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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 08/08

Started by JotaCC, 08 de August de 2016, 10:01

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JotaCC

Sporting de Braga perde Supertaça diante do Benfica

E não foi à terceira que a Supertaça Cândido de Oliveira viajou para Braga. O Benfica foi mais eficaz e aproveitou algum desacerto inicial do SC Braga para marcar cedo e começar a construir um resultado que se fixou no 3-0. Em resumo, o SC Braga tremeu no início, sofreu golo, equilibrou a partida, foi perdulário e acabou por não conseguir inverter o resultado.

Uma entrada forte do Benfica em campo e algum nervosismo ou ansiedade dos bracarenses no sector defensivo permitiu às águias criar perigo e colocar-se na frente do marcador logo aos dez minutos. Cervi fez tudo bem, entrou na grande área pelo lado esquerdo da defesa bracarense, desviou-se dos adversários e, na hora de rematar, não deu hipóteses a Marafona, fazendo o primeiro golo do jogo, colocando o Benfica em vantagem na partida.

O Braga mostrava algumas carências defensivas e após o golo sofrido viu o Benfica voltar a criar perigo, primeiro por Cervi e depois com um remate de longe de Nélson Semedo que, depois de desviar num defesa bracarense, embateu no poste da baliza de Marafona.

Algum sufoco defensivo inicial dos bracarense, mas com José Peseiro a promover algumas mudanças na forma de jogo as coisas alteraram-se, o SC Braga conseguiu equilibrar mais o jogo, impediu o domínio do Benfica e, nos minutos finais da primeira parte conseguiu mesmo criar perigo, incomodar Júlio César e estar perto do golo.

Pedro Santos obrigou o guarda-redes do Benfica a defesa apertada, Pedro Tiba rematou perigoso mas acertou em Nélson Semedo e, na recarga, Rafa demorou muito a decidir o que fazer à bola e perdeu tempo de remate num lance que poderia ter sido muito perigoso.

O i ntervalo chegou pouco depois com promessa de mais espectáculo para a segunda parte, com o SC Braga a conseguir equilibrar o jogo.

No segundo tempo o SC Braga entrou francamente melhor, perante um Benfica que parecia demasiado acomodado à vantagem que tinha no marcador. O Braga mostrava-se mais à vontade no jogo, com maior ambição e teve, nos pés de Rafa, uma oportunidade de ouro para voltar à luta pelo jogo. Aos 69 minutos, Rafa aparece isolado na cara de Júlio César, depois de um excelente passe de Marafona. O criativo bracarense fintou sem dificuldades o guarda-redes benfi- quista, mas na hora do remate enviou às malhas laterais. Um falhanço enorme de Rafa que merecia outro desfecho.

Mas foi mais uma amostra de sinal mais para os Guerreiros do Minho que, nesta fase, mandavam completamente no jogo, com o Benfica a conseguir chegar poucas vezes ao seu sector ofensivo e sem grande perigo.

Mas, completamente contra a corrente do jogo, o Benfica fez mesmo o segundo. Um lance muito rápido no ataque, que nasce de um lançamento lateral para Jonas, que passa para Pizzi, este devolve a Jonas com um passe magistral que rasgou a defesa bracarense e, na cara de Marafona, o matador do Benfica só teve que escolher o lado e rematar com sucesso para o 2-0. Um golo merecido para os benfiquistas que o conseguiram marcar, mas completamente imerecido para o SC Braga que estava a conseguir mudar o rumo do jogo.

Dois minutos para lá dos 90 o Benfica fez o terceiro, com um belo golo de Pizzi que sentenciou a partida.

O SC Braga tentou sempre até ao final inverter o resultado, mas perante a eficácia benfiquista não houve hipóteses para mais.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Salvador aos berros pelo trajeto de Cervi
Presidente irritado com a organização

Cervi foi eleito o MVP da Supertaça e quando se encaminhava para receber o troféu, na sala de imprensa, passou junto ao balneário do Sp. Braga. António Salvador não gostou e desatou aos berros. Mais calmo, o líder explicou: "Não foi nada de especial. A Federação Portuguesa de Futebol não devia ter deixado passar jogadores em frente ao nosso balneário. Houve um problema entre seguranças, mas tudo foi sanado." Segundo Record apurou, o caminho seguido por Cervi no final do encontro é o habitualmente utilizado por todas as equipas.

RECORD

JotaCC

Não há Gaitán mas Cervi na mesma
Benfica foi mais eficaz do que o Sporting de Braga na finalização e depois de o reforço argentino das águias ter aberto cedo o marcador, no último quarto de hora Jonas e Pizzi selaram o triunfo que permite aos tricampeões nacionais entrar na nova temporada

