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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 08/04

Started by Bruno3429, 08 de April de 2016, 08:14

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Bruno3429

SCB: Missão ainda (im)possível
Paulo Machado

O Shakhtar Donetsk ganhou vantagem nos quartos-de-final da Liga Europa, ao vencer ontem o SC Braga por 2-1 no jogo da primeira mão, mas o golo de Wilson Eduardo já no último suspiro ainda devolveu a esperança e deixa tudo em aberto para o segundo duelo, agora, na Ucrânia, dentro de uma semana. A missão dos Guerreiros do Minho, porém, é menos possível, apesar de ainda faltar disputar o jogo da segunda mão.
Erros clamorosos, quer a defender como a atacar, onde ficou patente algum desacerto na finalização, esteve na base deste resultado negativo para a equipa liderada por Paulo Fonseca. Foi a primeira derrota do SC Braga, em casa, nas competições europeias e que pode ser fatal nas aspirações que ainda alimenta na Liga Europa.
Rakitskiy (45 m) e Ferreyra (76 m) foram os marcadores dos golos dos ucranianos, que traduzem alguma injustiça no marcador.

A primeira parte do desafio ficou manchada por um golo a frio, mesmo em cima do apito para intervalo, quando Rakitsiy colocou a bola no fundo da baliza de de Matheus, na sequência de um pontapé de canto, num lance que o jogador dos ucranianos, incompreensivelmente, surgiu sem marcação à entrada da pequena área para fazer o primeiro golo do Shakhtar Donestk. O golo gelou a 'Pedreira', completamente contra a corrente do jogo, perante o domínio protagonizado pelos bracarenses, contabilizando-se ainda algumas oportunidades que ficaram por marcar.
Rafa desde cedo mostrou-se no jogo, fazendo uso da sua velocidade. Logo nos primeiros instantes disferiu um remate que foi desviado com alguma dificuldade por Pyatov. O guarda-redes do Shakhtar ainda respondeu, sem grandes porblemas, a mais duas defesas, na resposta a outro ensaio de Rafa e também de Pedro Santos.
O jogo do Braga assentava, basicamente, nas linhas diagonais, com Hassan e Stoilijkovic a jogarem no meio dos centrais, mas ambos sem grande espaços para se mostrarem no jogo.
À passagem da meia-hora, Hassan causou expectativa quando surgiu em boa posição para responder a uma assistência de Pedro Santos, mas o corte de Rakitskiy foi providencial.

O Shakhtar Donestk efectuou um jogo "manhoso", à imagem de Mircea Lucescu, à espera do erro do adversário. E quando surgiu a oportunidade, lá está, acabou por facturar.
No segundo tempo, o SC Braga correu atrás do prejuízo e a esperança regressou à Pedreira, com Rafa a carregar a equipa em ombros, mas até o internacional português esteve numa noite menos inspirada na finalização. O reflexo deste jogo ficou patente ao minuto 50, quando Rafa surgiu em boa posição e enviou a bola à barra. O Braga carregou, carregou... mas, por ironia do destino, foi o Shakhtar quem chegou ao golo, desta feita com o brasileiro Ferreyra a surpreender a defensiva arsenalista, fazendo o segundo golo na concretização de um contra-ataque desenvolvido por Marlos.
O jogo parecia sentenciado, com a frustração a pairar nas bancadas, mas num último suspiro Wilson Eduardo ainda fez o golo de honra (89 m) reduzindo a desvantagem (1-2) e assim fica tudo em aberto para o segundo 'round' em Lviv.

Correio do Minho

JotaCC

#1
Derrota em casa deixa o Sporting de Braga à beira do KO europeu
Frieza do Shakhtar Donetsk garante triunfo por 2-1, deixando eliminatória da Liga Europa praticamente decidida a favor dos ucranianos. Um golo perto do fim dá esperança aos minhotos para a reviravolta

"O resultado não traduziu o que se passou no campo e que foi um Sp. Braga totalmente dominador e sufocante. As oportunidades claras foram para a nossa equipa. É difícil aceitar este resultado face ao jogo que fizemos, mas este golo no final dá-nos esperança"
PAULO FONSECA


