Taça de Portugal foi o melhor momento da minha carreira. Já vi tantas vezes os golos que até sei o relato de cor..."
"Fui viver sozinho para Londres com 16 anos e o meu irmão foi muitas vezes o meu refúgio..."





Formou-se no Sporting, saiu aos 16 anos para o Arsenal, e ainda esteve no Crystal Palace, a jogar ao lado do irmão José Fonte, V. Setúbal, Espanhol, Benfica B (fez um jogo pela equipa principal) e Belenenses. Mas, diz, foi no Braga que viveu o melhor momento da carreira. E não é muito difícil imaginar ...
Qual foi o momento mais importante da sua carreira?
—A conquista da Taça de Portugal, sem qualquer dúvida. É sempre bom ganhar títulos, mas ganhar com o Braga foi ainda mais especial.Via-se  a felicidade na cara das pessoas, até porque a última vitória na Taça tinha sido há 50 anos. Já vi o jogo dez vezes na televisão e estou sempre a procurar os melhores momentos no Youtube. Os golos, o meu golo, os penáltis, ouvir os relatos... Já vi tantas vezes que até sei as falas de cor. Foi um momento único.
Regresso ao passado: como foi viver sozinho em Londres aos 16 anos?
—Com essa ida para o Arsenal e eles não tinham, por opção, uma academia de futebol, como acontece com os clubes portugueses. Por isso, fui viver com uma família de Londres; são sócios do Arsenal que se candidatam para receber os jogadores e eu estive numa casa com mais três colegas. Foi bom para me integrar nos hábitos ingleses: por exemplo, jantávamos muito cedo e também acordávamos quase de madrugada. Depois, ia com os meus colegas de metro para o treino. Ainda hoje mantenho o contacto com a família, sobretudo através das redes sociais. Quando lá estive, tinha acabado de nascer uma menina e agora já tem 10 anos...
Tem sido engraçado acompanhar o crescimento dela. Um ano depois, em 2007, o seu irmão José Fonte foi para o Crystal Palace, que também fica em Londres...
—Sim, mas ele estava no sul e eu no norte de Londres. Era uma hora e meia de viagem e não vivíamos juntos. Dependendo dos horários dos treinos e dos jogos, de vez em quando ia passar uns dias a casa dele. Tinha de apanhar o metro e o comboio para lá chegar... Houve alturas em que me sentia muito sozinho, não estava feliz, e ele era o meu refúgio. Claro que ligava aos meus pais, tinha o apoio deles à distância, mas ele foi a pessoa mais importante na minha carreira. E ainda chegámos a jogar uns meses juntos no Crystal Palace, já no final da minha aventura em Inglaterra.
Há muitos jovens a ir para o estrangeiro com essa idade. Acha que é a melhor opção?
—Na altura estava no Sporting e houve dois fatores que pesaram na minha decisão: o facto de ser o Arsenal, um clube que aposta nos jovens, e a questão financeira. A forma como cada um consegue "aguentar" também depende das bases familiares que, no meu caso, foram as melhores. O meu pai foi jogador, representou a seleção portuguesa de sub-20 no Mundial de 1979, e sempre me deu bons conselhos, tal como a minha mãe, que de tanto nos acompanhar também já percebe.Depois, cresci a ver o meu irmão a jogar; às vezes eu jogava de manhã e ia de tarde com o meu pai ver o jogo dele. Por isso, sabia para o que ia, não me deslumbrei. Só podia aceitar aquela proposta do Arsenal.
As lesões que sofreu, algumas graves, impedem-no de estar num patamar mais elevado?
—Nunca fui negativo em relação às lesões. A primeira aconteceu no meu jogo de estreia pelo Benfica B. Tinha acabado de rescindir com o Espanhol para assinar pelo Benfica e, por mais estranho que pareça, aprendi bastante no tempo que estive sem jogar. Passei uma fase difícil no Espanhol, sentia-me sem confiança e estava a deixar de acreditar nas minhas qualidades. Aproveitei aquele tempo de paragem para me acalmar, aprender a ver futebol, e quando voltei correu bastante bem.
E depois como surgiu a possibilidade de ir para o Braga no ano passado?
—Na época anterior tinha estado emprestado ao Belenenses,mas lesionei-me na última jornada do campeonato. Essa sim, foi uma lesão difícil de aceitar, até porque tinha várias propostas interessantes. Entretanto, surgiu o interesse do Braga, que apostou em mim apesar de não poder ajudar a equipa nas primeiras semanas da temporada. Não são todos os clubes que contratam um jogadores nestas condições e por isso estarei eternamente grato ao Braga. No início desta época, também tive outras possibilidades, mas, até pela forma como as pessoas me trataram, a minha prioridade foi sempre o Braga.