O Benfica entrou na nova temporada a vencer, conquistando a sua sexta Supertaça, o que permite ao técnico Rui Vitória completar o ciclo de triunfos que lhe faltava, em termos de troféus nacionais. Em Aveiro, assistiu-se essencialmente a uma vitória da eficácia e da classe, com os encarnados a revelarem pontaria afinada e a apontar três golos de excelente nível e o Braga a ter mais oportunidades, mas nem sequer aproveitou uma. E isso foi-lhe fatal.
Com Cervi e André Horta como únicos reforços no onze inicial, o técnico do Benfica insistiu no 4x4x2 como sistema tático. O reforço argentino teve uma excelente estreia, ao jogar no lugar até aqui confiado a Gaitán. Mas também o ex-futebolista sadino, mesmo num estilo diferente, aproveitou a saída de Renato Sanches e foi titular no primeiro jogo oficial.
Já José Peseiro utilizou sobretudo jogadores da época passada (o regressado Pedro Tiba foi a exceção),mas com um modelo muito diferente de Paulo Fonseca, seu antecessor. Em 4x2x3x1, o Braga entrou com medo e, a meio da primeira parte, quando Pedro Santos se colocou ao lado de Stoijljkovic, já os minhotos perdiam por 1-0 e haviam injetado confiança aos tricampeões nacionais.
Após uma bola ganha por Grimaldo na esquerda, Cervi foi por ali fora, passou bem por Boly e inaugurou o marcador.
O Braga, pelo lado direito defensivo, não conseguia suster o ímpeto do opositor, mas até ao intervalo o panorama alterouse. Pedro Santos, primeiro, e Rafa, depois, criaram lances de perigo, que o guarda-redes Júlio César foi resolvendo, mesmo com alguns sustos à mistura.
No segundo tempo, o Braga reentrou bem, forçou o empate, e ao minuto 69, após passar Júlio César, Rafa falhou incrivelmente o golo, atirando às malhas laterais. Adivinhava-se o empate, mas o Benfica não se desorientou, acabando por, no último quarto de hora, resolver definitivamente o jogo.
Primeiro, na sequência de um lançamento lateral, Pizzi serviu na perfeição Jonas e o goleador brasileiro bateu Marafona. O Benfica dava um passe de gigante rumo ao triunfo e, aliás, a reação do Braga foi ténue e inconsequente.
O jogo acabou como começou, ou seja, com os benfiquistas a dominar, tendo ainda alcançado o terceiro golo. A jogada começou com dois jogadores saídos do banco: Salvio lançou Jiménez, este permitiu a defesa de Marafona, mas na recarga, Pizzi, à entrada da área, fez um chapéu soberbo ao guarda-redes do Braga.
Mesmo com números enganadores e penalizantes para o adversário, o Benfica validou o triunfo e acabou a festejar. Não há nada mais importante do que o resultado de um jogo. Por isso...



"Resultado é uma injustiça tremenda"

Treinador do Braga "destroçado" com derrota

Tivemos mais oportunidades, fizemos mais remates, o Júlio César fez mais defesas do que o nosso guarda-redes e perdemos 3-0"

"Destroçados". Foi assim que José Peseiro resumiu o estado de espírito dos elementos do Sporting de Braga, depois da derrota pesada que custou a Supertaça aos arsenalistas. O sucessor de Paulo Fonseca elogiou a prestação da equipa que comanda, lamentando apenas a falta de felicidade na hora de acertar na baliza de Júlio César.
"O que é que se diz depois de um jogo destes? Muita coisa, pouca coisa... Tivemos mais remates, mais oportunidades, o Júlio César fez mais defesas do que o nosso guarda-redes... E depois disto perder 3-0 é penoso para o que fizemos. Mas a vitória é para quem marca. Mostrámos que temos valor, mas o que fica na história é o 3-0. Foi uma injustiça tremenda", salientou José Peseiro.
O ex-técnico do F. C. Porto reconheceu, ainda assim, a melhor entrada em jogo das águias, culminada com o golo de Franco Cervi, mas defendeu que, a partir daí, foi o Sporting de Braga que esteve por cima e fez o suficiente para dar um desfecho diferente à partida que antecede o arranque da Liga.
"Com a exceção dos primeiros 15 minutos, criámos muitas dificuldades ao Benfica. Mostrámos que temos valor, mas ninguém se vai recordar do que fizemos aqui. Parabéns aos meus jogadores pelo que fizeram. O Benfica foi uma equipa muito feliz, mas não tem culpa de termos falhado tantas oportunidades. Estamos destroçados", acrescentou José Peseiro, antes de deixar palavras de agradecimentos aos adeptos do Braga: "Obrigado aos adeptos, que nos ajudaram até final. Vão tristes, mas conscientes que fizemos tudo", referiu.
Aturdido com o desfecho do encontro, o semblante do treinador arsenalista era denunciador do que lhe ia na alma, a tal ponto que nem abordou a possibilidade de Rafa ter disputado o último jogo com a camisola dos minhotos, numa altura em que se fala do interesse de F. C. Porto e também do Benfica. "Nem tenho disponibilidade para falar sobre isso. Não consigo", limitou-se a dizer.


Colunas de fumo à vista e o caos na autoestrada

O incêndio em Estarreja que motivou o corte das duas autoestradas que ligam o Porto a Aveiro atrasou os adeptos, que chegaram ao Estádio em cima da hora do início do jogo, sendo que alguns acabaram por desistir. Do interior do recinto eram bem visíveis as colunas de fumo do sinistro.

JN

JotaCC

Benfica em fuga para a vitória com Cervi a abrir e Jonas a resolver
O Benfica conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, num duelo intenso com um Sp. Braga que lutou até ao limite das suas forças, entrando a todo o vapor na época do ambicionado tetracampeonato