Nunca há bons momentos para sofrer um golo num jogo de futebol. Mas quando isso acontece a um minuto do intervalo, num jogo em casa e a eliminar, é meio caminho andado para fazer desmoronar qualquer estratégia. Foi isso que aconteceu ao Sporting de Braga no jogo da Liga Europa de ontem, frente ao Shakhtar Donetsk. Um golo ao cair do pano, mantém alguma esperança de recuperação minhota na segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa.
O Braga (a jogar de amarelo) voltou a não conseguir um bom resultado frente ao Shakhtar Donetsk
A entrada do Sp. Braga em campo tinha sido prometedora, com a posicionamento de Rafa em zonas mais centrais do que o esperado a causar desequilíbrios à equipa contrária. O internacional português demorou pouco tempo a pôr Pyatov à prova, com uma remate, desde a entrada da área, logo aos dois minutos. Só que Mircea Lucescu demorou pouco tempo a perceber a estratégia de Paulo Fonseca e rapidamente corrigiu a equipa, dando-lhe equilíbrio.
É certo que os bracarenses continuaram a ter o domínio territorial da partida, garantindo maior posse de bola e o monopólio das intenções ofensivas, mas as ocasiões criadas não causavam grandes dificuldades ao guarda-redes contrário.
Já com o jogo num ritmo mais baixo, o Shakhtar Donetsk aventurou-se finalmente no ataque nos últimos instantes da primeira parte — e logo com resultados. Primeiro, Marlos surgiu bem posicionado na cara de Matheus, mas acabou por atrapalhar-se ao tentar fazer a finta e o lance perdeu-se. Mas no canto que resultou dessa jogada, os ucranianos acabariam por chegar à vantagem, através do defesa central Rakitskiy, que apareceu sozinho ao segundo poste a fazer o remate.
O Sp. Braga acusou o golo sofrido sobre o intervalo e entrou mal no segundo tempo, algo que foi aproveitado pelo Shakhtar para continuar a criar perigo, como aconteceu no lance (48') em que Malyshev apareceu sozinho na zona frontal da pequena área, rematando para as mãos de Matheus. O Sp. Braga esboçou uma reacção (52'), por intermédio de Rafa, que foi sempre o homem mais activo da sua equipa. O remate colocado acabou, porém, por acertar na barra.
Depois, o jogo foi ficando cada vez mais partido. O Sp. Braga esticava-se para tentar chegar ao golo, mas ia abrindo cada vez mais espaço. Sem surpresa, foi dessa forma que o Shakhtar voltou a marcar, num contra-ataque rápido (75'), finalizado por Facundo Ferreyra, na pequena área. O resultado do jogo só não foi tão negativo para o Braga porque, aos 89 minutos, Wilson Eduardo reduziu a desvantagem com um golpe de cabeça. Há uma réstia de esperança para a segunda mão da eliminatória.



Positivo/Negativo

Mircea Lucescu
Estrategicamente, o jogo correu bem ao técnico romeno da equipa ucraniana. Apostou em "congelar" a partida na sua fase inicial, fazendo-a partir para o ataque apenas no final da primeira parte. Chegou ao golo antes do intervalo e depois foi capaz de aproveitar o balanceamento contrário para praticamente sentenciar a eliminatória.
Rafa
O que de melhor se viu do Sp. Braga na noite de ontem passou pelos seus pés. Fosse a criar desequilíbrios posicionais, na primeira fase do encontro, fosse a esticar o jogo, quando a equipa já estava em desvantagem.
Defesa do Braga
É incompreensível num jogo desta importância a forma como Rakitskiy apareceu solto ao segundo poste no lance do primeiro golo. A partir daí, a equipa não mais conseguiu voltar ao plano de jogo.

PUBLICO

Bruno3429

UM AMBIENTE PARA REPETIR
Enchente da época contra o Shakhtar

Era uma casa assim que António Salvador queria nos jogos todos. Foram 21.645 os espectadores que aceitaram o repto da SAD e foram à Pedreira apoiar a sua equipa num dos jogos mais importantes da época. A maior enchente de 2015/16 viu-se logo nas imediações do estádio, tal era o trânsito, e também nas longas filas para entrar no recinto. Só faltou a festa...

MAIOR SUBIDA NO RANKING DA UEFA
Sp. Braga ascendeu oito posições

Foi com orgulho que o Sp. Braga recebeu, na tarde de ontem, a informação da UEFA de que tinha sido a equipa que mais posições subiu no ranking oficial de clubes do continente europeu. A excelente campanha que os arsenalistas têm feito na Liga Europa permitiu um salto do lugar 53 para o 45º, a apenas seis posições do Sporting.
A subida no ranking mereceu mesmo um grande destaque no site da UEFA, a poucas horas de os guerreiros entrarem em campo para a 1ª mão dos quartos-de-final da Liga Europa.