O "silencio" de Wenger e  Henry no Arsenal
Rui Fonte fez um jogo pelo Arsenal na Taça da Liga inglesa, em 2008, e ainda conviveu no balneário dos gunners com Thierry Henry e, claro, Arsène Wenger.
"Treinei algumas vezes com a equipa principal no tempo do Henry, mas ele não é muito de falar. O Wenger também é muito reservado, pelo menos com os jogadores mais novos", contou Rui Fonte, que jogou nas camadas jovens do Arsenal com jogadores como Wilshere, Gibbs ou Coquelin.."


145
Entre Inglaterra (Arsenal e Crystal Palace), Espanha e Portugal, Rui Fonte realizou 170 jogos na carreira, a maior parte (44) no Espanhol. Em Braga já somou 34 partidas.


41
Até ao momento, foi na equipa B do Benfica que Rui Fonte marcou mais golos (19 em 29 jogos). No Braga, fez oito na última temporada e mais um já nesta, frente à AD Oliveirense. No total da carreira apontou 41.


"Não estamos preocupados com o V. Guimarães"
Rui Fonte recorda que o Braga está dentro dos objetivos traçados para esta época, explicou as críticas à equipa e mostrou-se indiferente ao bom momento do rival do Minho

"De tanto se falar no assunto começou a criar-se a ideia de que não estamos a jogar bem. Há margem para melhor, mas os resultados têm sido positivos"

Rui Fonte acredita num caminho vitorioso

Que balanço faz da época?
—Está a ser positiva. Estamos próximo dos três grandes, que é o nosso objetivo, e se ganharmos em Gent garantiremos o apuramento na Liga Europa. Na Taça de Portugal também passámos a primeira eliminatória.
Tendo em conta o que disse, como se compreende a reação menos positiva de alguns adeptos em determinados momentos?
—Pode ser o preço pelo sucesso da época passada. Mas acho que de tanto se falar no assunto começou a criar-se a ideia de que não estamos a jogar bem. Há margem para melhorar, mas os resultados têm sido positivos. Os adeptos também têm estado connosco, e ainda no jogo com o Konyaspor foram fundamentais para darmos a volta ao resultado.
Já encontraram uma explicação para a má exibição na primeira parte do jogo com o Marítimo?
—Não foi a exibição que queríamos, mas serviu de aprendizagem para o futuro. Não se vai repetir. Nos próximos tempos, aquela primeira parte estará sempre nas nossas cabeças. Estamos a trabalhar para melhorar as nossas entradas nos jogos.
A equipa sentiu a pressão de se poder isolar no segundo lugar?
—Acho que não. Podia estar no subconsciente dos jogadores, mas nas conversas que tivemos isso não se notou. Aliás, nem fazia sentido estarmos pressionados por isso à décima jornada. Nadado que acontecera gora no campeonato é definitivo. Queremos é ganhar o máximo de jogos para ver onde
estamos no final da época.
No balneário do Braga existe preocupação com o facto do V. Guimarães estar a intrometer-se na luta pelos primeiros lugares do campeonato?
—Não, no nosso balneário ninguém está preocupado se o V. Guimarães está bem ou mal. Estamos focados em nós, em melhorar a cada jogo que passa, e mais nada. Estamos perto dos três grandes, que é o que queremos, e até acho que é positivo para o nosso campeonato que existam mais equipas a entrar nessa luta. Só estamos preocupados em ganhar o nossos jogos.