O treinador do Benfica aproveitou o primeiro jogo oficial da época para alcançar Jorge Jesus, coleccionando o quarto troféu nacional e começando da melhor forma a preparar a fuga para a vitória que falta à "águia" para o histórico tetracampeonato. No entanto, os três golos sem resposta na Supertaça, em Aveiro, demonstram uma superioridade que o Sp. Braga contestou durante largos períodos, só não resistindo a uma ponta final de tudo ou nada decidida pelos golos de Jonas e Pizzi.
Com os reforços Benítez e Celis na bancada, Rui Vitória apresentou um "onze" sem surpresas, confirmando Jonas no ataque, ao lado de Mitroglou. O grego atraiu a marcação, deixando o brasileiro livre para colocar a cabeça da defesa à roda.
Pedro Tiba foi mesmo apanhado em contrapé, em plena área, compensando a rotação de Jonas com o braço esquerdo a travar a progressão do avançado. Jonas projectou-se e acabou por forçar a nota levando o árbitro a ler erradamente o lance, mandando jogar.
Esta foi a faísca que faltava para incendiar os ânimos depois de um início de jogo hiperactivo, disputado nos limites, com os gritos das bancadas a alimentarem um clima de permanente tensão. Circunstância bem aproveitada pelo Benfica para marcar o seu território e chegar ao golo aos 10', num slalom gigante em que Cervi recebeu a bola de Horta para passar pelo meio de três adversários, aguentar a carga de Baiano, trocar as voltas a Boly e rematar com o pé direito.
O golo não apaziguou um jogo crispado e com pouco mais de uma dúzia de minutos decorridos, João Capela bem podia apelar ao vídeo-árbitro, tecnologia que não teria deixado passar impunemente o toque de Horta na cara de Pedro Santos.
O campeão nacional aproveitava e exercia um domínio avassalador, com Marafona obrigado a mergulhar aos pés de Cervi para evitar o pior. O perigo rondava a baliza do Sp. Braga e André Pinto limpava novo lance de Cervi, instantes antes de quase trair Marafona ao desviar um remate de Nelson Semedo para o poste.
O cenário não melhorava para a equipa de José Peseiro e Cervi desperdiçava o segundo golo, falhando o alvo de forma clamorosa. Pizzi faria o mesmo no lado direito, num cerco asfixiante que levou o Sp. Braga a reagir e a ter de tocar a reunir.
Pedro Santos estava refeito da cotovelada e pronto para entrar em cena com sucessivos avisos a testar o guarda-redes. Os minhotos entravam, finalmente, no jogo e Júlio César era já o elemento mais preponderante no fim primeira parte.
O Sp. Braga conseguia baixar o ritmo de jogo, quebrando o domínio com mais posse e com Rafa a mostrar-se em três ocasiões que não conseguiu finalizar por falta de discernimento. Os minhotos acabavam a primeira parte por cima.
No reatamento, o jogo prosseguiu a um ritmo louco, com o Sp. Braga empenhado em anular a desvantagem, expondo-se às transições que o Benfica ia aproveitando para alimentar as ambições de Jonas.
A entrar na fase das primeiras alterações, o Sp. Braga assumiu a iniciativa, refrescando as ideias na frente de ataque. Porém, foi Marafona a ter a clarividência e a descobrir uma autoestrada em que lançou Rafa. O campeão europeu surgiu isolado na frente de Júlio César mas fez o impensável, atirando para fora. O Benfica respirava de alívio, mas apenas por breves instantes. Agora era Wilson Eduardo a pegar na batuta e a explorar a desorientação "encarnada". E foi quando Rui Vitória pareceu começar a questionar a actuação da sua equipa que o Sp. Braga se desconcentrou, permitindo que Jonas fizesse aquilo que faz melhor (75') e sentenciando o jogo numa combinação com Pizzi, que ainda haveria de assinar um momento de classe, com um chapéu fechou as contas (90+2') da Supertaça.
REAÇÕES
Rui Vitória Benfica "Era importante começar bem. Foi um jogo difícil, bem disputado e contra um belo adversário. O objectivo é ganhar jogo a jogo e acho que estamos no caminho certo"

José Peseiro Sp. Braga "Tivemos mais remates, mais oportunidades. Júlio César com mais defesas do que o nosso guarda-redes e perdemos 3-0. É uma injustiça tremenda. Mas o futebol é quem marca.



Positivo/Negativo

Cervi
Tecnicamente evoluído, explosivo nas acções individuais, marcou um golo de grande classe após um raide individual e deixou indicadores muito positivos para o futuro.

Pedro Santos
Foi um dos elementos mais esclarecidos no momento de desorientação do Sp. Braga e uma constante fonte de problemas para a defesa do Benfica, pela esquerda e pela direita.

Incêndios
Os incêndios na região de Aveiro obrigaram ao corte dos dois sentidos da A1 e condicionaram a circulação na A29, afectando milhares de automobilistas e provocando atrasos, com muitos adeptos a entrarem no estádio com o Benfica já em vantagem.

Incidentes
Registaram-se desacatos nas bancadas, a obrigarem à intervenção da polícia e à transferência de centenas de benfiquistas para outros sectores.

PUBLICO


JotaCC

Benfica de supergolos bateu Sp. Braga de superfalhanços
Cervi abriu o caminho mas os homens de Peseiro tiveram perdidas daquelas impossíveis antes de Jonas e Pizzi marcarem