PEDRO SANTOS: «SABEMOS QUE É DIFÍCIL MAS ACREDITAMOS»
Extremo lamenta a falta de eficácia, mas garante equipa ambiciosa no jogo da 2.ª mão

Pedro Santos não esperava grandes facilidades frente ao Shakhtar Donetsk, mas aponta a falta de eficácia da sua equipa como a grande razão para esta não ter conseguido, ontem, um resultado mais tranquilo.
"Sabíamos que era um jogo muito difícil, contra uma grande equipa. Entrámos muito bem, a controlar e a criar oportunidades, mas faltou-nos eficácia. O Shakhtar, na única oportunidade que teve na 1ª parte, conseguiu chegar ao golo. Teve uma eficácia tremenda. Fomos para a 2ª parte com o intuito de dar a volta ao jogo. Lutámos, mas, mais um vez, numa jogada de contra-ataque, o Shakhtar conseguiu fazer o golo", lamentou o extremo.
O jogador, de 27 anos, garante que a exibição e o golo de Wilson Eduardo já na reta final do encontro foi um alerta para o que os bracarenses são capazes de fazer na 2ª mão. "Sabemos que é difícil, mas acreditamos até ao fim. Mostrámos aqui que temos argumentos para lutar pela eliminatória. Se não acreditássemos, não tínhamos ambição, mas nós somos uma equipa ambiciosa", apontou Pedro Santos.

Autores: José Mário e Ricardo Vasconcelos

Record

Bruno3429

A EFICÁCIA A DITAR UM CASTIGO

Taxas de aproveitamento muito díspares redundaram num resultado que sorri ao FC Shakhtar e penaliza, em demasia, o SC Braga. A eficácia ucraniana ditou diferenças que, no futebol jogado, não ficaram claras, sobretudo porque os Gverreiros tiveram fases de supremacia absoluta, não consumada em golos. Foi assim logo no arranque do jogo, foi assim, e sobretudo, na etapa inicial da segunda parte, quando, já em desvantagem, o SC Braga assentou junto da baliza de Pyatov, sempre salvaguardada, ora pelo internacional ucraniano, ora pelos defesas, ora (até) pelos ferros.

O Shakhtar é uma equipa experiente, rodada internacionalmente na montra da UEFA Champions League e que tem nos seus quadros habituais selecionáveis pelo Brasil, pela Ucrânia ou pela Croácia. Uma equipa sólida, orientada pelo decano Mircea Lucescu há mais de uma década e que mostrou em Braga que é, tal como Paulo Fonseca projetou, um candidato a vencer esta prova. Não se encolheu o SC Braga perante esta dimensão do seu adversário. Rafa e Pedro Santos esticaram o jogo até perto da área de Pyatov, Hassan e Stojiljkovic bateram-se perante uma defesa também ela muito físico e o meio-campo desdobrou-se entre a coordenação dos ataques e os posicionamentos para evitar as conta-ofensivas.

O Shakhtar apostava em venenosas e cirúrgicas aproximações à baliza de Matheus e viu o jogo sorrir-lhe muito perto do intervalo, quando de um canto que pingou nos pés de Rakitskyi saiu um remate que se ressaltou em Ricardo Ferreira e traiu Matheus. Duro, castigador, mas um desafio à superação dos Gverreiros. Viu-se esse espírito que tantos sucessos rendeu recentemente após o recomeço da partida. Rafa esteve particularmente perto do golo, num remate impedido pela barra, mas também Vukcevic, Luíz Carlos e Stojiljkovic se encontraram cara a cara com a felicidade que, num último sopro, acabou por lhes fugir.

Sorriria, mais tarde, ao Shakhtar e a Facundo Ferreyra, autor do 0-2, golpe que parecia definitivo no ânimo minhoto. Não foi, porque esta equipa não vira a cara à luta. Reduziu por Wilson, encostou na área de Pyatov e acreditou no mal menor que os adeptos tanto mereciam, pela forma como se juntaram aos jogadores, como os empurraram, como se apresentaram para ir a jogo com eles.

Era difícil, e mais difícil ficou. Mas por muito que as probabilidades joguem a favor do Shakhtar, há algo de que todos saíram convencidos: este SC Braga vai ser Gverreiro enquanto houver eliminatória para disputar.