A crença do irmão no Euro'2016
Rui Fonte conta quando é que o José sentiu que Portugal seria campeão da Europa

Teve o seu irmão no Euro'2016. Como viveu aqueles momentos?
—Durante a competição, falámos praticamente todos os dias pelo telefone, mas eu só estive presente na final. Disse-lhe logo desde o início: 'só vou ver a final'. E fui. Fui eu, a minha mãe, o meu pai e a minha esposa. Foi espetacular. Como é evidente, fui acompanhando os jogos pela televisão, mas comecei a sentir ainda mais o entusiasmo dele a partir do momento em que começou a jogar. E depois, ter estado no estádio, naquele dia da final, foi como se eu também tivesse conquistado aquela taça. Senti um orgulho enorme nele.
Em que altura é que o seu irmão lhe disse que íamos ganhar o Euro'2016? Se é que lhe disse...
—Ganhámos o jogo dos oitavos de final com a Croácia no prolongamento, mas foi depois da vitória frente à Polónia, nos penáltis, que ele sentiu que podíamos ser campeões europeus. Estávamos nas meias-finais, o jogo era contra o País de Gales, e criou-se um grande ambiente à volta da equipa. A partir desse momento, percebi, pelas palavras dele ao telefone, que podíamos mesmo ganhar o Campeonato da Europa.

O JOGO








Luso



Quote from: Bruno3429 on 20 de November de 2016, 08:06
RICARDO HORTA: «ADEPTOS SENTEM MUITO A RIVALIDADE»
Extremo arsenalista e a relação com o V. Guimarães

RECORD – Quem é o grande rival do Sp. Braga a nível interno?

RICARDO HORTA – A rivalidade com o V. Guimarães está muito presente nos nossos adeptos, mas na prática essa questão acaba por refletir-se com todos os clubes do campeonato pelo estatuto que o Sp. Braga usufrui e a vontade que qualquer adversário tem em ganhar-nos. Pessoalmente, encaro todos da mesma forma e com o mesmo respeito, mas no balneário isso passa-nos um bocado ao lado, porque a ideia é vencer sempre. Ainda assim, atendendo à questão emocional que o jogo desperta, reconhecemos todo o folclore à volta de Guimarães, até por tudo o que os adeptos nos transmitem quando o adversário é o Vitória.

RICARDO HORTA: «SOU COMPATÍVEL COM O ANDRÉ»
Jogador do Sp. Braga já alinhou ao lado do irmão nos Sub-21


R – Esta época já jogou com o seu irmão na Seleção de sub-21 e contra ele frente ao Benfica. O que prefere?

RH – Como temos apenas dois anos de diferença a cumplicidade é grande. Sempre brincámos juntos e também jogámos na mesma equipa várias vezes na escola ou com amigos. A nível oficial, a primeira vez que jogámos juntos aconteceu há pouco, contra a Grécia. Conhecemo-nos perfeitamente e não só dá gosto jogar com ele como acho que somos compatíveis na mesma equipa.


RICARDO HORTA: «NÃO TENHO MAIS PRESSÃO POR JOGAR NO LUGAR DO RAFA»
Extremo sublinha que cada um tem os seus defeitos e virtudes


RECORD – Sente-se mais confortável a jogar na ala do ataque ou no corredor central?

RICARDO HORTA – Desde sempre joguei na ala esquerda e os meus movimentos habituais partem daquela posição, mas também gosto de atuar atrás do ponta-de-lança. O que eu gosto mesmo é de estar na frente, perto da baliza.

R – Ser o herdeiro do lugar do Rafa pesa?

RH – O Rafa já tinha um grande percurso em Braga e por isso é que chegou ao Benfica, ao passo que eu venho de outro campeonato. Não creio que haja mais exigência ou pressão só porque jogo no mesmo lugar, até porque somos jogadores distintos. Cada um com os seus defeitos e virtudes.


Record