O Benfica conquistou a Supertaça ao bater ontem o Sporting de Braga em Aveiro, por 3-0, um resultado exagerado para aquilo que foi o jogo e que se decidiu com dois golos nos últimos 15 minutos da partida. É o sexto troféu para o Benfica nesta competição e o seu treinador, Rui Vitória, consegue completar os troféus importantes em Portugal, depois da Taça de Portugal no V. Guimarães e do campeonato na época passada.
Foi uma noite de muito calor no Municipal de Aveiro, rodeado de incêndios, mas isso não impediu um jogo de alto ritmo e de grande emoção até esses minutos finais. Cervi, num golo em iniciativa individual depois de Grimaldo levar a bola pela esquerda, encaminhou o jogo para Jonas fazer o 2-0 num lance aos 75' que começou num lançamento de linha lateral para Jonas e troca de passes com Pizzi que isolou o brasileiro. Finalmente, o mesmo Pizzi fez o 3-0 nos descontos, num belíssimo chapéu depois de Jiménez ter permitido a defesa de Marafona quando se isolou.
O Benfica entrou melhor e chegou cedo ao golo, aos 10', enquanto os jogadores do Sporting de Braga procuravam ainda as suas posições em campo. A ideia de José Peseiro foi começar a defender e talvez num 4x5x1, mas saiu tudo mal, os passes longos saíam sempre para os adversários e depois dava metade do campo e mais alguns metros para o Benfica preparar o seu jogo. É o que se chama entrar muito mal – muito mal treinado – enquanto o Benfica se lançou por ali abaixo, sabendo que nestas coisas o primeiro golo é muitas vezes decisivo.
Rui Vitória confiou em André Horta para jogar no meio-campo com Fejsa, Pizzi na direita e Cervi na esquerda, com os dois pontas-de-lança lá na frente. Já José Peseiro teve de mudar tudo e passar Rafa para segundo ponta-de-lança ao lado de Stojiljkovic, enquanto Tiba ia para a direita e Pedro Santos para a esquerda. Vukcevic andou sempre em dificuldade para encontrar a sua posição e Mauro também – teve alguns lapsos importantes numa posição decisiva como a de trinco, a de sentinela à frente da defesa. Vukcevic só se viu na parte final, antes só defendeu, mas convém sublinhar o bom jogo de André Horta e de Fejsa.
Até ao minuto 20 o Benfica fez o golo, atirou uma bola ao poste – Nélson Semedo, com a bola a desviar no braço de André Pinto (fora da área) e a trair Marafona. Ainda nesse período, Cervi podia ter feito o segundo, mas chutou por alto, desta vez de pé esquerdo. A partir daí foi o Sp. Braga a comandar, a fazer pressão mais alta e Pedro Santos a mostrar-se em slaloms e remates, às vezes sem ver os companheiros em melhor posição. Ineficácia minhota A segunda parte foi bem diferente e o Braga perdeu oportunidades de golo claras, com um grande Rafa, a jogar em liberdade e a aparecer na cara do golo, mas falhando clamorosamente, nomeadamente ao minuto 69, num contra-ataque em que até passou o guarda-redes Júlio César – que foi um dos melhores em campo e teve muito mais trabalho do que Marafona. Peseiro preparou mal a equipa mas mudou bem e a resposta foi de categoria. Mas faltou o golo que a equipa mereceu para empatar. Depois apareceu a dupla Jonas-Pizzi a fazer dois golos tardios e que deram ao resultado um aspeto que é muito enganador – de resto, Rui Vitória já tinha Samaris pronto a entrar para defender quando apareceu o segundo golo. O jogo foi de qualidade, de alta intensidade, com também muitos erros – os da defesa do Benfica foram muitos e grandes, só que o ataque voltou a compensar isso.
Foi um jogo com alguma polémica com as decisões da equipa de João Capela – por exemplo, não se percebe como o árbitro de baliza não viu um remate com a mão de Stojiljkovic. Pediram-se vários penáltis, numa mão de Tiba (difícil de ver) e num agarrão a Hassan, que existiu mas passou em claro.



"Tremenda injustiça" para Peseiro e "muito difícil" para Rui Vitória
DECLARAÇÕESTreinadores com sentimentos diferentes no final da Supertaça. Benfiquista fez o pleno de títulos

Nada apaga o sentimento de "tremenda injustiça" para o treinador do Sporting de Braga, depois de perder por 3-0 com o Benfica. "O que se poderá dizer quando se perde por 3-0 no final de um jogo destes? Tivemos mais remates, mais oportunidades, o Júlio César teve mais defesas do que o nosso guarda-redes. É uma injustiça, mas o futebol é assim", atirou José Peseiro.
O técnico dos minhotos não escondeu a frustração. "Há que dar os parabéns aos meus jogadores. Mas estamos tristes, mas demonstrámos que temos valor. Só que com este resultado ninguém se vai recordar do que fizemos aqui hoje. Não fomos eficazes, não fomos felizes", admitiu, inconsolável com o desfecho da partida: "Se Rafa sai? Neste momento nem tenho disponibilidade para falar sobre isso. Estou triste com este resultado. Foi uma tremenda injustiça, mas o futebol é isto. O Benfica foi muito feliz."
Já Rui Vitória admitiu que o 3-0 não reflete bem o que se passou em campo: "Foi difícil, mas bem jogado. Controlámos os primeiros 30 minutos, contra um belíssimo adversário. O segundo golo na segunda parte matou o jogo."
Na opinião do técnico campeão nacional a Supertaça foi um bom espetáculo. "O jogo foi muito bom, para o primeiro da época, com intensidade alta. O Sp. Braga tem uma belíssima equipa, mas o Benfica esteve sempre muito coeso e forte. Não me surpreendeu que o jogo pudesse ter tido golos numa baliza ou noutra. Há jogos assim, que parece que têm vida própria", disse Rui Vitória, que hoje já estará "a pensar no Tondela".
Para o treinador do Benfica "foi importante" começar bem a época. "Queríamos fazer uma homenagem aos jogadores que nos deixaram [Renato Sanches e Gaitán] e colaboraram para que estivéssemos a disputar o primeiro troféu da nova época. É uma homenagem ao trabalho da temporada em que fomos campeões", considerou RuiVitória em declarações à TVI24.
Depois do tricampeonato, Rui Vitória está confiante para o tetra: "Cada jogo é uma final para nós e já estamos a pensar no início do campeonato, com o objetivo de vencer jogo a jogo. Temos de estar sempre preparados para ganhar. Ganham-se campeonatos trabalhando arduamente."
Rui Vitória alcançou assim o pleno de títulos internos ao vencer a Supertaça pelo Benfica e igualou o feito de Jorge Jesus. À Taça de Portugal, que conquistou pelo V. Guimarães, precisamente frente à equipa encarnada, Vitória juntou logo no primeiro ano de Benfica o campeonato, a Taça da Liga e a Supertaça.
Lindelöf ama o Benfica... No que toca às reações dos jogadores, houve para todos os gostos e feitios. Cervi marcou o primeiro golo do jogo e foi eleito o melhor em campo. "Foi um golo muito bonito. Felizmente fiz um golo e uma assistência, mas o mais importante foi ter ajudado a equipa a vencer. O plantel do Benfica está bem, está forte e com vontade de conseguir grandes vitórias", disse o argentino.
Já Lindelöf fez uma declaração de amor ao clube e acabou com os rumores de saída: "Amo o Benfica, vou ficar!" E Jonas mostrou-se "feliz por mais um golo e um título".
Para Salvio foi "maravilhoso começar a época assim", enquanto para Pizzi (marcou um golo e fez uma assistência) não houve dúvidas de que os encarnados foram "superiores" e "a vitória foi inteiramente justa".
Carrillo estava "supercontente" pela conquista da Supertaça, e logo com "uma exibição muito boa". Confrontado com a mudança do Sporting para o Benfica, o peruano jogou à defesa: "Disso não vou falar."