PAULO FONSECA: "VAMOS LUTAR ATÉ AO FIM"

A porta de acesso às meias-finais da Liga Europa está mais estreita, é certo, mas não está fechada. O SC Braga perdeu, por 1-2, com o Shakhtar Donetsk, resultado que o treinador do SC Braga, Paulo Fonseca, classifica de "injusto". A segunda mão está marcada para a próxima quinta-feira e o técnico não permite qualquer tipo de desalento. Há vida depois desta derrota. "É possível, mas é difícil. Volto a repetir, face ao jogo, face àquilo que produzimos tenho de acreditar e passar esta mensagem aos jogadores. Tenho a certeza, e ficou aqui bem patente, que os bracarenses têm orgulho nesta equipa, naquilo que ela desenvolve dentro de campo e na e coragem que os jogadores demonstram sobre qualquer equipa. Ficou aqui demonstrado o apoio constante de uma massa associativa, que tem estado sempre ao lado da equipa. Nós temos de acreditar também por eles. Vamos lutar até ao fim, até ao último segundo, para conseguir surpreender uma equipa que vai estar, obviamente, confortável com o resultado que conseguiu aqui», atirou em conferência de imprensa.

Para Paulo Fonseca o desaire não espelha a realidade de uma partida em que os gverreiros produziram várias oportunidades, mas com um desacerto evidente na hora da finalização. "Não gosto de falar em justiça no futebol, mas a verdade é que o resultado não traduziu o que se passou no campo. O que se passou foi um SC Braga dominador, sufocante, com um o adversário completamente subjugado à nossa iniciativa, ao nosso jogo", atirou. Numa eliminatória que está no intervalo, Paulo Fonseca não considera que a tarefa esteja mais complicada porque já o era desde que o sorteio ditou o Shakhtar Donetsk no caminho dos minhotos. "Já era difícil à partida e as coisas ficaram as coisas mais difíceis, mas há uma vontade enorme de dar a volta", sublinhou o treinador.

SCBraga

JotaCC

Wilson recusa-se a declarar o óbito
Golo perto do fim reduz efeitos da derrota, mas Shakhtar fica em vantagem na luta pelo acesso às meias-finais da Liga Europa

O Sporting de Braga perdeu e está em desvantagem na luta com o Shakhtar Donetsk pelo acesso às meias-finais da Liga Europa, mas um golo a um minuto do fim, apontado por Wilson Eduardo, amenizou o desaire e deixa de alguma forma em aberto a eliminatória, que o anunciado triunfo por 2-0 dos ucranianos praticamente sentenciava. No entanto, na próxima quinta-feira, em Lviv (casa emprestada da Shakhtar), os minhotos estão obrigados a vencer por dois golos de diferença para seguirem em frente. Tarefa muito difícil, mas nada está completamente perdido.

Braguista Hassan não conseguiu bater o guarda-redes Pyatov. Já o central Rakitskiy, aqui a pressionar o avançado egípcio, foi o autor do primeiro golo do Shakhtar
O golo de Wilson Eduardo, que entrou a 16 minutos do fim para o lugar do desinspirado Stojiljkovic, surgiu tarde, sendo fraco pecúlio para uma equipa que, sobretudo na primeira parte, falhou algumas oportunidades e que acabou por pagar a fatura da ineficácia.
Em relação à goleada (5-1) sofrida na semana passada na Luz, frente ao Benfica, para a Liga, Paulo Fonseca fez três alterações no onze inicial, mas sem surpresas, pois já se esperavam os regressos de Boly, Vukcevic e Stojiljkovic.
Desde cedo o Braga sentiu dificuldades para impor o habitual 4x4x2, mas, até à meia hora, Rafa protagonizou dois lances que podiam ter dado golo. No primeiro, Pyatov defendeu para canto. No segundo, o médio ala rematou fraco e à figura do guarda-redes ucraniano.
Sem criar grande perigo, o Shakhtar assinou, perto do intervalo, dois lances na área bracarense. Após Marlos ter perdido tempo para marcar, depois, na sequência de um canto, o central Rakitskiy fez o 1-0 para os ucranianos, autêntico balde de água fria para os minhotos.
O Shakhtar reentrou melhor no segundo tempo, Rafa ainda atirou a bola à barra, mas acabou por ser a equipa ucraniana a chegar ao 2-0, após cruzamento de Marlos, concluído por Ferreyra.
O Braga sentiu muito o segundo golo e demorou a reagir. Os ucranianos estiveram mais do que uma vez perto do 3-0, mas, num último esforço, a equipa minhota foi capaz de reduzir para 1-2, num centro de Baiano, concluído por Wilson Eduardo. Apesar de ainda ter tentado chegar ao empate, já não havia tempo para muito mais, confirmando-se, assim, a primeira derrota arsenalista em casa na Liga Europa.