Pânico nas bancadas com agressões

› O jogo entre Benfica e Sp. Braga (3-0) ficou marcado por confrontos entre adeptos de ambos os clubes, nas bancadas do Estádio Municipal de Aveiro. Tudo aconteceu poucos minutos depois do golo de Franco Cervi, e obrigaram mesmo a polícia a intervir para que as agressões não alastrassem. Por isso as forças de segurança decidiram retirar os fãs encarnados da bancada, acabando por colocá-los no espaço entre a tribuna e o relvado. Mesmo assim, pelas imagens, deu para perceber que houve várias crianças a chorar ao assistirem aos confrontos, passando por alguns momentos de pânico.

DN


JotaCC

A SEXTA PARA DAR O PLENO A VITÓRIA
TROFÉU O Benfica venceu o Braga e colocou a sexta taça no Museu, numa competição em que o FC Porto é dominador

O treinador das águias ganhou o único troféu que lhe faltava a nível nacional, depois de ter conquistado ainda no Vitória de Guimarães a Taça de Portugal e o campeonato e Taça da Liga já no Benfica

E vão seis. O Benfica derrotou o Braga em Aveiro por 3-0 e conquistou a sexta Supertaça Cândido de Oliveira, mantendo a hegemonia dos grandes nesta competição. Nos últimos 19 anos, apenas FC Porto, sobretudo este, Sporting e Benfica têm arrebatado o troféu. Os encarnados juntam mais um título aos conquistados na temporada transata – campeonato e Taçada Liga –, numa competição em que atén em sãop articularmente vitoriosos. Em 18 finais disputadas, perderam 12, a última das quais diante do Sporting no Algarve, na época em que Jorge Jesus trocou a Luz por Alvalade – Carrillo, agora de águia ao peito, apontou o golo dos leões.
O Braga, vencedor da Taça de Portugal na última temporada, falhou o primeiro objetivo da época 2016/17. Esta foi a terceira presença dos arsenalistas na final desta prova e a terceira derrota. Anteriormente, tinham sucumbido frente a Sporting e FC Porto.
António Salvador tem colocado o clube no topo da pirâmide, mas ontem regressou a casa sem o desejado troféu. O emblema minhoto continua assim a agitar a bandeira da Taça de Portugal conquistada na última época e em 1965/66, e a da Taça Intertoto alcançada em 2008/09.
Quem uma vez mais sai por cima é Rui Vitória, que faz o pleno com o triunfo de ontem. O treinador já tinha no currículo a Taça de Portugal, ganha ao Benfica quando treinava o Vitória de Guimarães, e somou a esta conquista os títulos de Campeão Nacional, Taça da Liga e Supertaça, todos os serviço das águias.
O Benfica terminou também com a seca de golos, depois de ter obtido apenas um nas últimas duas décadas.
De resto, o FC Porto é o líder incontestável nesta competição, tendo ganho 20 vezes o troféu. O mais próximo dos dragões é o Sporting, com oito títulos. Segue-se o Benfica com seis, o Boavista com três e o Vitória de Guimarães com um.


DERROTAS
3
O Braga perdeu pela terceira vez a Supertaça. A primeira foi contra o Sporting, em 1982, num total de 7-3; a segunda contra o FC Porto, em 1998, por 2-1, e ontem diante do Benfica



FILME DO JOGO

6' Livre na direita. Bola batida para o molho de jogadores na pequena área e Marafona agarra.
10' [1-0] Cervi recebe a bola de Grimaldo, flete da esquerda para a área, passa entre Baiano e Tiba, que tarda na ajuda, entra na área, finta Boly e remata de pé direito. Um grande golo.
14' Cervi parte os rins a Baiano, cruza rasteiro e Marafona vai ao chão impedir que Grimaldo faça o golo.
15' Nélson Semedo remata da fora da área, a bola bate em André Pinto e vai ao poste.
19' Semedo combina com Pizzi e cruza para o remate de primeira de Cervi. Alto e torto.
21' Pizzi centra, Bolycorta e a recarga de Horta sai ao lado.
22' Nas costas de Semedo, Pedro Santos flete para dentro e à entrada da área remata de pé direito. Júlio César defende para canto.
29' Pedro Santos remata e Júlio César defende para a frente.
30' Rafa segura a bola para novo remate de Pedro Santos, desta vez sai rente o poste.
38' Cruzamento perfeito de Pedro Santos e Rafa falha a emenda junto ao poste.
45' Júlio César defende para a frente um remate de Tiba e Pedro Santos, na área, tenta fintar Lindelof, em vez de chutar de primeira.
51' Grande cruzamento deMauro eTiba falha a emenda por pouco.
60' Grimaldo tenta a sorte de fora da área. Marafona defende.



A MAGIA TANTO PODE SER BELA COMO CRUEL
Quando o Braga justificava mais até do que chegar ao empate, Pizzi foi ao baú das habilidades e deu a Supertaça ao Benfica

A Supertaça Cândido de Oliveira viajou para a Luz por obra das mais-valias individuais. O Braga entrou a perder, deu a volta até ficar por cima no jogo, mas no momento de marcar voltou a sofrer O Benfica bateu o Braga por números que não espelham nem de perto o que jogou cada uma das equipas, acabando por refletir a valia individual dos intérpretes. Quando o jogo pendia claramente para os minhotos, a quem um golo poderia virar tudo do avesso, Pizzi inventou um passe perfeito para o mortífero Jonas, fechando a questão do vencedor. Um último golo para embelezar a exibição resulta num castigo exagerado para a equipa de José Peseiro, que entrou em campo equivocada, mas foi capaz de se reinventar e entrar no jogo com uma facilidade que não se lhe adivinhava.
Rui Vitória montou o esquema mantendo-se fiel aos princípios da época passada, utilizando um 4x4x2 em que Cervi faz de Gaitán (com um desenvoltura tremenda – é craque) e André Horta faz dele próprio ao lado de Fejsa, ocupando um espaço que foi de Renato Sanches mas antes de Pizzi, este sim, o homem que, ontem, mais uma vez, levava com ele a chave do cofre. José Peseiro tentou contrapor por 4x3x3 completamente desajustado, cometendo pecados capitais como dar espaço e não entender a movimentação contrária. Sozinho na cabeça da área, Mauro descurava muitas vezes a vigilância a Jonas por tentar compensar as entradas de Pizzi para o meio, que não só baralhavam o modo de defender bracarense como abriam avenidas para Nélson Semedo. Durante uma vintena de minutos, com as duas asas a funcionar, principalmente a esquerda, o Benfica conseguiu um golo e prometia mais. Depois, também sentiu de forma inesperada as trocas do opositor.
A jogada estratégica de José Peseiro mudou completamente a face da partida. Sem fazer substituições, alterou quase tudo. Vukcevic passou a jogar ao lado de Mauro, como se impunha, Pedro Tiba encostou-se à direita, Rafa passou a jogar como segundo avançado e Pedro Santos colou-se à esquerda, para desespero dos benfiquistas. Nélson Semedo apareceu em plano de destaque, está claramente a tentar agarrar o lugar, mas só conseguiu fazer um grande meio jogo, que foi a atacar. A defender foi um buraco por onde Pedro Santos passou como quis, conseguindo numa primeira fase equilibrar as forças e depois colocar o Braga por cima durante a maior parte do tempo. Rafa perdeu dois golos feitos, um dos quais depois de fintar o guarda-redes e o Benfica estava a ameaçar abrir falência física, tanto assim que, a ganhar por 1-0, Rui Vitória tinha Samaris na linha para entrar em substituição de Horta quando Pizzi inventou o golo de Jonas. Naquela altura, o treinador do Benfica só pensava em segurar a magra vantagem de que dispunha e que nos minutos anteriores passara pelo acerto de Júlio César. Após o segundo golo, Vitória travou de imediato a troca e, minutos depois, quando o segundo trinco entrou, pois continuava a ser necessário, foi Jonas quem saiu. Até aí, era importante segurar o meio-campo e manterem campo a ameaça; depois, a ideia era segurar e segurar.
O Braga nunca desistiu, continuou à procura de um golito que lhe desse algum reconhecimento pelo trabalho feito, mas nesta altura já pouco lhes interessava se a equipa continuava ou não a manter-se equilibrada. Na ressaca de um contra-ataque, Pizzi assinou uma obra de arte.



Substituições Peseiro jogou tudo para ganhar mas não deu

A principal substituição do Benfica está explicada na crónica: a entrada de Samaris. De resto, trocar Mitroglou por Jiménez é corrente e Salvio teve uns minutinhos de prémio. Alterações para ganhar tentou-as Peseiro. Primeiro tirou Tiba para meter Wilson Eduardo, mais acutilante e direto a sair para o ataque, menos preocupado a defender, mas a aposta era mesmo para a frente. Daí a permuta de pontas de lança. Stojiljkovic estava lento e fácil de marcar, Hassan foi mais dinâmico e lutador, mas também ficou em branco (por pouco).

O JOGO

JotaCC

JOSÉ PESEIRO ELÉTRICO NO BANCO E VÁRIAS VEZES ADVERTIDO

Com o Braga a pressionar o Benfica, José Peseiro esteve muito ativo no banco ao dar instruções à equipa, pedindo para não baixar o ritmo. O treinador ultrapassou várias vezes o limite da zona técnica e foi repreendido pelo quarto árbitro Pedro Ribeiro. Quando Jonas fez o segundo golo encarnado, Peseiro mostrou-se inconsolável mas não deixou de puxar pelos jogadores. Algo que já não sucedeu no terceiro de Pizzi, limitando-se a ficar de pé a olhar para o... infinito.