"Face ao que fizemos eu tenho de acreditar"

Não merecíamos este resultado. Este jogo resume-se à eficácia do Shakhtar, que é muito forte no contra-ataque.
Fizemos um grande jogo e nada está perdido. Vamos à Ucrânia para tentar virar a eliminatória.
Ricardo Ferreira
Defesa do Sporting de Braga
Jogámos contra uma grande equipa. Na primeira oportunidade que teve, o Shakhtar chegou ao golo.
Não viramos a cara à luta. Está ainda mais difícil, mas vamos dar tudo pela eliminatória na Ucrânia.
Pedro Santos
Avançado do Sporting de Braga


O técnico do Braga começou por dizer que não gosta de falar de "justiça e injustiça" no futebol, mas não disfarçou alguma amargura face à derrota. "Este resultado não traduz o que aconteceu. Na primeira parte, o Braga foi dominador e até sufocante. Subjugou o adversário. Na primeira vez em que foram à nossa baliza, marcaram num canto em que houve um ressalto, e de ângulo difícil", lamentou Paulo Fonseca.
Treinador dos minhotos lamentou a derrota, apesar de o Braga ter chegado a ser "sufocante"
Para o treinador dos arsenalistas, a equipa voltou a "entrar bem" na segunda parte, mas "sentiu o 2-0", ainda que, depois, tenha reagido bem. "Tivemos oportunidades claras, dominámos totalmente, mas defrontámos uma equipa muito experiente. Durante parte do primeiro tempo, estiveram sempre remetidos ao meio-campo defensivo", adiantou o técnico dos braguistas.
Pesando tudo, Paulo Fonseca não evitou o desabafo: "É difícil aceitar este resultado." Ainda assim, nem tudo é mau. É o caso do golo tardio de Wilson Eduardo. "Dá-nos esperança", garantiu. Portanto, ainda é possível chegar às meias-finais? "Possível é, mas é difícil. Agora, face ao jogo que fizemos aqui, eu tenho de acreditar e de passar isso aos meus jogadores". Uma mensagem ainda aos adeptos bracarenses: "Têm orgulho em nós e temos de acreditar também por eles."



RAFA SILVA LIVRE PARA JOGAR A SEGUNDA MÃO EM LVIV

Único jogador do Braga a ver o cartão amarelo, Rafa Silva não estava em risco e assim poderá jogar em Lviv. Já o central Rakitskiy, que marcou o primeiro golo, falhará a segunda mão.



ARSENALISTAS SOBEM MAIS QUE CONCORRÊNCIA

O Braga foi a equipa que mais subiu no ranking da UEFA. De acordo com a lista divulgada ontem, antes do jogo com o Shakthar, os minhotos subiram do 53.º para o 45.º lugar e ficaram só a seis lugares do Sporting, que é o 39.º. O Benfica (6.º) e o F.C. Porto (15.º) são os clubes portugueses melhor cotados. Real Madrid, Bayern, Barcelona, Atlético de Madrid e Chelsea são os cinco primeiros.



LÍDER DA LIGA INGLESA ESTEVE NA PEDREIRA

O Leicester, líder da Premier League, enviou emissário a Braga. Entre os 18 clubes presentes, destaque ainda para Liverpool, Man. United e Barcelona.

JN

JotaCC

O cinismo da velha raposa Lucescu quase desfez o sonho bracarense
Sp. Braga foi derrotado pelo Shakhtar por 2-1. Golo de Wilson Eduardo perto do fim ainda dá uma réstia de esperança