José Peseiro "Foi uma tremenda injustiça"
Treinador defende que os arsenalistas criaram mais oportunidades e que só lhes faltou eficácia

"Saída de Rafa? Neste momento não tenho disponibilidade para falar sobre isso. Não consigo. Estou triste"
José Peseiro
Treinador do Braga


Desiludido pelo desfecho da Supertaça, o técnico fintou a pergunta sobre eventuais saídas e mostrou esperança de que a felicidade acompanhe o estilo de jogo audacioso da equipa

A derrota na Supertaça foi de difícil aceitação para José Peseiro. Especialmente pelos números (3-0) e pela forma como aconteceu. "Tivemos mais remates, mais oportunidades criadas, viram-se mais defesas realizadas pelo Júlio César do que pelo nosso guarda-redes... Perder 3-0 é uma injustiça tremenda", sublinhou o treinador do Braga, numa reação ainda a quente, logo após o apito final. "Quando conseguimos mudar a estrutura do 4x3x3 para o 4x4x2, jogámos tanto ou mais do que o Benfica. Sei que quem não viu este jogo não saberá o que se passou aqui e que para a história só entra o resultado. Quem marca é quem vence, mas merecíamos outro desfecho", sustentou.
"Com exceção para os primeiros 15 minutos", José Peseiro gostou bastante da exibição do Braga. Aliás, o técnico chegou a sentir que os arsenalistas poderiam ter equilibrado o marcador na segunda parte, quando viu Rafa ultrapassar Júlio César e rematar para fora com a baliza escancarada. "Há um momento do jogo em que o Benfica estava temeroso, com alguns problemas de organização e, se tivéssemos feito o empate, poderíamos estar a falar noutro resultado", comentou. "Não fomos felizes nem eficazes, mas, a continuar assim, jogando olhos nos olhos e sem medo, espero que a felicidade apareça", desejou.
Por abordar ficou o tema mais badalado do momento: a possibilidade de Boly e Rafa abandonarem o clube. O central francês, como O JOGO já deu conta [ver mais página 18], tem tudo bem encaminhado para reforçar o FC Porto. O extremo, que se sagrou campeão europeu com a Seleção Nacional, tem vários pretendentes, entre os quais o Benfica... e os dragões. Mesmo assim, Peseiro fintou a questão. "Neste momento não tenho disponibilidade para falar sobre isso. Não consigo. Estou triste com o resultado", defendeu-se, garantindo ainda não ter ouvido qualquer gritaria na zona dos balneários.


ANDRÉ PINTO ACHA O 3-0 EXAGERADO
Central garantiu nada saber sobre o interesse do Zenit e revelou que foi um orgulho capitanear o Braga na Supertaça

A "atitude da equipa" foi, para André Pinto, o que sobrou da exibição do Braga em Aveiro, de onde saiu com uma derrota rotulada pelo central como "exagerada". "Assistiu-se a um bom espetáculo das duas equipa para esta fase da época. O resultado é de todo exagerado. O Benfica ganhou e não podemos tirar-lhe mérito, até porque se trata de uma grande equipa, mas o jogo foi repartido, com mais oportunidades degolo da nossa parte do que deles", salientou o capitão dos bracarenses, que nas últimas semanas foi associado ao Zenit. No entanto, garantiu nada saber sobre o interesse da equipa de São Petersburgo (Rússia) ou de outras. "Tenho um grande orgulho e um prazer enorme de poder envergar esta braçadeira num jogo desta importância", acrescentou, antes de deixar uma palavra aos adeptos, que classificou de "fantásticos".



"Rafa? Deram mais de M€ 20"
Presidente do Braga admite que será difícil segurar o jogador, pouco disposto a ir para qualquer clube. Tanto em janeiro como agora, a cláusula foi batida sem sucesso

"Para que percebam, já houve clubes que deram mais de 20 milhões e o Rafa não mostrou interesse em sair"
António Salvador
Presidente do Braga

As investidas em torno de Rafa têm sido frequentes, confirmou António Salvador, que também deu a entender que a vontade do jogador será determinante. Tudo vai fazer para o manter, mas sem garantias

Muito pretendido em Portugal e no estrangeiro, Rafa é o assunto do momento no Braga. Blindado por uma cláusula de 20 milhões de euros, o avançado pode sair até ao fecho do mercado de transferências, como deu ontem a entender António Salvador, que também explicou que o jogador não está disposto a jogar em qualquer clube. "Para que percebam, já houve clubes que ofereceram os 20 milhões de euros [da cláusula] e o jogador não mostrou interesse em sair para esses clubes", revelou o presidente do Braga, detalhando depois mais um pouco da situação. "Em janeiro houve clubes que deram mais de 20 milhões e agora também houve clubes que deram mais do que a cláusula; o jogador não mostrou interesse, é porque quer continuar no Braga." Recorde-se que o Zenit, da Rússia, foi apontado recentemente como um dos principais interessados no internacional português.

Com mais três épocas de contrato com o clube arsenalista, Rafa estará na mira do FC Porto e do Benfica. "Vamos esperar para ver o que vai acontecer até ao dia 31. Gostaria que continuasse, mas, se sair, o Braga terá jogadores à altura para o substituir", explicou Salvador, sem querer falar nos clubes interessados. "Em que clube vai jogar? Se fosse adivinho, adivinhava, mas não sou bruxo", atirou o presidente, confiando que a equipa permanecerá forte. "Todos os anos, há mudanças de jogadores e temos de estar preparados para os substituir. Saindo alguém ou não, o Braga vai continuar a ser uma grande equipa. Se me perguntam se gostaria de ficar com os que estão cá, digo que sim, mas nem sempre é possível. Tudo farei para estes jogadores ficarem", assegurou.
Desiludido com a derrota, António Salvador disse ainda contar "com a ajuda dos adeptos" no dérbi com o V. Guimarães, "que tem uma grande equipa".