Paulo Fonseca diz que o resultado não traduz o que foi o jogo

Está preso por um fio o sonho do Sporting de Braga atingir as meias-finais da Liga Europa. Ontem, o Shakhtar Donetsk fez uso da matreirice do treinador Mircea Lucescu, uma velha raposa do futebol europeu, para vencer por 2-1. Contudo, o golo de Wilson Eduardo aos 89 minutos deixou a equipa de Paulo Fonseca ainda com uma ligeira esperança em dar a volta à eliminatória na próxima quinta-feira.
Já se sabia à partida que era preciso um Sp. Braga de grande nível para vencer uma equipa ucraniana que nesta Liga Europa tinha ganho os dois jogos fora que disputou – ao Schalke (3-0) e ao Anderlecht (1-0) – e que veio da fase de grupos da Liga dos Campeões. E foi isso que se viu durante praticamente toda a primeira parte em que a equipa de Paulo Fonseca dominou por completo o seu adversário – chegou a ter 67% de posse de bola – e foi criando várias situações perigosas, que foram sendo neutralizadas pelo guarda-redes Pyatov e pelos seus parceiros de defesa.
O Shakhtar abdicou praticamente de atacar, procurando quase em exclusivo tapar os caminhos para a sua baliza. A estratégia montada por Mircea Lucescu, de 70 anos, era, na prática – percebeu-se mais tarde –, criar ao Sporting de Braga a ilusão de que poderiam chegar à vantagem a qualquer momento para que, na altura certa, pudessem desferir o golpe fatal.
Foi precisamente isso que aconteceu, nos instantes finais da primeira parte, altura em que os seus rápidos e criativos avançados lançaram o pânico na defesa minhota em dois lances. O segundo deles foi fatal, com o central Yaroslav Rakitskiy a aparecer sozinho na área, após um canto, a abrir o marcador naquele que foi o primeiro remate do Shakhtar à baliza.
O primeiro objetivo dos ucranianos estava alcançado: marcar um golo fora e logo em cima do intervalo. O sentimento de injustiça terá por certo invadido o balneário bracarense ao intervalo, isso notou-se nos primeiros minutos do segundo tempo, altura em que Taison e Malyshev estiveram perto de aumentar a vantagem, aproveitando o nervosismo dos jogadores do Sp. Braga, que cometiam erros incompreensíveis.
Aos poucos, os minhotos voltaram a assentar o seu jogo e voltaram a criar problemas à defesa ucraniana, que acabou por ser protegida pela sorte, nomeadamente quando Rafa Silva rematou à barra quando tinha tudo para fazer o empate. Só que o insucesso perante Pyatov foi provocando alguma erosão no ânimo dos bracarenses... Aproveitou-se disso o Shakhtar para voltar a ameaçar, primeiro por Kovalenko, depois por Srna e finalmente por Facundo Ferreyra, que fez o 2-0, aproveitando mais um erro defensivo dos arsenalistas. Fonseca diz que "é possível" A eliminatória parecia sentenciada, até porque o Sp. Braga já não tinha forças físicas e anímicas para recuperar da desvantagem. Foi já em desespero queWilson Eduardo, após cruzamento bem medido de Baiano, fez o golo que deixa margem para que o sonho se mantenha vivo, mas de forma ténue...
"O resultado não traduziu o que se passou em campo", disse Paulo Fonseca no final da partida, admitindo que o golo de Wilson Eduardo "deu esperança". "É difícil marcar dois golos na Ucrânia, mas é possível", garantiu o treinador dos arsenalistas.

DN

JotaCC

WILSON DEU LUZ À MISSÃO IMPOSSÍVEL
Shakhtar agarrou-se à experiência para sair da Pedreira com um resultado que transforma esta eliminatória num caso bicudo para o Braga

O Braga sofreu a segunda derrota da época em casa e comprometeu de forma quase definitiva o apuramento para as meias-finais da Liga Europa. Wilson Eduardo ainda acendeu uma pequena luzinha

O Braga falhou nos dois objetivos anunciados por Paulo Fonseca na antevisão do jogo: não venceu e ainda sofreu golos, dois, de uma equipa do Shakhtar que mostrou ser mais matreira e experiente, muito mais experiente; soube sofrer, defender (com inteligência...) e soube também aproveitar os momentos que teve no jogo para ganhar uma vantagem importante, quase definitiva, na eliminatória. O golo de Wilson Eduardo, já perto do final, abriu uma janela de esperança no que diz respeito ao apuramento, mas é uma esperança muito, muito ténue. Não é pessimismo, é mesmo realismo.
O jogo de ontem até começou com o mesmo Braga de sempre, personalizado com bola, a dominar, pressionante, e em constantes movimentações ofensivas na procura dos (poucos) espaços na defesa do Shakhtar. O "velho" Mircea Lucescu, que conhece de cor todos os segredos de jogos europeus como o de ontem, abdicou por essa altura dos princípios de jogo da sua equipa, que habitualmente gosta de controlar as partidas com bola, para a dar quase que em exclusivo ao Braga. Na primeira parte, os vice-campeões ucranianos pouco a tiveram, num sinal de respeito pelos arsenalistas, tendo apresentado uma linha defensiva baixa e com Ismaily a funcionar muitas vezes como terceiro central – o que obrigava o virtuoso Taison a ser praticamente lateral. O Shakhtar esteve sempre mais preocupado em congelar o jogo (e foi eficaz nessa missão) do que em atacar, mas, mesmo assim, o Braga ainda conseguiu criar uma mão cheia de boas situações de remate, mas apenas quando se decidia a acelerar o jogo, sobretudo pela zona central – ontem, os laterais estiveram mais escondidos do que é habitual nas ações ofensivas.
Apesar da tendência mais atacante do Braga, foi o Shakht aram arcar, mesmo em cima do intervalo, e na primeira oportunidade de perigo de que dispôs (e também no primeiro remate enquadrado com a baliza de Matheus). Injustiça? Talvez, mas também qualidade no momento da decisão.
O arranque da segunda parte trouxe um Braga mais nervoso,menos confortável no jogo, e, curiosamente, um Shakht ar mais disposto a ter bola, como que a sentir que se calhar não precisaria de abdicar totalmente do ataque para continuar a ser competente na defesa. O jogo ficou mais partido e os arsenalistas demoraram a voltar a entrar nele; com o passar dos minutos sentia-se que o golo podia acontecer em qualquer uma das balizas, ainda que fosse na de Matheus que o perigo rondava agora com maior frequência. O segundo golo lá acabou mesmo por aparecer, num momento de desconcentração defensiva do Braga. O sonho europeu parecia ter ficado completamente desfeito naquele toque de inspiração de Ferreyra, até porque Paulo Fonseca tinha poucas opções no banco. Sobrava-lhe apenas Wilson Eduardo, que acabou por entrar para o lugar de um desinspirado Stojiljkovic. E foi mesmo o avançado português a devolver uma ténue esperança ao Braga, com um golpe de cabeça perfeito já perto do final do jogo. Daqui a uma semana, Paulo Fonseca vai ter a verdadeira missão impossível da época.