"Invasão" de Cervi indignou presidente
Líder do Braga não gostou que o jogador do Benfica tivesse passado pelo balneário arsenalista

No final da partida, o extremo Franco Cervi foi eleito o melhor jogador em campo, pela comunicação social. Quando o argentino entro una sala de Imprensa para receber o troféu, ouviram-se gritos de António Salvador que não terá gostado que a entrada de Cervi na sala tenha sido feita por uma via coincidente com o balneário do Braga. A situação gerou discussão entre os seguranças dos dois clubes e até foi o presidente arsenalista a evitar que as duas partes entrassem em confronto. "Estava no balneário e vi uma confusão lá fora entre seguranças mas isso é normal, se calhar não deviam ter passado à frente do nosso balneário. Mas, não se passou nada e tudo se resolveu", explicou o líder bracarense que terá ficado insatisfeito com a organização da FPF.

O JOGO

JotaCC

Contrarrelógio por Boly
O central do Braga não escapa, mas as inscrições para o play-off com o Roma terminam hoje. Há uma segunda janela, mas só cabe mais um jogador...

SAD volta hoje à carga para fechar o francês. Se não conseguir, então fica com ele na reserva para a vaga que pode gastar na véspera do primeiro jogo. Mas, nesse caso, não cabe mais ninguém

A SAD do FC Porto começa, esta manhã, a tratar novamente do dossiê Boly e em ritmo de contrarrelógio. À meia-noite, encerram as inscrições para o play-off de acesso à Liga dos Campeões e é imperativo que o contra todo jogador seja registado hoje na Liga de Clubes para depois os papéis poderem seguir para a UEFA. O tempo é curto, porque, ao contrário do que se esperava, não foram ainda resolvidos todos os pormenores relativos à transferênciado defesa-central. Entre clubes está tudo certo, com o jogador também, mas o empresário, Meissa N'Diaye, nem tanto. O problema tem que ver com a percentagem do passe que o FC Porto vai adquirir. O Braga tem 70% do mesmo, N'Diaye tem o restante e também quer lucrar com o negócio, pois entende que a projeção que agora Boly adquiriu tem muito que ver com a aposta pessoal que o agente terá feito quando o francês estava no Auxerre, ainda na formação.
Como dissemos, mais do que garantir o jogador – Nuno Espírito Santo tem a certeza de que Boly será reforço, mais cedo ou mais tarde – o FC Porto quer consegui-lo em tempo útil. Os regulamentos da UEFA para a Liga dos Campeões, ligeiramente diferentes este ano, abrem uma janela extra, que fecha apenas às 24 horas da véspera do jogo da primeira mão. Nessa, contudo, só se pode inscrever um jogador, tendo de sair outro se a lista já estiver cheia. Boly pode beneficiar disso, mas, se o FC Porto contratar outro reforço até lá, algum terá de ficar de fora. Daí a importância de somar o jogador do Braga na primeira Lista A, que será submetida hoje.
Para Nuno Espírito Santo, a inscrição não é propriamente um problema, pelo menos por agora. A SAD e a equipa técnica decidirão, em conjunto, se os nomes de Brahimi e Aboubakar seguem para a UEFA. Vagas há para todos, ao contrário do que tem sucedido nas últimas temporadas.Inscrevendo João Costa, Rúben Neves e André Silva nas vagas para jogadores formados no clube, restam 22 jogadores para as outras 21 vagas. Como Sérgio Oliveira não conta para já – está no Brasil, ao serviço da seleção olímpica, e falha pelo menos a primeira mão do play-off, a 17 de agosto – todos os outros podem ser inscritos. Se Boly assinar, então um tem de ser excluído, sobrando provavelmente para Chidozie, uma vez que o plantel ficaria com cinco defesas centrais.



PAULO OLIVEIRA NA EQUAÇÃO VUKCEVIC
O Sporting só avança para o montenegrino do Braga em caso de saída de algum jogador do meio-campo. Mas já há plano para contratá-lo

A possibilidade de entrada do defesa num eventual negócio agrada ao Braga, apurou O JOGO, que está na iminência de perder Boly. Palhinha, Wallyson e Iuri Medeiros também foram considerados
Até ao fecho do mercado de transferências, o Sporting arrisca perder algum jogador fundamental do meio-campo, já que os campeões europeus William Carvalho, Adrien e João Mário são muito cobiçados. Mas já tem um plano de contingência delineado para, se esse cenário se concretizar, facilitar a contratação do bracarense Nikola Vukcevic, o eleito pela SAD verde e branca para o eventual reforço do sector intermédio: a inclusão do passe do defesa Paulo Oliveira, jogador que agrada aos bracarenses e poderá facilitar a transferência.
Há cerca de dois meses os dois emblemas chegaram a negociar a transferência do internacional montenegrino, mas o negócio caiu dadas as elevadas exigências financeiras dos bracarenses, que começaram por pedir dez milhões de euros pelo médio de 24 anos que completou três temporadas nos minhotos e acabou de renovar até 2020.
Outros jogadores considerados como moeda de troca para facilitar o negócio foram Palhinha, Wallyson e Iuri Medeiros, mas Paulo Oliveira é o que mais agrada ao Braga, até porque está na iminência de perder um jogador da mesma posição, o francês Willy Boly, na mira do FC Porto.
Paulo Oliveira passou de indiscutível com Marco Silva a quinto central dos leões com Jorge Jesus (atrás de Coates, Rúben Semedo, Naldo e Ewerton), que prefere defesas mais altos e com melhor qualidade de passe para a equipa ter mais opções na primeira fase de construção.


O JOGO