FILME DO JOGO

2' Rafa ganha a bola, flete para o meio e atira forte à entrada da área. Pyatov defende com dificuldade pela linha de fundo.
21' Combinação entre Stojiljkovic e Pedro Santos, com o médio português a rematar por cima.
25' Jogada de contraataque conduzida por Rafa, que faz tudo bem menos o remate: atira fraco e à figura de Pyatov.
41' Canto de Pedro Santos, cabeceamento de Ricardo Ferreira por cima.
43' Hassan trabalha bem e oferece o remate a Luiz Carlos, mas a bola vai parar às mãos de Pyatov.
45' [0-1] Golo de Rakitskiy (ver momento).
48' Taison ganha no duelo com Baiano e remata com perigo. Na sequência dajo gada, Ismaily cruza para a entrada da pequena área, onde surge Ferreyra a atirar para boa defesa de Matheus.
51' Canto para o Braga, a bola anda perdida na área até parar nos pés de Rafa, que remata à barra. Grande oportunidade para chegar ao empate.
58' Novo canto para o Braga: Ricardo Ferreira ganha nas alturas, Baiano falha o remate acrobático e a bola ainda sobra para Pedro Santos, que atira forte e ao lado da baliza defendida por Pyatov.
65' Remate de Vukcevic a sair perto do poste. A bola ainda bateu num defesa do Shakhtar.
75' [0-2] Cruzamento da direita de Marlos, com Ferreyra a aproveitar o espaço na zona central da grande área para picar a bola por cima de Matheus com um toque de classe.
89' [1-2] Wilson-Eduardo reduz com um cabeceamento. O cruzamento é de Baiano.


MOMENTO DO JOGO
45'

0-1 CONTRA A CORRENTE. O Shakhtar passou a primeira parte encolhido no meio campo, mais preocupado em defender do que em atacar, mas em cima do intervalo aproveitou o primeiro momento de perigo para marcar, através de um remate de Rakitskiy. A partir daí, a equipa ucraniana passou para a frente da eliminatória e o jogo mudou; o Braga nunca mais conseguiu estar por cima da partida, como esteve durante os primeiros 44 minutos...


A Figura
Wilson Eduardo: 7 Nova vida no ataque

O pragmatismo que faltou a Stojiljkovic e a Hassan marcou a exibição de Wilson Eduardo. Lançado em jogo pouco depois do primeiro golo do Shakhtar, o avançado acrescentou garra ao ataque e, principalmente, pontaria, assinando de cabeça, já em cima do fim, um bom golo, após cruzamento de Baiano. Por essa altura, a equipa ucraniana já vencia por 2-0, mas não deixou de acusar o golpe do camisola 7, que devolveu alguma esperança aos adeptos e aos companheiros. E à luz do tal pragmatismo do avançado, a questão até é relativamente simples: "bastará" ao Braga marcar dois golos ao Donetsk, sem sofrer nenhum.


Paulo Fonseca "Bracarenses têm orgulho nestes jogadores"
INJUSTIÇA Treinador não tem dúvidas que o Braga "dominou todo o encontro", não entrega a eliminatória, e passa uma mensagem de crença numa reviravolta, apesar de ser difícil

"Merecíamos outro resultado. Não desistimos, está tudo em aberto. Nada é impossível"
Baiano
Jogador do Braga

"Criámos muitas ocasiões, mas não fomos felizes. Nada está perdido. Vamos lá para virar a eliminatória"
Ricardo Ferreira
Jogador do Braga

"O Braga começou muito forte, soubemos sofrer. Temos de estar seguros para poder passar"
Ismaily
Jogador do Shakhtar

"Os bracarenses têm orgulho na equipa, porque sentem prazer ao vê-la jogar. Sentimos assim na forma como os adeptos nos apoiaram" "Claro que na segunda mão vamos encontrar uma equipa confortável, mas tudo faremos para continuar em frente" "Tenho de acreditar que é possível passar a eliminatória. Principalmente depois do que fizemos neste jogo. Fomos superiores"

Uma tremenda frustração foi o que se percebeu em Paulo Fonseca, para quem o resultado não demonstra a superioridade que o Braga revelou ao longo de todo o encontro

Paulo Fonseca estava inconformado com o resultado do jogo. Marcou bem essa ideia em vários momentos das suas declarações no final do encontro, reconhecendo que o Shakhtar ficou numa "posição muito confortável", mas deixando bem claro que o Braga vai lutar pela eliminatória em Lviv.
"No futebol nem sempre é fácil falar em injustiça, mas o resultado deste jogo não é o reflexo daquilo que se passou. O Braga dominou o jogo, na primeira parte subjugou o adversário, que marcou numa das poucas vezes que foi à nossa baliza. Na segunda parte, entrámos bem, mas sofremos um golo em contra-ataque. Abanámos um pouco, mas voltámos ao jogo", disse o treinador bracarense que não quis deixar dúvidas sobre quem merecia sair vencedor... "Dominámos totalmente o jogo. O Shakhtar é uma equipa com grande experiência nas competições europeias, mas na primeira parte não permitimos que conseguissem sair para o ataque. É muito difícil aceitar este resultado. Coletivamente fomos e somos melhores. Demonstrámos isso em vários momentos do jogo."
A realidade é pouco agradável. Dois golos sofridos em casa numa competição europeia não ajuda a esperança, mas... "Tenho de acreditar que podemos passar a eliminatória, principalmente depois do que fizemos neste jogo. Claro que não vai ser fácil em Lviv. O adversário vai jogar no conforto dos golos que marcou, mas o nosso golo, já perto do fim, leva-me a acreditar que podemos discutir a eliminatória. Tenho de acreditar e tenho de passar essa mensagem aos jogadores", considerou Paulo Fonseca.
O apoio que veio das bancadas não deixou o treinador indiferente. "Volto a dizer, somos uma grande equipa. Os adeptos do Braga têm orgulho na equipa, porque sentem prazer ao vê-la jogar. E isso ficou bem demonstrado no apoio que nos deram ao longo de todo o jogo."
Paulo Fonseca relevou ainda "a coragem dos jogadores", que será sempre algo muito importante para perturbar o tal conforto que a equipa ucraniana levou para casa.
"Sim, sabemos que vai ser muito complicado. Lá temos de marcar dois golos, mas não entrego a eliminatória. Vamos tentar impor a nossa identidade."



PROENÇA ENTRE OS NOTÁVEIS

Presidente da Liga assistiu ao jogo com o Shakhtar, tal como Derlei, antigo jogador de FC Porto, Sporting e Benfica
Pedro Proença, presidente da Liga, foi um dos notáveis que assistiram ontem ao jogo do Braga com o Shakhtar. Fernando Santos, selecionador nacional, não se deslocou à Pedreira para observar jogadores como Rafa ou Pedro Santos, mas esteve representado por Ilídio Vale, um dos seus adjuntos. Derlei, ex-jogador do FC Porto, Sporting e Benfica, também assistiu à partida. Entre os emissários de clubes estrangeiros, destaque para os ingleses do Arsenal, Leicester, Liverpool e Manchester Uni te de também par aos espanhóis do Barcelona e do Atlético de Madrid. Também de Espanha estiveram Espanhol, Real Sociedad, Villarreal e Levante. Montpellier, Sunderland, Nápoles e Atalanta também estiveram representados, assim como observadores do FC Porto, Belenenses, Boavista e Paços de Ferreira.



AUTOR DO GOLO FALHA JOGO DE LVIV

Rakitskiy, autor do primeiro golo do Shakhtar Donetsk, viu ontem um cartão amarelo que o impede de alinhar, dentro de uma semana, no jogo da segunda mão dos quartos de final da Liga Europa. O defesa-central do Shakhtar será, assim, uma baixa importante no encontro que será disputado em Lviv. Ontem, no final do jogo, foi interessante verificar que Ismaily, lateral brasileiro que jogou no Braga em 2012/13, quis ficar com a camisola de Mauro, jogador que, curiosamente, não saiu do banco de suplentes.

O JOGO